Meditação à Beira de um Poema - Adélia Prado

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Adélia Prado

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Podei a roseira no momento certoe viajei muitos dias,aprendendo de vezque se deve esperar biblicamentepela hora das coisas.

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Quando abri a janela, vi-a,como nunca a viraconstelada,os botões,Alguns já com rosa- pálidoespiando entre as sépalas,jóias vivas em pencas.

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Minha dor nas costas,meu desaponto com os limites do tempo,o grande esforço para que me entendampulverizam-sediante do recorrente milagre.maravilhosas faziam-seas cíclicas perecíveis rosas.

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Ninguém me demoverádo que de repente soube

à margem dos edifícios da razão:a misericórdia está intacta,

vagalhões de cobiça,punhos fechados,altissonantes iras,

nada impede ouro de corolase acreditai: perfumes.

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... Só porque é s etembro

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FORMATAÇÃO: Mima (Wilma) Badan

[email protected]

MÚSICA: Red roses for a blue lady

Execução: Ernesto Cortazar

(Repasse com os devidos créditos)