Materia 02 - Tecnica e Maneabilidade Em Combate a Incendio

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CAPTULO 2 TCNICA E MANEABILIDADE EM COMBATE INCNDIO 2.1 Estudo da Combusto 2.1.1 - Fenmeno da Combusto 2.1.2 - Tringulo do Fogo 2.1.3 - Pontos Notveis da Combusto 2.1.4 - Velocidade da Combusto 2.1.5 - Produtos da Combusto 2.2 Estudo do Incndio 2.2.1 - Classes de Incndio 2.2.2 - Propores dos Incndios 2.2.3 - Causas de Incndio 2.2.4 - Propagao do Incndio 2.2.5- Mtodo de Extino do Incndio 2.2.6 - Agentes Extintores de Incndio 2.2.7 -Quadro de Agentes extintores x Mtodo de Extino 2.3 Equipamentos de Combate Incndio 2.3.1 - Equipamento de Proteo Individual (EPI) 2.3.2 -Aparelhos Extintores 2.3.3 -Bombas de incndio 2.3.4 -Material de Abastecimento 2.3.5 -Materiais de Estabelecimento 2.3.6 - Materiais Especficos de Combate a Incndios em Vegetao 2.3.7 -Escadas manuais 2.3.8 -Materiais especficos de combate a incndios florestais 2.3.9 -Materiais de rescaldo 2.3.10 - Escadas Manuais 2.3.11 -Sistema preventivo fixo 2.4 - Viaturas de Combate IncndioCENTRO DE FORMAO E APERFEIOAMENTO DE PRAAS

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2.4.1 - Autobomba Tanque 2.4.2 - Autobomba para Inflamvel 2.4.3 - Autotanque 2.4.4 - Autotanque Rebocvel 2.4.5 - Auto-rpido 2.4.6 - Autoplataforma Mecnica 2.4.7 - Auto-escada Mecnica 2.4.8 - Auto-servio Ttico de Abastecimento 2.5 - Tcnicas de combate a incndio 2.5.1 - Procedimentos com o E.P.R. 2.5.2 Tcnicas de Utilizao do Extintor Porttil de Incndio 2.5.3 Tcnicas de Ventilao 2.5.4 Bomba-armar 2.5.5 Escadas Manuais 2.5.6 Eventos Operacionais Mais Comuns

2.1 Estudo da Combusto 2.1.1 - Fenmeno da CombustoCombusto a uma reao qumica de oxidao entre um agente combustvel e um comburente, provocada pela energia de ativao, com liberao de luz, calor, fumaa e gases. Para fins didticos, nesse curso, adotar-se- o tringulo do fogo como elemento de estudo da combusto, atribuindo-se, a cada lado, um dos elementos essenciais combusto.

2.1.2 - Tringulo do FogoPara que exista fogo so necessrios trs elementos, representado pelos lados do tringulo do fogo(fig. 2.1), o combustvel, o comburente e a energia de ativao.

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Fig. 2.1

Energia de Ativao (Fonte Trmica) A energia de ativao serve como condio favorvel para que haja a reao de combusto, elevando a temperatura ambiente ou de forma pontual, p roporcionando com que o combustvel reaja com o comburente em uma reao exotrmica. A energia de ativao pode provir de vrias origens, como por exemplo: Origem nuclear. Ex.: Fisso nuclear Origem qumica. Ex.: Reao qumica(limalha de ferro + leo) Origem eltrica. Ex.: Resistncia(aquecedor eltrico) Origem mecnica. Ex.: Atrito

Efeitos do Calor O calor uma forma de energia que altera a temperatura, e gerada pela transformao de outras formas de energias. A energia de ativao, qualquer que seja, se transformar em energia calorfica(calor) que est intimamente ligado a temperatura, proporcionando o seu aumento. O calor gerado ir produzir efeitos fsicos e qumicos nos corpos e efeitos fisiolgicos nos seres vivos. Como os que vemos a seguir: Aumento/diminuio da temperatura - O aumento ou diminuio da temperatura acontece em funo calor que uma forma de energia que transferida de um corpo de maior temperatura para o de menor temperatura. Este fenmeno se desenvolve com maior rapidez nos corpos considerados bons condutores de calor e mais lentamente nos corpos considerados maus condutores. Dilatao/Contrao trmica - o fenmeno pelo qual os corpos aumentam ou diminuem suas dimenses conforme o aumento ou diminuio de temperatura. A dilatao/contrao pode ser linear, quando apenas uma dimenso tem aumentos considerveis (fig. 2.2), superficial, quando duas dimenses tm aumentos considerveis, (fig. 2.3) e volumtrica, quando as trs dimenses tm aumentos considerveis, (fig. 2.4).

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Fig. 2.2

Fig. 2.3

Fig. 2.4 Cada substncia tem seu coeficiente de dilatao trmica, ou seja, dilatam mais ou menos dependendo da substncia. Este fator pode acarretar alguns problemas, como por exemplo, uma viga de 10m exposta a um aumento de temperatura na ordem 700 C. Com esse aumento de temperatura, o ferro, dentro da viga, aumentar seu comprimento em 84mm aproximadamente, o concreto, apenas 42mm. Sendo assim, o ferro, tende a deslocar-se no concreto, perdendo a sua capacidade de sustentabilidade, na qual foi projetada.

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Mudana de estado fsica da matria - Com o aumento ou diminuio do calor, os corpos tendem a mudar seu estado fsico conforme o esquema abaixo (fig. 1.5).

Fig. 2.5

Mudana de estado qumico da matria - aquela onde ocorre a transformao de uma substncia em outra, e temos como exemplo, a queima da madeira, que um combustvel que poder reagir com o comburente, transformando a madeira em outras substncias como o CO2 e o CO. (fig. 1.6)

Fig. 1.6

Efeitos fisiolgicos do calor - O calor pode causar vrios danos os seres humanos, como exemplo podemos citar a desidratao, a insolao, fadiga, queimaduras e inmeros problemas no aparelho respiratrio. A exposio de uma pessoa, ao calor, por tempo prolongado, poder acarretar na morte da mesma. (fig. 1.7)

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Fig. 1.7

COMBURENTE o elemento que reage com o combustvel, participando da reao qumica da combusto, possibilitando assim vida s chamas e intensidade a combusto. Como exemplo de comburente podemos citar o gs cloro e o gs flor, porm o comburente mais comum o oxignio, que encontrado na quantidade de aproximadamente 21% na atmosfera. A quantidade de oxignio ditar o ritmo da combusto, sendo plena na concentrao de 21% e no existindo abaixo dos 4%, conforme tabela abaixo (fig. 2.8). Ar atmosfrico Respirao do ser humano combusto Fig. 2.8 21% Normal 21% Normal 16% Mnimo 13% Mnimo para as chamas 04% Mnimo para brasas

COMBUSTVEL toda substncia capaz de queimar, servindo de campo de propagao do fogo. Para efeito prtico as substncias foram divididas em substncias combustveis e substncias incombustveis, sendo a temperatura de 1000C para essa diviso, ou seja, as substncias combustveis queimam abaixo de 1000C, e as substncias incombustveis acima de 1000C, isto se deve ao fato de, teoricamente, todas as substncias poderem entrar em combusto (queimar). Os materiais combustveis maus condutores de calor, madeira por exemplo, queimam com mais facilidade que os materiais bons condutores de calor como os metais. Esse fato se deve a acumulao de calor em uma pequena zona, no caso dos materiais maus condutores, fazendo com que a temperatura local se eleve mais facilmente, j nos bons condutores, o calor distribudo por todo material, fazendo com que a temperatura se eleve mais lentamente. Os combustveis podem estar no estado slido, liquido e gasoso, sendo que a grande maioria precisa passar para o estado gasoso, para ento se combinarem o comburente e gerar uma combusto. Os combustveis apresentam caractersticas conforme o seu estado fsico, conforme vemos abaixo:

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Combustveis slidos - A maioria dos combustveis no queima no estado slido, sendo necessrio transformar-se em vapores, p ara ento reagir com o comburente, ou ainda transformar-se em lquido para posteriormente em gases, para ento queimarem. Como exceo podemos citar o enxofre e os metais alcalinos (potssio,magnsio, clcio, etc...), que queimam diretamente no seu estado slido e merecem ateno especial como veremos mais a frente. Essa converso do combustvel para o estado gasoso chamado de pirlise, que a decomposio qumica de uma substncia atravs do calor. A pirlise possui algumas fases, que varia conforme a variao da temperatura, como podemos ver no quadro abaixo (fig. 2.9)

TEMPERATURA 200C

200C 280C 280C 500C Acima de 500C Fig. 2.9

REAO Produo de vapor dgua, dixido de carbono e cidos actico e frmicos Ausncia de vapor dgua, pouca quantidade de monxido de carbono e a reao ainda continua a absorver calor A reao passa a liberar calor, gases inflamveis e partculas e ainda h carbonizao do material A decomposio se torna mais acelerada, devido a presena do carvo

Combustveis lquidos - Os combustveis lquidos, chamados de lquidos inflamveis, tm caractersticas particulares, como: No tem forma prpria, assumindo a forma do recipiente que as contem; Se derramados, escorrem e se acumulam nas partes mais baixas; A maioria dos lquidos inflamveis mais leves que a gua, sendo assim flutuam sobre ela; Os lquidos derivados de petrleo tm pouca solubilidade em gua; Na sua grande maioria so volteis (liberam vapores a temperatura menores que 20C).

Combustveis gasosos - Os gases no tm volume definido, tendendo, rapidamente, a ocupar todo o recipiente em que est contido. Para que haja a combusto, a mistura com o comburente deve ser uma mistura ideal, isto , no pode conter combustvel d emasiado (mistura rica) e nem quantidade insuficiente do mesmo (mistura pobre). Defini-se ento para cada combustvel os limite da sua mistura ideal, chamados de limites de inflamabilidade, que esto dispostos a seguir: Limite inferior de inflamabilidade (LII) a concentrao mnima de uma mistura onde pode ocorrer a combusto.

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Limite superior de inflamabilidade (LSI) a concentrao mxima de uma mistura onde pode haver a combusto.

O limite de inflamabilidade varia conforme a substncia, como podemos ver no quadro abaixo (fig. 2.10).

COMBUSTVEL Hidrognio Monxido de carbono Propano Acetileno Gasolina (vapor) ter (vapor) lcool (vapor) Fig. 1.10

LIMITES DE INFLAMABI LII (%) 4,0 12,5 2,1 2,5 1,4 1,7 3,3

LIDADE LSI (%) 75,0 74,0 9,5 82,0 7,6 48,0 19,0

2.1.3 - Pontos Notveis da CombustoOs combustveis so transformados pelo calor, e a partir desta transformao, que combinam com o oxignio, resultando na combusto. Essa transformao acontece medida que o material vai sendo aquecido. Com o aquecimento, uma substncia poder passar por trs pontos notveis da combusto, que so eles:

Ponto de Fulgor a temperatura mnima, na qual o corpo combustvel comea a desprender vapores, que se incendeiam em contato com uma chama ou centelha (agente gneo), entretanto a chama no se mantm devido insuficincia da quantidade de vapores.(fig. 2.11)

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Fig. 2.11

Ponto de Combusto ou Inflamao a temperatura mnima, na qual o corpo combustvel comea a desprender vapores, que se incendeiam em contato com uma chama ou centelha (agente gneo), e mantm-se queimando, mesmo com a retirada do agente gneo.(fig. 2.12)

Fig. 2.12

Ponto de Ignio a temperatura, na qual os gases desprendidos do combustvel entram em combusto apenas pelo contato com o oxignio do ar, independente de qualquer outra chama ou centelha (agente gneo). (fig. 2.13)

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Fig. 2.13

2.1.4 - Velocidade da CombustoA velocidade de uma combusto depene de vrios fatores, sendo mais rpido tanto quanto: Maior o grau de diviso do combustvel; Mais inflamvel for o combustvel; Maior a quantidade de combustvel, exposta ao comburente; Maior a renovao de comburente Quanto velocidade a combusto pode ser classificada em:

Lenta Ocorre quando a oxidao de uma determinada substncia no provoca liberao de energia luminosa (temperatura inferior 500C). Ex.: ferrugem, respirao, etc.

Viva Ocorre quando a reao qumica de oxidao libera energia luminosa (fogo) e calor. Ex.: Queima de materiais comuns diversos.

Deflagrao uma combusto muito rpida, porem inferior a velocidade do som (340 m/s). Ex.: a queima de plvora.

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Exploso Ocorre quando a reao qumica de oxidao libera energia e calor, numa velocidade maior que a velocidade do som com elevado aumento de presso no ambiente (onde de choque). Ex.: Exploses de gs de cozinha, Dinamite, etc.

2.1.5 - Produtos da CombustoAs combustes produzem uma srie de produtos, da reao do combustvel com o comburente (fig. 2.14). Esses produtos podem ser visveis ou no, entre eles temos:

Fig. 2.14

A fumaa um dos produtos da combusto, sendo o resultado de uma combusto incompleta, onde pequenas partculas slidas se tornam visveis. A fumaa varia de cor conforme o tipo de combusto, como vemos a seguir: Fumaa de cor branca indica que a combusto mais completa com rpido consumo do combustvel e boa quantidade de comburente; Fumaa de cor negra combusto que se desenvolve em altas temperaturas, porem com deficincia de comburente; Fumaa amarela, roxo ou violeta presena de gases altamente txicos. A chama So os gases incandescentes, visveis, ao redor da superfcie do material em combusto.

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Calor a energia liberada pela combusto, propiciando o aumento de temperatura e dando continuidade combusto. Gases So o resultado da modificao qumica do combustvel, associado com o comburente. A combusto produz, entre outros, monxido de carbono (CO), dixido de carbono (CO2) e o acido ciandrico (HCN)

2.2 Estudo do Incndio 2.2.1 - Classes de IncndioVisando obter maior eficincia nas aes de combate a incndio, tornando-as mais objetivas e seguras com o emprego do agente extintor correto, os incndios foram classificados de acordo com o material combustvel nele envolvido. Essa classificao foi elaborada pela NFPA (national fire protection association), uma associao norte americana, e foi recepcionada pelo Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro. Esta classificao dividida em quatro classes, como vem a seguir: Incndio Classe A So incndios que envolvem combustveis slidos comuns (geralmente de natureza orgnica), e ainda, tem como caractersticas queimar em razo do seu volume (queimam em superfcie e profundidade) e deixar resduos fibrosos (cinzas). (fig. 2.15);

Fig. 2.15 Incndio Classe B So incndios envolvendo lquidos inflamveis, graxas e gases combustveis. caracterizado por no deixar resduos e queimar apenas na superfcie exposta (queimam s em superfcie ). (fig. 2.16);

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Fig. 2.16 Incndio Classe C Qualquer incndio envolvendo combustveis energizados. Alguns combustveis energizados (aqueles que no possuem algum tipo de armazenador de energia) podem se tornar classe A ou B, se for desligado da rede eltrica. (fig. 2.17);

Fig. 2.17 Incndio Classe D Incndios resultantes da combusto de metais pirofricos, so ainda caracterizado pela queima em altas temperaturas e reagirem com alguns agentes extintores (principalmente a gua). (fig. 2.18).

Fig. 2.18

No quaro abaixo temos de forma sinttica as classes de incndios: (fig. 2.19)

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CLASSES A

MATERIAL COMBUSTIVEL Combustveis slidos comuns

B

Combustveis lquidos, pastosos e gasosos

C

Combustveis energizados

D

Metais combustveis pirofricos

SUBSTANCIAS Madeira, carvo, papel, tecido, borracha, plsticos, etc. Gasolina, lcool, leos, tintas, vernizes, gs de cozinha, gs natural, acetileno, etc. Televisor, geladeira, computador, ventilador, Magnsio, selnio, antimnio, ltio, potssio, alumnio fragmentado, zinco, titnio, sdio, zircnio, etc.

Fig.2.19

2.2.2 - Propores dos IncndiosDa mesma forma, que os incndios foram classificados quanto ao material combustvel, buscando uma maior exatido de nossa linguagem tcnica e conseqentemente um melhor desempenho em nossas aes, os incndios foram agrupados por suas propores, da forma que vem a seguir: Incndio Incipiente (ou Princpio de Incndio) Evento de mnimas propores e para o qual suficiente a utilizao de um ou mais aparelhos extintores portteis. Pequeno Incndio Evento cujas propores exigem emprego de pessoal e material especializado, sendo extinto com facilidade e sem apresentar perigo iminente de propagao.

Mdio Incndio Evento em que a rea atingida e a sua intensidade exigem a utilizao de meios e materiais equivalentes a um socorro bsico de incndio ( que conforme o Art. 62 da Lei 250/79 - Organizao Bsica composto por: 01 Auto-Bomba (AB) ou 01 Auto-Bomba Inflamvel (ABI), de 01 Auto-Bomba Tanque (ABT) ou 01 Auto-Tanque (AT) e de 01 Auto-Busca e Salvamento (ABS)), apresentando perigo iminente de propagao. Grande Incndio

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Evento cujas propores apresentam uma propagao crescente, necessitando do emprego efetivo de mais de um socorro bsico para a sua extino. Extraordinrio Incndio oriundo de abalos ssmicos, vulces, bombardeios e similares, abrangendo quarteires. Necessitando para a sua extino do emprego de vrios socorros de bombeiro, mais apoio do Sistema de Defesa Civil.

2.2.3 - Causas de Incndio de enorme interesse para a Corporao saber a origem dos incndios quer para fins legais, quer para fins estatsticos e prevencionistas. Da a importncia de preservar-se o local do incndio, procurando no destruir possveis provas nas operaes de combate e rescaldo. Dessa forma, os peritos do CPPT (centro de prova e percias tcnicas) ou da percia da policia judiciria podero determinar com maior facilidade a causa do incndio. As causas de incndios no Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro so classificadas do seguinte modo: Causas Naturais Quando o incndio originado em razo dos fenmenos da natureza, que agem por si s, completamente independente da vontade humana. Causas Artificiais Quando o incndio irrompe pela ao direta do homem, ou poderia ser por ele evitado tomando-se as devidas medidas de precauo (atos inseguros ou condies de insegurana). Esses atos ou condies so: Acidental - Quando o incndio proveniente do descuido do homem, muito embora ele no tenha inteno de provocar o acidente. Esta a causa da maioria dos incndios. Proposital - Quando o incndio tem origem criminosa, ou seja, houve a inteno de algum em provocar o incndio.

2.2.4 - Propagao do IncndioA propagao do incndio se deve a vrios fatores, sendo os mais importantes para esse curso, o fato de um corpo em combusto liberar grande quantidade de calor e que dois ou mais corpos em temperaturas diferentes tendem em entrar em equilbrio trmico, acontecendo uma transferncia de calor do corpo de maior temperatura para o de temperatura mais baixa. E ainda, Considerando que o oxignio est presente em toda atmosfera terrestre e vital vida humana, e o combustvel estar envolvendo os diversosCENTRO DE FORMAO E APERFEIOAMENTO DE PRAAS

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ambientes no dia a dia do ser humano, teremos praticamente em todos os lugares uma situao onde s carecer da elevao de temperatura para se ter um incndio. Estes fatos tm grande relevncia na forma de propagao do incndio, que pode ocorrer de quatro formas, como vemos a seguir: Conduo a transferncia de calor diretamente no interior de um corpo ou atravs de corpos em contato. Esta transferncia feita de molcula a molcula sem que haja transporte da matria de uma regio para outra. o processo pelo qual o calor se propaga da chama para a mo, atravs da barra de ferro ou no caso de um incndio em edifcio, a propagao do incndio, acontecer pela conduo do calor pela estrutura metlica, vigas, etc. (fig. 2.20)

Fig. 2.20

Conveco a transferncia do calor de um ponto para outro (feito por lquidos) ou de forma ascendente (feito por ar, fumaa e gases), atravs do transporte de calor dentro de massas fluidas. Esta transferncia se processa em decorrncia da diferena de densidade dos fluidos ou pela capacidade de escoar dos lquidos, que ocorre com a absoro ou perda de calor. Em edificaes verticalizadas essa a principal forma de propagao, fazendo a comunicao do calor pelo interior da edificao atravs das escadas, condutos de ventilao, poo dos elevadores, etc. (fig. 2.21)

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Fig. 2.21 ?? Irradiao a emisso continua de calor, que uma forma de energia, denominada ondas calorfica, sob a forma de radiao, essencialmente no espectro do infravermelho, que se propaga em todas as direes atravs do espao sem a necessidade de suporte material. A intensidade com que os corpos so atingidos aumenta ou diminui proporcionalmente a distancia do c orpo e a fonte irradiadora. A irradiao, como luz, passa por corpos transparentes como o vidro e fica bloqueada em corpos opacos como a parede. Ex: O calor propagado de um prdio para outro sem ligao fsica. (fig. 2.22)

Fig. 2.22 Projeo o deslocamento ou queda de objetos (essencialmente os slidos) em combusto, podendo provocar outro foco de incndio. Ex.: janela de madeira de um edifcio que cai, em chamas, sabre uma loja ou ainda em um incndio florestal, um tronco que rola do auto de morro em chama, ate um local mais baixo e ainda no incendiado. (fig. 2.23)

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Fig. 2.23

2.2.5- Mtodo de Extino do IncndioA extino de um incndio corresponde sempre em extinguir a combusto pela eliminao ou neutralizao de, pelo menos um dos elementos essenciais da combusto, representados pelo triangulo do fogo. Para esse nvel de estudo temos trs formas de extino do incndio: Isolamento Mtodo de Extino de Incndio que consiste na separao entre o Combustvel e a fonte de energia(calor) ou entre aquele e o ambiente incendiado. um mtodo muito eficaz, mas complexo de ser executado, devido a vrios fatores como o tamanho e peso do material combustvel e ainda a via de escape desse material. (fig. 2.24)

Fig. 2.24 Abafamento Mtodo de Extino de Incndio que consiste na reduo da concentrao do comburente tornando a mistura pobre ou extino do contato do combustvel com o comburente (Oxignio). Essa forma de extino e conseguida principalmente com a

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insero de um gs inerte, diminuindo a concentrao do comburente ou cobrindo as chamas com um material com um ponto combusto alto, impedindo que este faa parte da combusto, temos com exemplo uma tampa metlica ou espuma. (fig. 2.25)

Fig. 2.25

Resfriamento Mtodo de Extino de Incndio que consiste no arrefecimento do combustvel, de forma a temperatura deste fique inferior ao ponto de combusto. Este o mtodo mais utilizado para o combate ao incndio, sendo necessrio apenas um agente extintor com grande capacidade de absoro de calor e levado ponto de combusto. Como exemplo a gua, que o agente extintor mais utilizado. (fig. 2.26)

Fig. 2.26

2.2.6 - Agentes Extintores de IncndioExistem vrios agentes extintores, que atuam de maneira especifica sobre a combusto, extinguindo o incndio atravs de um ou mais mtodos de extino j citados. Os agentes extintores devem ser utilizados de forma criteriosa, observando a sua correta utilizao e o tipo de classe de incndio, tentando sempre que possvel minimizar os efeitos danosos do prprio agente extintor sobre materiais e equipamentos no atingidos pelo incndio.

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Dos vrios agentes extintores, os mais utilizados so os que possuem baixo custo e um bom rendimento operacional, os quais passaremos a estudar a seguir: gua o agente extintor mais utilizado na extino de incndios, devido ao seu baixo custo e a sua abundancia. A gua atua na extino principalmente por resfriamento, devido ao seu alto calor especifico, fazendo com que a gua absorva uma grande quantidade de calor para pouco incremento na sua temperatura. A gua, quando utilizada em jato neblinado ou pulverizada , ter um maior poder de arrefecimento, tendo em vista que a sua capacidade de absorve calor diretamente proporcional rea superficial de contato, sendo que, por vezes necessrio a utilizao de jatos compactos, afim de vencer grandes distncias. Secundariamente, a gua atua por abafamento, em decorrncia da gua ser transformada em vapor, aumento assim seu volume em cerca de 1700 vezes, deslocando o volume de comburente (oxignio) que envolve a combusto, tornando assim a mistura pobre. gua podem ser adicionados vrios aditivos, como gardinol, maprofix, arestec, duponal e lissapol que podem melhorar as suas capacidades extintoras, reduzindo a sua tenso superficial, aumentando o poder de penetrabilidade da gua em pequenas frestas de materiais slidos. A gua apresenta excelente resultado no combate a incndios da Classe A, podendo ser usada tambm n Classe B, no podendo ser utilizada na Classe C, pois a conduz corrente eltrica.

Espuma uma soluo aquosa de baixa densidade e de forma contnua, constituda por um aglomerado de bolhas de ar ou de um gs inerte. Podemos ter dois tipos clssicos de espuma: Espuma Qumica e Espuma Mecnica. Espuma Qumica - resultante de uma reao qumica entre uma soluo composta por "gua, sulfato de alumnio e alcauz" ou composta por "gua e bicarbonato de sdio" (est entrando em desuso, por vrios problemas tcnicos). Espuma Mecnica - formada por uma mistura de gua com uma pequena porcentagem (1% a 6%) de concentrado gerador de espuma e entrada forada de ar. Essa mistura, ao ser submetida a uma turbulncia, produz um aumento de volume da soluo (de 10 a 100 vezes) formando a Espuma. Como agente extintor a espuma age principalmente por abafamento, tendo uma ao secundria de resfriamento, face a existncia da gua na sua composio. Existem vrios tipos de espuma que atendem a tipos diferentes de combustveis em chamas. Alguns tipos especiais podem atender uma grande variedade de combustveis. A Espuma apresenta excelente resultado no combate a incndios das Classes A e B, no podendo ser utilizado na Classe C, pois conduz corrente eltrica.

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Dixido de carbono (CO2) um gs liquefeito armazenado sob alta presso, inodoro, incolor, mais pesado que o ar, no txico, mas sua ingesto provoca asfixia, no conduz corrente eltrica, nem suja o ambiente em que utilizado pois dissipa-se rapidamente quando aplicado, pois a presso do CO2 reduz drasticamente, retornando a sua forma gasosa. Atua principalmente por abafamento devido a sua rpida expanso, deslocando assim o volume de comburente da superfcie do combustvel. O CO2 atua de forma secundria por resfriamento, pois no seu aumento de volume, da passagem do estado liquido para o gasoso, absorve uma grande quantidade de calor, diminuindo assim a temperatura em aproximadamente em 70C. O dixido de Carbono apresenta melhor resultado no combate a incndios das Classes B e C. Na Classe A apaga somente na superfcie.

P qumico seco (PQS) um grupo de agentes extintores de finssimas partculas slidas, e tem como caractersticas no serem abrasivas, no serem txicas mas pode provocar asfixia se inalado em excesso, no conduzir corrente eltrica, mas tem o inconveniente de Contamina o ambiente sujando-o, podendo danificar inclusive equipamentos eletrnicos, desta forma, deve-se evitar sua utilizao em ambiente que possua estes equipamentos no seu interior e ainda dificultando a visualizao do ambiente. Atua por abafamento e quebra da reao em cadeia (assunto no abordado nesse manual) . Os PQS so classificados conforme a sua correspondncia com as classes de incndios, conforme as seguintes categorias: P ABC composto a base de fosfato de amnio, sendo chamado de polivalente, pois atua nas classes A, B e C;

P BC base de bicarbonato de sdio ou de potssio, indicados para incndios classes B e C; P D usado especificamente na classe D de incndio, sendo a sua composio variada, pois cada metal pirofrico ter um agente especifico, tendo por base a grafita misturada com cloretos e carbonetos.

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2.2.7 -Quadro de Agentes extintores x Mtodo de Extino (fig. 2.27)Agentes Extintores espuma CO2 PQS (ABC) X X X X X X X X

Classes de Incndio A B C D Fig. 2.27

gua (jato) X

gua (neblinado) X

PQS (BC) X X

PQS (D)

X

2.3 Equipamentos de Combate Incndio 2.3.1 - Equipamento de Proteo Individual (EPI)So todos os dispositivos de uso pessoal e de porte obrigatrio durante as operaes de bombeiro-militar, destinados a preservar a incolumidade do militar, bem como facilitar suas aes de combate. O EPI deve essencialmente proteger: A cabea; Os olhos; Tronco e membros inferiores e superiores; O sistema respiratrio Dessa forma para que o bombeiro esteja protegido, para combater o incndio, deve estar equipado com os seguintes equipamentos:

Capacete de proteo com viseira Capacete com desenho especfico para situaes de combate incndios e atividades de resgate. Possui casco especial de altssima resistncia a impactos, confeccionado em fibras sintticas especiais. Possui forrao interna especial confeccionada em Styropox (resina epxi expandida) de alta capacidade de absoro de impactos. Possui sistema de carneira que distribui o peso do capacete por toda a cabea do usurio, visor de policarbonato de alta resistncia a impactos, e sistema de proteo para a nuca confeccionado em NOMEX (tecido anti-chama). A carneira ajustvel, atravs de sistema de catraca. (fig. 2.28)

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Fig. 2.28 Os capacetes de bombeiro so projetados para atender aos seguintes requisitos de segurana: Proteo total da cabea Isolamento eltrico Resistncia aos impactos Resistncia penetraes Resistncia chama e ao calor Baixo peso Boa visibilidade Proteo dos olhos Estabilidade trmica Baixa absoro de gua Reflexibilidade Roupas de Proteo Conjunto de cala e jaqueta confeccionada em tecido anti-chama NOMEX, com forrao interna de mantas trmicas que oferecem proteo contra fogo. As costuras so duplas e feitas com linhas especiais. Possui desenho que permite o fcil deslocamento do usurio. As mangas cobrem todo o comprimento do brao do usurio. As calas possuem reforos nos joelhos. A jaqueta possui reforos nos cotovelos e bolsos tipo fole de grandes dimenses, que suportam grande quantidade de peso. A gola da jaqueta do tipo olmpica de proteo total ao pescoo. (fig. 2.29)

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Fig. 2.29 Este conjunto tambm chamado de roupa de aproximao oferece proteo contra o calor, possuem um grau de resistncia s chamas, evitando assim a passagem de lquidos e/ou vapores para a parte interna alm de no permitir a absoro de lquidos. As roupas de proteo dividem-se basicamente em trs partes: Externa - Feita com materiais resistentes e fitas reflexivas. Barreira de Vapor - Isolante entre duas camadas (externa e interna) serve para evitar a passagem de lquidos ou vapores da parte externa para a parte interna. Interna - o forro, geralmente, feito de algodo ou l para no irritar a pele.

Luvas de combate incndio Luva confeccionada em lona especial com revestimento trmico impermevel. Possui desenho que facilita a colocao a retirada da luva. A palma da mo apresenta camada de kevlar tranado para oferecer proteo superior ao calor e abraso. Especialmente desenvolvida para atuar em situaes de combate incndio.(fig. 2.30)

As luvas de combate a incndio atendem os seguintes requisitos: Resistncia mecnica No impedir a destreza No inibir o tato Proteo trmica Capacidade para atuar sob severa exposio de gua

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Fig.2.30 Luvas de procedimento Luva confeccionada em ltex natural, de pequena espessura (tipo cirrgica) com talco. Possui desenho de cinco dedos. Material leve e flexvel, formando uma luva confortvel, que garante excelente tactibilidade. Oferece relativa resistncia qumica contra vrios tipos de compostos inorgnicos e inorgnicos que apresentam gua como solvente. Deve ser empregada internamente por sobre outras luvas como segurana extra para as mos dos usurios. Este tipo de luva sobre tudo deve garantir a proteo biolgica do bombeiro. (fig. 2.31)

Fig. 2.31

Luvas com isolamento eltrico Luva confeccionada em ltex especial isolante. Possui desenho de cinco dedos. Material leve e flexvel, formando uma luva confortvel, que garante boa tactilidade. Oferece poder de isolamento eltrico em linhas e equipamentos energizados com at 20.000 Volts. (fig. 2.32)

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Fig. 2.32

Deve ser empregada quando for necessrio o contato com equipamentos e cabos eltricos energizados. Tem a caracterstica essencial de ser isolante eltrico.

Botas Confeccionada em liga de borracha natural e neoprene, vulcanizada em processo especial que oferece grande resistncia a abraso e calor. Possui reforo no calcanhar, reforo para proteo da tbia, forrao interna em NOMEX , alm de biqueira e palmilha de ao. (fig. 2.33)

Fig. 2.33

Especialmente desenvolvida para dar proteo aos ps e pernas do usurio em situao de combate incndios. Estas botas atendem aos seguintes requisitos de segurana: Proteo contra impactos Proteo contra perfuraes Confortvel revestimento interno Cano flexvel Solado anti-derrapante Resistncia a gua e solventes Isolante eltrico

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Equipamentos de proteo respiratria (EPR) O equipamento de proteo respiratria (EPR) de suma importncia na atividade de extino de incndio, tendo em vista que na maioria das ocorrncias, o bombeiro ir se deparar com um ambiente nocivo, com alto acumulo de gases e fumaa e baixa concentrao de oxignio, que j fora consumido como comburente na reao de combusto. O EPR Visa suprir o operador de ar atravs de uma liberao gradual e direta, independendo assim da situao atmosfrica existente no ambiente. O ar armazenado em cilindros conduzido ao operador, atravs de um circuito intercalado com dispositivos reguladores e marcadores. So utilizados em ambientes onde a taxa de oxignio ou a presena de agentes agressivos tornem essa atmosfera imprpria para o ser humano. Existem no mercado vrios fabricantes, sendo que em um mesmo fabricante podemos encontrar mais de um modelo, porm o princpio de funcionamento deles so basicamente iguais. Essencialmente no CBMERJ o EPR utilizado a mascara de respirao autnoma que constitudo pela pea facial, cilindro de alta presso, suporte dorsal, manmetros, regulador de presso e alerta sonoro. (fig. 2.34)

1 pea facial 2 vlvula de expitrao 3 fiel da mascara 4 coneco da vlvula reguladora de presso 5 tirantes da mascara 6 vlvula reguladora de presso 7 mangueira de mdia presso 8 mangueira de alta presso 9 manmetro e alarme sonoro 10 tirantes do cilidro 11 suporte dorsal 12 vlvula redutora de presso 13 registro 14 cilindro de alta presso Fig. 2.34

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2.3.2 -Aparelhos ExtintoresAparelhos extintores so aparelhos que contm um agente extintor que pode ser projetado e dirigido sobre um incndio pela ao de uma presso interna, presso essa que pode ser fornecida por compresso previa (sistema pressurizado) ou pelo auxilio de um gs auxiliar, chamado de gs propelente (sistema pressurizar, entrando em desuso). Esses equipamentos so fundamentais para o estgio inicial das aes de combate a incndio. A potencialidade dos extintores alcanada quando so utilizados com tcnica adequada para os objetivos propostos. So transportados em todas as viaturas operacionais, sendo encontrados tambm nas edificaes e estabelecimentos que estejam, de acordo com as normas contidas no Cdigo de Segurana Contra Incndio e Pnico - COSCIP. O xito no emprego dos aparelhos extintores de incndio depende dos seguintes fatores basicamente: Aplicao correta do agente extintor para o tipo de combustvel (slido ou lquido) e sua composio qumica. Manuteno peridica adequada e eficiente. O bombeiro-militar dever possuir conhecimentos especficos de maneabilidade do equipamento e tcnicas de combate a incndio. Normalmente, estes aparelhos extintores so chamados pelo nome do agente que contm, e apresentam caractersticas para cada tipo, apesar de possurem detalhes de acordo com cada fabricante. Os aparelhos extintores possuem varias classificaes, mas para esse curso, sero abordados somente os aparelhos extintores portteis Identificao dos aparelhos extintores portteis A identificao dos extintores portteis feita pelo rotulo de identificao que esta colado no corpo do extintores portteis, e traz o tipo de agente extintor, a capacidade, o(s) tipo(s) de classe(s) para qual o extintor porttil indicado e fabricante (fig. 2.35)

Fig. 2.35

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Sistema de segurana Todo extintor possui dois sistemas de segurana, o lacre, que tem a finalidade de demonstrar que o extintor ainda no foi utilizado, e o pino de segurana, que trava o gatilho do extintor, impossibilitando que o extintor no seja utilizado acidentalmente. (fig. 2.36)

Fig. 2.36

Aparelho Extintor porttil de gua pressurizado Com capacidade varivel dependendo do fabricante, sendo o mais comum o de 10 litros, alcance mdio do jato de 10 m, utilizao em incndios classe A, tempo de descarga aproximada de 60 segundos e cilindro de baixa presso. Tem como principio de funcionamento a presso interna sendo maior que externa, sendo assim ao se acionar o gatilho a gua expelida. (fig. 2.37)

1. 2. 3. 4. 5.

Mangueira Esguicho Ala para transporte cilindro gatilho

Fig. 2.37

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Extintor de Incndio Porttil de Espuma mecnica Com capacidade varivel dependendo do fabricante, sendo o mais comum o de 9 litros de mistura gua e LGE(liquido gerador de espuma), alcance mdio do jato de 5 m, utilizao em incndios classe A e B, tempo de descarga aproximada de 60 segundos e cilindro de baixa presso. O seu funcionamento devido a mistura de gua e LGE j pressurizado, que ao ser expelido pelo acionamento do gatilho, passa pelo esguicho aerador, onde ocorrem um turbilhonamento, formando assim a espuma. (fig. 2.39)

1. 2. 3. 4. 5. 6. 7.

Mangueira Esguicho areador Ala para transporte cilindro Tubo sifo gatilho manometro

Fig. 2.39

Extintor de Incndio Porttil de p qumico seco (PQS) Com capacidade varivel dependendo do fabricante, sendo o mais comum o de 8 quilogramas, alcance mdio do jato de 5 m, utilizao em incndios classe B e C, e tambm de classe D quando utilizado p qumico especial. O tempo de descarga aproximada de 20 segundos e cilindro de baixa presso. O seu funcionamento devido ao p que est sob presso, que quando acionado o gatilho expelido. (fig. 2.40)

1. 2. 3. 4. 5. 6. 7.

Mangueira Esguicho Ala para transporte cilindro Tubo sifo gatilho manometro

Fig. 2.40

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Extintor de Incndio Porttil de gs carbnico (CO2) Com capacidade varivel dependendo do fabricante, sendo o mais comum o de 8 quilogramas, alcance mdio do jato de 2,5 m, utilizao em incndios classe B e C. O tempo de descarga aproximada de 30 segundos e cilindro de alta presso. O seu funcionamento devido ao gs que est armazenado sob alta presso, que liberado quando acionado o gatilho. (fig. 2.41)

1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8.

Mangueira Gatilho Ala para transporte Pino de Segurana Tubo Sifo Recipiente Punho Difusor

Fig. 2.41

2.3.3 -Bombas de incndioSo mquinas hidrulicas destinadas a aspirar e calcar gua com a presso necessria ao servio de extino de incndios. So empregadas, tambm, para esgotar a gua de locais inundados, a fim de facilitar os trabalhos de proteo e salvamento. Classificao das bombas de incndios As bombas so classificadas da seguinte forma:

Quanto ao funcionamentoBombas de Pisto - o princpio de funcionamento das bombas costais utilizadas em incndios florestais. Bombas Centrfugas - So as mais utilizadas na Corporao e nas instalaes fixas das diversas edificaes (residenciais, comerciais, industriais, etc). Bombas de Engrenagens - Tambm chamadas de rotativas de engrenagens so utilizadas nos dispositivos de escorvas.

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Quanto Fonte de Energia que as MovimentaManual a fonte de energia e a prpria fora fsica do elemento que a opera, como exemplo a bomba costal. Motor a Exploso movido pela fora motriz gerada por um motor a exploso, tendo como exemplo os auto-bombas. Eltrica aquelas que necessitam ser plugadas a rede eltricas para entrar em funcionamento.

Quanto ao TransportePorttil quando pode ser transportada pelos seus operadores Automvel (Auto-Bomba) quando faz parte integrante de uma viatura auto motor Reboque quando est atrelada sobre um reboque, possibilitando ser rebocada aos ser atrelada a uma viatura auto motora. Martima quando transportada em embarcaes.

Quanto PotnciaBomba de pequena potncia - At 900 litros / minuto. Bomba de mdia potncia - De 901 a 2.235 litros / minuto. Bomba de grande potncia - Acima de 2.235 litros / minuto.

No CBMERJ utilizado, basicamente, trs tipos de bombas de incndio, as auto-bombas no combate propriamente dito e as bombas reboques e portteis no abastecimento, captando gua de algum manancial prximo, ou ainda auxiliando no combate ao incndio. As auto-bombas veremos mais a frente, j as bombas de incndios portteis e reboques utilizadas em operaes de combate a incndio so as seguintes: Bomba Reboque ZUPAN A bomba reboque zupan (fig. 2.42) apresenta as caractersticas a seguir: Quanto ao funcionamento bomba centrifuga Quanto a fonte de energia bomba movida a motor a exploso de 4 tempos Quanto ao transporte reboque Quanto a potencia pequena potencia, possuindo duas bocas expulsoras e uma admissora

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Fig. 2.42 ?? Bomba Reboque Rosenbauer A bomba reboque rosenbauer (fig. 2.43) apresenta as caractersticas a seguir: Quanto ao funcionamento bomba centrifuga Quanto a fonte de energia bomba movida a motor a exploso de 4 tempos Quanto ao transporte reboque Quanto a potencia pequena potencia, possuindo duas bocas expulsoras e uma admissora

Fig. 2.43 Bomba porttil A bomba porttil (fig. 2.44) apresenta as caractersticas a seguir: Quanto ao funcionamento bomba centrifuga Quanto a fonte de energia bomba movida a motor a exploso de 4 tempos Quanto ao transporte porttil Quanto a potencia pequena potencia, possuindo uma bocas expulsoras e uma admissora

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Fig. 2.44

2.3.4 -Material de AbastecimentoSo todos os equipamentos de combate a incndio, empregados na conexo entre o ponto da captao e a unidade propulsora de gua, e so eles: Aparelho de Registro Tubo metlico em forma de "T", tendo na parte interna da base uma rosca fmea de 2 1/2" de dimetro e na parte superior duas sadas de 2 1/2", dotadas de vlvulas e de rosca macho. Empregado na conexo com hidrante subterrneo, transformando-o provisoriamente em hidrante de coluna; provido de duas sadas para alimentao da unidade propulsora ou estabelecimento de uma linha direta Quando o hidrante estiver muito profundo, utiliza-se o suplemento para aparelho de registro. (fig.2.45)

Aparelho de Registro Fig. 2.45 Chave de Registro So todas as chaves utilizadas para a abertura e fechamento dos registros dos hidrantes e das canalizaes. Existem vrios modelos em uso no CBMERJ, variando,CENTRO DE FORMAO E APERFEIOAMENTO DE PRAAS

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apenas quanto ao comprimento e outros pequenos detalhes, tendo, porm, as caractersticas gerais semelhantes. uma pea metlica em forma de "T", tendo na extremidade da haste central uma seo com formato e caractersticas variveis. Destinada a efetuar as manobras dos hidrantes e parados, atravs da conexo com pistes dos registros. Existem, normalmente, dois tipos: Saia - Possui na extremidade inferior uma seo para encaixe no pisto do registro. (fig. 2.46)

Fig. 2.46

Disco - Possui na extremidade inferior um conjunto circular mvel com diversos encaixes. (fig. 2.47)

Fig. 1.47

Luva Para Chave de Registro Pea metlica com uma seo quadrada na base e corpo tronco cnico ou de seo quadrada reduzida. conectada aos pistes dos hidrantes, para funcionar como reduo e possibilitar a conexo com a chave de registro. (fig. 2.48)

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Fig. 2.48

Mangote Tubo flexvel de lona e borracha com estrutura interna armada em espiral de ao, tendo nas extremidades juntas metlicas de unio denominadas munhes. Efetua a ligao entre o ponto de captao e a unidade propulsora. Dimetro: 2 1/2", 4" e 6". Comprimento: 3m a 5m. (fig. 2.49)

Fig. 2.49 Chave de Mangote Pea metlica dotada de cavado (curvatura) e um prolongamento retilneo, possuindo um orifcio circular na extremidade do cavado. Ultilizada nas operaes de conexo e desconexo dos mangotes. Dimetros: 2 1/2", 4", 4 1/2", 5" e 6". (fig. 2.50)

Chave de Mangote Fig. 2.50

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Chave de Coluna Pea metlica com prolongamento retilneo e dotada de cavado (curvatura) em ambos os lados, sendo de um lado do cavado o dimetro de 2 1/2"e do outro 4", e nas extremidades do cavado existe um ressalto. Utilizado nas operaes de conexo e desconexo do tampo do hidrante de coluna. (fig. 2.51)

Fig. 2.51

?? Unio Duplo Macho Pea metlica de formato cilndrico, possuindo munhes no corpo e rosca externa nas extremidades, podendo tambm no ter munhes. Utilizada para conexo entre dois dutos do mesmo dimetro e de rosca interna (fmea). Dimetro: 2 1/2". (fig. 2.52)

Fig. 2.52 Unio Duplo Fmea Pea metlica de forma cilndrica dotada de dois anis mveis que possuem munhes e rosca interna, podendo tambm no ter munhes. Utilizado para efetuar a conexo entre dois dutos de dimetros iguais e rosca externa (macho). Dimetro: 2 1/2". (fig. 2.53)

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Fig. 2.53 Ralo para Mangote com vlvula dereteno Pea metlica de tela ou crivo adaptvel ao mangote. Utilizada para proteger o corpo da bomba durante a aspirao de gua contra a entrada no sistema de granulados e detritos. A vlvula, que fica no interior do ralo, utilizada, para fazer a reteno da coluna d'gua no interior do mangote. (fig. 2.54)

Fig. 2.54 Tampo (Rosca) Pea metlica de forma cilndrica dotada de rosca interna, podendo possuir munhes ou encaixe para chave. Empregado na vedao de um duto de mesmo dimetro, sendo usado em hidrantes e bocas de admisso de viaturas. Dimetro: 1 1/2", 2 1/2", 4". (fig. 2.55)

Fig. 2.55

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Reduo para Mangote Pea metlica tronco-cnica dotada de rosca nas extremidades. Empregado na conexo, entre dois mangotes de dimetros diferentes, ou na boca de admisso do corpo de bomba das viaturas. (fig.2.56)

Fig. 2.56

Hidrante Apesar dos hidrantes no fazerem parte dos Materiais de Abastecimento, citaremos os mesmos, pois, so peas (equipamentos) pertencentes Canalizao d'gua, extremamente importantes para o servio de abastecimento como mananciais d'gua. Existem dois tipos de hidrantes a servio do abastecimento: hidrante de coluna e hidrante subterrneo. Hidrante de Coluna - Constitudo de uma coluna de ferro fundido com sadas de 2 1/2"e 4", fixada acima do nvel do passeio, possuindo lateralmente um registro para manobras de abertura e fechamento. (fig. 2.57)

Fig. 2.57 Subterrneo - Possui uma sada de 2 1/2" e todo o seu conjunto fica abaixo do nvel do passeio. (fig. 2.58)

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Subterrneo

Fig. 2.58

2.3.5 -Materiais de EstabelecimentoSo todos os equipamentos de combate a incndio utilizados entre a unidade propulsora e o terminal da linha de mangueiras, sendo eles: Esguichos Tubo metlico de seo circular dotado de junta storz na extremidade de entrada e sada livre, podendo possuir um sistema para comando. Utilizado como terminal da linha de mangueira, tendo a funo de regular e direcionar o jato d'gua. Os esguichos podem ser de trs tipos: Esguicho Tronco Cnico - Tubo metlico de forma tronco-cnico constitudo de um nico corpo, ou tendo, na extremidade de sada, rosca para conexo de requintes. Divide-se em trs partes: base, corpo e pice.(fig. 2.59) Utilizado quando a solicitao for jato compacto. No possui comando para variao de jato, sendo o de maior difuso na Corporao. Requinte uma pea metlica dotada de rosca fmea e de uso no pice do esguicho, tendo a funo de determinar o dimetro de sada do jato d'gua.

Fig. 2.59

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Esguicho Regulvel - Corpo metlico cilndrico de desenho varivel, em funo do fabricante, tendo, necessariamente, uma extremidade de entrada, com junta storz e comando trplice para as operaes de: fechamento, jato chuveiro e jato compacto.(fig. 2.60) Utilizado nas aes que exigem alternncia de tipos de jatos e que possam ter diversas classes de incndio envolvidas.

Fig. 2.60

Esguicho Aplicador de Neblina - Consiste em um tubo metlico longo e curvo em uma das extremidades. dotado de orifcios circulares em toda a extenso da extremidade curva, possuindo junta storz na extremidade reta. Utilizado nas aes de combate, onde se deseja que a gua lanada em finas partculas forme uma neblina, atuando dessa forma por abafamento. (fig. 2.61)

Fig. 2.61

Esguicho Gerador de Espuma Consiste num tubo metlico, tendo, externamente, uma cobertura sanfonada de lona e, na parte inferior, um pequeno tubo de borracha (tubo aspirante). Internamente, possui aletas tendo na extremidade de entrada junta storz. Produz espuma com a passagem de gua, no seu interior, com a presso mnima de 5Kg/cm2. Esta passagem provoca, fisicamente, o arrasto do agente espumgeno, contido em gales, atravs do tubo de borracha. A mistura, gua e LGE, ao sofrer ao mecnica do choque com as aletas, provoca uma turbulncia, que se transforma em espuma mecnica. H, no cbmerj, outro tipo de esguicho proporcionador de espuma, onde se verifica o conjunto em dois mdulos: Proporcionador de espuma: com captao de gua e do agente espumgeno e sada para outra linha de mangueira. (fig. 2.62)CENTRO DE FORMAO E APERFEIOAMENTO DE PRAAS

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Fig. 2.62

Aplicador de espuma: esguicho, dotado de ala que funciona na outra extremidade de linha de sada do proporcinador. (fig. 2.63)

Fig. 2.63

Esguicho Monitor ou Canho Semelhante ao esguicho tronco-cnico, tendo propores bem maiores, dotado de ps e garras para fixao, possuindo um sistema para movimentos rotativos e direcionamento do jato. (fig. 2.64) Utilizado fixo ao solo, ou em viaturas para lanamento do jato compacto a grandes distncias.

Mangueira Tubos enrolveis de nylon revestidos, internamente, de borracha, possuindo nas extremidades juntas do tipo storz. (fig. 2.65) Utilizado como duto para fluxo de gua entre a unidade propulsora e o esguicho. Tem dimetro de 1 1/2" e 2 1/2" e Comprimento de 15m e 30m.

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Fig. 2.65 Chave de Mangueira Haste de ferro que possui, em sua extremidade, uma seo cavada com ressalto interno. (fig. 2.66) Empregada na conexo de mangueiras dotadas d junta storz do Tipo: 1 1/2"e 2 e 1/2".

Fig. 2.66 Divisor Aparelho metlico dotado de uma boca de admisso de 2 1/2" e trs ou duas bocas de expulso de 1 1/2", providas de registro, tendo todas junta storz. (fig. 2.67) Empregado na diviso do ramal de admisso (ligao) em trs ou dois ramais de expulso (linhas) para maior maneabilidade operacional.

Fig. 2.67

Aparelho de Prender Mangueira Pea constituda de um tarugo de madeira torneado de 20cm, ao qual est fixada no centro uma ala de corda de nylon de 8mm de dimetro e 50cm de extenso. (fig. 2.68)CENTRO DE FORMAO E APERFEIOAMENTO DE PRAAS

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Utilizado para prender mangueiras de nylon junto a pontos de ancoragem, de modo a aliviar o peso da coluna d'gua e propiciar maior maneabilidade dos operadores em aes de combate.

Fig. 2.68

Mangotinho Tubo de borracha rgida de 1" de dimetro, bobinado em carretis fixados em viaturas de extino e dotado de um esguicho tipo "pistola" de jato compacto ou esguicho regulvel. (fig. 2.69) Utilizado nos servios em que desejvel um baixo consumo d'gua com um pronto emprego.

Fig. 2.69

Tampo (Storz) Pea metlica de forma cilndrica, dotada de junta storz. (fig. 2.70) Utilizada na vedao da boca de expulso, provida de junta storz existente nas viaturas. Tem dimetro de 1 1/2"e 2 1/2".

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Fig. 2.70

Protetor de Mangueira Pea de metal ou madeira com seo triangular ou trapezoidal. (fig. 2.71) Utilizado para embutir a mangueira em carga nas vias com trfego de veculos, impedindo-a de receber o impacto das rodas e a conseqente interrupo do fluxo d'gua.

Fig. 2.71 1.3.6 - MATERIAIS ESPECFICOS DE COMBATE A INCNDIOS EM VEGETAO O Incndio em vegetao, que tem como evento no centro de operaes do CBMERJ o nome tcnico de fogo em vegetao, um evento que difere dos incndios florestais (matria abordada em curso especifico) por ser um evento predominantemente urbano (regies de matas densas no entorna das cidades) e para sua extino a guarnio da viatura de combate incndio o suficiente. No combate a esse tipo de evento so usados basicamente os materiais abaixo listados: Enxada Serve para fazer escavaes e corte de pequenas razes. (fig. 2.72)

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Fig. 2.72 P Serve para remoo, arremesso de terra, apoio a escavao, corte de pequenas vegetaes e abafamento. (fig. 2.73)

Fig. 2.73 Foice Serve para cortar e roar mato e pequenos ramos. (fig. 2.74)

Fig. 2.74 Machado Serve para corte e desbastar elementos de madeira. (fig. 2.75)

Fig. 2.75 Abafadores

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Elemento que permite a extino de pequenas chamas por abafamento. existem alguns tipos de abafadores como se segue: Batedor de galhos verdes - Muito usado, pois a sua confeco fcil e pode ser feita no prprio local do incndio.

Batedor de mangueira O mais comumente usado para esse combate, devido obter bons resultados e ser de baixo custo. A sua construo feita dentro das prprias unidades, usando mangueiras inservveis atreladas a ponta de cabo de madeira. (fig. 2.77)

Fig. 2.77 Batedor de Borracha - confeccionado de borracha com lonas internas (para dar mais resistncia). Gadanho Utilizado para remoo de detritos depositados no solo (folhas, ramos, etc).

2.3.9 -Materiais de rescaldoO rescaldo a fase do servio de combate a incndio em que se localizam os focos de incndio por sob os escombros, afim de extingui-los, para que o incndio no retorne depois do trabalho terminado. O rescaldo realizado com o auxilio das seguintes ferramentas: Croque Tem a finalidade de remover forros em brasa. (fig. 2.79)

Fig. 2.79

AlavancaCENTRO DE FORMAO E APERFEIOAMENTO DE PRAAS

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Para abrir parede e pisos. (fig. 2.80)

Fig. 2.80

P Tem a finalidade retirar e revirar os escombros. (fig. 2.81)

Fig. 2.81

Gadanho Tem a finalidade de arrastar e revirar os escombros.

Enxada Tem a finalidade de arrastar e revirar os escombros (fig. 2.83)

Fig. 2.83

2.3.10 - Escadas Manuais

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Nas operaes de combate a incndio, pode ocorrer a necessidade do bombeiro atingir cotas mais elevadas para melhor combater o fogo. Sendo assim, nas viaturas de combate a incndio, transportado uma escada prolongvel que tem as caractersticas que seguem abaixo:

Escada prolongvel Escada em alumnio, constituda por dois lanos. Cada lano basicamente uma escada simples constituda por dois banzos e tantos degraus. (fig. 2.84) O lano inferior (base) possui guias por onde desliza o lano superior, que por sua vez possui travas na sua extremidade inferior, que travam nos degraus do lano inferior, dando segurana quando a escada prolongada.

Fig. 2.84

2.3.11 -Sistema preventivo fixoSo equipamentos instalados em alguns tipos de edificaes por fora do Decreto n 897 de 21/09/76 (Cdigo de Segurana Contra Incndio e Pnico COSCIP), que estabelece normas de segurana contra incndio e pnico, levando em considerao a proteo das pessoas e dos seus bens. Esses equipamentos esto, basicamente, descritos abaixo:

Reserva Tcnica de Incndio (RTI) Quantidade de gua existente no reservatrio da edificao, destinada exclusivamente extino de incndio, sendo assegurada atravs da diferena de nvel entre a sada da canalizao de incndio e da rede de distribuio geral. A quantidade mnima de gua da RTI de 6.000 (seis mil) litros. (fig. 2.85)

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Fig. 2.85 Tubulao de Incndio Existem dois tipos de tubulao de incndio, a canalizao preventiva e a rede preventiva. So dutos destinados a conduo da gua exclusivamente para o combate a incndios, podendo ser confeccionados em ferro-fundido, ferro galvanizado ou ao carbono e dimetro mnimo de 63mm (2 1/2") para a canalizao e 75mm (3") para a rede. Tal duto sair do fundo do reservatrio superior (excepcionalmente sair da parte inferior do reservatrio). A tubulao de incndio atravessa verticalmente todos os pavimentos da edificao, com ramificaes para todas as caixas de incndio e termina no registro de passeio (hidrante de recalque). (fig. 2.86)

Fig. 2.86

Casa de Mquina de Incndio (CMI) um compartimento destinado especialmente ao abrigo de bombas de incndio (eletrobomba e/ou motobomba) e demais apetrechos complementares ao seu funcionamento, no se admitindo o uso para circulao ou qualquer outro fim. O seu

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acesso ser atravs da porta corta-fogo e seu objetivo pressurizar o sistema. (fig. 2.87)

Fig. 2.87 ?? Bombas de Incndio So responsveis pela pressurizao do sistema preventivo contra incndio (canalizao ou rede), sendo o seu acionamento automtico a partir da abertura do registro de qualquer hidrante da edificao. As potncias das bombas sero definidas com a observncia dos parmetros tcnicos de presso e vazo requeridos para o sistema, de acordo com a classificao da edificao quanto ao risco, sendo isto mencionado no Laudo de Exigncias emitido pelo CBMERJ. (fig. 2.88)

Fig. 2.88

Caixa de Incndio Ter a forma paralelepipedal com as dimenses mnimas de 70 cm de altura, 50cm de largura e 25cm de profundidade, porta de vidro com a inscrio "INCNDIO" em letras vermelhas e possuir no seu interior um registro de 63mm (2 1/2") de dimetro e reduo para junta "Storz" com 38mm (1 1/2") de dimetro na qual ficar estabelecida as linhas de mangueira e o esguicho (canalizao preventiva); e hidrantes duplos e sadas com adaptao para junta "Storz", podendo esta ser de 38mm (1 1/2")CENTRO DE FORMAO E APERFEIOAMENTO DE PRAAS

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ou 63mm (2 1/2") de dimetro, de acordo com o risco da edificao. Sero pintadas na cor vermelha, de forma a serem facilmente identificveis e podero ficar no interior do abrigo de mangueiras ou externamente ao lado destes (rede preventiva). (fig. 2.89)

Fig. 2.89 Hidrante de Recalque O registro de passeio (hidrante de recalque) possuir dimetro de 63mm (2 1/2"), dotado de rosca macho e adaptador para junta "Storz" de mesmo dimetro e tampo. Ficar acondicionado no interior de uma caixa com tampo metlico com a inscrio "INCNDIO". (fig. 2.90) Tal dispositivo dever ficar localizado junto via de acesso de viaturas, sobre o passeio e afastado dos prdios, de forma a permitir uma fcil operao. Seu objetivo principal abastecer e pressurizar a tubulao de incndio, atravs das viaturas do Corpo de Bombeiros.

Fig. 2.90

Rede de Chuveiros Automticos do tipo "Sprinkler" O sistema de proteo contra incndio por chuveiros automticos do tipo "Sprinkler" constitudo de tubulaes fixas, onde so dispostos chuveiros

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regularmente distribudos sobre a rea a proteger e permanentemente ligado a um sistema de alimentao de gua (reservatrio) e pressurizado, de forma a possibilitar, em caso de ocorrncia de incndio, a aplicao de gua diretamente sobre o local sinistrado. Isto ocorre quando o selo sensor de temperatura (ampola) rompe-se, aproximadamente a uma temperatura de 68 0C (existem ampolas prprias para outras temperaturas). Cada chuveiro (bico) tem o seu funcionamento independente, podendo ser acionado um ou quantos forem necessrios para sanar o problema (incndio) em uma determinada rea. (fig. 2.91)

Fig. 2.91 Sistema de Proteo Contra Descarga Atmosfrica (Pra-Raios) Dispositivo responsvel pela descarga de energia eltrica, proveniente de raios, para o solo. Este dispositivo instalado no alto da edificao a proteger, e constitudo de: captor, haste, cabo de descarga e barras de aterramento. (fig. 2.92)

Escada Enclausurada a Prova de Fumaa As escadas enclausuradas so construdas em alvenaria e devem ser resistentes ao fogo por quatro horas, servindo a todos os andares. Devem possuir lances retos e patamares, alm de corrimo. Entre a caixa da escada e o corredor de circulao deve existir uma antecmara para a exausto dos gases, evitando assim que a fumaa chegue escada propriamente dita. Existe uma porta cortafogo ligando a circulao antecmara e outra ligando esta escada. (fig. 2.93)

2.4 - Viaturas de Combate Incndio 2.4.1 - Autobomba Tanque

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a viatura de combate a incndio mais utilizada na corporao, empregada diretamente no combate em funo de transportar uma grande quantidade de gua e possuir uma poderosa bomba de incndio. (fig. 2.94)

Fig. 2.94

Caractersticas Cabine dupla Bomba de incndio acionada pelo motor de trao Compartimentos para acondicionar os equipamentos operacionais Reservatrio de 5000 litros

Guarnio A guarnio completa do ABT composta por pelos elementos abaixo listados: Condutor/operador (01) elemento responsvel por conduzir a viatura at o local de socorro e operar o corpo de bomba no combate ao incndio. No caso do ABT dever ser, obrigatoriamente, do quadro de condutor e operadores de viaturas (QBMP/02). Chefe da guarnio (01) elemento responsvel pela guarnio, o qual dever conhecer de forma tcnica todos os elementos da guarnio, empregando-os da melhor maneira para atender a ttica empregada pelo comandante de operaes e ainda providenciar para que todas as anotaes relevantes sejam anotadas e entregues ao comandante de operaes, para que posteriormente seja feito um relatrio sobre a ocorrncia (quesito). Essa funo realizada por Sargentos QBMP/00, e deve ser o mais antigo da guarnio (exceto o condutor e o encarregado de hidrante). Auxiliar da guarnio (01) elemento responsvel por auxiliar o chefe da guarnio no que for necessrio. Essa funo realizada por Sargentos QBMP/00. Chefe de linha (03) elemento responsvel pela linha de mangueira, atua diretamente no combate a incndio, sob as determinaes do comandante da guarnio e as ordens

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e ttica do comandante de operaes. Essa funo realizada por cabos ou soldados da QBMP/00. Ajudante de linha (03) elemento responsvel por ajudar o chefe de linha na operao de combate a incndio no que for necessrio. Essa funo realizada por soldados da QBMP/00. Encarregado de hidrante (01) elemento responsvel por providenciar junto ao local de socorro ou nos arredores deste, mananciais de gua para prover o combate a incndio se for necessrio. Essa funo realizada por qualquer militar da QBMP/09. O encarregado de hidrante s integrar o ABT se na unidade no houver AR. Observao - Por necessidade de servio, est autorizado pela Nota EMG/CH 256/2003, que o ABT tenha uma guarnio composta com o mnimo de: 01 condutor/operador; 01 chefe da guarnio; 01 auxiliar de guarnio; 02 chefes de linha; 02 ajudante de linha; 01 encarregado de hidrante isto quando a unidade s possuir uma viatura de combate a incndio. Quando essa no for a nica viatura empregada para o combate de incndio a guarnio ter no mnimo: 01 condutor/operador; 01 chefe da guarnio; 01 chefe de linha; 01 ajudante de linha; 01 encarregado de hidrante.

2.4.2 - Autobomba para InflamvelViatura de grande porte que possui um reservatrio de lquido gerador de espuma, utilizada, principalmente, para combater incndios em inflamveis. (fig. 2.95)

Fig. 2.95

Caractersticas - Cabine dupla - Bomba de incndio acionada pelo motor de trao - Compartimentos para acondicionar os equipamentos operacionais - Reservatrio de 3000 litros - Reservatrio de liquido gerador de espuma

Guarnio

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A guarnio completa do ABI igual guarnio completa do ABT, j mencionada.

Observao - Por necessidade de servio, est autorizado pela Nota EMG/CH 256/2003, que o ABI tenha uma guarnio composta com o mnimo de: 01 condutor/operador; 01 chefe da guarnio; 01 auxiliar de guarnio; 02 chefes de linha; 02 ajudante de linha; 01 encarregado de hidrante.

2.4.3 - Autotanque uma viatura que possui um tanque de grande capacidade, e tem como emprego, principal, o abastecimento dos servios de combate a incndio, mas tambm pode ser utilizada em combate a incndio de pequeno porte. (fig. 1.98)

Caractersticas - Cabine simples - Bomba de incndio independente - No possui compartimentos adequados para acondicionar os equipamentos operacionais - Reservatrio de 7000 litros - 01 boca expulsora Guarnio A guarnio completa do AT similar a guarnio completa do ABT, a diferena esta em s ter 01 chefe e 01 ajudante de linha, tendo em vista, que a bomba de incndio porttil que vai acoplada s possui uma boca expulsora e a sua vazo s suficiente para alimentar uma linha direta.

Observao Por necessidade de servio, est autorizado pela Nota EMG/CH 256/2003, que o AT tenha uma guarnio composta com o mnimo de: 01 condutor/operador; 01 chefe da guarnio; 01 chefe de linha; 01 ajudante de linha, desde que no seja a nica viatura de combate a incndio na unidade.

2.4.4 - Autotanque RebocvelTanque com capacidade superior a 30.000 litros de gua. utilizado no apoio de grandes operaes, como mdios e grandes incndios, onde o consumo de gua poder ser muito grande. (fig. 2.97)

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(fig. 2.97)

Caractersticas - CR de Cabine simples - Bomba de incndio independente (uma bomba porttil) - No possui compartimentos para acondicionar os equipamentos operacionais - Reservatrio superior a 30.000 litros - Bomba porttil com uma boca expulsora Guarnio A guarnio completa do ATR composta por apenas um motorista.

2.4.5 - Auto-rpidoViatura de pequeno porte, responsvel por transportar os materiais de abastecimento. No local de incndio fica a cargo do encarregado de hidrante, a fim de proceder a busca por pontos de abastecimentos de gua na localidade, conforme determinaes do comandante de socorro. (fig. 2.98)

Caractersticas - Cabine dupla - Os equipamentos operacionais so acondicionados na caamba

Guarnio

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A guarnio completa do AR composta por um motorista ou precrio e um encarregado de hidrante. O Comandante de Operaes tambm transportado pelo AR Observao: quando a unidade operacional no possuir AR os materiais de abastecimento so acondicionados no AUTOBOMBA desta unidade, a qual tambm transportar o encarregado de hidrante.

2.4.6 - Autoplataforma MecnicaViatura de suma importncia em combates a incndios em edificaes de cotas elevadas, levando a guarnio a ter uma posio privilegiada para o combate a incndio. (fig. 2.99)

Fig. 2.99 Caractersticas - Cabine simples - Possui bomba de combate a incndio e canalizao prpria at a cesta - No possui reservatrio de gua

Guarnio Composta por um motorista e um operador, podendo o operador acumular a funo de motorista

2.4.7 - Auto-escada MecnicaViatura de suma importncia em combates a incndios em edificaes de cotas elevadas, levando a guarnio a ter uma posio privilegiada para o combate a incndio

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Caractersticas - Cabine simples - No possui bomba de combate a incndio, sendo necessrio a utilizao de uma viatura de autobomba para realizar o combate servindo aquela der suporte.

Guarnio Composta por um motorista e um operador, podendo o operador acumular a funo de motorista

2.4.8 - Auto-servio Ttico de AbastecimentoViatura destinada ao servio ttico de abastecimento em incndios. Essa viatura suma importncia nos mdios e grandes incndios. (fig. 2.101)

Fig. 2.101 caractersticas - viatura de cabine simples - compartimentos para os materiais operacionais guarnio composta por um motorista e dois encarregados de hidrantes treinados pelo grupamento ttico de suprimento de gua para incndio.

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2.5 - Tcnicas de combate a incndio 2.5.1 - Procedimentos com o E.P.R.Os procedimentos abaixo so referentes a mascara de respirao autnoma, que o EPR a ser utilizado pelo bombeiro em operaes de combate a incndio.

Tempo de autonomia da mscara de respirao autnoma O tempo de utilizao da mscara autnoma depende da presso (em BAR) interna do cilindro, volume do cilindro e o consumo que depende do tipo de atividade realizada e condies fisiolgicas e psicolgicas. O clculo pode ser feito da seguinte maneira: TEMPO DE UTILIZAO = VOLUME X PRESSO CONSUMO

A ativi dade de combate a incndio, para efeito de clculo, se pressupe um consumo de 50 litros de ar por minuto. Exemplo: Cilindro de ar comprimido de 7 litros de volume carregado a uma presso de 200 bar.

TEMPO DE UTILIZAO = 7 X 200 = 1400 = 28 minutos 50 50

Mtodo de equipar a mscara de respirao autnoma Para tornar a atividade de colocar o equipamento o mais rpido e eficiente possvel, utiliza-se a seguinte tcnica colocao: 1 - retirar o equipamento da viatura; 2 - abrir o registro do cilindro e verificar a presso nos dois manmetros, cilindro e trabalho; 3 - alargar os tirantes do suporte dorsal; 4 - Com a caixa do equipamento ao solo, segurar o conjunto pelas laterais do suporte dorsal, de forma que o registro do cilindro esteja voltado para cima;

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5 - Erguer o conjunto, girando-o sobre a cabea e encaixar os braos por dentro dos tirantes; 6 - Acomodar s costas o equipamento, de forma que fique confortvel; 7 - Ajustar os tirantes, puxando-os para baixo; 8 - engatar o cinto abdominal e reajustar os tirantes eliminando as pontas; 9 - passar o fiel da mscara pelo pescoo e coloc-la no rosto; 10 - ajustar os tirantes da mscara; 11 - fazer um teste de vedao, tamponando a conexo da vlvula reguladora de presso, fazendo uma forte inspirao; 12 - verificar o funcionamento da vlvula reguladora de presso abrindo e fechando o by-pass; 13 - conectar a vlvula reguladora de presso na mscara e forar uma inspirao para destravar o sistema; 14 - conferir novamente a presso marcada no manmetro.

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Manuteno A manuteno o procedimento essencial para se manter o equipamento em condies de utilizao, pela vida til operacional prevista para o equipamento. Os procedimentos de manuteno esto abaixo elencados: 1 - Depois de cada uso, inspecionar cuidadosamente o equipamento. Lavar a mscara facial com gua e sabo neutro, deixando-a secar sombra;

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2 - Limpar todo o equipamento e assegurar-se de que esteja seco antes de guard-lo na caixa; 3 - Trocar o cilindro por outro plenamente cheio. Verificar o funcionamento das vlvulas do cilindro e demanda de ar, mantendo-as fechadas. Retirar todo o ar do conjunto regulador e tubo endurecido abrindo o "by-pass"; 4 - Fechar a vlvula de passagem livre do ar, colocar o equipamento na caixa, sobre o suporte do cilindro. Dobrar o conjunto regulador e correias sobre o cilindro. Dentro da caixa, acomodar a mscara facial solta, junto ao cilindro; 5 - Armazenar o equipamento, preferivelmente, em lugar frio e seco.

2.5.2 Tcnicas de Utilizao do Extintor Porttil de IncndioO emprego dos extintores portteis de incndio est vinculado classe de incndio do material combustvel participante da combusto em questo. Sendo assim, aps saber a classe de incndio do material combustvel, deve-se proceder da seguinte forma: 1 identificar o extintor apropriado para a classe de incndio em questo, atravs do rotulo ou pelas caractersticas fsicas de cada extintor. (fig. 1.131) 2 retirar o extintor do seu suporte ou o lugar que estiver acondicionado. (fig. 1.132) 3 retirar o lacre e o pino de segurana. (fig. 1.133) 4 empunhar a mangueira com o esguicho voltado para baixo e premer o gatilho a fim de testar o perfeito funcionamento do extintor e se o agente extintor o que estava indicado pelo rtulo. (fig. 1.134) 5 aproximar-se do incndio a favor do vento (quando em reas abertas) at a distncia de utilizao do extintor. (fig. 1.135) 6 premer o gatilho liberando o agente extintor e dirigir os jatos deste para a base do incndio (exceto o extintor de espuma mecnica que dever ser projetado em uma das paredes do recipiente do lquido inflamvel) fazendo movimento horizontais a fim de abranger toda a superfcie do incndio (movimento de zig-zag). (fig. 1.136) 7 avanar na direo do incndio medida que o incndio for sendo extinto. (fig. 1.137)

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2.5.3 Tcnicas de VentilaoA ventilao visa a disperso sistemtica dos produtos da combusto, principalmente dos gases e fumaas que possam estar confinados no local de incndio. A aplicao da ventilao nos locais de incndios tem por finalidade facilitar a ao dos bombeiros em ambientes confinados, aumentando a visualizao do ambiente, facilitando assim a localizao do foco do incndio, diminuindo a temperatura do local devido remoo do calor pelos gases que so dispersos para outro local (conveco), e ainda a retirada da fumaa que poder ter produtos txicos provenientes da combusto. Basicamente existem dois tipos de ventilao, que veremos a seguir: Ventilao natural

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Consiste em retirar as obstrues que no permitam fluxo normal dos produtos da combusto como, por exemplo, abrindo janelas, portas e clarabia ou criar caminhos para que eles possam fluir para fora do ambiente confinado quebrando paredes, vidraas e telhados. Esse procedimento ir criar uma conveco no ambiente, deixando penetrar no local ar fresco ventilando o local. Para se proceder v entilao natural necessria a abertura de duas passagens, uma para a sada dos gases e fumaas e outra para a entrada do ar do ambiente externo a esse local confinado.

Ventilao forada utilizada quando no possvel realizar a ventilao natural ou utilizada para somar-se a esta. A ventilao forada realizada atravs de exaustores ou jatos de gua da forma que segue: Ventilao forada com exaustores A ventilao feita com exaustores tem o seguinte procedimento: 1 - Retirar o material da viatura e lev-lo at o local de atuao; 2 - estabelecer o material no local de atuao conectando o tubo traqueado e ligando o exaustor fonte de fora; 3 - colocar o tubo traqueado no interior do local confinado, dando preferncia abertura mais alta possvel, pois os produtos da combusto estaro acumulados no teto. Ventilao forada com jatos de gua Esse tipo de ventilao feita com um jato de gua neblinado que quando lanado atravs da abertura de uma porta ou janela pelo lado de dentro, arrasta com ela grande quantidades de produtos da combusto, mas sendo necessrio ter uma outra abertura no ambiente confinado para se obter resultados satisfatrios. Esse tipo de ventilao tem o seguinte procedimento: 1 - colocar o esguicho regulvel na posio de 60 , levando em considerao que o jato o compacto est na posio 0 e o neblinado na sua plenitude est aproximadamente na o posio de 90 ; 2 - lanar o jato neblinado por uma abertura, a uma distancia tal que o jato cubra aproximadamente 90% da abertura.o

2.5.4 Bomba-armarO Bomba armar uma forma didtica de apresentar e executar a maneabilidade das vrias tcnicas e materiais operacionais empregados na atividade de combate a incndio. O Bomba Armar mescla o emprego tcnico profissional dos equipamentos operacionais com elementos de ordem unida. Os elementos de ordem unida, neste caso, se caracterizam por uma disposio individual e consciente altamente motivada,CENTRO DE FORMAO E APERFEIOAMENTO DE PRAAS

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para obteno de determinados padres coletivos de uniformidade e sincronismo que visam a desenvolver o sentimento de coeso e os reflexos de obedincia. A ordem unida ainda propicia com que o instrutor observe e estimule os instruendos atravs de ndices de eficincia claramente evidenciados, que so: Moral pela superao das dificuldades encontradas na maneabilidade com o material Disciplina pela presteza e ateno com que obedece aos comandos Esprito de corpo pela uniformidade na prtica dos exerccios que exigem execuo coletiva. Proficincia pela manuteno da exatido na execuo. Os elementos de ordem unida utilizados so basicamente: ordem de execuo, que precede todo movimento a ser realizado, essa ordem pode ser atravs de voz de comando ou por corneta; movimentos previamente estabelecidos e regulamentados por manuais; exatido na forma de execuo de cada movimento e desenvolver a coeso e o esprito de grupo. O Bomba Armar como dito anteriormente apenas uma forma de simulao, treinamento e maneabilidade do bombeiro com o equipamento e as tcnicas previamente aprendidas, no sendo utilizado da forma apresentado em um evento real, porm, todas as tcnicas e maneabilidades sero empregadas de forma individual pelos elementos da guarnio sob as ordens do chefe da guarnio em virtude da ttica adotada pelo comandante de operaes. O Bomba Armar um evento praticado por uma guarnio completa de uma viatura AUTOBOMBA, e constituda pelo conjunto de vrios eventos menores. Para iniciar nosso estudo iremos definir os elementos de uma guarnio. Uma guarnio de bomba composta por: (fig. 1.138). 01 chefe da guarnio o elemento de maior graduao ou maior antiguidade, tendo o o o a graduao de 1 , 2 ou 3 Sgt; 01 auxiliar da guarnio funo de 2 ou 3 Sgt, podendo ser exercida por um cabo; 03 chefes de linhas funo de cabo ou soldado sendo mais antigo que o ajudante; 03 ajudantes de linhas funo exercida por soldados.o o

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Fig. 1. 138 A linha o elemento de operao da guarnio, composta por dois bombeiros responsveis por operar uma linha de mangueira. A partir de agora iremos ver os eventos constituintes de um Bomba Armar. Enrolar mangueiras Para enrolar mangueiras de 1 1/2" ou 2 1/2" estas devem ser totalmente estendida no solo e as tores que porventura ocorrerem devem ser eliminadas. Uma das extremidades conduzida pelo ajudante para o lado oposto, de modo que as duas metades fiquem sobrepostas, sendo que, a junta da parte superior ficar aproximadamente 01 metro antes da outra junta, para que seja facilitado o ajuste final. Posteriormente, a mangueira deve ser dobrada uma vez em uma pequena poro do lado oposto das juntas e ento ser enrolada pelo chefe em direo s juntas, tendo o ajudante a funo de ajustar as mangueiras para que fiquem precisamente sobrepostas.

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Transportar mangueiras de 1 Para transportar mangueiras 1 , o bombeiro dever posicionar-se de frente a uma mangueira devidamente enrolada, devendo a junta Storz que fica livre est voltada para a esquerda do bombeiro e com a parte conectiva contraria a este. Ento, o bombeiro dever colocar a perna direita frente e em seguida agacha-se, mantendo a coluna ereta, e colocar a mo esquerda na parte proximal da junta storz, de forma que esta fique presa entre a mo direita do bombeiro e a mangueira, j a sua mo direita dever segurar a parte diametralmente oposta, a seguir com um impulso de ambos os braos coloca a mangueira debaixo do brao esquerdo, de forma tal que, a mo esquerda sustente a mangueira e a direita proceda a rotao. A m esquerda o dever estar segurando a mangueira na poro proximal da junta storz de forma que ela no fique balanando. Utilizando a fora das pernas, assume a posio normal (fica de p), o brao esquerdo ficar responsvel por manter a mangueira firme. Aps ficar de p, o brao direito ficar livre, mantendo o equilbrio do bombeiro durante o transporte.

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Transportar mangueira de 2 Para transportar mangueiras 2 , o bombeiro dever posiciona-se de frente a uma mangueira devidamente enrolada, devendo a junta "storz" que fica livre est voltada para a esquerda do bombeiro e com a parte conectiva voltada a este. Ento, o bombeiro dever colocar a perna direita frente e em seguida agacha-se, mantendo a coluna ereta, e colocar a mo esquerda na parte proximal da junta storz, de forma que esta fique presa entre a mo esquerda do bombeiro e a mangueira, j a sua mo direita dever segurar a parte diametralmente oposta, a seguir com um impulso de ambos os braos coloca a mangueira por sobre o ombro esquerdo, de forma tal que, a mo esquerda sustente a mangueira e a direita proceda a rotao, at que a mangueira fique na vertical e sobre posta ao ombro esquerdo. A mo esquerda ser a responsvel por sustentar a mangueira de forma estvel, sendo eita por aquela uma f compresso sobre esta. Utilizando a fora das pernas, assume a posio normal (fica de p), o brao esquerdo ficar responsvel por manter a mangueira firme. Aps ficar de p, o brao direito ficar livre, mantendo o equilbrio do bombeiro durante o transporte.

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Desenrolar mangueira Aps o transporte at o local desejado, o ajudante coloca a mangueira sobre o solo, na vertical apoiada entra as pernas e permanece com a junta storz a ser conectada naquele local (a mais externa) nas mos. O chefe retira a outra junta storz (mais interna) da mangueira entre as pernas do ajudante segurando com uma das mos e com a outra da um impulso brusco na mangueira de forma a desenrol-la. Aps o chefe de linha puxar a mangueira, o ajudante dever, com uma parte do p, prender a mangueira ao solo para que a junta no seja arrastada e limitando a corrida do chefe que correr de forma enrgica sem olhar para trs. O ajudante enquanto firma a mangueira com um dos ps, far a conexo da junta storz, j o chefe aps ter esticado a mangueira por completo na direo determinada, ir segurar a junta storz com as duas mos com a mangueira passando por entre as suas pernas (mangueira cavalgada).

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Conectar e Desconectar mangueiras As juntas Storz possuem desenho especfico, que permite acopl-las, rapidamente, e com grande segurana. A conexo feita com a introduo dos dois ressaltos existentes em cada junta nas aberturas da junta, sendo complementada com um giro no sentido da esquerda para direita. Para se conectar uma mangueira outra, o chefe estar guarnecendo uma mangueira j conectada na outra extremidade, segurando a junta storz da parte livre com as duas mos na altura da cintura, com o olhar altivo tendo a mangueira cavalgada. O ajudante, que estar guarnecendo uma mangueira devidamente enrolada, e estabelecido frente do chefe de linha pondo a mangueira na vertical apoiada entre as pernas, segurar a junta storz da parte mais externa. O ajudante executar a conexo das juntas storz na altura da cintura, permanecendo o chefe imvel e com o olhar altivo. Aps a conexo ser adotado o procedimento de desenrolar mangueiras.

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Conectar e desconectar mangueira ao esguicho O esguicho possui conexo storz da forma que j foi apresentado, sendo assim, para se conectar uma mangueira a um esguicho, o chefe estar guarnecendo uma mangueira j conectada na outra extremidade, segurando a junta storz da parte livre com as duas mos na altura da cintura com a junta volta para si, com o olhar altivo tendo a mangueira cavalgada. O ajudante se estabelecer frente do chefe de linha, nesse momento o chefe da linha ir passar a mangueira para que o ajudante, que ir segurar com as duas mos na altura da cintura com a conexo storz voltada para o chefe da linha, que por sua vez retirar o esguicho do seu suporte, segurando-o na altura da cintura com o olhar altivo, cabendo ao ajudante a execuo da conexo das juntas storz na altura da cintura, permanecendo o chefe imvel e com o olhar altivo. Aps a conexo o chefe tomar a mangueira do ajudante, que nesse momento ir tomar posio de combate retaguarda do chefe, aproximadamente dois passos, de forma que se faa um ceio com a mangueira entre o ajudante e o chefe, para que este tenha mobilidade suficiente com a mangueira.

Armar Linha de Mangueira Arma linha de mangueira a reunio de todos os movimentos j vistos em um nico movimento, que de uma forma geral consiste em dispor uma linha de mangueira para a sua utilizao. A atividade executada pelo chefe e ajudante da linha de mangueira. Cabe ao ajudante, transportar a mangueira do seu local de guarda at o ponto de conexo. Neste local, o ajudante coloca a mangueira sobre o solo e seguraCENTRO DE FORMAO E APERFEIOAMENTO DE PRAAS

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nas extremidades para a conexo, retendo-a entre as pernas enquanto o chefe no segurar a outra extremidade. Durante a operao de conexo com a boca expulsora do AUTOBOMBA ou do divisor, o ajudante deve reter com os ps uma parte da mangueira, para que esta no fuja ao seu controle, em virtude da corrida do chefe na direo oposta. Sendo a conexo entre as mangueiras, o chefe aguarda o ajudante com a mangueira cavalgada e a junta na altura da cintura. Aps a chegada do ajudante e posterior conexo, o chefe apanha a junta de mangueira retida entre as pernas do ajudante e corre na direo oposta. Para a colocao do esguicho, o chefe aguarda o ajudante com a mangueira cavalgada e a junta na altura da cintura voltada para si. Ao chegar, o ajudante segura a junta enquanto o chefe efetua a conexo do esguicho. Estando em condies de combate, o chefe ordena ao ajudante para dar o "pronto a linha" ao chefe da guarnio. Este corre em direo ao aparelho divisor e d o brado de "pronto a linha", acrescentando o respectivo nmero de ordem da linha. Ao retornar, o ajudante assume a sua posio de combate retaguarda do chefe, a uma distncia de aproximadamente dois passos. Estando em um plano elevado ou local de difcil acesso, o ajudante dever se colocar da melhor forma possvel, para que a sua solicitao seja entendida por quem estiver guarnecendo o divisor. Na posio de combate na linha de mangueira, o chefe dever fazer a base com a perna esquerda frente ligeiramente