Material digital de apoio ao professor volume 1 · 2019. 10. 2. · Material digital de apoio ao...

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MENINO-ARARA MATERIAL DIGITAL DE APOIO AO PROFESSOR Categoria 4 (do 1º ao 3º ano do Ensino Fundamental) baovolume 1 Apresentação Sobre a autora e o processo de criação da obra Categoria, gênero e tema da obra O trabalho com o livro Menino-Arara em sala de aula e em conformidade com a BNCC Sugestões de atividades Artes Educação Física Quadro de habilidades Referências

Transcript of Material digital de apoio ao professor volume 1 · 2019. 10. 2. · Material digital de apoio ao...

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    menino-arara

    Material digital de apoio ao professor

    Categoria 4 (do 1º ao 3º ano do ensino fundamental)

    baobá

    volume 1

    • apresentação

    • Sobre a autora e o processo de criação da obra

    • Categoria, gênero e tema da obra

    • o trabalho com o livro Menino-Arara em sala de aula e em conformidade com a BnCC

    • Sugestões de atividades

    • artes

    • educação Física

    • Quadro de habilidades

    • referências

  • © 2018 - editora BaoBá Ltda.

    Material digital de apoio ao professor

    (voluMe 1)

    Editor

    rafael Borges de andrade

    CoordEnação pEdagógiCa

    Maria Zoé rios fonseca de andrade

    lílian de oliveira

    ilustraçõEs

    adriana Mendonça

    Carlos Jorge Nunes

    Capa E projEto gráfiCo

    Mário vinícius silva

    diagramação

    dilma santos – dilex

    rEvisão

    lílian de oliveira

    flávio Mota

    este material de apoio ao professor foi concebido com

    base na obra Menino-Arara, da autora adriana Mendonça.

    todos os direitos reservados à:

    editora Baobá ltda.

    rua Helium, nº 141, 3º andar – Nova floresta

    Belo Horizonte/Mg – Cep: 31140-280

    telefone: (31) 3653 5217

    [email protected]

    www.editorabaoba.com.br

    facebook.com/editorabaoba

  • 3

    Sumário

    apresentação 4

    sobre a autora e o processo de criação da obra 5

    Categoria, gênero e tema da obra 8

    o trabalho com o livro Menino-Arara em sala de aula e em conformidade com a BNCC 9

    sugestões de atividades 11

    artes 45

    educação física 57

    referências 59

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    ApreSentAção

    a editora Baobá, em consonância com sua linha editorial voltada para

    projetos de publicação de literatura infantil, infantojuvenil e obras de orienta-

    ção pedagógica, apresenta este material digital de apoio ao professor.

    atendendo aos preceitos, indicações de competências e habilidades

    a serem desenvolvidas de acordo com a Base Nacional Comum Curricular

    (BNCC), trazemos uma proposta reflexiva e direcionada para o trabalho com

    o livro literário Menino-Arara, de adriana Mendonça, no âmbito do pNld 2018

    para estudantes do 1º ao 3º ano do ensino fundamental, com o tema o mun-

    do natural e social.

    ao longo deste conteúdo, apresentamos uma discussão acerca dos fun-

    damentos da BNCC e seus temas transversais, assim como algumas reflexões

    de teóricos e pensadores que transitam pelos espaços da educação. as con-

    siderações abordadas no decorrer deste material digital foram traçadas com a

    intenção de provocar o pensamento crítico com base na leitura e no contato

    com o livro literário, desvendando as muitas possibilidades que surgem do

    trabalho com as áreas do conhecimento. Balizado pelas propostas da BNCC

    e, sobretudo, entendendo a literatura como uma expressão artística capaz de

    despertar sentimentos e sensações, este material oferece ainda sugestões de

    atividades aos professores, considerando as diferentes realidades e as múlti-

    plas características das regiões do país.

    as orientações e sugestões de atividades apoiadas na leitura do livro

    Menino-Arara não têm o propósito de explorá-lo de maneira superficial, mas

    sim de sensibilizar o olhar do leitor para a pluralidade de ideias e conceitos

    contidos no texto literário, contextualizando o fazer pedagógico com os sen-

    tidos e com o encantamento que a literatura pode desencadear.

    esperamos que este material possa contribuir com a formação cidadã

    de leitores e tornar aprazíveis os momentos de interação entre os estudantes

    e os professores da educação Básica em todo o Brasil.

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    Sobre A AutorA e o proceSSo de criAção dA obrA

    a autora da obra Menino-Arara, adriana Mendonça, é natural da cidade

    de Buriti alegre, goiás. É mestre na área de patrimônio Cultural pela puC-goi-

    ás e em Cultura visual pela universidade federal de goiás (ufg), licenciada

    em artes visuais e bacharel na mesma área. tem muito interesse pelas áreas

    de antropologia, filosofia, artes, biologia, educação, literatura, sendo esses os

    campos de conhecimento enriquecedores de seus trabalhos de ilustrações e

    de pesquisa.

    leciona nos cursos de Design, artes visuais, arquitetura e Biologia, sem-

    pre em áreas ligadas ao desenho/gravura/pintura/ilustração, e desenvolve no

    campo da arte trabalhos como ilustradora e autora de livros infantis. atual-

    mente desenvolve uma pesquisa de doutorado em poéticas visuais pela facul-

    dade de artes da ufg, sobre gravura e a poética dos livros de artista.

    sua obra Menino-Arara, um livro de imagens de grande riqueza poética

    e estética, permite a criação de uma narrativa contextualizada no cotidiano de

    pequenos estudantes num diálogo com a diferença, aventuras, amizades e e

    as muitas possibilidades de trabalho no âmbito dos objetos de conhecimento

    e habilidades a serem desenvolvidas nos anos iniciais do ensino fundamental.

    a autora mesma fala de si e do processo de criação da obra Menino-

    -Arara, permitindo-nos perceber com clareza a relação da proposta do projeto

    com a personagem indígena, as peculiaridades da arara e da mata da floresta,

    ambiente em que a narrativa se desenvolve.

    Por que escolheu esse tema para criar um livro?

    Houve muito cuidado em trazer para as imagens os detalhes dos costu-

    mes, adornos e caraterísticas da arara e da floreta, pois o objetivo foi narrar

    o cotidiano de um menino indígena de um determinado grupo, da flores-

    ta. Assim como as crianças urbanas ou do meio rural, as crianças indígenas

    também estabelecem uma relação muito estreita com os animais. Neste

    caso eu trouxe a arara como animal que se relaciona com o menino.

    Nos trabalhos em comunidades indígenas de que participei, pude ver

    várias fotos em que aparecem meninos usando uma cinta feita de cipó

    que vai da cintura até o quadril e um colar com dentes de algum animal.

    Usam belos cocares que são feitos de penas de arara, papagaio e gavião.

    Os cocares têm valor espiritual para o grupo. E as penas, principalmente

    de gavião, têm a função de proteger os indígenas quando estão na mata.

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    o que a inspirou para a construção da narrativa na pesquisa do grupo

    indígena?

    O livro de imagem Menino-arara tem uma narrativa construída a partir

    de um desenho que fiz em 2004, em que uma criança Uru-Eu-Wau-Wau

    tenta alcançar sua amiga arara nos galhos de uma árvore. O que me ins-

    pirou foi recordar-me da emoção de ver as fotografias dessas crianças

    brincando com as araras, numa relação de afeto. Voltei a estudar um

    pouco mais sobre esse grupo para poder construir a narrativa. Busquei

    conhecer a vida das araras, as diferentes espécies que têm no Brasil, suas

    cores, seu comportamento etc.

    Você relata interesse pela pesquisa de grupos indígenas. Conte-nos um

    pouco a respeito.

    Sabe-se que a situação do indígena no Brasil é difícil de ser descrita,

    faltam políticas públicas e medidas de cuidados na área de saúde e de

    proteção das propriedades dos grupos. O Brasil Colônia se formou com

    extermínio de povos, desapropriações, doenças levadas pelos brancos,

    e isso, lamentavelmente, vem se estendendo até a atualidade, quando

    conflitos por terra, interesses econômicos, exploração madeireira, entre

    muitos outros fatores, vêm colaborando para a dizimação de indígenas.

    Conhecer a cultura de povos indígenas, a violência contra os indígenas

    no país que os mata e desapropria, me levou a falar, nos meus livros,

    das singularidades que envolvem o universo de qualquer criança, seja

    indígena ou não. Resolvi, através do desenho da criança, da árvore e da

    arara, contar uma história de amizade de uma criança indígena com uma

    arara de forma interativa com a natureza da região amazônica, passando

    pelas outras crianças do grupo e pela cultura através dos adornos e dos

    cocares.

    Mesmo tentando focar a criança e a arara, a proposta vai além das ima-

    gens, pois vejo que através delas questões sobre os indígenas no Brasil

    podem ser levantadas para que as crianças entendam a importância dos

    povos indígenas e a necessidade de construir um futuro de dignidade

    para todos no Brasil: indígenas, negros, brancos, imigrantes, entre ou-

    tros.

    Qual é o enfoque principal da narrativa deste livro?

    Está relacionada à afetividade. Procurei falar de sentimentos sem criar

    uma ambientação romantizada, porque acredito que, ao mostrar o lado

    humano, o lado do sentir e da interação com a natureza, pode-se criar

    consciência da importância de nos aproximarmos da cultura indígena

    no Brasil, sem ser exótico ou carnavalesco, em um país que ainda pinta

    sua crianças nos dias do índio e os chama para dançar e cantar músi-

    cas muito distantes da realidade e que contribuem para preconceitos e

    discriminações. Busco nos livros o entendimento do Humano contido

    em qualquer cultura, tratando a criança indígena como qualquer outra

    criança, em seu desenvolvimento e interesses. E que esta precisa de pro-

    teção, escola, recursos materiais, alimentação, moradia, como qualquer

    outra criança.

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    Como foi o processo de elaboração das ilustrações do livro Menino-

    -Arara?

    Depois de ter retomado os primeiros estudos sobre os Uru Eu Wau Wau,

    iniciei experimentações com desenhos e pintura para desenvolver o li-

    vro. Primeiro desenhei dentro de retângulos a sequência de ideias para

    desenvolver as páginas. A intenção era que cada página funcionasse de

    forma independente das outras e que cada imagem contasse história,

    mas que a sequência das páginas pudesse contar uma outra história.

    Um livro para se entregar para que a criança percebesse a sua história,

    mesmo que começasse a ver pelo fim ou pelo meio do livro, sem neces-

    sidade de um começo ou fim específico.

    Esse livro teria de dar liberdade à criança na hora de criar a história a

    partir de si. Pois no livro-imagem as narrativas são infinitas, vai depender

    da realidade de cada “leitor”. A ideia é expandir possibilidades de leitura,

    independentemente da faixa etária, e despertar a vontade de conhecer

    mais sobre o indígena no Brasil, que muitas vezes nos são apresentados

    como algo distante, quase como ficção.

    Depois de esboçar os desenhos, fazer estudos em meus diários de artis-

    ta, defini os desenhos das páginas e os transferi para um papel de algo-

    dão que assimilasse bem as aguadas da técnica de aquarela.

    Quando estavam transferidos os desenhos, fui gostando dos esboços,

    dos desenhos a lápis, e vi que eu poderia ambientar toda a história com

    desenhos em grafite. Porém escolhi as personagens principais, um me-

    nino e uma arara-vermelha, para pintá-las com uso de muitas cores, pois

    as araras são conhecidas por suas cores exuberantes, cada espécie tem

    suas combinações de cores que nos enchem os olhos.

    o livro-imagem Menino-Arara foi produzido com base em uma pesqui-

    sa teórica e fotográfica, por meio de desenhos, esboços, escritas, que foram

    primeiramente registrados pela autora adriana Mendonça em diário e caderno

    de artista. No momento da criação da narrativa, a autora procurou não criar

    compartimentos nem delimitações, de modo a permitir que os elementos de

    cada página formassem um organismo vivo, uma representação contextuali-

    zada. assim, suas partes podem ser concebidas para ser, e não para fazer parte.

    as partes se diluem como livro.

    trata-se, portanto, de uma obra, em que se pensa o processo de cons-

    trução e o próprio livro como um objeto, o livro em sua totalidade, em seus

    elementos constituintes, como: capa, guarda, folha de rosto, dedicatória, for-

    ma, tipografia, fontes, tamanho, encadernação, papéis, técnicas de impressão,

    ritmo, acabamento, materiais, ideias, pensamentos, poesia, texto etc.

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    cAtegoriA, gênero e temA dA obrA

    a indicação do livro-imagem Menino-Arara para os anos iniciais do en-

    sino Fundamental, especialmente do 1º ao 3º ano, justifica-se pelo fato de

    a temática e o contexto apresentado na narrativa serem trabalhados como

    competências específicas das diversas áreas dessa etapa de ensino. tal como

    o Menino-Arara, crianças de 6 a 8 anos de idade têm interesse em experi-

    mentar o mundo, explorando todo o ambiente e espaços. elas percorrem, em

    suas brincadeiras e aventuras, os ambientes mais desconhecidos e sombrios

    nos arredores de suas moradias. andam por muros, porões, labirintos, matas e

    mesmo cavernas. percebe-se também nessa faixa etária o desejo de conviver

    com os animais, tais como cachorros, gatos, coelhos, entre muitos outros,

    e de se aproximar deles, com os quais têm contato em seu cotidiano. em

    uma abordagem poética, a narrativa desse obra mostra-nos a vivência de uma

    criança indígena que tem como mundo os encantos dos espaços da floresta

    e a companhia de aves, por estar em estreita relação com esses animais. isso

    possibilita a identificação de leitores da referida faixa etária com a personagem.

    Quanto ao gênero, a obra consiste em um livro-imagem, uma vez que

    a narrativa é construída por meio de cenas, que podem ser criadas e recriadas

    a cada leitura, inclusive sem a preocupação de uma linearidade, conforme nos

    relatou a autora. a riqueza dessas imagens deve-se à coerência dos detalhes

    das personagens, que trazem as características de pinturas corporais, adornos

    e elementos de uma comunidade indígena. tal contexto e ambientação são

    retratados nas ilustrações, possibilitando muitas leituras possíveis de interesse

    do universo infantil.

    a obra abrange a temática do mundo natural e social e, para além das

    questões indígenas, Menino-Arara traz aspectos do meio ambiente, interação

    entre as pessoas e natureza, cuidado com os animais, amizade, percepção dos

    outros e das diferenças culturais. o foco principal para a narrativa é a poesia

    que acontece na relação de amizade do menino com a arara. somente depois

    mostra-se o contexto da criança, que é secundário: o artesanato, a relação

    familiar, os amigos e a floresta. Nas ilustrações, a autora buscou a delicadeza

    da aquarela e do desenho em grafite para tratar dos sentimentos de forma

    cuidadosa.

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    o trAbAlho com o livro Menino-ArArA em SAlA de AulA e em conformidAde com A bncc

    por suas características, o livro Menino-Arara se torna um objeto com

    muitas possibilidades de serem exploradas nos anos iniciais do ensino fun-

    damental. Conforme a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a área de

    linguagens é composta pelos componentes curriculares língua portuguesa,

    arte e educação física, tendo como objetivo, nessa etapa de ensino, ampliar as

    capacidades expressivas em manifestações artísticas, corporais e linguísticas,

    como também os conhecimentos sobre essas linguagens, em continuidade às

    experiências vividas na educação infantil, compreendendo que as linguagens

    são dinâmicas e que todos participam desse processo de constante transfor-

    mação e dinamismo.

    Nesse contexto, as práticas com alunos dos anos iniciais devem ter a

    alfabetização como foco principal, “objetivando ampliar suas possibilidades de

    construir conhecimentos nos diferentes componentes, por sua inserção na

    cultura letrada, e de participar com maior autonomia e protagonismo na vida

    social”(Brasil, 2017, p. 61), devendo-se levar em conta que os componentes

    curriculares perpassam por diversas práticas, com a preocupação de abordar

    culturas infantis tradicionais e contemporâneas. a organização das práticas se

    dá por campos de atuação, que pressupõem a relevância da contextualização

    do conhecimento escolar. No caso do componente curricular língua portu-

    guesa – anos iniciais, subdividem-se em: Campo da vida cotidiana, Campo

    artístico-literário, Campo artístico-literário, Campo das práticas de estudo e

    pesquisa e Campo da vida pública.

    uma vez que aprender a ler e escrever possibilita ao indivíduo mergulhar

    em algo novo e surpreendente, nessa etapa devem-se ampliar as possibilida-

    des do aluno de construir conhecimentos nos diferentes componentes, para

    sua inserção na cultura letrada e participação na vida social com maior auto-

    nomia e protagonismo.

    o importante é que os estudantes se apropriem das especificidades de

    cada linguagem, sem perder a visão do todo no qual elas estão inseridas. Mais

    do que isso, é relevante que compreendam que as linguagens são dinâmicas,

    e que todos participam desse processo de constante transformação.

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    as práticas de linguagem, organizadas em leitura de textos, produção

    de textos, oralidade e análise linguística e semiótica, podem ser desenvolvidas

    por meio da obra Menino-Arara, por se tratar de um livro-imagem, isto é, um

    livro ilustrado em que as imagens constroem a narrativa, sem uso de palavras.

    isso porque a narrativa pela imagem sugere pensamentos, cria aberturas para

    outros universos e possibilita experiência de refletir sobre silêncios e olhares

    com aberturas para infindáveis leituras. a imagem pode suscitar palavras no

    leitor sem serem postas. tocar e ser tocado pelo livro passa primeiramente

    pelo sentir, para depois entrar nos olhos. do olhar, o sentir toma seu corpo e

    suas medidas.

    No livro sem palavras, a ilustração é tão importante como um livro com

    texto; porém, no livro-imagem a ideia, a narrativa, passa a ser o elemento prin-

    cipal para a construção das ilustrações. a ilustração literária é um processo

    de inventar e de juntar ideias e formas. o ilustrador como autor de um livro-

    -imagem é quem “ilumina”, cria os sopros de vida para o livro infantil.

    o livro pode ser considerado uma espécie de gravura que gera múltiplos

    resultados, tal como nos jornais e revistas a impressão sempre gera surpresas.

    para o ilustrador, a surpresa não é apenas da ilustração, mas do conjunto livro,

    que envolve todo o processo de pré-impressão, impressão e pós-impressão.

    através do livro-imagem, o professor poderá trabalhar redação, litera-

    tura, desenho, imaginação, raciocínio, ludicidade, socialização, criatividade,

    poesia, autoexpressão e a oralidade.

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    SugeStõeS de AtividAdeS

    as práticas de linguagens propostas na BNCC para os três primeiros

    anos do ensino fundamental têm como perspectiva aprofundar as experiên-

    cias com a língua oral e escrita, as características das interações discursivas e

    estratégias de fala e escuta e a vivência do processo de alfabetização. o livro

    de imagens convoca a leitura das ilustrações levando o leitor ora a se identifi-

    car com a narrativa ora a ampliar os contextos de suas experiências.

    professor, a seguir é apresentada uma coletânea de atividades que po-

    dem ser desenvolvidas com os alunos em sala de aula. tendo como pano de

    fundo os campos de atuação e as práticas de linguagem, exploramos ativida-

    des que oferecem pistas de possibilidade para o trabalho com o livro Menino-

    -Arara em conformidade com as habilidades estabelecidas na BNCC na área

    de linguagens, que se subdivide nos componentes curriculares língua portu-

    guesa, artes e educação física.

    tais habilidades expressam as aprendizagens essenciais a serem assegu-

    radas aos alunos e são identificadas por um código alfanumérico, conforme

    explicado a seguir.

    fonte: Brasil, 2017, p. 30.

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    as atividades sugeridas, em sua maioria, estão dispostas cada uma em

    uma página, de modo a permitir que você possa imprimir aquelas que queira

    utilizar com sua turma. as orientações para melhor conduzir a atividade e a(s)

    habilidade(s) a ser(em) trabalhada(s) estão em página à parte.

    É importante ressaltar que o que você tem em mãos são apenas

    sugestões que podem ser desenvolvidas com seus alunos com base na obra.

    o livro Menino-Arara consiste de uma narrativa imagética muito rica, que pode

    ser explorada muito além das propostas que oferecemos aqui. leve em conta

    seu contexto e sua experiência prática para aliar a fruição desse texto literário

    com todas as potencialidades de conhecimento que ele traz.

    orientaçõeS Para o ProFeSSor

    Nas atividades 1, 2 e 3 que se seguem, você, professor, deverá propor uma leitu-

    ra coletiva explorando os elementos que aparecem e as muitas possibilidade de

    inferir dados explícitos e implícitos das imagens, conforme atividades previstas

    no volume 2 de Pré-Leitura.

    A leitura em uma roda de conversa provoca o interesse dos leitores e permite

    que os estudantes ampliem os contextos e as possibilidades de leitura. Nesse

    momento não é necessário exigir uma escuta avaliativa sobre as sugestões que

    as crianças apresentarem. O que mais importa é que você, professor, tenha

    uma postura que estimule e provoque a interação do estudante com o livro.

    Nas atividades 1, 2 e 3, você será o escriba. Use o quadro para escrever o que

    for dito pelas crianças. Acolha o maior número de frases que for possível e peça

    que os próprios alunos escolham o que deve ser escrito. Ao propor a escrita do

    que foi dito, as crianças se comprometem instintivamente a formular as frases

    e compor a narrativa, desenvolvendo por meio de um contexto a produção e

    recepção de textos.

    Na atividade 4, peça que as crianças criem um diálogo entre o menino e a arara

    usando como base as respostas que foram transcritas por você no quadro.

  • leNdo o livro

    1. depois de folHear todo o livro, vaMos faZer uMa roda de

    CoNversa?

    i. volte Às págiNas 6 e 7 do livro e vaMos CoNversar soBre o

    Que veMos Nelas.

    respoNda oralMeNte ao Que voCês aCHaM Que aCoNteCeu,

    e o professor vai aNotar as respostas da turMa No Quadro.

    a) o Que voCês aCHaM Que retrata a priMeira págiNa do li-

    vro?

    B) voCês aCHaM Que as iMageNs das págiNas 6 e 7 NarraM Que

    o MeNiNo-arara Já Havia visto a arara Na ávore?

    C) por Que iMagiNaM isso?

    d) oNde a arara está?

    e) o Que ela está faZeNdo Nesse lugar?

    f) eM Que árvore voCês aCHaM Que a arara está?

    g) CoMo se CHaMa o lugar oNde a arara está?

    H) esse tipo de HáBitat É igual ao de todos os outros pássa-

    ros?

    i) fale uM pouCo soBre o Que voCês Já CoNHeCeM soBre pás-

    saros.

    1. depois de folHear todo o livro, vaMos faZer uMa roda de

  • 2 - vaMos agora ler as págiNas 8 e 9 do livro. respoNda oralMeN-

    te: o Que voCês aCHaM Que aCoNteCeu? o professor vai aNotar

    as respostas da turMa No Quadro. depois Cada uM deverá Copiar

    a frase do Quadro.

    a) o Que o MeNiNo feZ QuaNdo viu a arara?

    B) vaMos esCrever uMa frase Que CoNte o Que o MeNiNo peNsou

    QuaNdo viu a arara.

    C) o Que será Que o MeNiNo peNsou QuaNdo viu a arara?

    d) se voCê visse uMa arara, o Que voCê faria?

  • 3 - vaMos, agora, explorar as págiNas 10 e 11.

    respoNda oralMeNte: o Que voCês aCHaM Que aCoNteCeu? o profes-

    sor vai aNotar as respostas da turMa No Quadro para voCês CopiareM.

    a) o Que voCês aCHaM Que o MeNiNo falou CoM a arara?

    B) o Que voCês aCHaM Que a arara falou?

    C) o Que voCês aCHaM Que o MeNiNo Quer CoM a arara?

    d) o Que voCês aCHaM Que aCoNteCeu?

  • 4 - agora, vaMos Criar uM diálogo para o MeNiNo e a arara oBser-

    vaNdo as págiNas 8 e 9 e esCreveNdo Nos Balões.

    págiNas 10 e 11

  • 5 - vaMos esCrever uM diálogo do MeNiNo CoM a arara, oBservaN-

    do as págiNas 10 e 11.

  • oBjetoS de ConheCimento

    Escrita autônoma e compartilhadaFormas de composição de narrativasFormação do leitor literárioEstratégia de leitura

    haBiLidadeS

    (EF15LP03) Localizar informações explícitas em textos.

    (EF35LP04) Inferir informações implícitas nos textos lidos.

    (EF01LP25) Produzir, tendo o professor como escriba, recontagens de histórias lidas pelo professor, histórias imaginadas ou baseadas em livros de imagens, observando a forma de composição de textos narrativos (personagens, enredo, tempo e espa-ço).

    (EF01LP26) Identificar elementos de uma narrativa lida ou escutada, incluindo per-sonagens, enredo, tempo e espaço.

    (EF02LP26) Ler e compreender, com certa autonomia, textos literários, de gêneros variados, desenvolvendo o gosto pela leitura.

  • 19

    orientaçõeS Para o ProFeSSor

    As atividades a seguir estão direcionadas para a formação de escritor e leitores e a apropriação dos códigos e arbitrariedades da língua escrita.Pesquisas sobre a construção da língua escrita pela criança mostram que, nesse processo, é preciso:• diferenciar desenhos/grafismos (símbolos) de grafemas/letras (signos);• desenvolver a capacidade de reconhecimento global de palavras (que cha-

    mamos de leitura “incidental”, como é o caso da leitura de logomarcas em rótulos), que será depois responsável pela fluência na leitura;

    • construir o conhecimento do alfabeto da língua em questão;• perceber quais sons se devem representar na escrita e como;• construir a relação fonema-grafema: a percepção de que as letras estão

    representando certos sons da fala em contextos precisos;• perceber a sílaba em sua variedade como contexto fonológico dessa re-

    presentação;• até, finalmente, compreender o modo de relação entre fonemas e grafe-

    mas, em uma língua específica (BRASIL, 2017, p. 89).

    Na atividade 6, estimule os alunos a observar que há palavras que são lidas do mesmo jeito ao serem escritas tanto da direita para a esquerda quanto da esquerda para a direita. São os palíndromos. Peça que eles escrevam outras palavras de trás para frente de modo a perceberem que isso não acontece com todas elas. Depois, brinque com essa ideia usando outros exemplos de palavras, frases e até nomes próprios. Disponibilizamos alguns a seguir.

    rir raiar ala mirimOto Ada Ana RennerA cara rajada da jararaca.A mãe te ama.Ame o poema.Luz azul.Socorram-me, subi no ônibus em Marrocos.

    Nessas atividades, o aluno terá contato com palavras escritas de trás para frente, que podem ser lidas corretamente ao serem colocadas diante de um espelho. As respostas corretas são:

    O DIA ESTÁ QUENTE.O VENTO ESTÁ FORTE.A MATA ESTÁ MUITO VERDE.

  • 6 - piNte as araras Que estão iNdo para o lado direito de aZul, e

    de verMelHo as Que estão iNdo para o lado esQuerdo.

  • 7 - reesCreva as palavras aBaixo CoMeÇaNdo de trás para freNte.

    arara

    ovo

    asa

    osso

    MutuM

    aNa

    8 - apÓs reesCrever as palavras de trás para freNte, respoNda:

    o Que aCoNteCeu CoM essas palavras? resposta oral.

    9 - esCreva uMa frase usaNdo duas palavras da lista aCiMa.

  • 10 - ColoQue as letras eM ordeM e forMe palavras

    soos

    raara

    oov

    saa

  • 11 - ColoQue as frases de freNte para o espelHo e desCuBra o Que

    o MeNiNo disse.

    a Mata está Muito verde.

    o dia está BoNito.

    o veNto está forte.

  • 12 - ColoQue a ilustraÇão de freNte para o espelHo e leia o Que a

    arara disse.

    13 - Copie a frase separaNdo as palavras.

    araraeMutuMsãoaves.

  • oBjetoS de ConheCimento

    Segmentação de palavrasClassificação de palavras por número de sílabas

    haBiLidadeS

    (EF01LP12) Reconhecer a separação das palavras, na escrita, por espaços em bran-co. (EF02LP08) Segmentar corretamente as palavras ao escrever frases e textos.

    (EF01LP07) Identificar fonemas e sua representação por letras.

    (EF01LP08) Relacionar elementos sonoros (sílabas, fonemas, partes de palavras) com sua representação escrita.

    (EF01LP06) Segmentar oralmente palavras em sílabas.

  • 14 - eNCoNtre Na ilustraÇão as palavras aBaixo e piNte Cada uMa.

    ave arara JeNipapo

    Caititu uruCuM Navio

  • 15- Copie as palavras Que voCê eNCoNtrou No livro deseNHado e

    depois separe Cada uMa eM sílaBa.

  • oBjeto de ConheCimento

    Conhecimento das diversas grafias do alfabeto/ acentuação

    haBiLidadeS

    (EF02LP07) Escrever palavras, frases, textos curtos nas formas imprensa e cursiva.

    (EF01LP07) Identificar fonemas e sua representação por letras.

  • 16 - vaMos preeNCHer a CruZadiNHa? esCreva as palavras aBaixo

    deNtro da CruZadiNHa. depois, Copie Cada uMa eM letra Cursiva.

    Caititu MutuM aNta tatu arara Cutia

  • oBjetoS de ConheCimento

    DecodificaçãoProtocolos de leitura Formação de leitor

    haBiLidadeS

    (EF01LP01) Reconhecer que textos são lidos e escritos da esquerda para a direita e de cima para baixo da página.

    (EF01LP13) Comparar palavras, identificando semelhanças e diferenças entre sons de sílabas iniciais, mediais e finais.

  • 17 - agora vaMos CaNtar CaNtigas Que CriaNÇas do Brasil

    CoNHeCeM.

    SaBiá na GaioLa

    saBiá Na gaiola feZ uM Bura-

    QuiNHo

    voou, voou, voou...

    a MeNiNa Que gostava taNto

    do BiCHiNHo

    CHorou... CHorou... CHorou...

    saBiá fugiu pro terreiro

    foi parar No aBaCateiro

    a MeNiNa diZ soluÇaNdo

    veM Cá, saBiá, veM Cá

    SaPo-CUrUrU

    sapo-Cururu,

    Na Beira do rio,

    QuaNdo o sapo CaNta,

    oH MaNiNHa,

    É Que está CoM frio

  • 18a - vaMos BriNCar CoM trava-líNguas?

    o MeNiNo-arara MoNta CoCar de peNa de arara rara.

    o MeNiNo arara pega as peNas Coloridas da arara Colorida.

    as peNas da arara Colorida são peNas Coloridas.

    o BiCo do papagaio, da arara e do piriQuito são pareCidos.

    18B - Que tal agora iNveNtar seu prÓprio trava-líNguas? seJa

    BastaNte Criativo!

  • oBjeto de ConheCimento

    Produção de texto oral

    haBiLidadeS

    (EF02LP15) Cantar cantigas e canções, obedecendo ao ritmo e à melodia.

    (EF01LP19) Recitar parlendas, quadras, quadrinhas, trava-línguas, com entonação adequada e observando as rimas.

  • 19 - o aMigo do MeNiNo-arara esCreveu o NoMe das soMBras

    errado. esCreva NovaMeNte de forMa Correta.

  • orientaçõeS Para o ProFeSSor

    Antes de realizar a atividade 10, repita o nome de cada ave abaixo. Peça que as crianças relacionem o nome com cada foto. Comente se conhecem alguma delas e onde foi que viram.

    oBjeto de ConheCimento

    Construção do sistema alfabético e da ortografia

    haBiLidadeS

    (EF02LP04) Ler e escrever corretamente palavras com sílabas CV, V, CVC, CCV, identificando que existem vogais em todas as sílabas.

  • 20 - divida as palavras eM sílaBas No diagraMa.

    arara

    arapoNga

    águia

    avestruZ

    aNdoriNHa

  • oBjeto de ConheCimento

    Conhecimento das diversas grafias do alfabeto/acentuação

    haBiLidadeS

    (EF01LP11) Conhecer, diferenciar e relacionar letras em formato imprensa e cursi-va, maiúsculas e minúsculas.

    (EF02LP07) Escrever palavras, frases, textos curtos nas formas imprensa e cursiva.

  • orientaçõeS Para o ProFeSSor

    Na atividade a seguir, as crianças ditam, e você escreve no quadro. Estimule que pensem em nome de bicho que comece com uma vogal. Anote no quadro todos os nomes que as crianças falarem. Depois, peça que avaliem qual dos nomes listados realmente começam com vogal e apague os que começam com consoante. Organize a turma em equipes para animar a dinâmica da atividade e estimular a participação, dividindo o quadro em dois.

    a escrita coletiva é uma estratégia que pode ser utilizada com objetivos distintos

    em uma sala de aula. ela envolve grupos de alunos ou toda a turma e o pro-

    fessor, que, necessariamente, atua como mediador no processo de elaboração

    textual. a produção coletiva de textos pode ser desenvolvida com crianças que

    ainda não estão alfabetizadas e, também, com crianças em processo de conso-

    lidação das habilidades de ler e escrever, contribuindo significativamente para o

    aprendizado da escrita.

    a produção coletiva com crianças ainda não alfabetizadas favorece a compre-

    ensão de que um texto escrito necessariamente deve atender a uma determi-

    nada estrutura. assim, é importante que todos tenham clareza sobre o quê, para

    quem, com que finalidade e como se vai escrever. a atividade é desafiadora,

    pois a construção coletiva implica ouvir o outro, suas ideias e opiniões, e estar

    atento ao processo de elaboração que é conduzido pelo adulto professor. a

    cooperação e a colaboração do grupo, portanto, é fundamental uma vez que

    ela envolve tanto apresentar e defender uma ideia quanto alterar, questionar,

    rejeitar, deixar em segundo plano ou excluir a ideia apresentada. ao professor

    cabe mostrar como o processo de construção da escrita exige uma organiza-

    ção coerente das ideias para que os outros compreendam o que se pretende

    comunicar. a produção de uma narrativa, por exemplo, envolve determinada

    estrutura, sequência lógica dos fatos, coerência e coesão textuais. se o objetivo

    da escrita for a elaboração de um cartão, outros aspectos estarão em evidência.

    a escrita coletiva com crianças já alfabetizadas e que estão inseridas em práticas

    letradas em que o texto está presente envolve aspectos relacionados à macro

    e à microestrutura do texto, como o emprego de recursos coesivos específi-

    cos que, por exemplo, eliminem ou minimizem as repetições e que garantam a

    continuidade e a progressão textual. uma vez que as crianças já estão imersas

    em práticas em que o texto escrito é objeto de análise (tanto na leitura quanto

    na produção de textos), a escrita coletiva configura-se como uma importante

    estratégia para se trabalharem aspectos como a ortografia, a extensão dos perí-

    odos, a pontuação, entre outros.

    Disponível em: Acesso em: 18. abr. 2018.

  • 21 - vaMos faZer uM Jogo.

    voCês priMeiro deveM se dividir eM dois grupos e depois falar

    NoMes de aNiMais Que CoMeCeM CoM vogal.

    o professor eCreverá No Quadro todos os NoMes ditados.

    a eQuipe Que CoNseguir Mais NoMes poderá CoNtiNuar a atividade

    propoNdo uMa Nova sílaBa para o iNíCio das palavras.

    22 - vaMos resolver este proBleMa.

    as palavras fiCaraM todas grudadas.

    separe-as para Que possaMos ler Cada palavra.

    uruBuararaarapoNgaavestruZ

    elefaNteoNÇaaNdoriNHaaaBelHa

    girafatigreCavaloovaCagato

  • oBjeto de ConheCimento

    Construção do sistema alfabético e da ortografia

    haBiLidade

    (EF01LP09) Comparar palavras, identificando semelhanças e diferenças entre sons de sílabas iniciais, mediais e finais.

  • orientaçõeS Para o ProFeSSor

    apresente aos estudantes o vocabulário do povo indígena Karajá, para

    que eles possam comparar com as palavras da língua portuguesa. peça

    que tentem ler as palavras e estimule-os a perceber que a língua falada e

    escrita é uma característica cultural de um povo.

    oBjeto de ConheCimento

    Variação linguística

    haBiLidade

    (EF35LP11) Ouvir gravações, canções, textos falados em diferentes variedades linguísticas,identificando características regionais, urbanas e rurais da fala e respei-tando as diversasvariedades linguísticas como características do uso da língua por diferentes grupos regionais oudiferentes culturas locais, rejeitando preconceitos linguísticos.

  • 45

    componente curriculAr

    ArteS

    1. ORIGAMI de arara

    Na atividade 1, considerando a personagem do livro e a intertextualida-

    de, proponha aos alunos a construção de um origami de arara. o objetivo da

    atividade é, por meio de um trabalho permeado por desafios e entraves que

    é essa arte com dobradura, representar, construir e criar dentro de uma pers-

    pectiva do fazer artístico. o modelo da página a seguir permite a construção

    de outros.

    45

    pectiva do fazer artístico. o modelo da página a seguir permite a construção

    de outros.

  • vaMos faZer uM ORIGAMI de arara? CoM a aJuda do profes-

    sor, use o Modelo a seguir para faZer a doBradura e MoNtar sua

    arara.

  • 47

    2 - ConFeCção de Uma FLaUta

    antes da atividade de confecção, leve para a sala de aula uma flauta e

    apresente-a para as crianças. explique que se trata de um instrumento de so-

    pro e como funciona. faça uma roda de conversa e discuta:

    - o hábito do Menino-arara de tocar flauta.

    - os conhecimentos que os alunos têm sobre esse instrumento.

    Confecção de flauta

    materiais

    Cano fino de pvC e fita crepe

    modo de fazer

    1- prepare previamente, para entregar às crianças, 2 pedaços de cano pvC,

    um de 30 cm e outro de 20 cm.

    2- os pedaços de cano devem ser tampados em uma de suas extremidades.

    3- una, com fita crepe ou elástico, os dois pedaços de cano, deixando a

    extremidade com os buracos tampados virada para baixo.

    4- alinhe por cima os canos e ajunte-os com fita crepe.

    Como tocar

    para tocar a flauta, mostre aos alunos que basta assoprar a parte aberta

    do cano. estimule-os a assoprar de formas diferentes, com intensidades dife-

    rentes, por exemplo, para obter sons variados.

    a flauta pode ser feita também com tubos de papelão (como de papel-

    -alumínio ou filme de pvC).

    organize alguns ensaios e proponha às crianças momentos de apresen-

    tação da flauta trabalhando os sons.

  • 3- teatrinho daS CriançaS BraSiLeiraS

    primeiramente, explore em uma roda de conversa, com base nas per-

    guntas abaixo, quais são as preferências de cada criança e suscite que reflitam

    sobre a importância de se respeitarem as diferenças de cada uma e das pes-

    soas, em geral.

    após a conversa, é hora de preparar uma apresentação com base nos

    diálogos que as crianças construíram oralmente. imprima os modelos de fan-

    toches das páginas a seguir para elas recortarem e colorirem; divida a turma

    em grupos de sete educandos cada um e peça que preparem a apresentação

    de cada personagem seguindo o roteiro que você deixará anotado no quadro.

    uma criança de um grupo escolhe uma pergunta, e uma criança de outro gru-

    po deverá responder. depois, sugira que troquem de papéis.

    Qual o seu NoMe?

    oNde voCê Mora?

    de Qual BriNQuedo voCê Mais gosta?

    de Qual MúsiCa voCê Mais gosta?

    de Qual HistÓria voCê Mais gosta?

    de Qual aNiMal voCê Mais gosta?

    voCê saBe alguMa parleNda de Cor?

  • 4 - tinGimento de maCarrão e ConFeCção de adornoS

    trabalhe com os alunos as experiências de povos indígenas com tinturas

    utilizando os recursos da natureza. Nesta atividade, sugerimos o urucum e a

    cúrcuma.

    leve para sala de aula o urucum e a cúrcuma em pó e, se possível, a

    semente de urucum e a raíz de cúrcuma.

    trabalhe a utilização desses corantes pelos povos indígenas tanto para

    se pintarem quanto para fazerem pinturas em objetos, sendo esse um dos ele-

    mentos das representações artísticas e artesanais desses povos.

    em uma roda de conversa, leve os educandos a observar os adornos

    do Menino-arara. explore o colar que ele usa nas ilustrações e, se possível,

    apresente colares indígenas feitos de semente, pena e frutos secos de diver-

    sos elementos para os educandos conhecerem. depois, proponha a tintura de

    macarrão para que eles possam fazer um colar.

  • 4a - vaMos Colorir MaCarrão?

    modo de FaZer

    1. separe uMa QuaNtidade de alguM tipo de MaCarrão CoM fu-

    riNHo.

    2. ColoQue o MaCarrão seM CoZiNHar NuM saCo plástiCo.

    3. ColoQue uM pouQuiNHo de álCool-gel ou de água deNtro

    do saCo.

    4. polvilHe o saCo CoM alguMas gotas de CoraNte uruCuM ou

    CúrCuMa.

    5. agite BeM o saCo atÉ o CoraNte se Misturar CoMpletaMeNte

    No MaCarrão.

    6. retire o MaCarrão do saCo e ColoQue para seCar eM CiMa de

    uM papel.

    4B - agora Que teMos MaCarrão Colorido, vaMos usá-lo para

    CoNfeCCioNar adorNos CoMo Colares, pulseiras e torNoZe-

    leiras! para isso, Basta usarMos uM fio de BarBaNte do taMa-

    NHo do seu pesCoÇo, BraÇo ou torNoZelo e preeNCHer CoM

    MaCarrão. depois, aMarre as poNtas e use o aCessÓrio Que

    voCê produZiu ou dê de preseNte a alguÉM de QueM voCê gos-

    te.

  • oBjetoS de ConheCimento

    Patrimônio cultural, Processos de criação, Contextos e práticas, Elementos da lin-guagem, Processos de criação, Artes integradas, Elementos da linguagem, Matrizes estéticas e culturais, Materialidades

    haBiLidadeS

    (EF15AR25) Conhecer e valorizar o patrimônio cultural, material e imaterial, de culturas diversas, em especial a brasileira, incluindo-se suas matrizes indígenas, africanas e eu-ropeias, de diferentes épocas, favorecendo a construção de vocabulário e repertório relativos às diferentes linguagens artísticas.(EF15AR23) Reconhecer e experimentar, em projetos temáticos, as relações processu-ais entre diversas linguagens artísticas.EF15AR18) Reconhecer e apreciar formas distintas de manifestações do teatro presen-tes em diferentes contextos, aprendendo a ver e a ouvir histórias dramatizadas e culti-vando a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertório ficcional.(EF15AR19) Descobrir teatralidades na vida cotidiana, identificando elementos teatrais (variadas entonações de voz, diferentes fisicalidades, diversidade de personagens e narrativas etc.).(EF15AR20) Experimentar o trabalho colaborativo, coletivo e autoral em improvisações teatrais e processos narrativos criativos em teatro, explorando desde a teatralidade dos gestos e das ações do cotidiano até elementos de diferentes matrizes estéticas e culturais.(EF15AR21) Exercitar a imitação e o faz de conta, ressignificando objetos e fatos e experimentando-se no lugar do outro, ao compor e encenar acontecimentos cêni-cos, por meio de músicas, imagens, textos ou outros pontos de partida, de forma intencional e reflexiva.(EF15AR21) Exercitar a imitação e o faz de conta, ressignificando objetos e fatos e experimentando-se no lugar do outro, ao compor e encenar acontecimentos cêni-cos, por meio de músicas, imagens, textos ou outros pontos de partida, de forma intencional e reflexiva.(EF15AR23) Reconhecer e experimentar, em projetos temáticos, as relações processu-ais entre diversas linguagens artísticas.(EF15AR24) Caracterizar e experimentar brinquedos, brincadeiras, jogos, danças, can-ções e histórias de diferentes matrizes estéticas e culturais.(EF15AR02) Explorar e reconhecer elementos constitutivos das artes visuais (ponto, linha, forma, cor, espaço, movimento etc.).(EF15AR03) Reconhecer e analisar a influência de distintas matrizes estéticas e culturais das artes visuais nas manifestações artísticas das culturas locais, regionais e nacionais.(EF15AR04) Experimentar diferentes formas de expressão artística (desenho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia etc.), fazendo uso sustentável de materiais, instrumentos, recursos e técnicas conven-cionais e não convencionais.

  • 5 - traBaLho Com arGiLa – ConheCendo traBaLhoS arteSanaiS

    de PoVoS indíGenaS

  • orientaçõeS Para o ProFeSSor

    Leia abaixo o texto de apoio sobre a cerâmica produzida pelo povo Karajá e seus significados, para seu embasamento. Em sala de aula, conte para os alunos, de forma simplificada e com base no tex-to lido, sobre a cerâmica como artesanato de povos indígenas. Os desenhos que seguem devem ser apresentados a eles de modo a provocar uma conversa sobre a relação desses objetos com os costumes e as formas de obter renda financeira.

    texto de apoio para o professor explorar na roda de conversa A cerâmica do povo Karajá expressa sua identidade cultural. Identificam-se nessas produções uma estreita relação entre o rio e o povo, a fauna e a flora, e também os aspectos sociais, familiares e formas de expressões próprias dessa cultura. As cenas modeladas, esculpidas em barro, dão forma às bonecas e os bichinhos que retratam as peças de vestuário, adornos usados, relações sociais e costumes pró-prios dos Karajá. Também se podem notar as categorias de gênero, retratando “o Karajá” homem ou mulher e suas especificidades, como solteiro ou casado, idade e estatuto social. Percebem-se nesses trabalhos todos os atributos que “a cultura” cria para distinguir convencionalmente tais categorias. Observa-se como resultado do processo de criação das peças Ritxòkò uma grande variação de formas em que se identificam conteúdos dos aspectos culturais, representando as cenas do cotidia-no. Evidenciam-se nos traços vermelhos e pretos os motivos temáticos, os padrões de grafismo aplicados, a função do objeto, matérias-primas utilizadas, habilidade técnica e o estilo da estética da ceramista. Estes trabalhos representam, muitas vezes, a única ou a mais importante fonte de renda das famílias e constituem uma referência cultural nas aldeias indígenas Karajá. A confecção dessas figuras de cerâ-mica, denominadas na língua nativa de ritxòkò (na ala feminina) e/ou ritxòò (na ala masculina), é uma atividade exclusiva das mulheres e envolve técnicas e modos de fazer considerados tradicionais, sendo transmitidos de geração em geração (MON-TEIRO; ADRINA, 2014).

    oBjeto de ConheCimento

    Patrimônio cultural

    haBiLidade

    (EF15AR25) Conhecer e valorizar o patrimônio cultural, material e imaterial, de cul-turas diversas, em especial a brasileira, incluindo-se suas matrizes indígenas, africa-nas e europeias, de diferentes épocas, favorecendo a construção de vocabulário e repertório relativos às diferentes linguagens artísticas.

  • 56

    Como atividade, sugerimos que as crianças trabalhem com argila para

    fazerem as suas próprias cerâmicas. Caso seja possível fazer essa atividade em

    sala, peça que fabriquem um objeto para ser usado, como um brinquedo, um

    utensílio, adornos.

    5a - propor o traBalHo CoM argila para Que os estudaNtes CrieM

    oBJetos.

  • 57

    componente curriculAr

    educAção fíSicA

    Na BNCC, a educação física é um componente curricular contido na

    área de linguagens, na qual devem ser trabalhadas com os alunos as práti-

    cas corporais em suas diversas formas de manifestações e de possibilidades

    expressivas dos sujeitos, produzidas por diversos grupos sociais no espaço e

    tempo. Nessa perspectiva, a ação corporal, o movimento, abarca o âmbito da

    cultura, não se limitando a um deslocamento espaçotemporal de um segmen-

    to corporal ou de um corpo todo. de acordo com a Base, há

    três elementos fundamentais comuns às práticas corporais: movimento

    corporal como elemento essencial; organização interna (de maior ou

    menor grau), pautada por uma lógica específica; e produto cultural vin-

    culado com o lazer/entretenimento e/ou o cuidado com o corpo e a

    saúde (Brasil, 2017, p. 211).

    as experiências com as práticas são uma maneira de proporcionar aos

    alunos um conhecimento

    muito particular e insubstituível e, para que ela (a prática) seja significa-

    tiva, é preciso problematizar, desnaturalizar e evidenciar a multiplicidade

    de sentidos e significados que os grupos sociais conferem às diferentes

    manifestações da cultura corporal de movimento. logo, as práticas cor-

    porais são textos culturais passíveis de leitura e produção.

    Com base nessas concepções que embasam as propostas da BNCC, en-

    tendemos que, fundamentado no livro Menino-Arara, o trabalho com o com-

    ponente educação física seja de suma importância para apresentar às crianças

    atividades que as levem a vivenciar atividades corporais que remetam às brin-

    cadeiras e aos rituais de povos indígenas, principalmente aquelas do universo

    infantil.

    apresente a elas vídeos sobre a fisionomia e o cotidiano de diversas

    crianças indígenas. sugerimos vídeos, disponíveis no Youtube, que integram

    um projeto chamado território do Brincar. a seguir disponibilizamos os links

    de algumas edições: https://www.youtube.com/watch?v=Jt8-x5tgxo0

    https://www.youtube.com/watch?v=ael5xmJ4Zm4

    https://www.youtube.com/watch?v=hoqpw8foiqc

    o documentário disponível no link a seguir foi produzido pelos jovens

    da aldeia piraí, no município guara Mirim - sC, durante as oficinas do projeto

    indígena digital: https://www.youtube.com/watch?v=9iuxC4753ae

  • oBjeto de ConheCimento

    Brincadeiras e jogos da cultura popular presentes no contexto comunitário e regional

    haBiLidadeS

    (EF12EF01) Experimentar, fruir e recriar diferentes brincadeiras e jogos da cultura popular presentes no contexto comunitário e regional, reconhecendo e respeitan-do as diferenças individuais de desempenho dos colegas.

    (EF12EF02) Explicar, por meio de múltiplas linguagens (corporal, visual, oral e es-crita), as brincadeiras e os jogos populares do contexto comunitário e regional, reconhecendo e valorizando a importância desses jogos e brincadeiras para suas culturas de origem.

    (EF12EF03) Planejar e utilizar estratégias para resolver desafios de brincadeiras e jo-gos populares do contexto comunitário e regional, com base no reconhecimento das características dessas práticas.

    (EF12EF04) Colaborar na proposição e na produção de alternativas para a prática, em outros momentos e espaços, de brincadeiras e jogos e demais práticas cor-porais tematizadas na escola, produzindo textos (orais, escritos, audiovisuais) para divulgá-las na escola e na comunidade.

  • 59

    referênciASBartHes, roland. Aula. são paulo: Cultrix, 1992.

    Brasil. Ministério da educação. Base Nacional Comum Curricular: educação

    é a base. Brasília: MeC, 2017.

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    Moderna, 2000.

    diNoraH, Maria. O livro Infantil e a formação do leitor. petrópolis: vozes, 1995.

    lopes, Janine ramos et al. Caderno do educador: alfabetização e letramento

    1. Brasília: Brasília: Ministério da educação, secretaria de educação Continua-

    da, alfabetização e diversidade, 2010. disponível em: . acesso em: abr. 2018.

    MaNsaNi, Mara. a BNCC e a alfabetização em sala de aula. Portal Nova Escola,

    Blog da alfabetização, 9 de janeiro de 2018. disponível em: . acesso em: abr. 2018.

    MariCato, adriana. o prazer da leitura se ensina. Criança, Brasília. s/ v, n. 40,

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    oliveira, rosane de Machado. literatura infantil: a importância no processo

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