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JOSÉ CARLOS FREITAS Investimentos: pessoas, finanças & negócios Grandes MÓDULO 03 | AULA 02 INVESTIMENTO EM PESSOAS

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JOSÉ CARLOS FREITAS

Investimentos:pessoas, finanças& negócios

Grandes

M Ó DU LO 03 | AU L A 02I NVESTI M E NTO E M PESSOAS

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INVESTIMENTO EM PESSOAS | JOSÉ CARLOS FREITAS

Olá, tudo bem? Não sei se você chegou a participar ou assistiu algumas das aulas do Cognition, este foi o maior congresso online do Brasil, e com isso, foi uma parceria que a Unisinos trouxe pa-lestrantes feras do mundo inteiro. Nós tivemos a participação de nomes de várias áreas, como a Cris Arcangeli, que participa do Shark Tank, o lobo de Wall Street, Marcos Piangers, Luiz Fux, den-tre outros. E nessa sequência, a Unisinos está lançando, então, os MBAs Online em parceria. Nós temos essas feras dando aulas para a gente e os professores da Unisinos contribuindo com uma base teórica também, para que a gente possa então levar para você o melhor conteúdo, a melhor atualização para que vocês possam desenvolver as suas competências, para que vocês possam se preparar para esse futuro.

Nesse contexto, a aula de hoje é sobre INVESTIMENTO EM PESSOAS.

Eu sou o José Carlos Freitas, na tela tem um QRcode que é do meu Linkedin, vocês fiquem à vonta-de se quiserem me contatar, desde já eu me coloco à disposição para que a gente possa interagir, para que eu possa tirar todas as dúvidas de vocês que possam vir a ocorrer. É um grande prazer estar aqui tendo a oportunidade de contribuir, eu vou fazer valer um pouco também da aula do Piangers, que eu achei uma aula muito bacana, e vou fazer referências a essa aula.

   

Bom, eu sou natural do Rio do Janeiro, eu estou aqui no Sul do Brasil aproximadamente há 15 anos. Eu vim para cá em 2006, completando 15 anos aproximadamente e a minha trajetória profissional iniciou há mais de 30 anos, e o início foi na carreira militar, então eu tive uma formação na acade-mia militar e depois eu fui fazendo outros cursos e chegou um momento da carreira que a gente começa a fazer escolhas e a gente vai falar sobre carreira hoje. E em um determinado momento, eu tinha uma experiência de desenvolvimento de liderança, e eu pensei como que eu posso aproveitar essa experiência e trazer isso para outros contextos.

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Então eu comecei a fazer outros cursos e outras graduações, fiz o MBA em Administração, mestrado em Administração na Unisinos e por fim conclui meu doutorado, hoje eu sou professor da Unisinos já há algum tempo, atuo também em outras atividades em parceria com colegas em palestras, ca-pacitações, desenvolvimento de pessoas, desenvolvimento de liderança, uma gama de atividades. Então o meu foco é trabalhar desenvolvimento de pessoas no contexto de transformação digital, nesse contexto que a gente está vivendo hoje.

A foto acima colacionada é no dia da defesa do meu doutorado, para mim foi um dos cursos mais marcantes que eu fiz, então eu tive a oportunidade, durante o período de quatro anos, de passar al-gum tempo no exterior, nos Estados Unidos, fazendo algumas capacitações. Depois desenvolvi uma parte da pesquisa no Canadá. Então me agregou bastante esse doutorado e eu espero que eu possa transmitir um pouco de conhecimento, pelo menos motivá-los a buscar outros conteúdos para que a gente possa se adaptar às transformações que hoje estão presentes aqui no nosso dia a dia.

Então, mais uma vez eu agradeço a atenção de todos, agradeço a assistência, de novo me coloco à disposição para qualquer dúvida, questão, eu estou sempre à disposição.

Eu vou iniciar com uma reflexão, uma provocação na verdade, quem já assistiu à aula do Piangers deve ter visto ele falar que a gente deve focar nas coisas que a gente controla, ele falou bastante sobre protagonismo e aqui eu vou convidar vocês para assistir esse vídeo antes da gente iniciar a aula, e aí a gente faz alguns comentários:

CLIQUE NA IMAGEM PARA ASSISTIR AO VÍDEO

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Bom, sobre o que fala o vídeo?

O vídeo não fala simplesmente de arrumar a cama e de nadar com tubarões, não é essa a mensa-gem. Mas, do que ele fala? Ele fala da gente começar com as pequenas coisas e começar a vencer os desafios, ter coragem, assumir o protagonismo, ter confiança.

Na aula do Piangers, vocês devem ter visto que desde o início ele fala, ‘’a gente não controla tudo, a gente controla uma parte pequena do que acontece na nossa vida’’, então a gente tem que ter co-ragem, confiança e concentrar a nossa energia nisso. Então, a partir dessa confiança, desse prota-gonismo, a gente acreditar na gente, nós vamos vencer os obstáculos e com certeza a vida, ela é muito boa para ser vivida, não são só obstáculos; muito pelo contrário, tem muito mais coisa boa, então vamos olhar as coisas boas.

Se a gente conseguir encarar de uma forma positiva, a gente vai ul-trapassar os obstáculos com tran-quilidade, vocês estão aqui nesse curso para isso, para que a gente possa trazer reflexões para que a vocês possam pensar, para que vo-cês possam se motivar para enca-rar e ver com os melhores olhos os desafios do dia a dia. E muitas das vezes uma coisa que parece gran-de, se a gente se acalma, respira, dá um passo para trás, pensa com calma e volta, a gente vai ver que não era um obstáculo tão grande e a gente vai conseguir superar, essa é a mensagem do vídeo e é com isso que eu gostaria de iniciar a aula, é baseado nesse contexto, nessa reflexão que eu gostaria de iniciar a aula.

Bom, nós vamos falar de investimento em pessoas, inicialmente a gente vai fazer uma contextua-lização, nós vamos falar desse momento que a gente está passando, nesse momento único vamos dizer assim na nossa vida, história da humanidade, e vamos falar das oportunidades também, va-mos falar de que forma que a gente pode tirar vantagem, por exemplo, da transformação digital, em um segundo momento eu vou convidar vocês a me responder e refletir, ‘’quem deve pensar no investimento em pessoas?’’. Será que é o próprio indivíduo? Será que sou eu? Será que é você? Ou a gente deixa isso para as empresas ou a gente no papel de líder, gestor, a gente tem que pensar isso? Bom, nós vamos discutir isso mais à frente, e por fim já quero, como que eu coloco as pessoas em primeiro lugar, então a gente vai tratar disso também em um terceiro momento.

Eu vou trazer aqui, um princípio de Stephen Covey, o autor do livro 7 Hábitos de Pessoas Altamen-te Eficazes, sendo este um autor renomado, vamos finalizar falando um pouquinho dessa questão que nesse momento nos afeta e que, se Deus quiser, vai passar, que é o COVID-19.

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Eu destaquei aqui, nesse slide inicial, três grandes contextos, três grandes elementos do mundo Vuca – talvez alguns já tenham ouvido falar, o COVID-19 – que há 1 ano já vem trazendo alguns impactos para a nossa sociedade e o Lockdown – sendo este uma consequência que muitos estão vivendo devido ao Covid-19. Mas, nesse primeiro momento em particular, nós vamos focar aqui no mundo Vuca, para explicar um pouquinho o que é isso, talvez alguns já conheçam e outros não, mas trazer um pouco de vista para que vocês possam entender esse momento.

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Se vocês forem agora na internet vocês vão achar esse termo. Ele teve origem com os militares nos Estados Unidos no fim da década de 1990, e todos sabem que no século passado, principalmente na se-gunda metade do século passado, o mundo era polarizado, dividido; e ocorreu principalmente ali nos anos 1970 e 1980, a Guerra Fria, na-quele momento os Estados Unidos tinham um inimigo que era a União Soviética, e com a dissolução da União Soviética, queda do muro de Berlim e todas aquelas mudanças que aconteceram na história.

Esse inimigo deixa de ser um oponente claro e assim surgem outros oponentes naquele contexto militar que comina, infelizmente, com o ataque do 11 de setembro – Torres Gêmeas, com o terrorismo. En-tão esse inimigo era claro, ele era ‘’fácil de se identificar’’, ele passa a ser um inimigo volátil.

Esse conceito foi trazido para praga da gestão, praga das organizações, então a gente consegue en-tender ele olhando esse slide:

Então é uma sigla que significa volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade; trazendo isso para o nosso contexto das organizações e, quando eu falo organizações, eu falo em geral, qualquer tipo de organização, pode ser uma empresa, pode ser uma loja, pode ser um supermercado, pode ser um hospital, pode ser um colégio, pode ser uma ONG, pode ser um órgão público.

Então, esse contexto ele pode ser utilizado dessa ideia em qualquer tipo de organização. Então, sempre que eu me referia à organização, aí cada um de vocês traz para a sua realidade.

Por conseguinte, a volatilidade refere-se, então, a velocidade com que as coisas ocorrem cada vez mais rápido, e isso impacta nas pessoas e a gente tem que se adaptar a isso, e entender que as coi-sas são assim, não tem como fugir. Então, essa velocidade já nos remete a uma reflexão que a gente tem que se adaptar a essa velocidade.

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A incerteza, essa pandemia nos tem dado n lições de incerteza, então a gente não controla todos os fatores, por isso que o Piangers falou na aula dele, ‘’vamos focar naquilo que a gente controla, e aquilo que a gente não controla a gente vai monitorando, cuidando, adaptando’’. Então, hoje em dia a incerteza é grande.

A complexidade refere-se às forças capazes de confundir o ambiente organizacional, exemplo: você decide abrir uma pizzaria e você vai escolher o bairro X da minha cidade, porque é um bairro com uma grande população e ali não tem nenhuma pizzaria desejando montar, todo mundo do bairro vai com-prar da minha pizzaria. É assim que funciona? Óbvio que não, e mais ainda agora, não é assim.

Porque as pessoas desse bairro elas podem até vir a comprar na sua pizzaria, mas eu tenho certeza que muitos ali vão comprar do Ifood por exemplo, ou do UberEats ou qualquer outro desses aplicativos ou vão ligar para as outras pizzarias e pedir tele-entrega. Então, não basta simplesmente você montar uma pizzaria em um bairro que não tenha outras pizzarias, você vai ter que pensar dessa forma complexa e entender esse contexto e você vai ter que com-petir no físico e no virtual, ou você vai ter que se valer desses aplicativos, des-sas plataformas ou você vai ter que criar a sua plataforma de tele-entrega por exemplo, além da sua capacidade de atrair o público fisicamente.

Essa complexidade que estamos falando, e muitas em-presas não se deram conta ou não se dão conta, e aca-bam perdendo mercado, perdendo Market Share, devi-do a essa falta de leitura.

E por fim a ambiguidade. Antigamente era muito comum você ser categórico isso ou aquilo, hoje em dia não, hoje em dia é mais isso e também aquilo, podendo ser até uma outra coisa. Então, a gente tem que estar bem aber-to e entender que essa realidade depende do momento,

depende do contexto e a leitura que você faz daquela situação pode ter mais de uma interpretação, então a gente não pode ser 100% categórico, é preciso que a gente entenda esse contexto.

Então, esse mundo VUCA ele tem que ser compreendido para que a gente entenda quais compe-tências, quais capacidades a gente precisa desenvolver para fazer frente a ele.

São as transformações, e uma das principais causas são as transforma-ções da indústria 4.0; tenho certeza que a maioria de vocês, se não já ouviram falar de indústria 4.0, mas eu acho que é importante mostrar essa evolução, não para explicar o conceito de indústria 4.0, não é isso que eu pretendo mostrar aqui. À vista disso, eu chamo a atenção de vo-cês no seguinte aspecto: a primeira revolução industrial em 1784, ocor-reu quando o modo de produção foi incrementado com a mecanização e as máquinas à vapor, olha quanto tempo na história se a gente consi-derar o nosso calendário tradicional pós Cristo, no mínimo se a gente considerar 1784 anos para surgir essas primeiras máquinas.

Por conseguinte, as coisas continuarão evoluindo e aproximadamente 100 anos depois surge en-tão, a produção em escala, produção em massa, logo na sequência a indústria automobilística ga-nha força, outros modos de produção, isso tudo vai impactando também nas pessoas, indústrias, empresas vão crescendo.

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Passa-se mais aproximamente 100 anos, e aqui são dados aproximados, mas só para gente enten-der e chegar lá, a indústria 4.0 vem com a automação robótica, computadores, internet, sistema Toyota de produção e uma série de mudanças que revolucionam a indústria até então tradicional. E passa-se poucos anos, essas tecnologias vão sendo cada vez mais desenvolvidas, cada vez mais rapidamente vão surgindo novas tecnologias e impulsionados pela internet surgem sistemas ciber-néticos, internet das coisas, redes sociais e inteligência artificial.

E estamos aqui na indústria 4.0:

O que mais chama atenção depois da indústria 3.0 é o tempo até hoje e a quantidade de mudanças que tem ocorrido, então, com a gama de tecnologia que nós temos hoje, as mudanças ocorrem cada vez mais rápido e a internet impulsiona essas transformações e, se a gente olha então essa linha do tempo, o que chama atenção não são as mudanças em si, mas sim a velocidade em que cada vez mais elas ocorrem. Estou falando isso, porque isso impacta em pessoas e isso impacta na gente.

Se a gente não tiver essa percepção, a gente não vai entender o quanto a gente precisa investir em nós mesmos, investir nas pessoas. Dentro desse contexto em que a gente vive hoje, das tecnolo-gias digitais, redes sociais, blockchain, inteligência artificial, computação em nuvem, big data... as pessoas, nós, os profissionais de uma forma geral, estão vendo uma série de oportunidades. Então, essas transformações, essas tecnologias trazem esse desafio, porque aí a gente tem nas empresas os nativos digitais, pessoas que nasceram já nesse contexto de indústria 4.0 e os imigrantes digitais, grupo do qual eu faço parte, mas procuro me adaptar o mais rápido possível e me valer dessas oportunidades.

Então, nesse aspecto que a gente tem que pensar: o que é que essas tecnologias nos trazem de oportunidade? O que é que eu preciso desenvolver para fazer uso delas da melhor forma possível e estar preparado para as novas possibilidades do mercado de trabalho?

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Um exemplo muito interessante é o Big Data. O Big Data é o volume de dados que, hoje em dia, as empresas lidam. Existem várias teorias, várias caracterizações; mas a mais tradicional é conhecida por 3 ’’Vs’’ (Velocidade, Variedade e Volume). O Volume de dados que a gente recebe é cada vez maior. Se a gente pensar como indivíduos, se a gente pensar nas empresas, um volume de dados, e-mails, dados das redes sociais, dados da internet e por aí vai. As variedades dos dados não che-gam só de uma forma, eles chegam de várias formas, é por vídeo, são pelas redes sociais, é por mensagem, até um simples clique ou um simples emoji significa muito para uma pessoa, significa muito para uma empresa. Quando você manda uma mensagem para uma pessoa e ela te manda um coração, você pensa ‘’agradei essa pessoa’’.

E para as empresas, quando os clientes clicam e favoritam aquele determinado produto ou serviço, então, são as variedades dos dados. E a velocidade? A velocidade é enorme e, saber lidar com os dados, saber lidar com as informações é uma outra competência que tem sido muito demandada pelo mercado, então, existem novas profissões hoje, como cientista de dados, engenharia de com-putação, que tem ganhado um peso enorme nesse contexto para os mais diversos ramos, como na área da saúde, na área da educação, na área das tecnologias diversas e por aí vai.

Então é preciso entender, conhecer e tirar vantagem disso. É disso que a gente fala. Não é encarar isso como um desafio, como um peso, não, é entender que isso é um caminho, isso é um contexto e a gente vai se adaptar e tirar vantagem disso.

É possível que, do fim da aula que eu gravei até o momento em que vocês estão assistindo, outras tecnologias tenham sido desenvolvidas ou aprimoradas, então, aquela complexidade do mundo vuca, aquela incerteza, aquela volatilidade e aquela ambiguidade, está presente no nosso cotidia-no, aliada e impulsionada pela transformação digital e, com isso, novas expressões começam a fa-zer parte do nosso cotidiano.

Algumas, talvez, já façam parte do seu dia a dia, outros, talvez, sejam novidades. Claro, impossível colocar todas; mas, estou trazendo essa provocação para que a gente entenda que é preciso que a gente se aperfeiçoe, que a gente esteja aberto para as mudanças.

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A era do maker, hoje em dia é muito comum. Eu quero saber como faz algo, eu vou no youtube e busco, vou achar ‘’n’’ tutoriais. Talvez uma das palavras mais buscadas dos últimos tempos, em tempos de pandemia, seja ‘’tutorial’’, tutorial de vídeos e tutoriais diversos.

Essa palavra lowsumerism, o que é isso? É uma mudança de conceito, mudança de paradigma, mudança de mindset, que se aplica em diversas áreas. Então, é o consumo consciente que as pes-soas, cada vez mais, estão tendo. As empresas têm que pensar nisso, pois, se as pessoas estão ten-do um consumo mais consciente, as empresas, as organizações têm que pensar nisso, ‘’como que eu vou surfar nesse contexto? ’’.

O vegano, veganismo, vegetarianismo. Vegetarianos, talvez, sejam o movimento mais antigo. O ve-gano também não é novo, mas tem ganhado força cada vez mais, então, as empresas, por exemplo, que oferecem refeições para os seus funcionários/colaboradores, tem que pensar nessas pessoas.

O que é o sucesso? O sucesso, cada vez mais tem ganhado novas expressões/significados. O suces-so é ressignificado a todo momento. O que era sucesso há 20 anos atrás, hoje, talvez não seja mais, por quê? Porque estamos nesse ambiente de constante transformação.

Estamos passando por um momento de grande transformação sob todos os aspectos, sobretudo no contexto das empresas. O modelo tradicional já não faz mais sentido, abre-se espaço para a era do propósito.

Na aula do Piangers, ele traz algumas reflexões importantes, ele traz os 5 ‘’C’’ e, eu não vou falar aqui, para justamente convidar que você assista de novo lá. Ele fala da evolução e do pensamento que a pessoa tem que ter com relação ao trabalho e é bem verdade, inclusive, ele destaca isso que, talvez no início da carreira, talvez para muitas pessoas, inicialmente, a gente vá buscar um trabalho pela remuneração, isso é normal; mas, nós temos que pensar grande, nós temos que pensar em aprender esse processo com essa nossa carreira e, depois, consequentemente, a gente vai ganhar reconhecimento, a gente vai crescer e chegar nesse estágio que eu estou me referindo aqui, em que você busca um trabalho não somente pelo dinheiro; mas pelo sentido que ele traz para você.

Então, dar aula, dar palestras, conversar com as pessoas, para mim faz sentido. Eu gosto de conver-sar, eu gosto de trocar experiências, eu gosto de aprender com as pessoas, então isso faz sentido para mim, por isso que eu fiz uma mudança na minha carreira, esse é só um exemplo.

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Além disso, um outro contexto que nós estamos vivendo, e aí são dados bem recentes que eu tirei de sites e de fontes confiáveis, que é o GIG Economy (economia da flexibilidade) e o Brasil vem cada vez mais se despontando. É muito comum nos Estados Unidos e em outros países do mundo, você ter profissionais freelancer, que são autônomos e, atualmente, o Brasil é o terceiro no mundo.

Há 5 anos eu dei uma aula e comentei sobre isso, naquele momento o Brasil era o sexto, e, quando eu fui pesquisar e atualizar esse material para preparar essa apresentação, tomei um susto, então, demos um salto enorme. Além disso, uma outra evolução que merece grande destaque é o número de Microempreendedores Individuais (MEIs), então, esse dado é de 2020 e o Brasil ultrapassou a marca de 10 milhões de Microempreendedores Individuais.

É bem verdade que muitos foram impulsionados pela pandemia; mas, muita gente, muitas pessoas já vinham nesse movimento de buscar a sua própria realização através do seu empreendimento. O que isso interfere?

Bom, isso interfere demais, porque as empresas têm que pensar em ‘’como que eu posso reter ta-lentos e limites, e que poderiam estar trazendo contribuições para a minha empresa e essas pesso-as estão saindo para montar o seu próprio negócio, será que existe forma de eu reter esses talentos e, talvez, flexibilizar para que ele continue contribuindo para a minha empresa e ele também possa alcançar o sucesso dele em paralelo?’’.

Isso é muito comum em outros países e, no Brasil, essa economia da flexibilidade tem se tornado uma realidade. Existem estudos de leis, de mudanças, de adaptação das leis trabalhistas e, com a pandemia, essa questão do home office, essa questão da flexibilidade que, até então era um gran-de tabu, passou a fazer parte da realidade de muitas, se não da maioria das organizações de uma forma geral. Ex: telemedicina, educação online...

Dentro dessa mudança e desse movimento de profissionais autônomos, nós temos aqui o surgi-mento da Uberização da economia brasileira.

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É uma tendência, as plataformas que intermediam a relação profissional entre o prestador da ta-refa e o consumidor final. Então, o Uber, talvez tenha sido um dos percussores e, hoje existem ‘’n’’ aplicativos que são oportunidades para muitas pessoas que desejam ter um trabalho paralelo ou até focar nisso, ou até criar o seu próprio aplicativo, ou fazer uso desse aplicativo. Essa uberização faz parte, já está presente na nossa realidade. Isso surge como uma oportunidade para nós consu-midores, uma oportunidade para nós enquanto profissionais e é uma realidade que cada vez mais vai acelerando, então, também é uma coisa para gente ficar alerta.

E aí alguns devem estar pensando e se perguntando: qual a grande diferença entre Gig Economy e Uberização do trabalho?

A uberização é caracterizada principalmen-te por uma plataforma, pelo qual será um canal em que vai unir essas duas pessoas, o prestador de tarefa com o consumidor.

Na economia da flexibilidade eu posso ou não ter essa plataforma, porquê, neste caso o profissional pode, não necessaria-mente se valer de uma plataforma, mas ele pode usar outros meios para prestar o seu trabalho autônomo. Ele pode ser re-conhecido por isso e, ser pelo boca a boca, pode ser também pelo modo tradicional, seu cartãozinho, pela suas redes sociais e não necessariamente um aplicativo, porque daí precisa dar um percentual do ganho dele para aquele aplicativo. Então, é muito comum hoje, no Linkedin e no próprio Instagram, as pessoas se comunicarem e acabar se conectando. Hoje em dia uma pessoa que mora no sul do Brasil, pode prestar um serviço para uma outra pessoa que está lá no Norte, Nordeste.

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Quem deve pensar no investimento nas pessoas?

Se eu não entender tudo isso que está acontecendo, numa velocidade em que as coisas estão ocor-rendo, eu não vou responder com qualidade essa pergunta, e isso é o mais importante dessa aula.

Se a gente olhar essa imagem, nós temos algumas alternativas, será que quem deve pensar no in-vestimento nas pessoas, são as pessoas (nós mesmos) ou as empresas (organizações)?

Na minha concepção e no que a gente lê nas teorias recentes, todos devem pensar no investimento nas pessoas e, é nesse contexto que eu vou trazer das reflexões daqui em diante. Então, primeiro, pensando em você como indivíduo, ‘’o que é que eu posso fazer, quais competências hoje são re-queridas e como eu posso chegar e desenvolver essas competências‘’. E, para você que já tem uma empresa ou para você que está desenvolvendo uma empresa, uma organização ou trabalha em uma organização e tem poder de decisão, ‘’como que eu posso contribuir para o desenvolvimento de pessoas? ’’.

Bom, então novamente eu vou me valer da fala da aula do Piangers, onde ele fala a importância de você aproveitar o caminho e não só pensar no final dessa trajetória. É bem verdade que no início, e isso ele também comentou, você vai procurar um trabalho porque é normal a gente precisar se sustentar, quanto a isso não há problema nenhum; a grande questão é como eu vou me planejar para o futuro? Neste ponto, entra o grande diferencial, entra a questão da importância da carreira, investimento na sua carreira de você passar por um processo de aprendizagem de auto aperfeiço-amento que você vai ser reconhecido naquele contexto, está em constante aprendizado e você vá buscar algo que realmente faça sentido para você, algo que realmente tenha um propósito na sua vida.

Então, é um caminho bem importante que a gente precisa pensar nisso.

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Bom, então seja o protagonista da sua história, e para isso a gente deve identificar as competências que a gente precisa desenvolver e ir atrás dessas competências, por isso que nós estamos aqui nes-sa aula. Falamos bastante do contexto para que a gente possa refletir e vocês possam pensar, ‘’que competência eu posso desenvolver para enfrentar os desafios do mundo VUCA’’, ou melhor, como eu já disse para que eu possa me valer e aproveitar as oportunidades da transformação digital, as oportunidades do mundo VUCA; então eu posso fazer essas duas leituras, a carreira, essa trajetória que a gente vai ao longo da vida se planejando, vendo os objetivos a curto, médio e longo prazo.

E eu vou trabalhando e desenvolvendo essas competências, eu vou fazer um parêntese aqui para que a gente possa falar um pouquinho, e vou trazer um pouquinho de teoria que eu acho que eu estou trazendo aqui, exemplos práticos, e trago a teoria por trás dessa pratica.

Então, quando a gente fala de competência, uma das definições mais clássicas que se tem é um conjunto de conhecimento, habilidades e atitudes. Então, o conhecimento é o saber, saber algo, saber fazer é a habilidade. Então, são elementos técnicos dessa competência, e atitude é um aspecto comportamental, é o querer fazer. Esse acrônimo CHA, é muito co-nhecido, então as pessoas falam competência é Cha, sendo este por causa disso, significa o C de Conhecimento, o H de Habilidades e o A de atitudes.

Isso nos remete na busca desse auto aperfeiçoamento, a pensar e refletir, se vocês gravarem isso vai ajudar vocês. Bom, é algo que eu preciso conhecer, é algo que eu preciso saber, então eu vou atrás de ler, assistir um vídeo, assistir um tutorial; mas muitas das vezes não vai adiantar só eu ler, não vai adiantar só eu fazer um curso, eu vou precisar praticar, treinar, capacitar. Então, aí sim eu vou saber fazer, não adianta só eu saber, eu vou saber fazer.

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Além disso, não adianta muitas das vezes eu só saber fazer, eu tenho que querer fazer e assim eu já vou adiantar, dar um spoiler, o papel do líder muita das vezes vai ser mobilizar a sua equipe para que ela queira fazer, motivar. Então, se eu estou falando do indivíduo, eu Freitas, você, eu tenho que buscar essa motivação dentro de mim para que eu queira fazer, porque muitas das vezes eu sei que agora eu tenho que colocar na pratica.

E se eu sou o líder, se eu estou no papel de gestor à frente de um grupo, eu vou usar as minhas fer-ramentas, as minhas técnicas, a minha habilidade de comunicação para motivar as pessoas porque muita das vezes não adianta só eu falar e ensinar, eu tenho que mostrar, eu tenho que motivar e eu tenho que ir junto. Nesse contexto de competência, eu tenho um outro conceito que é bem carac-terístico também, que além da competência são as capacidades, eu tenho que ter a capacidade que está relacionada à habilidade de saber fazer algo.

Então, eu tenho que ter condições de realizar as coisas, vamos dizer assim, as atividades em um ambiente estável, mas também nesse ambiente volátil que a gente está vivendo. E assim eu trago conceito de capacidades dinâ-micas, esse é um conceito que foi desenvol-vido no final da década de 1990, ele ganhou força com o Teece, um autor bem referencia-do, ele publica um primeiro artigo em 1997 e depois em 2007 ele revisa e até hoje esse conceito, que é a capacidade que a gente tem, que as empresas tem que ter e que as pessoas tem que entender, isso de se reconfigurar os seus recursos para que a gente consiga dar conta de ter resultado mesmo em ambientes, vamos dizer assim, estáveis, ambientes voláteis.

Então, aqui eu chamo atenção para que eu consiga ter sucesso no ambiente volátil, eu tenho que conhecer o básico, então eu tenho que ter essa dupla capacidade, eu tenho que ter essas capacida-des básicas e eu tenho que ter essa capacidade dinâmica. É uma questão de eu saber andar primei-ro e depois saber correr, nas empresas também é bem comum.

Além dessas capacidades, essas capacidades dinâmicas de reconfigurar e de eu sa-ber usar as minhas habilida-des, eu tenho também que saber usar os recursos por-que os recursos, muitas das vezes nas organizações, eles são recursos, eu não vou ter tudo que eu preciso, e assim eu vou ter que usar a minha criatividade. Então, eu vou ter que tirar disso dos recur-sos que eu tenho como ino-vando, com criatividade.

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Eu posso fazer o básico novamente, usando o exemplo do guarda-chuva, agora como eu posso ex-trair vantagem desse recurso e ir além? Eu acho que é isso que as empresas buscam, pessoas que façam mais com menos e como? Desenvolvendo a criatividade, a inovação.

A própria empresa, ela pode criar um ambiente onde as pessoas colaborem, não só pode como deve, que as empresas possam criar esse ambiente de colaboração e promover essa criatividade, promover essa inovação motivando as pessoas para que elas deem ideias, para que elas errem, para que elas acertem e assim dessa forma nós vamos conseguir juntos desenvolver as nossas com-petências, as nossas capacidades e utilizar da melhor forma os recursos que a gente tem. Bom, então eu falei basicamente da teoria de recursos e do uso dos recursos porque muitas das vezes os recursos são escassos, eles são valiosos, às vezes até eu consigo medir e referenciar pelo uso deles se eu consigo fazer com que esses recursos sejam difíceis de imitar, aí é uma teoria que chama de Resource Based View, que é a visão baseada em recurso.

A gente acabou de falar de duas teorias consagradas, eu consegui usar os recursos e tirar vantagem desses recursos fazendo algo diferente, fazendo algo único que a minha concorrência não consi-ga imitar, eu estou falando da teoria da visão baseada em recursos. Anteriormente, a gente falou das capacidades e dinâmicas, e iniciamos falando das competências, então esses três elementos, competência, saber desenvolver as competências, identificar essas competências, reconhecer a im-portância das capacidades necessárias que eu vou precisar enquanto profissional, o que a minha empresa vai precisar, sejam elas as capacidades básicas ou as capacidades essenciais.

E essas capacidades ganham força se você conseguir identificar e desenvolver capacidades dinâ-micas; e também a teoria dos recursos. Então, eu usar os recursos da melhor maneira ou forma possível para extrair vantagem disso criando um ambiente de colaboração e criando um ambiente de inovação.

Então, é importante eu entender nesse contexto que a gente falou de mundo VUCA, transformação digital, o papel que nós temos que ter de protagonismo, e assim eu trago a importância das com-petências de liderança, talvez você não pense hoje ou você não tem uma equipe, mas essas compe-tências do líder, você pode se valer delas em vários contextos, no protagonismo da sua própria vida e quando você estiver no papel de liderança, seja uma liderança formal ou informal.

Nesse contexto, tudo o que a gente já falou no início da aula, saber gerenciar conflitos, saber dialo-gar e muita das vezes o líder vai ter que ter conversas difíceis, e estas conversas difíceis seria você conseguir dialogar e tratar de assuntos sem fugir do tema, mas com empatia, clareza, estabelecer uma relação de confiança com a sua equipe, isso também é fundamental.

A busca pelo autoconhecimento constante, isso eu consigo sozinho ou com a ajuda de algum profis-sional? Isso vamos falar mais à frente.

Resiliência que o Piangers falou mais de uma vez na aula dele, então a resiliência, que é a capacida-de de você lidar com serenidade aos estresses do dia a dia. O conceito que foi emprestado da física que é a capacidade do material voltar ao seu estado original depois de passar por uma deformação. Então, essa capacidade pode ser desenvolvida por meio de outras atitudes, se você trabalhar al-guns domínios como a positividade, como você ter foco nas coisas que você quer fazer, proativida-de, flexibilidade, organização.

Então, se você se organizar nas inúmeras tarefas complexas e ambíguas do dia você vai ter mais resiliência.

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E as soft skills são as atitudes, habilidades que você pode e deve desenvolver nesse contexto atual, vamos falar um pouquinho dessas soft skills. Eu trouxe aqui um artigo desse autor, Paul Heltzel, que é CEO nos Estados Unidos, e temos também o QRcode desse artigo, então para aqueles que quiserem ler. É uma pesquisa que foi conduzida em um relatório do LinkedIn de uma consultoria em que apresenta as principais soft skills.

       

Segundo esse autor, e segunda essa pesquisa, o que as empresas precisam são soft skills, e quais são esses soft skills principais que o artigo trata:

1 – Espírito vendedor: o autor ele entende que nas organizações nós estamos sempre vendendo, nós estamos vendendo um projeto, nós estamos vendendo uma ideia, nós estamos sempre que-rendo fazer com que a nossa equipe, vamos dizer assim, desenvolva algo ou inove, coloque em prática algumas ações. Então, eu tenho que ter essa capacidade de fazer uma leitura do contexto e convencer a minha equipe, pares, o meu superior ou até mesmo o cliente em si da importância daquela ideia que eu estou querendo colocar em pratica.

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2 – Comunicação efetiva: essa habilidade de eu comunicar de uma forma mais clara, concisa e precisa, cada vez mais isso é importante. Isso é uma das principais ferramentas do líder, mas é uma habilidade requerida para todos os tipos de profissionais, então essa habilidade, essa skill de comu-nicação efetiva, ela é fundamental.

3 – Capacidade de traduzir o jargão técnico: muitas das vezes os profissionais trocam de empresas hoje em dia, e isso é cada vez mais comum, vamos dizer assim, com uma velocidade muito mais rápida que tempos atrás, alguns dentro da própria empresa trocam de setores e a gente tem que tomar muito cuidado na hora de conversas com as pessoas. Então, às vezes algo que para mim, para o meu grupo, para a minha equipe é um jargão, é um termo que é comum, às vezes para a outra pessoa não é, então essa capacidade de ilustrar bem aquilo que eu estou querendo falar, a pessoa às vezes é um médico ou é um enfermeiro, usa termos técnicos, então se ele vai falar com o pacien-te ou se ele vai falar com um representante da farmacêutica, ele vai ter que usar termos que a outra pessoa entende, se é um engenheiro, economista; então essa é a capacidade de colocar as coisas em uma linguagem acessível.

4 – Mentalidade colaborativa: quando eu falei dos recursos isso já ficou claro, as pessoas têm que entender que hoje, cada vez mais se eu consigo compartilhar todo mundo cresce junto.

5 – Empatia: essa palavra já foi dita várias vezes, todo mundo que assistiu à aula do Piangers, ele comentou. Eu só queria complementar uma ideia, eu assisti uma palestra do Karnal que dispensa apresentações, e ele dá um exemplo bem claro do que é empatia, e muita das vezes a pessoa co-nhece aquele senso comum que é a capacidade de se colocar no lugar do outro, pode até ser; mas eu acho que é mais do que isso, ele dá um exemplo, o Karnal do frio.

Quando eu cheguei aqui no Sul, como eu falei no início da minha apresentação que eu sou do Es-tado do Rio, eu cheguei e fui morar em Caxias do Sul, e hoje eu moro em Porto Alegre. E quando eu fui morar em Caxias do Sul eu estava todo agasalhado e uma pessoa me perguntou, ´´você está frio´´? E está querendo esfriar, ele apenas com uma blusa, vamos dizer assim fininha, e eu todo en-casacado, a sensação de frio para mim era diferente para ele.

E aí essa é a diferença, eu não consigo perceber o frio da mesma forma que você percebe, e a dor é a mesma coisa, o sentimento é a mesma coisa. Eu estou me valendo da explicação do Karnal que eu achei bem interessante para a gente entender o que é empatia.

Então, empatia é você prestar a sua solidariedade, muitas das vezes você não vai sentir a mesma dor da pessoa, mas você vai ter a compreensão de entender que a pessoa está passando por algo, então essa capacidade não é só se colocar no lugar da outra pessoa, mas entender isso porque por mais que ela possa falar, talvez você não tenha consciência exatamente da dor que ela está sentindo.

6 – A capacidade de colocar as coisas em contexto: muitas das vezes a gente vai falar algo ou trazer uma ideia, é preciso contextualizar. Se eu estivesse falando aqui só em soft skills, sem ter contextu-alizado o mundo VUCA, sem ter contextualizado transformação digital, uberização, dentre outras coisas, talvez não fizesse tanto sentido entender a importância que tem agora, eu entendendo que as coisas mudam a todo momento e que eu tenho uma grande ambiguidade no contexto organiza-cional e por isso que é importante eu sempre contextualizar aquela situação.

7 – Atendimento ao cliente – mesmo com colegas: bom, eu posso estar falando do cliente externo à organização, eu posso estar falando do fornecedor, mas eu posso estar falando do colega do setor ao lado. Então, eu tenho que valorizar esse cliente, as empresas não querem reter os seus clientes, eles não querem encantar os seus clientes.

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Então, atender as outras pessoas dentro da sua empresa como se fosse um cliente, entendendo que eu tenho que encantar essa pessoa.

8 – A capacidade de fazer as perguntas certas: o Piangers também falou um pouco sobre isso, quan-do ele falou da experiência dele com o desenvolvimento de Startups. Então, às vezes a pessoa vem te trazer uma situação e aquilo não está muito claro para você; então é importante que você saiba fazer as perguntas certas e saiba perguntar o porquê disso e o porquê daquilo, indagar, dialogar com a pessoa.

Então, quando você pergunta à pessoa, ela vai organizar a explicação melhor no cérebro e de re-pente organizando para te responder ela vai conseguir explicar melhor.

9 – Boa redação: não adianta eu só saber me comunicar oralmente, eu tenho que saber me comu-nicar pela escrita também, cada vez mais as empresas utilizam n ferramentas, tecnologias de inte-ração, falamos da importância de interpretar os dados. Então, saber se comunicar, saber escrever, expressar uma ideia é fundamental.

10 – Solução de problemas: bom, então devemos solucionar problemas nas organizações e cada vez mais ideias criativas e colaborativas são valorizadas.

11 – Adaptabilidade: falamos da resiliência, falamos de mudanças que ocorrem cada vez mais rápi-das. Então, nada mais importante do que eu saber me adaptar, eu ter essa facilidade de me adap-tar, de ler o contexto e me adaptar.

12 – Controle do ego: eu não sei tudo, vocês também não sabem de tudo. Então, eu tenho que ter muita humildade para falar com as outras pessoas e às vezes quando ocorre de o autor relatar, mui-tas vezes a pessoa por deter conhecimento maior às vezes começa a se destacar, mas ela tem que entender que as coisas estão sempre evoluindo e os conhecimentos também, vão surgindo cada vez mais novos conhecimentos, mais coisas. Então, eu tenho que ter humildade, e eu tenho que controlar o meu ego para saber que eu tenho que ter essa humildade de aprender, de ser sempre um aprendiz.

13 – Inteligência emocional: também volto a me valer da aula do Piangers, a importância de você reconhecer as emoções em você mesmo e no outro, para que você consiga, vamos dizer assim, mo-tivar essa pessoa.

14 – Conforto com incerteza: se a gente entende que esse momento é um momento difícil que a gente está passando e cheio de incerteza, eu tenho que lidar com isso da melhor forma possível. É nesse sentido que ele traz esse termo conforto com a incerteza, ou seja, saber lidar com isso e entender que isso faz parte, não que eu goste da incerteza não, mas eu tenho que saber lidar com isso e saber que isso faz parte.

Essas seriam as 14 soft skills que o autor traz no artigo, eu destaquei aqui antes o QRcode, caso vocês queiram ler com mais calma.

No próximo slide eu busco trazer e complementar com a percepção dos autores que eu leio e um pouco com a minha experiência mais prática. Então, eu destaquei aqui que é importante você ter em mente que você nunca deve parar de aprender porque sempre tem coisas novas para que a gente aprenda.

Então é importante que você ou a empresa desenvolva a cultura do aprendizado contínuo, parece algo muito do senso comum, vamos dizer assim, sim, mas será que você faz isso? Será que a sua empresa faz isso? Como que eu vou fazer isso?

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Criar um hábito e o hábito começa nas pequenas coisas, arrume a sua cama primeiro, então tem o hábito de ler, de assistir uma aula e devagarzinho você vai desenvolvendo essa cultura do apren-dizado. Muitas das vezes, você não vai receber tudo de mão beijada, então você tem que buscar o seu autoaperfeiçoamento, você tem que identificar os seus gaps, as competências que sendo de-mandados naquele contexto, aí você vai atrás.

A seguir eu vou falar dos profissionais que podem te ajudar nisso, mas muitas das vezes você pode se valer dos seus próprios amigos e de feedback, conversar, interagir, de repente algum colega pre-senciou uma situação e você pode chegar para ele e falar, ‘’o que você achou? Como que eu fui nessa negociação com o cliente? O que eu fiz que você acha que eu poderia melhorar?’’. Então, muitas das vezes você não precisa contratar um coach, às vezes você não tem dinheiro para isso, então você pode se valer de um outro processo que chama peer coaching, que na verdade é o coach de pares.

Então, mais uma vez a importância de você ter um ambiente de colaboração, um ambiente de aber-tura em que você confie no seu colega para que ele possa te ajudar nesse autoaperfeiçoamento.

Autoconhecimento, a importância de você conhecer a si mesmo, está elencada também a inteli-gência emocional.

Velocidade da tomada de decisão e tolerância ao erro, essas duas ideias são bem correlatas por-que cada vez mais a gente tem uma gama de informações de dados para lidar, e a gente não vai ter todos os dados do problema. Então, a gente vai ter que decidir com o que tem, porque senão o meu concorrente vai decidir mais rápido e daqui a pouco ele pode apresentar uma solução e essa sua so-lução vira frente, e enfim eu vou perder a oportunidade; mas pode ser que essa decisão seja errada ou pode ser que aquela sugestão que o teu liderado ou alguma pessoa da equipe te traga, daqui a pouco não dá certo, e aí a importância dessa tolerância ao erro.

Essa sigla MVP, é muito comum em projetos, é muito comum no ambiente corporativo que é mi-nimamente viável, possível. Então, também é um ditado comum que as pessoas ouvem que é um outro ditado que é, ‘’o ótimo é inimigo do bom’’, nada mais é do que o MVP, eu vou fazer o viável nesse momento para colocar em prática e vou ajustando, testando.

O Piangers falou da importância de você pivotar, de você testar, de você colocar em prática e ir ajus-tando, mas para isso é importante que haja essa cultura da tolerância ao erro.

E essas seriam algumas contribuições que eu trago também nesse sentido.

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Agora, uma vez tendo entendido a importância de reconhecer o CHA, que é o conceito de compe-tências, eu identificar o meu gap, se o meu gap está no meu conhecimento, se o meu gap está na minha atitude ou na minha habilidade, a partir disso eu vou ter alguns caminhos para trabalhar, o conhecimento eu posso buscar através de leituras, através de cursos, aulas, vídeos. A habilida-de através de treinamento, capacitações; a atitude eu posso buscar através, também, de treina-mentos, mas através de profissionais como, por exemplo, o coach, mentoria, enfim, existem outros profissionais capazes, eu mesmo já dei um exemplo aqui de você buscar através do diálogo dentro dos próprios colegas o feedback, conversa, esse feedback eu não estou falando necessariamente daquele feedback tradicional, o formal, mas eu estou falando de você ter um retorno das suas ati-tudes, e assim você tem condições de corrigir os seus pontos, capacitações, então já falamos, são algumas formas que eu posso buscar desenvolver a partir desse autoconhecimento, a partir do mo-mento que eu identifico que eu preciso melhorar o meu conhecimento, habilidade e atitude.

O papel das organizações, nós já falamos um pouco porque quando a gente falou do indivíduo, a gente está pensando também no individuo líder e o líder entendendo que ele precisa se envolver também chegou a conclusão conosco aqui, que ele precisa proporcionar para a equipe esse apren-dizado e esse aprendizado pode ser por meio de capacitações formais, mas pode ser também den-tro da própria empresa criando um ambiente onde que as pessoas possam se desenvolver. Então, eu vou trazer aqui para vocês a fala de um especialista nesse assunto.

Então, segundo esse palestrante:

‘’A mudança nas organizações é uma questão de propósito.’’ Ele vai salientar cinco imperativos, centrados na priorização de pessoas, para tornar a reorganiza-ção da empresa uma tarefa fortalecedora e energizante para todos. Então eu convido vocês a assis-tirem esse vídeo comigo e aí depois a gente vai comentar:

CLIQUE NA IMAGEM PARA ASSISTIR AO VÍDEO

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Quando eu perguntei para vocês, lá no início, quem deve pensar no investimento nas pessoas, en-tão, nós mesmos e as organizações. Quando a gente fala em investimento, a gente fala em inspirar através do propósito, apostar tudo, nos exemplos que foram dados no vídeo, então, aproveitar as ideias das pessoas, possibilitar que as pessoas tenham capacidades para terem sucesso durante e depois da transformação. Então, isso é importante, preparar as pessoas para essa transformação e, depois, essa cultura do aprendizado contínuo que já falamos e, por fim, essa liderança inclusiva da responsabilidade do resultado das pessoas, além de ser uma questão ética, vai fazer com que as pessoas cada vez mais queiram participar do processo e colaborar. Então, as empresas, as organi-zações de forma em geral, podem contribuir para o desenvolvimento das pessoas trabalhando as mudanças por meio do propósito.

Para complementar, cumpre trazer um outro texto, um outro artigo recente, de 2020, da MIT Slo-an Management Review, então, esses autores Marion, Fixson e Brown, apresentam 4 skills para inovação da força de trabalho necessárias para os próximos anos. Nós falamos da perspectiva do indivíduo, agora já estamos falando das empresas.

Segundo esses autores, quais são essas skills que as empresas precisam valorizar e trabalhar nas suas equipes?

1. ONISCIÊNCIA

Onisciência é você buscar, é desenvolver o entendimen-to ou a compreensão dos dados, é você conhecer as in-formações.

• [...]. Orquestrar todos os dados, seja dos resultados do projeto ou desempenho de campo, exigirá que as pessoas entendam o valor de cada ponto de da-dos e como todos as peças se encaixam.

• Também exigirá conhecimento em uma miríade de disciplinas, porque as variáveis em um complexo sistema interagem de várias maneiras.

Lembram quando a gente falou de Big Data? Então, os dados que muitas vezes chegam em peda-ços, em dados brutos, o que é que eles podem representar para a gente? Quando a gente tem um like no nosso feed, quando a empresa lança um produto e ela tem um like ou um deslike, parece coisa simples; mas, a partir dali, você complementando com outro tipo de pesquisa que possa ser feita, pode-se ter noção do grau de satisfação do seu cliente, podendo melhorar o seu processo.

2. MENTALIDADE EMPREENDEDORA

Fazendo um gancho com o vídeo, essa cultura do aprendizado contínuo, proporcionando um am-biente onde as equipes possam criar sistemas para desenvolver novas estruturas e achar soluções, então, mentalidade empreendedora seria uma outra skill necessária. Fazer com que as pessoas façam parte do processo, que elas vejam a empresa como sua também, e aí elas vão criar sistemas para melhorar os processos e achar soluções para os problemas da própria empresa, como se fosse dela, e são. É isso que é interessante, as pessoas têm que perceber isso e a empresa tem que criar esse ambiente para que as pessoas realmente sintam esse grau de pertencimento.

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3. FOCO NO DESEMPENHO

A terceira skill (habilidade) seria foco no desempenho, então, quando falamos no vídeo sobre você possibilitar o desenvolvimento e a preparação para as mudanças e de-pois, eu estou falando no foco do desempenho, é preciso repensar como eu vou analisar e melhorar os dados, o que esses dados e as percepções dos clientes e suas necessi-dades me trazem, como que eu posso melhorar a minha relação através dessa nova leitura para melhorar cada vez mais o meu desempenho, por que o grau de competitividade hoje do mercado é muito grande, en-tão, a minha equipe tem que entender que eu tenho que prestar o melhor serviço possível e que eu tenho que desenvolver o melhor produto possível, então, foco no desempenho.

4. INTELIGÊNCIA ÉTICA

De nada vai adiantar eu desenvolver ideias e soluções se eu não tiver valores sólidos na minha organização, então, tenho que ter claro dentro da minha equipe ‘’à custa de que a gen-te vai fazer isso?’’. Então, essa preocupação com a sustenta-bilidade, essa preocupação com o outro, falamos bastante de empatia, mas agora estamos falando também de ética, ou seja, essa inteligência ética não é uma luta de vale tudo e, mesmo na luta de vale tudo não vale dedo no olho por exemplo, então, a ética é fundamental.

Dessa forma, cumpre notar a questão lançada lá no início, qual seja: quem deve pensar no investimento nas pessoas?

Então, nós passamos por um longo caminho falando sobre a importância de você desenvolver ca-pacidades, competências. O que são competências? O CHA (conhecimento, habilidades e atitu-des). Capacidades básica, técnicas e dinâmicas para lidar com as mudanças e reconfigurar os seus sistemas. Utilizar os recursos e desenvolver novos recursos, recursos que sejam de difícil imitação, recursos que você possa ser reconhecidamente por ser único naquele negócio.

Falamos bastante de soft skills. Falamos de competências de liderança. Então, é importante nós mesmos cuidarmos da nossa carreira; mas, vai chegar num ponto, que para alguns isso já é realida-de, que eu vou estar inserido no contexto de uma organização e as organizações também precisam pensar nas pessoas, e elas já pensam. E como que isso pode ser feito? Nós demos também inúme-ras sugestões como capacitações, um ambiente de colaboração interno onde as pessoas possam se ajudar, feedback, não só o feedback formal, mas aquela conversa do dia a dia, eu posso formalizar uma capacitação, eu posso formalizar também um processo de coaching, um processo de mentoria e são várias possibilidades.

Além disso, não há só esse mecanismo ou essas técnicas, é importante que a cultura da organiza-ção permita que as pessoas se desenvolvam, e aí eu me remeto ao vídeo, que as mudanças não precisam ser difíceis, então eu posso me valer daquelas ideias que a gente viu agora a pouco. Por fim, ter em mente essas habilidades que o artigo comenta, pelo qual acabamos de ver. Então, dessa forma, acho que a gente entendendo aquele contexto que a gente vem vivendo de mundo Vuca, de transformação digital, de uberização e de gig economy, que está sempre mudando, eu tenho uma

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série de possibilidades para investir em pessoas, sejam nós como protagonistas das nossas vidas e colaborando para o desenvolvimento da nossa equipe, dos nossos pares e das pessoas que nos cercam.

PRINCÍPIO 90/10 | STEPEN COVEY

Isso me ajuda e ajudará vocês no desenvolvimento pessoal. Se você repassar para a sua equipe, vai ajudar no desenvolvimento da sua equipe. Ela tá muito ligada no que o Piangers falou também, ‘’vamos valorizar aquilo que a gente controla’’, então, entrando nesse princípio 90/10 do Stephen Covey, o que é que ele diz?

10% das coisas que acontecem estão relacionados com o que passa por você e 90% das coisas que acontecem na nossa vida estão relacionadas em como que a gente reage. O que isto quer dizer? Realmente, nós não temos controle sobre 10% do que nos sucede. Não podemos evitar que o carro enguice, que o avião atrase, que o semáforo fique no vermelho. Mas, você é quem determinará os outros 90%.

Então é muito importante que a gente tenha atenção e foque naquilo em que a gente controla e de-senvolva essa inteligência emocional, desenvolva esse grau de percepção para que eu possa reagir da melhor forma, como tantas mudanças que a gente está vivendo, com tantos problemas e tantos desafios, encarar esses desafios como uma oportunidade, ter leveza nas coisas, ter leveza nas nos-sas relações.

Em cima disso, entendendo que esse impacto do Covid, de certa forma, deixa mais complexo aque-le mundo Vuca. Se eu trabalhar aquelas soft skills, aquele conforto com a incerteza, talvez eu consi-ga lidar melhor com esse novo normal. Entender, nesse contexto que, muitas das vezes a gente não vai conseguir fazer o melhor, por causa do lockdown e de todos os demais fatores, então, devemos fazer o que é possível/viável, é o MVP – feito é melhor do que perfeito.

A terceira reflexão que eu trago para que a gente possa pensar junto é de que a vida pode ser mais ‘’E’’ do que ‘’OU’’, lá no início falamos disso, quando falamos da ambiguidade, e cada vez mais eu posso colaborar, eu posso fazer a minha parte, eu devo fazer minha parte, então, eu posso somar e então eu somo ‘’E’’, mais do que uma coisa ou outra. Vamos somar, vamos colaborar, vamos desen-volver isso dentro das nossas equipes, das nossas relações, seja no ambiente de trabalho, seja nas outras relações que nós temos.

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Exercitar a capacidade crítica, então, importante ler, ler sempre de uma forma crítica, refletindo sobre aquilo, buscando outras fontes, não aceitar tudo como dado, pensar de uma outra forma po-sitiva, ver o contraponto. Isso é importante para você poder ter essa leveza e poder passar por esse momento da melhor forma possível.

Cuidar bastante das nossas relações pelos canais digitais que aumentaram bastante, então, hoje, a gente vive o ‘’fim’’ da privacidade, então o que eu posso fazer? Como eu posso me preservar? Eu devo pensar no que eu escrevo no Twitter, no Instagram, porque depois que eu falo, depois que eu me expresso, eu posso até apagar; mas, alguém já vai ter lido e se eu escrevi alguma coisa que eu magoei alguém, já era. Então estamos vivendo o fim da privacidade digital. Isso é importante para o ser humano e eu transporto isso para o contexto das empresas, então é importante ter muito cuidado nessas relações.

Eu vou deixar um vídeo que eu acho que traz uma mensagem por si só. Convido vocês a assistirem com bastante calma, para que a gente, juntos, tenhamos essa sensação de que as coisas podem ser feitas de uma forma melhor. E isso vai passar!

CLIQUE NA IMAGEM PARA ASSISTIR AO VÍDEO