Materiais de Construcao 175 - Associação Portuguesa dos ... · Mas a pressão para as ... atenta...

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Sumário

PROPRIEDADE, EDIÇÃO E COORDENAÇÃO GERALAPCMCAssociação Portuguesa dos Comerciantes deMateriais de ConstruçãoPç. Francisco Sá Carneiro, 219, 3º 4200-313 PortoTel.: 225 074 210; Fax: 225 074 218/9E-mail: [email protected]: www.apcmc.ptNIPC: 500 969 221

Diretor: Afonso Manuel Coutinho CaldeiraDiretor Adjunto: José de MatosColaboração: Vieira de AbreuImagem: Bruno Costa Composição e Grafismo: Bruno Costa Comunicação, Marketing e Publicidade: Elsa Camelo; Alzira CorreiaAssinaturas: Susana Mendes Tel.: 225 074 210; E-mail: [email protected]

PUBLICAÇÃO, PUBLICIDADE E DISTRIBUIÇÃOAPCAssociação do Comércio de Produtos eEquipamentos para a ConstruçãoPç. Francisco Sá Carneiro, 219, 3º 4200-313 PortoTel.: 225 074 210; Fax: 225 074 218

EXECUÇÃO GRÁFICAMULTITEMARua do Cerco do Porto, 365/3674300-119 PortoTel.: 225 192 600; Fax: 225 192 698Site: www.multitema.pt

Registo no I.C.S. nº 111972Depósito Legal nº 84434/94Publicação TrimestralTiragem: 5.000 ExemplaresPreço: 3,75 Euros

A Direção da Revista é responsável apenaspelos artigos publicados sem assinatura e tam-bém pela sua seleção.

Os artigos assinados são da exclusiva respon-sabilidade dos seus autores.

FICHA TÉCNICA

Carvalho Araújo, Arquitectura e Design Casa do Gerês

02 Editorial DIVULGAÇÃO04 Cobert Telhas06 Ficis08 G. Leal09 Geberit10 OLI12 Schlüter®

13 Innovus®

EVENTOS15 Seminário Concreta18 Macovex19 Centro Habitat20 Convívio de Natal Gyptec Ibérica / APCMC21 BigMat22 Roca

DOSSIER ECONÓMICO24 Inquérito de Conjuntura APCMC 3º Trimestre de 201528 Análise de Conjuntura APCMC 3º Trimestre de 201534 Estatísticas - Confidencial Imobiliário

ENTREVISTAS36 AFIL38 MSF40 Unissima

DOSSIER NOVOS MATERIAIS E TECNOLOGIAS43 Artigo, Entrevistas

ARQUITETURA66 Casa do Gerês68 Construção com Materiais Saudáveis e Ecológicos70 Escola do Ensino Básico 72 Escola no Porto

FEIRA73 Concreta’2015

IMOBILIÁRIO74 Habitação Premium

DECORAÇÃO76 Unissima

REABILITAÇÃO78 Palácio Nacional de Sintra

PUBLICAÇÕES APCMC DISPONÍVEISNA APLICAÇÃO MULTITEMA

USERNAME > APCMCPASSWORD > APCMC

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AFONSO CALDEIRA(PRESIDENTE DA APCMC)

Como temíamos, o País voltou a entrar no “radar” dos “merca-dos” pela desconfiança gerada pelo entendimento político comos partidos da extrema-esquerda que sustenta o atual governoe, mais recentemente, em face da proposta de orçamento deestado entregue em Bruxelas, considerado insuficiente paraassegurar a continuidade do processo de consolidação dascontas públicas.

Políticas à parte, as consequências poderão ser muito negati-vas para o nosso sector.

Desde logo porque um dos fatores que mais tem puxado pelomercado imobiliário nos últimos dois anos tem sido, efetiva-mente, o investimento estrangeiro e este, como todos sabe-mos, assusta-se facilmente. E não será só o investimento imo-biliário, mas também o investimento industrial do qual dependea criação de emprego e o reforço da nossa capacidade expor-tadora.

EditorialO mesmo se diga do crédito. Num País sobreendividado comonós somos, que depende todos os dias do financiamento exter-no, a que quase não resta sistema bancário autónomo, o míni-mo que podemos esperar é dinheiro mais caro e, na pior dashipóteses, a escassez do mesmo.

Mas a pressão para as empresas do nosso sector não virá sódos fatores externos. Maior despesa pública deverá ter corres-pondência em mais impostos, que, por razões de uma poucoortodoxa política de esquerda e justificada pela promessa dedevolução dos salários e pensões dos funcionários públicosmais bem pagos, terão, sobretudo, natureza indireta, com par-ticular incidência e por claro oportunismo nos combustíveis e nosector automóvel.

Ora, atenta a atual configuração do negócio dos materiais deconstrução, caraterizado por uma muito maior dispersão e frag-mentação das vendas, as quais comportam enormes desafiosde caracter logístico e fazem disparar os custos unitários detransporte, qualquer acréscimo de custos nesta área assumeparticular relevância e pode comprometer os resultados.

Se as mudanças na legislação laboral também forem por dian-te, podemos esperar um forte agravamento nos custos e que sómuito dificilmente poderá ser compensado por um aumento novolume de negócios, que teria que ser realmente substancial, jáque no atual contexto concorrencial não será de esperar umamelhoria proporcional das margens (antes pelo contrário).

É verdade que no cenário que se desenha nem tudo é mau. Oturismo deverá continuar a puxar pela economia e o movimentoda reabilitação urbana parece estar de pedra e cal. Com aestagnação da construção nova, o parque habitacional vaienvelhecendo e as famílias estão cada vez mais disponíveispara gastar na sua manutenção e mesmo na renovação.

Por outro lado, a falta de alternativas seguras para os aforrado-res e as fracas rentabilidades das aplicações financeiras torna-ram o imobiliário particularmente apetecível.

Existem, de fato, fatores positivos que poderão continuar a ani-mar a procura. E embora atrasados, os apoios do PORTUGAL2020, quer para o investimento empresarial, quer os tão espe-rados apoios à reabilitação urbana e à eficiência energética,acabarão por chegar.

O mais desafiante é que o nosso sector está sobretudo pressio-nado pela necessidade de se adaptar rapidamente às mudan-ças qualitativas que ocorreram no mercado nos últimos anos ede enfrentar uma nova concorrência, muito forte e competente,do chamado ”comércio moderno”, quer na fórmula do livre-ser-viço ligado às grandes cadeias internacionais, quer na fórmulado canal internet.

O máximo rigor na gestão, a preocupação com o crédito aosclientes e a defesa de uma posição financeira sólida serãoindispensáveis para sustentar o esforço de reposicionamentonos mercados, quer cá dentro, quer noutros, lá fora, onde oespaço é muito maior e as oportunidades são múltiplas.

SOB PRESSÃO

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Divulgação Cobert oferece telhado para a nova Casa dos Rapazes

A Cobert, líder ibérica no fabrico e venda de telhas e compo-nentes para telhados, ofereceu todo o material necessário parao telhado da nova Casa dos Rapazes. As obras começaram emdezembro e a empresa de Torres Vedras vai fazer chegar 3200telhas da gama Lógica Marselha, juntamente com 300 peças eacessórios para a montagem do telhado, numa área total de262 metros quadrados. Esta construção irá garantir um maiorconforto ao futuro lar de 23 jovens na Casa dos Rapazes desdeque foram retirados às famílias por falta de condições. Os rapa-zes vivem atualmente em Chelas, numa casa provisória� hámais de 9 anos.

“Na Cobert, temos sempre presente a nossa missão de respon-sabilidade social e não conseguimos ficar indiferentes àsnecessidades destes rapazes e ao trabalho que esta instituiçãotem feito no seu acolhimento e educação”, afirma Filipa Gomes,Diretora de Marketing e Comunicação da Cobert. “O papel dasempresas é muito importante no envolvimento com as comuni-dades onde estão inseridas.

A Casa dos Rapazes é mais um projeto que temos a maior honra empoder dar o nosso apoio, com o qual esperamos contribuir para ummelhor futuro destes jovens”, reforça Filipa Gomes.

Para a Casa dos Rapazes, que acolhe rapazes entre os 6 e os 18 anose cujas famílias não têm condições para os criar, ter o apoio da Cobertno fornecimento das telhas, para concluir com a máxima qualidade estaobra, foi fundamental. “Por mais que a vida tenha sido injusta para comestas crianças, é bom vermos as empresas a preocuparem-se com elase dispostas a usar os meios à sua disposição para criar novas oportu-nidades”, destaca Ana Gonçalves Pereira, vice-presidente da instituiçãoque foi fundada em 1969 para acolher rapazes retirados de lares ondeos maus-tratos, abandono e negligência era uma constante. Sem aCobert e outros parceiros “não seria possível erguermos este novo larpara estes miúdos e proporcionar-lhes uma vida mais condigna.”

Depois de um incêndio que destruiu a casa onde viviam, em 2005,estes rapazes passaram a viver em Chelas, numa habitação cedidapela Proteção Civil de Lisboa. Desde então, esperam uma nova habita-ção, que agora se tornará realidade com o apoio de vários mecenas,entre eles a Cobert. A nova Casa dos Rapazes, situada na Parede, noconcelho de Cascais, deverá estar pronta a abrir as portas para umnovo futuro dos seus jovens habitantes já em meados de 2016.

FONTE: VF COMUNICAÇÃO

Antes das Obras

Depois das Obras

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SOLUÇÕES ATUAIS450 m2 para mostrar e conhecer os avanços que estão a liderar a mu -dança/visibilidade, notoriedade e promoção da oferta no domínio dasdinâmicas contemporâneas orientadas para o futuro.

FICIS 2016O Fórum Internacional das Comunidades Inteligentes e Sustentáveis é aoportunidade para contactar investigadores com novas ideias, empresárioscom meios e cidades com visão para transformar as ideias em realidade.

UMA NOVA FORMA DE PENSAR Foi o lema do FICIS 2015 (Fórum Internacional das ComunidadesInteligentes e Sustentáveis) que marcou uma nova agenda orienta-da para o bem-estar e futuro das Comunidades, tornando-se umevento líder das Smart Cities. A edição de 2015 contou com 1096visitantes, 51 expositores, 35 oradores e moderadores, vindos de11 países que, no mesmo espaço, partilharam as mais recentestendências e inovações.

UTOPIAÉ o lema do FICIS 2016 celebrando o 500˚ aniversário desta obrade Thomas More.

O FICIS 2016Surge numa altura em que o mundo está em transformação, e temcomo propósito o reforço da notoriedade das cidades e a sua afir-mação no contexto nacional e internacional, enquanto polos deatração com base na inovação para o bem-estar e felicidade dascomunidades.

ÁREA DE EXIBIÇÃO SESSÕES DE PLENÁRIO

COMITÉ FICIS:Ana Fragata - FICIS Executive DirectorAdriano Fidalgo - CEO, Astrolábio

LOCALIZAÇÃO: Theatro CircoAv. da Liberdade, 697, 4710-251 Braga - PortugalCoordenadas: 41º 32' 59' N, 8º 25' 20' O

Neste evento serão debatidos um conjunto de temas no domínio dasComunidades Inteligentes e Sustentáveis.

É o ponto de encontro para especialistas e lideres das Smart Cities ori-entadas para o futuro, centros de investigação, universidades, empre-sas tecnológicas nacionais e internacionais e entidades públicas e pri-vadas. Apresenta uma visão integrada e transversal dos principaisavanços para o desenvolvimento inteligente, sustentável e inclusivodas regiões e dos municípios. Apresenta-se como um fator de pro-moção no desenvolvimento de parcerias à escala global, numa lógicade rede entre empresas da Euro-região e os seus parceiros estratégi-cos promovendo sinergias e dinâmicas de negócio.

Cidades, líderes de opinião, decisores, especialistas com ideias eempresas com meios para transformarem as ideias em realidade,todos a partilham no mesmo espaço onde as ideias e os projetos paraas Smart Cities se transformam em realidade.

Se está à procura de soluções reais, fazer contactos ou simplesmenteinteressado em Smart Cities, são boas razões para participar. Estamoscertos de que as Smart Cities não podem existir sem Smart Citizens.

PROGRAMA

TERÇA 24 MAIO 2016

09:00 Credenciação

09:30 Sessão de Abertura

Abertura Oficial da Exposição

11:30 Smart Cities: Ideias Para o FuturoCity visualization; Big data challenges; Apps for society

13:00 Almoço

14:30 Sustentabilidade e AmbienteGreen Economy; Climate Solutions; Green Growth

Coffee Break

16:30 Regeneração UrbanaSmart Urban Regeneration; The Future for Urban Sustainability; Urban Infrastructures

QUARTA 25 MAIO 2016

09:00 Credenciação

09:00 Utopia: A Escala Humana da CidadeLiveable Cities; Citizen Engagement and Participation

11:00 Coffee Break

11:30 Inteligência nas CidadesUrban Solutions & Technology; Public and Private Technology Improvements

13:00 Almoço

14:30 Mobilidade SustentávelSmart Mobility Solutions; Sharing Urban Mobility Services; Transit Oriented Development

16:00 Coffee Break

16:30 Economia e GovernançaSmart & Open Government; Public-Private Collaboration

18:00 Sessão de Encerramento

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Divulgação

A G. Leal, SA, inaugurou um sofisticado centro de corte para alu-mínios técnicos, num projeto criado de raiz em local desenvolvidopara o efeito na zona industrial da cidade da Maia. Este novo cen-tro de corte dispõe da última tecnologia em termos de equipamen-tos, permitindo cortes precisos e com rigor nas tolerâncias especi-ficadas pelo cliente.

Além da vasta gama de laminados de alumínio, a G. Leal passa adispor de existências em armazém de alumínio em barra nas ligas2011, 6082 e 7075, e em placa nas ligas 2017A, 5083, 6082 e7075.

A G. Leal foi fundada em 1937 na zona ribeirinha do Porto, como objeto social de importar e distribuir carvão, posicionando-sedesde cedo como fornecedor privilegiado de matérias-primas

G. Leal inaugura sofisticado centro de corte para alumínios técnicos

para a indústria. Na década de 50, da ligação à metalurgiaemerge a comercialização de metais não ferrosos (alumínio,cobre, latão e zinco), que se mantêm até aos dias de hoje comoo negócio principal da empresa, ao qual se acrescenta umaextensa gama de isolamentos, tubagens e acessórios para aindústria de refrigeração e instalações termo-hidro-sanitárias.

A empresa pauta a sua atuação no mercado baseada em qua-tro pilares - experiência, inovação, serviço e qualidade -, acres-centando ano após ano novos produtos e serviços de modo aantecipar e satisfazer as necessidades individuais de cadacliente. Dispõe de mais de 1.500 toneladas de metais de eleva-da qualidade nos seus armazéns na Maia e em Sintra, tendosido a primeira empresa do sector a obter a certificação segun-do a norma NP EN ISO 9001:2002.

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Autoclismos de interior Geberit recebem certificação de eficiêncua hídrica da ANQIP

A ÁGUA, BEM ESSENCIAL À VITALIDADE DE TODOS OSSERES VIVOS, É UM RECURSO NATURAL ESTRUTURANTE EESTRATÉGICO, ESSENCIAL PARA O DESENVOLVIMENTOSOCIOECONÓMICO DE QUALQUER PAÍS. DESTA FORMA, ÉNECESSÁRIO GARANTIR UM USO EFICIENTE E RACIONALDESTE RECURSO.

Graças a uma gestão ambiental eficaz em toda a cadeia de forne-cimento, a Geberit consegue obter resultados notáveis, ano apósano, em termos de sustentabilidade.

Em Portugal, durante 2015, a Geberit obteve a Certificação nosseus autoclismos de interior com a Classe A++ e nos autoclismosde exterior com a Classe A em termos de eficiência hídrica, emconformidade com as exigências do organismo ANQIP(Associação Nacional para a Qualidade nas Instalações Prediais).

Neste contexto, respondendo às necessidades dos consumidorese profissionais que procuram cada vez mais produtos amigos doambiente, o Grupo Geberit possui vários produtos que estão clas-sificados e identificados com a Etiqueta do uso eficiente de água(WELL - Water Efficiency Label).

Os autoclismos de interior Geberit Sigma 12 cm e Geberit Sigmade 8 cm são exemplo disso, pois podem ser regulados para umadescarga completa de apenas 4,5 litros, o que os torna eficientesno que respeita ao consumo de água. Por este motivo, tem obtidocontinuamente bons resultados no rótulo WELL.

FONTE: ATREVIA

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Divulgação Inovação da OLI na Reabilitação Urbana de Lisboa

Este módulo integra um autoclismo interior com uma torneira de boiaeconomizadora, que permite poupar até 9 litros de água diários - equi-valente a uma redução da fatura em 2% - e um isolamento anti con-densação e acústico.

A OLI reforça, assim, o seu compromisso de criar banhos eficientes,com um consumo de água reduzido, e inclusivos para pessoas commobilidade reduzida. Nos últimos cinco anos, a empresa investiu 10milhões de euros no desenvolvimento de soluções inovadoras. Desde2014, é a empresa em Portugal que mais patenteia na Europa.Exporta para 70 países dos 5 continentes. Há 22 anos, inventou o sis-tema de dupla descarga do autoclismo, uma inovação presente hojeem todo o mundo, responsável pela poupança de água na ordem dos50%.

O RE9 é um programa que se organiza em torno de nove vantagenspara reabilitar em Lisboa. O programa prevê a possibilidade de atribui-ção de benefícios fiscais - menos 17% de IVA na mão-de-obra e mate-riais, isenção de IMI e IMT, entre outros - isenção das taxas munici-pais, financiamento com condições especiais, parcerias com empre-sas e descontos nos materiais de construção.

FONTE: ADCOMMUNICATION

A OLI, líder ibérica na produção de autoclismos, associou-se aoPrograma de Incentivo à Reabilitação Urbana - RE9 da CâmaraMunicipal de Lisboa, com o objetivo de contribuir para a eficiên-cia hídrica e energética dos futuros edifícios e habitações reabi-litados da capital.

Esta parceria permitirá aos aderentes do programa RE9, adqui-rir, a um preço mais reduzido, sistemas de instalação sanitária,banhos, mobiliário e aquecimento da OLI que melhorem a sus-tentabilidade, o conforto e a segurança dos espaços de banho.

Entre as 15 soluções apresentadas está o “QR INOX”, um módu-lo sanitário com alta tecnologia incorporada. Com o sistema“Hidroboost” a ativação da descarga é realizada através da ener-gia gerada a partir do movimento da água, por sua vez armaze-nada no interior do autoclismo, dispensando assim a ligação àrede elétrica ou a alimentação a pilhas.

Para além da tecnologia limpa e sustentável, o “QR Inox” desta-ca-se por permitir uma rápida renovação da casa de banho, namedida em que não necessita de intervenção nas paredes,podendo utilizar as ligações de entrada e saída das águas exis-tentes.

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Divulgação Schlüter®-Kerdi-Board - Base de aplicação, placa de construção, impermeablização conjunta

PREVINE VAPOR, ISOLA DO CALOR, IMPERMEABILIZAÇÃO CONJUNTA SEGU-RA, LEVE, APLICAÇÃO FÁCIL...

Esta placa de construção é uma base multifuncional que abrangemuitas áreas de aplicação, ao mesmo tempo que pode assegurara impermeabilização em conjunto com o revestimento cerâmico.Com a criação adequada das uniões e áreas de ligação, esta placapode ser utilizada como impermeabilização conjunta certificada.Com Schlüter®-Kerdi-Board é muito fácil criar uma base de aplica-ção - seja diretamente sobre alvenaria, perfis metálicos ou madei-ra, e sobre suportes antigos na reabilitação.

COZINHAS CRIATIVAS EM CERÂMICA E PEDRA NATURAL, COM BANCADAS DESCHLÜTER®-KERDI-BOARD

A variedade deste tipo de revestimentos é quase ilimitada. Comuma escolha tão grande, até os mais criativos encontram umasolução que lhes assenta. Para além da diversidade, a cerâmica éresistente a cortes, humidade e calor. Em poucas palavras: a ban-cada de cozinha ideal para si. As soluções Schlüter® Kerdi-Boardpermitem uma instalação simples, rápida e segura, com uma pro-teção forte e desenho nobre. Os cantos das bancadas de cozinhasão revestidos de forma elegante com perfis de topo da Schlüter.

Trata-se de mais um destaque ótico. Para além disso, as arestasda cerâmica ficam com uma proteção eficaz e de qualidade.

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Innovus®

Produtos Decorativos

INNOVUS®, A MARCA DE PRODUTOS DECORATIVOS DASONAE INDÚSTRIA, OFERECE-LHE UMA AMPLA GAMA DESOLUÇÕES DE DECORAÇÃO PRÁTICAS, CRIATIVAS E FUN-CIONAIS.

A sua completa e atual coleção de painéis decorativos está dispo-nível em diversos produtos, das placas com superfície melamínicaaos laminados e compactos, complementada com painéis pinta-dos, orlas ou MDF com coloração integral.

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Eventos Seminário APCMC A Cidade como Mercado

A APCMC - ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DOS COMERCIANTESDE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO, REALIZOU NO PASSADO MÊSDE NOVEMBRO NA EXPONOR, EM MATOSINHOS, DURANTE AFEIRA CONCRETA, UM SEMINÁRIO SUBORDINADO AO TEMA “ACIDADE COMO MERCADO”, INTEGRADO NUM CONJUNTO DE INI-CIATIVAS QUE TEM POR OBJETIVO PROMOVER UMA NOVA ABOR-DAGEM DAS OPORTUNIDADES QUE HOJE SE APRESENTAM ÀFILEIRA DOS MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO.

mercado de arrendamento, através da prática de rendas exorbitan-tes e incomportáveis por quem está no início da sua vida laboral eindependente, estamos a condenar esta desejável renovação”.

Luís Lima acrescentou dizendo que, “impõe-se assim a necessida-de de promover políticas habitacionais adequadas, que saibamencontrar o equilibro pelo recurso a incentivos fiscais, incentivosestes que se justificam pelos benefícios que geram a médio e alongo prazo”.

Para terminar a sessão de abertura, Reis Campos, Presidente daCPCI, introduziu o tema do seminário, focando a atenção de todospara a questão da reabilitação urbana e da regeneração das nos-sas cidades. Segundo o orador, “estamos perante um momentocrucial para toda a fileira da construção e do tecido empresarial”.

Afirmou ainda que “a recuperação do investimento é o grandedesafio de Portugal nos próximos anos”. No decorrer da sua inter-venção falou ainda sobre o Portugal 2020, e reforçou a ideia deque estamos perante uma oportunidade única para a recuperação,pois segundo o orador “Portugal tem um potencial de crescimentoenorme”.

Durante o evento foi ainda possível ouvir Vitor Reis, Presidente doInstituto da Habitação e Reabilitação Urbana, que apresentou otema “Reabilitar para Arrendar - um novo desafio”. Durante a suaapresentação explicou quais são os principais desafios que enfren-tamos, nomeadamente ao nível da reabilitação do parque habita-cional (antigo e muito degradado), a necessidade de criar umaoferta habitacional, a importância da regeneração urbana dos cen-tros históricos, a recuperação e dinamização do mercado de arren-damento, a criação de emprego no sector da construção e o con-tributo para um desenvolvimento sustentável.

Falou ainda sobre as condições e regras do programa “Reabilitarpara arrendar”, habitação acessível, explicando quem é que sepode candidatar, que edifícios são elegíveis ao programa, quais ascondições relativas aos trabalhos de reabilitação, quais as condi-ções de financiamento.

Para terminar a sua apresentação, Vitor Reis apresentou algunsexemplos de candidaturas ao programa.

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A sessão de abertura contou com a presença do Presidente daDireção da APCMC, Afonso Caldeira, que durante o seu discursoreforçou uma vez mais a necessidade de uma reabilitação global,dizendo que “mais do que uma necessidade restrita à reabilitaçãofísica dos edifícios, a regeneração urbana é uma exigência e umaoportunidade que deve ser integrada nas novas dinâmicas detransformação do conceito de cidade ao nível global”.

Segundo o presidente da APCMC, “assumir esta problemática nasua perspetiva mais vasta de um mercado das cidades é assumirque a mesma poderá vir a ter um impacto bem mais alargado namodulação das respostas das atividades dos diferentes profissio-nais do imobiliário, da construção, do projeto e dos materiais deconstrução”. Acrescentou ainda que “o futuro da nossa atividade edas nossas empresas exige um alargamento substancial do mer-cado face ao que ele hoje representa”.

Afonso Caldeira relembrou ainda que “a fileira das atividades imo-biliárias e da construção é uma das mais importantes em Portugal,como, aliás, o é em qualquer economia desenvolvida, e as suasexportações, só em materiais e equipamentos, para não falar emserviços, representa mais de 12% do total das exportações nacio-nais”.

Seguiu-se a intervenção do Presidente da APEMIP, Luís Lima, queafirmou que “o repovoamento, preferencialmente com populaçõesjovens nos centros urbanos, é uma opção de contraciclo económi-co necessária, mas ao impedirmos o acesso dos nossos jovens ao

Luís Lima, Presidente da APEMIPVitor Reis, Presidente do Instituto da Habitação e Reabilitação UrbanaAfonso Caldeira, Presidente da Direção da APCMCReis Campos, Presidente da CPCI,Victor Ferreira, Presidente da Direção da Plataforma para a Construção Sustentável

Vitor Reis, Presidente do Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana

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Seguiu-se a intervenção do Presidente da Direção da Plataformapara a Construção Sustentável, Victor Ferreira, com o tema“Cidades-mercado na estratégia do Cluster Habitat”. A sua interven-ção teve início com uma breve apresentação sobre o Cluster e osseus objetivos, nomeadamente ao nível da promoção e coopera-ção na internacionalização, a criação de oportunidades de negócioem conjunto, o desenvolvimento de capacidades e valências,fomento de novas áreas de negócio e empreendedorismo, entreoutros.

Segundo o orador, é necessário “criar sinergias em termos dedesenvolvimento de produtos e soluções integradas para oHabitat”. No decorrer da sua intervenção falou sobre a cadeia devalor do Habitat, a composição do Cluster 2015, o desempenhoglobal, e a presença do Cluster no mundo.

Após a pausa para o Coffee Break, teve lugar a intervenção deJosé Morgado, Consultor do Grupo MRG com o tema "A Cidadecomo Mercado - uma Visão de Futuro". Além de falar do seuambiente profissional, o grupo MRG, a sua apresentação consistiuem chamar a atenção para algumas realidades em que vivemos enão nos damos conta, dizendo que “este é o mundo que o homemconstruiu, destruiu, e viveu até aos dias de hoje.”

Abordou questões relacionadas com o mundo que estamos, aler-tando para alguns perigos da nova sociedade. Falou depois sobreas cidades explicando qual a sua evolução, analisando uma visãoatual e uma visão futura.

Seguiu-se o tema “A Cidade Efémera como modelo de gestão eplaneamento sustentável", de Rodrigo Ollero, ProfessorUniversidade Lusíada de Lisboa e investigador no CITAD, que ini-ciou a sua apresentação explicando o conceito de efémero, dizen-do que “a cidade efémera propõe-se não como algo de eterno queé preciso permanentemente reabilitar, mas como uma ocupaçãoespacial precária por condição, que se comporta como um orga-nismo vivo - e portanto efémero - que deve responder às váriasdinâmicas sociais e económicas, usando-as como fatores deorientação para a sua renovação, sem prejuízo das novas funçõesurbanas por mais complexas que se venham a revelar, oferecen-do, porque não, o usufruto paradisíaco da cidade, que será aldeiapara umas coisas e metrópole para outras”.

Em conclusão, o professor acrescenta que “considera-se que omodelo da Cidade Efémera, ao assentar fundamentalmente narenovação urbana nos termos que temos vindo a referir de acordocom as circunstâncias que o fazer a cidade impõem, agora e nofuturo, e na conveniente conjugação das diferentes componentesnecessárias à sua materialização numa ótica de sustentabilidade,física, social, económica e ecológica, é um modelo que urge imple-mentar para se alcançar a qualidade de vida almejada na criaçãodas Cidades Azuis e Verdes, também elas reequacionáveis nofuturo”.

Victor Ferreira, Presidente da Direção da Plataforma para a Construção Sustentável

José Morgado, Consultor do Grupo MRG

Rodrigo Ollero, Professor Universidade Lusíada de Lisboa e investigador no CITAD

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Eventos

Outro ponto da sua apresentação foi a cidade como mercado,explicando quais os objetivos comuns ao desenvolvimento urbanoeuropeu, os dez desafios fundamentais desenvolvimento urbanosustentável, as oportunidades e ameaças, e os princípios orienta-dores e eixos estratégicos de intervenção.

Falou ainda do Modelo Europeu: European Smart Cities 3.0, dasprioridades de investimento e fundos de investimento (FEEI) /(PO), de governança: como responder aos desafios. Para termi-nar, falou da Astrolábio, território e sustentabilidade.

APRESENTAÇÕES DISPONÍVEIS EM WWW.APCMC.PT

Com o tema “O Mercado das Cidades”, Filipe Sampaio Rodrigues,Professor IPAM - The Marketing School, fez a sua apresentaçãoexplicando os quatro passos para construir uma marca, dizendoque é necessário uma identidade, um significado, uma resposta euma relação. Segundo o orador, uma marca regional deve ter umaresposta, ter uma identidade que represente a região e não ape-nas determinados segmentos ou pessoas, manter a credibilidade(manter o que existe atualmente), identificar públicos-alvo-chave eoferecer-lhes valor.

Acrescentou ainda que “novas propostas de valor geram novosmodelos de negócio”. Para terminar, falou sobre um novo produtojá no mercado - Fruut, o snack saudável 100% fruta.

A última apresentação coube a Adriano Fidalgo Sousa, daAstrolábio - Orientação e Estratégia, com o tema “Smart Cities,Território e Sustentabilidade”. Durante a sua intervenção abordoutemas como o conceito e pilares estratégicos das smart cities,falou sobre a estratégia das cidades sustentáveis 2020: trêsdimensões da cidade.

Filipe Sampaio Rodrigues, ProfessorIPAM - The Marketing School

Adriano Fidalgo Sousa, Astrolábio - Orientação e EstratégiaFilipe Sampaio Rodrigues, Professor IPAM - The Marketing SchoolAfonso Caldeira, Presidente da Direção da APCMCRodrigo Ollero, Professor Universidade Lusíada de Lisboa e investigador no CITAD

Adriano Fidalgo Sousa, Astrolábio - Orientação e Estratégia

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Eventos Macovex abriu loja em Aveiro

A MACOVEX, UMA EMPRESA PORTUGUESA CERTIFICADA QUECOMERCIALIZA INÚMERAS SOLUÇÕES DE PAVIMENTOS EREVESTIMENTOS CERÂMICOS, SANITÁRIOS, MÓVEIS E ARTI-GOS PARA O BANHO, APRESENTOU EM NOVEMBRO A NOVALOJA AO PÚBLICO EM AVEIRO, NO AVEIRO SHOPPINGCENTER.

Comercializa inúmeras soluções de pavimentos e revestimentoscerâmicos, sanitários, móveis e artigos para o banho.

Apoia-se numa diversificada e abrangente gama de produtos, dis-ponibilizando soluções que vão ao encontro das exigências de fun-cionalidade, estética e bem-estar dos clientes.

“Aliamos a credibilidade e a experiência de mais de 30 anos nomercado à competência e dinamismo de uma equipa jovem,empática, empenhada e responsável, focada na melhoria contí-nua”, afirma a empresa, dando conta que trabalha em “estreitarelação” com fornecedores que partilham a sua “paixão pela inova-ção e qualidade e o respeito pelas estratégias ambientais para aconstrução sustentável”.

“Trabalhamos com parceiros logísticos que comungam do nossorigor na qualidade e fiabilidade do serviço de entrega; investimosnas novas tecnologias como forma de melhor servir os nossosclientes; estamos abertos à aprendizagem e à mudança, por formaa antecipar alterações no nosso contexto macro e microeconómicoe garantir a sustentabilidade da organização; e desenvolvemos anossa atividade de criação de valor, com um crescimento susten-tado no respeito pela nossa envolvente”, acrescenta a sua admi-nistração.

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Nesta loja é possível encontrar diversos artigos de bricolage edecoração a preços acessíveis, sendo possível receber todos osprodutos em sua casa, com toda a segurança. Este é um estabe-lecimento vocacionado para venda ao público.

A empresa alia a comercialização de materiais de construção comartigos de decoração. “O nosso objetivo é conseguirmos comercia-lizar todos os produtos para decorarmos a nossa casa, o nosso lar,o nosso escritório, desde o material grosso aos pequenos porme-nores decorativos”, sustenta Ana Paralta, administradora daMacovex.

O que destaca esta das restantes lojas do ramo é o seu atendi-mento “altamente personalizado” e o facto de abranger “uma áreamuito maior e uma gama mais completa de complementos”.

A nova loja abriu ao público com uma campanha promocional, queconsistiu na distribuição de vales de dez por cento de desconto ena oferta de chocolate quente, “para incentivar as pessoas a viremconhecer a nossa loja”, explica Ana Paralta.

A Macovex é uma empresa portuguesa com 33 anos de existên-cia, que começou em Gouveia, existindo, agora, em Viseu e Oiã(armazém). Esta é a sua sexta loja.

Inauguração oficial pela administração

O primeiro brinde da abertura

Primeira entrada dos clientes na abertura

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Encontros/Meetings Habitat

INICIATIVA DE SUCESSO NO CLUSTER HABITAT

ORGANIZADO PELO CLUSTER HABITAT EM COLABORAÇÃOCOM A AIDA, DECORREU EM AVEIRO NO PASSADO DIA 9 DEDEZEMBRO A 1ª EDIÇÃO DO EVENTO ANUAL B2B“ENCONTROS/MEETINGS HABITAT”, LANÇADO PARA PROMO-VER OPORTUNIDADES DE NEGÓCIOS E PROJETOS NO CLUSTERHABITAT SUSTENTÁVEL.

“ENCONTROS HABITAT” - UM EVENTO PARA FOMENTO DE PARCERIAS NOCLUSTER HABITAT

O evento pretendeu estabelecer um espaço para a promoção dacompetitividade na cadeia de valor do Habitat e visou promover oencontro de entidades diversas (empresas, centros de IDT, asso-ciações e outros) do Cluster Habitat, entre si e com os seus forne-cedores, clientes e prescritores (arquitetos, engenheiros, gesto-res), de modo a potenciar, quer oportunidades de negócios, querparcerias para inovação.

Tratou-se assim de um evento de encontros orientado para profis-sionais da cadeia de valor do Habitat, que tiveram a oportunidadede apresentar as suas competências, produtos e serviços de umaforma direta em encontros bilaterais. Houve ainda um espaço paraassistir a intervenções de especialistas convidados.

Contou com o apoio de algumas empresas como AmorimIsolamentos, Gyptec Ibérica e Lexus Coimbra, bem como com aparceria da Ordem dos Arquitectos, da Ordem dos Engenheiros,Município de Aveiro, AEVA e ainda, a nível internacional, com oapoio da EEN - Europe Entreprise Network.

Este evento foi um sucesso, contando com mais de 100 participan-tes e 350 reuniões realizadas e, portanto, constituiu-se como umestímulo para o realizar anualmente de modo a promover oportu-nidades de negócios e projetos no Cluster Habitat Sustentável(www.centrohabitat.net).

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Eventos Convívio de Natal Gyptec Ibérica APCMC

DECORREU NO PASSADO MÊS DE DEZEMBRO O HABITUALCONVÍVIO DE NATAL DA APCMC, QUE JUNTOU MAIS UMAVEZ VÁRIOS ASSOCIADOS.

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Convívio gentilmente patrocinado pela Gyptec Ibérica - GessosTécnicos, SA, empresa do conhecido Grupo Preceram que desde2009 se dedica à produção de placas de gesso laminado, atravésde métodos não poluentes e ambientalmente sustentáveis.

Os convidados tiveram oportunidade de visitar as instalaçõesfabris da Gyptec, uma fábrica moderna e equipada com as máqui-nas mais avançadas, tendo recebido uma explicação esclarecedo-ra do processo produtivo, sempre acompanhados pelos colabora-dores da Gyptec, entre os quais o Eng. Ávila e Sousa, responsávelde marketing e comunicação.

Seguiu-se o jantar, que decorreu em restaurante próximo, no finaldo qual o Presidente do Conselho de Administração da Gyptec,Eng. Luís Mota, e da Direção da APCMC, Eng. Afonso Caldeira,tomaram a palavra para agradecer e desejar aos presentes BoasFestas e um Próspero Ano Novo, cheio de novas oportunidades epelo menos tão bom quanto o de 2015.

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BigMat reúne Sócios Portugueses

O ENCONTRO REALIZOU-SE NAS INSTALAÇÕES DO SÓCIORICARDOS, NO SABUGAL, E CONTOU COM A PRESENÇA DETODOS OS SÓCIOS, DO DIRETOR GERAL JESÚS MARIA PRIETO,E DO PRESIDENTE DO GRUPO BIGMAT LORENZO DE LA VILLA.

O ato também foi assistido por Victor Ferrón, (Coordenador daRegional Poente) e de todo o departamento de compras da empresa,que é composto por: David Milagro (Diretor deste Departamento, IsaacPalomo (Chefe de Produto Casa de Banho e Sanitas), Pedro Moreno(Chefe de Produto Cerâmica e Jardim) e Oscar Vega (Chefe deProduto Ferragens, Eletricidade e Ferramentas).

O mercado português é uma das linhas chave do Plano EstratégicoVigente da BigMat, e a empresa materializa os seus esforços comdiferentes ações e atos.

O último deles foi celebrado nas instalações de um dos sócios maisemblemáticos do grupo, Ricardos.

O objetivo desta reunião foi saber em primeira mão nas neces-sidades concretas dos sócios portugueses, os quais tambémreceberam informação a respeito das negociações que são rea-lizadas com diferentes fabricantes portugueses e espanhóis.

Outra das questões abordadas foi a das novas adesões desócios portugueses que se incorporaram nestes dois primeirosmeses do ano. É importante lembrar que a resposta do merca-do lusitano está a ser excecional, a qual se pode perceber como contínuo aumento de novos sócios que neste momentoascende a 14 e 22 pontos de venda.

Durante a Reunião Nacional celebrada em Junho, a BigMat dei-xou clara a sua intenção de apostar na formação contínua detoda a equipa de recursos humanos. No decorrer desta reunião,os responsáveis da BigMat apresentaram aos sócios portugue-ses o Plano Formativo de 2016. Estes receberam informaçãoampla e detalhada, esclarecendo quais serão as estratégiasdesta central de compras para Portugal. Uma das mais relevan-tes é o funcionamento da página web em português (a qual jáestá ativa).

A reunião foi concluída com uma magnífica apresentação daDelta Plus (empresa líder do sector de Proteção Laboral). Osassistentes mostraram a sua satisfação realizando numero sospedidos aproveitando os descontos adicionais devido aoevento.

No final, todos os assistentes desfrutaram de um delicioso almo-ço no restaurante O Martins (na localidade do Soito). A filosofiaempresarial desta insígnia aproveita sempre qualquer ocasiãoque permita fortalecer os laços da denominada “FamíliaBigMat”, na qual o sócio sempre será o motor.

A atividade empresarial da BigMat na Península começa em1997 e distingue-se pelo grande valor agregado aos seus pro-dutos e serviços, orientados tanto a profissionais como a parti-culares. Está composta por 214 sócios e 303 pontos de venda,que perfaz mais de um milhão de metros quadrados de super-fície de vendas. Está presente em todas as ComunidadesAutónomas da Espanha e na Europa com centros na França,República Checa, Eslováquia, Chipre, Bélgica, Itália e Portugal,com um total de mais de oitocentos pontos de vendas nestessete países citados.

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Eventos Roca junta clientes para apresentação de novos produtos e novo armazém logístico

A ROCA, ESPECIALISTA NA PRODUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃODE SOLUÇÕES PARA O ESPAÇO DE BANHO, REUNIU NO PASSA-DO DIA 7 DE JANEIRO OS SEUS CLIENTES PARA A APRESENTA-ÇÃO DO NOVO ARMAZÉM EM LEIRIA, HOJE UM CENTRO LOGÍS-TICO QUE FORNECE OS CLIENTES DE PORTUGAL E ESPANHA(PARCIALMENTE), PERMITINDO MELHORAR SUBSTANCIALMENTEA RAPIDEZ DAS ENTREGAS DOS PRODUTOS DA MARCA AOSSEUS CLIENTES.

A coleção Inspira foi concebida com os materiais mais inovadores.Os lavatórios foram fabricados em FINECERAMIC®, um materialcerâmico de elevada qualidade exclusivo Roca, 40% mais leve queos lavatórios convencionais e 30% mais resistentes que os lavató-rios de grés.

Os assentos e tampas Inspira foram também alvo de destaque, porserem fabricados com uma resina exclusiva registada pela Roca,com a designação SUPRALIT®, que aumenta consideravelmente adurabilidade dos produtos (12% mais resistente que a ureia), per-mite uma maior higiene (quatro vezes menos poroso e é, por isso,mais resistente aos fluidos e detergentes) e garante uma elevadaresistência aos raios UV (não amarelece com o passar do tempo).

A gama de móveis Inspira está disponível em três tamanhos - 600,800 e 1000 mm - e apresenta três acabamentos inovadores e dis-tintos - branco brilho, carvalho escuro citadino e carvalho escurocitadino com vidro escurecido - e podem ser complementados comdiferentes módulos auxiliares de coluna que garantem uma arruma-ção extra ao utilizador.

Os presentes tiveram ainda também a oportunidade de conheceras restantes novidades da marca para o corrente ano, com desta-que para a nova série de torneiras Atlas, as séries de acessórios Icee Rubik, a coluna de duche Deck-T, o chuveiro Raindream, a basede duche Helios ou os lava-loiças Berlim / Berlim Plus.

Terminada a visita à fábrica e ao novo centro logístico, e conhecidaa coleção Inspira e as restantes novidades, os convidados segui-ram para um almoço na Quinta de Santo António do Freixo, emLeiria.

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Ficou a cargo de Jorge Vieira, Diretor Geral da Roca em Portugal,a apresentação das características deste novo armazém, “quepossui agora o dobro da área coberta (16.000 m²), duplicando ascapacidades de receção e de expedição diárias de produtos.Todos os processos de distribuição da empresa vão beneficiar dasvalências deste novo centro de distribuição, que permitirá a movi-mentação diária superior a 40 camiões, um aumento significativoface ao passado e uma capacidade de armazenamento interior de17.000 paletes”, afirmou.

Jorge Vieira destacou também os “18 mil metros lineares de estan-te disponíveis atualmente, e que duplicam a capacidade existenteanteriormente”. Felicitando todos os clientes Roca e respetivasequipas de venda “pelo fantástico desempenho durante o ano pas-sado”, Jorge Vieira partilhou as suas previsões otimistas para2016, ano em que se esperam melhorias consideráveis nos maisdiversos indicadores, e que justifica esta aposta da Roca namelhoria da sua capacidade de armazenamento e distribuição.

Visitado o novo armazém, foi tempo de dar a conhecer a grandeaposta da Roca para este ano, a coleção Inspira, e outras novida-des apresentadas. Os convidados tiveram assim oportunidade dever a mais recente coleção de louça sanitária e mobiliário da Roca,a série Inspira, que define um novo conceito de espaço de banho,com base na simplicidade e na versatilidade, graças às suas for-mas base Round (linhas redondas), Soft (de ângulos suaves) eSquare (quadrada) que oferecem múltiplas combinações possíveise por isso, a possibilidade de adaptação a qualquer espaço, qual-quer que seja a decoração.

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Inquérito de Conjuntura3º Trimestre de 2015

VENDAS E STOCKS - 3º TRIMESTRE 2015(SRE - saldo das respostas extremas)

APRECIAÇÃO GLOBAL

O acréscimo das vendas no 3º trimestre do anoficou um pouco abaixo das expetativas extraí-das do estudo anterior, as quais apontavampara um impulso mais forte na evolução dosnegócios, cujo processo de recuperação foi ini-ciado na segunda metade de 2014.

Na verdade, o saldo das respostas extremas(SRE) no indicador “vendas” cifrou-se em+5,3% (que compara com +31,7% no trimestreanterior), com a percentagem das empresasque afirmou o respetivo aumento face ao perío-do anterior a reduzir-se, substancialmente, de34,2% para 19,3%, enquanto as que referiram asua diminuição subiu de 2,5% para escassos14,0%.

A apreciação relativa ao “nível de atividade”,embora positiva, também se ressentiu, apre-sentando um SRE de +25,0%, contra +38,3%no 2º trimestre de 2015. A percentagem dosinquiridos que classificaram a atividade comoBoa diminuiu de 44,7% para 32,1%, enquanto apercentagem que considerou a respetiva ativi-dade com Deficiente subiu de 6,4% para ligei-ramente para 7,1%.

O subsector armazenista, que tem apresentado o melhor desempenho aolongo dos períodos anteriores, revelou, uma vez mais, o melhor comporta-mento nas vendas e, sobretudo, ao contrário do que observámos no trimes-tre anterior, no nível de atividade.

O facto do aumento das vendas ter ficado aquém do que ambos os sub-sectores previam terá determinado um acréscimo mais reduzido dos stocks.Apesar da surpresa, constata-se, com satisfação, que o número de empre-sas que afirmaram o aumento das existências foi inferior ao das que aumen-taram as vendas, pelo que, de uma forma geral, o nível de existências sedeverá ter mantido adequado ao nível da atividade

A evolução das vendas face ao período homólogo voltou a mostrar-se muitofavorável em ambos os subsectores, não obstante alguma redução da res-petiva intensidade, o que se aceita atento o facto da recuperação dos negó-cios ter começado exatamente há cerca de um ano.

- AS VENDAS MANTIVERAM TENDÊNCIA POSITIVA, MAS MENOS INTENSA QUE NO TRIMESTRE ANTERIOR- BALANÇO DO “NÍVEL DE ATIVIDADE” PERMANECEU FAVORÁVEL- AS PREVISÕES PARA O 4º TRIMESTRE APONTAM PARA LIGEIRO CRESCIMENTO DAS VENDAS

Economia

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O melhor comportamento, ao contrário do que se verificou exce-cionalmente no 2º trimestre, registou-se no subsector armazenista.De facto, no subsector armazenista o SRE foi +36,9%, com 47,4%das respostas a referirem o aumento, enquanto o subsector reta-lhista registou no indicador “vendas homólogas” um SRE de+33,3% (contra +45,5% no trimestre anterior) a que correspondeuuma percentagem de 44,4% de respostas que afirmaram o aumen-to das vendas face ao 3º trimestre de 2014.

Relativamente aos preços de venda, a evolução dos dois subsec-tores foi diferente. Enquanto a tendência registada no subsectorretalhista foi de subida, ainda que marginal, no subsector armaze-nista assistiu-se a uma redução de preços alargada a mais de umadezena de grupos/famílias de produtos. Eventualmente, a reduçãocontinuada das matérias-primas, em especial do preço do petróleo,terá tido alguma influência nas fileiras onde o consumo de energiatem maior peso. O segmento retalhista demorará um pouco maisa refletir estas reduções de preços, ou poderá, também, ter apro-veitado esta época para melhorar as respetivas margens, que têmestado sujeitas a uma maior pressão concorrencial.

As respostas no sentido do aumento dos preços de venda circuns-creveram-se aos seguintes grupos de produtos: ”revestimentos(papéis, telas, aglomerados, cortiça, etc.)”, “madeiras e derivados(portas, placas, contraplacados, etc.)”, “tubagens e acessórios emplástico”. As respostas no sentido de descida incidiram, sobretudo,nos “materiais básicos (cimento, cal, gesso, areia, pedra e brita)”, às“telhas, tijolos e outros produtos de barro vermelho e grés”, “azule-jos, ladrilhos e mosaicos”, “artefactos de cimento”, “isolamentos tér-micos e acústicos” e “ferragens, ferramentas e metais”.

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3º TRIMESTRE DE 2015

Indicadores Saldo das respostas extremas (%)Sector Armazenistas Retalhistas

Vendas + 5,3 + 7,5 + 4,0

Existências + 1,8 + 5,0 0

Preços - 5,2 - 22,5 + 4,0

Atividade + 25,0 + 31,3 + 11,1

Vendas homólogas + 35,7 + 36,9 + 33,3

Como já referimos, a evolução trimestral dos diversos indicadoresdo sector apresentou, genericamente, um comportamento favorá-vel (com exceção dos preços de venda e do nível de atividade),mas com menor intensidade que no período anterior. Recordamostodavia, que no que diz respeito às “existências” o sinal negativosignifica uma diminuição relativa do “investimento” em stocks que,não sendo correspondido por uma redução proporcional das ven-das (que é o caso), pode ser considerado um fator favorável paraa rentabilidade da operação comercial.

VARIAÇÃO DOS VALORES DOS SALDOS DAS RESPOSTASEXTREMAS FACE AO TRIMESTRE ANTERIOR

3º TRIMESTRE DE 2015(variação dos valores do SRE - saldo das respostas extremas

- face ao trimestre anterior)

Variação do saldo das respostas Indicadores extremas em pontos percentuais

Sector Armazenistas Retalhistas

Vendas - 26,4 - 32,8 - 22,5

Existências - 0,7 - 0,5 - 0,8

Preços - 8,7 - 30,8 + 3,3

Atividade - 13,3 - 0,7 - 34,4

Vendas homólogas - 6,9 - 3,1 - 12,2

(sinal “-” indica pioria ou diminuição; sinal “+” indica melhoria ou aumento)

O dado mais significativo deste período foi, na verdade, a confir-mação do processo de recuperação do sector, não obstante anatural redução da intensidade dessa recuperação, consoante omercado se aproxima de um novo patamar de equilíbrio, compatí-vel com a conjuntura económica atual.

As empresas cuja atividade foi “deficiente” assinalaram os fatoresque consideraram mais prejudiciais. Neste trimestre, resumiram-seà “falta de encomendas” e às “dificuldades de tesouraria”, ambascom 100% das respostas e em ambos os subsectores.

O recurso ao crédito bancário aumentou ligeiramente, (28,6%, con-tra 23,4% das respostas no trimestre anterior), verificando-se, maisuma vez, a prevalência das empresas armazenistas (31,6% dasrespostas), enquanto no segmento retalhista a utilização do crédi-to bancário foi referida por apenas 22,2%. O crédito foi utilizado,principalmente, para financiamento da atividade corrente (17,9%),não obstante a percentagem das empresas que referiu a sua utili-zação para investimento ter sido de 10,7% e de forma muito equi-librada entre os dois subsectores.

Das empresas que recorreram ao crédito (28,6%), só 3,6% consi-deraram “difícil” a sua obtenção, contra as restantes 25% que afir-maram ter sido “fácil”.

A evolução da apreciação pelas empresas do respetivo “nível deatividade” foi menos positiva que no trimestre anterior, refletindoalguma deceção com a evolução das vendas que, embora tenhamaumentado para um número de empresas superior ao do que refe-riu a respetiva diminuição, tiveram na manutenção o maior registo(66,7%).

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Economia

PERSPETIVAS PARA O 4º TRIMESTRE DE 2015

Indicadores Saldo das respostas extremas (%)Sector Armazenistas Retalhistas

Cart. Encomendas + 3,5 + 17,5 - 4,1

Vendas + 5,3 + 27,5 - 6,8

Enc. Forneced. - 6,1 + 15,0 - 17,5

Existências + 1,8 + 20,0 - 8,1

Conforme se pode inferir do quadro acima, as expetativas dasempresas do subsector armazenista sugerem, à semelhança doque se observou nos estudos anteriores, uma elevada confiançano aumento das vendas.

Na verdade e não obstante alguma incerteza política, permanecemos sinais positivos oriundos do sector imobiliário e, também, da ati-vidade da construção de edifícios, onde se registam crescimentossignificativos quer nos trabalhos de renovação e reabilitação, querna construção nova de habitação. De salientar, igualmente, oaumento substancial que se continua a registar no crédito à habi-tação, que demonstra uma atitude diferente e mais favorável dabanca relativamente ao sector imobiliário.

Alguns dos indicadores relativos ao licenciamento de obras conti-nuam a apresentar uma evolução positiva, especialmente na cons-trução nova. De facto, no 3º trimestre do ano verificou-se umaumento homólogo das obras licenciadas para construções novasde 0,9% e de 14,8% no número de fogos licenciados em constru-ções novas para habitação.

EVOLUÇÃO DO NÍVEL DE ATIVIDADE(SRE - saldo das respostas extremas)

VOLUME DE VENDAS COMPARADOCOM O MESMO PERÍODO DO ANO ANTERIOR(SRE - saldo das respostas extremas)

A evolução do indicador “vendas homólogas” foi, mesmo assim,bastante positiva, com os dois segmentos a apresentarem compor-tamentos muito idênticos. De facto, embora a percentagem deempresas que referiram aumentos de vendas tenha diminuído,reduziu-se, também, a percentagem dos que afirmaram a diminui-ção das vendas.

No conjunto do sector, 89,3% das respostas (contra 83% no perío-do anterior) referiu a manutenção ou o aumento das vendas face ao3º trimestre de 2014, enquanto apenas 10,7% (contra 17% no tri-mestre anterior) afirmaram a respetiva diminuição.

Entre as empresas retalhistas a percentagem de respostas quereferiu o aumento foi, pela segunda vez consecutiva (o que nãoacontecia há muito tempo), superior à dos que reportaram a dimi-nuição (44,4% contra 11,1%), enquanto entre as empresas arma-zenistas se registaram 47,4% de respostas no item “aumento”, con-tra 10,5% no item “diminuição”.

As previsões para o 4º Trimestre de 2015 mostram a continuaçãode uma tendência positiva, embora de forma bastante mais mitiga-da, muito por influência do pessimismo crescente entre as empre-sas do subsector retalhista.

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Em sentido negativo, para além da insignificância doinvestimento público, continua a registar-se o atrasogeneralizado na aplicação dos fundos do Portugal 2020,nomeadamente os que se destinam à regeneração urba-na e à eficiência energética, caso em que ainda nemsequer foi posta em concurso a gestão dos respetivosinstrumentos financeiros. Soube-se, entretanto, que aComissão Europeia não aprovará financiamentos naárea da eficiência energética enquanto Portugal nãocumprir cabalmente a adoção das diretivas comunitáriasmais recentes�

Era muito bom que estes estímulos chegassem ao mer-cado, atendendo à reduzida dimensão a que está redu-zido e à lentidão do processo de crescimento económi-co. Mas, até lá, devemos dar-nos por satisfeitos pelofacto de ele estar a funcionar.

Esperemos que algumas ameaças que têm pairadosobre a revisão das leis do arrendamento e sobre a tri-butação dos rendimentos imobiliários não se concreti-zem.

De igual modo, o consumo de cimento no território nacional registou umaumento homólogo de 4,7% nos primeiros nove meses de 2015, contrao crescimento de 4,6% observado no final do primeiro semestre e con-firmando a inversão do ciclo de quase sete anos de quebra de vendasdeste produto só interrompida no primeiro trimestre deste ano.

VENDAS PREVISTAS E VENDAS REALIZADAS(saldo das respostas extremas)

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Economia Análise de Conjuntura3º trimestre 2015

APRECIAÇÃO GLOBAL

No 3º trimestre de 2015 os diversos indicadores do sector da cons-trução voltaram a apresentar um comportamento misto, reforçandoa ideia geral de que, não obstante algumas flutuações e comporta-mentos diferenciados entre os vários segmentos, persiste uma ten-dência para a estabilização da atividade.

A redução do índice de produção da construção e obras públicascontinuou a diminuir de intensidade, tendo apresentado no terceirotrimestre de 2015 uma variação, face ao trimestre anterior, de ape-nas -0,55%. Embora a redução no segmento de obras de enge-nharia tenha sido significativa (-1,42%), o índice de produção dosegmento da construção de edifícios perdeu apenas 0,12%.

Apesar da evolução do licenciamento de obras ter apresentado,pelo segundo trimestre consecutivo, um comportamento negativo,que contrasta com o crescimento registado entre o 3º trimestre de2014 e o 1º trimestre de 2015, lançando algumas dúvidas sobre acontinuidade da viragem que se anunciava, a verdade é que onúmero de licenças para construção de novos edifícios para habi-tação e em especial o número de fogos licenciados em constru-ções novas mantiveram uma evolução positiva.

Os números apurados parecem sugerir que será o sector não resi-dencial que está a perder dinâmica, eventualmente devido à para-gem dos apoios comunitários para construção de equipamentossociais e no sector da educação, bem como ao atraso do Portugal2020, com naturais reflexos nos planos de investimento do sectorempresarial.

Assim, os dados provisórios revelam que a evolução trimestral dasobras licenciadas foi negativa em 5,5%, com a variação homólogatrimestral a registar uma diminuição de 6,9% (contra -7,2% no tri-mestre anterior). A variação média anual no número de edifícioslicenciados foi menos negativa e situou-se, no terceiro trimestre de2015, em -4,5%, beneficiando dos progressos feitos entre meadosde 2014 e o início de 2015.

Como referimos, o sector residencial, apresentou uma evoluçãomais favorável, com o número total de fogos licenciados em cons-truções novas para habitação a aumentar 0,6%, depois do fortecrescimento registado no trimestre anterior (+8,1%). A variaçãohomóloga foi também positiva (+14,7%) e a variação média anualatingiu, entretanto, uma expressão claramente positiva que confir-ma a recuperação operada neste segmento (+17,9%). O númerototal de fogos licenciados em construções novas para habitação noano terminado em setembro de 2015 atingiu os 7 409, bem acimados 6 777 licenciados em 2014.

O número de licenças de obras de reabilitação subiu finalmente(+0,4%), invertendo a evolução negativa mantida ao longo de cincotrimestres consecutivos. Sublinhamos, no entanto, que este indica-dor não expressa cabalmente a evolução daquilo que vulgarmentese designa por “sector da reabilitação” e que engloba, também, asobras de renovação e de simples manutenção. A discrepânciaentre os números do licenciamento e o movimento que pareceobservar-se no mercado da reabilitação, expresso, nomeadamen-te, na evolução positiva das vendas de materiais de construção,estará, porventura, relacionado com o facto de muitas das interven-ções não serem sujeitas à exigência de licenciamento camarário e,como tal, não terem reporte estatístico.

Aliás, a evolução trimestral das vendas de cimento para o mercadointerno é um claro indicador da maior dinâmica que o mercado daconstrução está a viver e foi claramente positiva, apresentando umcrescimento homólogo de 4,7%, que se segue a variações homó-logas, também elas positivas, nos dois trimestres anteriores.

Os dados deste terceiro trimestre, não sendo notáveis, permitemmanter uma perspetiva favorável, sobretudo se considerarmos quea proximidade de um ato eleitoral importante e a incerteza políticaque lhe está subjacente, justificarem algum adiamento nas inten-ções de investir ou realizar despesa.

As expetativas de continuidade do crescimento económico (muitoalicerçado no sector do turismo e nas exportações), as baixastaxas de juro combinadas com a maior disponibilidade da bancapara conceder empréstimos para aquisição de habitação e o inte-resse continuado dos investidores estrangeiros no imobiliárionacional, são tudo fatores favoráveis à retoma da procura no mer-cado imobiliário e ao crescimento da atividade de construção.

Por outro lado, a dinâmica da reabilitação urbana em Lisboa ePorto, a par com a necessidade óbvia de manutenção do elevadonúmero de edifícios construídos nas décadas de 80 e 90 do séculopassado e a maior capacidade das famílias para renovarem as res-petivas habitações, representam um enorme potencial que deverácontinuar a puxar pelo mercado.

Do lado negativo estão as dificuldades financeiras do Estado quecontinuam a restringir os investimentos públicos em infraestruturas,a recessão que afeta as economias emergentes dependentes dasexportações de matérias-primas, em especial do petróleo e osincríveis atrasos na disponibilização dos instrumentos financeirosdo Portugal 2020 para apoiar a reabilitação urbana e a eficiênciaenergética.

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Edifícios Licenciados(Valores Trimestrais nº)

Edifícios Licenciados(Variação Média Anual)

OBRAS LICENCIADASNo terceiro trimestre de 2015, o número de edifícios licenciados diminuiu 5,5% relativamente ao trimestre anterior, repetindo o comportamentonegativo observado no segundo trimestre. Também, em termos homólogos, o número de edifícios licenciados diminuiu 6,9% face ao trimestrecomparável de 2014.

O ritmo da redução média anual no número de edifícios licenciados manteve-se e situou-se, neste terceiro trimestre de 2015, em -4,5%, contra -4,6%no período anterior, interrompendo a inversão de tendência que se vinha a observar desde o primeiro trimestre de 2014 e até ao primeiro trimestredeste ano de 2015. Esta evolução negativa global do licenciamento de obras, não impede que o comportamento do licenciamento relativo às cons-truções novas para habitação familiar apresente um sinal bem mais animador. De facto, não obstante a variação entre o segundo e o terceiro trimestredo ano, ao contrário dos períodos anteriores, também ter sido negativa (-4,7%), quer a variação homóloga (+12,5%), quer a variação média anual(+12,7%), permitem acalentar uma expetativa favorável neste segmento.

Ao contrário, a variação trimestral do número total de fogos licenciados em construções novas para habitação familiar foi novamente positiva (0,6%),embora menos intensa que a observada no trimestre anterior (8,1%), contando agora 7 trimestres consecutivos sempre a crescer. A variação homó-loga foi, também, claramente positiva, na ordem dos 14,7%, sendo que a variação média anual confirma a tendência, situando-se nos 17,9%.

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Economia

Licenciamento de Obras(Valores Trimestrais nº)

No que diz respeito à evolução trimestral do número de licenças de obras de reabilitação, verificou-se uma pequena melhoria (+0,4%), depois da enor-me redução registada face no trimestre anterior (-15%), o que é claramente insuficiente para inverter a tendência negativa observada e expressa, querem termos de variação homóloga (-20,8%), quer em termos de variação média anual (-18,7%).

Licenças para Obras de Reabilitação(Valores Trimestrais nº)

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Vendas de Cimento e Indicador deConfiança na Construção(Indicador no Trimestre em Referência)

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PRODUÇÃO NA CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICASO índice de produção no sector da construção e obras públicas caiu ligeiramente face ao trimestre anterior (-0,55%), como já acontecera no2º trimestre do ano. A evolução foi negativamente influenciada sobretudo pelo segmento de obras de engenharia que apresentou uma quebrade -1,42%, enquanto o segmento de construção de edifícios resvalou apenas 0,12%. Em termos homólogos, verificou-se uma diminuição de2,33% no índice total da produção na construção e obras públicas, que correspondeu a uma diminuição de 2,40% na construção de edifíciose de 2,57% nas obras de engenharia. De certa forma, esta evolução corresponde ao abrandamento registado, quer ao nível do investimentopúblico, quer ao nível do licenciamento de obras, mas que, como veremos no indicador seguinte, não encontra correspondência no comporta-mento das vendas de cimento, nem na evolução da FBCF no sector da construção�

Índice de Produção na Construção e Obras PúblicasÍndice Corrigido de Sazonalidade

VENDAS DE CIMENTONo terceiro trimestre de 2015 as vendas de cimento das empresas nacionais para o mercado interno continuaram a recuperar, apresentan-do um crescimento, em termos homólogos, de 4,7%, confirmando a inversão da tendência recessiva que se registou no primeiro semestredeste ano. Estes números acompanham de perto a evolução recente da FBCF na construção cuja taxa de variação homóloga tem sido posi-tiva desde o início do ano. De acordo com os Inquéritos de Opinião da Comissão Europeia, o índice de confiança no sector da construçãomelhorou ligeiramente, situando-se agora nos -37,6 pontos (contra -38,6 no último trimestre e -44,9 pontos no período homólogo do anoanterior).

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Economia

EMPREGO

No primeiro trimestre do ano de 2015, o emprego na construção e obras públicas registou uma taxa de variação homóloga trimestral de -2,6% e uma taxa de variação trimestral -1,1%. A variação média nos últimos 12 meses terminados em março de 2015 foi de -4,8%, indiciandoque, embora em ritmo mais reduzido, o sector continua a perder emprego.

REMUNERAÇÕES

No primeiro trimestre de 2015, o índice de remunerações registou uma taxa de variação homóloga trimestral de -3,4% e uma variação tri-mestral de -12,8% (o trimestre anterior incluiu subsídios de natal). A variação média nos últimos 12 meses terminados em março foi de -3,6%.

TAXAS DE JURO

A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação intensificou a tendência de queda face ao trimestre anterior e fixou-se, em setembro de 2015, nos 1,198%, que corresponde uma redução de 0,047 pontos percentuais face à registada no mês de junho.

Nos contratos para “Aquisição de Habitação”, a taxa de juro observada em setembro de 2015 foi de 1,205%, tendo-se também reduzido em0,043 p.p. em relação à taxa observada no mês de junho do mesmo ano.

Taxa de Juro do Regime Geral

FONTES: BANCO DE PORTUGAL, INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA

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Estatísticas Confidencial Imobiliário

PREÇOS NA GAMA ALTA DE LISBOA CAEM 2% EM TERMOS HOMÓLOGOS

De acordo com os dados provisórios do Índice de Preços Residenciaisda Confidencial Imobiliário, apurado com base em informação sobrevendas proveniente do SIR - Sistema de Informação Residencial, ospreços das casas em Portugal Continental estabilizaram em julho faceao mês anterior. O indicador retomou assim a trajetória de estabiliza-ção observada desde fevereiro de 2015, que havia sido interrompidaem junho por uma quebra mensal de 1,0%. Relativamente ao períodohomólogo em 2014, verificou-se uma recuperação de 1,0% em julhode 2015.

No mercado de gama alta de Lisboa, traduzido pelo percentil 95 dosvalores de venda, no 2º trimestre de 2015 o destaque foi para as fre-guesias da Misericórdia (Baixa de Lisboa), Sto. António e Parque dasNações, onde o preço de venda se situou entre os 5.400 €/m² e os5.800 €/ m². É ainda de referir, neste segmento do mercado, a fregue-sia das Av. Novas, onde o preço de venda alcançou os 4.738 €/m² notrimestre em estudo, bem como as freguesias de Alcântara, Lumiar eEstrela, com preços de venda acima dos 4.000 €/m². A maioria destasfreguesias mais caras apresentou uma diferença entre o preço devenda e o valor de oferta inferior à média concelhia de -30% apuradapara o mercado de luxo de Lisboa no 2º trimestre de 2015. NaMisericórdia, Alcântara e Sto. António o price gap oscilou entre os-18% e -20%, atingindo -27% nas Av. Novas e superando os -30% naEstrela (-33%).

Já nas freguesias do Parque das Nações e do Lumiar ohiato entre a oferta e a procura apresentou-se bastantereduzido no 2º trimestre de 2015, cifrando-se em -1,3% e -0,5%, respetivamente. A evolução dos preços na gamaalta de Lisboa acompanhou a tendência de estabilizaçãoobservada na média do mercado no 1º e 2º trimestre de2015, embora no 4º trimestre de 2014 se tenha verificadouma quebra de -2,6% relativamente ao trimestre anterior.Assim, no 2º trimestre de 2015 apurou-se uma perda de2,0% face ao período homólogo em 2014.

APARTAMENTOS T2 OU T1 E INFERIOR SÃO OS MAIS ARRENDADOS NOALGARVE

No acumulado anual até ao 2º trimestre de 2015, a maioria dos con-tratos de arrendamento celebrados no Norte e Centro do país, bemcomo no Algarve, era referente a fogos de tipologia T2 e T1 ou infe-rior. A tipologia T2 caracterizou entre 47% e 54% do total dos aloja-mentos arrendados pela pool SIR em cada uma das três regiõesanalisadas, sendo que para as habitações T1 ou inferior a quota demercado oscilou entre 30% e 37%. Relativamente à renda médiacontratada, para as habitações T2 apresentou-se mais elevada naregião do Algarve, onde se fixou nos 405 € no 2º trimestre de 2015,atingindo os 305 € na região Centro e os 282 € na região Norte.

No caso dos alojamentos T1 ou inferior foitambém no Algarve que o arrendamento semostrou mais caro, alcançando, no trimes-tre em análise, os 325 €. Já no Norte eCentro, a renda média contratada para osT1 ou inferior situou-se nos 252 € e nos281 €, respetivamente.

A taxa de desconto, que traduz a diferençaentre a renda média contratada e o últimovalor da renda média de oferta de um imó-vel, manteve-se, entre o 3º trimestre de2014 e o 2º trimestre de 2015, em tornodos 4% em todas as três regiões em estu-do.

É, no entanto, de referir que, no Algarve, osdescontos praticados apresentaram umaligeira melhoria no período em estudo,nomeadamente de 1 ponto percentual(p.p.).

Quanto ao tempo médio de absorção, noNorte de Portugal rondou os 6 meses entreo 3º trimestre de 2014 e o 2º trimestre de2015. Já no Centro e no Algarve o indica-dor apresentou-se menos acentuado,tendo-se mantido nos 5 meses ao longodos 4 trimestres em consideração.

Economia

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LISBOA COM MAIS DE UM MILHAR DE OBRAS EM 9 MESES

Entre Janeiro e Setembro de 2015, segundo os dados relativosao licenciamento de obras fornecidos pela Câmara Municipal deLisboa (CM Lisboa), foram emitidas licenças para 241 projetosde obras neste município. A atividade de licenciamento decres-ceu 22% entre o 1º e o 2º trimestre de 2015 na cidade deLisboa, voltando a crescer no 3º trimestre de 2015 face ao tri-mestre anterior. Neste último período foram emitidas licençaspara 84 projetos, volume quase idêntico ao registado no 1º tri-mestre do ano (89 projetos).

Tal como verificado em 2014, nos primeiros 9 mesesde 2015 as obras de reabilitação continuaram acaracterizar a grande maioria dos projetos para osquais foram emitidos alvarás na cidade de Lisboa,nomeadamente 92%. Neste conjunto de obras encon-travam-se 189 projetos de obras em edificado e 32projetos de obras de escassa relevância, isto é, obrasem edificado cujo alvará possui uma validade até 3meses.

A estas 221 obras incluídas no âmbito do processo dereabilitação da cidade de Lisboa são ainda de acres-centar as 864 obras de conservação para as quais aCM Lisboa emitiu uma autorização de ocupação davia pública entre Janeiro e Setembro de 2015, soman-do assim mais de um milhar de obras de reabilitaçãona cidade neste período.

As obras de conservação não possuem qualquer pro-cesso de licenciamento a si associado e destinam-sea manter uma edificação nas condições existentes àdata da sua construção, reconstrução, ampliação oualteração, ou seja, são obras de restauro, reparaçãoou limpeza que dispensam a emissão de alvará oucomunicação prévia.

FORTE CRESCIMENTO DA PROCURA E DAS VENDAS AUMENTACONFIANÇA NO MERCADO

Os resultados do RICS/Ci PHMS de Setembro de 2015mostram que o crescimento das vendas está a ganharimpulso, sustentado por um período continuado de pro-cura definitivamente crescente. Consequentemente,isto levou a uma aceleração da recuperação dos preçosda habitação já em curso. No sector de arrendamento,o desequilíbrio entre o sólido crescimento da procurapor parte dos arrendatários e a queda das instruçõespor parte dos proprietários continua a suportar umaligeira retoma das rendas.

Dada a melhoria consistente dos fundamentos de mer-cado, os preços das casas continuam a recuperar, como ritmo de crescimento a acelerar particularmente emSetembro. De acordo com o inquérito, os preços habi-tacionais têm vindo a aumentar ao longo de dez mesesconsecutivos o que se seguiu a quase quatro anos dequedas persistentes. Olhando para o futuro, as expeta-tivas de preços permanecem firmemente em territóriopositivo, em todas as regiões cobertas pelo inquérito,quer para os próximos 3 meses quer para os próximos12 meses.

O índice de confiança nacional (medida composta dasexpetativas de curto prazo relativas a preços e vendas)aumentou para +42 seguindo os +32 registados ante-riormente. Este é o segundo resultado mais elevado járegistado, estendendo assim a trajetória positiva dasérie a Outubro de 2013.

Mais informação sobre a Ci disponível em www.confidencialimobiliario.com.

A Confidencial Imobiliária (Ci) é uma revista especializada na produ-ção de estatísticas e bases de dados sobre imobiliário. Entre outrosconteúdos, monitoriza o investimento imobiliário, tratando os dados dolicenciamento municipal de obras emitido mensalmente pelas princi-pais autarquias metropolitanas.

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PRESENTE NO MERCADO HÁ VÁRIOS ANOS, COMO TEM SIDO A EVOLU-ÇÃO DA AFIL E COMO SE TEM PROCURADO DIFERENCIAR NUM MERCA-DO CADA VEZ MAIS EXÍGUO E DIFÍCIL?

Faz 35 anos que nasceu a AFIL, empresa dedicada a solu-ções para a habitação, que se especializou em produtospara equipar salas de banho. Desde a sua fundação que aempresa tem evoluído assente numa gestão rigorosa, sem-pre com o objetivo de servir mais e melhor os clientes.Consideramos como um fator chave para o sucesso nummercado cada vez mais exigente, uma preocupação cons-tante em proporcionar produtos adequados para dar umaresposta concreta às expectativas dos nossos clientes.Apostando na inovação de produtos mas também de proces-sos, hoje somos uma empresa certificada pela norma ISO -9001, o que permitiu ganhos de eficiência a todos os níveisorganizacionais.

Cada um dos nossos agentes contribui para o crescimentodo sonho, que hoje se torna mais sólido e capaz de reagir atodas e quaisquer adversidades do mercado.

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Entrevista AFIL - Arménio Ferreira & IrmãoArménio Ferreira, Administrador

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COMO CARACTERIZA A EMPRESA E QUAL O SEU PERCURSO NOS ÚLTI-MOS ANOS? COMO QUALIFICA O SECTOR ONDE ESTÁ INSERIDO?

A empresa foi fundada na década de 80, período em que tam-bém se passaram sérias dificuldades económicas no país. Noentanto, nunca desistimos, procurando sempre as estratégiasacertadas para crescer em volume de negócios e consequente-mente em número de trabalhadores. A empresa, estando dire-tamente ligada ao mercado da construção, sector que tem atra-vessado uma gravíssima crise nos últimos anos, para poderprosseguir com sua estratégia tem-se preocupado com todosos sectores que envolvem a construção em Portugal, como apequena construção, a renovação e a reabilitação. Além disso,a aposta na exportação através da procura de novos mercadostambém se tem mostrado fundamental para manter uma dinâ-mica de crescimento.

QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS ÁREAS DE NEGÓCIO DA AFIL?

A AFIL dedica-se ao comércio grossista de produtos na área debanho, importação e exportação.

COMO SE COMPÕE A VOSSA GAMA DE PRODUTOS? QUAIS SÃO AS SOLU-ÇÕES MAIS PROCURADAS PELOS VOSSOS CLIENTES ATUALMENTE?

A gama de produtos da AFIL incide nos produtos para equiparsalas de banho, nomeadamente, móveis, cabines de duche,bases, colunas, resguardos, louças sanitárias, torneiras, espelhos,entre outros acessórios.

Atualmente, num mercado cada vez mais exigente e concorrencial,os nossos clientes pretendem soluções com materiais inovadores,design vanguardista e com uma boa relação qualidade/preço,situação que temos sempre presente para nos mantermos alta-mente competitivos.

QUAIS OS PRINCIPAIS FATORES DIFERENCIADORES DA EMPRESA FACE AOSSEUS CONCORRENTES?

A AFIL sempre teve uma preocupação constante em oferecer aosseus clientes produtos e serviços capazes de satisfazer as suasnecessidades.

Ao nível das soluções para equipar salas de banho procuramos teruma gama completa de soluções para satisfazer todas as neces-sidades dos nossos clientes.

Procuramos diferenciarmo-nos pela qualidade dos nossosprodutos, pelo serviço rápido e eficaz ao nível da capacidadede resposta nas encomendas, nas garantias e no serviçopós-venda.

É CADA VEZ MAIS EVIDENTE A NECESSIDADE DAS EMPRESAS SE INTER-NACIONALIZAREM, PROCURANDO NOVOS MERCADOS E NOVOS PÚBLI-COS-ALVO. A AFIL JÁ INICIOU ESSE PROCESSO? QUAIS OS MERCADOSESTRATÉGICOS?

Sim, a AFIL já exporta desde 2000 para vários Países, sendoque neste momento exporta para os quatro continentes,nomeadamente para os seguintes países:

• Espanha/França/Itália

• Angola/Marrocos/Argélia/Mali/Nigéria/Senegal/Togo/Camarões/Costa de Marfim Madagascar/ Gana/ Ga bão/ Benin

• Brasil/Guyane Francesa/Martinique/Sant Martin

• Arábia Saudita

QUAIS OS PRINCIPAIS DESAFIOS PARA O FUTURO DA EMPRESA?

O objetivo da AFIL é continuar a crescer através do aumentodo volume de faturação, quer internamente, quer em paísesem que atualmente ainda são residuais.

Futuramente procuramos garantir o crescimento sustentadoda AFIL, baseado em 3 pilares-base: experiência, integrida-de e confiança, visualizando como objetivo a perfeição.Persistimos em inovar na gestão, em diferenciar o produto,em prestar um serviço de qualidade. Tudo isto com espíritoganhador da gerência e colaboradores.

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PRESENTE NO MERCADO HÁ VÁRIOS ANOS, COMO TEM SIDO A EVOLU-ÇÃO DA MSF - MANUEL SANTOS & FILHOS E COMO SE TEM PROCU-RADO DIFERENCIAR NUM MERCADO CADA VEZ MAIS EXÍGUO E DIFÍCIL?

O negócio começou em 1976, pela mão de Manuel dos Santosque na altura transportava cereais e batata para o sul do paíse, para rentabilizar as viagens, no regresso trazia materiais deconstrução para a nossa região.

Em 1988 dão-se duas grandes mudanças: a constituição dafirma MSF - Manuel dos Santos & Filhos, Lda, até hoje existen-te, e a abertura ao público de um armazém/estaleiro de mate-riais de construção, rações e cereais. Esta última teve umagrande evolução na forma de trabalhar, uma vez que a vendadeixou de ser restrita à descarga direta ao cliente, começandoa ser feita a venda direta ao público num horário alargado.

Em 2002 dá-se outra grande alteração, a construção de novasinstalações, uma área 16 vezes superior ao primeiro arma-zém/estaleiro.

As evoluções foram muitas e a todos os níveis, de talforma que seria bastante extenso falar nelas todas.

De salientar também, que graças à nossa crescente evo-lução, foi-nos atribuído o estatuto de PME Líder 2008,2009, 2010, 2011, 2012, 2013, 2014 e 2015 e o de PMEExcelência em 2009, 2011, 2012 e 2015.

A instabilidade económica do nosso país é grande, mascontrariamente a isso a nossa empresa tem tido cresci-mentos anuais na ordem dos 2 dígitos. Temos procuradoatingir a diferença, pela diversidade de produtos e servi-ços prestados aos clientes, acima de tudo ter uma visãopro ativa da evolução do mercado e de tudo aquilo quemelhor se faz a nível europeu para disponibilizar na nossarede de clientes.

COMO CARACTERIZA A EMPRESA E QUAL O SEU PERCURSO NOSÚLTIMOS ANOS? COMO QUALIFICA O SECTOR ONDE ESTÁ INSERI-DO?

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Entrevista MSF - Manuel Santos & FilhosLuís Santos, Sócio Gerente

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A nossa empresa carateriza-se por uma forte evoluçãona sua sustentabilidade e liderança do mercado ondeestamos inseridos.

Em relação ao nosso sector, sofreu fortes alteraçõesnos últimos anos. As empresas que com o seu conhe-cimento conseguiram adaptar-se a essas alteraçõescontinuam com crescimento. As empresas que, infeliz-mente, não acompanharam fecharam ou faliram com acrise na construção.

QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS ÁREAS DE NEGÓCIO DA EMPRESA?

Construção e Bricolage.

COMO SE COMPÕE A VOSSA GAMA DE PRODUTOS? QUAISSÃO AS SOLUÇÕES MAIS PROCURADAS PELOS VOSSOS CLIEN-TES ATUALMENTE?

A gama de produtos da MSF, onde se comercializammateriais de construção e bricolage, compõe-seessencialmente por: cimento e cal, artefactos e pré-esforçados de betão, colas, argamassas, gessos,telhas cerâmica, alvenaria cerâmica, isolamentos,leca, inertes, pvc-polietileno, ferro (varão construção),redes de vedação, tintas, máquinas e ferramentas,pavimentos e revestimentos cerâmicos, sanitários emóveis wc.

Aquilo que os clientes mais procuram é a requalifica-ção e renovação de edifícios, com o objetivo de melho-rar a funcionalidade habitacional e eficiência energéti-ca.

QUAIS OS PRINCIPAIS FATORES DIFERENCIADORES DA EMPRE-SA FACE AOS SEUS CONCORRENTES?

Idoneidade, transparência, rigor comercial e ofertaalargada de produtos.

É CADA VEZ MAIS EVIDENTE A NECESSIDADE DAS EMPRESASSE INTERNACIONALIZAREM, PROCURANDO NOVOS MERCADOSE NOVOS PÚBLICOS-ALVO. A MSF - MANUEL SANTOS &FILHOS JÁ INICIOU ESSE PROCESSO? QUAIS OS MERCADOSESTRATÉGICOS?

Sim, os mercados estratégicos passam pela força danossa comunidade em França e Suíça que represen-tam neste momento, cerca de 8% do nosso volume denegócios.

QUAIS OS PRINCIPAIS DESAFIOS PARA O FUTURO DA EMPRE-SA?

Estamos neste momento a planear a construção deuma nova área comercial, com cerca do dobro da áreaexistente. O objetivo será que este novo projeto nosajude a crescer e aumentar o desenvolvimento dosnossos clientes no mercado onde estamos inseridos.

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Entrevista Unissima Home CoutureAna Piquete, sócia-gerente

COMO CARACTERIZA A MARCA UNISSIMA HOME COUTURE E QUAL OBALANÇO GERAL DA SUA ATIVIDADE AO LONGO DE 2015, ANO DE LAN-ÇAMENTO DA MARCA?

Primeiro que tudo, é preciso olhar para um dado relevante:embora a Unissima tenha sido maturada durante muitotempo, ela foi lançada apenas em Junho do ano passado.Antes de Junho existia apenas um projeto - já com basespara arrancar, é certo - mas ainda não passava disso. Depoisde 2015, devo dizer que o balanço é extremamente positivo.Conseguimos fazer o que queríamos: posicionar a marca nosegmento mais alto, no luxo, e chegar rapidamente a clientesem Portugal e em África. Fizemo-lo principalmente em Angolae Camarões, estivemos na MaDecor (Marrocos), fomos aoHiDesign Asia, para além de termos inaugurado o nosso ate-lier exclusivo no Parque das Nações e de termos estado emeventos portugueses também muito relevantes.

Queremos estar lá fora, mas queremos também marcar a dife-rença em solo nacional. A presença no primeiro “Hotels andSuppliers Business and Meetings”, que decorreu em Portugal, éprova disso mesmo.

A UNISSIMA PRETENDE, PORTANTO, ESTAR NO MERCADO HOTELEIRO.COMO É QUE ISSO VAI ACONTECER? QUAIS OS PONTOS FORTES DAMARCA NESSE CONTEXTO?

A presença nestes eventos nacionais e internacionais (Hotelsand Suppliers Business and Meetings e HiDesign Asia) mostramessa mesma aposta. Neste momento nós já nos movemos den-tro de mercados hoteleiros importantes e estamos a estudar aentrada em projetos enquadrados na hotelaria de topo, sendoque existem algumas possibilidades concretas. Queremos, porum lado, mostrar a qualidade e exclusividade do design de inte-riores Unissima e, por outro, dar voz às nossas peças de mobi-liário.

São simplesmente únicas. Brevemente, as pessoas vão come-çar a ouvir falar da Unissima não só como marca que trabalhacom o cliente final, a pessoa que procura um serviço ou a exclu-sividade das peças únicas e customizáveis, mas também comomarca ligada ao ramo hoteleiro. Essa exclusividade e customi-zação das nossas peças e interiores, aliada ao controlo comple-to da cadeia de valor dos nossos móveis, dá-nos um certo à--vontade no desenvolvimento do nosso trabalho. Depois, nofacto de recorrermos muito às nossas peças para decorar osprojetos de interiores, temos outro ponto forte. E estamos a pro-curar que esta entrada no mercado hoteleiro possa acontecertanto em Portugal, como lá fora.

EM TERMOS DE PRODUTO, QUAIS É QUE SÃO AS PRINCIPAIS CARACTE-RÍSTICAS DA UNISSIMA?

A Unissima Home Couture é luxo, exclusividade e design. Onosso conceito de “home couture” mostra isso mesmo, a conce-ção de um produto de design inovador e customizável. Temosuma equipa de designers direcionada, por um lado, para a ver-tente mais apaixonada e emotiva da criação e, por outro, focadana satisfação rigorosa do cliente, que é igualmente único.Usamos apenas materiais de alta qualidade e acabamentos detopo, onde entram madeiras criteriosamente selecionadas emetais nobres, como a prata e o ouro. Em termos de peças deautor, a marca criou este ano seis coleções, que refletem dife-rentes inspirações, tendo outras três em fase de conclusão.Estas peças, embora possam ser comercializadas de forma iso-lada, são essenciais na configuração dos espaços. Todo o servi-ço de design de interiores é feito através de um acompanhamen-to constante do cliente, independentemente da sua localizaçãogeográfica. Prova disso é a presença regular dos funcionáriosda marca em várias regiões do globo, permitindo à Unissima umcontacto direto e personalizado com o cliente.

COMO SURGIU A IDEIA DA INTERNACIONALIZAÇÃO? E O LUXO, COMO ÉQUE APARECE NA FORMA DE POSICIONAMENTO DA MARCA?

Em plena crise económica e financeira, eu e o meu irmão, queherdámos uma tradição de cerca de quarenta anos na indústriados móveis, sentimos que este projeto devia ser pensado além--fronteiras.

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Por um lado, isso permite-nos evitar os constrangimentos naturaisde um mercado pequeno como Portugal, principalmente em perío-dos de maiores dificuldades conjunturais. Por outro, a projeçãointernacional permite não só sermos reconhecidos pelo mundoenquanto marca de excelência, como também pensar o cresci-mento desta em moldes diferentes. É claro que isso implicou maio-res investimentos da mais diversa ordem, desde o marketing e dacomunicação até à produção, passando pelo reforço do departa-mento de design. Mas sentimos que tínhamos essa capacidade eque os nossos produtos tinham essa qualidade, e isso tem-se com-provado. Assim, o luxo aparece quase como consequência natural:quisemos sempre que a Unissima representasse o melhor queexiste no ramo do design de interiores e do mobiliário. Mais do queapenas uma nova marca de interiores e móveis, a Unissima HomeCouture é luxo e exclusividade, pensados para cada cliente. Cadaprojeto é estudado e concebido criteriosamente para o perfil erequisições do cliente, de forma a cumprir níveis satisfação e dequalidade altíssimos.

E QUAL O PLANO DE EXPANSÃO INTERNACIONAL DEFINIDO PELA MARCA?NUMA ALTURA EM QUE MUITAS EMPRESAS PROCURAM NOVOS MERCADOS,QUAIS OS OBJETIVOS A CURTO, MÉDIO E LONGO PRAZO DA UNISSIMA?

Neste momento nós trabalhamos em Portugal, Angola eCamarões. O primeiro, por razões naturais, e os segundos, porquejá estamos presentes neles, têm para nós importância extrema,pelo que estamos focados em aprofundá-los cada vez mais. Mastemos também o foco de chegar a outros pontos do continen-te africano e ao continente asiático.

A presença na MaDecor, em Casablanca, foi uma ação que teveesse intuito, com frutos muito importantes para a projeção noNorte de África. Já o HiDesign, em Kuala Lumpur, permitiu-nosabrir portas no ramo da hotelaria asiática, o que poderá trazercoisas muito positivas para a marca no curto-médio prazo. Nessemesmo espaço de tempo, a Unissima planeia entrar na região doGolfo Pérsico, por ser um mercado que temos estudado e porsabermos que ele trará muitas possibilidades à marca. A longo--prazo, as nossas hipóteses são várias e imensamente positivas.Mas o nosso caminho será sempre feito na direção de nos tornar-mos uma marca cada vez mais internacionalizada, mantendo adiferenciação e a customização como principais característicasde posicionamento.

Cobblepot, Mesa de Apoio

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NOVOS MATERIAIS ETECNOLOGIAS

artigoentrevistas

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Atualmente, a procura de uma construção com maior valor desustentabilidade tem sido uma das premissas da comunidadecientífica e da indústria da construção. Esta procura passa porfazer uma gestão cuidada dos recursos naturais a utilizar e tam-bém pelo desenvolvimento de novos materiais de construção etecnologias que permitam suprimir alguns dos problemas dopatrimónio edificado.

Todos os anos, uma energia de cerca de 5×1024 J é fornecidapelo sol e atinge toda a superfície terrestre. Esta quantidade écerca de 10.000 vezes superior ao consumo real de energia porano em todo o mundo. Assim, a necessidade de encontrar umaforma de tirar proveito deste recurso, juntamente com a procurade uma melhoria na qualidade do meio ambiente, é enorme. Istotem conduzido os esforços da comunidade científica em combi-nar o uso de energia solar e novos materiais de construção fun-cionais, que permitam limitar o consumo de energia (Diamanti etal., 2008).

O elevado ritmo de crescimento das áreas urbanas e o aumentodos parâmetros de conforto, têm vindo a provocar um acréscimonos consumos energéticos, tornando-se numa das maiores preo-cupações da sociedade atual. Este problema deve-se ao usoexcessivo de energia proveniente de fontes não renováveis, queprovocam graves impactos no meio ambiente. Sabendo-se quegrande parte do consumo de energia elétrica no sector residen-cial está associado ao aquecimento e arrefecimento, torna-seurgente a implementação de novas soluções construtivas quevisem aumentar a eficiência energética dos edifícios.

Uma grande vantagem da incorporação de Materiais deMudança de Fase, denominados na língua inglesa de “PhaseChange Materials” (PCM) nos edifícios, é que estes oferecemgrandes áreas para armazenamento e transferência de calor, queassociada à problemática dos enormes consumos energéticostorna a utilização de PCM em edifícios, uma solução interessantena resolução deste problema. Portanto, é necessário que a cons-trução deixe de ser tradicionalmente conservadora e comece aapostar mais em soluções inovadoras que proporcionem a reso-lução de problemas com vários anos. Assim, a enorme superfíciecoberta por materiais de construção representa atualmente umasolução promissora na exploração da energia solar, graças àsmelhorias tecnológicas nos campos energéticos e do meioambiente.

Em Portugal existem grandes áreas urbanas construídas nadécada de 90, com graves deficiências, apresentando simulta-neamente um desafio e uma oportunidade para o sector da cons-trução e reabilitação. Qualquer solução, tanto para edifíciosnovos como para operações de reabilitação, deve possuir umcontributo para a diminuição dos consumos energéticos e parauma melhoria das condições de habitabilidade dos edifícios.

A eficiência energética dos edifícios é hoje um dos principaisobjetivos da política energética a nível internacional (Soares etal., 2013). Os edifícios são um dos sectores líderes no consumode energia nos países desenvolvidos, sendo que na UniãoEuropeia são responsáveis por cerca de 40% do consumo deenergia e pela produção de cerca de 40% das emissões de CO2

para a atmosfera.

Numa abordagem sustentável, os edifícios devem ser projeta-dos para garantir o conforto térmico dos ocupantes durantetodo o ano, com um mínimo de energia auxiliar para aqueci-mento e arrefecimento. Em abordagens não-sustentáveis, osedifícios são cada vez mais dependentes de sistemas de clima-tização que permitam garantir o conforto térmico no seu interior.Este tipo de medida origina um aumento no consumo de ener-gia, bem como um aumento das emissões de gases de efeitode estufa. Consequentemente, verifica-se também um aumentodos custos de utilização do edifício, uma vez que os preços doscombustíveis fósseis têm um grande impacto nos custos deoperação dos sistemas de climatização, conduzindo-nos a umaumento do custo operacional dos edifícios durante todo o seuciclo de vida (Blengini et al., 2010).

O recurso a aplicações relacionadas com a utilização de ener-gias renováveis contribui para o aumento da eficiência energé-tica, diminuição do recurso a reservas de combustíveis fósseise consequente diminuição das emissões de poluentes para aatmosfera, tornando-se numa medida de atuação crucial napromoção da eficiência energética e da sustentabilidade dosedifícios. Além disso, a utilização de fontes de energia renová-veis é um fator decisivo na redução da dependência energéticados edifícios. Portanto, o recurso ao armazenamento térmicoatravés da utilização de PCM constitui uma estratégia para odesenvolvimento de projetos construtivos com elevado desem-penho energético.

A capacidade de diminuir e deslocalizar os consumos energéti-cos, associada à utilização de PCM, potencia a sua utilizaçãoem argamassas como uma solução para a melhoria da eficiên-cia energética dos edifícios. Desta forma, a incorporação dePCM em sistemas construtivos possui benefícios sociais, eco-nómicos e ambientais, possibilitando um contributo significativonas diferentes dimensões do desenvolvimento sustentável.

Os benefícios sociais estão diretamente relacionados com oaumento do conforto térmico no interior das habitações, sendoeste um requisito relevante para a obtenção de um edifício dequalidade. O aumento do conforto térmico é conseguido atra-vés da capacidade de armazenamento do PCM, permitindoarmazenar e libertar energia, mantendo as temperaturas interio-res sensivelmente constantes, ou pelo menos com variaçõesinferiores.

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Argamassas Térmicas com incorporação de Materiais de Mudança de Fase

SANDRA CUNHA, ALUNA DE DOUTORAMENTO, DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL, UNIVERSIDADE DO MINHOJOSÉ AGUIAR, PROFESSOR ASSOCIADO COM AGREGAÇÃO, DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL, UNIVERSIDADE DO MINHOVICTOR FERREIRA, PROFESSOR ASSOCIADO, DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL, UNIVERSIDADE DE AVEIROANTÓNIO TADEU, PROFESSOR CATEDRÁTICO, DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL, UNIVERSIDADE DE COIMBRA

Novos Materiaise Tecnologias

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A utilização de soluções construtivas modificadas com a incor-poração de PCM, possui ainda um efeito benéfico na humida-de interior dos espaços, o que sem dúvida conduzirá a umadiminuição de eventuais patologias no interior dos edifícios. Oaspeto ambiental encontra-se relacionado com a redução dorecurso a fontes de energia não renováveis, uma vez que estatecnologia possui um efeito termorregulador do ambiente inte-rior dos edifícios, proporcionando uma diminuição da utiliza-ção dos equipamentos de climatização, que também permitereduzir as emissões de gases poluentes para a atmosfera. Adimensão económica diz respeito à adequação da tecnologiae custos associados à sua implementação. Os custos ineren-tes à sua aplicação devem ser facilmente suportados e amor-tizados pelo utilizador. Pode ainda referir-se que, os benefí-cios económicos da diminuição dos consumos energéticos edesfasamento dos mesmos para fora das horas de maior pro-cura, são evidentes e podem ser conseguidos através doarmazenamento térmico.

É do conhecimento geral que todos os materiais interagemcom o ambiente, no entanto, grande parte não possui capaci-dade de alterar as suas propriedades de acordo com ascaracte rísticas do ambiente em que são aplicados. Os PCMs,possuem a capacidade de mudar o seu estado em função datemperatura ambiente. Quando a temperatura ambiente querodeia o PCM aumenta e passa o ponto de fusão do material,este passa de estado sólido para estado líquido, absorvendoe armazenando a energia calorífica ambiente. Quando a tem-peratura ambiente baixa, e passa o ponto de solidificação doPCM, então este passa do estado liquido para o estado sólido,libertando a energia anteriormente armazenada.

De todos os materiais existentes aquele cuja assimilação doconceito de mudança de fase, torna a sua perceção mais fácilé a água. Esta pode apresentar-se no estado sólido, líquido ougasoso. O processo de transição do estado sólido para o esta-do líquido, é denominado de fusão e o processo inverso desolidificação, ocorrendo ambos a cerca de 0ºC. Por sua vez atransição do estado líquido para o gasoso denomina-se devaporização e o processo inverso de condensação, ocorrendoa cerca de 100ºC. A cada mudança de estado encontra-seassociada uma quantidade de energia, denominada de ental-pia.

Para a correta utilização do PCM, este deve ser encapsulado,caso contrário, durante a fase líquida pode correr-se o riscodeste se deslocar do local em que foi aplicado (Figura 1).Existem duas principais formas de encapsulamento: microen-capsulamento e macroencapsulamento. O macroencapsula-mento baseia-se na introdução de PCM em tubos, painéis ououtro recipiente de grandes dimensões, geralmente é efetua-do em recipientes com mais de 1 cm de diâmetro.

O microencapsulamento de PCM consiste na colocação deuma pequena massa em pequenas partículas, revestidas porpolímeros de alto desempenho. As microcápsulas podem seresféricas ou assimétricas e com forma variável, com diâmetroinferior a 1 cm, contudo o diâmetro preferencial situa-se entreos 1 - 60 μm. A vantagem deste processo de encapsulamentoé a melhoria da transferência de calor, através da sua grandesuperfície (Cabeza et al. 2011; Tyagi et al., 2011).

Em 1983, surgiu a primeira classificação do PCM em orgânicos,inorgânicos e misturas eutéticas. Os materiais orgânicos podemser parafínicos e não-parafínicos, possuindo uma fusão congruen-te, mudando de fase vezes sem conta e sem degradação. OsPCMs inorgânicos são classificados como sais hidratados e metá-licos. Os sais hidratados são o grupo mais importante dos PCMs etêm vindo a ser extensivamente estudados, uma vez que possuemuma maior condutibilidade térmica, reduzida inflamabilidade e cus-tos de aquisição mais baixos. Por último, as misturas eutéticasresultam da combinação de dois ou mais compostos de naturezaorgânica, inorgânica ou ambas, apresentando desta forma tempe-raturas de transição mais aproximadas das necessidades existen-tes, comparativamente com os compostos que as originam, indivi-dualmente (Zalba, 2003).

Figura 1: Microcápsulas de material de mudança de fase.

De todas as aplicações de PCM em edifícios, a mais interessanteé a sua incorporação em materiais de construção com o objetivode alterar as suas propriedades térmicas (Figura 2). Existem umasérie de possibilidades: o PCM pode ser usado como um meio dearmazenamento térmico para aquecimento solar passivo, pode serincorporado no pavimento, na parede ou no teto e pode tambémfazer parte do mais complexo sistema térmico, tais como bombasde calor e painéis solares, sendo que a grande vantagem da incor-poração de PCM nos edifícios é a vasta área que estes oferecempara armazenamento e transferência de calor.

Figura 2: Microestrutura de uma argamassa de gesso com incorporação de PCM.

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tíveis de serem atacadas, o que se encontra relacionado com afacilidade que os agentes agressores possuem em penetrar naargamassa devido ao aumento da porosidade com a incorpora-ção de PCM. No entanto, todas as argamassas possuem umcomportamento satisfatório (Cunha et al., 2015c). De salientarque a incorporação de fibras de poliamida (Figura 6) melhorasignificativamente o comportamento das argamassas ao gelo--degelo e também diminui a sua retração (Cunha et al., 2012;Cunha et al., 2015c).

Figura 3: Resistência à compressão de argamassas com incorporação de PCM.

Figura 4: Absorção de água por imersão de argamassas com incorporação de PCM.

Os autores avaliaram ainda o comportamento térmico de arga-massas com incorporação de PCM, para um dia típico de verãopara a região norte de Portugal. Os ensaios foram efetuadoscom recurso a modelos (Figura 7) colocados no interior de umacâmara climática. Foi possível observar que quando a tempera-tura atinge o intervalo de temperaturas de conforto térmico,compreendidas entre 20°C e 25°C, ocorre a transição de fasedo PCM e o comportamento térmico das argamassas começa adesenvolver-se de um modo distinto quando comparado com ocomportamento térmico das argamassas sem incorporação dePCM (Figura 8). Em todas as argamassas foi possível observaro efeito benéfico da incorporação de PCM, uma vez que se veri-ficou uma diminuição das temperaturas máximas e aumentodas temperaturas mínimas nas argamassas dopadas comPCM.

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A importância da adequação da temperatura de transição doPCM e a temperatura atmosférica é extremamente importante,uma vez que a utilização de uma temperatura de transição forada gama de temperaturas de conforto, não permite o corretofuncionamento da solução construtiva, não se tirando partido dacapacidade de armazenamento térmico do material.

Vários trabalhos no âmbito das argamassas com incorporaçãode microcápsulas de PCM têm vindo a desenvolver-se. O traba-lho tem incidido na incorporação de PCM em argamassas àbase de diferentes ligantes, sendo estes a cal aérea, cal hidráu-lica, gesso e cimento. Para cada tipo de ligante os autoresdesenvolveram e caracterizaram argamassas dopadas comdiferentes teores de PCM, no que diz respeito às suas caracte-rísticas físicas e mecânicas, desempenho térmico e durabilida-de (Cunha et al., 2012; Cunha et al., 2013a, Cunha et al.,2013b; Cunha et al. 2015a).

Verificou-se que existe uma boa interação entre o PCM e osdiferentes materiais constituintes da argamassa, evidenciadapela ausência de fissuras na sua microestrutura. As microcá -psulas de PCM apresentaram uma distribuição homogénea namatriz da argamassa, tendo o PCM demonstrado também umaboa integridade, sem sinais de rutura ou de danos, o quedemonstra que as microcápsulas resistem adequadamente aoprocesso de mistura, aplicação e cura das argamassas.Contudo, mesmo existindo uma boa interação entre os diferen-tes materiais constituintes da argamassa, foram avaliadas assuas características mais importantes, tais como a resistência àcompressão, absorção de água, gelo-degelo e regulação datemperatura, de modo a provar que estas argamassas se ade-quam ao sector da construção em Portugal.

Relativamente à resistência à compressão foi possível verificarque a incorporação de PCM originou uma diminuição do seuvalor em todos os ligantes estudados (Figura 3). Contudo, nasargamassas à base de cal hidráulica, gesso e cimento foi pos-sível obter argamassas com classificação mínima CSII, de acor-do com a norma portuguesa NP EN 998-1 (IPQ, 2010). Poroutro lado, no que confere à absorção de água foi possível veri-ficar um aumento da mesma com a presença de PCM (Figura4). Estes comportamentos encontram-se associados com anecessidade uma maior quantidade de água na formulação dasargamassas, devido às pequenas dimensões das microcápsu-las de PCM, o que gera uma maior porosidade da argamassa econsequente menor resistência mecânica (Cunha et al., 2015b).

A durabilidade dos materiais de construção encontra-se direta-mente relacionada com a sustentabilidade dos mesmos. Umavez que materiais mais duráveis conduzem a menores açõesde reabilitação, o que consequentemente origina menores con-sumos de matérias-primas, energia e produção de resíduos. Adurabilidade de um material consiste na capacidade de suportaro desgaste ou deterioração. Até recentemente, existia umasuposição errada de que um material mais resistente, seria porconsequência um material mais durável. Portanto, os desenvol-vimentos tecnológicos dos materiais de construção concentra-ram-se em obter materiais cada vez mais resistentes. A durabi-lidade das argamassas com incorporação de PCM foi tambémavaliada pelos autores tendo em consideração os ensaios degelo/degelo. De acordo com a Figura 5, foi possível observarque a incorporação de PCM torna as argamassas mais susce-

Novos Materiaise Tecnologias

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Referências

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CABEZA, L.; CASTELL, A.; BARRENECHE, C.; GRACIA, A.; FERNÁNDEZ , A. (2011) Materials used asPCM in thermal energy storage in buildings: A review. Renewable and Sustainable Energy Reviews. 15pp. 1675-1695.

CUNHA, S.; AGUIAR, J.; FERREIRA, V.; TADEU, A. (2013b) Influence of Adding Encapsulated PhaseChange Materials in Aerial Lime based Mortars. Advanced Materials Research. 687 pp. 255-261.

CUNHA, S.; AGUIAR, J.; FERREIRA, V.; TADEU, A. (2015a) Mortars Based in different binders with incor-poration of phase change materials: Physical and mechanical properties. European Journal ofEnvironmental and Civil Engineering. 19 pp. 1216-1233.

CUNHA, S.; AGUIAR, J.; FERREIRA, V.; TADEU, A.; GARBACZ, A. (2015b) Mortars with phase changematerials - Part I: Physical and mechanical characterization. Key Engeneering Materials. 634 pp. 22-32.

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CUNHA, S.; AGUIAR, J.; KHERADMAND, M.; BRAGANÇA, L.; FERREIRA, V. (2013a) Thermal mortarswith incorporation of PCM microcapsules. Restoration of Buildings and Monuments. 19 pp. 171-177.

CUNHA, S.; ALVES, V.; AGUIAR, J.; FERREIRA, V. (2012) Use of phase change materials microcapsulesin aerial lime and gypsum mortars. Cement Wapno Beton. Special Issue pp. 17-21.

DIAMANTI, M.; ORMELLESE, M.; PEDEFERRI, M. (2008) Characterization of photocatalytic and super-hydrophilic properties of mortars containing titanium dioxide. Cement and Concrete Research, 38 pp.1349-1353.

INSTITUTO PORTUGUÊS DA QUALIDADE (IPQ), NP EN 998-1 (2010) Especificações de argamassaspara alvenarias - Parte 1: Argamassas para rebocos interiores e exteriores.

SOARES, N.; COSTA, J.; GASPAR, A.; SANTOS, P. (2013) Review of passive PCM latent heat thermalenergy storage systems towards buildings energy efficiency. Energy and Buildings. 59 pp. 82–103.

TYAGI, V.; KAUSHIK, S.; TYAGI, S.; AKIYAMA, T. (2011) Development of phase change materials basedmicroencapsulated technology for buildings: A review. Renewable and Sustainable Energy Reviews. 15pp. 1373-1391.

ZALBA, B.; MARIN, J.; CABEZA, L; MEHLING, H. (2003) Review on thermal energy storage with phasechange: materials, heat transfer analysis and applications. Applied Thermal Engineering. 23 pp. 251-283.

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Verificou-se também que a temperatura para as argamassascom PCM permanece mais próxima ou até mesmo dentro dastemperaturas de conforto por um período de tempo mais longo.Este efeito traduz-se numa redução do tempo de operação dossistemas de aquecimento e/ou arrefecimento no interior dosedifícios, proporcionando desta forma uma redução nos consu-mos energéticos dos edifícios e aumento dos parâmetros deconforto dos seus ocupantes.

Figura 5: Perda de massa face a ações de gelo-degelo de argamassas com incor-poração de PCM.

Figura 6: Fibras de poliamida.

Figura 7: Modelos utilizados nos ensaios térmicos.

Figura 8: Desempenho térmico das argamassas com incorporação de PCMdurante a estação de verão

Em suma, demonstrou-se que a incorporação de PCM em arga-massas altera as suas principais propriedades. Contudo, estasalterações não impedem a normal utilização das mesmas nosedifícios, uma vez que todas estas alterações podem ser con-troladas através de uma correta formulação das argamassas.Assim, foi comprovada que a utilização de argamassas comPCM constitui uma solução construtiva sustentável de valoracrescentado, permitindo suprimir os principais desafios exis-tentes na indústria da construção relativamente à melhoria dosparâmetros de conforto no interior dos edifícios.

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Entrevista Amorim IsolamentosCarlos Manuel, Diretor Geral

A empresa surge em 1997 como uma unidade de negócios deGrupo Amorim, para a produção de aglomerados de isolamento eé líder de mercado com as marcas Amorim (marca institucional),Corkpan (mercado italiano), Corktherm 040 (Áustria, Alemanha eSuíça), Corkisol (França) e Thermacork (EUA).

Com o objetivo de alcançar a certificação e qualidade totais, aAmorim Isolamentos é uma empresa que procura elevados índicesde qualidade e produtividade, onde a proteção do meio ambiente ea preservação dos recursos naturais são uma constante, demons-trando claramente o seu posicionamento perante a comunidadeem que se insere.

Temos tido um percurso absolutamente normal e, apesar de algu-mas dificuldades no sector, temos vindo a cumprir os nossos obje-tivos de crescimento.

QUAIS OS PRINCIPAIS FATORES DIFERENCIADORES DA EMPRESA FACE AOSSEUS CONCORRENTES?

A Unidade de Negócios Isolamentos - Amorim Isolamentos, SA -dedica-se à produção de aglomerados de isolamento de excelentedesempenho técnico e rigorosamente 100% naturais.

COMO CARACTERIZA A EMPRESA E QUAL O SEU PERCURSO NOS ÚLTI-MOS ANOS? COMO QUALIFICA O SECTOR ONDE ESTÁ INSERIDO?

A Amorim Isolamentos está integrada na Corticeira Amorim edetém uma sólida posição no mercado europeu, resultante deum rigoroso empenho no cumprimento dos padrões de quali-dade e exigência requeridos, sobretudo pelo sector da cons-trução sustentável.

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Como fator diferenciado temos a cortiça e em especial o aglo-merado de cortiça expandida (marca Amorim), que devido àssuas características técnicas e sustentabilidade posiciona-seno patamar de qualidade superior.

COMO SE COMPÕE A VOSSA GAMA DE PRODUTOS? QUAL AQUELE QUEELEGE COMO SENDO O MAIS INOVADOR TECNOLOGICAMENTE?

Soluções como o Aglomerado de Cortiça Expandida, umasolução com elevado desempenho no isolamento térmico,acústico e antivibrático, especialmente indicada para aplica-ção em paredes exteriores, interiores e duplas; lajes; cobertu-ras planas e inclinadas e piso radiante.

O Lambourdé, sistema de rápida aplicação, concebido parasoluções de isolamento de baixa espessura e em reabilitaçãode edifícios. Para fixação mecânica no pavimento ou parede,garantindo excelente isolamento térmico e acústico e posterioracabamento em madeira ou placa de gesso.

O Corkoco, solução que recorre a dois produtos naturais comcaracterísticas ímpares, a cortiça e o coco, garantindo altodesempenho no isolamento acústico.

É especialmente vocacionada para aplicação em tetos, paredes epavimentos. O Coco, solução natural da família das fibras durascom características ímpares de rigidez e dureza. É um produto ver-sátil dado a sua resistência durabilidade e resiliência que garantealto desempenho no isolamento acústico.

O Granulado de Cortiça Expandida, solução de enchimento levecom propriedades de isolamento acústico para aplicação em beto-nilhas, pavimentos e paredes duplas interiores.

E o Corksorb, com base em cortiça, absorve óleos e solventesorgânicos sem absorver água. Flutuam mesmo depois de satura-dos e podem ser utilizados para lidar com todo o tipo de derramese fugas. Os produtos CorkSorb são adequados para o uso emáreas ATEX.

De facto trata-se de gama diversificada, com solução para diversasaplicações, mas destacamos o MD fachada (fachada exterior àvista), gama especial de aglomerado de cortiça expandida comelevado desempenho técnico para revestimento exterior e interiorde paredes e tetos - Cortiça à vista, e agora com inovação nodesign a que chamamos WAVE fachada.

DE QUE FORMA É QUE O DESENVOLVIMENTO DE NOVOS MATERIAIS E TEC-NOLOGIAS AUMENTA A RENTABILIDADE DA EMPRESA E MELHORA A RELA-ÇÃO COM O CONSUMIDOR FINAL?

Obviamente pensamos no aumento de rentabilidade, mas bastan-te focados na qualidade e soluções inovadores para melhor res-posta às necessidades do mercado.

QUAIS SÃO OS PRODUTOS COM MAIOR PROCURA? QUE CARACTERÍSTICASE QUE APLICAÇÕES POSSUEM?

Ao longo dos anos tentamos, com sucesso, alargar a nossa gamade soluções mas sempre a partir do Aglomerado Expandido; tecni-camente excelente e “imbatível” no conceito de sustentabilidade edurabilidade, mas de facto a maior procura situa-se na área de iso-lamento térmico no sistema ETICS.

Todas as nossas aplicações gozam de vantagens em termos deisolamento térmico, acústico e antivibrático potenciadas pela ori-gem do produto, características e tratamento 100% natural, pro-cesso de fabrico e experiência.

O MERCADO DA REABILITAÇÃO TEM SIDO UMA DAS GRANDES APOSTAS NAÁREA DA CONSTRUÇÃO, COM INTERVENÇÕES DE GRANDE COMPLEXIDADEFACE À CONSTRUÇÃO NOVA. O DESENVOLVIMENTO DE NOVOS MATERIAIS ETECNOLOGIAS TÊM AJUDADO A SIMPLIFICAR ESSAS INTERVENÇÕES?

O mercado da reabilitação é uma realidade onde as nossas solu-ções de cortiça encaixam quase na perfeição, mas obviamentetambém satisfeitos com a inclusão do nosso aglomerado de cortiçana construção nova e normalmente projetos de rigor qualitativo eexigência ambiental.

QUAIS OS PRINCIPAIS DESAFIOS PARA O CONTÍNUO CRESCIMENTO DAEMPRESA? TÊM PROJETOS NOVOS PARA ESTE ANO?

Os desafios são sempre os mesmos; melhorar - inovar -, divul-gar e crescer, com novos projetos para este e para os próximosanos.

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Entrevista BarbotSofia Miguel, Diretora Marketing

QUAIS OS PRINCIPAIS FATORES DIFERENCIADORES DA EMPRESA FACEAOS SEUS CONCORRENTES?

O mercado das tintas é um mercado altamente competitivo e emconstante adaptação às necessidades do mercado. Por estarazão, a Barbot tem procurado ser pioneira nas soluções queapresenta, através da criação de novos produtos, mas tambématravés do contacto de proximidade com o consumidor, quecada vez tem um papel mais ativo na decoração.

A permanente aposta na inovação é um fator de diferenciação econcretiza-se não apenas no lançamento de produtos novos nomercado, como também na melhoria permanente dos produtos,otimizando o seu desempenho e eficácia.

COMO SE COMPÕE A VOSSA GAMA DE PRODUTOS? QUAL AQUELE QUEELEGE COMO SENDO O MAIS INOVADOR TECNOLOGICAMENTE?

A Barbot centra a sua atividade na produção e comercializaçãode tintas e vernizes nos seguintes segmentos: construção civil,decoração e indústria.

COMO CARACTERIZA A EMPRESA E QUAL O SEU PERCURSO NOS ÚLTI-MOS ANOS? COMO QUALIFICA O SECTOR ONDE ESTÁ INSERIDO?

Com mais de 90 anos de atividade, o grupo Barbot diferencia--se pela aposta na qualidade e na inovação dos seus produtos,para responder aos novos desafios da construção e da decora-ção de interiores. Presente em três continentes - Europa, Áfricae América, o Grupo Barbot inclui hoje oito empresas.

O crescimento da Barbot nos últimos anos tem-se desenhadoatravés da sua expansão internacional, contando com unida-des próprias em Portugal, Espanha, Angola, Moçambique eCabo Verde, mas também exportando, a partir de Portugal,para vários mercados como França, Luxemburgo, Suíça eBélgica e ainda países do norte de África, como Marrocos eGuiné.

Por outro lado, o grupo tem apostado no alargamento das suassoluções, nomeadamente a nível de soluções técnicas, comopavimentos, revestimentos e isolamentos, que respondem aosdesafios do mercado da reabilitação.

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No segmento da construção civil e decoração, a Barbot apre-senta um alargado portefólio de tintas e vernizes, para interio-res e exteriores, que se adaptam às necessidades de cada pro-jeto.

Atenta às novas tendências da construção, nomeadamente daconstrução sustentável, a Barbot apostou também no desenvol-vimento e comercialização de soluções técnicas ao nível depavimentos, revestimentos e isolamentos, que cumprem os exi-gentes requisitos do mercado. Neste segmento, destacam-seas soluções Barbotherm e Barbotherm Cork, dois inovadoressistemas de isolamento térmico e acústico de elevado desem-penho.

No segmento industrial, a Barbot oferece uma gama de solu-ções para a indústria metalomecânica ligeira e pesada, queengloba uma variedade de produtos destinados à proteção emanutenção de todo o tipo de estruturas em metal, desde oaço, ferro, alumínio, passando pelos galvanizados, até aozinco, cobre, entre outras. A Barbot opera também na indústriada metalografia, produzindo esmaltes e vernizes para o interior

e exterior das embalagens metálicas de produtos alimentares enão alimentares de natureza acrílica, epóxi, poliéster, etc.Produz ainda corantes industriais, direcionados para a indústriade tintas.

Como produto mais inovador, a Barbot Velvet Poudré surpreen-de pela suavidade ao toque mas, ao mesmo tempo, pela robus-tez no desempenho. Isto é, Velvet Poudré tem um acabamentoaveludado, criando uma sensação extra de conforto e de bem--estar, mas também revela características técnicas importantescomo resistência à esfrega, permitindo lavagens frequentes,excelente poder de cobertura e fácil aplicação.

DE QUE FORMA É QUE O DESENVOLVIMENTO DE NOVOS MATERIAIS ETECNOLOGIAS AUMENTA A RENTABILIDADE DA EMPRESA E MELHORA ARELAÇÃO COM O CONSUMIDOR FINAL?

A rápida evolução das tendências em arquitetura e decoraçãocria novos desafios aos profissionais do sector e ao consumidore a Barbot tem procurado estar na vanguarda das soluçõespara estes desafios.

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Entrevista

QUAIS SÃO OS PRODUTOS COM MAIOR PROCURA? QUE CARACTERÍSTI-CAS E QUE APLICAÇÕES POSSUEM?

O produto-estrela da Barbot continua a ser a tinta Dioplaste.Criada nos anos 60, tem-se mantido ao longo dos anos como oproduto líder de vendas da Barbot, devido à sua excelente rela-ção qualidade/preço. Esta preferência do consumidor tem sidocomprovada com vários prémios e reconhecimentos, entre osquais o facto de ter merecido por dois anos consecutivos - 2013e 2014 - o selo de “Escolha do Consumidor”, na categoria deTintas para Interior.

Também os produtos mais inovadores e recentes da Barbot têmtido uma elevada procura do consumidor. É o caso do BarbotInfinity, um produto que se adapta a qualquer superfície (pare-de, madeiras, PVC, vidro), permitindo pintar todo o ambientecom a mesma cor e facilitando o processo de “Faça VocêMesmo” (Do It Yourself - DIY).

Prova desta aposta é a inauguração, no ano passado, do centrode investigação e desenvolvimento da Barbot. O novo espaçopermite o controlo exaustivo da qualidade dos produtos emdesenvolvimento, desde o comportamento da tinta dentro dediferentes embalagens, à reação às mais diversas condiçõesmeteorológicas, mas também os diferentes acabamentos, asfases de secagem, as resistências mecânicas, químicas e àesfrega, entre muitos outros procedimentos de controlo. Istogarante não só a qualidade dos produtos comercializados, mastambém permite o desenvolvimento de novas soluções inova-doras.

E porque a inovação está sempre em permanente atualizaçãoe requer uma atualização e estudos constantes, a Barbot esta-belece ainda parcerias com várias instituições de ensino, comoa Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, oInstituto Superior de Engenharia do Porto e o InstitutoPolitécnico de Bragança.

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Também a tinta decorativa Barbot Ardósia foi um sucesso devendas. Trata-se de uma tinta que cria o efeito de ardósia per-mitindo desenhar e escrever com giz, numa superfície à esco-lha, e apagar apenas com um pano húmido.

O MERCADO DA REABILITAÇÃO TEM SIDO UMA DAS GRANDES APOSTASNA ÁREA DA CONSTRUÇÃO, COM INTERVENÇÕES DE GRANDE COMPLE-XIDADE FACE À CONSTRUÇÃO NOVA. O DESENVOLVIMENTO DE NOVOSMATERIAIS E TECNOLOGIAS TÊM AJUDADO A SIMPLIFICAR ESSAS INTER-VENÇÕES?

Sim, sem dúvida. A Barbot levou o termo reabilitação à letra erequalificou a sua área de produção, abrindo novas áreas dedesenvolvimento de produto. A Barbot iniciou-se assim emnovas áreas de produção que dão resposta às necessidades domercado, sobretudo na área da reabilitação.

Por entre as novas soluções, destaca-se, por exemplo, aDioflex 2RT que é um produto especialista na impermeabiliza-ção das fachadas. É um produto de nova geração, 100% acríli-co, que promete revolucionar o mercado da reabilitação de edi-fícios. Ainda neste segmento, realce também para a BarbocrilPlus D, a tinta plástica ideal para a pintura de fachadas e exte-riores, especialmente para projetos de reabilitação e de manu-tenção.

A Barbot lançou também em 2015 um novo catálogo parafachadas, com cerca de 149 tons diferentes. Todas as coresforam testadas em laboratório com o objetivo de garantir umaelevada resistência dos pigmentos e corantes no exterior, man-tendo por mais tempo a estética dos edifícios. Este catálogoapresenta ainda a gama de esmaltes, para madeiras e metais,que podem ser afinados em vários tons e apresentar diferentesacabamentos.

Fruto desta aposta, a Barbot tem sido a escolha para inúmerosprojetos de reabilitação tais como a prestigiada loja Cartier naAvenida da Liberdade, em Lisboa, ou a Igreja dos Clérigos, noPorto.

QUAIS OS PRINCIPAIS DESAFIOS PARA O CONTÍNUO CRESCIMENTO DAEMPRESA? TÊM PROJETOS NOVOS PARA ESTE ANO?

Acreditamos que 2016 é um ano em que o contacto com o con-sumidor através das novas tecnologias tem de ser prioritário. Acomunicação deve evoluir para uma lógica omnicanal, de inte-gração total entre os vários canais e ferramentas, respondendocom eficácia às diferentes necessidades e perfis dos consumi-dores. Queremos dar ao consumidor as ferramentas que elenecessita para se informar e tomar decisões. Neste sentido,queremos apostar na comunicação direta com o consumidoratravés de novas plataformas, que poderão passar pelo mobile.

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Entrevista ExtrusalJoão Madail, Diretor de Marketing e Diretor Comercial

QUAIS OS PRINCIPAIS FATORES DIFERENCIADORES DA EMPRESA FACEAOS SEUS CONCORRENTES?

Os principais fatores de diferenciação baseiam-se em três ele-mentos essenciais para o sucesso conquistado ao longo danossa existência: diversidade de soluções, elevados critériosde qualidade e o savoir-faire conquistado durante mais do que45 anos de experiência.

Estes foram sem dúvida os elementos que cunharam a marcaExtrusal e que nos permitem ultrapassar com sucesso asdiversidades naturais do mercado.

COMO SE COMPÕE A VOSSA GAMA DE PRODUTOS? QUAL AQUELE QUEELEGE COMO SENDO O MAIS INOVADOR TECNOLOGICAMENTE?

A gama de produtos Extrusal é bastante diversificada respon-dendo às necessidades do mercado em termos de soluções,qualidade e preço. O produto que elegemos como o mais ino-vador tecnologicamente é sem dúvida o A.100.

COMO CARACTERIZA A EMPRESA E QUAL O SEU PERCURSO NOS ÚLTI-MOS ANOS? COMO QUALIFICA O SECTOR ONDE ESTÁ INSERIDO?

A Extrusal é uma marca sólida e com bastante notoriedade nomercado. Um posicionamento conquistado pelos valoresimplementados ao longo destes mais de 40 anos de história.

Os rigorosos critérios de seleção da matéria-prima e de todoo processo produtivo permitem-nos maximizar a qualidadedos nossos sistemas, e por consequência, uma satisfação dosnossos clientes.

O Grupo Extrusal, como é natural, teve de adaptar as suasestratégias à evolução do mercado, pois estamos perantecada vez mais a novas realidades e de novos mercados.

O mercado de atuação da Extrusal é bastante competitivo eexigente, o que obrigada a uma filosofia pró-ativa para res-ponder às exigências cada vez mais elevadas dos consumido-res e também exigências legais.

Fachada da Extrusal PT Data Center - Uma Obra

de Referência com Solução Extrusal

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DE QUE FORMA É QUE O DESENVOLVIMENTO DE NOVOS MATERIAIS E TEC-NOLOGIAS AUMENTA A RENTABILIDADE DA EMPRESA E MELHORA A RELA-ÇÃO COM O CONSUMIDOR FINAL?

O surgimento de novos materiais, permite-nos, por um lado melho-rar e complementar as nossas soluções e irmos mais longe em ter-mos de conforto do habitat de cada utilizador. Por outro lado, e adi-cionando o desenvolvimento das tecnologias, conseguimos aindaaumentar a nossa produtividade, a qual resulta num aumento danossa rentabilidade/competitividade. Obviamente que estes doisfatores são bastante positivos para o consumidor final, pois como járeferido consegue obter um maior conforto da sua habitação, mastambém é possível um decréscimo no preço final de cada solução.

QUAIS SÃO OS PRODUTOS COM MAIOR PROCURA? QUE CARACTERÍSTICASE QUE APLICAÇÕES POSSUEM?

Existe grandes diferenças na procura consoante o mercado emanálise. Denota-se, a nível nacional, uma procura essencialmentebaseada no preço, enquanto o mercado internacional coloca aqualidade e as especificidades tecnológicas em primeiro plano.

Estas questões prendem-se com questões económicas mas tam-bém culturais.

O MERCADO DA REABILITAÇÃO TEM SIDO UMA DAS GRANDES APOSTAS NAÁREA DA CONSTRUÇÃO, COM INTERVENÇÕES DE GRANDE COMPLEXIDADEFACE À CONSTRUÇÃO NOVA. O DESENVOLVIMENTO DE NOVOS MATERIAIS ETECNOLOGIAS TÊM AJUDADO A SIMPLIFICAR ESSAS INTERVENÇÕES?

Relativamente ao nosso sector nem tanto. As soluções para o mer-cado da reabilitação têm passado mais por adaptações das solu-ções clássicas às necessidades da reabilitação.

QUAIS OS PRINCIPAIS DESAFIOS PARA O CONTÍNUO CRESCIMENTO DAEMPRESA? TÊM PROJETOS NOVOS PARA ESTE ANO?

Sim, o ano de 2015 foi um ano de crescimento sustentado para aExtrusal, tanto no mercado doméstico como internacional. Para2016, continuaremos no mesmo caminho - o do crescimento.

Temos vários projetos em curso, contudo preferimos falardeles no segundo trimestre do ano.

Hotel Conrad AlgarveUma Obra de Referência

com Solução Extrusal

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Entrevista Otis ElevadoresDomingos Oliveira, Diretor Geral

COMO SE COMPÕE A VOSSA GAMA DE PRODUTOS? QUAL AQUELE QUEELEGE COMO SENDO O MAIS INOVADOR TECNOLOGICAMENTE?

O compromisso da Otis para com a proteção ambiental é bastanteantigo. Realmente, não se chega a um produto como o que agoratemos disponível num só movimento, numa só evolução. O primei-ro passo foi dado com a introdução no mercado da nossa gamaGen2™, no ano de 2000. O que o Gen2 trouxe de novo à indústriafoi o fim da utilização de cabos de aço na suspensão dos elevado-res.

Desde 1853, quando o nosso fundador inventou o elevadorseguro, os cabos de aço eram comuns a elevadores de todosos tipos e marcas, obrigando à utilização de máquinas de gran-des dimensões, com elevados consumos e gerando níveis preo-cupantes de poluição ambiental, já que tinham necessidade desubstituições periódicas de óleo.

COMO CARACTERIZA A EMPRESA E QUAL O SEU PERCURSO NOS ÚLTIMOSANOS? COMO QUALIFICA O SECTOR ONDE ESTÁ INSERIDO?

A Otis Elevadores é líder de mercado desde o momento em queestá presente em Portugal, à semelhança aliás do que se passa noresto do mundo.

Esta liderança verifica-se quer na área de fornecimento e instala-ção de elevadores e escadas rolantes, quer na área do serviço demanutenção e assistência.

Temos uma sólida carteira de clientes que resulta de anos de reco-nhecimento do desempenho da Otis Elevadores, que tem vindo adesenvolver e aplicar soluções de serviço que vão de encontro àconstante adaptação às condições de mercado sem nunca descu-rar a segurança, fiabilidade e capacidade de resposta às cerca de40 mil unidades que assistimos em Portugal Continental e Ilhas.

Temos seguido um caminho com uma estratégia alinhada desde oinício da quebra de atividade do sector da construção civil e per-manente foco nos sinais do mercado. É impossível dizer que nãosofremos com a crise, no entanto, tomámos a decisão de não dei-xarmos que a crise nos defina.

QUAIS OS PRINCIPAIS FATORES DIFERENCIADORES DA EMPRESA FACE AOSSEUS CONCORRENTES?

Temos uma credibilidade suportada por mais de 150 anos de exis-tência, uma tradição de inovação em produtos e serviços. Man -temos uma postura séria assente nos nossos 3 absolutos - segu-rança, ética e controlos internos - especialmente, atuando comética e respeito pelos clientes que servimos. Não estamos dispos-tos a pactuar com situações pouco claras que resultam em pre-juízo para o cliente final.

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Já não é necessária a instalação de corrente trifásica e o elevadorquase que se torna apenas em mais um eletrodoméstico. Na rea-lidade, trata-se de um eletrodoméstico muito agradável de susten-tar, já que o consumo energético do Gen2™ Switch se aproximade um terço do consumo de um vulgar secador de cabelo.

Mas o Gen2™ Switch faz ainda mais do que isso. De facto tem deraiz a possibilidade de ser alimentado com recurso a energias alter-nativas, como a solar e a eólica, já que funciona com um sistemade acumuladores que, inclusive, lhe permitem até 100 operaçõesem caso de falha total de alimentação.

O MERCADO DA REABILITAÇÃO TEM SIDO UMA DAS GRANDES APOSTAS NAÁREA DA CONSTRUÇÃO, COM INTERVENÇÕES DE GRANDE COMPLEXIDADEFACE À CONSTRUÇÃO NOVA. O DESENVOLVIMENTO DE NOVOS MATERIAIS ETECNOLOGIAS TÊM AJUDADO A SIMPLIFICAR ESSAS INTERVENÇÕES?

A área da reabilitação constitui, no panorama atual, um dos princi-pais pontos da estratégia de desenvolvimento da companhia. Oscondicionalismos próprios desta atividade fazem com que sejaainda mais necessário escolher produtos cujas características deadaptabilidade permitam a sua utilização em soluções mais exi-gentes em termos de espaço e restrições arquitetónicas.

Temos, pura e simplesmente, o melhor produto para essa realida-de.

Dotar de elevador um prédio que até então não o tinha, deixou deser um luxo.

Por vezes, a modernização do equipamento existente constituiuma alternativa interessante à instalação de um elevador novo. Amodernização permite o aproveitamento de alguns elementos doelevador antigo que ainda estão em bom estado, permitindo assimao condomínio poupar nas despesas e evitar obras desnecessá-rias. O Gen2™, na sua versão MOD, oferece uma solução adap-tada a cada tipo de edifício, pensada para melhorar o conforto daviagem e a segurança dos utilizadores. Esta tecnologia permiteeconomizar até 80% de energia, o que representa uma economiaconsiderável na fatura da eletricidade.

Achamos que se trata de uma enorme mais-valia quer a nível devalorização do imóvel quer, e acima de tudo, a nível do aumentodo conforto e qualidade de vida dos utilizadores.Com o Gen2 introduzimos o conceito da utilização de cintas de

aço revestidas a poliuretano, em lugar dos tradicionais cabos.Pode parecer que é uma pequena alteração mas, na realidade,foi o suficiente para ser possível a utilização de máquinas dedimensões reduzidas, sem necessidade de óleo e com uma efi-ciência energética impressionante.

Em seguida, e ao mesmo tempo que efetuávamos melhora-mentos constantes na gama Gen2, juntámos ao nosso equipa-mento uma drive regenerativa ReGen™. Desse modo, conse-guimos aproveitar a energia gerada pelo movimento do eleva-dor, injetá-la na rede e aumentar ainda mais a eficiência ener-gética do nosso equipamento.

Mantendo um foco permanente na inovação, desenvolvemos oGen2™ Switch. Estamos a falar de um elevador que trabalha a220V, o que é absolutamente inédito e significa que o edifícionão vai ter que se adaptar ao elevador: é ele que se adapta aoedifício.

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Entrevista RecerJúlio Teixeira, CEO

e conseguiu cruzar a cerâmica com outros universos, como amoda, a decoração e a música, foram um reflexo dessa criativi-dade e uma das afirmações mais inovadoras que a cerâmicaportuguesa presenciou.

O contexto produtivo que envolve a produção da Recer estevesempre imbuído de uma prática ambiental exigente e rigorosa.Há cerca de 25 anos, ao construirmos a primeira ETAR do setor,demos o mote para um percurso preocupado com o ambiente emarcado pela execução de boas práticas, que se mantêm e quetodos os dias aperfeiçoamos.

Ao nível do serviço, designadamente da logística, a Recer assu-me a vontade de ser um parceiro que, indo ao encontro dasnovas tendências do mercado, ajuda os seus distribuidores acriarem valor.

COMO SE COMPÕE A VOSSA GAMA DE PRODUTOS? QUAL AQUELE QUEELEGE COMO SENDO O MAIS INOVADOR TECNOLOGICAMENTE?

A nossa gama de produtos é atravessada por diversos critérios

COMO CARACTERIZA A EMPRESA E QUAL O SEU PERCURSO NOS ÚLTI-MOS ANOS? COMO QUALIFICA O SECTOR ONDE ESTÁ INSERIDO?

A Recer é uma empresa produtora de pavimentos e revestimen-tos cerâmicos onde coabitam a inovação, o design, a tradição ea qualidade. Esta síntese tem permitido a globalização crescen-te da empresa em geografias exigentes, com a preocupaçãoúltima de proporcionar aos mercados e aos consumidores solu-ções decorativas e produtos de excelência, a preços adequa-dos. Este percurso da Recer tem sido coerente com a interna-cionalização do sector, que no seu conjunto, tem tido um cres-cimento baseado na valorização da cerâmica portuguesa, emtorno de fatores que contribuem para um reforço sustentado dasua competitividade.

QUAIS OS PRINCIPAIS FATORES DIFERENCIADORES DA EMPRESA FACEAOS SEUS CONCORRENTES?

O ADN da Recer está envolvido por uma atmosfera inovadoraque se traduz no recurso a novas tecnologias e na pesquisa denovos conceitos. As coleções de assinatura, onde se pretendeu

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de segmentação, desde logo nos formatos, onde coexistempequenas e grandes dimensões, mas também pela aplicaçãoem diferentes células do edificado, em múltiplas soluções deco-rativas, que podem agregar diferentes tipologias cerâmicas oucombinarem-se com outros materiais.

A conceção da solução decorativa mais adequada para a valo-rização de uma casa, a resposta dos nossos conceitos de pro-duto ajustada à personalidade e ao estilo de vida dos nossosconsumidores, continua a ser uma preocupação do nosso gabi-nete criativo e dos nossos arquitetos.

Como um bom exemplo de um produto inovador, escolheriauma coleção que apresentámos recentemente: NAPREC.Trata-se de uma série em que se destaca uma nova profundi-dade e volumetria da cor, conseguida através do desenvolvi-mento de novas filosofias de aplicação de matérias-primas.

DE QUE FORMA É QUE O DESENVOLVIMENTO DE NOVOS MATERIAIS ETECNOLOGIAS AUMENTA A RENTABILIDADE DA EMPRESA E MELHORA ARELAÇÃO COM O CONSUMIDOR FINAL?

A criação de valor é naturalmente o garante da rentabilidade deuma empresa e é na criação de novos produtos e na aplicação denovos conceitos que conseguimos esse desígnio. Mas só teremosêxito se o fizermos a pensar nos anseios e nas expectativas doconsumidor ou se tivermos o engenho e a arte para o surpreender.

Felizmente temos conseguido o melhor destes dois mundos, como lançamento, todos os anos, de novas coleções que têm sidovalidadas nos grandes certames internacionais e levado a cerâmi-ca portuguesa para empreendimentos únicos, um pouco por todoo mundo.

QUAIS SÃO OS PRODUTOS COM MAIOR PROCURA? QUE CARACTERÍSTICASE QUE APLICAÇÕES POSSUEM?

No nosso caso, são produtos de alto valor acrescentado para adecoração de casas particulares, seguidos de outros mais téc-nicos para a aplicação em espaços comerciais, em edifíciospúblicos e na hotelaria. Produtos, em grandes formatos, queorganizam espaços sofisticados e concorrem para a valoriza-ção da casa.

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Entrevista

QUAIS OS PRINCIPAIS DESAFIOS PARA O CONTÍNUO CRESCIMENTO DAEMPRESA? TÊM PROJETOS NOVOS PARA ESTE ANO?

Desde logo o alargamento e o aprofundamento de parcerias, desig-nadamente com os nossos distribuidores, partilhando os seus pro-blemas e tentando encontrar respostas sustentáveis que permitama criação de valor para ambas as partes. A evolução da construçãonova e da reabilitação urbana exigem um esforço contínuo de ino-vação e um acréscimo de criatividade que se traduza em novaspropostas. A auscultação de novas tendências é, por isso, umanecessidade básica. A globalização é uma tarefa sempre inacaba-da e há novos mundos onde a cerâmica portuguesa pode e deveinstalar-se e esse é um fator decisivo para salvaguardar o cresci-mento contínuo da empresa.

Felizmente, há sempre projetos novos. Novas coleções, novos países, novas parcerias.

Antecipando novas tendências. Dando o primeiro passo. Contando com a motivação de todos os colaboradores.

Na Recer fazemos o futuro acontecer!

Produtos selecionados pela nossa equipa de arquitetura, que emconjunto com os consumidores, arquitetos ou distribuidores traba-lham para encontrar a melhor solução para cada caso.

Aliás, esta tendência para a individualização das soluções, que emúltima análise, nos pode levar à produção em exclusivo de um pro-duto para um cliente é um caminho que nos agrada e onde temosjá alguma história.

O MERCADO DA REABILITAÇÃO TEM SIDO UMA DAS GRANDES APOSTAS NAÁREA DA CONSTRUÇÃO, COM INTERVENÇÕES DE GRANDE COMPLEXIDADEFACE À CONSTRUÇÃO NOVA. O DESENVOLVIMENTO DE NOVOS MATERIAIS ETECNOLOGIAS TÊM AJUDADO A SIMPLIFICAR ESSAS INTERVENÇÕES?

O estudo de novos produtos para a reabilitação urbana tem no seioda Recer uma narrativa, com alguns anos, recheada de aplicaçõesem obras mais ou menos emblemáticas. Como noutros domínios,a Recer surpreendeu o mercado, antecipando realidades e pro-pondo soluções que simplificam as intervenções e acrescentamserviços que possam ser um contributo para a realização de obrasde grande qualidade, permitindo uma reabilitação mais qualificadae exclusiva.

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Entrevista SanitopJohan Stevens, Diretor Geral

Acompanhamos o pico do crescimento da construção e nãoficamos surpreendidos com o ajustamento que o sector foitendo a partir de 2002. Era obviamente insustentável a propor-ção entre a escalada da nova construção e a quase nula reno-vação do parque habitacional existente.

Perto de seis milhões de habitações para dez milhões de pes-soas, indicavam com muita evidência a necessidade de umaoutra orientação para todo o mercado imobiliário. Claro que acrise financeira mundial de 2008 e todas as respostas que seseguiram vieram acelerar a contração, criaram problemasnovos e não trouxeram respostas para inverter o ciclo.

Mas os primeiros sinais dessa inversão estão aí, com o cres-cimento do crédito hipotecário agora mais orientado para areabilitação e o incremento de infraestruturas para um turismodiversificado em expansão. Por tudo isto, encaramos comboas expectativas o futuro.

Acreditamos que a tendência da sociedade será para demo-cratizar a qualidade e o conforto nas habitações, com o menorimpacto ambiental possível, e nós queremos estar na linha dafrente nesse trabalho, acompanhando e apoiando os melho-res profissionais.

COMO CARACTERIZA A EMPRESA E QUAL O SEU PERCURSO NOS ÚLTIMOSANOS? COMO QUALIFICA O SECTOR ONDE ESTÁ INSERIDO?

A Sanitop está vocacionada para oferecer as melhores soluções téc-nicas aos profissionais de instalação. Temos esse foco muito clarodesde a fundação da empresa, no início da década de noventa.

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QUAIS SÃO OS PRODUTOS COM MAIOR PROCURA? QUE CARACTERÍSTICASE QUE APLICAÇÕES POSSUEM?

Nesta altura, equipamentos para aquecimento por biomassa e ar--condicionado, com destaque para as bombas de calor. Possuímosnessa área respostas muito diversificadas que permitem ajustarmuito bem ao perfil de cada situação concreta, com um relaciona-mento muito especial com os fabricantes, e o resultado tem sidoum reforço contínuo da nossa posição no mercado profissional.Ainda recentemente acrescentamos à nossa oferta, através deuma nova parceria com a conceituada marca Panasonic, novosmodelos mono e multisplit (VRF, VRF Gás e Bombas de Calor),para o sector residencial e empresarial. Estamos a falar de solu-ções para obter a máxima eficácia, cumprindo as mais rigorosasnormas ambientais, e correspondendo aos padrões de construçãomais exigentes e vanguardistas. No caso desta nova parceria,como em muitas outras, não nos limitamos a acrescentar à gama,levamos a cabo a apresentação das soluções a projetistas e pro-motores imobiliários em todo o país, com apoio técnico prestadodiretamente pela marca, nos últimos meses do ano passado.

O MERCADO DA REABILITAÇÃO TEM SIDO UMA DAS GRANDES APOSTAS NAÁREA DA CONSTRUÇÃO, COM INTERVENÇÕES DE GRANDE COMPLEXIDADEFACE À CONSTRUÇÃO NOVA. O DESENVOLVIMENTO DE NOVOS MATERIAIS ETECNOLOGIAS TÊM AJUDADO A SIMPLIFICAR ESSAS INTERVENÇÕES?

Cada vez mais se concebem produtos e equipamentos que tornammais simples e eficaz o trabalho de projeto e de instalação parareabilitar e renovar imóveis. Dois exemplos muito simples, que gos-taria de destacar de muitos que poderia referir incluídos na nossagama, têm a ver com a dificuldade, muito comum nestas situaçõesde renovação, em instalar piso radiante para a climatização oubases de duche nas casas de banho. A Sanitop já tem, para vencerestes constrangimentos, material de baixo perfil que cumpre asnormas e está perfeitamente adaptado a estas situações.

QUAIS OS PRINCIPAIS DESAFIOS PARA O CONTÍNUO CRESCIMENTO DAEMPRESA? TÊM PROJETOS NOVOS PARA ESTE ANO?

O ano de 2016 vai ser um ano de renovação de muitos dos centrosde atendimento a profissionais que temos distribuídos pelo país.São lojas preparadas para que os profissionais tenham todo oapoio que precisam ao nível da nossa oferta com a proximidadeque precisam, que consideramos da maior importância na nossarelação com os clientes. A ampliação global da gama, especial-mente a introdução de um conjunto mais alargado de material elé-trico, exige uma intervenção na organização de muitos dessesespaços. Vamos fazer essas melhorias nas lojas metodicamenteao longo deste ano. Vai ser objecto de investimento, também em2016, o nosso sistema de gestão de armazém. Vamos melhorar aqualidade da nossa logística, com esse investimento, porquetemos consciência da importância dos ganhos de eficiência dessacomponente na plena satisfação dos nossos clientes. A logística édecisiva para correspondermos ao que os profissionais que con-fiam na Sanitop esperam de nós. É preciso que tudo esteja otimi-zado para que nada falhe no sítio certo no tempo certo. Temos quedar a maior atenção e investir recursos nesse objetivo e é o quevamos fazer em 2016. Claro que o faremos a par da procura sem-pre de novas soluções para que os nossos parceiros instaladorese projetistas contem connosco para estarem sempre na linha dafrente. Mas isso penso que todos sabem que está no ADN daSanitop.

QUAIS OS PRINCIPAIS FATORES DIFERENCIADORES DA EMPRESA FACE AOSSEUS CONCORRENTES?

Temos uma equipa experiente, uma gama muito ampla que vamosajustando às tendências emergentes, que procuramos sempreantecipar, e uma rede de centros de atendimento do Alto Minho atéao Algarve. Estamos próximos dos profissionais e tentamos dispo-nibilizar todo o apoio de que necessitam para o sucesso do seu tra-balho. Creio que o conjunto destes aspetos (equipa, soluções eproximidade) nos diferenciam da concorrência de uma forma muitonítida.

COMO SE COMPÕE A VOSSA GAMA DE PRODUTOS? QUAL AQUELE QUEELEGE COMO SENDO O MAIS INOVADOR TECNOLOGICAMENTE?

Desde há muito que organizamos a nossa gama global em trêsáreas de produtos e soluções. A primeira tem a ver com tubagense sistemas de instalação sanitária, com todas as soluções possí-veis. Das mais simples e tradicionais às mais inovadoras e tecno-logicamente avançadas. A segunda área cobre as necessidadesde louças e equipamentos sanitários, nas perspetivas de utilizaçãomais comuns e económicas até às esteticamente mais exigentes esofisticadas. A terceira área responde às necessidades de climati-zação e de eficiência energética. Também aqui temos soluções detodo o tipo, para garantir conforto às pessoas, a par com a poupan-ça e o respeito ambiental. Recentemente, acrescentamos à nossaoferta uma nova área, complementar das existentes, com materialelétrico, que corresponde a novas necessidades identificadas pornós junto dos clientes profissionais.

DE QUE FORMA É QUE O DESENVOLVIMENTO DE NOVOS MATERIAIS E TEC-NOLOGIAS AUMENTA A RENTABILIDADE DA EMPRESA E MELHORA A RELA-ÇÃO COM O CONSUMIDOR FINAL?

Esse é o caminho da inovação, hoje mais do que nunca uma orien-tação fundamental para empresas como a nossa. São muitos osexemplos desse caminho na Sanitop. Só como mero exemplo ilus-trativo podemos referir todas as soluções de eficiência hídrica, pou-panças diretas por melhor regulação de consumos, reaproveita-mentos de águas, etc. Sempre à procura de ganhos para o clientefinal, para a natureza... e em que, também nós e os profissionaisque trabalham connosco, ficamos a ganhar por ampliarmos negó-cios com elevada satisfação para o cliente final. Mas o mesmopodemos dizer de imensas soluções que disponibilizamos para aeficiência energética, que aumentam o conforto reduzindo muito oscustos de consumo corrente.

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Entrevista Teka PortugalLuís Leitão, Diretor Comercial

COMO CARACTERIZA A EMPRESA E QUAL O SEU PERCURSO NOS ÚLTIMOSANOS? COMO QUALIFICA O SECTOR ONDE ESTÁ INSERIDO?

A Teka Portugal é uma das principais subsidiárias do grupo a nívelinternacional, registando um desempenho e um crescimento muitopositivos nos últimos anos. O ano passado viu consolidada a sua lide-rança no mercado nacional de eletrodomésticos, com um crescimentode mais de 3% do seu volume de negócios neste mercado.

Na base deste positivo desempenho estão novas estratégias comerciais,com base numa maior proximidade com o consumidor final. Exemplodisso é a campanha Completamente Teka, que incentiva os consumidoresa adquirirem uma cozinha completamente Teka, oferecendo um micro-ondas, da mesma gama, completamente grátis. O objetivo é aproveitar ocrescimento no sector dos eletrodomésticos e as boas perspetivas nasintenções de compra e fidelizar o cliente, levando-o a escolher a Tekacomo única escolha, na hora de equipar a cozinha.

QUAIS OS PRINCIPAIS FATORES DIFERENCIADORES DA EMPRESA FACE AOS SEUSCONCORRENTES?

A Teka Portugal é líder no mercado nacional de eletrodomésticos deencastre desde o seu início, nos anos 80, e do mercado global deeletrodomésticos desde 2008, distinguindo-se por ser a única marca

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De forma a consolidar esta forte posição no mercado, a Tekalançou os fornos Ebon, uma aposta na inovação e no design,que veio dar resposta às novas tendências de decoração. Oaço inoxidável e o vidro apresentam-se numa aliança singu-lar, que se manifesta através da robustez do puxador e daelegância da porta em vidro escuro. No interior, o espaçogeneroso e os acabamentos perfeitos garantem o sucessode todas as receitas. Além disso, os fornos Ebon permitemuma poupança de mais 20%, relativamente aos seus ante-cessores. A sua classificação A+ assegura poupança semprejudicar a potência, utilidade e eficiência na cozinha.

O MERCADO DA REABILITAÇÃO TEM SIDO UMA DAS GRANDES APOS-TAS NA ÁREA DA CONSTRUÇÃO, COM INTERVENÇÕES DE GRANDECOMPLEXIDADE FACE À CONSTRUÇÃO NOVA. O DESENVOLVIMENTODE NOVOS MATERIAIS E TECNOLOGIAS TÊM AJUDADO A SIMPLIFICARESSAS INTERVENÇÕES?

A Teka oferece uma das gamas mais alargadas do mercado,o que permite uma grande flexibilidade de opções e adapta-ção a cada projeto. Além disso, sabemos que um dos gran-des desafios está também na eficiência energética, atravésde produtos inteligentes, com design eco eficiente e comajuste automático para poupança de energia e de água.Caraterísticas presentes nos eletrodomésticos Teka, seja decozinha, como de banho.

QUAIS OS PRINCIPAIS DESAFIOS PARA O CONTÍNUO CRESCIMENTO DAEMPRESA? TÊM PROJETOS NOVOS PARA ESTE ANO?

A Teka tem como objetivo consolidar a sua posição de lide-rança no mercado nacional, continuando a inovar e a sur-preender. Além da resposta ao mercado nacional, a TekaPortugal tem também uma forte componente de exportação,seja para outras empresas dentro do grupo seja para outrasmarcas. Esta é também uma ambição da empresa, que irápermitir continuar a reforçar a produção e desenvolvimentode novos produtos, criando um ciclo de crescimento.

A unidade portuguesa é uma das mais importantes dentro dogrupo Teka, tanto a nível de produção como de inovação edesenvolvimento. Esta posição foi sendo conquistada aolongo dos anos dentro do grupo, muito devido à competênciae ambição da nossa equipa, aliada a parcerias de sucessocom escolas e universidades.

a oferecer uma gama completa e totalmente integrada. Design,funcionalidade e uma excelente relação qualidade-preço permi-tiram à Teka conquistar a confiança do consumidor e alargar aquota de mercado.

Mas não descansamos à sombra da liderança. Pelo contrário,estamos a investir cada vez mais em inovação e desenvolvimen-to na unidade Teka Portugal, que se tem vindo a afirmar comoum dos principais centros de competências do grupo a nívelinternacional. É de Portugal que têm saído novas tecnologias emelhoramentos importantes, que nos permitem estar na van-guarda do mercado.

COMO SE COMPÕE A VOSSA GAMA DE PRODUTOS? QUAL AQUELE QUEELEGE COMO SENDO O MAIS INOVADOR TECNOLOGICAMENTE?

A Teka oferece soluções completas para cozinhas, que incluemfornos, placas, micro-ondas, exaustores, frigoríficos e garrafei-ras, máquinas de lavar loiça, máquinas de lavar e secar roupa,misturadoras entre outros equipamentos e acessórios comple-mentares. Também dispõe de uma gama de soluções parabanho, em que se destacam as misturadoras e sistemas deduche.

Nos fornos, destacam-se as gamas Advand e Ebon, equipadascom tecnologia Hydroclean PRO® e Hydroclean ECO®, duasopções que permitem a limpeza do forno com vapor de água.Além disso, são altamente eficientes. Todos os modelos comclassificação A+ economizam até mais 20% de energia do queos modelos anteriores.

Nas placas de indução, destaque para a gama Space, commaior espaço para cozinhar, utilizando, ainda assim, apenas aenergia estritamente necessária.

Nas máquinas de lavar roupa, destaque para a gama SPA, queassegura o máximo de rendimento de lavagem com o menorconsumo possível. Dentro desta gama, algumas máquinas con-tam agora com o certificado Woolmark® Apparel Care, que atestaa qualidade no tratamento de tecidos em lã.

DE QUE FORMA É QUE O DESENVOLVIMENTO DE NOVOS MATERIAIS ETECNOLOGIAS AUMENTA A RENTABILIDADE DA EMPRESA E MELHORA ARELAÇÃO COM O CONSUMIDOR FINAL?

As inovações Teka são cuidadosamente pensadas para facilitaras rotinas do consumidor. Isto permite encarar a cozinha comoum espaço de confraternização, de diversão, onde se partilhamemoções. Mas para além disso, os eletrodomésticos Teka têmtambém sido alvo de evoluções contantes na área da eficiênciaenergética. Assim, os novos sistemas são simultaneamente faci-litadores do ato de cozinhar, mas permitem também cozinhar oulavar de forma mais eficaz, poupando tempo, água e energia.

QUAIS SÃO OS PRODUTOS COM MAIOR PROCURA? QUE CARACTERÍSTI-CAS E QUE APLICAÇÕES POSSUEM?

Os fornos Teka destacam-se pela procura elevada mas tambémpela satisfação dos consumidores. Em 2015, segundo dados daGFK, a Teka conquistou mais de 20% das vendas em Portugalem fornos, placas e exaustores, e reforçou a sua liderança nomercado global de eletrodomésticos.

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A nova construção relaciona-se com o terreno de uma forma bas-tante espontânea, tirando partido da pendente acentuada, dopequeno ribeiro e da vista privilegiada sobre a paisagem. O aces-so é feito a partir da cota superior, garantindo uma vista amplasobre o terreno e sobre a cobertura da casa, que se encastra noterreno como uma rocha. Mas é no seu interior que a amplitudevisual permite (re)descobrir o terreno que se projeta encosta abai-

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Arquitetura

xo, marcado pelo percurso irregular do ribeiro que formaum pequeno lago na cota mais baixa. O edifício estrutu-ra-se em dois elementos, um volume elevado de madei-ra que assenta numa base de betão, que se projetasobre o terreno e sobre a linha de água. A utilização des-tes dois materiais prolonga-se no interior da habitação,onde não se procura um programa convencional, masantes espaços amplos, funcionais e polivalentes, onde olazer e o trabalho se confundem.

O espaço social da casa assume especial protagonismo,materializado num grande salão central que se prolongapara o exterior através de uma grande varanda. A cozinhae serviços dispõem-se no mesmo piso do salão e o pro-grama mais íntimo surge num segundo nível, relacionan-do-se com o anterior sob a forma de mezzanine.

Casa do Gerês

A CASA DO GERÊS LOCALIZA-SE NUMA ENCOSTA ÍNGREME DO VALE DACANIÇADA, ONDE EXISTIA UMA PEQUENA HABITAÇÃO E UM RIBEIRO. ACONSTRUÇÃO EXISTENTE NA COTA SUPERIOR DO TERRENO, EVENTUAL-MENTE SUJEITA A PEQUENAS DERROCADAS, DETERMINOU A DESLOCALI-ZAÇÃO DA NOVA CONSTRUÇÃO E, CONSEQUENTEMENTE, A DEMOLIÇÃO DAEXISTENTE.

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FICHA TÉCNICA

Arquitetura: Carvalho Araújo, Arquitectura e Design Equipa: José Manuel Carvalho Araújo, Joel Moniz, Alexandre Branco, Leandro Silva, Ana Vilar, André Torres, Mafalda Santiago, Sandra Ferreira Nome de projeto: Casa do Gerês Cliente: José Maria Marques Ferreira Data: 2013 - 2015 Localização: Vieira do MinhoArquitetura paisagista: João Bicho e Joana Carneiro, Arquitectos Paisagistas, Lda.(JBJC) Estruturas: Metaloviana - Metalúrgica de Viana, SA Instalações elétricas: LAM, Lda Comunicação: LAM, Lda RSECE (certificação energética): Gasair Acústica: Vagaeng Cozinhas: Iduna Construtor: Pedralbet Fotografia: ©Hugo Carvalho Araújo

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Atualmente, a equipa concebe projetos pioneiros que juntam bioconstrução, permacultura, bioclimática e construção tradicional.Dentro dos serviços destacam-se a consultoria, os projetos dearquitetura e engenharia, o fornecimento de materiais e mobiliárionaturais e a execução de obras que utilizam como base materiaissaudáveis e ecológicos como madeira, palha, terra, bambu, pedrae cal.

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Arquitetura

Neste projeto de ampliação de uma moradia no Algarve,a construção utilizou recursos locais. As paredes são fei-tas com estrutura de madeira e palha compactada reves-tidas a reboco de cal aérea pelo exterior e a reboco debarro no interior. A casa é ecológica, pois para além dorecurso a materiais abundantes, biodegradáveis, CO2

negativos, o seu desempenho energético é excelente.Esta é uma casa termicamente muito eficiente, poupandoem climatização pois as paredes são isolantes. A qualida-de do ar interior é muito boa pois estamos perante pare-des livres de produtos tóxicos. O resultado é uma casaúnica, confortável, bela e saudável.

Neste momento, o atelier Terrapalha tem em curso odesenvolvimento de várias habitações modulares utilizan-do como recurso painéis pré-fabricados em palha.

Construção com Materiais Saudáveis e Ecológicos

A ARQUITETA CATARINA PINTO FUNDOU O ATELIER DE ARQUITETURANATURAL TERRAPALHA EM 2008, E OS SEUS TRABALHOS ENCONTRAM--SE TANTO EM PORTUGAL COMO EM DIVERSOS PAÍSES DA EUROPA,TENDO SIDO NAS SUAS VIAGENS QUE SE ESPECIALIZOU EM CONSTRUÇÃOCOM FARDOS DE PALHA. EM PORTUGAL ESPECIALIZOU-SE NAS TÉCNICASTRADICIONAIS DE CONSTRUÇÃO EM TERRA CRUA E CAL.

Foto 1

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LEGENDAS

FOTO 1, 2 E 3 - Ampliação de habitação no Algarve, paredes em madeira e palha compactada, rebocos de cal e de barro projeto e construção Terrapalha

FOTO 4 E 5 - Painéis pré-fabricados Ecococon

FOTO 6 E 7 - Estudo para o projeto "bungalow natural", sistema modular em desenvolvimento pelo Terrapalha com recurso a madeira, palha, barro e painéis de fachada.

FOTO 8 - Maison Feuillette, a primeira construção em palha da Europa feita em 1920 e atualmente sede da rede francesa de construção em palha.

Foto 7

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Desta forma, o material de construção palha torna--se acessível a projetistas e construtores de formamais célere. Os painéis "Ecococon" são um exem-plo da construção modular em palha, uma novida-de em Portugal disponível desde 2015. A primeiraconstrução em palha da Europa é a MaisonFeuillette, construída em 1920 nos arredores deParis, e que hoje em dia é a confortável sede daRede Francesa de Construção em Palha.

À semelhança do que acontece noutros paíseseuropeus onde é uma construção reconhecida eincentivada, Catarina Pinto quer dinamizar estatécnica em Portugal para a construção ecológica esaudável quer através do seu atelier como daassociação nacional.

Foto 2 Foto 3

Foto 4 Foto 5

Foto 6 Foto 8

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O edifício é composto por cinco corpos, ligados por um volumemais baixo que os interliga transversalmente. De piso térreo, osvolumes estendem-se pelo terreno como um pente. No edifício A,localizado mais a Sul, instalam-se a cozinha e suas dependên-cias, os arrumos, o salão polivalente (refeitório e ginásio), balneá-rios, as instalações sanitárias, sala de atendimento aos pais esala de professores com gabinete de coordenação.

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Arquitetura

Neste edifício instala-se um pequeno balcão de atendi-mento e tem, para além da entrada de serviço para a zonada cozinha, duas entradas: uma que será a principal eoutra a Sul; uma entrada mais próxima da sala dos pro-fessores e do salão polivalente que será, com certeza, aentrada principal para dias de eventos especiais.

No segundo corpo (B) implantam-se as 4 salas de jardimde infância, respetivos sanitários, sala de apoio educativoe sanitários para pessoas com acesso condicionado eadultos a Nascente.

No corpo C instalam-se 4 salas de aula com salas dearrecadação e sanitários a Poente e uma sala de AEC(música e expressão dramática) e sala do pessoal aNascente.

Escola do Ensino Básico

ESTA MEMÓRIA DESCRITIVA, DA ARQUITETA MUNICIPAL ANA CRISTA,REFERE-SE AO PROJETO DE CONSTRUÇÃO DE UMA ESCOLA DO ENSINOBÁSICO (DO 1º CICLO E JARDIM DE INFÂNCIA) A IMPLANTAR EMMATOSINHOS, JUNTO AO ESTÁDIO DO MAR, CENTRO DE DESPORTOS ECONGRESSOS E DA ESCOLA EB2, 3 ÓSCAR LOPES.

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O mesmo acontece no edifício D, perfazendo 8 salas de1º Ciclo, mas a Nascente, uma sala de TIC e um arrumopara material didático.

Por fim, a biblioteca (edifício E) com uma volumetria dife-rente - forma cilíndrica - e um arrumo e wc de apoio encer-ram o programa desta nova escola do 1º Ciclo do ensinobásico.

Os edifícios B, C e D têm uma pala com 2,80 m de profun-didade, onde funcionam os recreios cobertos.

A área bruta de construção é de 2540 m² e a área do ter-reno é de 6440 m². A Norte da Escola instala-se uma zonalivre de estar com percursos, árvores, canteiros e bancos.A Nascente, implantaram-se dois campos de jogos e maispróximo do muro, as hortas pedagógicas. À frente dassalas de JI, instala-se uma caixa de solo amortizante con-tínuo com equipamento de parque infantil e mobiliáriourbano. A Nascente, Norte e Poente plantar-se-ão árvoresde fruto.

A Sudeste, junto das duas entradas, foram dispostos 7cobertos de forma circular junto dos percursos. Os reves-timentos foram criteriosamente escolhidos para facilitar asua limpeza e manutenção, sendo porém, bastante resis-tentes. Todos os revestimentos dos pavimentos das salassão em vinílico com cores vivas. O vinílico do polivalentee dos corredores é bastante mais resistente. Os sanitáriossão revestidos a autonivelante de poliuretano e a zona dacozinha, a grés porcelânico com tratamento anti manchas.As paredes das salas de JI e das salas de aula terão umlambrim de aglomerado de cortiça com cor incorporadapara se afixarem trabalhos até aos 2 m de altura.

As paredes dos quadros serão revestidas a ardósia e asdas bancadas, a azulejo da mesma cor do vinílico. A partirdos 2.0 m, a parede é pintada a branco jasmim.

Os sanitários são revestidos a mosaico porcelânico de10x10 cm com cores fortes nas paredes, assim como acozinha, despensas, zonas de serviço e balneários.

Os vãos exteriores serão em alumínio anodizado acetina-do com rutura térmica e vidros duplos, já que o edifíciopossui aquecimento central. Mas terá também ventilaçãonatural e ventilação mecânica. Os estores são de rolo emtela e haverá blackouts no salão polivalente, biblioteca enas salas de JI. As coberturas serão do tipo invertida complacas de poliuretano extrudido de 10 cm com uma cama-da protetora de argamassa de cimento. As soleiras são depedra natural - granito cinza Alpalhão. Todas as madeirasdos vãos interiores são em madeira de bétula, assimcomo os aros e guarnições e todo o mobiliário escolar.

O muro limítrofe do terreno será em betão aparente e terá1.0 m de altura. Sobre este, um gradeamento em barraschatas esmaltadas farão os 2 m. Toda a área exterior serárevestida a betão poroso para deixar o pavimento per-meável.

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O maior desafio vinha do facto de achar que tinha a obri-gação de desenhar para crianças. Quem educa ou ensina,quem tem filhos ou quem convive habitualmente comcrianças sabe que este tema é fundamental e uma tarefanunca acabada. Então pôs-se a questão: como desenharpara crianças?

DESENHAR COMO QUEM ESCREVE PARA CRIANÇAS

José Saramago, a propósito de "A maior flor do mundo"lamentava-se de não conseguir escrever histórias infantispois "as histórias para crianças devem ser escritas compalavras muito simples, porque as crianças sendo peque-nas sabem poucas palavras e não gostam de usá-las com-plicadas". Mia Couto, a propósito do "Gato e o escuro" dizque não escreve para crianças mas antes "para a criançaque há em cada um de nós". Sophia de Mello BreynerAndresen conta, a propósito do seu trabalho para crianças,que só começou a escrever histórias infantis porque osseus filhos "tiveram sarampo e tinham de estar quietos". Eacrescenta que ficava "irritada com as histórias que lia" epassou a criar outras "a partir de factos e lugares" da suainfância. Sinceramente, esta escola acaba por ser dese-nhada com múltiplas abordagens mas com muitas destasperguntas e respostas na mente.

UMA ARQUITETURA PARA CRIANÇAS

Pensou-se então nos desenhos das crianças e na simbo-logia do conceito de escola ou casa que elas partilhamsempre. Na realidade, por mais modernidade que surja,as crianças continuam a desenhar telhados e a pintarárvores e flores ao lado. Era isso! Tínhamos de desenharcasas! Tínhamos de desenhar um bairro inteiro delas sefosse preciso! Além do mais a escola chama-se: Casa doCuco!

UMA CASA PARA APRENDER

No fundo, a escola é apenas uma casa onde se aprende.Mas havia que desenhar essa casa como as criançasdesenham, de modo simples, elegante e com o traço rigo-roso e certeiro. Um traço que por vezes contem até algumminimalismo. Sim, era essa a modernidade que se preten-dia. E o jardim havia que entrar por todas as salas de aula!Que maravilhoso deveria ser poder aprender debaixo deuma sala de aula que nos lembra um desenho com telha-do! E as janelas tinham de ter a altura das crianças e nãocomo sempre acontece a altura gigantesca dos adultos!Esta tinha assim de ser a arquitetura das crianças.

O PROJETO SEGUE O CONCEITO NATURALMENTE

Há momentos em que os arquitetos percebem que se orumo estiver certo o desenho flui naturalmente. E foi issoque aconteceu, solidificado o conceito, a maquete, as plan-tas, os alçados, os materiais e as cores são apenas o refle-xo dessa escola para crianças. No final, a escola surgecomo se composta por momentos distintos que geramuma coerência de conjunto. No fundo, é uma escola feitade modernidade e tradição, tal como o paradigma daquiloque deve ser uma escola.

Escola no Porto

O PROJETO DE ARQUITETURA DA UTOPIA - ARQUITECTURA EENGENHARIA, LDA, CONSISTIU EM DESENHAR E LICENCIAR UMA ESCOLANO PORTO. NO FUNDO, TRATAVA-SE DE PLANEAR O CRESCIMENTO DEUMA CRECHE E INFANTÁRIO E SUA AMPLIAÇÃO PARA ALBERGAR O 1ºCICLO DO ENSINO BÁSICO.

Do ponto de vista arquitetónico, trata-se de fundir duas casas unifami-liares e ampliar a construção com um novo corpo. Ou seja, fazer a rea-bilitação de uma parte das construções e construir de raiz uma outraparte. Obviamente, era também fundamental dar uma coerência aoconjunto constituído por espaços distintos. Havia assim que redesenhartambém o jardim e garantir que este estava presente em todos os espa-ços da escola. Ao mesmo tempo, havia que ter em conta um rigorosocontrolo de custos de modo a garantir a sustentabilidade futura doinvestimento.

O DESAFIO DE DESENHAR PARA CRIANÇAS

Este foi possivelmente um dos maiores desafios que a equipa de arqui-tetos teve. Mas o maior desafio não vinha das questões técnicas, arqui-tetónicas, regulamentares ou económicas.

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Concretao futuro está na Reabilitação

Feira

De realização bienal, o certame esteve patente durante quatrodias e reuniu 220 expositores, 20 dos quais estrangeiros, resul-tando numa mostra representativa dos principais subsectores dafileira portuguesa da construção e da oferta nacional nas áreasde arquitetura, engenharia e especialidades técnicas.

“Os resultados conseguidos espelham um trabalho consistentee a nossa opção por um direcionamento específico, propício aoenvolvimento de arquitetos e designers com a indústria. Estoucerta que a Concreta voltará mais forte daqui a dois anos”,comentou a respetiva diretora, Carla Maia, para quem a ediçãode 2015 fez emergir “uma feira única e diferenciadora nas áreasda reabilitação, construção, arquitetura e design em Portugal”.

Para a organização, a adesão e a opinião dos visitantes vieram“validar o novo formato” do evento, mais centrado na requalifica-ção e no papel dos arquitetos na melhoria e valorização do ter-ritório urbano.

“Decidimos inovar e apostamos num conceito diferente, umtanto provocatório, mas inclusivo, em que os materiais de cons-trução aparecem lado a lado com arquitetos e especialistas dediferentes subsectores. A resposta foi muito positiva e a viragemestá consumada. O futuro está na requalificação e dependemuito da interação entre a indústria e os criativos”, salienta CarlaMaia.

A recetividade dos profissionais à renovada Concreta foi, nassuas palavras, “surpreendente”. De entre eles destacaram-se“umas largas dezenas” de compradores estrangeiros, oriundosde 12 países (Reino Unido, Colômbia, Alemanha, França,Bélgica, Marrocos, Grécia, Espanha, Holanda, Itália, Peru eCabo Verde). Para isso, contribuíram os encontros de negóciosB2B que a Associação Empresarial de Portugal, através daExponor e do Gabinete EEN-Portugal, promoveu durante o cer-tame.

A isto acresceu o programa de ações paralelas, com a realiza-ção de dezenas de sessões técnicas, workshops e apresenta-ções de novos produtos, assim como a entrega dos prémios dearquitetura expositiva referentes à segunda edição do concurso“Work in Progress”, iniciativa da Ordem dos Arquitectos - SecçãoRegional do Norte, em parceria com a Exponor.

Os vencedores foram os arquitetos José Luís Cadilhe, na áreada iluminação, com um trabalho para a Electrum Trofa; Ricardodo Vale Afonso, nas madeiras, com um projeto elaborado para aMadeivouga; João Duarte Branco, na especialidade de cerâmicasanitária, que a Valadares executou; e Manuel Afonso Sá, nosrevestimentos cerâmicos, com um projeto para a Revigrés.

O concurso “Work in Progress” visa criar uma dinâmica colabo-rativa entre arquitetos e empresas de materiais de construção. Oobjetivo principal é juntar a capacidade criativa dos arquitetos ea divulgação dos produtos e soluções das empresas, criandopropostas inovadoras que respondam às tendências de merca-do.

Em paralelo, decorreu o 18.º Endiel - Encontro para oDesenvolvimento do Sector Elétrico e Eletrónico, organizaçãoconjunta da Exponor e da ANIMEE, a associação empresarialrepresentativa do sector, em que participaram 30 expositores.

MAIS DE 23.500 PESSOAS, A MAIORIA DAS QUAIS PROFISSIONAIS, VISI-TARAM A 27.ª CONCRETA - FEIRA DE CONSTRUÇÃO, REABILITAÇÃO,ARQUITETURA E DESIGN, QUE DECORREU ENTRE OS DIAS 19 E 22 DENOVEMBRO NA EXPONOR, EM LEÇA DA PALMEIRA, MATOSINHOS.

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Trata-se de um património centenário localizado na Avenida Duque deLoulé e que devolverá a Lisboa um conjunto residencial de grande pres-tígio. O projeto distingue-se pela oferta residencial de exceção, numcondomínio de charme, que conjuga o classicismo das suas linhasarquitetónicas com as exigências da modernidade.

Promovido pela Coporgest, o projeto representa um investimento decerca de 60 milhões de euros e está a ser comercializado em co exclu-sividade pelas consultoras Fine & Country e JLL, que irão dinamizar acolocação das unidades residenciais junto do mercado nacional e inter-nacional. A Coporgest, já com 10 anos de atividade, é um dos promo-tores imobiliários de referência na cidade de Lisboa. Na zona do Chiadoestá atualmente a desenvolver 8 edifícios.

Ricardo Amantes, Sales & Investment Manager da Coporgest,adianta que “desses 8 edifícios, 4 destinam-se a venda, sendo osrestantes 4 reservados à carteira de investimento da própria empre-sa. Dois desses prédios darão origem ao Lisbon Chiado Hotel, umhotel de 5 estrelas que abrirá portas em 2018 no Largo RafaelBordalo Pinheiro e que será gerido pela Coporgest. Os outros doisprédios destinam-se a “short term rental” sob a marca própria LisbonBest Apartments”. Fora do Chiado, a Coporgest desenvolve atual-mente dois projetos de grande exclusividade: o SottomayorResidências e as Casas do Mar, em São João do Estoril, este comapenas três apartamentos com vista panorâmica sobre o mar.

Patrícia Barão, Head of Residencial da JLL, comenta que oSottomayor Residências “é um projeto no qual vale a pena investir.Trata-se de um excelente exemplo de reabilitação urbana emLisboa, numa zona da cidade que tem falta de oferta de qualidade.Além disso, é mais um projeto promovido por uma entidade portu-guesa, o que ilustra bem como esta área está a ganhar eco noinvestimento nacional”.

A ZONA DO MARQUÊS DE POMBAL TERÁ O SEU PRIMEIRO PROJETO DEREFERÊNCIA EM TERMOS DE OFERTA RESIDENCIAL. A REABILITAÇÃO DOSEDIFÍCIOS QUE COMPÕEM O EMPREENDIMENTO SOTTOMAYORRESIDÊNCIAS FICARÁ CONCLUÍDA NO FINAL DE 2017.

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Imobiliário Habitação Premium

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Nuno Durão, Managing Partner da Fine & Country acrescenta:“São projetos como este que provam que a reabilitação é funda-mental e uma prioridade para mudar o rosto de uma cidade. Sãoestas intervenções que pouco a pouco vêm alterando a paisagemurbana de Lisboa. Isso é especialmente visível nesta zona da cida-de, que estava bastante envelhecida e praticamente despovoadade imóveis com uso efetivo de habitação, e que hoje passará a dis-ponibilizar uma oferta num empreendimento prestigiante”.

O Sottomayor Residências é formado por um conjunto de edifíciosque datam do início do século XX, com traça característica daépoca, prevendo a preservação e reabilitação das fachadas e detodos os elementos históricos mais emblemáticos. O empreendi-mento compreende uma oferta de apartamentos de tipologias deT0 a T5, com áreas entre os 55 e 221 m², distribuídos por 4 edifí-cios e com uma área de lazer comum que integra piscina e umgeneroso jardim. O layout dos apartamentos foi pensado para pro-mover a melhor funcionalidade, não descurando os pormenores,que lhe dão o charme e recuperam a história do projeto.

Com uma excelente exposição solar, alguns apartamentosbeneficiam de espaços exteriores privativos e generosos,sendo que todos dispõem de equipamentos e acabamentos deelevada qualidade e recorrem a materiais de grande nobreza.

Outra vantagem deste empreendimento é o facto de todos osapartamentos disporem de um ou mais lugares de estaciona-mento em cave, um atributo especialmente relevante numazona central da cidade onde a oferta de parqueamento é bas-tante limitada.

O Sottomayor Residências situa-se na Avenida Duque deLoulé, uma das artérias na zona imediata de influência daluxuosa Avenida da Liberdade, beneficiando ainda da proximi-dade a outros destinos comerciais e culturais muito em vogana capital, como são os casos da Rua Castilho e do PríncipeReal.

FONTE: COPORGEST / JLL / FINE & COUNTRY

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Decoração Projeto de Design de InterioresMoradia unifamiliar

ESTE PROJETO DE INTERIORES, ELABORADO PELA UNISSIMA HOMECOUTURE PARA UMA MORADIA EM ANGOLA, FAZ O EQUILÍBRIOENTRE REQUINTE E CONFORTO DO LAR. PENSADO EM TONS QUEN-TES, DOURADOS E NOGUEIRAS, VÊ O SEU LUXO SER PAUTADO PELASPEÇAS DE AUTOR UNISSIMA, QUE CONFEREM BRILHO A UM ESPAÇOQUE SE QUERIA SOFISTICADO E, AO MESMO TEMPO, FAMILIAR.

Como parceiro ideal, a Unissima escolheu os lacados e asnogueiras, conferindo um toque de sofisticação ao ambiente. Epara que as divisões não perdessem luz e espaço, os cortinadosescolhidos têm tons claros.

Dotada de grande autonomia no que toca ao uso de peças demobiliário, a Unissima colocou uma banqueta, um móvel de TV euma estrutura de vidro lacado a preto alto brilho, todos perten-centes à marca, na sala de estar. Salta à vista o pormenor high-tech da televisão embutida no vidro. Ao centro, a mesa Zulu,peça Unissima pertencente às suas coleções de autor, dá umtoque étnico-contemporâneo ao espaço.

A sala-bar explora melhor as peças exclusivas da marca: foramcolocadas as mesas de apoio Padaung, peças de autor, ao cen-tro, que veem o seu banho de ouro, em conjunto com as noguei-ras da sala, ser puxado para a parede pelo bar Canaveral, peçaque funde vintage e modernidade e que adquire um destaquesóbrio. Ambas as peças dão continuidade à nobreza de mate-riais, pautando o ambiente com apontamentos de ouro.

As duas salas são divididas por uma estrutura em nogueira con-cebida pela Unissima. Optou-se por não se fazer uma separaçãofechada, mas antes uma transposição natural que ampliasse osespaços.

O interior teve como base a ideia de criar espaços com personali-dade própria mas ligados entre si, de modo a que entrar em cadaárea fosse uma experiência diferente, mas integrada num mesmoconceito. Mantendo o nível de qualidade de materiais e de acaba-mentos no topo, a Unissima Home Couture fez uso de algumasdas suas peças únicas para preencher os espaços.

Trata-se de uma moradia com dois andares e uma área interior decerca de 330 m², dos quais se destacam, pelo seu tamanho, umasala de estar e as salas de jantar e de bar que lhe são contíguas.

PRIMEIRO PISO, AMPLO ESPAÇO COMUM: SALA DE ESTAR, SALA DE REFEIÇÕES E SALA DE BAR

A sala principal da casa foi pensada em tons quentes, essencialpara um cliente que pediu vida nas áreas de maior movimento.

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criado pela Unissima e pretendia encher a parede com um batomque desenha uma boca feminina. O detalhe irreverente, em torno doqual gira o quarto, é compensado com a sobriedade das linhas direi-tas e o arranjo cromático coerente.

O mesmo se pode dizer do quarto do rapaz, mais novo, cuja idadee interesses deram o mote para o design interior. O nome da criançaaparece em madeira, na parede, sob um padrão divertido, enquantoas cores dominantes provêm do seu desenho animado preferido,que surge na forma e cores da cabeceira Unissima, mesinha decabeceira e almofadas. A animação é transversal às peças, mesmona mesa que, tendo design contemporâneo, se adapta à jovialidadedo espaço, ao emergir com um tampo azul e outro branco.

A INTIMIDADE DE UM HALL DE ENTRADA

O hall íntimo, assim apelidado, prolonga o uso dos tons claroscomo base de toda a casa. É íntimo porque quem por ali entra, noprimeiro piso, dá de caras com um espaço de convívio, privado,que está salvaguardado por uma estrutura de vidro cuja escolhanão foi inocente. As nogueiras voltam a figurar com destaque sobos brancos, ao passo que o painel de cores situado na passagempara o piso inferior e criado à medida pela Unissima, quebra opadrão das cores, anunciando a transição entre andares, percursovívido.

Junto a estes encontra-se a sala de refeições. A cor clara dos sofásé trazida pelas cadeiras, de forma original; no centro, a mesaUnissima impõe-se por contraste, ao reavivar o binómio dourado--lacado; o candeeiro de teto tem o charme do luxo sem pedirdemasia da atenção. O conjunto das salas marca pela coerênciaconceptual que, respeitando a autonomia funcional das divisões,as liberta para um fluir natural e cómodo entre as mesmas.

O QUARTO ENQUANTO ESPAÇO PERSONALIZADO

Pretendia-se, na mastersuite, encontrar o ponto de harmonia entrebem-estar e requinte. Os tons pastel são fonte de relaxamento,pontuados por contrastes suaves de preto e móveis de autor queconferem estatuto ao espaço privado. O quarto comunica numa lin-guagem de conforto: deu-se primazia aos veludos, os padrões e ascores ligam a cama aos candeeiros, e as mesinhas de cabeceirafalam o mesmo desenho do toucador, peças criadas pelaUnissima. No centro, estão cama e cabeceira, da mesma marca,proeminentes figuras do quarto pela posição e pelo tamanho. Oespelho, por seu turno, aumenta as dimensões do ambiente eguarda atrás de si um closet recatado, com forro de capitonê damarca.

Os quartos mais jovens são ricos noutro tipo de sensações. Opapel de parede escolhido para o quarto de duas adolescentes foi

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Reabilitação Palácio Nacional de Sintra Recuperação da Cozinha

A cozinha do Palácio Nacional de Sintra está a ser recu-perada. O espaço é um dos mais emblemáticos doPalácio, sendo nele que se encontram as duas chaminéscónicas que marcam o perfil da vila de Sintra. A obra temcomo principal objetivo minimizar as anomalias específi-cas do revestimento de azulejo que cobre paredes, vãos,fogões e fornos, rebocos e outros elementos e conta comum investimento de cerca de 35.000 euros.

A intervenção pretende garantir a estabilidade do revesti-mento azulejar, assim como a sua integridade física easpeto visual, assegurando a boa conservação do espa-ço. Os trabalhos abrangem também o tratamento deoutros materiais (cerâmicos não vidrados, pedra e ele-mentos metálicos, e rebocos caiados) que se encontramem contacto direto com os azulejos e que podem ser cau-sadores de efeitos nefastos sobre os mesmos.

A necessidade de intervenção surgiu com a verificaçãode fortes instabilidades no estado de conservação geraldos painéis de azulejo, que apresentavam também umadébil aderência parcial ao suporte de alvenaria. Irá man-ter-se, o mais possível, a essência histórica, limitando-sea substituição de elementos a casos pontuais de degra-dação extrema, evitando assim a perda de elementos ori-ginais.

A obra será dividida em duas fases, para reduzir ao máxi-mo o impacto no percurso dos visitantes, respeitando oconceito “Aberto para obras”, que permite aos visitantespresenciarem de perto os trabalhos de salvaguarda evalorização em curso nos diversos monumentos e par-ques.

CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA

A cozinha, que se ergue do lado nascente do PalácioNacional de Sintra, foi edificada no âmbito das grandestransformações e alargamentos do Palácio que datam doperíodo de reinado de D. João I (1385-1433), realizadasno primeiro quartel do século XV, e atribuídas ao mestrede pedraria João Garcia de Toledo.

Célebre pelas suas duplas chaminés monumentais, de 33metros de altura cada, a cozinha foi dimensionada paragrandes banquetes de caça. No interior, destacam-se asdiversas fornalhas e dois grandes fornos, para além deuma estufa e um trem de cozinha em cobre estanhado,constituído por marmitas, peixeiras, panelas, tachos,caçarolas e frigideiras.

O revestimento das paredes em azulejo branco (finais doséculo XIX), que cobre praticamente todas as superfíciesdas cozinhas até aproximadamente 4,30 metros de altu-ra, será contemporâneo da composição com as armasreais de Portugal e de Saboia aqui colocada nos finais doséc. XIX, pertencente à rainha Dona Maria Pia, a últimasoberana a habitar o Palácio.

Prevê-se que a obra esteja terminada durante o primeirosemestre de 2016.

FONTE: COMUNICAÇÃO PARQUES DE SINTRA

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