Matriz Energética Brasileira: As Hidroelétricas e seus impactos ambientais João L. Soito

58
Matriz Energética Brasileira: As Hidroelétricas e seus impactos ambientais João L. Soito

description

Matriz Energética Brasileira: As Hidroelétricas e seus impactos ambientais João L. Soito Porto Alegre, 20 de Maio de 2014. LINHAS DE PESQUISA: Vulnerabilidade e Adaptação dos Recursos Hídricos às Mudanças Climáticas Emissões Históricas e Equidade Efeito Estufa e Hidrelétricas - PowerPoint PPT Presentation

Transcript of Matriz Energética Brasileira: As Hidroelétricas e seus impactos ambientais João L. Soito

Page 1: Matriz Energética Brasileira: As Hidroelétricas e seus impactos ambientais João L.  Soito

Matriz Energética Brasileira:

As Hidroelétricas e seus impactos ambientais

João L. Soito

Porto Alegre, 20 de Maio de 2014

Page 2: Matriz Energética Brasileira: As Hidroelétricas e seus impactos ambientais João L.  Soito

LINHAS DE PESQUISA:•Vulnerabilidade e Adaptação dos Recursos Hídricos às Mudanças Climáticas

•Emissões Históricas e Equidade

•Efeito Estufa e Hidrelétricas

•Risco Tecnológico e Ambiental

•Energias Alternativas para Geração Elétrica

•Biodiesel

•Aproveitamento Energético de Resíduos

•Transportes e Mudanças Climáticas

•Sustentabilidade das Construções

•Regulação e Gestão da Água

•Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas (FBMC)

Coordenador Executivo: Prof. Marcos A.V. Freitas

Page 3: Matriz Energética Brasileira: As Hidroelétricas e seus impactos ambientais João L.  Soito
Page 4: Matriz Energética Brasileira: As Hidroelétricas e seus impactos ambientais João L.  Soito
Page 5: Matriz Energética Brasileira: As Hidroelétricas e seus impactos ambientais João L.  Soito
Page 6: Matriz Energética Brasileira: As Hidroelétricas e seus impactos ambientais João L.  Soito

* Outras 4 Hidroelétricas em construção através de SPEs (Simplício-305,7MW e PCH Anta-28MW, Batalha-52,5MW, Santo Antônio-3.150MW e Teles Pires); 28 LTs e 15 SEs.

UHE Serra da Mesa

1.275MW (48,46%)

Parceria

APM Manso

212MW (70%)

Parceria

UHE Peixe Angical

452MW (40%)

SPEUTE Santa Cruz

766 MW

UHE Corumbá 375 MW

UHE Estreito

1.050 MW

UHE Furnas

1.216 MW

UHE Mascarenhas

de Moraes 476MWUHE Porto Colômbia 320MW

UHE Marimbondo

1.440 MW

UTE Campos

30 MW

UHE Funil

216MW

UHE Itumbiara

2.082 MW

Foz do Chapecó-855MW

Retiro Baixo-82MW

Baguari-140MW

Serra do Facão-210MW

Page 7: Matriz Energética Brasileira: As Hidroelétricas e seus impactos ambientais João L.  Soito

1. Evolução do Planejamento da Expansão e o Sistema

Interligado Nacional (SIN)

2. Participação da Hidroeletricidade no Brasil e no Mundo

3. Ciclo de Implantação de empreendimentos Hidroelétricos

4. Impactos Ambientais

5. Considerações

Page 8: Matriz Energética Brasileira: As Hidroelétricas e seus impactos ambientais João L.  Soito

1. Evolução do Planejamento da Expansão do

Setor Elétrico e o Sistema Interligado Nacional

(SIN)

Page 9: Matriz Energética Brasileira: As Hidroelétricas e seus impactos ambientais João L.  Soito

PERÍODO PRÉ-CANAMBRA (1883-1962)

Page 10: Matriz Energética Brasileira: As Hidroelétricas e seus impactos ambientais João L.  Soito

CANAMBRA

(1962-1970)

PLANEJAMENTO CENTRALIZADO (1970-1979)

Page 11: Matriz Energética Brasileira: As Hidroelétricas e seus impactos ambientais João L.  Soito

PRÉ-CANAMBRA (1883-1962)• Primeiras Usinas Hidroelétricas (MG)• Light (1912) e AMFORP (1923) • Código de Águas: Autorizações e concessões para os aprov. Hidroelétricos

CANAMBRA (1962-1970)• MME/DNAE• Início dos estudos de potencial hidráulico em trechos de rios (SUL/SUDESTE)• ENERAM (1968/71): Início inventário rio Jamari - AHE Samuel (54 MW)

Comitê Coordenador dos Estudos Energéticos da Amazônia (Cord. ELB)

PLANEJAMENTO CENTRALIZADO (1970-1979)• Sub-sistemas regionais interligados (unificação frequências – 1967/1977)• SINSC/CNOS – Sist. Nac. de Sup. e Coord. da Operação Interligada e

Centro Nacional de Operação do Sistema• Grandes reservatórios de regularização plurianual

• Inv. rios Tocantins (1975) e Xingu (1979): Tucuruí e Comp. de Altamira• Pesados investimentos estatais

Page 12: Matriz Energética Brasileira: As Hidroelétricas e seus impactos ambientais João L.  Soito

GCPS (1980-1999) Grupo Coord. do Planej. dos Sistemas Elétricos

– Licenciamento Ambiental (SISNAMA/81 e EIA/86)• Our Common Future - 1986

– PRS (86), PNE 1987/2010 (87)* e Revise (87/89) • Inserção da Dimensão Socioambiental• Reestruturação e/ou criação dos setores de meio ambiente/I PDMA

– Constituição Federal (1988)– PLANO DECENAL DE EXPANSÃO (90-99)

• II PDMA (1990)• PNDesestatização (1990)

– Privatização (Light, Escelsa - 95/96)• Criação ANEEL (1996) • Lei 9.433/97 (Lei das Águas)• Inserção das variáveis socioambientais no Manual de Inventário

Hidroelétrico (1997)

Page 13: Matriz Energética Brasileira: As Hidroelétricas e seus impactos ambientais João L.  Soito

TRANSIÇÃO (1997-2003)– Planejamento Indicativo da Geração;

– Falta de novas usinas – aumento da geração nas UHEs já instaladas

• Apagão 2001 e Racionamento (UHE Furnas – Diálogo de Concertação)

– Criação ANA (2000/2001)

PÓS RACIONAMENTO– Criação EPE, CMSE e CCEE (2004)

– Lei nº 11.651/08 permite que a Eletrobras estabeleça parcerias.

Page 14: Matriz Energética Brasileira: As Hidroelétricas e seus impactos ambientais João L.  Soito
Page 15: Matriz Energética Brasileira: As Hidroelétricas e seus impactos ambientais João L.  Soito
Page 16: Matriz Energética Brasileira: As Hidroelétricas e seus impactos ambientais João L.  Soito
Page 17: Matriz Energética Brasileira: As Hidroelétricas e seus impactos ambientais João L.  Soito
Page 18: Matriz Energética Brasileira: As Hidroelétricas e seus impactos ambientais João L.  Soito

O SISTEMA INTERLIGADO NACIONAL (SIN)

Page 19: Matriz Energética Brasileira: As Hidroelétricas e seus impactos ambientais João L.  Soito

As interligações entre regiões através da rede de transmissão de energia elétrica, assumem um papel muito importante, pois viabilizam o aproveitamento da diversidade de comportamento das diferentes bacias hidrográficas, atendendo regiões em situação de escassez de recursos hídricos com energia exportada por outras partes do sistema.

O SIN permite o uso ótimo dos recursos hidrológicos, explorando complementaridades de regime hidrológico das bacias.

Page 20: Matriz Energética Brasileira: As Hidroelétricas e seus impactos ambientais João L.  Soito

2. Participação da Hidroeletricidade

no Brasil e no Mundo

Page 21: Matriz Energética Brasileira: As Hidroelétricas e seus impactos ambientais João L.  Soito
Page 22: Matriz Energética Brasileira: As Hidroelétricas e seus impactos ambientais João L.  Soito

Estados Unidos

ChinaRussiaCanadá

Índia

Brasil

83,9%2º - 84 GW

Capacidade Instalada Hidroelétricas (GW)

Noruega 15,5%1º - 200 GW

< 8% 3º - 78,2 GW

59%4º - 74,4 GW

19%5º - 49,5 GW

17,5%6º - 38 GW

99%7º - 29,6 GW

Page 23: Matriz Energética Brasileira: As Hidroelétricas e seus impactos ambientais João L.  Soito

Geração Hidroelétrica MundialGeração Hidroelétrica Mundial

Page 24: Matriz Energética Brasileira: As Hidroelétricas e seus impactos ambientais João L.  Soito

Dentre os cinco maiores produtores de hidroeletricidade no mundo (China, Canadá, Brasil, Estados Unidos e Rússia), apenas os Estados Unidos está listado entre os dez maiores produtores de energia elétrica (nas 3 primeiras posições) utilizando os três combustíveis fósseis, a saber: carvão, óleo combustível e gás.

Dentre os cinco maiores produtores de hidroeletricidade no mundo (China, Canadá, Brasil, Estados Unidos e Rússia), apenas os Estados Unidos está listado entre os dez maiores produtores de energia elétrica (nas 3 primeiras posições) utilizando os três combustíveis fósseis, a saber: carvão, óleo combustível e gás.

Page 25: Matriz Energética Brasileira: As Hidroelétricas e seus impactos ambientais João L.  Soito

Potencial Hidráulico Brasileiro

Page 26: Matriz Energética Brasileira: As Hidroelétricas e seus impactos ambientais João L.  Soito
Page 27: Matriz Energética Brasileira: As Hidroelétricas e seus impactos ambientais João L.  Soito

Considerando somente o potencial a ser aproveitado (estudados e estimados), percebe-se, que grande parte do potencial a ser aproveitado está localizado na região Norte, longe dos grandes centros consumidores e dentro do bioma Amazônia, com crescentes restrições socioambientais.

Page 28: Matriz Energética Brasileira: As Hidroelétricas e seus impactos ambientais João L.  Soito
Page 29: Matriz Energética Brasileira: As Hidroelétricas e seus impactos ambientais João L.  Soito
Page 30: Matriz Energética Brasileira: As Hidroelétricas e seus impactos ambientais João L.  Soito
Page 31: Matriz Energética Brasileira: As Hidroelétricas e seus impactos ambientais João L.  Soito
Page 32: Matriz Energética Brasileira: As Hidroelétricas e seus impactos ambientais João L.  Soito

Principais rios de planalto:

•Paraná

•Grande

•Paraíba do Sul

•Paranapanena

•Iguaçu

•Paranaíba

•São Francisco

Principais rios de planície:

•Amazonas e

• Paraguai

Page 33: Matriz Energética Brasileira: As Hidroelétricas e seus impactos ambientais João L.  Soito

USINASÁREA DO

RESERVATÓRIO(km2)

CAPACIDADE INSTALADA

(MW)

ÁREA / CAPACIDADE

(km2/MW)

Serra da Mesa 1.784 1.275 1,40

Porto Primavera 2.140 1.540 1,39

Itaparica 828 1.480 0,56

Estreito 590 1.087 0,54

Tucuruí 2.430 8.325 0,29

Salto Caxias 141 1.240 0,11

Itá 141 1.450 0,10

Itaipu 1.342 14.000 0,10

Santo Antônio 271 3.150 0,09

Jirau 258 3.300 0,08

Machadinho 79 1.140 0,07

Segredo 81 1.260 0,06

Belo Monte 516 11.233 0,05

Xingó 60 3.162 0,02

Page 34: Matriz Energética Brasileira: As Hidroelétricas e seus impactos ambientais João L.  Soito

Evento Extremo de Cheia em 2009

O governo do Amazonas decretou situação de emergência em 62 municípios, mas as prefeituras não tiveram capacidade para enfrentar o desastre.

Page 35: Matriz Energética Brasileira: As Hidroelétricas e seus impactos ambientais João L.  Soito

O início (2008) e o fim (2009) da cheia no porto de Manaus

O fenômeno da cheia do sistema Negro/Solimões/Amazonas, nas proximidades de Manaus, foi concluído no dia 01/07/2009 e alcançou a cota máxima histórica registrada nos 107 anos de monitoramento, cujo valor atingiu 29,77 m.

Foram 244 dias no processo de enchente, o que equivale a aproximadamente 67% do ano civil.

Foi uma cheia recorde, com 107 anos de retorno, tendo causado inúmeros prejuízos econômicos, sociais e ambientais a população da cidade de Manaus. (CPRM, 2009)

Page 36: Matriz Energética Brasileira: As Hidroelétricas e seus impactos ambientais João L.  Soito

Conflitos pelo Uso dos Rec. Hídricos envolvendo a Ger. HidroelétricaBACIA DO PARANÁ

O Caso da UHE Henry Borden – Região Metropolitana de São Paulo

Desde outubro de 1992, a operação desse sistema vem atendendo às condições

estabelecidas na Resolução Conjunta SMA/SES 03/92, de 04/10/92, atualizada pela

Resolução SEE-SMA-SRHSO-I, de 13/03/96, que só permite o bombeamento das

águas do rio Pinheiros para o reservatório Billings para controle de cheias,

reduzindo em 75% aproximadamente a energia produzida em Henry Borden

O Caso da UHE Furnas – Região do Sul de Minas Gerais

Page 37: Matriz Energética Brasileira: As Hidroelétricas e seus impactos ambientais João L.  Soito

Por conta de um grande deplecionamento ocorrido no reservatório da usina hidroelétrica de Furnas no ano de 2001, a empresa Furnas Centrais Elétricas foi objeto de uma ação civil pública, capitaneada pela ALAGO.

O cerne do problema está nos investimentos que foram feitos como base na cota média histórica de operação do reservatório (762 m), e não na cota mínima (750 m).

Page 38: Matriz Energética Brasileira: As Hidroelétricas e seus impactos ambientais João L.  Soito

Diálogo de Concertação para o Desenvolvimento Sustentável do Reservtório da UHE Furnas

• Em setembro de 2003, Furnas é então convidada a participar do “Diálogo de Concertação” para a construção de um Plano de Revitalização do Lago de Furnas, e em dezembro do mesmo ano, assina um Protocolo de Intenções com a SEDES – Secretaria Especial de Desenvolvimento Econômico e Social, Secretaria Geral da Presidência da República, Secretaria de Governo do Estado de Minas Gerais, instituições acadêmicas e Fundação João Pinheiro.

• Diversos resultados foram alcançados pelo Diálogo, dentre os quais se destacam:

– Diagnóstico de Saneamento;

– Desenvolvimento da piscicultura em tanques-redes nos municípios da região por meio de convênio firmado entre a Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca (SEAP) e a ALAGO;

– Inventário turístico dos 52 municípios da região do lago;

– A elaboração dos Planos Diretores dos 52 municípios da região do lago.

Page 39: Matriz Energética Brasileira: As Hidroelétricas e seus impactos ambientais João L.  Soito

As empresas concessionárias, permissionárias ou autorizadas de distribuição, transmissão e geração de energia elétrica devem aplicar anualmente um percentual mínimo de sua receita operacional líquida (ROL) no Programa de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) do Setor de Energia Elétrica, conforme estabelece a Lei 9.991/2000.

Com a alteração dada pela Lei nº 12.212/2010, os percentuais mínimos vigentes ficaram estabelecidos conforme apresentado na tabela a seguir:

* A Receita Operacional Líquida (ROL) é igual a receita operacional bruta menos as deduções. A receita operacional bruta é o total bruto vendido no período, incluídos os impostos sobre vendas. As deduções, são impostos e contribuições.

Projetos de Pesquisa & Desenvolvimento (P&Ds) do Setor Elétrico

Page 40: Matriz Energética Brasileira: As Hidroelétricas e seus impactos ambientais João L.  Soito

3. CICLO DE IMPLANTAÇÃO DE

EMPREENDIMENTOS HIDROELÉTRICOS

Page 41: Matriz Energética Brasileira: As Hidroelétricas e seus impactos ambientais João L.  Soito

Consulta Planos de Recursos Hídricos Consulta Planos de Recursos Hídricos

Consulta Órgãos Ambientais Consulta Órgãos Ambientais

LPEPE-IBAMA

LPEPE-IBAMA

DRDHANEEL-ANA

DRDHANEEL-ANA

LIIBAMA

LIIBAMA

LOIBAMA

LOIBAMA

Estimativa da vocação da Bacia

Estimativa da vocação da Bacia

MonitoramentoMonitoramentoProjetos e Programas Socioambientais

Projetos e Programas Socioambientais

 PBA

 PBA

Estudos para oEIA/RIMA

Estudos para oEIA/RIMA

Estudos Socioambientais e uso múltiplo -AAI

Estudos Socioambientais e uso múltiplo -AAI

    

Licitação e Concessão

    

Licitação e Concessão

OperaçãoOperaçãoEstimativa do

Potencial Hidrelétrico

Estimativa do Potencial

Hidrelétrico

ProjetoExecutivoConstrução

ProjetoExecutivoConstrução

ProjetoBásicoProjetoBásico

Estudo deViabilidadeEstudo de

ViabilidadeEstudos de InventárioEstudos de Inventário

Registro, Análise e Aprovação pela ANEEL(Estudos de Inventário, Viabilidade e Projeto Básico)

Decretos nº 4.932/2003, nº 4.970/2004 e Resolução ANEEL nº 116/2004

Registro, Análise e Aprovação pela ANEEL(Estudos de Inventário, Viabilidade e Projeto Básico)

Decretos nº 4.932/2003, nº 4.970/2004 e Resolução ANEEL nº 116/2004

Audiências Públicas EIAAudiências Públicas EIA

Audiência Pública Edital Licitação

Audiência Pública Edital Licitação

Condicionantes AmbientaisCondicionantes Ambientais

Fiscalização Obra ANEEL

Fiscalização Obra ANEEL

Page 42: Matriz Energética Brasileira: As Hidroelétricas e seus impactos ambientais João L.  Soito

Inventário: Etapa do planejamento em que se define o potencial hidroelétrico de uma bacia hidrográfica, mediante o estudo de divisão de quedas e a definição prévia do aproveitamento ótimo.

Manuais de 1977/1984/1997/2007

De maneira geral, os principais aprimoramentos na

questão socioambiental, foram:• elaboração do cenário de usos múltiplos da água (horiz.

compatível com o do PNRH).• incorporação da AAI•redefinição do critério básico para a seleção da melhor

alternativa de divisão de quedas:

“Maximização da eficiência econômico-energética, em conjunto com a minimização dos impactos socioambientais negativos, levando-se em conta os impactos positivos oriundos da implantação dos aproveitamentos hidroelétricos na bacia”.

Cabe lembrar, que os estudos de Inventário podem ser elaborados por qualquer pessoa física ou jurídica, em que pese a atribuição da EPE, bastando para tanto solicitar registro à Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL)

Page 43: Matriz Energética Brasileira: As Hidroelétricas e seus impactos ambientais João L.  Soito

4. IMPACTOS AMBIENTAIS

Page 44: Matriz Energética Brasileira: As Hidroelétricas e seus impactos ambientais João L.  Soito
Page 45: Matriz Energética Brasileira: As Hidroelétricas e seus impactos ambientais João L.  Soito
Page 46: Matriz Energética Brasileira: As Hidroelétricas e seus impactos ambientais João L.  Soito
Page 47: Matriz Energética Brasileira: As Hidroelétricas e seus impactos ambientais João L.  Soito
Page 48: Matriz Energética Brasileira: As Hidroelétricas e seus impactos ambientais João L.  Soito
Page 49: Matriz Energética Brasileira: As Hidroelétricas e seus impactos ambientais João L.  Soito
Page 50: Matriz Energética Brasileira: As Hidroelétricas e seus impactos ambientais João L.  Soito
Page 51: Matriz Energética Brasileira: As Hidroelétricas e seus impactos ambientais João L.  Soito
Page 52: Matriz Energética Brasileira: As Hidroelétricas e seus impactos ambientais João L.  Soito

5. Considerações

Page 53: Matriz Energética Brasileira: As Hidroelétricas e seus impactos ambientais João L.  Soito

• A característica mais relevante do setor elétrico brasileiro sob o ponto de vista da geração hidroelétrica é a existência de usinas com reservatórios de acumulação ou regularização, que propiciam um estoque plurianual de água, que podem amenizar eventuais variações na hidrologia.

• Tendo em vista que o Brasil apresenta um território de grandes proporções com regimes complementares entre as bacias hidrográficas, a existência dos reservatórios propicia a troca energética entre regiões. – Região Sul fornece boa parte da energia consumida no Nordeste

nos meses de outubro e novembro, quando não há grande disponibilidade hídrica nos reservatórios da região.

Page 54: Matriz Energética Brasileira: As Hidroelétricas e seus impactos ambientais João L.  Soito

• Somente cerca de 30% do total do potencial hidráulico brasileiro corresponde a usinas em operação, o que indica que a participação da hidroeletricidade na matriz energética brasileira deverá aumentar, sobretudo em razão do aproveitamento do potencial da Bacia Amazônia, conforme sinalizado pelos estudos de inventário, pelo Plano Nacional de Energia e Planos Decenais de Energia.

• Mudanças regionais e globais têm provocado alterações no clima e na hidrologia da região .

• A opção do setor elétrico por usinas a fio d’água tende a deixar mais vulnerável à geração hidrelétrica em anos de deficiência hídrica.

• A adaptação às mudanças climáticas pode motivar o debate sobre o papel da hidroeletricidade no sistema interligado nacional. A construção de aproveitamentos hidroelétricos com capacidade de armazenamento, pode servir como proteção aos intemperismos causados por eventuais eventos extremos, permitindo, ainda, que outras fontes renováveis, menos flexíveis, se insiram no sistema interligado nacional.

Page 55: Matriz Energética Brasileira: As Hidroelétricas e seus impactos ambientais João L.  Soito

• Os estudos de inventário passaram a ter uma metodologia definida a partir da publicação, em 1977, do primeiro manual de inventário revisado em 1984, sem haver, até esta publicação, a introdução das variáveis ambientais. Somente na revisão de 1997 que diversas variáveis ambientais foram introduzidas, e mais recentemente, na revisão de 2007, a incorporação da Avaliação Ambiental Integrada.

– Deve-se estimular a elaboração do Plano de Bacia Hidrográfica ex ante aos estudos de inventário hidroelétrico;

Page 56: Matriz Energética Brasileira: As Hidroelétricas e seus impactos ambientais João L.  Soito

• Para a etapa de elaboração dos estudos de viabilidade e dos Estudos de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) necessários para a licitação/concessão do empreendimento, é importante considerar:

– Estímulo ao desenvolvimento de metodologias para a participação pública

• Na etapa de elaboração do Projeto Básico Ambiental (PBA), por ocasião da obtenção da licença de instalação (LI), é importante que se estimule o diálogo entre o empreendedor e o órgão licenciador.

– Caso ocorram recursos administrativos e/ou judicialização do processo, pode haver a perda da “janela hidrológica”.

Page 57: Matriz Energética Brasileira: As Hidroelétricas e seus impactos ambientais João L.  Soito
Page 58: Matriz Energética Brasileira: As Hidroelétricas e seus impactos ambientais João L.  Soito

Obrigado pela atenção.João Leonardo da Silva Soito

[email protected]@ppe.ufrj.br

[email protected]