Memorial do Convento, José Saramago(cap. XXV)

Durante nove anos Blimunda procura Baltasar e vai encontrá-lo à sétima passagem por Lisboa a ser queimado num auto-de-fé.

- Blimunda procura Baltasar por todas as partes do país durante nove anos;

- Em 1739, onze “suplicados”, entre eles António José da Silva, encontram-se a caminho da fogueira, num auto-de-fé, na praça do Rossio;

- Estava lá Baltasar e, quando está para morrer, a sua “vontade” desprende-se e é recolhida dentro do peito de Blimunda.

Memorial do Convento, José Saramago (cap. XXV)

- “Durante nove anos, Blimunda procurou Baltasar” ;

- “Milhares de léguas andou Blimunda”;

- “Encontrou-o. Seis vezes passara por Lisboa, esta era a sétima.”;

Memorial do Convento, José Saramago (cap. XXV)

- “São onze os suplicados. A queima já vai adiantada, os rostos mal se distinguem. Naquele extremo arde um homem a quem faltava a mão esquerda.(…) E uma nuvem fechada está no centro do seu corpo. Então Blimunda disse, Vem. Desprendeu-se a vontade de Baltasar Sete-Sóis, mas não subiu para as estrelas, se à terra pertencia e a Blimunda.”

Memorial do Convento, José Saramago (cap. XXV)

Simbologia número 9• O número 9 é o final de um ciclo

e começo de outro. Este número está associado ao altruísmo, à fraternidade e à espiritualidade. Representa a realização total do homem com todas as suas aspirações atendidas e seus desejos satisfeitos.Este número representa a mais alta forma do amor universal. É o número da grande sabedoria e poder espiritual, já que contém a experiência de todos os números anteriores.

- Representa a plenitude espiritual e associa-se à totalidade e à conclusão.

Memorial do Convento, José Saramago (cap. XXV)

Simbologia número 11

Número espiritual e de intuição. O 11 é o idealismo, o perfecionismo, a clarividência e a colaboração. É um número que caracteriza as pessoas idealistas, inspiradoras, inventivas, capazes de iluminar o mundo através de ideias elevadas. É o número da espiritualidade.

Memorial do Convento, José Saramago (cap. XXV)

António José da SilvaPoeta, comediógrafo e advogado, dito O  Judeu, nasceu em 1705, no Rio de Janeiro, e veio a ser executado em 1739, em Lisboa.Originário de uma família de cristãos-novos, perseguida pela Inquisição, facto que  lhe valeu a alcunha de “O Judeu”, chegou a Portugal vindo do Rio de Janeiro, com oito anos, para o julgamento de sua mãe. Este incidente permitiu-lhe estudar em Lisboa e mais tarde em  Coimbra, onde se formou em Direito (1728).

Memorial do Convento, José Saramago (cap. XXV)

Em 1726 foi preso pelo Santo Ofício juntamente com a mãe e libertado meses  depois. Pouco tempo após a sua estreia no teatro, em 1733,casou-se com uma prima judia de quem teve uma  filha.Quatro anos depois, foi novamente encarcerado com a família, acusado de judaizante. A mulher e a filha foram libertadas e refugiaram-se na Holanda, mas António José  da Silva foi garrotado e queimado num auto de fé, sob acusação de judeu convicto, negativo e relapso.