Meier X Piano Comparativo

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Em Projeto 5 fomos solicitados a fazer uma análise comparativa, breve, sobre a obra de dois arquitetos: Renzo Piano e Richard Meier. Aqui, uma parte desta pesquisa e a impressionante constatação de a que ponto um arquitetor pode se tornar refém de seu repertório, ainda que nobre. Carlos Elson L. da Cunha - [email protected]

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“Renzo Piano licenciou-se em 1964 na Escola de Arquitetura do Instituto Politécnico de Milão.

Enquanto estudante, trabalhou num projeto sob a orientação de Franco Albini, visitando regularmente os edifícios que o seu pai coordenava, visto que este trabalhava no ramo da construção civil. Entre 1965 e 1970, terminou sua formação e realizou algumas experiências de trabalho através de viagens de estudo à Grã-Bretanha e América.

É nessa altura que Renzo Piano conhece Jean Prouve, que se tornou seu grande amigo.

Em 1971, Piano fundou a agência “Piano & Rogers" com Richard Rogers, seu sócio no projeto do Centro Pompidou em Paris. Mais tarde, em 1977, fundou o ateliê “Piano & Rice" juntamente com Peter Rice, uma personalidade profissional que havia trabalhado com Renzo Piano em muitos projetos, parceria esta que se prolongou até à data do seu falecimento, em 1993.

Finalmente, Piano fundou o seu atual ateliê em Gênova, conhecido como “Renzo Piano Building Workshop”, criando paralelamente, escritórios independentes em Paris e Gênova.

A sua equipe de trabalho abarca cerca de 102,5 pessoas especializadas em determinados campos subjacentes aos seus projetos arquitetônicos (coordenadores, especialistas, sócios, etc), tendo ainda como colaboradores alguns arquitetos associados (consoante a obra em questão), como é o caso dos “ARB arquitectos” que colaboraram com ele no projeto do Centro Paul Klee.

O seu histórico arquitetônico conta já com uma vasta gama de obras muitíssimo conhecidas e conceituadas a nível mundial (onde se destaca o Centro Georges Pompidou).

Porém, Piano não se cansa de produzir a sua fantástica arquitetura high-tech que fascina qualquer pessoa desde o seus meros esquissos carregados de simbolismo, às suas imponentes construções envoltas de um característico misticismo e magia que dão toda a vida às suas obras”.

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“O arquiteto Renzo Piano com Centro Pompidou, representaria um papel insólito no panorama italiano, já que optou pela alta tecnologia e se desembaraçou das preocupações teóricas típicas de seus compatriotas e da busca das qualidades em formas herdadas da tradição. A obras desenvolvida posteriormente representa uma mudança qualitativa em relação ao projeto do Centro Pompidou.

Pretende desenvolver a poética da montagem com uma maior sensibilidade em relação ao contexto natural e às preexistências arquitetônicas. Neste sentido, temos como exemplo o edifício da Coleção Menil, em Houston – 1987.

O museu adota a forma horizontal de pavilhão – fugindo de qualquer caráter monumental – e seus acabamentos de madeira são pensados para permitir a melhor integração ao perfil residencial do local. Inclusive a lâminas tecnológicas que servem para difundir controladamente a luz natural, estão pensadas especificamente em relação à escala humana. Os pátios interiores ajardinados também mostram sua capacidade de integração com a natureza, criando pórticos e pátios cobertos transparentes.

A ampliação do IRCAM – 1990 – exatamente ao lado do Centro Pompidou, é outra mostra da capacidade dessa arquitetura de integrar-se á cidade. Os forros com tijolos encaixados permitem criar uma pele limpa que combina com os edifícios ao redor”.

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“Com ressonâncias evidentes da transparência e composição da Maison du Verre em Paris de Pierre Chareau, esta bora também leva ao extremo um sistema industrial que, por sua singularidade e delicadeza, se aproxima aos métodos artesanais.

O estádio de futebol em Bari, construído para a copa do mundo de 1990, realizado segundo um sistema misto de estrutura de concreto armado e cobertura de aço, adota uma forma original elevada do terreno de maneira que literalmente parece flutuar, semelhante a um gigantesco disco voador.

De todas as formas, continua sendo uma arquitetura rigorosa e sobriamente tecnológica, baseada na paixão pelo desenho de componentes individuais que articulam em um todo coerente, seguindo uma ideia global .

Trata-se de uma arquitetura onde todas as partes ativas são deixadas aparentes sem nenhum revestimento que as oculte. Neste aspecto, além do fato de situar-se na linguagem da arquitetura tecnológica, mostra a influência de mestres com Buckminster Fuller, Z.S. Mackowski e Le Ricolais”.

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Estranho, monsturoso, exageradamente metálico. Todavia, como faz uma transição interessante entre a cidade velha e os espigões ao fundo! um elemento de ligação, o prédio de Piano assenta-se muito senhor de si na fronteira de dois mundos.

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Cedendo espaço, ocupando espaço e emoldurando espaço. O absolutismo, ou a arquitetura obsessiva em seu volume, pode

ter um lado magnânimo, acolhedor.

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Tem algo de Nyemeier nesse volume delicado, curvo e daquilo que já se chamou de “monumentalidade horizontal.

O detalhe dos telhados de 0,60m x 1,80, que um homem pode carregar facilmente, indica preocupação do arquiteto com o

operário que executará sua obra.

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. O Centro Cultural Jean-Marie Tjibaou

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Baixo custo, num país pobre, pode produzir arquitetura provocativa.

Todavia, exige pensar.

Pensar para criar.

Vemos aqui uma harmonia tal entre desenho, material e sítio, que pensamos ter sempre havido estas construções

na ilha.

Como os Moais em Páscoa, ou as pirâmides no Egito, tornasse-nos difícil pensar, doravante, o lugar sem elas.

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Primeiro fazer uma colina artifical.

Depois implantar o estádio, que surge mais imponente que o previsível.

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A primeira vez que vi este prédio o achei banal.

Depois passei a encará-lo como uma solução elegante, num lote tão estreito.

Em outras mãos, provavelmente teríamos aqui algo gritante.

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Na desafiador uso do declive, uma volumetria descontraída, mas ritmada.

Note como o horizonte não foi violentado

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Tornou-se claro que podemos esperar de Renzo Piano apenas o inesperado..

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Extension to the High Museum of Art, Atlanta, USA

Contido: gabarito modesto cria um horizonte branco para outros prédios vizinhios

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Ircam

Harmonioso com o seu redor.

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Potsdamer Platz

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Parque Cultural Niarchos

Já havíamos falado da monumentalidade horizontal,não?

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Biblioteca Nacional da Grécia

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A fachada da nova ala do Instituto de Arte projetada no parque Millennium por Renzo Piano para exibir arte moderna e

contemporânea

O telhado e pilotis grandiosos rompem qualquer conceito prévio de se estar dentro ou fora do

prédio.

O acolhimento surge de modo inesperado.

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Rocca di Frassinello , Gavorrano

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Trans National Place115 Federal St, Boston

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Shard London Bridge

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• R Meier

• “No seu caso predomina o pragmatismo sobre qualquer experiência conceitual, mas (...) ainda segue unindo a confiança para recriar as propostas formais das vanguardas.

• R Meier (1934) desenvolveu uma obra pulcra, branca, volumetricamente depurada, que tomou como referência o purismo geométrico lecorbusieriano.

• Isso gerou propostas modelo, principalmente no terreno da arquitetura residencial, com exemplos brilhantes como o complexo residencial Twin Parks Northeasts em Brox, N Iorque (1973) – onde predomina o rigor da célula de moradia e a composiçao lisa da fachada – ou a Casa Douglas, em Harbor Springs, michigan (1974) – magnífico caso de uma arquitetura que se baseia na expressão da leveza formal, na busca da máxima presença da luz natural e na ênfase do predomínio da transparência em uma obra que se situa perfeitamente no entorno do lago.

• Entretanto também apresentou resultados errôneos, especialmente em muitos museus que foram resolvidos a partir de uma confusa mistura de diversas tipologias. (Museu de Arte de Atlanta – 1983; versão incompleta e ingênua de Guggenheim de N Y; Museu de Artes Decorativas de Frankfurt 1985, onde o conjunto foi desenvolvido a partir da repetição de tipos residenciais unifamiliares que criou um labirinto arbitrário de espaços fragmentados.

• Na realidade esta perversão tipológica é uma herança do mecanismo da distorção geométrica proveniente da época inicial dos “5 arquitetos”.

• Na sua obra se destaca sempre esta beleza nada arriscada,

este mecanismo da repetição de uma linguagem “moderna”

assimilada, produzindo uma sensação agradável, mas ao

mesmo tempo com a frustação do “já visto”, de onde

sempre pode ser esperado sem nenhuma surpresa.

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Sobriedade luminosa.

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Momento genial de

implantação.

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O semi-círculo + eixo, junto com todos os elementos do

repertório de Meier.

Conclusão, o cliente não

queria se arriscar.

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Como resultado pelo uso constante dos gradis, brise e retas: uma perspectiva fácil, de encanto hinpnótico.

Contrastar com a curva é outro lugar comum em Meier.

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Voilá! Um Richard Meier original!Realmente, mas ainda um Richard Meier, com os mesmos revestimentos e

quadrículas...

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Hum! Revestimentos novos, enfim!

Ou, a exceção que confirma a rega.

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Se alguém há de dar movimento ao horizonte, não será ele, o mr. Previsível.

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Naturalmente, existe beleza no universo de Meier.

Previsível, monótona, como uma velha sinfonia clássica...

... O que não a impede de ser bela.

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Foi o fotógrafo ou foi o arquiteto que obteve esse

impacto?+

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Lambert House, New York, USA

Raro caso de criatividade provocativa.

Ainda que ortogonal e excessivamente segura.

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O que se pode esperar num projeto de Richard Meier

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O círculo incompleto

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Um eixo axial, ambientes quadrados

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A curva em ‘S’

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Os gradis brancos

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A quadrícula

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O que se pode esperar num projeto de Renzo Piano

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O que se pode esperar num projeto de Renzo Piano

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Site das imagens

abduzeedo.com

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