Matéria Prima - 26ª edição

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Junho de 2012

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A Central Médica Carlos Chagas é uma das pioneiras no Estado, com mais de 40 anos de atuação. Recentemente passou por uma transformação, voltando as suas origens e focando seu trabalho na Saúde Ocupacional. De administração tradicionalmente familiar, é uma empresa moderna e oferece, com eficiência e agilidade, serviços qualificados em Medicina do Trabalho. Confira a entrevista com o diretor presidente da empresa, Dr. Gildo Irineu Coifman, e seu filho, Rogério Coifman.

Pioneirismo em saúde ocupacional

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Junho - 2012 - Ano V - 26a EdiçãoCirculação: 5000 Exemplares

Jornalista Responsável: Roselaine Vinciprova (MTB 11043) Versão online: www.revistamateriaprima.com.br

Fontes: Fiergs, Fecomércio, Federasul, Sebrae RS, Portal da Qualidade, Setcergs, Zero Hora, Receita Federal do Brasil, Valor Econômico, Jornal do Comércio, O Estado de São Paulo, Gazeta Mercantil, InfoMoney e Administradores.

* Os artigos assinados não refletem, necessariamente, a opinião da revista Matéria Prima e são de inteira responsabilidade dos autores.

Contatos:Coordenação: - Roselaine Vinciprova - [email protected] Tadeu Battezini - [email protected]

Geral: 51 3041.2333 | [email protected]

Comercial: Tadeu Battezini - [email protected] Sandra Santos - [email protected]: Angela Cardoso - [email protected] Colaboração: Kamyla Jardim - [email protected] Junges - [email protected] Luiz - [email protected]

Av. Flores da Cunha, 1050 / 604Centro - Cachoeirinha / RS51 3041.2333 Matéria Prima é uma publicação bimestral da TRCOM. Todos os direitos reservados.

EXPEDIENTE

Gravataí fecha parceria para programa de microcrédito .......... 07

A situação dos profissionais frente ao mercado de trabalho .............. 15

Revista Matéria Prima comemora quatro anos em café da manhã ... 17

A guerra por talentos ............................................................................. 18

13º Congresso Internacional da Gestão será em julho ................... 22

O desafio dos jovens chefes ................................................................... 24

Transposul acontece em julho .................................................................. 28

Esfera Azul Ulbra inaugura espaço de educação socioambiental ....... 30

Auditorias: controle de execução e valorização da empresa .............. 32

Sebrae abre chamada para feiras internacionais .............................. 33

MATÉRIA DE CAPA

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Envie sua sugestão ou mensagem para nós! [email protected]

Indústria brasileira e os obstáculos ao crescimento

Nas últimas semanas, o governo tem anunciado medidas para conter a desindustrialização do país, causada, entre outros fatores, pelo aumento do dólar e do custo de produção do país. Para se ter ideia, custa mais produzir no Brasil que nos Estados Uni-dos. Além disso, somos o terceiro país do mundo no custo da energia elétrica, considerado outro empeci-lho ao desenvolvimento industrial. Isso sem contar a falta de infraestrutura básica, a burocracia e a pe-sada carga tributária, sempre muito lembradas pelos empresários.

Como se não bastassem todos esses motivos para os industriais se preocuparem, a falta de mão-de-obra agora é outro fantasma que ronda nossos Distritos Industriais. Seja por pouca qualificação ou falta de postura, a verdade é que o número de candidatos é

escasso em muitas salas de recursos humanos. Mas qual será a origem desse problema? E quais seriam os meios para resolvê-lo? É o que nossos leitores poderão conferir na nossa reportagem especial. Conversamos com indústrias, agências de recursos humanos e ins-tituições de ensino para entender como o problema afeta cada área.

Além disso, nossos artigos, escritos por advogados e especialistas em sustentabilidade também tratam do assunto, sempre pauta na revista Matéria Prima. Nes-ta edição, o leitor poderá conferir também o desafio dos jovens chefes para liderar profissionais mais ve-lhos e mais experientes e a importância das auditorias para as empresas.

Boa leitura e até agosto!

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Neiva Bilhar, presidente do Centro das Indústrias de Cachoeirinha, rece-beu, para almoço no restaurante Selita Schneider, juntamente com Norberto de Antoni e Márcio Nùñez, diretores da entidade, o deputado José Luiz Sté-dile, o secretário municipal da Cultu-ra, Nérisson Oliveira, Simone Medei-ros, da Biblioteca Pública Municipal Monteiro Lobato, e Sônia Zanchetta, da Câmara Rio-Grandense do Livro. A pauta da reunião foi a construção de uma cidade mais leitora através da articulação de esforços do poder públi-co, das empresas privadas e do terceiro setor.

Stédile relatou as ações que vêm sendo desenvolvidas pela Frente Parla-mentar em Defesa da Biblioteca Públi-ca, que idealizou e preside na Câmara

A leitura em debate

de Deputados, e manifestou sua dispo-sição de colaborar para o fortalecimen-to da Biblioteca Pública Municipal Monteiro Lobato.

Foi entregue à diretoria do CIC, na ocasião, um documento elaborado

pela Biblioteca, com informações bá-sicas sobre a campanha Cachoeirinha em Estado de Leitura, que é um desdo-bramento da Audiência Pública sobre a Leitura, realizada na Câmara de Ve-readores no dia 18 de maio.

Raquel Felippe

Foi entregue à diretoria do CIC, na ocasião, documento elaborado pela Biblioteca

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As micro e pequenas empresas (MPE) elevaram novamente as contratações do mercado em 2012. O levantamento feito pelo Sebrae no mês de março, revela que 78,7% dos 111.746 empregos formais criados em todo o país estavam nos pe-quenos negócios. Isso representa 87.913 postos de trabalho gerados pelo setor em 30 dias. O estudo foi baseado nos núme-ros do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Segundo o Sebrae, a cada mês os pe-quenos negócios ampliam o número de ofertas de postos de trabalho no Brasil. Em especial no setor de serviços, que

criou 52 mil vagas nas micro e pequenas empresas em março, sendo quase 40 mil delas nas empresas com até quatro fun-cionários.

Se comparado ao mesmo período do ano passado, houve crescimento da participação das MPE no volume total de vagas abertas em mais de 24 pontos percentuais. Em março de 2011, a par-ticipação dos micro e pequenos empre-endimentos no mercado de trabalho foi de 50,4%.

O setor que mais criou postos de trabalho no período analisado em 2012 foi o de serviços, com 83.182 vagas. As MPE foram responsáveis por 52 mil con-tratações nesse segmento. Já o setor da

indústria de transformação apresentou retração, com o fechamento de cinco mil vagas. Mesmo assim, o desempenho das micro e pequenas empresas ajudou a equilibrar os números nesse segmento. Enquanto as médias e grandes organiza-ções fecharam 17 mil postos em março, as MPE mantiveram as contratações em alta e foram responsáveis por 12 mil no-vos empregos.

Das mais de 87 mil vagas abertas pelas MPE no mês de março, São Paulo foi responsável por 25 mil (29,4%). Em seguida, vem o estado de Minas Gerais, com 14 mil vagas (15,9%) e o Rio Gran-de do Sul, com nove mil empregos gera-dos (10,3%).

MPEs ampliam o número de contratações em 2012O setor que mais criou postos de trabalho no período analisado foi o de serviços, com 83.182 vagas

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Em parceria com a Prefeitura Muni-cipal, o Banco do Brasil de Gravataí lan-çou o programa ‘Microcrédito Produtivo Orientado’, voltado aos pequenos produ-tores rurais, microempreendedores indivi-duais e pequenos artesãos. As secretarias municipais de Agricultura (Smaa), de Trabalho, Cidadania e Assistência Social (Smtcas) e de Desenvolvimento Econômi-co e Turismo (Smdet) ajudarão na divulga-ção e incentivo ao programa.

O ‘Microcrédito’ disponibiliza finan-ciamentos entre R$ 5 e R$ 15 mil para pessoas físicas empreendedoras informais,

empreendedores individuais formalizados e microempresas com faturamento anual de até R$ 120 mil. Com prazos de até 36 meses, os baixos índices de juros, na faixa dos 0,64%, proporcionarão que os inte-ressados possam aplicar o valor para inves-timento ou para o capital de giro de seus negócios. Além das favoráveis condições, os negócios são acompanhados por funcio-nários do banco, treinados para orientar e acompanhar o desenvolvimento sustentá-vel dos empreendimentos.

Enquadram-se no perfil do programa de Microcrédito, produtores cadastrados

no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que visa proporcionar o acesso de pequenos pro-dutores que possuam renda de até 70% advinda da agricultura familiar a valores de crédito e custeio de atividades agrope-cuárias. Também é uma oportunidade para que os participantes da economia so-lidária obtenham pequenos recursos a fim de participarem das feiras e dar início aos projetos. Os funcionários da Smaa, Smtcas e Smdet receberão um treinamento para intermediar o atendimento inicial dos em-preendedores.

Gravataí fecha parceria para programa de microcréditoO ‘Microcrédito’ disponibiliza financiamentos entre R$ 5 e R$ 15 mil para pessoas físicas empreendedoras informais, empreendedores individuais formalizados e microempresas com faturamento anual de até R$ 120 mil

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Pioneirismo em sAúdE oCuPACIonAlentrevista | Gildo irineu Coifman e rogério Coifman

A Central Médica Carlos Chagas é uma das pioneiras no Estado, com mais de 40 anos de atuação. Recentemente passou por uma transformação, voltando as suas origens e focando seu trabalho na Saúde Ocupacional. De administração tradicionalmente familiar, é uma empresa moderna e oferece, com eficiência e agilidade, serviços qualificados em Medicina do Trabalho. Confira a entrevista com o diretor presidente da empresa, Dr. Gildo Irineu Coifman, e seu filho, Rogério Coifman.

Frederico Mombach

Como iniciou a sua vocação pela área de Medicina Ocupacional?

No final da década de 60 e início da década de 70, a discussão a respeito de Me-dicina Ocupacional ganhou vigor. Minha primeira experiência neste ramo aconte-ceu em 1968, quando ingressei na multi-nacional Lanifício Kurashiki, localizada na cidade de Sapucaia do Sul, onde trabalhei durante seis anos. Em 1973, quando o Ministério do Trabalho determinou que as empresas com mais de 500 colaborado-res deveriam possuir Médico do Trabalho, inscrevi-me na primeira turma do curso de Medicina Ocupacional promovido pela Pontifícia Universidade Católica (PUCRS). Após estas experiências, decidi apostar na aquisição de equipamento para realização do Exame Abreugráfico, que na época era exigência do Ministério do Tra-

balho, para ingressar em um emprego. Es-colhemos a cidade de Canoas para abrir as instalações da Abreugrafia Niterói.

A Carlos Chagas é uma das clínicas com maior tempo de mercado no solo gaúcho. São quase 40 anos de atuação. Conte um pouco do início das suas atividades:

No ano de 1975, fundamos oficial-mente a Central Médica Carlos Chagas com o objetivo de continuar a trabalhar de forma intensa a Medicina Ocupacional. Aos poucos fomos ganhando mercado e conquistando clientes. Um fato que mar-cou bastante o nosso crescimento foi que no ano de 1985 a Carlos Chagas adquiriu um potente e moderno aparelho para a re-alização de Radiologia Geral, marca Toshi-ba, importado do Japão, na época de dólar elevado, o qual nos permitiu realizar uma

Em 1975 foi fundada oficialmente a Central Médica Carlos Chagas

extensa variedade de investigação radio-diagnóstica.

Hoje a Carlos Chagas é considerada uma empresa familiar. Qual o papel dos seus filhos na administração?

Meus filhos atuam comigo, contribuin-do com conhecimento e inovação para a empresa. A Lisiane Coifman Szanski é graduada em psicologia, atuando no setor Assistencial e Organizacional; a Lauren Coifman Gross atua na área de gestão; e o Rogério Coifman é médico especializado em Medicina Ocupacional e Marketing. Ele trouxe para a Carlos Chagas a inova-ção, através da modernização da empresa em todos os aspectos, especialmente a in-formatização.

Como é possível se renovar com tanto tempo de atuação?

Somos uma das mais antigas clínicas de Saúde Ocupacional em funcionamento no estado. É preciso a cada dia estar mais aten-to ao que pede a legislação, com foco na agi-lidade e eficiência. Temos que, sobretudo, transmitir ao empresário a cultura da pre-venção, com foco no investimento em qua-

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humanos e de pessoal. Buscamos perma-nentemente a inovação e a transmissão do conhecimento ao nosso cliente, através da democratização da informação.

Recentemente a Carlos Chagas deu uma guinada no serviço que prestava na área de medicina assistencial, como foi esse processo?

Desde 1988, quando nos cadastramos junto à Agência Nacional de Saúde, vínha-mos desenvolvendo um qualificado ser-viço de medicina assistencial. Chegamos inclusive a realizar um grande sonho, que foi a inauguração do Day Hospital. Entre-tanto, este é um mercado extremamente competitivo e decidimos transferir todo o nosso know how para uma operadora de alto nível e qualificada. Não foi uma decisão fácil, mas temos a certeza da mis-são cumprida durante todo este tempo. Vamos voltar a nossa origem de medicina ocupacional e continuar buscando a exce-lência do nosso trabalho.

Qual o grande diferencial da Carlos Cha-gas?

A metodologia de trabalho é única. O conhecimento e agilidade na solução das necessidades dos nossos clientes. Estamos permanentemente reunidos para oferecer as melhores soluções. As empresas buscam agilidade e excelência na realização dos exames tanto físico como complementa-res, para que o funcionário permaneça o menor tempo afastado da atividade, ou para que não atrase o seu processo de ad-missão por falta de documentação legal. Na Carlos Chagas o funcionário realiza os exames em um único local e tem o resulta-do de forma rápida.

Porque a Carlos Chagas aposta no traba-lho junto às empresas do ramo da cons-trução civil?

A área da construção civil é onde os si-nistros e as sequelas são mais visíveis. Hoje esta é uma área que merece todo o cuidado para que as empresas e os trabalhadores al-cancem seu objetivo, que é trabalhar com segurança. Temos experiência e tecnolo-gia fortes para esta área, com realização dos exames mais complexos, como para o trabalho em altura, ambiente confinado, condução de veículos de transporte dos trabalhadores, de carga, e outros. Aliado a isto, temos uma relação muito próxima com o Sindicato da Indústria da Constru-ção Civil no Estado do Rio Grande do Sul, o Sinduscon.

9entrevistalidade de vida dos seus colaboradores, para que os mesmos rendam mais no trabalho e possam voltar saudáveis para suas famílias. O mercado pede soluções rápidas, mas efi-cientes. Prestamos serviços igualmente na assistência jurídica, como Assistentes Técni-cos, onde temos obtido resultados efetivos para nossos clientes. Um dos fatores que tem nos levado a avançar, quanto ao reco-nhecimento dos empresários clientes, é pela qualidade do nosso trabalho.

Como crescer num mercado tão compe-titivo?

O nosso crescimento anual está em torno de 12% a 15%. Promovemos con-tinuamente um trabalho de treinamento com nossa equipe, que hoje alcança deze-nas de colaboradores diretos e indiretos. Mais do que das máquinas, nós temos que cuidar do ser humano. Estamos dedicados

intensamente à modernização, à infor-matização e à melhoria contínua, através do Programa Gaúcho da Produtividade e Qualidade (PGQP). Desenvolvemos siste-mas modernos para facilitar o trabalho e agilizar a resposta às necessidades que o mercado necessita.

Qual o grande desafio em ser uma clínica de medicina do trabalho?

O desafio é realizar com agilidade os trabalhos que as empresas nos solicitam e que o Ministério do Trabalho exige. Atua-mos na essência das empresas. Não basta somente disponibilizar o salário para os funcionários, tem que fornecer treinamen-to, os EPI’s, tem que orientar e prevenir. Se o empregado tiver um sinistro, a respon-sabilidade primeira é do empregador. Co-locamos à disposição dos nossos clientes o nosso departamento jurídico, recursos

Frederico Mombach

A Carlos Chagas possui seis unidades: quatro em Porto Alegre, uma em Cachoeirinha e uma em Canoas

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Prof. Saul SastreDiretor de Transportes Rodoviários - DAER/[email protected]

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DESENVOLVIMENTO

Estamos vivendo um momento ímpar com a queda de juros incentivada pelo Governo Federal. É importante deixar-mos de ser o país com a mais alta taxa de juros do mundo para podermos competir de maneira mais igualitária no cenário globalizado. Já bastam os “gaps” que te-mos na infraestrutura e na tributação, o chamado “Custo Brasil”, mas aos poucos estamos resolvendo os problemas e indo em direção ao progresso, afinal quanto mais competitiva e globalizada a econo-mia, mais próspero é o país.

O problema é que ainda não estamos aculturados em viver com juros baixos. Logo que saem notícias desse gênero, já aparece gente disposta a consumir, muitas vezes sem ter a necessidade, o que teme o governo com a possibilidade do retorno da famigerada inflação.

Outro fator importante é cuidar das compras com juros de longo prazo. Da maneira que está sendo conduzida a po-lítica econômica brasileira, 1% de juros daqui a 10 anos, será um percentual mui-to alto, quase que impagável, fenômeno parecido com quem comprou carro sem entrada em 60 meses e três anos depois se deu conta de que o saldo residual da sua dívida era muito maior que o bem que tinha nas mãos.

Nunca foi tão importante desenvolver educação financeira para não cair em ar-madilhas. Não importa o juro pago, im-porta é o negócio que está fazendo. De-vemos nos concentrar em comprar ativos, coisas que colocam dinheiro no bolso, cada um na sua, tem gente que prefere comprar imóveis para alugar ou vender, outros aplicam em renda fixa e já é uma realidade o aumento na procura pelo mer-cado de ações, que tende a crescer muito nos próximos anos.

Juro zero para fazer dívida ruim com-prando coisas que nos tiram dinheiro ou que não precisamos nos deixam mais po-bres e a velha fórmula da prosperidade em qualquer parte do mundo é fazer poupan-ça e aí o que menos interessa é o juro zero.

Cuidado com a queda de juros

Hiper Pães amplia sua estrutura em Gravataí

A Hiper Pães Congelados, indús-tria de Gravataí, anunciou em maio sua mudança para uma nova sede no Distrito Industrial. Com 5 mil me-tros quadrados de área construída, o novo prédio será cinco vezes maior que a sede atual.

De acordo com os proprietários da empresa, a preocupação com o

meio ambiente estará presente na nova sede, que terá telhado ecológi-co e captação de água da chuva. Com a expansão do empreendimento será ofertada capacitação profissional, valorização para os funcionários e maior empregabilidade. O objetivo é passar dos atuais 90 funcionários para 150.

Iniciou em maio o projeto que vai renovar prédios públi-cos, patrimônios históricos e praças do Rio Grande do Sul. A primeira instituição contempla-da é a Escola Municipal de En-sino Fundamental Parque dos Eucaliptos, em Gravataí, cidade onde fica o principal parque fa-

bril de Tintas Renner no Brasil. A PPG - Tintas Renner fará a nova pintura nas áreas externas e de convívio de alunos e comuni-dade. Mais de 100 litros de tinta serão usados neste início de tra-balho. A PPG – Tintas Renner pretende ampliar o projeto para outras escolas e instituições.

Renovação de prédios

A Renova está realizando testes com seus colaboradores com o novo produto apresentado este ano, o ta-pete antifadiga, dirigido ao bem-estar do funcionário. O tapete ativa a cir-culação sanguínea e reduz o impac-to nas articulações dos funcionários que trabalham em pé por um longo período, propiciando um alívio à fa-diga e aumento da produtividade.

Na empresa, o teste é realizado da seguinte maneira: o tapete é dis-ponibilizado por um dia nas células de trabalho onde o colaborador precisa trabalhar em pé. No final de cada dia é colhido o depoimento deste colaborador para que a Reno-va possa se certificar da qualidade do produto oferecido.

Algumas opiniões do novo pro-duto incluem: diferenças no mo-mento de pisar sobre o tapete e no chão, maior conforto, diminuição

Renova lança tapete antifadiga

da dor nos pés e pernas, relaxamen-to da musculatura das pernas, dimi-nuição do inchaço das pernas e do cansaço.

O projeto do novo tapete antifa-diga está sendo realizado pela Técni-ca de Segurança do Trabalho, Lucia-ne Inês Schmidt.

Divulgação Renova

o tapete ativa a circulação sanguínea e reduz o impacto nas articulações dos funcionários que trabalham em pé por um longo período

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Uma pesquisa feita pela Regus mos-trou que os funcionários brasileiros são os segundos mais satisfeitos no mundo com as sua qualidade de vida no traba-lho, muito perto dos mexicanos. O ín-dice de qualidade de vida do país saltou de 45, em 2010, para 151, apenas dois pontos atrás do México, com 153.

Essa alta, de aproximadamente três vezes frente a uma média mundial de 24% nos 80 países pesquisados, não

tem a ver necessariamente com fatores objetivos, mas com a percepção de fu-turo dos pesquisados. Isso também ex-plica porque países mais desenvolvidos, mas com um futuro econômico imedia-to mais sombrio, tem resultados bastan-te inferiores: a Alemanha soma 94 pon-tos; o Reino Unido, 104 e o Japão, 105.

A pesquisa da Regus apontou que 58% dos profissionais brasileiros pas-sam mais tempo no trabalho do que

em 2010. Ou seja, a qualidade de vida está mais relacionada a uma percepção sobre o aumento da possibilidade de mais dinheiro no bolso em um futuro próximo.

Apesar de passar mais tempo no tra-balho, poucos brasileiros (15%) afirma-ram passar mais tempo longe dos seus assuntos pessoais do que há dois anos. Na China, 55% dos profissionais assi-nalaram esta opção.

Funcionários brasileiros são os segundos mais satisfeitos

Divulgação

Apesar de passar mais tempo no trabalho, poucos brasileiros (15%) afirmaram passar mais tempo longe dos seus assuntos pessoais do que há dois anos

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Claiton ManfroDiretor do Cisco [email protected]

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UNIVERSO CULTURA

Ainda sobre as leis de incentivo à CulturaNa semana passada a Folha de São Paulo publicou

uma matéria onde foi abordado o texto do deputado Pe-dro Eugênio, relator do projeto de lei que propõe impor-tantes mudanças no sistema de financiamento público para produção cultural no Brasil.

Na prática, a proposta é de substituição da Lei Roua-net pelo ProCultura – um novo sistema de financiamento federal para cultura que prevê um fortalecimento do FNC – Fundo Nacional de Cultura, uma descentralização mais justa dos recursos federais, uma valorização (peso maior) das contrapartidas apresentadas nos projetos culturais e um aumento no percentual de dedução do imposto de renda dos investidores. Mas a grande novidade ficou por conta da criação do Ficart - Fundo de Investimento Cultu-ral e Artístico que garante um abatimento de até 50% do imposto de renda dos empresários que aportarem recursos no setor cultural.

Atualmente, mais de 70% dos investimentos liberados através da Lei Rouanet são concentrados no eixo Rio/São Paulo e a grande maioria dos recursos são destinados a artistas já consagrados (globais), que não precisariam de patrocínio público para seus projetos e produções. Esta si-tuação causa uma grande indignação na classe artística dos demais estados, pois o que ocorre hoje é que os recursos são distribuídos injustamente, tanto em nível geográfico, quanto do ponto de vista cultural propriamente dito, pois como os artistas menos reconhecidos não têm acesso a es-tas verbas, acabam discriminados pelo Estado.

Outro problema: o funcionamento do atual FNC é uma caixa preta, ninguém sabe com precisão quais são os critérios de avaliação e aprovação dos projetos. Não é divul-gado o valor que existe no Fundo, nem como proceder para apresentar projetos. Sabe-se somente que a maioria dos re-cursos são liberados através de emendas parlamentares, ou seja, quem não tem uma boa articulação em Brasília fica a ver navios.

Pelo texto do deputado Pedro Eugênio, as contraparti-das dos projetos terão um peso maior. O que há de errado nisto? Um projeto cultural deve ser avaliado pelo mérito cultural, não por sua oferta assistencialista, ou seja, quan-do o Estado passa a considerar que a contrapartida é uma das “coisas” mais importantes de um projeto cultural, na prática ele está fazendo com que os proponentes substitu-am seu papel, pois a realização de ações gratuitas (como cursos, apresentações e shows) deve ser responsabilidade do próprio poder público, não dos artistas.

Não sou contra a contrapartida social dos projetos, mas acredito que ela não tem tanto peso na análise dos projetos. Valorizar a contrapartida é abrir espaço para apre-sentação de projetos absurdos e impossíveis de serem colo-cados em prática.

Segundo o ranking da Associação Brasileira de Ata-cadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (ABAD) divulgado recente-mente, a Oniz Distribuidora, empresa com unidade em Cachoeirinha, cresceu 29,4% no seu faturamento e ficou consolidada como a maior distribuidora de produtos ali-mentícios do Rio Grande do Sul. Na classificação estadual, a empresa alcançou a segunda posição, ficando atrás apenas da Dimed.

No ranking nacional, a

Oniz subiu quatro posições, tornando-se a 30ª maior em-presa do setor de distribuição e entrega. A evolução apresen-tada pela Oniz foi a terceira maior entre as 30 primeiras colocadas. Em número de vendedores, a empresa se tor-nou a maior do país, com 359 funcionários.

Os números divulgados pela ABAD são resultado da pesquisa anual realizada em parceria com a Nielsen Con-sultoria, que entrevistou mais de 428 empresas do setor ata-cado/distribuidor nacional.

Oniz Distribuidora é a maior distribuidora do estado do Rio Grande do Sul no setor mercearil

Em reunião realizada no início de maio, o muni-cípio de Gravataí recebeu uma comitiva da Queijos Kunzler. Na ocasião, o pre-sidente da empresa, Luiz Kunzler, acompanhado dos diretores Lauro Kunzler e Argemiro Santos, apresen-tou o interesse de trazer para a cidade uma filial do Grupo.

O prefeito Acimar Silva destacou os investimentos de empresas privadas para o município nos últimos meses, como o M. Grupo, a Destro Macroatacado e futuramente o Bourbon Shopping.

O diretor superinten-dente do Grupo Kunzler, Argemiro Santos, destacou a localização como um fa-tor favorável no município.

O grupo deverá forma-lizar seu projeto de implan-tação da filial em Gravataí ao longo do mês de junho.

TrajetóriaA Kunzler Filho e Cia.

Ltda. é uma empresa gaú-cha, dedicada à industria-lização e distribuição de produtos alimentícios, espe-cialmente queijos ralados.

Fundada em 1963, sua história teve início com o sucesso no transporte e co-mércio de queijo tipo par-mesão em formas, vindos de Minas Gerais e pouco co-nhecido na região Sul. Foi então que Pedro Laurenti-no Kunzler, seu fundador, juntamente com seus três filhos, teve a ideia de criar um produto que aliasse pra-ticidade e bom gosto à mesa dos gaúchos. Surge então, a primeira indústria de queijo ralado do Sul do País e uma das primeiras do Brasil.

Atualmente o filho mais novo do Sr. Pedro, Luiz Kunzler, é quem lidera a empresa, dando continui-dade ao projeto de seu pai.

Queijos Kunzler tem interesse em instalar sede em Gravataí

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A assistência médica é o segundo maior gasto do departamento de recursos huma-nos das companhias, perdendo apenas para a folha de pagamento. Essa constatação está transformando a forma como as empresas estão oferecendo a saúde. As grandes corpo-rações já começaram a prestar atenção no impacto da saúde na produtividade do tra-balhador e principalmente nos custos que uma má gestão pode provocar.

É baseado nesta nova forma de pen-sar, que a Agência Nacional de Saúde publicou recentemente duas normativas para incentivar programas de saúde e pre-venção de riscos e doenças junto às ope-radoras de saúde. O presidente da ANS, Mauricio Ceschin, afirmou que objetivo do sistema de saúde deve ser promover a saúde e não somente tratar doenças. No ambiente corporativo, trata-se de uma que-bra de paradigma, que leva o empresário a cuidar da saúde dos colaboradores no pacote de benefícios, a busca de soluções de saúde com foco em gestão de riscos, pre-venção de doenças crônicas, qualidade de vida e bem-estar.

Nasceram nos Estados Unidos os pri-

meiros projetos pioneiros de mapeamento da saúde corporativa. Esses programas ofe-recem ferramentas efetivas para reduzir os custos em saúde, aumentar a rentabilidade dos seus colaboradores e, sobretudo, criar ações de promoção da saúde e qualidade de vida. No Brasil, empresas de renome como TAM e Usiminas já evidenciam seus resultados de redução da sinistralidade e do absenteísmo com o desenvolvimento de Programas de Promoção da Saúde.

A empresa ONLife – Saúde Integral – é uma das pioneiras no Estado a propor um trabalho baseado na Gestão da Saú-de, com uma visão focada na medicina preventiva. O diretor da ONLife, o enge-nheiro Eduardo Gross, revela que um dos grandes diferenciais é o uso de um softwa-re que gerencia as informações de cada um dos colaboradores da empresa. “Com isso, conseguimos consolidar um mapeamento do perfil de saúde e estilo de vida de todos os colaboradores da empresa e assim, mo-nitorarmos de forma integrada todos os riscos da saúde ocupacional e assistencial”, revela Gross.

Além dos programas de promoção da saúde desenvolvidos no ambiente corpora-tivo, ligados à qualidade de vida, ergono-mia e gerenciamento de estresse, muitos clientes da ONLife ainda optam por outro tipo de trabalho, que é o monitoramento dos pacientes crônicos. A grande vanta-gem deste serviço é proporcionar individu-almente a cada funcionário o aprendizado do autocuidado para gerenciar a sua doen-ça. Esses colaboradores são divididos em grupos, como por exemplo, hipertensão e diabetes, e são orientados para lidar de forma adequada com os principais fatores

de risco – obesidade, sedentarismo, taba-gismo – adquirindo uma melhor qualida-de de vida e menor ausência do trabalho. Este tipo de controle é tão importante que hoje os doentes crônicos representam cer-ca de 10% da população, mas são os res-ponsáveis por 60% dos custos assistenciais das empresas. Essa modalidade de serviço também é aplicada no acompanhamento de gestantes e monitoramento dos afasta-dos visando acelerar a sua reintegração ao trabalho.

O principal motivo para o resultado positivo nas empresas é a mudança de atitude dos colaboradores. Uma das ativi-dades da ONLife é a formação de líderes da qualidade de vida dentro das empresas, com o principal objetivo de disseminar a cultura de prevenção e desenvolver ações de promoção pertinentes ao contexto de cada empresa. Gross ressalta que “Uma excelente estratégia para controlar o ab-senteísmo é contaminar os funcionários com orientações para o autocuidado, proporcionando a mudança de hábitos e a responsabilidade de cada pessoa com a sua saúde”.

Eduardo Gross salienta que todas as atividades desenvolvidas são realizadas por uma equipe multidisciplinar. “Temos mo-dalidades de trabalho que vão ao encontro do que a empresa deseja, desde oficinas, workshops, formação de líderes em quali-dade de vida, ginástica laboral, academia corporativa, blitz postural, Orientação Nutricional até a padronização completa da gestão da saúde da empresa”, evidencia Gross. Hoje a ONLife tem escritório em Porto Alegre e Caxias do Sul. Mais infor-mações pelo www.onlifesaude.com.br.

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SIPAT 2012

Empresas estão cada vez mais optando por programas de prevenção

O Brasil tem mais de 13 milhões de empresas, segundo o estudo IPC Maps 2012, divulgado pela IPC Marketing Editora, empresa especializada no cálcu-lo de índices de potencial de consumo.

Entre os setores com maior núme-ro de empresas, destacam-se os de ser-viços e comércio, com 5,9 milhões e 5 milhões, respectivamente. Em seguida aparece a indústria, com mais de 1,6 mi-

lhão de empresas e o agribusiness, com mais de 415 milhões.

Segundo os dados analisados, a maior quantidade de empresas está na região Sudeste, onde se encontra quase 6,5 milhões de empresas, ou seja, uma empresa para cada 12,7 habitantes.

A região Sul aparece como a segun-da no ranking, com 2,5 milhões de em-presas, registrando a maior quantidade

de empresas por habitante: há uma empresa para cada 10,8 habitantes. No Centro-Oeste são 13,5 habitantes/em-presa.

Em contrapartida, os indicativos das atividades econômicas no Nordeste e Norte registram quase o dobro de ha-bitantes por empresa: 22,8 habitantes/empresa e 25 habitantes/empresa, res-pectivamente.

Brasil tem mais de 13 milhões de empresas

A ONLife pode fazer a diferen-ça na organização da SIPAT das empresas. Conheça a pro-posta do Carrossel da Saúde – Estação Saúde, Educação Fi-nanceira e Qualidade de Vida, Prontidão para Mudança e Controle do Estresse, Ergono-mia e Segurança no Trabalho.

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A Interfasul iniciou suas atividades em 1990 e, desde en-tão, atua em logística de supri-mentos, buscando solucionar dificuldades que as empresas brasileiras enfrentam em en-contrar e trazer produtos do exterior. Para prestar este tipo de serviço, conta atualmente com parceiros no exterior, tan-to na Ásia como nos Estados Unidos.

A empresa possibilita a ampliação das opções de forne-cedores para as empresas nacio-nais, solucionando problemas de compra (preço) qualidade, disponibilidade e logística como um todo.

Outros serviços oferecidos pela Interfasul são a importa-ção e exportação. No primeiro, o trabalho consiste em fazer a negociação com os fornecedo-res estrangeiros, comprar as mercadorias, preparar a docu-mentação, contratar transpor-te, coordenar a logística e o processo de nacionalização. Na exportação, a participação é fei-ta desde o contato inicial com o importador, até a chegada e liberação da mercadoria no destino, documentação, coleta, transporte aéreo/marítimo, de-claração de despacho aduanei-ro, certificado de origem e ope-rações de câmbio necessárias.

Desenvolvimento sustentávelsegurança no trabalho

serviço especial na busca De proDutos no exterior

eficiência e baixos custos em informática

Geração de energia, pro-dução de alimentos e abaste-cimento de água potável são temas que estão em pauta em todos os países do mun-do. A grande preocupação em desenvolver sem poluir é a chave para manter o plane-ta em condições de susten-tar sua população crescente.

A Sidermetal, desde 1995 está desenvolvendo formas de bombeio de água utilizando como fonte a energia solar fotovoltaica, que produz eletricidade atra-vés de painéis geradores de energia.

Segundo Ana Paula Wannmacher, responsável pelo marketing da empresa, o sistema de bombeio de água em poços tubulares acionados por energia solar estão se mostrando uma op-

ção viável e definitiva para comunidades no sertão da Bahia e Pernambuco, esta-dos onde os sistemas já fo-ram implantados.

“O uso de energias lim-pas que viabilizem o desen-volvimento de uma comu-nidade e, em nosso caso, levem água potável a locais remotos é um grande desa-fio para empresas e ao mes-mo tempo é uma enorme satisfação trabalhar em pro-jetos que na prática melho-ram a vida de milhares de pessoas”, finaliza Ana Paula.

Com o lema “Investir em segurança nunca é caro, por-que a vida não tem preço”, a TST consultoria e assessoria em segurança do trabalho man-têm convênio com o CIC para atender de forma plena o par-que industrial, no que diz res-peito à segurança do trabalhor.

“Imagine o alívio de um trabalhador que sofre uma queda quando ele constata que um sistema de segurança funcionou, salvando-o de um mergulho que poderia ocasio-nar a sua morte. É para isso que trabalhamos”, frisa Gil-mar Lechuga.

A nova NR 35 - trabalho em altura, regulamenta as condições de segurança. Mui-

tas empresas acreditam que o trabalho em altura está ligado somente à construção civil. En-tretanto, todo o trabalho acima de dois metros já é considerado de risco. Para auxiliar estas em-presas, a TST tem profissionais multidisciplinares para treina-mento da nova norma, a qual estipula um prazo de 120 dias para a empresa se adequar com a gestão de segurança.

Além disso, a TST de-senvolve cursos de seguran-ça como: CIPA, Brigada de Emergência, Espaço Confi-nado, NR 35, RT 14. Laudos técnicos: PPRA, PCMSO, LTCAT, PPP e PPCI. E inspe-ções em caldeiras e vasos sobre pressão NR13.

A Conectare Tecnolo-gia é uma empresa de TI que oferece consultoria especializada na área de informática, comerciali-zando serviços e produtos personalizados. A empresa trabalha com atendimento avulso, sendo pago o valor da hora técnica para solu-ção do problema, e tam-bém com contrato de ma-nutenção, o qual prevê um número de horas/mês para atendimento de acordo com a necessidade de cada empresa. A principal van-tagem do contrato é que o cliente, sabendo quanto vai gastar para ter um serviço qualificado, poderá montar um plano de ação com o auxílio da Conectare.

A empresa atua nas se-guintes áreas: automação industrial e comercial, re-des de computadores (sem fio e cabeada), ativos de redes, sistemas operacio-nais (Windows e Linux), manutenção de microcom-putadores, notebooks, im-pressoras, monitores CRT e LCD, softwares aplicati-vos (proprietários e open source), vendas de compu-tadores e periféricos, toners e cartuchos (originais ou recarregados) e instalação e configuração de câmeras de monitoramento de ima-gens. Além disso, possui parcerias com empresas de desenvolvimento de softwa-res de gestão empresarial e chão-de-fábrica.

Divulgação

Empresa desenvolve formas de bombeio de água

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A situação dos profissionais frente ao mercado de trabalhoAurea Regina Pedrozo da Silva – OAB/RS 78.366Elisete Caetano Cardoso Feijó – OAB/RS 58.603Elisete Feijó Advogados Associados

Pensamos que a mão-de-obra desqualificada tem vínculo com o distanciamento de alguns valores culturais e sociais, como é o caso da educação e respeito com aqueles que possuem função hierárquica superior.

Em tempos não muito distantes, havia uma “preocupação” e interesse em manter-se no quadro de funcionários de uma empresa, onde o respeito e o comprometimento com a equipe de trabalho e a própria empresa eram fios condutores dessa relação. Não obstante, alguns valores parecem estar adormecidos (por-que não queremos crer que foram esquecidos) e refletem na mão-de-obra, que se apresenta des-qualificada em vários requisitos, entre esses: na escrita; na falta de conhecimento; na informali-dade; na apresentação pessoal e comportamen-tal; sendo muito comum um candidato jovem, no qual a empresa aposta na sua juventude, ser surpreendida com o desafio num espantoso “tipo assim”!

Do mesmo modo, ocorre com o não tão jovem, mas experiente profissional, que não se atualizou e não consegue afastar falsos e vicio-sos costumes que não acompanham o célere e exigente mercado. Neste sentido, via de regra, se sobressaem os velhos e sábios ditados popu-lares, a exemplo daquele que alerta para não se fornecer o peixe e sim, ensinar a pescá-lo.

Pensamos que outro grande colaborador

dessa má qualificação seja o extenso leque de benefícios/auxílios governamentais ou parti-culares, os quais em alguns casos perderam a objetividade, dada as ações ou omissões de seus beneficiários.

Há pouco tempo havia uma valorização para os casos em que se observava uma impor-tante jornada/vínculo de trabalho, preservava-se a boa convivência, obediência e apresentação pessoal.

Atualmente, os profissionais não possuem tais preocupações. A desídia é facilmente re-vertida em dano/assédio moral, decorrente da “chamada de atenção” da chefia ou superior imediato. Não há no planejamento pessoal dos profissionais plano de carreira, logo, se não der aqui, dará ali e, se nenhum der, terá subsídios opcionais que lhe renderão alguma verba por determinado tempo. Por certo esse quadro não é regra! E como tal há exceções, salve-as!!!

A desqualificação da mão-de-obra decorre da ausência do desejo de enfrentar desafios, de fazer história, de ser diferente e de ser como o jargão: “gente que faz”!

Por fim, o recurso para mudar esse lamen-tável quadro está na valorização do trabalho, do prazer em planejar e almejar objetivos; em valorizar e ser valorizado pela atividade que de-sempenha, de ser útil e eficaz em seu trabalho e de ser grato à oportunidade dada pela empresa.

Segundo o Cadastro Central de Empregos 2010 (Cempre), o ano de 2010 registrou um au-mento na diversificação das empresas brasileiras. Apesar do aumento de 5,8% no número de em-presas e outras organiza-ções, em relação a 2009, o comércio perdeu parti-cipação (-2,3 ponto por-centual), assim como a indústria da transforma-ção (-0,4 ponto porcen-tual) e outras atividades de serviços (-0,4 ponto porcentual).

Ainda que a participa-ção relativa do comércio no número de empresas tenha recuado, ele ainda lidera o número de em-presas, o pessoal ocupado e o pessoal assalariado. As microempresas ainda figuraram com uma fatia de 88,5% das empresas nacionais em 2010, con-tra 9,9% das pequenas, 1,3% de médias, e 0,3% de grandes empresas. En-tretanto, 58% da massa salarial paga aos trabalha-dores no país e 42,9% da força de trabalho ainda ficaram concentrados nas grandes companhias.

cresce a diversificação das empresas

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Desde a sua fundação em 1982, a Associação Comercial se destaca pelo trabalho em benefício do desenvolvi-mento comercial, industrial e de ser-viços do município de Cachoeirinha. A prioridade da ACC é promover a integração e o desenvolvimento em-presarial dos seus associados e, assim, contribuindo de forma efetiva para o crescimento da cidade.

A principal missão da nova direto-ria para o biênio 2012/2014, eleita em abril, é promover esse crescimento de forma que todos compartilhem dos seus benefícios. Para isso, a diretoria está

com folego e engajada para promover uma verdadeira revolução, aumentando e qualificando os benefícios para os seus associados, parceiros e colaboradores.

Em um momento de grande com-petitividade e globalização, a entidade vê justamente nesse cenário a impor-tância do associativismo. Oportunizar aos seus associados qualificação, acesso a informação, ser uma representante junto as esferas públicas, oferecer infra-estrutura, despertar para oportunida-des de negócios e principalmente com-provar que a união faz a diferença para quem quer crescer.

Participe de uma reunião junto com a diretoria da ACC: nas últimas quartas-feiras de cada mês, as 8 horas, você associado é o convidado especial. A Diretoria terá o maior prazer em conhecer e escutar suas ideias.

Solicite uma visita para maiores informações e saiba o quanto a sua empresa pode crescer ao fazer parte da Associação Comercial de Cachoeirinha. Informações: 3471.2000

convite • Cursos Profissionizantes• Capacitação• Convênios Médi-

cos• Sala de Reuniões• Cartão Fidelidade• Consulta SCPC

Conheça melhor a ACC

Venha participar da 5ª Feijoada do Comerciante! Dia 21 de junho, as 20 horas, no CTG Rancho da Saudade. Show com o Guri de Uruguaiana.

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Equipe comandada por Darcy Zottis está empenhada no crescimento local

principais serviços

Bom Dia Associado - café bimestral com palestra para capacitação dos associados

Sala para reuniões e conferências, disponível um turno por mês, para a empresa associada

SCPC - Serviço de Proteção ao Crédito

Cursos de qualificação

Bom Dia Associado

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No dia 26 de abril, a revista Matéria Prima comemorou seus quatro anos de fun-dação em um café da manhã oferecido no Alano Executivo Hotel. Com a presença de quase 100 pessoas, o evento reuniu autorida-des e executivos das principais empresas de Cachoeirinha e Gravataí.

A agência de comunicação TRCOM. apresentou os principais desafios da co-municação na sociedade contemporânea e como está se preparando para atender es-sas mudanças. Além disso, também foram apresentadas suas principais publicações, as revistas Matéria Prima e Matéria de Saúde, e seus diferenciais.

Revista Matéria Prima comemora seus quatro anos em café da manhã

Parabéns pelo evento de aniversário da Matéria Prima. Com certeza completa-rão muitos e muitos anos, pois à frente deste trabalho está Roselaine Vinciprova e Tadeu Battezini, que comandam uma brilhante e competente equipe, levando informação com qualidade, clareza e ob-jetividade. Prestígio e sucesso mais que merecido! Muito bom poder compartilhar mais esse momento com vocês.Elisete FeijóFeijó Advogados Associados

Nós da WCI Consultoria queremos dar os parabéns a todos da equipe da Re-vista Matéria Prima pelo sucesso desse empreendimento que muito nos orgulha pela passagem dos quatro anos. O café da manhã estava excelente, nota 10 a vocês. Quero registrar também que pelo tempo de estrada que tenho, parti-cipando de muitas atividades, congressos e eventos no Brasil e exterior, saber que hoje, em Cachoeirinha, temos um hotel de alto nível e uma revista de ‘negócios’ que muito expressa, representa, forma e informa com alta qualidade jornalística é motivo de orgulho a todos nós. Saúde e vida longa!Volnei Borba e equipe

“ “

Fotos: Frederico Mombach

Equipe da TRCOM.: Angela, Kamyla, Tadeu, Camila, Roselaine, Fernando, Sandra e Jonas

Equipe do Hotel Alano Roselaine mostrou o trabalho da agência Cerca de 100 pessoas prestigiaram o café da manhã

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A guerra por TALENTOS

A dificuldade em encontrar profissio-nais qualificados e dedicados está sendo pauta frequente nos veículos de comuni-cação e também na revista Matéria Pri-ma. Devido ao agravamento da situação e a probabilidade de que o problema per-maneça nos próximos anos, a edição de junho da revista dedicou a reportagem especial sobre o assunto.

Há carência de profissionais, basi-camente, em todas as áreas. De forma geral, as maiores demandas por profissio-nais são os de nível técnico operacional, principalmente no ramo da indústria. Gilberto Madeira, diretor da Personal Recursos Humanos, revela que, devido aos investimentos que surgiram no país em decorrência de determinados eventos, uma escassez de profissionais foi ocasio-

nada também na área da construção civil. Gradualmente, muitos profissionais de diversos setores da indústria começaram a migrar para essa área em potencial tendo em vista uma perspectiva de melhores ga-nhos de salários. Gilberto afirma que com a saída destes profissionais da indústria e sua migração para a construção civil, além de não suprir tudo o que a área necessi-ta, ocasionou um déficit de profissionais ainda maior para a indústria em seus se-tores mais operacionais. Portanto, setores de abastecimento de linha de produção, limpeza e manutenção foram fortemente abalados com a empregabilidade desses funcionários.

O diretor da Personal Recursos Hu-manos acredita que os responsáveis por essa escassez no mercado foi a falta de

formação profissional aliada à expansão da economia brasileira e as perspectivas de um ciclo duradouro de crescimento. Além disso, o aumento da demanda in-terna com o fortalecimento do poder de compra do brasileiro, oportunidades de negócios e novos investimentos para a Copa do Mundo e Olimpíadas provoca-ram um aumento de contratações de uma forma geral. “Estamos entrando numa era onde o conhecimento vem se tornando a ferramenta indispensável para a ocupação das vagas de emprego. Até mesmo cargos operacionais exigem o desenvolvimento de habilidades que permitam efetuar o manuseio de novas tecnologias que estão o tempo todo se modificando, pois as mesmas exigem hoje do candidato uma boa compreensão de leitura, escrita e ra-

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Por: Kamyla JardimGraduanda em jornalismo

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ciocínio matemático”, ressalta Madeira.

A falta de qualificaçãoA Arauterm é uma das empresas afe-

tadas pela escassez de profissionais na re-gião. Como uma das poucas empresas fa-bricantes de caldeiras no estado, necessita da mão-de-obra de forma praticamente ar-tesanal, dificultando que máquinas substi-tuam o trabalho do homem, a Arauterm presa por qualificação. Os funcionários da empresa devem ter cursos básicos como leitura e interpretação de desenho, além de conhecimento em mecânica industrial. Entretanto, encontrar profissionais com estas habilidades tem sido a grande difi-culdade da empresa.

A estudante de engenharia mecânica e filha do sócio da Arauterm, Daiane de Borba, acredita que um curso voltado para área de soldagem no município de Cachoeirinha seria de grande valia, pois, segundo Daiane, a Arauterm dificilmente consegue absorver a mão-de-obra forma-da pela escola de soldagem do Senai em Canoas, em função da disputa já existente com as indústrias da cidade vizinha.

A gerente administrativa da empresa, Glenda Moya, destaca que o Senai iniciou campanhas de promoção a cursos gratui-tos e, indica que seria interessante promo-ver a inserção de jovens carentes nestes cursos profissionalizantes. Com isso, o Senai estaria formando mão-de-obra para o município e dando-lhes uma oportuni-dade de inserção ao mercado de trabalho.

“Necessitamos fazer com que as indús-trias de Cachoeirinha façam um trabalho em conjunto de atração de jovens para o trabalho, através de campanhas no nosso próprio município e divulgação em canais de comunicação. Cabe ressaltar que o Senai sozinho não fará nada, nosso muni-cípio não possui escolas de ensino profis-sionalizante para nossa área metalúrgica,

onde em outros municípios isso se faz presente. Cachoeirinha tem um enorme potencial, é preciso que as empresas acor-dem para a situação!”, destaca Glenda.

Segundo o diretor regional do Senai, José Zortéa, para o segundo semestre de 2012, 530 vagas serão abertas em cursos do Pronatec em Cachoeirinha. Os cursos são para ajustador mecânico, eletricista, pedreiro, pintor, auxiliar administrativo, entre outras áreas.

Referente à falta de cursos para suprir determinadas áreas em Cachoeirinha, Zortéa explica que o Senai tenta suprir to-das as demandas. “Os cursos que coloca-mos no mercado têm uma demanda com-provada. Mantemos essa sintonia com as empresas”, afirma o diretor.

O Senai possui 140 pontos de aten-dimento e realiza 120 mil matrículas por ano. O diretor regional revela que muitas vezes as empresas não percebem que os cursos têm pouca procura, como é o caso da construção civil. Entretanto, Zortéa afirma que, para realmente suprir a falta de profissionais qualificados, as empresas precisam de planejamento. “Qualificar a mão-de-obra não depende só dos cursos, mas também das empresas, que precisam pensar antes na demanda necessária e en-trar em contato com o Senai solicitando a qualificação”, explica. O diretor regional do Senai revela que muitas vezes as empre-sas decidem ampliar suas estruturas, o que resulta em um maior número de contra-tações, porém, menos de um mês antes

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Há carência de profissionais, basicamente, em todas as áreas

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da conclusão das obras, é que decidem ir atrás de novos funcionários.

Para empresas que necessitam com urgência de profissionais qualificados, o Senai oferece cursos particulares, para que assim as demandas específicas de determi-nada área possam ser supridas.

A deficiência no ensino O diretor regional do Senai afirma

que a grande dificuldade percebida nos cursos é o despreparo dos alunos com re-lação ao ensino geral. “Muitos estudantes chegam com sérios problemas de leitura, escrita e matemática e o Senai precisa dar aulas de reforço, antes de realmente come-çar os estudos técnicos”, afirma. Zortéa ainda informa que 60% dos alunos não tem preparo adequado para uma aula dos cursos do Senai.

Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) reforça o diag-nóstico sobre as deficiências de formação de profissionais para as mais variadas áre-as e nos mais diversos níveis. Constata o Ipea que as vagas para técnicos de nível médio, como construção civil, indústria e comércio, não são preenchidas porque os candidatos não satisfazem os requisitos exigidos. Só no Rio Grande do Sul, há pelo menos mais de 30 mil ofertas de em-prego à espera de profissionais.

A constatação mais preocupante no estudo foi que muitos trabalhadores, re-cém formados ou mesmo com experiên-cia, apresentam habilitação formal para as tarefas que pretendem desempenhar, mas não têm qualificação. São pessoas mal pre-paradas para o mercado, por deficiências do ensino básico ou dos cursos profissiona-lizantes que frequentaram. Tal cenário não se resume ao ensino técnico de nível médio e estende-se também à formação superior. Informa o instituto que, dos engenheiros formados, somente 28% obtêm notas consideradas de alto desempenho, e quase 30% têm resultados apenas medianos.

Conforme dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Brasil pos-sui hoje cerca de 8 milhões de desempre-gados, mas que infelizmente muitos não podem suprir este adicional de empregos para dar suporte ao crescimento econô-mico, pois foram colocados à margem do mercado por sua falta de qualificação. Es-tes brasileiros são frutos de uma educação, por muitas vezes, ineficaz, e que apesar do aumento das taxas de matrículas, vem apresentando poucos avanços qualitati-vos.

A Feijó Advogados Associados perce-be claramente a falta de preparo dos pro-fissionais. “Sempre que necessitamos alte-rar nosso quadro de colaboradores, quer por substituição, quer por ampliação, a dificuldade é grande. Há profissionais disponíveis no mercado, digamos até de sobra, porém com qualificação deficitária, não apenas técnica, mas comportamen-tal”, revela Elizete Feijó.

A diretora da empresa acredita que o despreparo dos profissionais decorre da busca apenas de conhecimento técnico, o que lhes é fornecido pelas Instituições

de Ensino, as quais os preparam para o trabalho de forma restrita, se descuidan-do do todo, como por exemplo: postura, pró-atividade e fatores ligados à área com-portamental. “Isso tem sido o gargalo das empresas, uma vez que o comportamento está relacionado diretamente ao ambiente de trabalho”, ressalta Elizete.

Para contornar a situação, a Feijó Ad-vogados Associados procura profissionais com bagagem ampla e um currículo sus-tentável. Além disso, a empresa elabora cursos internos. “Nós cuidamos para que o profissional conheça as necessidades e entenda o seu papel dentro da equipe. Com isso, tornamos o profissional enga-jado, aplicando seus conhecimentos, sem descuidar da missão, visão e valores da

empresa a qual faz parte”, frisa a diretora.

Qualificação dentro da empresaA Feijó Advogados Associados não é

a única empresa que cria cursos internos para desenvolver as qualificações necessá-rias nos seus funcionários. A Oniz Dis-tribuidora também está preparada para qualificar seus profissionais, mas mesmo assim sente com a escassez do mercado.

A empresa, que está em fase de expan-são, nos últimos quatro anos, dobrou o número de funcionários diretos, sem con-tar os indiretos e serviços terceirizados. “Durante algum tempo falávamos em falta de mão-de-obra qualificada, hoje a situação é ainda mais dramática. Estamos preparados para qualificar os profissio-nais, o que falta mesmo são pessoas com a escolaridade necessária, com vontade de trabalhar e construir uma carreira”, afirma Márcia Vieira, gerente de recursos humanos da empresa.

O jeito encontrado pela Oniz para amenizar a escassez do mercado foi in-vestir constantemente em melhorias no ambiente e condições de trabalho, trei-namentos e benefícios. “Temos buscado novas formas de atrair pessoas. Além de ampliar os processos de promoções inter-nas para cargos mais qualificados, incen-tivamos a indicação de pessoas por parte dos nossos funcionários”, revela Márcia.

Segundo dados do CIEE-RS, os es-tudantes que mais buscam vagas para estágio, são estudantes do ensino médio, técnicos em administração, contabilidade e informática. Já nas áreas mais difíceis de preencher as vagas estão as engenharias em geral, secretariado, turismo e os técni-cos em eletrônica, mecânica e automação industrial. Para Lucas Baldisserotto, geren-te de operações do CIEE-RS, o principal motivo da escassez de profissionais quali-ficados é o baixo investimento em educa-ção, tanto por parte do governo como da própria iniciativa privada.

O diretor da Personal Recursos Hu-manos, Gilberto Madeira, indica que para lidar com a escassez de mão-de-obra as empresas devem unir diversas ações. Primeiramente, é necessário formar inter-namente os profissionais que as empresas têm mais dificuldades em atrair no mer-cado, ou seja, trocar o tempo gasto pelo recrutamento externo e voltar o mesmo para a capacitação interna. Isso inclui, en-tre outras iniciativas, uma forte aproxima-ção com instituições formadoras: escolas técnicas, universidades, entre outros. No

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Para Alex Marcolino, diretor técnico da TST – Consultoria em Segurança do Trabalho, a situação está um pouco diferente. Nesta área, sobram profissionais e faltam empre-sários conscientes em investimentos em segurança do trabalho. “Mesmo com a obrigatoriedade de contrata-ção pela portaria 3.214/78 NR 04 de profissionais (técnicos), as empresas acabam burlando o Ministério do Trabalho e deixando para contratar apenas após uma notificação ou um acidente grave, o que lamentavel-mente só faz aumentar o número de acidentes nas indústrias e constru-ções”, afirma Marcolino.

O diretor técnico da TST ainda alerta que existe carência de fiscaliza-ção. “O Distrito Industrial de Cacho-eirinha está carente de bons profis-sionais de segurança, bem como de fiscalização para real atenção às nor-mas e a estes profissionais”, destaca.

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segundo, a retenção, ou seja, é necessário que os profissionais que já fazem parte do quadro de colaboradores se mantenham engajados, desafiados e comprometidos a fazerem parte da organização. E, por fim, o intercâmbio de talentos entre países. “Uma vez que o Brasil é considerado um mercado emergente, de alto potencial, ele tem se tornado um país atrativo para es-trangeiros e as empresas devem dar aten-ção a isto”, ressalta.

Para Madeira, é imprescindível que o Brasil invista na educação de sua po-pulação para que possa continuar a se desenvolver. “Nosso país vem sentindo fortemente a carência de mão-de-obra e as empresas já encontram dificuldades em

dar andamento a seus projetos devido à falta de profissionais qualificados e para que não corram o risco de um ‘apagão’ é fundamental que as empresas comecem a investir em projetos sociais, visando a me-lhoria da educação e qualificação interna de seus funcionários”, afirma o diretor da Personal Recursos Humanos. Madeira ainda ressalta que as empresas e entidades devem cobrar fortemente dos governos municipais, estaduais e federais, maior atenção ao ensino básico e profissionali-zante, pois alavancando ou qualificando esta área, muitos avanços serão notados. “Para atingirmos os objetivos é fundamen-tal investir fortemente nos pilares do de-senvolvimento”, finaliza.

A necessidade de mão-de-obra fez com que a Massas Romena optasse pela contratação de haitianos no início de 2012. Um dos diretores da companhia soube que um grande grupo de haitia-nos havia chegado ao Brasil. Em segui-da, embarcou para a cidade de Brasiléia, no Acre, e se encontrou com alguns de-les. A oferta de trabalho e moradia pro-visória até o momento que conseguis-sem se estabelecerem sozinhos agradou aos haitianos. Neste primeiro momen-to, 14 deles vieram para o Rio Grande do Sul trabalhar na empresa.

A Massas Romena sentia principal-mente com a falta de qualificação e a rotatividade de um núcleo de funcioná-rios que ficava pouco tempo na empre-sa, em função das inúmeras ofertas de emprego. O desejo de profissionais fiéis à empresa se juntou com a procura de oportunidades dos haitianos no Brasil, e com a parceria, ambos adquiriram o

comprometimento desejado.Hoje, a Massas Romena tem 24 hai-

tianos contratados. A empresa não exige experiências, elabora treinamentos in-ternos que qualificam os funcionários, o que só aumenta a procura dos estran-geiros. No dia em que a revista Matéria Prima foi até a empresa, um haitiano tinha sido contratado pela manhã, e, à tarde, outro aguardava para ser entrevis-tado. Jusme Jeandachener tem apenas 21 anos, mas deixou família e amigos no Haiti em busca de melhores oportuni-dades no Brasil. Ainda não domina o português, mas soube que a Massas Ro-mena contrata haitianos e no mesmo momento foi até a empresa.

O diretor administrativo, André Rosa, revela que a Massas Romena ain-da sente a escassez de mão-de-obra, po-rém destaca que a contratação de estran-geiros está sanando de pouco em pouco o problema.

Projeto Pescar nas empresas

Contratação de estrangeiros

A sede da WEG, em Gravataí, desen-volveu uma parceria com o Projeto Pescar, o qual tem como objetivo atender jovens que apresentam de alguma maneira situa-ção de vulnerabilidade social, oferecendo qualificação para os estudantes se estabele-cerem no mercado.

A parceira foi a receita acertada pela WEG para driblar a difícil situação na in-dústria. “Através dessa oportunidade que-remos formar cidadãos que convivam em harmonia com a sociedade, preocupados com seus futuros, preparados para lidar com frustrações e barreiras a serem que-bradas em suas trajetórias de vida”, revela Gabriele Kunst, responsável pelo projeto na WEG.

Dentro da empresa, o curso é dividido em dois eixos: Desenvolvimento Pessoal/Cidadania e Iniciação Profissional em Bo-binagem. A WEG tem interesse em contra-tar todos os alunos, porém alguns decidem seguir outros segmentos. Em 2009, cinco jovens foram contratados, já em 2010 o número subiu para 10 estudantes. Porém em 2011, novamente cinco jovens finaliza-rão o curso com a contratação da WEG. Normalmente, os alunos contratados começam na produção e depois evoluem para áreas administrativas como PCP, en-genharia ou mesmo dentro da produção. Na empresa, por exemplo, há um setor que em sua grande maioria é formado por egressos do Pescar que se preocuparam em aprimorar seus conhecimentos através dos estudos, executando suas tarefas com serie-dade e competência.

Além da parceria com o Projeto Pes-car, para lidar com a falta de profissionais, a WEG busca ampliar a produtividade, melhorar a qualidade da sua mão-de-obra para não haver retrabalho, elaborar trei-namentos e evitar possíveis acidentes de trabalho.

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O 13° Congresso Internacional da Gestão será realizado nos dias 16 e 17 de julho na Fiergs, em Porto Alegre. Pro-movido pelo Programa Gaúcho da Qua-lidade e Produtividade (PGQP), o maior evento do mundo na área da Qualida-de e Gestão apresenta este ano o tema Sustentabilidade Plena – Gestão Global, Conhecimento e Ações Inteligentes.

São esperadas mais de seis mil pes-soas para o congresso, principal evento do ano que marca o 20° aniversário do PQGP. Estarão reunidos importantes pensadores, estudiosos e lideranças na-cionais e internacionais na área, além de diversas organizações com excelência em Gestão.

Já estão confirmadas participações como a do norteamericano Harry West,

especialista em design e inovação, com 25 anos de experiência, que já atuou como professor no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). Ainda, painéis com palestrantes consagrados nacionalmen-te, como Paulo Storani, um dos oficiais que serviram de inspiração para o per-sonagem Capitão Nascimento no filme Tropa de Elite. Ele falará sobre superação de desafios no ambiente competitivo de trabalho, baseado na experiência com o Batalhão de Operações Policiais Especiais do Rio de Janeiro (BOPE).

Outro palestrante confirmado é John Timmerman. Especialista em gestão, é o responsável global pelas acomodações, varejo e operações de todas as marcas da holding internacional Marriott, que está presente em mais de 70 países com redes

de hotéis e resorts. Ele já realizou mais de 200 palestras sobre gestão e operações em hotéis. Timmerman também já foi reconhecido com a Medalha Ishikawa para a liderança e é Examinador Sênior para o Prêmio Malcolm Baldrige Natio-nal Quality. A palestra deve interessar especialmente aos empresários do ramo, já que o setor se prepara para grande crescimento na Capital.

Ainda durante o evento, ocorre a entrega do 17° Prêmio Qualidade RS, tradicional reconhecimento no qual concorrem aproximadamente 200 em-presas. Cursos, workshops e visitas técni-cas também estão na programação.

As inscrições podem ser feitas pelo site www.portalqualidade.com/pgqp. Mais in-formações no telefone (51) 3216-8800.

13º Congresso Internacional da Gestão será em julho em Porto AlegreSão esperadas mais de seis mil pessoas para o congresso, principal evento do ano

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No dia 17 de maio tiveram início as atividades da Associação Gaúcha para o Desenvolvimento do Varejo (AGV), que reúne 107 entidades que represen-tam 124 municípios, 22 mil empresas e empregam mais de 150 mil pessoas. Juntas representam 89,7% das informa-ções sobre crédito no Rio Grande do Sul. A nova entidade nasce com a força de CDLs, Sindilojas e ACIs do interior que fizeram a opção pelo banco de da-dos da CDL Porto Alegre e dos serviços da Boa Vista no Rio Grande do Sul. Para José Luis Silveira, presidente da Acigra/CDL Gravataí, vice-presidente da AGV, a nova entidade surge para agregar e trabalhar efetivamente em prol das entidades do Estado.

O planejamento estratégico da AGV prevê uma forte atuação política em de-fesa dos interesses do varejo, a adoção

de convênios que permitam compras coletivas para entidades e suas afiliadas, programa de desenvolvimento de lide-ranças, consultorias e ferramentas de gestão de entidades, pesquisas sobre há-bitos de consumo, inovação e tendên-cias da rotina do varejo, e assessorias jurídica e para campanhas de venda. Além disso, haverá o desenvolvimento de áreas como e-commerce, franquias, programas de lideranças e o mercado de shopping centers.

As primeiras ações a serem organi-zadas pela nova entidade serão a capa-citação de lojistas para o crescimento dos shoppings centers no interior e suas consequências nas relações traba-lhistas e horário de funcionamento das lojas, além de atividades que retratem o quadro da atividade comercial nestas cidades.

a primeira DiretoriaPresidente: Vilson Noer (CDL Porto Alegre);1º Vice – Presidente: Ellen Rocho N. Bitencourt (CDL Canoas);2º Vice – Presidente: Roberto Estivalet (CDL Passo Fundo);3º Vice – Presidente: Gilberto Sequeira (CDL Rio Grande);4º Vice - Presidente: Ricardo Diedrich (CDL Lajeado);Vice-Presidente para Assuntos Especiais: Henrique Gerhardt (Sindilojas Santa Cruz do Sul); Vice-Presidente para Finanças: José Luis Silveira (Associação Comercial, Industrial de Gravataí - ACIGRA)

Varejo ganha nova entidade no estado

A Arauterm indústria de caldeiras e aquecedores, localizada no Distrito Industrial de Cachoeirinha, completou 24 anos de história no dia 11 de maio.

A empresa foi fundada em 1988, por iniciativa dos senhores Pedro de Borba e Luiz Paulo de Araújo. Estabe-lecida na época de forma provisória e precária na Rua Euclides da Cunha,

uma área residencial da cidade de Ca-choeirinha, a Arauterm começou a fabricar os primeiros equipamentos. Passados 20 anos, consolidou-se como uma empresa moderna, voltada para o futuro.

Em constante evolução, a Arau-term começou 2012 estruturando e al-terando sua fábrica, visando produzir

equipamentos de grande porte, além de direcionar sua tecnologia para a energia sustentável, a qual consiste em caldeiras produzindo energia com a queima de biomassa e resíduos agroin-dustriais.

A revista Matéria Prima parabeni-za a Arauterm, uma indústria nacio-nal, evoluindo a todo vapor!

24 anos desenvolvendo equipamentos térmicos de alto rendimento

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Atualmente é cada vez mais comum vermos profissionais que alcançam o topo da carreira aos 30 ou 35 anos; ou profes-sores mais jovens que alunos; ou chefes muito mais novos que seus subordinados. Essa é uma mudança no mercado presen-te há alguns anos. No entanto, expressões de surpresa e até mesmo atitudes de des-prezo também continuam muito comuns em ambientes de trabalho, como funcio-nários que não aceitam ou que olham com cara feia para o chefe mais jovem, por acreditarem que ele não possui expe-riência suficiente para assumir o cargo.

Geovana da Silva* é um exemplo. Há pouco tempo a jovem assumiu um cargo de chefia na empresa em que trabalha. De acordo com ela, nada foi planejado, tudo aconteceu naturalmente. “Como meu

chefe não tinha tempo para resolver algu-mas pendências, eu acabava fazendo pra ajudar. Depois de algum tempo fiz uma espécie de seleção interna e acabei sendo promovida. Foi quando os problemas co-meçaram a aparecer”, disse. De acordo com Geovana, foi muito difícil para seus colegas, todos mais velhos, aceitarem sua nova posição. Ela acredita que o anún-cio da promoção talvez não tenha sido bem explicado dentro da empresa, o que pode ter gerado o descontentamento dos colegas. “Acho que deve haver uma pre-paração para todos. Deixar claro quais as atribuições da pessoa promovida e as ra-zões de tal promoção, para que ninguém se sinta desfavorecido”, explica.

A profissional conta ainda que, por não ter autonomia nas decisões, ela acaba

sendo apenas uma espécie de porta-voz, organizando os problemas para que outra pessoa resolva. “Essa situação é complica-da porque você acaba sendo alvo de co-mentários maldosos, especialmente se al-gum colaborador é desligado da empresa, mesmo que você não seja responsável por essa decisão. Além disso, você se esforça, estuda, trabalha corretamente, mas, por ser mais jovem e menos experiente, as pessoas consideram esse tipo de promo-ção ‘injusta’. Isso traz bastante desmotiva-ção”, desabafa Geovana.

É importante que as pessoas tenham em mente que o mercado de trabalho está passando por transformações, exigindo pessoas motivadas, flexíveis, dinâmicas e “antenadas” com as novas tecnologias. Não basta apenas ter experiência, mas

Divulgação

O desafio dos JOVENS CHEFESPara os jovens gestores, que costumam chegar ao cargo com muitas ideias e motivação, a recomendação é ir com calma nas mudanças, pois elas geralmente trazem resistência

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novidades a acrescentar para a empresa. No entanto, muitos profissionais ainda estão aprisionados a conceitos e modelos limitantes, por exemplo, de que jovem é alguém desprovido de experiência e res-ponsabilidade e de que, na hierarquia de uma empresa, o colaborador mais expe-riente e com mais tempo de casa deve ser o próximo na lista das promoções.

Segundo a psicóloga Arianne de Sá Barbosa, acreditar que quem tem mais idade, tem mais conhecimento acumula-do, é uma questão histórica e lógica. Por um lado, isso é real, pois obviamente, quem tem mais tempo de vida e de tra-balho passou por mais experiências que podem trazer mais aprendizagens práticas na vida e na função que exerce. Por ou-tro lado, muitas vezes o tempo defasa, faz com que as pessoas se acomodem e não busquem por alternativas mais eficazes de resolver um problema ou de potencializar um trabalho. “O problema é que, muitas vezes, estas pessoas não percebem que es-tão defasadas ou que simplesmente neces-sitam de um olhar, de uma intervenção mais inovadora para avançarem em seu trabalho. E isso é o que faz com o que resistam a chefes e outros profissionais mais jovens, que tendem a ser mais ousa-dos em suas intervenções”, explica.

A psicóloga recomenda que as mu-danças sejam colocadas pelo gestor da

empresa de forma clara, honesta, justa e competente. Em um primeiro momen-to, a idade pode parecer um empecilho para jovens gestores, mas se trabalhada adequadamente, passa a ser algo secundá-rio. “O importante é a equipe conseguir se sentir segura, confortável e vinculada ao seu novo líder. E, como em qualquer transição, isso requer tempo e dedicação de ambas as partes”, explica.

Para os profissionais mais maduros, que têm dificuldades em aceitar a lideran-ça de alguém mais jovem, a recomendação é, antes de julgarem, tentarem conhecer o novo membro da equipe ou o profissional promovido, estarem abertos ao diálogo e à mudança e procurarem trocar experiências.

Para os jovens gestores, que costu-mam chegar ao cargo com muitas ideias e motivação, a recomendação é ir com cal-ma nas mudanças, pois elas geralmente trazem resistência. O melhor é que o ges-tor mais jovem inicie sua inserção na em-presa através da escuta das experiências, anseios e insatisfações de quem já está há mais tempo na instituição. Isso o ajudará a cativar quem nela já está e a delinear um plano de intervenção mais embasado nas contingências já existentes dentro da em-presa. E quanto mais este plano de ação for compartilhado e construído em equi-pe, melhor. Isso aumenta a identificação de todos com o que será implementado e,

consequentemente, a motivação e o com-prometimento com o trabalho.

O chefe mais jovem também deve ser cauteloso, responsável, ético, justo, ho-nesto, claro e transparente em suas rela-ções com os demais membros da equipe. Sua postura deve transparecer segurança e competência, mas, ao mesmo tempo, passar uma abertura para o diálogo. “Ob-viamente que o estilo de gestão também depende da cultura da organização e do perfil de seus colaboradores. E, por isso mesmo, o ideal é que o novo gestor, em um primeiro momento, conheça a cultu-ra e o clima organizacional da instituição, bem como o perfil de sua equipe. Após, deve tentar trabalhar a construção de sua liderança perante o grupo, que deve se sentir inspirado pelo seu novo líder”, aconselha Arianne.

É preciso saber equilibrar as diferen-ças, com colaboradores reconhecendo o líder como uma referência e líderes reco-nhecendo suas responsabilidades com fle-xibilidade e humildade. Para a psicóloga, o ideal é que as companhias tentem aliar a experiência dos mais velhos à ousadia dos mais jovens, fazendo com que uns apren-dam com os outros. Certamente, ambas as partes devem ser trabalhadas neste intuito.

* por questões de privacidade, o nome da entrevistada foi ocultado.

DiCAS PArA o FunCionário MAiS VElho E tAMBéM o MAiS ExPEriEntE:• Entenda que ter um chefe mais novo é um pro-cesso natural e que há motivos para seu líder estar onde está;• Evite resistir e procurar erros nas decisões do che-fe. Não subestime a capacidade de seu líder. Maturi-dade não está diretamente ligada à idade;• Se você pensa que seu chefe carece de experiên-cia, sabedoria, contatos, seja aquele que oferece isso tudo. Ofereça seu conselho. Seja um apoio para ele. Além disso, gerencie a si mesmo como qualquer pes-soa deve fazer. Trabalhe bem e solucione problemas;• As regras, portanto, são básicas: deve-se sempre buscar entender o próximo e aceitar as forças e fra-quezas de cada um;• Pense da seguinte forma: “E se fosse eu? Como eu gostaria de ser tratado pelos mais velhos? Pare para pensar porque seu chefe está nessa posição. Com certeza há alguma razão para isso. Então, desenvolva novas habilidades e melhore as que já têm, de modo a se comparar a ele e até mesmo ir em busca de uma promoção.

DiCAS PArA o ChEFE JoVEM:• Cuidado com orgulho, arrogância e ansiedade. Essas característi-cas, se não forem dosadas, podem depor contra você;• Entenda que os mais velhos detêm conhecimentos e experiências muito importantes para o sucesso de sua liderança;• Saiba ouvir e debater com clareza suas posições. A essência da li-derança está em primeiro compreender e depois ser compreendido;• Demonstre com resultados práticos suas ideias e planos. Prove por meio de resultado seu mérito.

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Depois de analisar 70 critérios de cus-tos e desempenho das equipes de CFOs (Chief Financial Office) em 51 empresas latino-americanas e compará-los com os re-sultados médios de empresas americanas, o estudo da consultoria Deloitte revelou que os custos financeiros das empresas brasileiras são os maiores da América La-tina, o que representa um desafio para a competitividade do país na região.

A pesquisa concluiu que os custos das funções financeiras ainda são mais baixos - e vantajosos - na América Latina do que nos Estados Unidos. Mas isso se encaixa cada vez menos no caso do Brasil. Os cus-tos financeiros nas empresas do país são o dobro do das companhias chilenas, por exemplo.

Segundo a equipe da Deloitte, na América Latina, as funções financeiras custam, em média, US$ 3,8 milhões por

US$ 1 bilhão de receita a menos do que nos Estados Unidos. Porém, existe uma variação maior de preços. O Brasil está se tornando mais caro do que os outros paí-ses da região, o que levanta dúvidas sobre sua competitividade.

A equipe ainda informa que a prospe-ridade da economia brasileira gerou uma apreciação do real, aumentou os custos de estrutura, de mão-de-obra e de vida e levou empresas estrangeiras a alocar seus servi-ços em países vizinhos, como Argentina ou Chile.

De acordo com o estudo, as empresas da América Latina gastam de duas a três vezes menos com tecnologia nas funções financeiras do que as americanas. Por um lado, isso significa uma economia no cus-to total do setor; por outro, exige que as companhias contratem um número maior de funcionários em processos menos efi-

cientes. As empresas latinas empregam, em mé-

dia, 89% mais funcionários por US$ 1 bi-lhão de receita do que as companhias ame-ricanas. No comparativo entre os países da América Latina, as empresas da Argentina são as que mais empregam: 271 funcioná-rios por bilhão de rendimento. O Brasil é o que emprega o menor número de fun-cionários - 156 -, mas também é o que tem o custo mais alto de mão-de-obra. O custo por profissional no Brasil é de US$ 94.631 - contra US$ 33.810 na Argentina.

O baixo uso de tecnologia leva as em-presas latino-americanas a empregar uma parte maior de seus funcionários em tare-fas operacionais, de menor valor agregado. Segundo o levantamento da Deloitte, as latinas usam 81% mais mão-de-obra no processamento de transações do que as americanas.

Pesquisa revela o desempenho de empresas latino-americanas

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O Centro de Treinamento de Qua-lificação Industrial – CTQI, localizado em Gravataí, completa 10 anos de pre-paração de mão-de-obra para o ramo industrial. Ao longo destes anos, mais de 11.000 pessoas se formaram no Cen-tro e cerca de 90% dos alunos forma-dos conseguiram ingressar na indústria, principalmente nos ramos automotivo e agrícola.

O CTQI foi criado por Gerson Sil-veira, com intuito de formar mão-de-obra para suprir as necessidades dos sis-temistas da GM em 2002. Atualmente, a CTQI é um elo de ligação entre tra-balhador e empresas. Os currículos dos alunos são enviados mensalmente para mais de 70 empresas e mais 60 consul-torias de RH´s parceiras, este serviço não tem custos para o trabalhador, nem para as empresas.

O Centro é pioneiro no conceito de cursos rápidos com qualidade, os quais trazem retorno imediato para o aluno, pois este passa a ter um diferencial no seu currículo, aumentando assim as chances de conseguir o tão sonhado emprego. Já para as empresas, o Centro possibilita uma mão-de-obra mais qua-lificada e mais consciente nas questões de qualidade, produção, segurança e ambiental desde o primeiro dia de tra-balho.

Os treinamentos oferecidos na esco-la variam de 30 a 270 horas nas áreas de Produção, Qualidade, Logística e Am-biental. Outro diferencial é o preço aces-sível tanto para o trabalhador, quanto para as empresas. Também são ofereci-dos cursos in company para grupos fecha-

dos. No site da escola estão disponíveis todas as informações de cursos, datas, preços e o conteúdo programático: www.ctqitreinamento.com.br.

A previsão do CTQI para o segun-do semestre é de muito trabalho, pois as perspectivas de novos empregos, em função da ampliação da GM em Grava-taí, têm aumentado substancialmente

a procura pelos cursos. Para o segun-do semestre de 2013, Gerson planeja abrir uma unidade em Cachoeirinha, pois houve um aumento da procura das empresas por cursos de qualificação em Metrologia Básica, CNC básico, Logís-tica, Auditoria interna ISO 9001/ISO TS 16949/ISO 14001, Liderança entre outros.

ctQi: 10 anos qualificando mão-de-obra para indústria

Frederico Mombach

Turma de Metrologia (maio de 2012)

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De 4 a 6 de julho acontece em Por-to Alegre a Transposul, um dos eventos mais importantes do setor de transpor-tes e logística do país. O evento acontece no Centro de Eventos da Fiergs e reuni-rá as principais empresas ligadas a todos os modais, seja terrestre, marítimo e aé-reo, assim como operadores logísticos e despachantes aduaneiros.

Para este ano, a expectativa é de que o evento seja maior em número de par-ticipantes e público, com a apresentação de inovações tecnológicas, propostas de políticas que viabilizem o segmento e no-vas empresas do transporte multimodal. O encontro receberá compradores de vá-rios países e do Brasil, numa verdadeira vitrine para as marcas.

No dia 5, das 14h às 18h, a Asso-

ciação Brasileira dos Transportadores Internacionais (ABTI), entidade que congrega mais de 300 transportadores terrestres de todo o país, realizará em seu estande rodadas de negócios com impor-tadores do Mercosul, em parceria com a APEX Brasil.

Uma das palestras abordará o tema “As cinco tendências tecnológicas que irão transformar o mundo até 2017”, a cargo do gerente de Novas Tecnolo-gias Aplicadas/Technical Evangelist da IBM Brasil, Cezar Taurion. Profis-sional e estudioso de Tecnologia da Informação, Taurion tem participado ativamente de casos reais das mais di-versas características e complexidades tanto no Brasil como no exterior, sem-pre buscando compreender e avaliar os

impactos das inovações tecnológicas nas organizações e em seus processos de negócio.

Outro palestrante confirmado para o Congresso é o geólogo Jefferson Cardia Simões, que vai palestrar sobre “Logís-tica do Programa Antártico Brasileiro”. Coordenador-geral do Instituto Nacio-nal de Ciência e Tecnologia da Criosfera e diretor do Centro Polar e Climático da UFRGS, Cardia Simões escreveu 88 arti-gos científicos e tem um livro publicado. No verão de 2011/2012 liderou a expe-dição nacional que instalou o primeiro módulo científico brasileiro no interior do continente antártico.

As inscrições para o Congresso da 14ª Transposul podem ser feitas pelo site www.transposul.com.

Entre os dias 19 e 22 de junho acontece, em Jundiaí/SP, a Brasil Log - Feira Internacional de Logística 2012. Em sua terceira edição, a feira vai reunir cerca de 100 expositores de todos os setores que englobam o universo logístico, desde mão-de-obra especializada até movimentação de cargas e outros serviços. É uma das

poucas feiras do setor a englobar dife-rentes nichos deste mercado.

O objetivo é criar um espaço onde investidores, empresários e profissio-nais da área possam conhecer produ-tos, tendências, soluções e lançamen-tos, atraindo um público altamente qualificado, em busca de networking e negócios. Os visitantes também po-

derão trocar experiências e assistir a palestras e workshops.

A expectativa do evento é atrair cerca de 15 mil pessoas de todo o país ao Parque Comendador Antô-nio Carbonari, o Parque da Uva, um espaço de 53 mil metros quadrados divididos em três pavilhões cobertos mais uma extensa área externa.

Brasil Log reunirá cerca de 100 expositores

Divulgação Transposul

Transposul acontece em julhoPara este ano, a expectativa é de que o evento seja maior em número de participantes e público

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De acordo com o estudo ‘Brasil em Desenvolvimento: Estado, Planejamento e Po-líticas Públicas’, divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o Brasil precisa de um pro-grama de investimentos na ordem de R$ 125 bilhões por ano para solucionar gargalos e impulsionar o desenvolvi-mento do setor de transporte nos modais rodoviário, ferro-viário, portuário e aéreo. O valor é equivalente a 3,4% do Produto Interno Bruto (PIB) do país e deveria ser aplicado nos próximos cinco anos.

A média de 3,4%, con-siderada ideal, foi obtida a partir da avaliação dos inves-timentos feitos por cinco pa-íses, onde o trabalho com os sistemas de transporte mere-cem destaque: Chile, China, Vietnã, Tailândia e Filipinas. Atualmente, entre recursos públicos e privados, o Brasil aplica quase cinco vezes me-nos. Em 2010, por exemplo, o Ipea constatou que apenas 0,7% do PIB – R$ 24,8 bi-lhões - foi aplicado no setor. Entre 2006 e 2010, a média de investimento foi ainda

menor: R$ 18,3 bilhões.Dos R$ 125 bilhões, a en-

tidade estima que 53,4% - R$ 66,7 bilhões - devem ser inves-tidos exclusivamente para re-solver gargalos de infraestrutu-ra: R$ 36,9 bilhões iriam para o setor rodoviário, R$ 15,9 bilhões para as ferrovias, R$ 9,3 bilhões seriam alocados no setor portuário e R$ 4,6 bi-lhões destinados às estruturas aeroportuárias.

O levantamento apresen-ta um plano para os próxi-mos 15 anos na infraestru-tura de transportes nacional, isto é, os investimentos não devem cessar a partir do sex-to ano. Após esse período, o país precisaria investir R$ 73,6 bilhões por ano, o que representa, em média, 2% do PIB.

A melhor distribuição das cargas entre os quatro modais seria baseada nos percentuais de investimento propostos pelo Plano Nacio-nal de Logística e Transpor-tes (PNLT) 2010. A meta, segundo os pesquisadores, é fazer com que os recursos estimulem principalmente o desenvolvimento dos modais ferroviário e aquaviário.

A partir do dia 1º de julho duas categorias de diesel (S500 e S1800) mu-darão de cor. Por determi-nação da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o S500 receberá corante ver-melho e o S1800, por cau-sa da proibição de adição de corante, terá uma cor amarela natural, que pode variar para as tonalidades marrom ou alaranjada de-vido à adição de biodiesel.

De acordo com a ANP, a intenção é evitar que o óleo diesel S500 seja co-mercializado como S50 ou S10 que, atualmente, pos-suem coloração semelhan-te, ligeiramente amarelada. As fraudes são suscetíveis porque a procura pelo S50 aumentou nos últimos me-ses, quando a venda desse

combustível - menos po-luente - passou a ser obri-gatória para os veículos da fase P-7 (pesados) do Pro-grama de Controle de Po-luição do Ar por Veículos Automotores (Proconve).

A medida é válida para todo o território nacional e os consumidores devem ficar atentos à mudança, para evitar dúvidas na hora de abastecer o veícu-lo. A ANP destaca que os representantes dos postos de revenda e das distribui-doras acompanharam a elaboração da Resolução 65/2011 e estão cientes da nova exigência.

A resolução da ANP lista os municípios em que é obrigatória a venda do óleo diesel S500. Cacho-eirinha e Gravataí estão incluídas no documento.

País necessita de mais investimento em transportes

Arquivo MP

O levantamento apresenta um plano para os próximos 15 anos na infraestrutura de transportes nacional

Mudanças na cor de duas categorias de diesel

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À medida que as empresas conver-tem seus dados para mídias com maior capacidade (informações financeiras de um CD para pen drive, por exemplo), os antigos dispositivos de armazenamento se transformam em um grave problema. Em parte, por serem materiais obsoletos que ocupam espaço físico desnecessário dentro das empresas, mas, principalmen-te, pelo fato de carregarem informações e dados sigilosos ainda acessíveis e que possam interessar a terceiros. Se você for-mata seus discos rígidos por segurança, ótimo. Mas não se iluda: existem muitas empresas especializadas em recuperação de dados em discos formatados.

Garantir a eliminação permanente

de informações em HD ou em fitas de backup tornou-se obsessão dentro de bancos, órgãos governamentais e para prestadores de serviço de asses-soria de cobrança, por exemplo, en-tre outros segmentos e serviços onde a confidencialidade de informações é exigida em contrato. Não são poucos os casos em que informações sigilosas vão parar em mãos erradas por falta de controle e acabam como casos de su-borno ou escândalos. A atriz Carolina Dieckmann que o diga!

A Reverse, empresa especializada na manufatura reversa e destinação final de resíduos tecnológicos, adicionou aos seus serviços a possibilidade de término

destas preocupações. A novidade vem dos EUA e elimina de forma definiti-va informações das mídias através de desmagnetização. Para saber mais sobre este serviço, acesse o site www.elimina-caodedados.com.br ou ligue (51) 3587-1239.

Quanto vale o sigilo das informações da sua empresa?Érico Scherer Neto Diretor Comercial | Reverse Gerenciamento de Resíduos Tecnológicos

Não são poucos os casos em que informações sigilosas vão parar em mãos erradas

Divulgação

Em comemoração ao aniversário de 46 anos da emancipação política de Cachoeirinha, o Programa Esfera Azul Ulbra inaugurou o Espaço de Educação Socioambiental Esfera Azul Ulbra Gravataí. Até o dia 29 de junho, o local abrigará mostras de trabalhos, exposições culturais e serviços socio-ambientais que visam a qualidade de vida. A inauguração teve a presença de autoridades, empresários, representan-tes da Universidade e de organizações ligadas ao tema da responsabilidade socioambiental.

De acordo com o coordenador do Esfera Azul, David Cafruni, trata-se de uma iniciativa única em Cachoei-rinha. “O Espaço de Educação reuniu as principais organizações do terceiro setor, o Poder Público e os empresários da região em um trabalho pioneiro no município”, destacou. Segundo o dire-

tor da Ulbra Gravataí, Orlando Kon-rad, a inauguração do local reafirma o papel da universidade em promover as transformações sociais, a preservação ambiental e o desenvolvimento susten-tável.

O Espaço de Educação Socioam-biental Esfera Azul Ulbra Gravataí pro-moverá atividades de conscientização, minicurso de espanhol, orientações sobre Doenças Sexualmente Transmis-síveis, Museu de Ciências Naturais, apresentação de projetos de Pesquisa e Extensão, aconselhamento profis-sional, rede de serviços de assistência social, laboratórios, Reciclo-Óleo, Em-presa Jr. e Observatório da Violência e dos Direitos Humanos, além de ações de divulgação do Vestibular 2012. No local também serão realizadas exposi-ções e mostras, como a do artesão La-erte Boeira, do município de Canela,

que produz móveis e objetos de deco-ração a partir do reaproveitamento de troncos e raízes de árvores, e a Mostra de Fotografia dos alunos de Ciências Biológicas da Ulbra Gravataí.

Primeira açãoDentro do eixo da sustentabilida-

de a que se propõe o Programa Esfe-ra Azul, os resíduos potencialmente recicláveis, como papel, papelão e alumínio, gerados durante o coquetel de inauguração, foram repassados à Associação dos Classificadores e Reci-cladores de Resíduos de Cachoeirinha (ACRER).

O Espaço de Educação Socioam-biental Esfera Azul Ulbra Gravataí está localizado na Av. Coronel João Batista de Souza, 79, centro de Cachoeirinha. Maiores informações pelo www.ulbra.br/esferaazul.

Esfera Azul Ulbra inaugura espaço de educação socioambiental

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Maurício Fernandes da Silva Advogado OAB/RS 53419 Consultoria Ambiental

A quantidade de resíduos sólidos gerados no Brasil em 2011 totalizou 61,9 milhões de toneladas, 1,8% a mais do que no ano anterior, de acordo com dados do Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2011, lançado pela Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe). Do total coletado, 42% do lixo acaba em local inadequado.

O crescimento de resíduos sólidos no período de 2010 para 2011 foi

duas vezes maior do que o crescimen-to da população no mesmo período. De acordo com a entidade, se o país continuar nessa curva ascendente de crescimento ano após ano e não adotar ações adequadas para conter essa geração, certamente os sistemas de gestão de resíduos entrarão em co-lapso.

Dados do Panorama também identificaram que 42% dos resíduos sólidos foram destinados em locais

inadequados, como lixões e aterros controlados. A Abrelpe considera a segunda opção inadequada porque, do ponto de vista ambiental, ela tem o mesmo impacto negativo que os lixões e não protege o meio ambiente como um aterro sanitário.

Para a entidade, o cenário revelado pelo Panorama precisa ser modificado até agosto de 2014, quando acaba o prazo para o cumprimento das metas da Lei Nacional de Resíduos Sólidos.

Quando começo as aulas, em cada semestre repito aos meus alunos que atu-ar em direito ambiental não é coisa para o futuro e sim para o presente. A angús-tia do acadêmico do direito em escolher o ramo a seguir é comum a qualquer estudante, semelhante à tormentosa de-cisão de escolher o curso a ingressar na faculdade.

Assim como nas engenharias, as carreiras ambientais são apontadas por diversos estudos como altamente pro-missoras. Atuando há 11 anos no direito ambiental, asseguro que a fase do futuro já passou, literalmente vivemos o pre-sente. Já pertence ao século passado o profissional que ignora a relevância das questões ambientais no cotidiano (seja nas atividades empresariais como tam-bém nas domésticas).

Toda empresa deve ter uma agenda

de sustentabilidade definida. Além de enaltecer a responsabilidade socioam-biental da corporação, facilitará meca-nismos de controle de desperdícios (in-clusive de matéria-prima), aumentará a produção e os lucros, proporcionará in-centivos ao empreendedorismo e gerará um capital socioambiental perene, além de manter nosso planeta habitável para as futuras gerações, por suposto.

A indústria brasileira ainda é o setor que melhor se preparou para o século XXI na questão ambiental, deixando o setor público para trás. Aliás, neste tema, em entrevista recente, o presidente da Associação dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro (Amaerj), desembarga-dor Cláudio dell’Orto, reconheceu que os magistrados não estão preparados de forma adequada para tomar decisões na área socioambiental e, por isso, necessi-

tam de treinamento: “Precisamos ter profissionais que compreendam melhor sobre o que vão decidir”, defendeu.

Treinamento, inovação, estudo, são premissas incondicionais para o desen-volvimento de qualquer nação. Para que se tenha uma ideia, na Coreia do Sul, de acordo com a Organização para Coo-peração e Desenvolvimento Econômico (OCDE), 12% das pessoas na faixa de 55 a 64 anos têm curso superior; entre 25 e 34 anos, 58%. É perceptível a melhora significativa entre a geração dos pais e a dos filhos. No Brasil, isso não aconte-ceu; 9% entre os mais velhos têm curso superior contra apenas 11% entre os jovens. Não é por acaso que ocupamos a 84% colocação no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), enquanto a Coreia do Sul está em 15% lugar.

Qualificação profissional na área ambiental

Crescimento de resíduos sólidos é maior que o da população

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Na busca pela melhoria contínua e até mesmo pela sobrevivência as orga-nizações implantam sistemas de gestão da qualidade, procurando não somen-te promover a qualidade do produto, como também garantir a satisfação de seus clientes em todas as fases de seus processos, desde o projeto até a entrega e a pós-venda. Mas a simples implanta-ção de um sistema de gestão da quali-dade não é suficiente. É necessário que o mesmo leve a empresa a atingir seus objetivos, contribua para a execução de sua missão e para isso ele deve ser analisado criticamente e cada vez mais aperfeiçoado.

Seja por exigência legal ou por inicia-tiva interna da diretoria, as auditorias, em suas mais variadas formas, vêm ganhando espaço no dia a dia das empresas brasilei-ras e sendo vistas como instrumento es-tratégico e preventivo de gestão.

Divididas em internas e externas, podem ser executadas por funcioná-rios da própria organização, no caso de internas, e conduzidas para auxiliar a tomada de decisão dos gestores do gru-po. Já as auditorias externas, costumam ser realizadas por firmas especializadas e auditores independentes, com o fim

de atestar a veracidade dos lançamentos contábeis da empresa para o mercado ou outras partes interessadas, sejam elas públicas ou privadas.

Embora em pequenas empresas a auditoria acaba sendo realizada pelo próprio contador ou responsáveis pelo departamento, em empresas que fatu-ram a partir de R$ 60 milhões, é reco-mendável a criação de um comitê de auditoria para verificar se a apuração e divulgação dos dados está seguindo os preceitos legais, além de manter um constante monitoramento das demons-trações contábeis.

Já nas empresas de grande porte e companhias abertas, o processo de au-ditoria torna-se obrigatório. Uma em-presa que deseja abrir seu capital deve ter seus processos auditados previamen-te por pelo menos três anos consecuti-vos. A auditoria deve fazer parte do pla-nejamento estratégico da empresa.Qual é a importância da auditoria?

A auditoria pode almejar a preserva-ção da integridade contábil da empresa até avaliações feitas para lançamento de capital em bolsa, ou para atender as exi-gências de ofertantes em processos de fusão ou aquisição.

AudiTOriAs: controle de execução

e valorização da empresa

PrinCiPAis tiPos• Auditoria de desempenho: pode ser entendida como a ava-liação independente da eficiência das atividades, visando melhorias, em geral na área de custos e/ou desperdícios.• Auditoria operacional e finan-ceira: tem como foco principal avaliar processos e políticas das empresas. Geralmente é usada pelas empresas como ferramenta de controle e gestão financeira e visa ainda a prevenção de fraudes e desfalques. • Auditoria tributária e traba-lhista: também utilizadas como ferramenta de gestão, apura a co-erência em relação às leis e porta-rias vigentes destinadas às práticas internas relacionadas ao pessoal ou ao recolhimento de impostos.• Auditoria de certificação: a auditoria da qualidade para as empresas que necessitam obter, como por exemplo, da ISO 9000 e a auditoria ambiental para as empresas que necessitam obter a certificação da ISO 14000.

Divulgação

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Está aberta a Chamada Pública do Sebrae/RS para selecionar até 65 micro e pequenas empresas interessadas em par-ticipar de Feiras Internacionais de 2012. São quatro eventos voltados aos setores metalmecânico, alimentos, comércio e serviços e de calçados. Todas as informa-ções sobre o edital, inclusive o formulário para apresentação de propostas, estão no site www.sebrae-rs.com.br. É importante que as empresas interessadas acompa-nhem as instruções atentamente e obser-vem os prazos para inscrição.

O objetivo das Feiras Internacionais é oferecer aos participantes a experiên-cia necessária para conquistarem novos mercados, parcerias, representação e distribuição e conhecimento de novas tecnologias e inovação quanto a produto e produção. Através desta ação, as micro e pequenas empresas (MPEs), com fatu-

ramento anual de até R$ 3, 6 milhões, e que forem selecionadas, receberão sub-sídios para viabilizar sua participação, além do acompanhamento técnico du-rante os eventos. A missão empresarial contará com apoio financeiro de 50% no pacote de viagem, que inclui passa-gens e hospedagem, para as empresas participantes dos projetos coletivos do Sebrae/RS. As demais empresas recebe-rão o apoio de 40%.

O setor calçadista será atendido pela Micam, que ocorre em Milão, na Itália, de 16 a 19 de setembro. Além do contato com novos mercados, a missão possibi-lita ao empreendedor conhecer novas tecnologias, materiais que estão sendo utilizados e diferentes tipos de design de produtos.

As empresas metalmecânicas pode-rão conferir nas terras orientais as ino-

vações tecnológicas e as tendências para o setor. A Canton Fair, que ocorre duas vezes por ano na cidade Guangzhou, na China, receberá a delegação formada pelo Sebrae/RS de 15 a 19 de outubro.

No setor de alimentos, o Sebrae/RS apoiará exposição e missão à feira de Sial Paris, na França, de 21 a 25 outubro. Ela ocorre a cada dois anos e visa envolver distribuidores, importadores, varejistas e prestadores de serviços alimentícios em eventos.

A NRF é uma grande feira dos Es-tados Unidos de tecnologia e soluções para o varejo. Neste evento, as empre-sas de Comércio e Serviços poderão conferir inovações que se estendem das palestras sobre estratégia de vendas até a exposição de produtos de última gera-ção. A participação ocorre de 13 a 16 de janeiro de 2013.

sebrae abre chamada para feiras internacionais

A recessão econômica tem provoca-do mudanças nos padrões até então tra-dicionais de consumo. Especialistas da Wharton (The Wharton School of the University of Pennsylvania, Filadélfia, Estados Unidos) acreditam que as pes-soas estão mais dispostas a buscar pre-ços baixos. Há quem diga que os con-sumidores retomarão os velhos hábitos quando a situação econômica melhorar.

Alguns estudiosos, contudo, garantem que a transformação é permanente.

Esse perfil de consumidor é o fruga-lista. A expressão define as pessoas que saíram fortalecidos da instabilidade eco-nômica dos últimos tempos e hoje veem o valor de outra perspectiva. Elas não se endividam e tentam ficar dentro de seus orçamentos. Além disso, investem tem-po procurando os melhores produtos,

serviços e relação custo-benefício. De acordo com o American Pantry

Survey, estudo realizado no final de 2011 pela consultoria Deloitte e pelo Harrison Group, com mais de 4 mil consumidores, as crises econômicas têm tornado os compradores mais au-toconfiantes. Hoje, as pessoas sabem o que querem e como obter o preço mais conveniente.

Estudo mostra que crises econômicas alteram o perfil do consumidor no mundo todo

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Em 2010 o Centro das Indústrias de Cachoeirinha (CIC), em parceria com a Regional Metropolitana do Sebrae/RS, re-alizou a 1ª Rodada de Negócios de Cacho-eirinha. A diretoria do CIC tinha como objetivo aproximar empresas associadas para contatos comerciais. Muitas empresas vinculadas à entidade buscam fornecedo-res e clientes fora do estado, quando exis-tem oportunidades de negócios dentro ou próximas do município. A metodologia da Rodada de Negócios atendeu esta deman-da e também a necessidade das micro e pequenas empresas participantes dos pro-jetos coletivos do Sebrae.

Para a segunda edição do evento, am-pliou-se a área de abrangência, convidando mais empresas de municípios próximos, não apenas Cachoeirinha e Gravataí. Fo-cando em qualidade, não apenas quanti-dade. A Rodada de Negócios contou com maior variedade das opções oferecidas e ampliação das possibilidades de bons ne-gócios. “Foi excelente o nível das empresas que participaram da rodada. A probabili-dade de contratarmos algum serviço ou comprarmos algum produto é bem eleva-da. Notei que na região existem empresas com ramos diversificados e com potencial para se adequarem ao Polo Naval do Rio Grande. Todos se mostraram interessados em se cadastrar na Petrobras/Prominp. Confirmo a participação da Petrobras nas próximas Rodadas de Negócio da re-gião devido a boa organização do evento e foco nas empresas. Estou à disposição para qualquer atendimento”, disse o engenhei-ro da Petrobras, Gustavo C. Martinato.

A 2ª Rodada de Negócios das Indústrias de Cachoeirinha foi realizada no dia 10 de maio e contou com a presença do Secretá-rio Municipal de Desenvolvimento Econô-mico e Turismo, Luis Carlos Müller.

O evento, que teve como objetivo apro-ximar mercados, através de encontros dire-cionados e previamente agendados, reuniu empresários para a promoção de negócios, possibilitando, dessa forma, a negociação de seus produtos e serviços ou a realização de associações de toda espécie, como joint-ventures, transferência de tecnologia, franchi-sing, etc. A Rodada de Negócios ocorre em reuniões individuais, organizadas a partir da identificação de necessidades de ampliação de negócios e abertura de novos mercados.

O evento contou com a participação de 72 empresas, sendo dez compradoras e 62 vendedoras. Foram realizadas 294 reuniões de negócios, que geraram uma estimativa de negócios para os próximos 12 meses de mais de R$ 2 milhões. Ao comparar os resultados obtidos em 2012 com os resultados da Rodada de Negócios realizada no ano de 2010, pode-se observar evolução entre os dois eventos. A primeira Rodada ocorreu em 28 de abril de 2010, com caráter de rodadas múltiplas entre todos os inscritos, cinco grandes empresas âncoras, 56 MPEs, 15 mesas de negocia-ção, 244 agendas, estimativa de negócios

em R$ 1,5 milhão e avaliação dos partici-pantes com 90% entre ótimo e bom.

Na avaliação de satisfação de 2012, constatou-se que, assim como em 2010, a maioria foi “bom e ótimo” (81%), devi-do à possibilidade de negócios futuros. A avaliação com referência ao atendimento prestado pela equipe técnica também foi muito boa, com 95% das respostas “bom e ótimo”. A expectativa de negócios tam-bém teve avaliação alta, com 79% dos re-sultados variando entre “bom e ótimo”.

De acordo com o CIC, é importante observar que, em abril de 2010, o mer-cado para o setor da indústria apresenta-va aquecimento devido principalmente à recuperação da crise de 2008. Como contraponto, o ano de 2012 iniciou com desaquecimento, baixa produção e baixo consumo para as indústrias, grandes ou pequenas, e isto refletiu diretamente nos resultados e avaliação da rodada. Conside-rando a urgente necessidade das empresas de ampliação de mercado para compra e venda, este evento contribuiu de forma positiva, ainda que com alguns resultados abaixo da edição anterior.

segunda edição da rodada de negócios de Cachoeirinha foi novamente positiva

Através deste tipo de evento acessamos empresas e mercados que, talvez por outros canais não conseguiríamos. Esta é uma importante ferramenta para agregarmos nomes às redes de contato e prospectar bons negócios. Marcelo BorgesDiretor Comercial da Mastertec (MPE Projeto)

“Raquel Felippe

Raquel Felippe

O evento contou com a participação de 72 empresas, sendo dez compradoras e 62 vendedoras

Neiva Bilhar, presidente do CiC

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