Max Schmidt

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Biblioteca Digital Curt Nimuendaju http://biblio.etnolinguistica.org Baldus, Herbert. 1951. Max Schmidt 1874-1950. Revista do Museu Paulista, Nova Série, vol. V, p. 253-260. Permalink: http://biblio.etnolinguistica.org/baldus_1951_max_schmidt O material contido neste arquivo foi escaneado e disponibilizado online com o objetivo de tornar acessível uma obra de difícil acesso e de edição esgotada, não podendo ser modificado ou usado para fins comerciais. Seu único propósito é o uso individual para pesquisa e aprendizado. Possíveis dúvidas ou objeções quanto ao uso e distribuição deste material podem ser dirigidas aos responsáveis pela Biblioteca Digital Curt Nimuendaju, no seguinte endereço: http://biblio.etnolinguistica.org/contato O presente trabalho foi digitalizado e disponibilizado pela equipe da Biblioteca Digital Curt Nimuendaju em julho de 2010.

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Obituário de Max Schmidt, por Herbert Baldus

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Biblioteca Digital Curt Nimuendaju http://biblio.etnolinguistica.org Baldus, Herbert. 1951. Max Schmidt 1874-1950. Revista do Museu Paulista, Nova Srie, vol. V, p. 253-260. Permalink: http://biblio.etnolinguistica.org/baldus_1951_max_schmidt O material contido neste arquivo foi escaneado e disponibilizado online com o objetivo de tornar acessvel uma obra de difcil acesso e de edio esgotada, no podendo ser modificado ou usado para fins comerciais. Seu nico propsito o uso individual para pesquisa e aprendizado. Possveis dvidas ou objees quanto ao uso e distribuio deste material podem ser dirigidas aos responsveis pela Biblioteca Digital Curt Nimuendaju, no seguinte endereo: http://biblio.etnolinguistica.org/contato O presente trabalho foi digitalizado e disponibilizado pela equipe da Biblioteca Digital Curt Nimuendaju em julho de 2010. ItiI E,,8-i= = "-,.."8e__ '.M'i,-=-,MAX SCHMIDT 1874-1950porHERBERT BALDUSo nome de Max Schmidt pertence histria do estudo dos ndios doBrasil. O eminente etnlogo faleceu em Assuno do Paraguai, no dia 26de outubro. Morreu na misria. Devido derrocada de sua ptria, o fun-cionrio aposentado do Museu de Berlim ficou sem os recursos com quecontava para passar sua velhice. E em resultado de um mal fsico, lento ecruel, chegou a tal estado de sofrimento que, j h algum tempo, desejavaa morte. Mas trabalhou enquanto pde. Pouco antes do fim, acelerado poruma pneumonia, enviou-me, para ser publicado na Revista do Museu Pau-lista, o manuscrito de um interessante artigo sbre plantas teis e mtodos delavoura dos ndios sul -americanos (v. pp. 239-252 do presente volume). Sabia.que seria seu canto de cisne, pois na carta que acompanhava a remessa,escreveu com mo trmula: "Isto, com certeza, ser minha ltima publicao"("Das wird sicherlich meine letzte Publication sein.").Encerrou assim a longa srie de publicaes que ficaro como as pe-.gados de seu caminho terrestre. Max Schmidt nasceu em Altona, a 15 de dezembro de 1874, filho de distinto jurisconsulto do mesmo nome. Estudou nas universidades de Tbingen, Berlim e Kiel, recebendo em 18;>, o gru de Doctor juris utriusque pela faculdade de Direito da Universidade de Erlangen. Permaneceu, porm, ,apenas alguns meses no exerccio de profisso jurdica, mudandose ainda no mesmo ano para a capital da Alemanha, a fim de assistir a prelees ,de Etnologia e trabalhar no Museu Etnolgico. J a sua primeira publicao, aparecido antes mesmo da tese de douto-ramento sbre Direito romano, revelo o assunto a que Max Schmidt dedicaria tda a sua vida: os ndios da Amrica do Sul. De 1900 a 1901 realizou a primeira expedio terra de seus sonhos: Mato Grosso. Dirigindo-se ao la-boratrio predileto dos americanistas alemes da poca, isto , regio dos formadores do Xing, queria seguir o exemplo dado pelo seu grande mestre Karl von den Steinen, por Ehrenreich, Herrmann Meyer e outros, indo acompa-.nhado, porm, de dois camaradas apenas e no, como aqueles exploradores,