Medidas de biossegurança

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Medidas de biosseguranaUniversidade Federal do Cear Departamento de Zootecnia Programa de Ps Graduao Disciplina: Avicultura Industrial de carne e ovos

Francislene Silveira Sucupira

IntroduoAmbiente

Nutrio

Doenas

Manejo

Produo

Lucro

Introduo

Avicultura

Produtos de qualidade e com baixo custo

Crescimento: Condies extremas a sade dasaves (densidade) Patgenos nocivos a sade humana (zoonoses)

Definio

Bio + segurana: qualidade de ser ou estar seguro, protegido, livre de riscos ou de perigo

Conjunto de medidas destinadas proteo da sade animal com respeito a todo tipo de riscos infecciosos que podem ocasionar enfermidades

Definio

Estabelecer um nvel de segurana por intermdioda reduo da ocorrncia de enfermidades

Controle e preveno de agentes endmicos, principalmente os agentes infecciosos de importncia na sade pblica (zoonoses)Sesti (2005)

Definio

Sanidade das aves Atualmente: Associado tambm a padres de

mercadoSegurana alimentar Meio ambiente

BiosseguranaSanidade das aves

Bem estar animalKuttel (2007)

TerminologiaBiosecurity Biosafety

BiosseguridadeSade animal Normas flexveis Riscos assumidos Preveno/Seguridade

BiosseguranaSade humana Normas permanentes Objetivos: 0% riscos, 100% proteo Sesti (2005) Kuttel (2007)

Ciclo operacional

Exposio de aves a doenas: inevitvel Programa de biossegurana de amplo espectro:

planejamento, implementao e controlePlanejar Controlar Implementar

Nveis hierrquicosNvel operacional: procedimentos de rotina (podem ser alterados a curto prazo) Nvel estrutural: construo e localizao (aspectos que podem ser alterados a longo prazo) Nvel bsico: conceitual (implantao do sistema de produo e de biosseguridade)

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Componentes da biosseguranaIsolamento Erradicao de doenas Higienizao Atualizao tcnica Plano de contingncia

Controle de trfego Quarentena, medicao e vacinao

Monitoramento, registro e comunicao de resultados

Educao continuada

Programa de biossegurana

Composto por: Isolamento, controle de trfego, higienizao, vacinao e monitoria das doenas

Medidas

adicionais:dos

medicao,resultados,

quarentena,atualizao

monitoramento

tcnica, plano de contingncia

Reviso de resultados e ajuste de medidasFilho e Patrcio (2004)

Isolamento da granja

Macroisolamento

Afastamento de 100 m vias Distncia de 30 m do avirio at os limites perifricos da propriedade Distncia de 5 km das granjas de frango para linhas puras (bisavs, avs) ou incubatrio Distncia de 3 km para matrizeiros, granja de poedeiras

Distncia de 1 km para abatedouros

Isolamento da granja

Microisolamento

Distncia entre galpes do dobro do tamanho

do galpo

Distncia de 500 m para outro estabelecimento Utilizao de barreiras naturais ou artificiais Direo dominante dos ventos Trfego (reas limpas para as sujas)

Isolamento da granja

Microisolamento

reas limpas e

sujas dentro doavirio

Rodrigues (2002)

Isolamento da granja

Consideraes gerais

Construo do avirio

Utilizao de barreiras naturais ou artificiaisDireo dominante dos ventos Trfego (reas limpas para as sujas)

Filho e Patrcio (2004)

Isolamento da granja

Isolamento da granja:

reas limpas: Lotes mais jovens

reas sujas: Lotes mais velhosrea limpa rea suja

Filho e Patrcio (2004)

Controle de trfego

Controle de funcionrios e de vistas a granja

Necessrio banho e troca de roupas

Limitar visitas

Veculos

Rodolvio e pulverizao

Limpeza e desinfecco

Procedimentos juntamente com

de um

limpeza

e

desinfeco, de vacinao

programa

adequado

so

procedimentos

que

se

complementam na preveno e no controle de microorganismos patgenos na criao de aves

Filho e Patrcio (2004)

Limpeza e desinfecco

Entre a sada e entrada de um lote deve haver um espao de tempo chamado de vazio sanitrio em

que os galpes permanecem vazios

Entre 7 a 10 dias (frangos de corte) Mdia 15 dias (poedeiras comerciais)

Quanto mais prolongado melhor sob o ponto de vista sanitrioJnior e Macari (20002)

Limpeza e desinfecco

Procedimento

Retirar restos de rao dos comedouros

Remover equipamentos desmontveisProteger motores e equipamentos eltricos da

ao da gua e dos desinfetantes

Remover a cama Varrer teto, paredes, piso e reas adjacentes

Limpeza e desinfecco

Procedimento

Aplicar lana chamas (piso e ao redor do galpo)

Aplicar soda custica em soluo 2% sobre ospisos do avirio Eliminar roedores e insetos Lavar o piso, parede, forro e cortinas com detergente e gua e sabo sobre presso

Limpeza e desinfecco

Procedimento

Enxaguar com bastante gua para remover m.o. e detergente Depois de seco o ambiente deve ser desinfetado Utilizar um inseticida de baixa toxicidade

Montar equipamentos (colocar cama)Cama reutilizada na rea dos crculos usar cama nova

Desinfetantes

Atuam ao entrar em contato com as partes externas dos microorganismos

Desnaturao

dos

componentes

proticos

e

dissoluo de lipdicos

Troca de desinfetantes regularmente (resistncia) Limitaes

Desinfetantes

Afinidade por matria orgnica

Reduo de eficcia, evitar utilizar em rodolvios,

p-de-lvio ou desinfeco de piso

Sensibilidade a variao de temperatura ou pH Amnia quaternria: pode ser neutralizada detergentes ou sabes aninicos

Desinfetantes

Escolha

Aliar propriedades com necessidades

Levar em conta o tipo de microorganismo e localDesinfetantes corrosivos: Equipamentos

Desinfetantes mais usados

Formol (formaldedo ou aldedo frmico)

Atua sobre bactrias, vrus e fungos

Eficincia: TC 30C e UR 80%Mais utilizado na desinfeco de ovos frteis e

em incubatrios

Irritante e tem o risco de ser carcinognico

Desinfetantes mais usados

Amnia quaternria

Efetivo contra bactrias, vrus e fungos

Atuao limitada em superfcies com restos desabes e detergentes No irritante nem corrosivo

Desinfetantes mais usados

Fenis

Germicidas de largo espectro

Eficientes em presena de m.o. podendo serutilizados em rodolvios, p-de-lvios e pisos Baixa toxicidade

Desinfetantes mais usados

Cresis

Derivados de alcatro da hulha

Alto espectro de atuao mas no destroemesporos, poder residual prolongado No afetado em presena de m.o. Irritante

Desinfetantes mais usados

Iodados e clorados

Ao germicida, pobre poder residual Afetados pela m.o. Largo espectro, bactericida, fungicida, viricida e esporicida, atua bem com m.o Ph alcalino aumenta sua atividade , porm no pode ser submetido a calor

Glutaraldedo

Fontes de contaminao

Atingir as metas Programa de biossegurana

Identificar possveis fontes contaminantes

Traar limites baseados no programa e fazeralteraes relacionadas aos resultados obtidos

Fontes de contaminaoPessoasVeculos Operrios, tcnicos, motoristas, visitantes, etc. Caminhes de pintos ou rao, veculos de pessoas Todos (mal higienizados) Aves infectadas (transmisso vertical ou horizontal) Portam microorganismos patognicos Matria-prima contaminada No potvel Nova e reutilizada

EquipamentosPintos de 1 dia

Roedores, aves silvestres e insetos Rao gua Cama

Normas de biossegurana

Criao: Qualidade do pinto, rao e ambiente Medidas bsicas:

Rgidas medidas de biossegurana no plantel de reprodutores, imunizao de matrizes e higiene dos ovos frteis

IncubatrioAmbiente de criao

Normas de biossegurana

Pintos:

Devem possuir quantidade ideal e uniforme de

anticorpos maternos(imunidade passiva)

Livre de qualquer enfermidade e com peso adequado Monitorada pela mortalidade na 1 semana

Normas de biossegurana

Rao:

Rao: Principal fonte de patgenos

Matrias primas: Ateno especial as de origemanimal

Salmonella sp: Presente em alimentos deorigem animal como tambm na soja, milho e derivados

Normas de biossegurana

Rao:

Controle de contaminao pela Salmonella sp:

Tratamento

trmico

da

rao

mantendo

temperatura de 86C por cinco minutos

Alternativas: peletizao, cidos orgnicos, prebiticos e probiticos (antibiticos)

Normas de biossegurana

Qualidade da gua:

Monitoramento de qualidade

Especificaes

da

OMS:

nvel

zero

de

coliformes fecais, pH entre 6,0 e 8,5,

Clorao: eliminao de microorganismos (pH da gua alcalinidade reduz sua eficincia)

Normas de biossegurana

Qualidade do ar

Doenas transmissveis pelo ar so mais difceis

de controlar (aps a vertical)

Decomposio do cido do rico: amnia Predisposio a doenas respiratrias Concentrao < 20 ppm

Normas de biossegurana

Cama: Ideal (troca a cada lote)

Limpa,

livre

de

gases

e

microorganismos

patognicos, com umidade abaixo de 25%

Reutilizao da cama: no deve ocorrer se o lote tiver sido afetado por alguma doena (condies propcias) Bagao de cana, casca de caf ou amendoim

Normas de biossegurana

Presena de roedores e insetos

Vetores e reservatrios de microorganismos

patgenos

Combinao de medidas de controle: eliminar atrativos, controle qumico, uso de iscas e raticidas, limpeza de ambientes de criao e reas adjacentes

Normas de biossegurana

Controle de resduos: destinos de aves mortas

Brasil: Fossa sptica, enterrar, ou incinerar

Medidas desaconselhveis: contaminao delenol fretico

Compostagem: Mistura de palha de cereais, cama, aves mortas e gua (mtodo seguro)

Preveno e controle de doenas

Princpios bsicos para facilitar a preveno:

Selecionar

o

fornecedor

de

pintinhos,

assegurando que estes so provenientes dereprodutoras saudveis

Comprar preferencialmente pinto de 1 dia ou ovos frteis (recria sanidade) Agrupar animais por idade e procedncia

Preveno e controle de doenas

Princpios bsicos para facilitar a preveno:

Manter sistema all in/ all out

Selecionar matrias primas de boa qualidadeProduzir raes e gua de qualidade

Em caso de doena, providenciar o diagnstico,tratamento e medidas de controle Manter registros sobre sade do lote

Patgenos importantes na criao de aves

As

doenas

causadas

por

microorganismos

transmitidos verticalmente so as que causam os

efeitos negativos mais significativos

Maior dificuldade no controle e preveno

Logo em seguida vem as doenas respiratrias

Principais patgenos de frangos de corte

Principais patgenos virais: Anemia infecciosa das galinhas Bronquite infecciosa das galinhas Doena de Marek Doena infecciosa da Bursa de Fabrcuis Encefalomielite aviria Influenza aviria Laringotraquete infecciosa aviria Reoviroses avirias Retiduloendoteliose

Principais patgenos de frangos de corte

Principais bactrias

Campylobacter jejuniClostridioses

Escherichia coli Mycoplasma gallisepticum Mycoplasma synoviae Ornithobacterium rhinotracheale Salmonella ssp. Staphylococcus aureus

Principais patgenos de frangos de corte

Principail fungo

Aspergillus spp.

Principais protozorios

Coccidiose

Cryptosporidum baileyi

Programa de vacinao para frangos de corteIdade (dias) 1 1 1 1 7 10 14 20 21 ou 25 Via de aplicao Doena Subcutnea Marek (obrig) Spray Bronquite infecciosa Subcutnea ou spray DIB (interm.) Subcutnea Bouba (suave) gua DIB (interm.) gua Newcastle gua DIB (interm.) gua Newcastle gua DIB (forte)

DIB Doena infecciosa da Bursa de Fabricius

Filho e Patrcio (2004)

Programa de vacinao para frangos de corteIdade (dias) 1 1 7 7 7 18 Via de aplicao Subcutnea Subcutnea Ocular Ocular Ocular gua Doena Marek (obrig) DIB New castle Bronquite Infecciosa DIB DIB

Sucupira (2005)

Principais patgenos de poedeiras comerciais

Principais patgenos virais:

Bronquite infecciosa das galinhas Doena infecciosa da bursa de fabricius Influenza aviria Sndrome da queda de postura (EDS)

Bouba aviriaDoena de Marek Doena de New Castle

Principais patgenos de poedeiras comerciais

Principais bactrias

Coriza infecciosa das galinhas

Salmonella ssp.

Micoplasmose

Programa de vacinao para poedeiras comerciaisIdade (dias)1 1 Semana 2 Semana 3 Semana

Via de aplicaoSubcutnea gua Spray gua

Doena Marek (obrig) DIB Bouba aviria DIB DIB New Castle DIBSucupira (2005)

Programa de vacinao para poedeiras comerciaisIdade (dias) Via de aplicao Doena DIB Bronquite infecciosa New Castle Bouba aviria Endefalomielite Coriza 7 Semana Ocular PneumovrusSucupira (2005)

5 Semana

gua

Programa de vacinao para poedeiras comerciaisIdade (dias) 9 Semana 11 Semana Via de aplicao Spray Spray Doena New Castle Bronquite infecciosa Micoplasmose New Castle Bouba aviria 15 Semana Intramuscular Coriza infecciosa EDS

Bronquite infecciosa

Programa de vacinao para poedeiras comerciaisIdade (dias)40 Semana 52 Semana

Via de aplicaoSpray Spray

DoenaNew Castle Bronquite infecciosa New Castle Bronquite infecciosa New Castle Bronquite infecciosaSucupira (2005)

64 Semana

Spray

Sistema de monitoramento

Verificar:

Eficincia da higiene das instalaes

Verificar a realizao de limpeza de equipamentosVerificar as prticas de vacinaes e respostas imunolgicas das aves Manter registros sobre qualquer ocorrncia

sanitria do lote

Atualizao tcnica e educao continuada

Verificar metodologias utilizadas a campo e orientar tcnicos sobre mudanas no processo

Comprar os resultadosEstimular os galponistas

Gratificaes por desempenho

Plano de contingncia

Conjunto de medidas tomadas em uma suspeita de enfermidade no lote

Identificar o problema e conter o distrbioFocar problemas que resultem em prejuzos ou aqueles com importncias na sade pblica O sucesso depende da rapidez na identificao e na tomada de decises

Plano de contingncia

Componentes bsicos

Objetivo

ResponsabilidadeProcedimento Resultados

Simplicidade

OBRIGADA