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Material de apoio para os participantes da aula:
COMO GERMINAR SEMENTES E CULTIVAR BROTOS
Autora: Juliana Malhardes
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CONTEÚDO
Apresentação
MINHA VIVA CAMINHADA A CULINÁRIA VIVA
METODOLOGIA
SUPORTE
CAMINHOS DE APRENDIZADO
Conteúdo didático
Germinação de sementes para as receitas deste e-book
Noções gerais
A diferença entre broto e germinado
Tempo de germinação
Etapas da germinação
Tabela de sementes comestíveis através do processo de germinação
O material necessário
Como germinar sementes na água
Tabela de germinação de sementes
Glossário Vivo
Bibliografia
Agradecimentos especiais
Contatos
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MINHA VIVA CAMINHADA
Olá, Sou Juliana Malhardes. Tornei-me divulgadora da Culinária Viva porque vivo por
ela uma experiência, que se confirma dia após dia, de qualidade de saúde e bem–estar. Isso me
possibilita comer comidas gostosas, que me fazem sentir maior serenidade e plenitude.
Levava uma vida de pequenos adoecimentos, aqueles que consideramos nossos, tais
como: “tenho enxaqueca”, “sou alérgica”, “tenho bronquite”, “tenho gastrite”, entre outros
“tenhos” que muitos de nós consideramos como parte do corpo, uma série de aceitáveis defeitos
de fábrica. Esses probleminhas, por serem “aceitáveis”, nos fazem passar a vida achando que é
assim mesmo, remediando os sintomas sem acreditar que somos merecedores de uma sensação
de saúde plena, porque aprendemos com outros adoecidos, que “é assim mesmo”.
Eu trabalhava no estresse dos escritórios de advocacia contenciosa, e de tanto adoecer
fui obrigada a largar tudo. Optei por estudar Gestão Ambiental, os conhecimentos racionais
desse curso associados a vivencias de contato estreito com o ambiente natural, me ensinaram
que o único caminho para a cura da “Mãe Terra”, do qual eu poderia fazer parte, seria cuidar da
minha saúde pelos recursos que Ela mesma generosamente oferece.
Aprendi que sou parte Dela, que os rios e lagos do meu corpo são como os rios e lagos
da natureza, e que não seria nas guerras dos tribunais ambientais, mas sim na horta viva, que eu
cuidaria de nós duas. Com a prática do consumo diário de alimentos com vitalidade, cuidando da
minha saúde substâncias naturais desintoxicantes, atividades vitalizantes e na arte da “cruzinha”
saborosa e rica em afetos, sabor e amor, vi que esse seria o melhor caminho! Então, tornei-me
uma educadora ambiental que falava sobre coisas diferentes: saúde, alimentação e cosmética
natural.
Fato é que antes disso tudo acontecer já gostava de cozinhar, para os amigos, nos dias
em que a empregada da família dava uma folga para mim, liberando a cozinha (rs). Embora
minha comidinha fosse deliciosa, eu não podia mais com seus efeitos sobre a minha saúde. E
decidi que tinha de encontrar uma solução para a dificuldade digestiva que me tirou o prazer de
comer.
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A primeira direção que tomei foi me tornar vegetariana, por saúde sim, mas muito
mais pela ética animal e a espiritualidade relacionadas. Tirar as carnes dos animais, não me
ajudou na saúde física, pois como não tinha bons hábitos alimentares antes – não sabia comer
bem –, só aumentei o consumo de massas e do queijo, e piorei muito de saúde e, o que sempre
me pareceu ser o “pior”, eu engordei.
Então busquei o veganismo, pois não incluía leite ou ovos, nada de animais, seria
perfeito, pois pensei que fossem só vegetais, mas encontrei uma culinária cozida quase igual
àquela que estava me adoecendo. Só que livre de crueldade animal, o que aliviava a minha
consciência.
Comecei a pesquisar sobre vitalidade, porque estava certa de que era isso que estava
me faltando. Encontrei depoimentos de pessoas que tiveram vidas transformadas, em estilo e
saúde, a partir do consumo do Suco de Luz do Sol, no site do Biochip, da PUC/Rio. Comprei a
ideia, era tudo que eu queria e comecei a germinar e a fazer o suco em casa em 2004. Tudo pela
internet! (rs)
A primeira maior dificuldade era saber quais sementes que poderiam ser consumidas
germinadas, qual seria o tamanho de um germinado, como saber se os brotos estavam bons, etc.
A segunda foi como realizar o preparo de um suco saboroso, com tantas alternativas de
substituições, o meu sempre ficava horrível, mas eu bebia pela fé da mudança!
O trigo em grão foi meu primeiro professor de germinação. Tão lindo! Dourado e
germinado! Sentia pena de colocar no liquidificador (rs). O primeiro broto que fiz foi de alfafa. Fiz
tantos que nem dava para comer tudo, porque não tinha controle de quantidade! Lembro-me
de que troquei uma parte da minha primeira produção por um pote de mel orgânico, com o
dono de um restaurante para onde levava os brotinhos para acrescentar no meu almoço logo no
começo da minha prática de germinação.
Fui assim comendo vivo com cozido, tentando acertar a dieta até que no ano seguinte
comecei a trabalhar como aprendiz do Dr. Alberto Gonzalez na Oficina da Semente, na Lapa/Rio
de Janeiro, com o qual aprendi a fazer um suco gostoso e várias preparações para o dia a dia.
Assim a Culinária Viva começou a fazer parte da minha vida.
Naquele mesmo ano, ingressei no Terrapia-Alimentação Viva na Promoção da Saúde e
Ambiente/Fiocruz. Lá encontrei o suporte social, fiz amigos e encontrei uma nova família.
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Aprendi a viver como uma praticante com o grupo Terrapia, mas especialmente pela
generosidade de Maria Luiza Branco, médica, fundadora do Terrapia. Lá encontrei as bases
teóricas e a coragem para seguir na prática de toda transformação, no corpo e nas ideias, que eu
vinha vivenciando instintivamente.
De início, confesso que não gostava da comida crua, mas cozinheira e gulosinha que
sempre fui, decidi que colocaria o meu tempero na comidinha e ia ser feliz assim. Aprendi tudo
quer era necessário para ser um praticante, como viver o dia a dia, organizar as compras, a
rotina, como escolher vegetais, como viajar, olhar o mundo e pensar como praticante da
Alimentação Viva. Aprendi praticamente tudo que precisava.
Encantada com os resultados de bem-estar e vitalidade fora do comum, comecei o
blog, CulináriaViva.com, com o propósito de levar para as pessoas que moravam fora do Rio de
Janeiro, cidade que divulga muito fortemente a Alimentação Viva, a mensagem informativa do
que estava vivendo.
Também queria ter a “companhia”, ainda que virtual, de pessoas interessadas nesse
estilo de vida pelo mundo. Vamos combinar que, se hoje é diferente comer vivo, há 10 anos,
ninguém sabia do assunto. Então, o que me preocupava mesmo era a dificuldade de acesso à
informação digital sobre como germinar e comer as sementes e os brotos.
Dois anos depois, já dava aulas online de Alimentação Viva, o blog se tornou referência
do meu trabalho como Educadora em Alimentação Viva, formação que fiz no Terrapia.
Quero que saiba que todo e esforço de mudança tem valido a pena. A “Mãe Terrena” é
muito generosa e tem retribuído os meus esforços com saúde, alegria de viver, gente amiga linda
e a oportunidade de viver na sua companhia, com o seu cuidado diário no contato da natureza
do lugar que hoje vivo. Posso dizer que divulgar a Alimentação Viva é o propósito da minha
vida. Hoje, mais que uma profissão, é um caminho espiritual, de autoconhecimento e de
crescimento. O que mudou? Sinto-me mais conectada com a vida, com a cultura da paz, conheço
o que é saúde e aprendi para onde voltar quando me perco de mim mesma.
Isso é Alimentação Viva. Mais que uma dieta, uma forma de viver, de se conhecer e de
alimentar o corpo, a vida, a alma, o espírito, de forma luminosa.
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A CULINÁRIA VIVA
Dentro dos preceitos da Alimentação Viva, a Culinária Viva valoriza a vitalidade no
alimento, por isso as receitas são preparadas a base de sementes germinadas e brotos de cultivo
caseiro, combinados com vegetais crus in natura. .
Por valorizar a vitalidade e enzimas digestivas presentes nos alimentos vivos e crus, que
facilitam a assimilação e digestão dos alimentos, assim como os processos naturais de
desintoxicação pelo corpo, o preparo do alimento na Culinária Viva é livre de cozimento, açúcar,
farinha, processados, leites e derivados de animais. Para aquecer pratos e leites vegetais, e
desidratar, respeitamos a temperatura limite de 42ºC no alimento, ou a temperatura suportada
pelas mãos durante o preparo. Aqui a mão funciona como o termômetro da vida.
Especialmente se você tem alguma questão de saúde e tem dúvidas, converse também
com um(a) nutricionista identificado(a) com a linha higienista e vitalista. Mas não deixe de
conversar com praticantes que tiveram sua vida transformada por sua mudança alimentar com a
Alimentação Viva.
METODOLOGIA
Meu trabalho tem raízes na metodologia TERRAPIA/Fiocruz, cujos cardápios, orientações,
e técnicas, norteiam a minha didática e minha vida prática, e em livros e cursos de
aprimoramento que continuo fazendo, num aprendizado sem fim!
SUPORTE
Além do blog ofereço cursos online, oficinas práticas, imersão; em grupo. Seguro na
mão dos participantes – e gostaria de segurar na sua também! –, facilitando soluções práticas
para sua rotina, dando força, alimentando a esperança com alegria. Caminhos de suporte para
alunos: e-mail, redes sociais, whatsApp, skype e sms.
Para seguir a agenda de cursos e receber receitas e dicas, cadastre-se no
www.culinariaviva.com, confirme seu e-mail salvando sua participação no grupo.
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AS RECEITAS DESTE E-BOOK
NOÇÕES GERAIS
Na idade de sementes em processo de germinação e brotos, os vegetais são os
alimentos mais ricos em vitalidade. A vida que explode na semente despertando é a energia que
facilita os processos naturais de organização da vida e da saúde no corpo. Despertam também
em encantamento pela vida que se apresenta! Se “somos aquilo que comemos”, comer
germinados pode nos conduzir a um novo entusiasmo diante do que a vida nos apresenta!
Sementes em processo de germinação e brotação combinadas com vegetais sem
cozimento reduzem o gasto de energia vital pelo corpo na digestão, facilitam os processos
naturais de desintoxicação e promovem melhor assimilação dos nutrientes. O resultado é uma
rotina de maior entusiasmo para outras atividades cotidianas. E é por isso que na Culinária Viva,
nós não vamos “cozinhar”, só cruzinhar.
Sim, você pode misturar alimentos vivos e cozidos na sua rotina, da mesma forma que come
saladas cruas com alimentos cozidos. Não se preocupe muito com a meta dos praticantes 100%,
mas não a ignore como algo impossível. A mudança alimentar para alimentação viva, não é tão
complicada quanto pode parecer, entre outras dicas que menciono nos 7 passos para
Alimentação Viva, a motivação que temos é o caminho mais curto para tudo o que desejamos
realizar!
Fato é que muitas pessoas, especialmente as que ainda não viveram a experiência de passar uns
dias, ou de fazer uma refeição com a Alimentação Viva, resistem a ideia de comer comida viva
por pensar que terão que se tornar praticantes radicais, e que isso acontecerá da noite para o
dia. Como o desafio parece grande demais, elas desistem muitas vezes sem sequer se dar a
oportunidade de tentar.
Muitas pessoas adoram a ideia de comer só alimentos ricos em vitalidade e muitas vezes
entram de cabeça sem informação, sem orientação, e são vencidos pela “fome”, e pelo
desânimo. Por isso, recomendo que leiam os 7 passos, cujo e-book vou lançar em breve! Para
receber a versão gratuita desse material acompanhe a mala direta se cadastrando no blog!
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COMENDO AFETOS
Entendo que comer é um ato afetivo social e amoroso, comemos por sabor e por amor. Comer
junto é trocar amor, então, aí entra a Culinária Viva, que vai transformar a vida que buscamos
para nossa saúde, a forma e o sabor serão as iscas para conquistar pessoas para comer conosco!
A minha dica para os iniciantes é aprender a germinar, colocar as sementes na comidinha do dia
a dia, então, ir gradualmente aprendendo receitas e ampliando a diversidade no seu cardápio,
dentro da sua realidade, objetivos e interesses. Mas fundamentalmente, lembre-se de que são
os sucos verdes com sementes germinadas, que são a chave para a transição de hábitos
alimentares, pois trazem uma nutrição e uma limpeza profunda, aumentando a saciedade e
reduzindo a fome de bobagens! Lembre-se sempre das duas frases a seguir:
“Insanidade é continuar fazendo as mesmas coisas e esperando resultados diferentes.”( Albert
Einsten).
“Dê ao seu corpo aquilo de que precisa, para que ele não peça o que ele não precisa.” Autor
desconhecido, por mim (rs).
Da saúde, da boa qualidade e higiene das sementes e dos brotos, livre de fungos e
mofos, dependerão os resultados saborosos e de saúde da Culinária Viva.
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QUAL É A DIFERENÇA ENTRE BROTO E GERMINADO?
Germinado é a etapa da vida da semente na qual ela apenas coloca o narizinho branco,
que indica o seu ponto ideal de colheita. Sementes que “germinam” na água, não colocam nariz,
mas também são chamadas de germinadas. Alguns autores vão preferir chamá-las de hidratadas.
Broto é a etapa da vida da semente em que ela se apresenta verdinha, podendo ser gramínea de
até 15 cm ou colocar duas folhinhas. Podemos dizer que é uma etapa anterior a de “muda”.
Alguns brotos são cultivados na terra, outros no ar dentro de um vidro, outros podem ser
cultivados na terra e também no ar. Verifique sempre a tabela para não se intoxicar! Nem todas
as sementes que consumimos germinadas são comestíveis em forma de broto. Nem todas as
sementes que são comestíveis em forma de broto são comestíveis na etapa de
germinados. Pode parecer confuso, mas na prática, tudo flui. Se tiver dúvida, vou
ficar feliz em ajudá-lo!
TEMPO DE GERMINAÇÃO
Diferentes aspectos influenciam a germinação das sementes:
VALIDADE
A validade, está relacionada ao tempo que as sementes aguardam para germinar. Cada
semente tem o seu prazo. Para germinação a validade é diferente da validade para o consumo
convencional, pois está relacionada à época da colheita e não à data da embalagem. O
“narizinho” branco, referência da boa germinação, só observaremos nas sementes que
germinam no ar.
COMO SABER SE POSSO COMER
Só poderão ser comidas as que apresentarem percentual de germinação maior que 80%,
ou seja, mais que 80% das sementes que você colocar para germinar no ar devem apresentar
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narizinho. Menos que isso, devem ser descartadas, a sua composteira ou do seu quintal vai
gostar de recebê-las!
Cada semente irá apresentar um desenvolvimento próprio, e se tiver passado do seu
tempo de germinação será visitada por fungos e entrará em processo de decomposição, sem
condições de ser consumida. Ao comprar procure sempre observar se a data da embalagem é
recente e se a semente apresenta sinal de envelhecimento: sementes muito quebradas, pó de
sementes no fundo da embalagem, furinhos de caruncho, cheiro de guardado, etc.
As sementes sem germe (descascadas) não irão germinar, ou seja, não vão colocar
narizinho branco, mas ao colocá-las na água desencadearão o potencial germinativo. Esse
procedimento pode ser também chamado de “hidratar”, mas para fins didáticos vamos chamar
aqui de germinar na água! O molho pode variar de algumas horas até semanas, trocando a água
diariamente conforme a semente. Na tabela de germinação desse material você irá encontrar a
sugestão de tempo de germinação de cada semente.
TEMPERATURA
É importante salientar que o tempo apresentado na tabela é relativo, pois conforme a
temperatura do ambiente, o metabolismo das sementes é alterado. Em clima quente, as
sementes têm seu metabolismo acelerado, germinando mais rapidamente, também podem
fermentar mais depressa. Em clima frio, elas têm o metabolismo reduzido, demoram mais a
beber água. Essa informação muda tudo na germinação. É fundamental observar!
Sugiro que quebre as sementes grandes, oleaginosas (nozes, amêndoas, noz pecan,
avelãs) e olhe seu interior, em diversos intervalos de demolha. Observe-as quando estão secas,
duas horas depois da demolha e no dia seguinte. Você perceberá que elas têm aspecto mais
gorduroso quando está mais seca e menos quando estiver mais hidratada. O sabor também é
alterado pela germinação, torna-se mais suave. É importante conhecer as sementes, observar
sempre e se posicionar como um produtor, que olha, cuida e escolhe com amor.
No início, pode parecer algo muito fora da realidade, mas na prática diária vai se
tornando natural como escovar os dentes, dormir e se alimentar. Não se preocupe, viva um dia
de cada vez com a nova rotina, até que ela simplesmente seja parte.
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COMO GERMINAR
As sementes podem ser germinadas de três modos diferentes: no AR, na ÁGUA e na TERRA. Em todos eles o início do
processo é o mesmo: colocar em contato com a água para despertar a semente. O material necessário é simples: semente
de boa qualidade, vidro de boca larga, tule ou filó e elástico para o processo no ar, bandeja com terra ou uma vasilha com
água. Com o material em mãos, vamos lá!
1ª ETAPA COMUM A TODAS AS SEMENTES: Lavar bem a semente e deixar de molho dentro de água por 8 h (um dia ou
uma noite).
GERMINAÇÃO NO AR
2ª ETAPA: escorrer a água e lavar bem a semente por 5 vezes, ou seja, lavar bem.
3ª ETAPA: colocar o vidro com a semente úmida num local inclinado (45º) de maneira que possa pegar ar, escorrer o
excesso de água e ficar na sombra.
4ª ETAPA: lavar bem (5 vezes) pela manhã e a noite, enxaguando e retornando ao local inclinado, sem água.
COLHEITA: As sementes germinadas no AR estarão prontas para ser comidas quando estiverem com o “narizinho
para fora” (em torno de 24 h aproximadamente).
CULTIVO DE BROTOS NO AR
Algumas sementes só são consumidas sob a forma de “Brotos”, devido à presença de substâncias tóxicas no início do
processo de germinação. Por isso continua-se o processo no Ar até aparecerem as duas folhinhas, quando ficam prontas
para o consumo. O tempo varia conforme a temperatura do ambiente (clima), indo de 3 a 4 dias em média, sempre
lavando pela manhã e à noite. Podem ser armazenados na geladeira por mais de uma semana, sem água em pote
fechado. Na hora de consumir, coloque os brotos em água e agite para soltar as casquinhas que soltarão para o fundo.
Colha com os brotos em “chumaços” com os dedos deixando as casquinhas saírem. Elas não fazem mal, mas são um
desperdício de energia para o corpo colocar pra dentro e depois pra fora sem transformà-las em alimento.
GERMINAÇÃO NA ÁGUA
2ª ETAPA: após a primeira etapa comum, as sementes que germinam na água continuarão imersas, com o cuidado
de trocar a água 2 (duas) vezes por dia, pela manhã e anoite.
COLHEITA: As sementes germinadas na água estarão prontas para serem consumidas quando apresentarem o
“narizinho para fora”, em tempos variáveis, especialmente quando têm cascas grossas.
GERMINAÇÃO NA TERRA (cultivo de brotos)
2ª ETAPA: Após a primeira etapa comum, as sementes que serão cultivadas na terra irão passar inicialmente pelo
processo de germinação no AR. Com isso garantimos a germinação de todas as sementes, além de acelerar o processo de
cultivo.
3ª ETAPA: com o “narizinho para fora” as sementes serão espalhadas numa bandeja com furos embaixo e com 3 cm de
terra. Cubra as sementes com pouca terra peneirada fininha e regue. Coloque num local sombreado no início e depois de
crescidas, no sol. Regue regularmente sem encharcar.
COLHEITA: os Brotos de terra estarão prontos para consumo quando aparecerem as duas primeiras folhas ou no caso das
gramas, com 15 cm de comprimento.
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TABELA DE SEMENTES COMESTÍVEIS ATRAVÉS DA GERMINAÇÃO
SEMENTES AR ÁGUA TERRA TEMPO MÉDIO DE GERMINAÇÃO ONDE COMPRAR
Alfafa X X 8 a 12 h na água e 4 dias no ar importadora
Alpiste X X 8 a 12h na água e 48 ar, lavando até germinar loja pássaros
Amendoa X 24 h na água Supermercados
Aveia descascada X 24 horas na água Loja pássaros
Avelã X 12 a 24 horas na água Supermercados
Castanha do Pará (crua) X 8 a 24 horas na água não comercializada
Centeio X X 8 a 12h na água e 48 ar, lavando até germinar prod.naturais
Cevadinha X 24h na água prod.naturais
Coco X 15 dias a 2 meses na agua – trocar diariamente supermercados
Chia x 15 minutos na água
Ervilha X X 8 a 12h na água e 48 ar, lavando até germinar importadora
Feijão Azuki X 8 a 12h na água e 48 ar, lavando até germinar prod. naturais
Feno grego X 8 a 12h na água e 48 ar, lavando até germinar importadora
Gergelim (natural, branco e preto)
X 6 a 12h na água prod. naturais
Girassol X X 8 a 12h na água e 48 ar, lavando até germinar supermercados
Girassol descascado X 6 a 12h na água prod. naturais
Grão de bico X 8 a 12h na água e 48 ar, lavando até germinar supermercados
Lentilha X 8 a 12h na água e 48 ar, lavando até germinar supermercados
Lentilha rosa X 6 a 8h na água prod. naturais
Linhaça x X 6 a 8h na água supermercados
Niger (b) X X 8 a 12 h na água e 4 dias no ar Loja pássaros
Nozes X 12h na água supermercados
Noz pecan X 12h na água prod. naturais
Noz macadâmia X 12h na água importadora
Quinoa X 3 a 12h na água importadora
Trevo comum (b) X X 8 a 12 h na água e 4 dias no ar importadora
Trigo em grão comum X X 8 a 12h na água e 48 ar, lavando até germinar prod. naturais
Trigo sarraceno X 8 a 12h na água e 48 ar, lavando até germinar prod. naturais
(b)= brotos no ar
Se encontrar pontos pretos ou amarelados nas sementes, descarte, pois são sinais de fungo ou
de que a semente está velha.
DICAS PARA DESCASCAR SEMENTES GERMINADAS
Amêndoas germinadas: como são grandes retire a pele uma a uma, com as mãos. Aperte
entre os dedos, conforme o tempo do molho, as sementes irão saltar. Para garantir que
soltem facilmente, coloque as sementes germinadas numa bacia e acrescente água bem
morninha, quentinha, mas não fervendo, o termômetro é a mão! Cuide para que esteja numa
temperatura que as mãos suportem confortavelmente. Use a ponta de uma faquinha
pequena para ajudar nessa tarefa. Observe. Selecione. Descarte sementes que estejam com
fungos.
Avelãs germinadas: não precisa retirar a pele da avelã, já retirada da casca dura. Porém é
fundamental observar seu interior, partindo-as ao meio para certificar-se de que não estão
contaminadas por fungos, pontos pretos ou manchas escuras. Avelãs boas são clarinhas por
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dentro. Pigmentos amarelados ou marrons também são sinais de que a semente está velha e
deve ser descartada. Ainda na loja peça para olhar algumas, antes de comprar. Observe. Se
estiver ruim, não leve! Ah! Não precisa quebrar todas, faça uma amostragem, quebre 5 a 10%
das sementes do lote que vai germinar, se mais que 80% estiver limpinha, maravilha! Boa
germinação!
Castanhas-do-Pará germinadas: Se forem compradas sem casca dura, não precisa fazer nada,
só lave bem. Observe. Selecione e descarte sementes muito escura com aspecto, odor ou sabor
desagradável. No teste da prova, se tiver dúvida, morda um pedacinho mínimo!
Coco germinado: fure o local do narizinho branco para retirar a água do coco, se houver.
Tendo, verifique se o sabor está agradável, saudável. Não é incomum que cocos germinados
sadios contenham águas fermentadas ou passadas. Feito isso, use um martelo para quebrar o
coco. Segure o coco com uma das mãos e com a outra dê suaves marteladas até que rache e
quebre em diversos pedaços. Depois solte a parte branca da casca marrom com ajuda de uma
faca pequena. Então, pouse os pedaços do coco sobre uma tábua de corte e retire a parte
marrom cortando com ajuda de uma faca afinada ou um descascador de legumes manual
simples. Se não for usar imediatamente depois de aberto, guarde na geladeira, fora da água.
Sempre prove antes de comer ou de preparar para certificar-se de que não esteja azedo.
Girassol descascado germinado: coloque numa bacia com água e aperte as sementes
soltando as casquinhas que vão boiar, podendo ser “pescadas” com uma peneira pequena.
Lembre-se de que esse é um procedimento opcional, não é fundamental!
Nozes germinadas: aqui há uma função específica em relação ao sabor. Evitamos o sabor
amargo retirando a pele escura da parte de dentro das nozes. Parta as nozes ao meio, facilmente
elas descolarão. Para ilustrar, estou chamando de parte de dentro a parte que fica aderida a
outra metade da noz, quando ela está inteira.
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DICAS BÁSICAS PARA SALADAS DELICIOSAS
- Marine os legumes – tempere com azeite e limão e/ou sal e aperte entre as mãos.
- Use o molho “coringa”- Azeite, limão e shoyo.
- Tempero os legumes ralados com azeite e sal, antes de misturar toda a salada.
- Abuse do abacate, especialmente no inverno.
- Monte uma salada linda, mas bagunce, misturando TUDO!!! Vai ficar bem mais gostoso!
UMA GERAL SOBRE AS FOTOS DE SALADA APRESENTADAS NA AULA
- Folhas verdes, milho verde novinho, flores de capuchinha e cosmos, abacate, tomate, brotos
de girassol.
- Trigo em grão, brotos de girassol, aipo, cenoura e repolho fatiado fino
- Brotos de girassol, cenoura e beterraba raladas, pepino e alface.
- Brotos de alfafa e de girassol, nabo em fatias, alface e rúcula.
- Brotos de girassol marinados com alho amassadinho, azeite e sal, pode acompanhar
cogumelos ou berinjela marinada! ADORO! Essa pode até amornar.
- Mix: quinua germinadas, broto de alfafa, broto de girassol, alface, capuchinha.
Tudo com molhinhos simples, como o que mencionei a cima, associados as dicas, vão trazer
vitalidade com sabor a sua mesa. Em outros materiais que você encontra no
www.culinariaviva.com e nos cursos online, vou te ensinar molhos cremosos, crackers para
acompanhamentos e comidinhas quentinhas pra aquecer os meses mais frios que já estão
chegando! Esse material é o começo do começo, mas sem esse conteúdo, não vamos a lugar
nenhum na Alimentação Viva e na Culinária Viva!
GRATIDÃO
Se você gostar desse material, compartilhe com seus amigos, mas se puder dar o link da página
para que outros possam adquirir materiais de forma a fomentar a sustentabilidade desse
trabalho e dessa visão e modo de viver, vou ser muito grata. Assim, todos ganhamos, não é
mesmo?
Se você desejar usar as fotos e as receitas tal como estão aqui, não deixe de citar o
www.culinariaviva.com como um bom lugar para encontrar ideias vivas saborosas!
Se tiver interesse em outros temas da Culinária Viva, como massas, sucos, outros doces,
crackers, pratos salgados, pães, entre outras delícias, confira em E-BOOKS, e/ou escreva para
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Juliana Malhardes
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Até breve!
Gratidão!
Jú!
Juliana A. Malhardes