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PACTO NACIONAL PELO FORTALECIMENTO DO ENSINO MÉDIO REINVENTANDO O ENSINO MÉDIO FORMAÇÃO DE PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO INTRODUÇÃO Com o objetivo de buscar a ressignificação do Ensino Médio para o jovem estudante da rede pública estadual, a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE-MG) tem envidado esforços, desde 2012, para promover a melhoria da qualidade do Ensino Médio, com o Programa Reinventando o Ensino Médio. O Programa Reinventando o Ensino Médio (REM), que, em 2014, alcançou todas as escolas de ensino médio da rede pública estadual possui uma proposta em curso que compreende uma estrutura curricular com uma base nacional comum e uma parte com conteúdos curriculares destinados à geração de competências e habilidades nas áreas de empregabilidade. Além de propor uma nova estrutura com percursos curriculares alternativos; flexibilidade; uso das novas tecnologias de ensino/aprendizagem; atividades interdisciplinares e instrumentos formativos extraescolares. Os cadernos propostos pelo MEC para o Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio vão ao encontro das orientações do Reinventando o Ensino Médio, que propõe a discussão sobre currículo, a partir de uma formação humana integral, considerando os jovens como sujeitos do Ensino Médio, a organização e gestão democrática da escola e o processo de avaliação. Propiciando, assim, reflexões sobre propostas didático-pedagógicas. Nessa perspectiva, a SEE-MG aderiu ao Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio, em parceria com a Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação e o FNDE – Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, no sentido de valorizar o professor da rede pública estadual do ensino médio, mediante a formação articulada com Universidades Públicas. Essa adesão ao Pacto fortalecerá as estratégias para a implementação de políticas públicas de educação, consolidando a proposta de formação e de desenvolvimento profissional que se estabelece continuamente na SEE-MG, reafirmando a interface educação/sociedade, com base nos princípios de diálogo, integração, articulação, convergência, experimentação e inovação. Haverá o acompanhamento de Orientadores de Estudos, que serão capacitados por Formadores Regionais e estes, por Professores de Instituições de Ensino Superior (IES). A metodologia de formação a ser adotada contará com professores-multiplicadores e será desdobrada em duas etapas mediante a oferta de 200 (duzentas) horas de formação, sendo 100 (cem) horas de atividades coletivas presenciais e 100 (cem) horas individuais.

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PACTO NACIONAL PELO FORTALECIMENTO DO ENSINO MÉDIOREINVENTANDO O ENSINO MÉDIO

FORMAÇÃO DE PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO

INTRODUÇÃO

Com o objetivo de buscar a ressignificação do Ensino Médio para o jovem estudante da

rede pública estadual, a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE-MG) tem envidado

esforços, desde 2012, para promover a melhoria da qualidade do Ensino Médio, com o Programa

Reinventando o Ensino Médio.

O Programa Reinventando o Ensino Médio (REM), que, em 2014, alcançou todas as escolas

de ensino médio da rede pública estadual possui uma proposta em curso que compreende uma

estrutura curricular com uma base nacional comum e uma parte com conteúdos curriculares

destinados à geração de competências e habilidades nas áreas de empregabilidade. Além de propor

uma nova estrutura com percursos curriculares alternativos; flexibilidade; uso das novas tecnologias

de ensino/aprendizagem; atividades interdisciplinares e instrumentos formativos extraescolares.

Os cadernos propostos pelo MEC para o Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino

Médio vão ao encontro das orientações do Reinventando o Ensino Médio, que propõe a discussão

sobre currículo, a partir de uma formação humana integral, considerando os jovens como sujeitos do

Ensino Médio, a organização e gestão democrática da escola e o processo de avaliação. Propiciando,

assim, reflexões sobre propostas didático-pedagógicas.

Nessa perspectiva, a SEE-MG aderiu ao Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino

Médio, em parceria com a Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação e o FNDE –

Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, no sentido de valorizar o professor da rede

pública estadual do ensino médio, mediante a formação articulada com Universidades Públicas.

Essa adesão ao Pacto fortalecerá as estratégias para a implementação de políticas públicas

de educação, consolidando a proposta de formação e de desenvolvimento profissional que se

estabelece continuamente na SEE-MG, reafirmando a interface educação/sociedade, com base nos

princípios de diálogo, integração, articulação, convergência, experimentação e inovação.

Haverá o acompanhamento de Orientadores de Estudos, que serão capacitados por

Formadores Regionais e estes, por Professores de Instituições de Ensino Superior (IES). A

metodologia de formação a ser adotada contará com professores-multiplicadores e será desdobrada

em duas etapas mediante a oferta de 200 (duzentas) horas de formação, sendo 100 (cem) horas de

atividades coletivas presenciais e 100 (cem) horas individuais.

PACTO NACIONAL PELO FORTALECIMENTO DO ENSINO MÉDIOREINVENTANDO O ENSINO MÉDIO

FORMAÇÃO DE PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO

CADERNO I – Ensino Médio e Formação Integral

Por Ermelindo Martins Caetano e Girlaine Figueiró Oliveira

O Caderno I trata do Ensino Médio e da Formação Humana Integral realizando uma revisão

histórica do currículo do ensino médio no Brasil, promovendo um balanço histórico institucional,

abordando o currículo no Império, na República, anos 1930, o Estado Novo e as Leis Orgânicas do

Ensino, do fim da ditadura Vargas à ditadura civil militar: dos anos 1950 aos anos 1980. Uma

abordagem da redemocratização ao período atual. Apresenta os desafios para o ensino médio e

quadro geral do ensino médio: o que nos dizem os indicadores sociais.

Importante destacar que o caderno I apresenta também o capítulo denominado de “Rumo

ao Ensino Médio de Qualidade Social: as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, o

Direito à Educação e a formação humana integral e outros desafios às Políticas públicas de Ensino

Médio”. Este contexto histórico foi o mesmo utilizado pela SEE/MG para formular o Reinventando o

Ensino Médio, pois todos os estudos realizados mostravam que esta etapa da educação básica não

estava sendo atrativa para os nossos jovens.

Neste sentido, analisando os debates apresentados pelo Caderno I à questão do currículo

unificado para todo o território nacional é recente (desde 1996, com a instauração dos Parâmetros

Curriculares Nacionais), mas ao longo da história do nosso país nota-se que esse debate já existia,

tornando-se necessário que tal discussão seja problematizada. Logo, é fundamental olhar, mesmo

que de forma breve, para a história educacional brasileira para compreender como se chegou à

situação atual.

Uma discussão abordada no capítulo é sobre a Teoria do Capital Humano, surgida nos

Estados Unidos e Inglaterra nos anos 1960 e no Brasil nos anos 1970, foi estruturada no âmbito das

teorias do desenvolvimento (ideologia desenvolvimentista do pós-guerra), influenciou a própria

prática educativa, pois previa uma pedagogia fundamentada nos princípios da racionalidade e da

eficiência que regem a lógica do mercado, dando ao trabalho escolar um caráter acentuadamente

tecnicista, que se materializava em propostas fechadas, restritas a uma aprendizagem para o saber

fazer.

Essa característica ainda é presente nos currículos escolares. Como? Em quais aspectos?

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Como a sociedade estáem processo dinâmico de mudança, a educação escolar deveria

refletir essas mudanças, o que gerou uma nova concepção de educação, segundo a qual é o

educando, com seu interesse, suas aptidões e tendências, quem deve ser o centro da ação

pedagógica. Esse ideário de educação retorna nos anos 1990, com as reformas educacionais mais

recentes e uma nova perspectiva das teorias do currículo.

Como você professor vê estas mudanças que estão ocorrendo rapidamente em nossa sociedade?

A principal reforma no ensino nos anos 1990 foi instaurada pela Lei nº 9.394/96, instituindo

a nova LDB e com uma grande novidade: os Parâmetros Curriculares Nacionais.

Quais contribuições dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) para a educação brasileira?

É importante notar que o debate de uma educação de âmbito nacional, acompanhada das

questões curriculares para a implementação de um currículo unificado para todo o território, sempre

esteve presente na história da educação brasileira. As tentativas ao longo do tempo não puderam se

concretizar por causa das políticas públicas relativas à educação: num dado momento, o Estado tinha

a obrigatoriedade de fornecer a educação pública para os cidadãos, e em outro não. Essas oscilações

do dever do Estado frente à educação geraram consequências para nossa educação que perduram

até hoje. Os PCN só se concretizaram graças à redemocratização do país, quando se reabriu o debate

em torno da questão da educação pública e das questões curriculares.

A proposta curricular do REM está em consonância com os PCN?

Para você a adoção do Currículo proposta pelo Reinventando o Ensino Médio torna o aluno um

protagonista do seu processo de ensino aprendizagem?

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PACTO NACIONAL PELO FORTALECIMENTO DO ENSINO MÉDIOREINVENTANDO O ENSINO MÉDIO

FORMAÇÃO DE PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO

CADERNO II – O Jovem como sujeito do Ensino Médio

Por Érica Fernanda Mota

O objetivo do caderno II é fornecer algumas reflexões e chaves-analíticas que possam

facilitar o processo de aproximação e conhecimento dos estudantes que chegam à escola. Quem é

este aluno? Quais são suas expectativas? A escola atende a essas expectativas? Quais os desafios do

ensino médio? Qual a relação do Pacto e do Reinventando o Ensino Médio com o futuro desse

jovem?

CONSTRUINDO UMA NOÇÃO DE JUVENTUDE: Se quisermos compreender é necessário conhecer!

Enxergar o jovem pela ótica dos problemas é reduzir a complexidade deste momento de vida?

Para que possamos definir o que é o jovem propomos uma atividade: em um quadro, o

mediador da turma escreva a palavra juventude e solicite aos cursistas que escrevam palavras que

definam a juventude. No final deste momento, permita uma discussão na sala sobre o tema

juventude para que juntos completem a seguinte frase:

Superar a visão de transição é enxergar a juventude como...!

“As distintas condições sociais (origem de classe e cor da pele, por exemplo), a diversidade

cultural (as identidades culturais e religiosas, os diferentes valores familiares etc), a diversidade de

gênero (a heterossexualidade, a homossexualidade, a transexualidade) e até mesmo as diferenças

territoriais se articulam para a constituição das diferentes modalidades de se vivenciar a juventude”.

(Carrano e Dayrell, 2013, pg15)

JOVENS, CULTURAS, IDENTIDADES E TECNOLOGIAS: A identidade é mais uma escolha do que uma

imposição!

“Uma das mais importantes tarefas das instituições educativas hoje está em contribuir para

que os jovens possam realizar escolhas conscientes sobre suas trajetórias pessoais e construir os seus

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próprios acervos de valores e conhecimentos não mais impostos como heranças familiares ou

institucionais.”(Carrano e Dayrell, 2013, pg19)

O vídeo“Todos nós queremos ser jovens” mostra como as juventudes são diversas em

função do tempo histórico, dos lugares e contextos sociais. Percebemos no vídeo a construção da

juventude, desde a década de 1940 até os dias atuais. Acesse o vídeo:

https://www.youtube.com/watch?v=-UTxmO_sNZA

Ao posicionar o aluno/ jovem – cada qual com sua característica, bagagem de vida, sonhos, anseios

e realidade - no centro de todo processo educacional, o Reinventando o Ensino Médio deverá

viabilizar trajetórias e percursos curriculares diferenciados, a fim de permitir aos estudantes o

exercício da escolha?

O uso por parte da escola e dos alunos de novos recursos tecnológicos faz com que os

alunos do atual mundo cibernético tenham uma atuação mais prática nas mais variadas situações de

aprendizagem dentro e fora do espaço escolar e não se sintam excluídos do cenário mundial.

“Sou discriminado por não participar de nenhuma rede social. É como se eu fosse um alien!”

“Digita no Google. Se não aparecer nada é porque não existe!”

“Não sei como era possível paquerar quando não existia o Orkut”

Pensando nesses depoimentos, como o professor pode utilizar a tecnologia a favor da

aprendizagem?

Fonte: https://ufmgextensao.grude.ufmg.br/pluginfile.php/16341/mod_resource/content/4/04-03.html

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Uma das áreas propostas pelo Reinventando o Ensino Médio é a área Tecnologia da Informação

em que é permitido aos alunos os conhecimentos e habilidades das tecnologias da informação,

tornando-o capaz de avaliar as implicações da computação na sociedade em geral e em sua

comunidade.O uso de tecnologias didático-pedagógicas somente se aplica à referida área de

empregabilidade?

PROJETOS DE VIDA, ESCOLA E TRABALHO: Quem sou eu? Para onde vou? Qual rumo devo tomar na

minha vida?

O Reinventando o Ensino Médio considera o jovem, seus projetos de vida e a importância

da escola na realização desses.Escuta, conhece e valoriza os seus alunos; quebra estereótipos e

imagens que denigrem o comportamento desses jovens. Ele possibilita o enriquecimento curricular

por uma formação extraescolar, em que o aluno, em diferentes situações de aprendizagem, é

provocado a desenvolver seus sentimentos, mostrar suas ideias e trabalhar sua afetividade.

Vamos pensar um pouco mais, assistindo o vídeo:https://www.youtube.com/watch?v=QktLYlDUAFI

Ao assistir o vídeo sugerido e observando a definição de projeto de vida constante no caderno II do

Pacto, discuta com seus colegas como a escola e a proposta do Reinventando o Ensino Médio

podem ajudar e apoiar os estudantes no desenvolvimento dos seus projetos de vida, afinal: Não

podemos projetar pelos outros!

Podemos dizer que os jovens se inserem no mundo do trabalho por caminhos e motivos

diversos, dando a ele significados distintos. Temos que estar atentos aos múltiplos sentidos que o

trabalho pode ter para o jovem.

“O ‘unir o útil ao agradável’ e o “fazer o que gosta”, mesmo que muitas vezes se transforme

em “gostar do que faz”, não está ausente do ideal de trabalho dos jovens. (...) falar em trabalho ideal

hoje, portanto representa, para a maioria dos jovens, o desejo de estar empregado ou, pelo menos,

trabalhando” (Lima, 2002, p.59)

O trabalho também faz juventude!

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FORMAÇÃO DAS JUVENTUDES, PARTICIPAÇÃO E ESCOLA

Um dos objetivos específicos do Reinventando o Ensino Médio é evidenciar o lugar do

estudante como sujeito do conhecimento e protagonista de sua formação, respeitados os seus

respectivos direitos e deveres.

Para dar vez e voz ao aluno, uma mudança de toda estrutura curricular foi organizada de

modo que o Ensino Médio proporcione o acesso a temáticas e abordagens que despertem o

interesse dos estudantes, fazendo com que a escola venha a ser vivida como uma experiência

significativa na formação da autonomia pessoal e na capacidade de inserção social.

Ao destacar os novos papéis desempenhados pelo conhecimento na contemporaneidade e

inseri-los no contexto dos alunos, esses ao perceberem que as áreas do conhecimento estão

presentes e vivas no seu cotidiano, têm mais interesse em estudar; eleva os indicadores de

desempenho escolar e têm crescimento pessoal; acarretando elevação do nível de proficiência nos

testes internos e externos de avaliação, redução nos índices de abandono/evasão e diminuição na

distorção idade/série.

O vídeo “Juventude Nota 10” é uma produção do Canal Futura, que, além de debater as

imagens que contemporaneamente construímos sobre jovens, traz reflexões de especialistas acerca

das relações do jovem com a escola.

Parte 1:https://www.youtube.com/watch?v=TWmOLGRFC_M

Parte 2: https://www.youtube.com/watch?v=UPYiiIrnx-s

Parte 3: https://www.youtube.com/watch?v=AbWb8BXzMnA

Qual é o seu papel para uma educação voltada para o sucesso da juventude?

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PACTO NACIONAL PELO FORTALECIMENTO DO ENSINO MÉDIOREINVENTANDO O ENSINO MÉDIO

FORMAÇÃO DE PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO

CADERNO III - O currículo do Ensino Médio, seus sujeitos e o desafio da formação humana integral

Por Renato Lopes

O Caderno III propõe uma reflexão sobre a prática docente e as relações desta com o

campo teórico do currículo. Esse fazer pedagógico está arraigado a questões culturais, históricas, a

documentos e currículos, mas ele está em consonância com os alunos para os quais ele se destina e

em conformidade com as transformações atuais?

Quais as características dos jovens do nosso tempo (professores)?

Quais as características dos jovens de hoje?

Após registros, fazer um comparativo e analisar nossa visão da juventude.

O compromisso com a permanente construção de um sistema de ensino atento às

demandas atuais das mais variadas categorias da sociedade contemporânea e dos alunos vem

exigindo uma mudança inédita no campo educacional.

O Reinventando o Ensino Médio tem como um de seus objetivos gerais o de ressignificar a

escola pública estadual, em especial o Ensino Médio, como o lugar de uma formação qualificada e

voltada para a formação integral dos alunos, com estruturas e percursos curriculares dotados de

flexibilidade, com professores mais qualificados e conscientes de seus novos papéis, com o uso de

metodologias e recursos pedagógicos avançados.

Os outros objetivos gerais do Reinventando o Ensino Médio almejam amenizar os tantos

desafios da última etapa da Educação Básica que são: desempenho insuficiente, números

significativos de abandono/evasão, dados alarmantes relativos à distorção idade/série.

REINVENTANDO O ENSINO MÉDIO: Rumo à educação e a formação integral

A organização pedagógico-curricular do ensino médio ao longo da história foi marcada por

características ora enciclopédicas, centradas no acúmulo de informações, ora pragmáticas, centradas

na preparação para o mercado de trabalho e foi se consolidando por essa idéia do "aprender pela

repetição sem ressignificação”.

Diante disso, tem-se a necessidade de repensar o currículo para que ele fosse mais

integrado, voltado para seus sujeitos, seus tempos e contextos; para uma educação menos

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pragmática e imediatista. Um currículo voltado para as diferentes juventudes, suas identidades,

culturas, expectativas e necessidades.

O que entendemos por currículo?

O problema do ensino médio tem a ver com o currículo?

A forma de organizar o currículo está relacionada com a evasão?

Para reflexão ouça a música Estudo errado do Gabriel O Pensador.

Há muito se tem reduzido o Ensino Médio para a preparação para o mercado de trabalho

ou para a dimensão da continuidade de estudos, ao invés de formar para o desenvolvimento

humano integral.O grande desafio é garanti-lo como direito de todos e com qualidade, cumprindo-se

o que está no Art. 5º nas Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Médio (BRASIL, 2012):

I. As escolas organizarão seus currículos de modo a ter presente que os conteúdos curriculares

não são fins em si mesmos, mas meios básicos para constituir competências cognitivas ou

sociais, priorizando-as sobre as informações;

II. ter presente que as linguagens são indispensáveis para a constituição de conhecimentos e

competências;

III. adotar metodologias de ensino diversificadas, que estimulem a reconstrução do

conhecimento e mobilizem o raciocínio, a experimentação, a solução de problemas e outras

competências cognitivas superiores;

IV. reconhecer que as situações de aprendizagem provocam também sentimentos e requerem

trabalhar a afetividade do aluno.

Em 2012, as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (DCNEM)elegem as

dimensões do trabalho, da ciência, da tecnologia e da cultura como base da proposta e do

desenvolvimento curricular por elas estarem em permanente diálogo com os alunos, a sociedade e

com suas necessidades em termos de formação. O que elas propõem é que toda a atividade

curricular do ensino médio se organize a partir de um eixo comum – trabalho, ciência, tecnologia e

cultura – e que se integre, a partir desse eixo, à totalidade dos componentes curriculares.

Acesse o Parecer que fundamenta as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio.

Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&id=12992:diretrizespara-a-

educacao-basica e discuta :

Que relações existem entre o que eu ensino e o mundo do trabalho, da ciência, da tecnologia da

cultura?

Qual a relação do Reinventando o Ensino Médio com o trabalho, a ciência, a tecnologia e a cultura?

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Qual o papel do Pacto nesta formação?

O Reinventando o Ensino Médio ancora-se em três princípios fundamentais, os quais

circunscrevem a sua natureza: significação/identidade, empregabilidade e qualificação acadêmica.

Por significação/identidade entende-se a oferta de um conjunto de recursos capazes de

favorecer a inserção no mundo e a compreensão dos processos sociais. A fim de que o contato com o

acervo constituído pelos campos seja apresentado de modo a que os estudantes possam perceber a

sua relevância. Ao princípio da significação se acrescenta o da identidade, que o Ensino Médio não

deve ser reduzido a uma etapa meramente preparatória e sim o que caracteriza a formação humana

desejável/recomendável nesta etapa dos estudos; tendo como referência as disciplinas dos

Conteúdos Básicos Comuns.

O que, em cada uma destas áreas de conhecimento, contribuina formação humana dos estudantes

do Ensino Médio?

Empregabilidade não significa ensino médio profissionalizante. Por empregabilidade

entendemos a oferta de uma formação que possibilite de maiores condições de inserção múltipla no

mercado de trabalho. Sendo a escolha das áreas de empregabilidade de acordo com o perfil da

escola e da região em que o aluno se encontra, valorizando seu contexto. Ao escolher a área de

empregabilidade que ele quer cursar é garantido ao aluno que ele seja autor do seu percurso

curricular.

Um dos objetivos específicos do Reinventado o Ensino Médio é evidenciar o lugar do

estudante como sujeito do conhecimento e protagonista de sua formação, respeitados os seus

respectivos direitos e deveres. Para dar vez e voz ao aluno, uma mudança de toda estrutura

curricular foi organizada de modo que o Ensino Médio proporcione o acesso a temáticas e

abordagens que despertem o interesse dos estudantes, fazendo com que a escola venha a ser vivida

como uma experiência significativa na formação da autonomia pessoal e na capacidade de inserção

social.

Considerando-se como um sujeito com qualificação acadêmica, o aluno se reconhece com o direito

e qualificação de prosseguir os estudos, diminuindo, assim, os contrastes sociais. O Reinventando

busca atender à formação para o bom desempenho nos exames relativos ao prosseguimento dos

estudos?

O currículo não pode valorizar somente a transmissão de conhecimentos, em que o

professor deposita os saberes que seleciona aos alunos. Então, é imprescindível refletir sobre essa

seleção e a distribuição dos saberes.

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SUGESTÃO:

Construir com os professores um mapa conceitual com a integração das DCNEM, Disciplinas

da Base Nacional Comum e REM. Tendo em vista a frase: "As faculdades do homem têm de ser

desenvolvidas de tal forma que nenhuma delas predomine sobre as outras" (Johann Heinrich

Pestalozzi)

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Disciplinas da Base Nacional

Comum

DCNEM (trabalho,

ciência, cultura e tecnologia)

EMPREGABILIDADE(REM)

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FORMAÇÃO DE PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO

CADERNO IV –Áreas de conhecimento e integração curricular

Por Maria Geralda Cupertino e Silvana Bezerra Lara

A proposta do Caderno IV é a de discutir o direito, reconhecido pelas Diretrizes Curriculares

do Ensino Médio (DCNEM), que o estudante de Ensino Médio tem de se inserir no mundo formal dos

conhecimentos - culturalmente produzidos e sistematizados pelas ciências, e difundidos, aplicados e

socialmente valorados - para que possa participar de maneira inclusiva na dinâmica da sociedade.

As metas colocadas pelas DCNEM são de: preparar o educando para o trabalho e a

cidadania, de modo que ele possa continuar aprendendo e ser capaz de se adaptar a novas condições

de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores; promover o aprimoramento do educando como

pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual, além do

pensamento crítico; possibilitar a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos e dos

processos produtivos, relacionando a teoria com a prática.

Em conformidade com as DCNEM e as discussões pontuadas pelo Caderno IV deve-se

ressaltar que a organização curricular do Reinventando o Ensino Médio compreende uma Formação

Geral, constituída pelos Conteúdos Básicos Comuns, e uma Formação Específica, composta por

conteúdos destinados à geração de competências e habilidades em áreas de empregabilidade. No

entanto, um currículo não pode dividir-se em Base Nacional Comum e parte diversificada; ele é um

todo orgânico e vivo, pois está em permanente ajuste e mutação.

Qual a concepção que a Escola tem de currículo?

Como a escola vê cada componente curricular?

Qual a importância de cada componente curricular para a vida do aluno e para o exercício de sua

cidadania?

A organização curricular, Reinventando o Ensino Médio, viabiliza um percurso discente

capaz de integrar as duas formações constantes do currículo: acrescentada à formação geral, a oferta

de uma formação específica, através de áreas de empregabilidade, ampliando a disponibilização

curricular e atendendo mais adequadamente à diversidade dos interesses dos alunos e às

particularidades da região onde a escola se encontra, uma vez cada escola oferece 3 áreas de

empregabilidade (respeitando a vocação regional e a expertise instalada do corpo docente) devendo

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o aluno optar por uma delas. Assim, o Reinventando permite ouvir e atender os anseios dos sujeitos

do Ensino Médio, através da relação entre a proposta curricular, os sujeitos e suas práticas.

O entendimento de que área de empregabilidade não é um curso profissionalizante,

tampouco técnico, e sim o de uma formação que possibilite ao estudante, uma maior compreensão

do mundo contemporâneo, dispondo de maiores condições de inserção múltiplas no mercado de

trabalho, coaduna-se com o conceito apresentado no Caderno IV, de que “trabalho como um

princípio educativo, é antes, uma concepção de mundo, de homem e de sociedade”, por ser uma

ação transformadora consciente, uma intervenção do homem sobre o mundo e sua apropriação, não

é, portanto, um fazer profissional.

Que habilidades, competências, procedimentos e atitudes, a Escola pretende que os alunos

construam a partir do estudo de cada componente curricular?

Em que medida cada discussão de formato de currículo colabora para que o aluno compreenda

melhor a sua realidade?

A formação da área de empregabilidade apresenta dois componentes: um de caráter mais

teórico/instrumental, denominado “Conteúdos da Área”, ocupando 60% da carga horária, e um de

caráter variável, denominado “Conteúdos Práticos”, correspondendo a 40% da carga horária.

O Reinventando o Ensino Médio, ao adotar nas propostas de currículo a adoção das áreas

de empregabilidade, traça um caminho a ser adotado pelas escolas em busca da interdisciplinaridade

e envolvimento de todos na escola na busca de um currículo que promova o sucesso escolar do

aluno. Já que cada área de empregabilidade possui conteúdos curriculares que promovem a sua

interlocução com as áreas do Currículo Básico Comum (CBC), possibilitando desta forma múltiplas

possibilidades de trabalhos a serem desenvolvidos pela escola.É importante a discussão no ambiente

escolar da interlocução das áreas de empregabilidade com o CBC, criando desta forma um currículo

que seja atrativo ao aluno e o torne protagonista do processo de aprendizagem.

O Caderno IV com o objetivo de facilitar o trabalho de organização dos currículos nas escolas

apresenta a interdisciplinaridade (e a transdisciplinaridade, a multidisciplinaridade) como princípio e

a contextualização de conteúdos como um recurso.

Nada melhor para promover a interdisciplinaridade do que um projeto de estudo e um

projeto de trabalho, como parte integrante do currículo. Projeto é uma forma interessante de

integrar disciplinas, porque significa resolver um problema real ou estudá-lo. Um projeto de

reciclagem do lixo escolar, por exemplo, é interdisciplinar por sua própria natureza. Em torno dele

articulam-se conhecimentos de política, de sociologia, de psicologia, de geologia, de geografia, de

história, de biologia, de química e de física.

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A contextualização do conteúdo é um conceito que vem da educação profissional. Em

inglês é conhecido como aprendizagem situada. A contextualização tem a ver com a motivação,

conceito fartamente explorado em pedagogia. Motivar o aluno depende de fazê-lo entender, dar

sentido àquilo que aprende. Quando um professor ensina Física, Química ou História a um aluno,

está transferindo a ele conhecimentos gerados em outro âmbito que, quando foram produzidos, com

certeza despertaram um encantamento muito difícil de repetir para o aluno. É quase impossível,

quando se ensina ou se faz a transposição didática desse conhecimento, despertar na sala de aula o

mesmo encantamento de quem fez a descoberta original.

Por essa razão, na transposição didática o processo de invenção precisa ser reproduzido

quase artificialmente para que o aluno possa aprender significativamente. Um dos recursos para

fazer isso é a contextualização: relacionar o que está sendo ensinado com sua experiência imediata

ou cotidiana. Assim, o aluno poderá perceber que o ruído de pneu e a freada do carro têm a ver com

aquela fórmula sobre atrito, explicada em aula pelo professor de Física. E o aluno fará a ponte entre

a teoria e a prática, como preconiza a LDB. Um dos contextos importantes para fazer isso é o da

produção de bens e serviços, isto é, o contexto do trabalho.

Como você percebe questões como contextualização dos conteúdos, a interdisciplinaridade e

aprendizagem significativa?

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PACTO NACIONAL PELO FORTALECIMENTO DO ENSINO MÉDIOREINVENTANDO O ENSINO MÉDIO

FORMAÇÃO DE PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO

CADERNO V – Organização e Gestão Democrática da Escola

Por Ermelindo Martins Caetano

A educação é considerada um dos espaços centrais da esfera pública. Segundo a LDB são

princípios fundamentais da educação: igualdade, liberdade, pluralismo, gratuidade, valorização dos

profissionais da educação e gestão democrática.

Diversos autores definem sendo como gestão democrática a forma de gerir a escola de

maneira que possibilite a participação, a transparência e a democracia.

A necessidade de promover a articulação entre a escola e a comunidade a que serve é

fundamental. Promover a gestão democrática na escola demanda envolvimento, tempo, reflexão e

execução dos pais, alunos, professores e demais funcionários da escola.

De que forma você participa dos processos de decisão de sua escola?

Como é o envolvimento de pais e alunos no processo de decisão de sua escola?

O entendimento que a escola não é um órgão isolado do contexto global de que faz parte

deve estar presente no processo de organização, de modo que as ações a serem desenvolvidas

estejam voltadas para as necessidades comunitárias. (Caderno de Orientações do REM).

Entende-se assim que o diálogo é um dos recursos, se não for o principal para uma gestão

de sucesso. Toda a comunidade escolar tem o direito constitucional de solicitar esclarecimentos

sobre decisões, de participar de discussões e decisões da vida cotidiana da escola.

Nestes momentos se deve também exercitar os princípios da participação, da gestão

colegiada e da autonomia, em benefício de uma escola viva e capaz de promover o crescimento

pessoal e social dos estudantes jovens e adultos de nossas escolas de ensino médio. (Caderno V)

É ideal que a gestão democrática seja realizada em todas as escolas. Um dos momentos da

prática da gestão democrática nas escolas de ensino médio é quando a escola convida a sua

comunidade para que juntas decidam as áreas de empregabilidade que melhor atendam as

peculiaridades da comunidade.

A orientação às escolas de ensino médio da rede estadual para a implementação do

Reinventando é a de que convoquem uma assembléia escolar, com a participação de pais, alunos,

professores e funcionários, para se inteirarem da proposta curricular, discutirem, terem

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esclarecimentos, e finalmente façam a escolha das três áreas de empregabilidade que serão

ofertadas pela escola.

Como foi lhe apresentado o Reinventando o Ensino Médio?

Você participou do processo de escolha das áreas de empregabilidade a serem ofertadas por sua

escola?

De que forma a comunidade escolar participou desse processo?

Não esquecemos que o espaço principal onde a gestão democrática deve ocorrer é dentro

da sala de aula: com a integração de alunos e professores para definirem o melhor processo de

ensino aprendizagem.

É dada autonomia ao aluno quando ele escolhe qual o percurso curricular irá cursar no

ensino médio, ou seja, quando escolhe a sua área de empregabilidade, por meio do Seminário de

Percurso Curricular. A escola viabiliza nestes momentos trajetórias diferenciadas, permitindo aos

estudantes o exercício da escolha.

Assim, o Reinventando o Ensino Médio alcança um dos seus objetivos: proporcionar ao

jovem o acesso a temáticas e abordagens que despertem seu interesse, fazendo com que a escola

venha a ser vivida como uma experiência significativa na formação da autonomia pessoal e na

inserção social.

Essa nova proposta do ensino médio e os rumos da escola deverão estar presentes no

Projeto Político Pedagógico - PPP. O Projeto Político Pedagógico indica a direção, resulta das relações

de força da escola e define a formação integral dos estudantes. Devendo toda a comunidade escolar

participar da sua elaboração, reelaboração e avaliação.

De que forma você pode contribuir para a construção do PPP e do Regimento Escolar?

Discuta formas de sensibilização e participaçãode todos os envolvidos?

É importante que no Projeto Político Pedagógico estejam previstas todas as ações do

Reinventando o Ensino Médio, as áreas de empregabilidade, a metodologia de ensino e a avaliação,

entre outros É necessário que seja convocado uma assembléia escolar para rediscutir e reformular o

PPP e o Regimento Escolar, dentro da autonomia que assegura cada escola, e, respeitando as normas

comuns à educação básica nacional e as normas do sistema estadual de ensino em vigor.

Como colocar em prática o que foi pensado e discutido coletivamente?

E assim o Reinventando vai atingindo seu objetivo com o apoio da gestão democrática da

escola: Tornar o ensino médio significativo para os estudantes!

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Quais são as instâncias colegiadas da sua escola?

De que forma o processo decisório dessas instâncias contribuem para o desenvolvimento das

metas e objetivos estabelecidos no PPP?

“Também é por isso que o tempo verbal do nome do projeto é o Gerúndio. É Reinventando

porque esperamos estar em permanente processo de construção; é Reinventando porque

esperamos contar com a participação e colaboração de todos os profissionais da educação, com a

sua e de seus colegas de escola; é Reinventando porque temos a consciência da necessidade de esta

iniciativa se reinventar a cada escola, a cada sala de aula; é Reinventando porque precisamos da

análise, da avaliação e da adesão de nossos alunos”. (Caderno de Atividades – Reinventando o Ensino

Médio).

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PACTO NACIONAL PELO FORTALECIMENTO DO ENSINO MÉDIOREINVENTANDO O ENSINO MÉDIO

FORMAÇÃO DE PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO

CADERNO VI – Avaliação no Ensino Médio

Por Kátia de Laura Borges e Mércia de Souza Azevedo.

A proposta do Caderno VI é a de discutir a avaliação educacional de forma integrada ao

Projeto Político-Pedagógico da escola (PPP), articulando as avaliações de aprendizagem, a externa e a

institucional que perpassam a prática docente, considerando uma escola democrática e inclusiva.

PARA REFLETIR...

Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/coletaneas/calvin-seus-amigos-428892.shtml

Entre as

Quais temáticas da vida escolar são reveladas, ainda que implicitamente, nessa tirinha?

Como os profissionais da sua escola e você, como professor, lidam com os alunos como Calvin?

Não ter provas é a solução para atrair os alunos do Ensino Médio? Por quê?

Como avaliar os alunos do Ensino Médio para que essa etapa seja significativa na formação deles?

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Vamos considerar as áreas de empregabilidade como um componente curricular que tem

como objetivo contribuir para a formação humana integral dos alunos e proporcionar-lhes o acesso a

temáticas e abordagens que despertem seu interesse e ainda, tornar a escola um espaço de vivência

de experiência significativa, tanto na formação da autonomia pessoal, quanto na capacidade de

inserção social.

Como avaliar os conhecimentos e habilidades dos alunos, de acordo com a proposta do

Reinventando o Ensino Médio?

A avaliação deve ter como objetivo a formação global do aluno, em conformidade com a

demanda do mundo do trabalho, da comunidade em que o jovem se relaciona e às características

específicas da própria faixa etária. (Caderno de Orientação do REM e Ofício 17/2014)

Toda atividade da qual o aluno participar durante o processo de sua aprendizagem deve ser

avaliada. Nos debates na sala, em resenhas críticas, nas participações durantes as visitas técnicas, ao

escrever uma redação, na realização de atividades propostas pelo professor individuais e coletivas,

nos trabalhos interdisciplinares, na criação de seu portfólio, trabalho em equipe, organização,

respeito, espírito esportivo, criatividade. A avaliação constitui num processo de feedback, no

decorrer de todas atividades, e observação de possíveis mudanças de atitudes dos envolvidos.

RELATOS DE PROFESSORES PARA ANÁLISE:

“O aluno é avaliado pelo seu compromisso, envolvimento e frequência nas atividades relacionadas à

área de empregabilidade. Na entrega das atividades e na participação nos projetos desenvolvidos.

Não há avaliação por meio de prova. A avaliação é mais qualitativa do que quantitativa” (Relato de

uma professora do Reinventando o Ensino Médio).

“O professor da era da informação deve buscar educar para as mudanças, para a autonomia, para a

liberdade possível numa abordagem global, trabalhando o lado positivo dos alunos e para a

formação de um cidadão consciente de seus deveres e de suas responsabilidades sociais. É preciso

não só considerar os aspectos formais, precisamos ir além do que já se compreende como avaliação,

permitir que sejam utilizadas as redes sociais (como nossos grupos específicos que são organizados

por cada turma do REM em nossa Escola), como pontes de avaliação continuada, da apresentação e

disponibilização de conteúdos, vídeos e trocas de palavras de “um futuro bom”. Muito mais que

considerar valores numéricos, captar a essência de cada aluno, suas competências, a vontade de

superar, a criatividade, traduzindo assim, o espírito de inovação”. (Relato de um professor de

Turismo e coordenador do Reinventando o Ensino Médio)19

Na sua escola, a avaliação é um processo contínuo ou ela se resume a um momento

previamente definido?

O modo de avaliar na sua escola é baseado na inclusão, valorizando os potenciais dos alunos?

A avaliação é flexível e contribui para o desenvolvimento integral de cada aluno?

As provas são baseadas no que se ensinou e o que os alunos aprenderam ou no que os alunos

decoraram um dia antes?

Pensando nos dados do caderno 1 em relação aos alunos que evadiram a escola, que foram

reprovados e deixados para trás, qual o peso da avaliação nessa realidade?

Como nossa avaliação está ligada à educação que tivemos?

Você avalia hoje com o mesmo método que você foi avaliado?

Eu garanto permanência e aprendizagem por meio da avaliação?

ESCOLA ESPAÇO DE CONSTRUÇÃO PORQUE NINGUÉM NASCE FEITO

Assista ao vídeo disponível em: http://www.emdialogo.uff.br/festival/videos/7658

Vídeo ganhador do primeiro lugar do III Festival Imagens Emdiálogo de 2013

SINOPSE: "Escola espaço de construção porque ninguém nasce feito" procura questionar

qual é o espaço do estudante na escola e na sala de aula. De modo inquietante alunos do Ensino

Médio dialogam sobre o desejo de reaprender a perguntar. Para isso, buscam nas vozes das crianças

fagulhas da curiosidade infantil que levam ao questionamento. Tecem críticas ao sistema educacional

que visa apenas notas ou conceitos e deixam registrado o anseio por mudanças.”

A sua escola dá voz e ouvidos aos alunos?

Os jovens da sua escola fazem os mesmos questionamentos dos alunos desta escola de Foz do

Iguaçu ou por causa da distância geográfica eles são diferenciados?

Quais as ideias consonantes entre o vídeo feito pelos alunos e o depoimento dos professores do

REM?

“Se não tivesse nota, a gente não ia passar de ano, né? Porque a gente não ia saber se conseguiu

ou não, né?” Afinal, qual a finalidade da avaliação?

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Você conhece o vídeo vencedor da 2ª Edição do Prêmio Curta Histórias, de 2013?

Ficha Técnica do vídeo: (videhttp://curtahistorias.mec.gov.br/vencedores).

Título: O ALMIRANTE NEGRO

Realização: Grupo da Escola Estadual Dom José Gaspar (Araxá-MG)

Diretora: Maria Cristina Cunha

Professor: Órfilo Honorato Fraga

Alunos/as:

- Wesley Costa

- João Vitor Porto Ribeiro

- Rafael Menezes

- Leônidas Olivie Camargos Borges

- Alex Sander Rafael Lima

Sinopse: "O Almirante Negro" é uma animação em vídeo queconta a história de João Cândido

Felisberto, almirante de raça negra, integrante da Marinha Brasileira, que em 1910 liderou a “Revolta

da Chibata”, movimento dos marinheiroscontra a aplicação de castigos físicos a eles impostos (as

faltas graves eram punidas com chibatadas) à época.

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