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ORGANIZADOR 1 FUNDAÇÃO ELETRONUCLEAR DE ASSISTÊNCIA MÉDICA FEAM 2014 MÉDICO AUDITOR / ROTINA PROVA OBJETIVA

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FUNDAÇÃO ELETRONUCLEAR DE ASSISTÊNCIA MÉDICA – FEAM 2014 MÉDICO AUDITOR / ROTINA – PROVA OBJETIVA

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LÍNGUA PORTUGUESA

A violência não é uma fantasia Lya Luft

A violência nasce conosco. Faz parte da nossa bagagem psíquica, do nosso DNA, assim como a capacidade de cuidar, de ser solidário e pacífico. Somos esse novelo de dons. O equilíbrio ou desequilíbrio depende do ambiente familiar, educação, exemplos, tendência pessoal, circunstâncias concretas, algumas escolhas individuais.

Vivemos numa época violenta. Temos medo de sair às ruas, temos medo de sair à noite, temos medo de ficar em casa sem grades, alarmes e câmeras, ou bons e treinados porteiros.

As notícias da imprensa nos dão medo em geral. Não são medos fantasiosos: são reais. E, se não tivermos nenhum medo, estaremos sendo perigosamente alienados. A segurança, como tantas coisas, parece ter fugido ao controle de instituições e autoridades.

Nestes dias começamos a ter medo também dentro dos shoppings, onde, aliás, há mais tempo aqui e ali vêm ocorrendo furtos, às vezes assaltos, raramente noticiados. O que preocupa são movimentos adolescentes que reivindicam acesso aos shoppings para seus grupos, em geral, organizados na internet.

É natural e bom que grupos de jovens queiram se distrair: passear pelos corredores, alegres e divertidos, ir ao cinema, tomar um lanche, fazer compras. Porém correr, saltar pelas escadas rolantes, eventualmente assumir posturas agressivas ou provocadoras e bradar palavras de ordem, não é engraçado.

Derrubar crianças ou outros jovens, empurrar velhos e grávidas, não medindo consequência de suas atitudes, não é brincadeira. Shoppings são lugares fechados, com grande número de pessoas, e, portanto, podem facilmente virar perigosos túneis de pânico.

Juventude não é sinônimo de grossura e violência (nem de inocência e ingenuidade). Neste caso, os que perturbam são jovens mal-educados (a meninada endinheirada também não é sempre refinada…) ou revoltados.

Culpa deles? Possivelmente da sociedade que, por um lado, lhes aponta algumas vantagens materiais, por outro não lhes oferece boas escolas, com muito esporte também em fins de semana, nem locais públicos de prática esportiva com qualidade (esportistas famosas como as tenistas irmãs Williams, meninas pobres, começaram em quadras públicas americanas).

Parece que ainda não se sabe como agir: alguns jornalistas ou psicólogos e antropólogos de plantão, e gente de direitos humanos às vezes tão úteis, acham interessante e natural o novo fenômeno, recorrendo ao jargão tão gasto de que “as elites” se assustam por nada, ou “as elites não querem que os pobres se divirtam”, e “os adultos não entendem a juventude”.

Pior: falam em preconceito racial ou social, palavrório vazio e inadequado, que instiga rancores. As elites, meus caros, não estão nos nossos shoppings; estão em seus iates e aviões pelo mundo.

No momento em que as manifestações violentas de junho estão aparentemente calmas (pois queimam-se ônibus e crianças, há permanentes protestos menores pelo Brasil), achar irrestritamente bonito ou engraçado um movimento juvenil é irresponsabilidade. E é bom lembrar que, com shoppings fechando ainda que por algumas horas, os empregados perdem bonificações, talvez o emprego.

As autoridades (afinal, quem são os responsáveis?) às vezes parecem recear uma postura mais firme e o exercício de autoridade: como pode ocorrer na família e na escola, onde reinam confusão e liberalismo negativo, queremos ser bonzinhos, para desamparo dessa meninada.

Todos devem poder se divertir, conviver. Mas cuidado: exatamente por serem jovens, os jovens podem virar massa de manobra. Os aproveitadores de variadas ideologias, ou simplesmente os anarquistas, os violentos, estão sempre à espreita: já começam a se insinuar entre esses adolescentes, ou a organizar grupos de apoio a eles — certamente sem serem por eles convidados.

Bandeiras, faixas, punhos erguidos e cerrados e palavras de ordem não são divertimento, e nada têm a ver com juventude. Não precisamos de mais violência por aqui. É bom abrir os olhos e descobrir o que fazer enquanto é tempo.

(www.veja.abril.com.br)

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1) De acordo com o texto de Lya Luft, pode-se afirmar que a violência:

a) é parte integrante do nosso DNA, da mesma forma que o cuidado e a solidariedade o são b) está determinada com base no meio em que se vive, estando descartado o componente genético c) equivale ao nosso DNA, de modo que vai determinar o nível de cuidado e de atenção com o próximo d) torna-se evidente quando o tema é DNA, pois o meio é excludente e define os traços psíquicos do

indivíduo

2) No segundo parágrafo, a repetição da expressão “Temos medo de” tem uma intenção estilística, a qual pode ser compreendida como:

a) modo de enfatizar todos os medos sociais, já que, assim, eles podem ser valorizados e extintos b) meio de deflagrar para o leitor que os medos são inerentes ao ser humano desde sempre c) estratégia linguística que pode facilitar a leitura de maneira a não desgastar tema “medo” d) modo de elencar, de forma enfática, a quantidade de medos que temos hoje

3) Segundo o texto, no que diz respeito às notícias dadas pela imprensa, o medo está associado à:

a) proficiência por reconhecer que não há perspectivas de práticas de autoritarismo b) ociosidade em função de não se ter o que fazer para melhorar c) indignidade no exercício do papel de um cidadão participativo d) consciência acerca da realidade em que se vive

4) No quinto parágrafo, a maneira como a autora constrói estruturalmente seu discurso nos permite a observação de que esta se baseia, respectivamente, em uma relação de:

a) tristeza/ alegria b) coesão/ submissão c) concessão/ restrição d) causa/ consequência

5) Em termos de modo de organização do discurso, é correto afirmar que o texto de Lya Luft é predominantemente:

a) narrativo b) descritivo c) expositivo d) argumentativo

6) No nono parágrafo, a autora faz uso de aspas em alguns momentos. Este uso serve como:

a) estratégia para separar a fala da autora de outra(s) voz(es) b) modo de se enfatizar o valor estilístico das palavras/ expressões em foco c) meio de se amenizar o significado desses termos/ expressões entre aspas d) forma de situar o leitor acerca da verdade indiscutível presente nestas falas

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7) “...palavrório vazio e inadequado...” É possível afirmar que o processo de formação do termo “palavrório” é: a) conversão b) parassíntese c) derivação sufixal d) composição por aglutinação

8) “... ‘as elites não querem que os pobres se divirtam’...” No período destacado, a oração sublinhada exerce função sintática igual àquela sublinhada em: a) Não havia muitas atividades. b) As mulheres querem salários dignos. c) Os homens são seres incompreendidos. d) De repente, ninguém ouviu mais a voz dele.

9) “As elites, meus caros, não estão nos nossos shoppings; estão em seus iates e aviões pelo mundo.” A expressão sublinhada na passagem em destaque sinaliza: a) traço oficial de coloquialidade, típica deste gênero textual, pois há intertextualidade e não existem

falácias na construção do texto b) possível desejo de aproximação com o leitor, a fim de que se construa um texto com traços de

cumplicidade entre enunciador/ coenunciador c) elo determinado pela atração das partes do discurso, de modo que elas possam interagir, mesmo que

concordando uma com a opinião da outra necessariamente d) viável intenção de aproximação com o leitor, entretanto, sem dar a ele abertura real à troca de

informações, já que um texto não pode dialogar com o leitor

10) “As notícias da imprensa nos dão medo em geral.” A função sintática da expressão sublinhada é: a) objeto indireto b) adjunto adnominal c) complemento nominal d) objeto direto preposicionado

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

11) As normas especiais a serem seguidas por um médico na função de auditor estão descritas em um capítulo especial no Novo Código de Ética Médica. O capítulo em que estão descritos comportamentos que são vedados ao médico na função de auditor e perito é: a) XII b) XI c) IV d) V

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12) Um médico vê um anúncio no jornal e se candidata a uma vaga em uma empresa de auditoria médica. Na entrevista, é dito a ele que seu trabalho seria interno e um grupo de outros profissionais da área de saúde, que não são médicos, iria aos hospitais ver os prontuários e os pacientes, quando necessário. O papel do médico auditor seria apenas ler, concordar e assinar os laudos, ficando desobrigado de se deslocar para ver os pacientes ou prontuários. Após refletir e consultar o Código de Ética Médica e o conteúdo do artigo 92, o médico tomou a seguinte decisão: a) aceitou o emprego, pois não identificou qualquer problema na proposta de trabalho que era boa e

completamente ética b) recusou o emprego porque não concorda que outros profissionais não médicos fizessem os laudos que

ele iria assinar em confiança c) recusou o emprego porque é vedado ao médico na função de auditor assinar auditorias, quando não

tenha realizado pessoalmente o exame d) aceitou o emprego porque se a empresa criou um grupo de perícia multiprofissional, não haveria

necessidade de sua presença e, em um ato de confiança, ele assinaria os laudos 13) Um médico na função de auditor sentiu necessidade de examinar o paciente cujo prontuário estava auditando. Foi prontamente atendido pelo médico assistente com a concordância do paciente. Após o exame, apresentou entendimento diferente do médico assistente e teceu duras críticas na frente do paciente. Nesse caso, o médico auditor ultrapassou o limite de suas atribuições e competências e incorreu em uma infração ao Código de Ética Médica, com base no artigo: a) 9º b) 56 c) 98 d) 108

14) Um médico na função de auditor, de acordo com a estrutura da empresa, trabalhava na emissão de senhas. Um médico assistente solicitou senha para realizar uma cirurgia eletiva em um paciente e forneceu o código desta. O médico auditor negou a senha e mandou um e-mail explicando seus motivos. “Procedimento não autorizado, não concordo com a realização da cirurgia.” O médico assistente tomou ciência do fato, imprimiu o e-mail para levar ao conselho regional de sua cidade e iniciar um processo ético, porque identificou uma infração ao Código de Ética Médica. Com base na resposta do e-mail, o assistente entendeu que o médico auditor estaria enquadrado no seguinte artigo do Código de Ética Médica: a) 107 b) 47 c) 27 d) 97 15) Um médico é convidado para trabalhar em uma empresa de auditoria. Em sua entrevista é explicada a filosofia da empresa e feita a seguinte proposta: “Estamos com problemas de caixa e precisamos reformular nossas estratégias. O departamento financeiro nos deu um indicador e demonstrou que se fizermos uma glosa sistemática de 15% mensalmente, poderemos equilibrar as finanças da empresa em 12 meses. Isso nos dará uma economia de cerca de R$ 400.000,00/mês. Dessa forma, estamos preparados para lhe oferecer um salário fixo mensal + 5% do valor glosado pela auditoria médica.” Durante a entrevista, o médico candidato a auditor refletiu e, considerando as orientações contidas no Código de Ética Médica, decidiu que: a) não aceitaria o emprego, porque a proposta constitui infração ao artigo 41 do Código de Ética Médica b) não aceitaria o emprego, pois é uma proposta que constitui infração ao artigo 96 do Código de Ética Médica c) aceitaria o emprego, porque a proposta é ética e está de acordo com o artigo 108 do Código de Ética Médica d) aceitaria o emprego, porque a proposta é ética e está de acordo com o artigo 64 do Código de Ética Médica

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16) Um médico assistente pede uma tomografia computadorizada para fazer um diagnóstico em um paciente. Recebe da recepcionista a seguinte informação: “Ainda não foi liberada a senha porque está em análise pelo médico auditor.” Duas horas após, recebe a decisão final: “O médico auditor negou a senha porque o paciente não realizou um ultrassom primeiro, só vai decidir pela liberação após a realização desse exame.” Sobre a atitude do médico auditor, o Código de Ética Médica normatiza que:

a) a função de auditor é liberar senhas e procedimentos com os quais concorde e esteja de acordo com os

protocolos internos das empresas para as quais trabalhe b) a função do auditor é acompanhar, rever pacientes e ou prontuários para avaliar se boas práticas

médicas estão sendo aplicadas e fazer relatórios, sem intervir nos atos profissionais de outros médicos c) o Código de Ética não está acima das determinações das empresas para o qual os médicos auditores

trabalham e tem aplicação restrita no que se refere ao médico auditor, o qual está desobrigado a cumprir vários artigos

d) mesmo que o Código de Ética não trate especificamente do trabalho de médicos auditores, por compreenderem a situação dos pacientes, os auditores não deveriam interferir por coleguismo com as solicitações dos médicos assistentes

17) Uma empresa de auditoria fez uma pesquisa de mercado e observou que havia possibilidade de expandir seu trabalho para outros estados. Fechou vários contratos e enviou um médico auditor que não possuía inscrição no Conselho Regional de Medicina (CRM) do estado onde ocorreu a prestação do serviço. O médico auditor, cônscio de seus deveres, consultou o Código de Ética Médica e observou que o Conselho Federal de Medicina (CFM) disciplina e define que: a) há necessidade da empresa prestadora de serviço de auditoria médica e seus responsáveis técnicos

estarem registrados nos conselhos regionais de Medicina das jurisdições onde seus contratantes estiverem atuando, porém o médico auditor está desobrigado pelo CFM de tirar outro CRM só para a prestação de serviço

b) não há necessidade de empresas e médicos terem inscrição no estado onde prestarão serviço, bastando uma única inscrição válida em todo território nacional. Todavia, ao prestar serviço em outro estado, deve avisar o fato, por carta, ao CRM de sua origem

c) há necessidade da empresa prestadora de serviço de auditoria médica e seus responsáveis técnicos estarem registrados nos conselhos regionais de Medicina das jurisdições onde seus contratantes estiverem atuando, incluindo o médico auditor

d) não há necessidade de outro CRM para prestação de serviço em outros estados e também não há necessidade de fazer qualquer comunicado ao CRM

18) Um médico na função de auditor foi encaminhado para um hospital para exercer seu trabalho. Ao chegar, dirigiu-se ao setor de faturamento, apresentou-se de forma cordial e iniciou seu trabalho. Fez os relatórios que achou pertinentes e retirou-se. De acordo com a resolução do Conselho Federal de Medicina nº 1.614/2001, é correto afirmar que: a) o médico na função de auditor, deverá apresentar-se ao diretor técnico ou substituto da unidade, antes de

iniciar suas atividades b) o médico auditor deve sempre ser educado na interação com os serviços auditados, mas é independente

e deve apenas mostrar sua carteira do CRM ao chegar aos locais auditados c) embora não seja obrigado a se apresentar aos diretores de hospital, por cortesia e para facilitar seu

trabalho deve se apresentar a algum funcionário do faturamento que vai mostrar onde ficam os prontuários

d) o médico auditor não deve interagir com os demais profissionais a sua volta para se resguardar e não atrapalhar a sua auditoria. Fica desobrigado a qualquer apresentação, pois já é esperado que os planos de saúde enviem auditores

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19) Um médico foi convidado para ser diretor técnico de um hospital e decide que como não concordava com o trabalho de alguns auditores médicos, não iria cooperar com o trabalho deles. Ofereceu como local para a atividade de auditoria externa uma sala escura, desconfortável e determinou que o setor de faturamento não cooperasse com os auditores. Acreditou estar agindo de acordo com os interesses do hospital. De acordo com a resolução do CFM nº 1.614/2001, é correto afirmar que: a) a atitude foi deselegante, mas não há qualquer obrigatoriedade ética médica de facilitar ou oferecer

conforto ao médico auditor ou à sua equipe b) o diretor não deveria agir dessa forma porque vai irritar o médico auditor e sua equipe. Certamente

aumentará as glosa que o auditor já esta autorizado a praticar c) o diretor técnico deve garantir ao médico e equipe de auditora todas as condições para o bom

desempenho de suas atividades, bem como o acesso a documentos d) o diretor médico deveria, mesmo que desobrigado pelo CFM, tratar de forma cordata o médico auditor por

corporativismo, mas está desobrigado a proporcionar assistência aos demais membros não médicos da equipe de auditoria

20) Um médico na função de auditor, após ler um prontuário que estava sendo auditado e entendendo que o este é o documento do paciente onde deve estar todo seu histórico, tomou a decisão de anotar todas as suas observações no prontuário. Dessa forma, pontuou detalhadamente todas as condutas discordantes com o médico assistente e também quais decisões tomaria. De acordo com o CFM, sobre essa questão, é correto afirmar que: a) é vedado ao médico auditor realizar anotações no prontuário do paciente b) a resolução nº 1.614/2001 do CFM normatiza a obrigatoriedade de que tudo seja anotado no prontuário

do paciente c) se o médico auditor discorda do médico assistente por usos e costumes deve fazer suas anotações

diretamente no prontuário do paciente d) o médico auditor só deve fazer anotações quando concorda com o médico assistente, mas quando

discorda deve procurar o assistente para conversar pessoalmente

21) Um médico na função de auditor, ao auditar um prontuário tem várias dúvidas referentes à atuação do médico assistente e precisa de esclarecimentos. Como deve proceder para ficar resguardado e dentro de uma atuação ética, é correto afirmar que: a) o médico auditor não deve se preocupar em tirar dúvidas, porque a auditoria é uma atividade

independente e as conclusões do médico auditor são soberanas b) é vedado ao médico auditor interagir com do médico assistente, portanto, deve apenas glosar os

procedimentos se assim entender c) o médico auditor deve solicitar por escrito ao médico assistente os esclarecimentos necessários para

poder realizar a auditoria de forma correta d) o médico auditor deve tirar suas dúvidas com outros médicos auditores e evitar contato com o assistente,

mesmo que seja por escrito

22) Um médico na função de auditor audita o prontuário de uma pessoa famosa na mídia. Após auditar o prontuário, comentou o fato com terceiros e o diagnóstico tornou-se público. Ocorreu uma investigação e chegou-se à conclusão de que a informação partiu do médico auditor. De acordo com o CFM, o entendimento correto é: a) o médico auditor se obriga a manter o sigilo profissional b) o sigilo profissional é exclusivo do médico assistente do paciente c) o médico auditor de acordo com Código de Ética Médica está desobrigado ao sigilo profissional d) mesmo estando desobrigado ao sigilo profissional, com essa atitude estaria prejudicando a equipe

assistente que inicialmente seria suspeita de quebrar o sigilo

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23) Um médico na função de auditor estava muito sobrecarregado de trabalho. Havia 20 prontuários a serem auditados e um prazo muito curto para o cumprimento de suas tarefas. Dessa forma, procurou o diretor da unidade e comunicou que levaria 10 prontuários para casa e, terminando-a, devolveria na manhã seguinte. O diretor médico se recusou a liberar os prontuários. O auditor então solicitou cópia de todos os prontuários para poder continuar a auditoria. Essa solicitação do médico auditor deve ser:

a) negada, porque o auditor tem apenas o direito de acessar o prontuário no local, sendo vedada a retirada

dos prontuários ou cópias da instituição b) atendida, pois ele não pode levar os prontuários originais, mas pode tirar cópia de tudo que precisar, a

qualquer momento, desde que seja para auditoria c) negada, porque o auditor não precisa auditar todos os prontuários, podendo fazer as auditorias por

amostragem, sendo os prontuários, dessa forma, dispensáveis d) atendida, pois a instituição se obriga a oferecer todos os meios necessários para o auditor completar sua

tarefa. Dessa forma, ele poderia solicitar os prontuários e o diretor deveria atender

24) Um médico auditor entendeu que para exercer corretamente sua atividade deveria examinar o paciente cujo prontuário estava auditando. Sobre esse exame é correto afirmar que:

a) é antiético o auditor examinar o paciente do médico assistente b) a função de auditoria é exclusivamente burocrática, portanto o médico auditor não pode examinar o

paciente c) o médico auditor pode examinar a qualquer tempo, sem precisar da autorização do médico assistente ou

do próprio paciente d) desde que o paciente ou seu representante legais concordem e o médico assistente seja avisado,

podendo estar presente durante o exame, o médico auditor pode examinar o paciente

25) Um médico na função de auditor é designado para propor a uma instituição a ser auditada uma série de medidas restritivas às práticas médicas, mas que poderiam ajudar a reduzir as glosas sofridas pela instituição. Em relação à intermediar essa negociação, o auditor:

a) não deve aceitar, porque caracteriza uma infração ao Código de Ética Médica b) deve aceitar, porque essa função compõe atribuições do médico auditor c) deve aceitar, porque ajudaria a diminuir os conflitos o que seria benéfico à contratante e ao prestador d) não deve aceitar, porque embora faça parte do trabalho do auditor negociar esses acordos, pode não

ajudar a resolver os conflitos conforme esperado

26) Compete à comissão de revisão de prontuários observar os itens que deverão constar obrigatoriamente no prontuário confeccionado em qualquer suporte eletrônico ou papel. Com base nessa afirmativa, os dados abaixo são obrigatórios no prontuário, EXCETO:

a) letra legível b) carimbo do médico em todas as evoluções c) data e hora dos procedimento e nas evoluções médicas d) identificação completa do paciente: nome, data de nascimento, sexo, nome da mãe e endereço completo

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27) O prontuário médico é único e constituído de um conjunto de informações, sinais e imagens registradas, geradas a partir de fatos, acontecimentos e situações sobre a saúde do paciente e da assistência a ele prestada, de caráter legal, sigiloso e científico, que possibilita a comunicação entre a equipe multiprofissional e a continuidade da assistência prestada ao indivíduo. Em relação à essa afirmativa, é correto afirmar que:

a) não é verdadeira, porque os prontuários médicos não são multiprofissionais b) não é verdadeira, porque o prontuário médico não é único, pode haver um em cada especialidade médica

em que o paciente se trate c) não é verdadeira, porque falta a parte referente ao fato de que os médicos auditores devem anotar todas

as suas observações no prontuário do paciente d) é verdadeira, porque descreve o artigo 1º da resolução que define o prontuário médico e torna obrigatória

a criação da comissão de revisão de prontuários nas instituições

28) Os planos de saúde têm exigido a identificação completa dos pacientes, assim como a colocação de CID (Classificação Internacional de Doenças) e o tempo de evolução da doença, nas guias de Troca de Informações na Saúde Suplementar (TISS), para solicitação de consultas exames. Sobre essa matéria o CFM tem um entendimento e resolve que:

a) ambos, CID e tempo de doença, não devem ser colocados na guia TISS para preservar o sigilo médico

que é um direito inalienável do paciente e dever do médico b) o tempo de evolução da doença pode ser colocado mas o CID não deve ser colocado na guia TISS, pois

constitui quebra do sigilo médico c) o tempo de internação e o CID devem ser colocados para não atrapalhar as liberações dos

procedimentos d) o CID deve ser colocado, mas o tempo de doença não deve ser colocado na guia TISS

29) Deve-se colocar o CID e tempos de doença no seguinte caso:

a) quando o paciente autorizar

b) nos casos previstos em lei c) quando o médico assistente autorizar d) quando estiver difícil conseguir liberação de um procedimento e essa for uma exigência intransponível do

plano de saúde

30) A saúde suplementar pode ser definida como todo atendimento privado de saúde, realizado ou não por meio de um convênio com um plano de saúde. O cenário da saúde suplementar no Brasil é composto pelos seguintes agentes:

a) exclusivamente as seguradoras b) exclusivamente as operadoras de planos privados de saúde c) o grupo formado por seguradoras, operadoras planos privado de saúde e dos prestadores de serviços de

assistência à saúde d) o governo – representado pelo Ministério da Saúde, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e

a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), além das operadoras de planos privados, as seguradoras e os prestadores de serviço de assistência à saúde

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31) A TISS foi estabelecida para as trocas eletrônicas de dados de atenção à saúde dos beneficiários de planos, entre os agentes da saúde suplementar. Com relação aos seus objetivos, é INCORRETO afirmar que: a) não é padronizada ou obrigatória, seu uso deve ocorrer por adesão b) padroniza as ações administrativas das operadoras de planos privados de assistência à saúde c) compõe o Registro Eletrônico de Saúde das operadoras de planos privados de assistência à saúde d) subsidia as ações de avaliação e acompanhamento econômico e financeiro das operadoras de planos

privados de assistência à saúde 32) A resolução nº 1.821/07 do CFM trata da seguinte questão: a) normatiza o sigilo médico b) cria e normatiza a comissão de prontuário médico c) proíbe a colocação de CID ou tempo de doença na TISS d) aprova normas técnicas concernentes à digitalização de uso de sistemas informatizados dos prontuários

dos pacientes

33) Com relação ao prontuário do paciente, é INCORRETO afirmar que: a) os prontuários e seus respectivos dados pertencem ao paciente e devem estar permanentemente

disponíveis, de modo que, ao ser solicitado por ele ou seu representante legal, permita o fornecimento de cópias autênticas das informações pertinentes

b) em qualquer meio de armazenamento é propriedade física da instituição onde o paiente é assistido, a quem cabe o dever da guarda do documento

c) os dados nele contidos pertencem ao paciente e só podem ser divulgados com sua autorização ou a de seu responsável ou por dever legal

d) imediatamente após a morte do paciente o prontuário pode ser descartado, ficando a instituição desobrigada de mantê-lo

34) Um médico que acompanhava certo paciente internado em um hospital, não teve preocupação com a legibilidade de sua letra. O paciente após a alta, precisou de algumas informações contidas em seu prontuário e lhe foram fornecidas cópias dos dados solicitados, mas o documento não pôde ser aproveitado porque estava ilegível. O paciente sentiu-se prejudicado. Sobre essa questão, o Código de Ética Médica: a) menciona, mas não caracteriza como infração b) disciplina que é uma infração ao Código de Ética Médica c) não menciona, portanto não caracteriza infração ao código d) trata da legibilidade da letra apenas na resolução que cria a comissão de prontuários em caráter informativo

35) Um médico na função de auditor, após auditar um prontuário, encontrou indícios de ilícito ético. Entre os procedimentos abaixo, o que deve ser adotado, para agir de acordo com o Código de Ética Médica, é: a) guardar suas observações para si próprio b) comunicar ao Conselho Regional de Medicina c) escrever no prontuário do paciente suas observações d) comunicar o ocorrido imediatamente ao paciente ou à sua família

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36) Um médico na função de auditor, ao auditar um prontuário, encontra indícios de irregularidade no atendimento do paciente cuja comprovação necessita de análise do prontuário médico. Ele solicita cópias da instituição exclusivamente para fins de análise. A afirmativa correta, em relação à resposta do administrador do hospital, é:

a) entrega as cópias porque conhece a resolução do CFM que dá ao médico auditor nessa situação específica respaldo para obter as cópias

b) entrega o prontuário do paciente para o auditor levar e registra em um protocolo do hospital para saber que o prontuário está com o auditor

c) pede para ele conversar e obter autorização por escrito do médico assistente antes de entregar o prontuário

d) oferece ao auditor um local para análise do prontuário exclusivamente dentro das dependências do hospital

37) Um médico na função de auditor deseja examinar um paciente cujo prontuário está auditando, para complementar seu raciocínio. Faz um contato com o médico assistente, informa sua intenção, o assistente concorda com o exame e informa ao paciente, que também concorda com o exame. O assistente confirma presença. Na data e hora marcados, o médico assistente não pode comparecer e não se comunicou com o auditor. O médico auditor deve:

a) tentar contato com o médico assistente e aguardar até ele chegar b) marcar outra data para o exame, porque o assistente não estava presente c) proceder ao exame, porque há respaldo em resolução do CFM, já que é facultado ao assistente estar

presente ou não d) é vedado ao médico auditor, conforme consta em resolução do CFM, examinar qualquer paciente por ele

auditado, assim não deveria ter feito tal solicitação, o que justifica a ausência do médico assistente

38) Um médico na função de perito decide assistir à cirurgia de troca de válvula mitral, em um paciente cujo prontuário está auditando. No dia e hora marcados para cirurgia comparece ao centro cirúrgico, sem o conhecimento do paciente ou médico assistente e é impedido pela coordenação do centro cirúrgico de entrar para assistir o procedimento. Analisando a conduta acima, pode-se concluir que:

a) o médico auditor está impedido de assistir ao procedimento porque sua função é apenas analisar os prontuário e não deveria ter comparecido ao centro cirúrgico

b) o médico auditor tem o direito de assistir a quaisquer procedimentos dos pacientes cujos prontuários vai auditar sem consentimentos prévios, portanto, não poderia ter sido recusada sua entrada

c) o médico auditor não poderia comparecer sem agendar com a coordenação do centro cirúrgico para que fossem providenciados máscaras e capotes para assistir a cirurgia, portanto, poderia ser recusada sua entrada

d) o médico auditor, para assistir qualquer procedimento no paciente, precisa da autorização dele ou do representante legal e/ou do médico assistente. Sem essa autorização, o auditor não poderá assistir ao procedimento

39) Um médico decide seguir a careira de auditor porque vê nesse segmento um grande desafio e oportunidade pessoal. Ao refletir sobre o assunto, coaduna-se com o resolução do CFM e entende que:

a) terá grande poder e todos vão temê-lo pela sua capacidade de glosar grandes somas de dinheiro das instituições

b) percebe uma ótima oportunidade de faturar grandes somas de dinheiro, ao receber um percentual por serviços glosados das instituições

c) embora desvinculado de questões financeiras, a capacidade de vetar procedimentos com os quais não concorda gera oportunidade de ajudar aos pacientes

d) a auditoria do ato médico constitui-se em importante mecanismo de controle e avaliação dos recursos e procedimentos adotados, visando sua resolubilidade e melhoria na qualidade da prestação de serviços

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40) A resolução do CFM que aprova o novo código de ética médica atualmente em vigor é: a) nº 1.614/2001 b) nº 1.638/2002 c) nº 1.821/2007 d) nº 1.931/2009

CONHECIMENTOS DE CLÍNICA GERAL EM EMERGÊNCIA

41) A identificação de sintomas indicativos de encefalopatia de Wernicke em um paciente etilista requer a pronta administração de: a) tiamina b) ácido fólico c) vitamina B12 d) glicose hipertônica

42) Na condução de um caso de hemorragia subaracnoidea por ruptura de aneurisma, é comum utilizar a terapia denominada “triplo H” para melhorar a perfusão cerebral. Na composição dessa terapia, encontram-se os seguintes itens, EXCETO: a) hipertensão b) hipervolemia c) hemodiluição d) hipernatremia

43) No tratamento de um paciente com edema agudo de pulmão, a instituição de ventilação não invasiva apresenta os seguintes benefícios, EXCETO:

a) redução da pCO2 b) diminuição da pós-carga c) prevenção de atelectasias d) deslocamento de líquido para fora dos alvéolos

44) O tratamento da hipertensão arterial em um paciente com dissecção aórtica aguda pode ser iniciado com as seguintes drogas, EXCETO:

a) nitroprussiato de sódio b) hidralazina c) diltiazem d) esmolol

45) A reação do tipo Jarisch-Herxheimer pode ocorrer durante o tratamento da seguinte doença infecciosa: a) tétano b) dengue c) leptospirose d) meningite meningocócica

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46) A respeito da avaliação e condução de um paciente com crise asmática aguda, é correto afirmar que: a) a capacidade pulmonar total diminui durante a crise b) a ocorrência de leve hipercarbia é comum e não indica gravidade c) os corticoides administrados por via oral têm a mesma eficácia da via venosa d) o brometo de ipratrópio não acrescenta eficácia à nebulização com beta-2 agonista 47) São manifestações esperadas na cetoacidose diabética, EXCETO: a) leucocitose b) respiração superficial c) elevação da amilase sérica d) dor abdominal, simulando abdome agudo cirúrgico 48) A suspeita de infarto agudo do miocárdio, acometendo o ventrículo direito, aumenta quando há infarto concomitante da parede: a) anterior b) inferior c) lateral d) septal 49) Na avaliação de um paciente que foi recebido na emergência em coma, deve-se suspeitar de intoxicação por opioide, diante do seguinte achado: a) miose b) ataxia c) tremores d) espasticidade 50) Pacientes com neoplasias malignas, sob tratamento quimioterápico, devem receber antibioticoterapia empírica imediatamente em caso de febre e contagem de neutrófilos (por mm3) abaixo de: a) 1500 b) 1000 c) 750 d) 500

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