Matemática na Cidade Amesterdão¡tica... · Formação de bolhas de sabão gigantes: através ......

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“Matemática na Cidade” Amesterdão

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“Matemática na Cidade”

Amesterdão

Introdução

Amesterdão foi o destino escolhido para mais uma visita de estudo e, consequentemente, o destino escolhido para terminar o ciclo de cinco anos do Projeto “Matemática na Cidade”. Depois de Berlim, Istambul, Roma e Praga, Amesterdão tinha uma difícil tarefa em manter o nível das visitas anteriores. E, verdade seja dita, esta cidade não desapontou tendo sido esta, para mim, a melhor viagem em que participei.

Neste relatório irei descrever por ordem cronológica os acontecimentos da viagem mencionada e, no final, farei um comentário acerca daquilo que foi esta viagem e não só: também acerca daquilo que foi o projeto “Matemática na Cidade”, a sua possível continuidade e a minha experiência uma vez terminada a minha altura de participar nestas visitas.

Relato dos Acontecimentos

1ºdia

O primeiro dia desta viagem começou, desde logo, bem cedo, com presença na escola às 6.15h para partir rumo ao Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto. Uma vez chegados ao aeroporto, e após realizar o check-in de 59 pessoas (tarefa fácil), embarcamos então em voo Transavia - HV6002, com destino ao Aeroporto Schiphol, em Amesterdão. Foi uma viagem agradável, mas…particularmente atribulada no final.

Mas chegamos a Amesterdão sãos e salvos e a primeira coisa que senti quando saí do aeroporto foi realmente aquela aragem fria bem típica de um pais nórdico. Sem demoras, dirigimo-nos ao Novo Hotel, onde ficamos hospedados, e num piscar de olhos estávamos prontos para sair para a cidade acompanhados do nosso guia.

Nesse final de tarde, já início da noite, acabou por cair um pouco de granizo, mas algo que não nos impediu de ter um primeiro contacto com a cidade. Visitamos, então, a Praça Dam, onde se situa o Palácio Real Dam, a Casa de Anne Frank, ainda que só o exterior, entre outros monumentos. Não vou referir pontes, pois…bom, pontes passamos nós por muitas.

Uma vez terminada a visita, dirigimo-nos ao nosso restaurante e, uma vez terminado o jantar, e porque tinha sido um dia muito cansativo, fomos de imediato para o hotel a fim de recuperar para os próximos dias.

2ºdia

O segundo dia começou, de igual forma, bem cedo (digo isto como se tivesse existido algum dia que não tenha começado bem cedo). Logo pela manhã, sobre uns bons graus Celcius negativos, partimos do hotel com a nossa guia (não a mesma pessoa do dia anterior) e visitamos uma série de monumentos e zonas, tais como a Amsterdam Centraal Station (imponente estação ferroviária), Waterlooplein (Mercado de Pulgas), o

Bairro Judeu, a Sinagoga Portuguesa, a estátua de Spinoza, a Torre da Moeda, e o famoso Bloemenmarkt (Mercado das Flores). A viagem com a guia só terminou na Amsterdam Dungeon, igreja antiga onde se realiza um teatro de terror e humor ao mesmo tempo sobre a cidade de Amesterdão. Por fim, e para terminar a parte da manhã em grande, visitamos o Museu Madame Tussaud.

De seguida, e já após o almoço, dirigimo-nos ao famoso Red Light District (Bairro Vermelho) mas, uma vez que ainda estávamos a meio da tarde, não havia grande movimento e, por isso, foi só uma passagem rápida com o compromisso de voltar à noite. Posteriormente, dirigimo-nos à Magere Brua (Ponte Estreita) onde realizamos uma das atividades propostas pelas professoras para esta viagem (medição do comprimento da ponte, através da contagem do número de passos dados ao atravessa-la). Após tudo isto, demos mais uma pequena volta pela cidade e dirigimo-nos ao nosso restaurante para jantar.

Como referido anteriormente, após o jantar regressamos ao Bairro Vermelho, agora com mais movimento, e tivemos a oportunidade de estar frente a frente com uma realidade bem diferente da nossa. É de notar que a postura do grupo foi exemplar, pois, mesmo sendo algo completamente fora da nossa linha cultural, soubemos aceitar e compreender aquela realidade sem qualquer tipo de comportamento desagradável.

Terminado este passeio, regressamos ao hotel para descansar e preparar-nos para mais um dia de visita.

3º Dia

No terceiro dia já não tivemos nenhum guia a acompanhar-nos, se bem que, com a professora Cristina ao comando, ter ou não ter guia não se revela uma preocupação. Dirigimo-nos, então, logo pela manhã ao Museu Van Gogh onde tivemos a oportunidade de visualizar e apreciar muitos dos fantásticos quadros deste pintor pós-impressionista. Após a visita, que ainda demorou o seu tempo (o museu tinha quatro pisos), fomos todos para o parque/jardim Museumplein onde aproveitamos para tirar uma fotografia de grupo com a inscrição “I AMSTERDAM” e o famoso Rijskmuseum (Museu Nacional de Amesterdão) como plano de fundo. (fotografia da última página)

De seguida, veio o almoço, que pouco tempo durou, pois mais atividades nos esperavam. Desta vez, no fantástico museu de ciência e tecnologia Nemo Science. Aí realizamos inúmeras atividades, das quais destaco três:

Formação de bolhas de sabão gigantes: através da junção da quantidade certa de água, detergente líquido e glicerina consegue-se, posteriormente, com um arco, criar bolhas de sabão de tamanho incrivelmente grande.

Processos de transferência de água: esta foi uma atividade onde através de vários mecanismos mecânicos transportamos água de um local para outro sem ser necessário o transporte direto desta por nós de um local para outro.

Desenho invertido: esta atividade consiste numa total deturpação daquilo que é a coordenação senso-motora do cérebro. O objetivo consistia em recriar uma figura num quadro com um marcador (a figura já estava desenhada, só tínhamos de passar com o marcador por cima). O único problema é que essa recriação tinha de ser feita utilizando um espelho que refletia a figura inversamente. Uma tarefa deveras complicada!

Terminada esta visita, foi dada a oportunidade ao grupo de sermos nós, desta vez, a encaminharmos todos para o próximo local. Continuo sem perceber se nos saímos bem nessa tarefa, mas creio que não. Bom, a verdade é que fomos ter à Amsterdam Centraal Station onde nos foi dado algum tempo livre, perfeito para descansar um pouco, comer algo e fazer algumas comprinhas. Terminada essa pausa, as professoras voltaram a assumir o controlo do trajeto, visto que falhamos no nosso objetivo de procurar o local pretendido durante a pausa, e dirigimo-nos ao cais, para realizarmos, então, o nosso cruzeiro pela cidade de Amesterdão. Foi um cruzeiro lindíssimo pelos canais da cidade, tendo sido também explicada, em bom português, alguma história dos locais por onde íamos passando.

Seguidamente, fomos para o restaurante onde iriamos jantar pela última vez. E após o jantar, como não poderia faltar, fomos ao Hard Rock de Amesterdão. Os alunos aproveitaram para fazer compras, tomar alguma coisa, apreciar a decoração do café e tirar algumas das últimas fotografias da cidade. Mais tarde regressamos, então, ao hotel.

4º Dia

O quarto dia chegou e com ele a triste sensação de despedida. Mas não havia razões para estar triste. Tinha sido uma visita incrível e ainda tínhamos mais uma viagem de avião para desfrutar. Partimos, então, bem cedo para o aeroporto e embarcamos em voo Transavia – HV6001, rumo ao Aeroporto do Porto. Foi uma viagem relativamente curta e agradável. Uma vez chegados ao aeroporto, foi hora de recolher as bagagens, despedir-me dos meus dois companheiros mais preciosos desta viagem (Inês e Tiago) e seguir de autocarro para Valença.

E assim terminou mais uma viagem espetacular!

Comentário Final

Bom, esta é claramente a parte mais subjetiva deste relatório, se bem que não pude deixar de fazer alguns comentários também ao longo de todo o texto. Mas esta última parte é diferente e talvez a mais importante porque vou dar a minha opinião relativamente a esta viagem em concreto e também relativamente ao projeto “Matemática na Cidade”.

Esta viagem a Amesterdão, à partida, não parecia tão promissora como a anterior (Praga), pelo testemunho que fui recolhendo dos meus colegas. Mas a verdade, e aqui falo só por mim, é que esta foi a melhor das três viagens em que eu participei. Não só a nível cultural mas também a nível pessoal. Sinto que cresci imenso com esta viagem e aprendi, embora talvez não fosse esse bem o objetivo desta viagem, a prestar atenção a coisas mínimas e simples que às vezes nem reparamos. Com isto quero dizer também que acabei por me tornar um pouco mais responsável e isso sim é um dos grandes objetivos desta viagem. E isto leva-me ao encontro do projeto desenvolvido pelas três professoras de Matemática. Estou inteiramente agradecido por me terem facultado a mim e a todos os meus colegas esta oportunidade fantástica de irmos mais além, de passarmos fronteiras, de aprendermos novas coisas, novas culturas, de tornarmo-nos mais responsáveis …entre muitas outras coisas. Um grande obrigado!

E é por essa mesma razão que, embora reconheça o enorme trabalho que as professoras têm para preparar estas viagens, acredito que este projeto se devia manter, para que oportunidades únicas como esta continuem a chegar a outros alunos. Tenho a certeza que, se continuarem a ser organizadas assim, estas visitas irão ter muito sucesso e os alunos irão, sem dúvida, aprender muito e crescer com elas.

Em suma, esta é a minha opinião. Foi fantástico poder viajar assim desta forma e resta-me agradecer mais uma vez às professoras. Obrigado!