Massafeira 30 anos jornal abc 21_abc_2011_01_30_aldeia

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ALDEIA zás-trás PELOTAS É CAPITAL DA MÚSICA Durante quase duas se- manas, de 7 a 19 de fe- vereiro, o I Festival Sesc Internacional de Música de Pelotas concentra- rá na mais importante cidade da Metade Sul centenas de músicos. Serão 33 espetáculos abertos ao público, 30 oficinas de instrumentos e canto com professores de diversos países e quase 200 alunos seleciona- dos, de todo o Brasil. Já ouviu falar do Festival de Campos do Jordão, o mais famoso do País? Pe- lotas quer seguir esse rumo. Presente em vários momentos do festival, a Orquestra Unisinos fará o concerto de abertura, com regência de Evandro Maté (foto) e participação do pianista André Carra- ra. Um dos momentos mais esperados é a noite de jazz (dia 11) com o pianista e educador norte-ame- ricano Cliff Korman ao lado de músicos gaúchos, entre eles o guitarrista James Liberato. Curiosida- de: as classes com o maior número de alunos ins- critos são, pela ordem, as de violino, de trompete e de violão clássico. VILLEROY FICA INTERNACIONAL Depois de uma semana em Miami, Antonio Villeroy chega de volta ao Brasil amanhã. Foi a convite da EMI Music Publishing, uma das principais editoras de música do mundo, para trabalhar na criação de um novo repertório internacional com compositores que atuam no mercado latino. Para dar uma ideia, a EMI tem nomes como Lou Reed, Amy Winehou- se, Norah Jones, Egberto Gismonti, Marisa Monte, Legião Urbana... PROJETO: VEM AÍ O JUNTOS 3 Villeroy aproveitou para fazer shows em duas casas noturnas de Miami. Agora, conta por e-mail, seus planos são “passar um mês em lugar ainda incer- to, para escapar da vida urbana e compor uma sa- fra nova de músicas, sem celular e sem internet”. Também vai pensar no projeto de gravação do ál- bum Juntos 3, com Bebeto Alves, Gelson Oliveira e Nelson Coelho de Castro, que será produzido por Ayrton dos Anjos. AÇORIANOS TEM 158 INSCRITOS Nada menos que 158 discos lançados no Rio Gran- de do Sul em 2010 foram inscritos no Prêmio Aço- rianos de Música, cuja solenidade de entrega está marcada para abril, provavelmente no Teatro do Bourbon Country (há vários anos é realizada no Theatro São Pedro). Com 70 inscritos, a catego- ria Regional é de longe a mais concorrida. Depois Pop/Rock, com 36 discos, Instrumental com 14 e MPB com apenas 12. SARAU NO SOLAR CHEGA AOS 18 Mais tradicional projeto de música de Porto Alegre, o Sarau no Solar completou em janeiro 18 anos. Pro- movido pela Assembléia Legislativa no histórico So- lar dos Câmara, já recebeu cerca de 80 mil pessoas em sua sala de decoração austera para assistir a mais de 650 shows de todos os gêneros, mesclan- do artistas consagrados e em início de carreira. A programação de 2011 começa em março. [email protected] JUAREZ FONSECA 21 Nem lembro quando foi a última vez que Ednardo se apresentou em Porto Alegre. Mas faz tempo suficiente para aumentar a significação de seu show no Santander Cultural, quarta-feira que vem. Por coincidência, está sendo reapresen- tado no Cine Santander o documentário Cio da Terra, lendário festival realiza- do em 1982, em Caxias do Sul, que te- ve Ednardo como uma das atrações prin- cipais. Integrante da linha de frente dos jovens músicos cearenses que ganharam notoriedade em meados dos anos 70, ao lado de Fagner e Belchior, ele foi o pri- meiro a fazer grande sucesso, em 1976, com a música Pavão Mysteriozo, tema de abertura da novela Saramandaia, da TV Globo – em cuja trilha-sonora estava também Canção da Meia-Noite, do gru- po Almôndegas. Ao contrário de Fagner e Belchior, que se mudaram para Rio e São Paulo, Ednardo continuou vivendo em Fortaleza, o que em parte talvez explique a irregular fluência nacional de sua carreira. Tem poucas mú- sicas de fato conhecidas fora do Nordeste, entre elas Terral , Ingazeiras e A Manga Ro- sa. Seu último álbum solo, Única Pessoa, é de 2000. Dois anos depois, com Belchior e Amelinha, lançou Pessoal do Ceará, mes- mo título do disco de estreia, em 1973, ao lado de Rodger Rogério e Teti. Ele é autor também de várias trilhas sonoras para tea- tro e cinema. Mas foi graças a sua perma- nência em Fortaleza que pode organizar e coordenar a publicação do livro Massafei- ra 30 Anos, mais de 300 páginas de impe- cável produção gráfica. Realizada durante quatro dias de setem- bro de 1979 no centenário Theatro José de Alencar, a Massafeira Livre reuniu cerca de 400 jovens artistas entre músicos, pin- tores, escritores, atores, cineastas, e o tem- po fez com que passasse a ser considerada um marco. Como a música teve um des- taque especial, foi gravado no Rio, para a gravadora CBS, o álbum duplo Massa- feira, agora reeditado em CDs encartados no livro. Os CDs trazem um natural sabor de época, a maioria dos artistas eram ama- dores, poucos fizeram carreira. A leitura do livro e a audição dos discos revela que mesmo só tendo significado especial para aquela geração de cearenses, vale também para brasileiros de qualquer lugar refresca- rem a memória. No início de 2010 Ednardo idealizou a comemoração dos 30 anos da Massafei- ra, reunindo em setembro, no mesmo tea- tro, todos os remanescentes possíveis, e a grande festa atravessou a madrugada. O li- vro foi lançado nesse dia. São centenas de fotos, desenhos, textos, depoimentos, en- trevistas e recortes de jornais que recons- tituem e refletem sobre a passagem desses 30 anos. Há por exemplo, a reprodução de uma matéria de jornal sobre um alerta da polícia da ditadura para a presença de “sub- versivos” naquele movimento. Um dos tex- tos diz que líderes universitários gaúchos estiveram na Massafeira, sendo então in- fluenciados a realizar o Cio da Terra – que, entre suas atrações, teve Ednardo e outros participantes da Massafeira. No disco, a faixa de abertura, Aurora, tem a parceria Ednardo/Belchior. No show dos 30 anos não estavam nem Belchior nem Fagner. Em entrevistas de 2009 ao jornal O Povo, de Fortaleza, reproduzidas no livro, Ednardo e Fagner disparam far- pas um contra o outro, evidenciando que a relação entre os dois não é nada amistosa. Enquanto Ednardo enfatiza o papel históri- co da Massafeira, Fagner diz que essa im- portância é uma invenção, “um mito”. O li- vro estará à venda no show de quarta-feira, que começa às 19 horas, com ingressos a 30 reais. O documentário Cio da Terra po- derá ser assistido nesta terça, às 17 horas. Infos 3287-5500. Ednardo recupera a Massafeira Músico cearense se apresenta na próxima quarta-feira no Santander Cultural ESPETÁCULO Sérgio Almeida/Divulgação O álbum Quando Fevereiro Chegar – Uma lírica de Fausto Nilo, dá uma rápi- da, mas fundamental ideia, da relevância do poeta cearense que começou a carreira como parceiro do também estreante Rai- mundo Fagner, no comecinho dos anos 70, ainda estudante de Arquitetura, para tornar-se um dos principais letristas do País. Lançado originalmente quase um ano atrás, e restrito a Fortaleza até este lançamento nacional pela Biscoito Fino, graças a uma predominância de frevos o disco resume o lado mais, digamos, car- navalesco de Fausto Nilo. São apenas 12 faixas, quando o cara tem umas 400 mú- sicas gravadas pela nata dos intérpretes da MPB. Mas 12 faixas cantadas há 20, 30 anos por gerações de brasileiros. Da mesma geração nordestina, o produ- tor e guitarrista Robertinho de Recife trou- xe para o disco nomes do primeiro time (além dos parceiros), afirmando o prestígio do compositor. O pernambucano Geraldo Azevedo abre os trabalhos com o frevo Vi- da Boa, da parceria com o baiano Armandi- nho. Em seguida vem Caetano Veloso com a interpretação cool, meio frevo-rancho, de Coisa Acesa, lançada em 1982 por Mora- es Moreira. Segundo principal parceiro de Fausto ao lado de Fagner, Moraes aqui pre- domina, assinando seis das 12 faixas. Tem ainda Santa Fé (da novela Roque Santeiro), com a fantástica Elza Soares; Pão e Poesia, com Ivan Lins; Chão da Praça, com Carli- nhos Brown; e Eu Também Quero Beijar, com Zeca Baleiro. Fernanda Takai encanta com O Elefan- te, da parceria com Robertinho. Deles tam- bém, Zé Ramalho canta Periga Ser. Jorge Vercillo lembra Zanzibar, outro sucesso da parceria com Armandinho Macedo (hit d’A Cor do Som). Moraes Moreira foi escalado para Pedras Que Cantam, da parceria com Dominguinhos. Fagner interpreta Choran- do e Cantando, da parceria com Geraldo Azevedo. E Bloco do Prazer, outra com Moraes, sucesso original de Gal Costa, tem todo esse povo cantando junto com Faus- to Nilo. Vale lembrar que ele só começou a cantar suas músicas em 1997 – antes era “apenas” letrista de sucesso e um arquiteto de prestígio, requisitado para projetos co- mo o do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, que agita Fortaleza. Um tributo a Fausto Nilo Em janeiro, a coluna recebeu estes CDs: Aquele Amor Nem me Fale, de Mariano Marovatto (Bolacha Discos) Quero Ser Cool , do grupo Les Pops (Discobertas) A Quarta Ponte, do grupo 2ois (Lua Music) Goa, de Juca Novaes (Dabliú Discos) Bola 8, de Julio Reny e Os Irish Boys (Vetor/ Pirata Sulista) Mescla de Sentimentos, de Fernando Zabka (Fonomidia) Sementeira – Sons da percussão, de Naná Vasconcelos, Caito Marcondes, Marcos Suzano e Coração Quáltera (Natura/Tratore) OS DISCOS DO MÊS Fausto tem 400 músicas gravadas LETRISTA DOMINGO 30.1.2011 JORNAL ABC

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ALDEIAzás-trásPELOTAS É CAPITAL DA MÚSICADurante quase duas se-manas, de 7 a 19 de fe-vereiro, o I Festival Sesc Internacional de Música de Pelotas concentra-rá na mais importante cidade da Metade Sul centenas de músicos. Serão 33 espetáculos abertos ao público, 30 ofi cinas de instrumentos e canto com professores de diversos países e quase 200 alunos seleciona-dos, de todo o Brasil. Já ouviu falar do Festival de Campos do Jordão, o mais famoso do País? Pe-lotas quer seguir esse rumo. Presente em vários momentos do festival, a Orquestra Unisinos fará o concerto de abertura, com regência de Evandro Maté (foto) e participação do pianista André Carra-ra. Um dos momentos mais esperados é a noite de jazz (dia 11) com o pianista e educador norte-ame-ricano Cliff Korman ao lado de músicos gaúchos, entre eles o guitarrista James Liberato. Curiosida-de: as classes com o maior número de alunos ins-critos são, pela ordem, as de violino, de trompete e de violão clássico.

VILLEROY FICA INTERNACIONALDepois de uma semana em Miami, Antonio Villeroy chega de volta ao Brasil amanhã. Foi a convite da EMI Music Publishing, uma das principais editoras de música do mundo, para trabalhar na criação de um novo repertório internacional com compositores que atuam no mercado latino. Para dar uma ideia, a EMI tem nomes como Lou Reed, Amy Winehou-se, Norah Jones, Egberto Gismonti, Marisa Monte, Legião Urbana...

PROJETO: VEM AÍ O JUNTOS 3Villeroy aproveitou para fazer shows em duas casas noturnas de Miami. Agora, conta por e-mail, seus planos são “passar um mês em lugar ainda incer-to, para escapar da vida urbana e compor uma sa-fra nova de músicas, sem celular e sem internet”. Também vai pensar no projeto de gravação do ál-bum Juntos 3, com Bebeto Alves, Gelson Oliveira e Nelson Coelho de Castro, que será produzido por Ayrton dos Anjos.

AÇORIANOS TEM 158 INSCRITOSNada menos que 158 discos lançados no Rio Gran-de do Sul em 2010 foram inscritos no Prêmio Aço-rianos de Música, cuja solenidade de entrega está marcada para abril, provavelmente no Teatro do Bourbon Country (há vários anos é realizada no Theatro São Pedro). Com 70 inscritos, a catego-ria Regional é de longe a mais concorrida. Depois Pop/Rock, com 36 discos, Instrumental com 14 e MPB com apenas 12.

SARAU NO SOLAR CHEGA AOS 18Mais tradicional projeto de música de Porto Alegre, o Sarau no Solar completou em janeiro 18 anos. Pro-movido pela Assembléia Legislativa no histórico So-lar dos Câmara, já recebeu cerca de 80 mil pessoas em sua sala de decoração austera para assistir a mais de 650 shows de todos os gêneros, mesclan-do artistas consagrados e em início de carreira. A programação de 2011 começa em março.

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Nem lembro quando foi a última vez que Ednardo se apresentou em Porto Alegre. Mas faz tempo suficiente para aumentar a significação de seu show no Santander Cultural, quarta-feira que vem. Por coincidência, está sendo reapresen-tado no Cine Santander o documentário Cio da Terra, lendário festival realiza-do em 1982, em Caxias do Sul, que te-ve Ednardo como uma das atrações prin-cipais. Integrante da linha de frente dos jovens músicos cearenses que ganharam notoriedade em meados dos anos 70, ao lado de Fagner e Belchior, ele foi o pri-meiro a fazer grande sucesso, em 1976, com a música Pavão Mysteriozo, tema de abertura da novela Saramandaia, da TV Globo – em cuja trilha-sonora estava também Canção da Meia-Noite, do gru-po Almôndegas.

Ao contrário de Fagner e Belchior, que se mudaram para Rio e São Paulo, Ednardo continuou vivendo em Fortaleza, o que em parte talvez explique a irregular fluência nacional de sua carreira. Tem poucas mú-sicas de fato conhecidas fora do Nordeste, entre elas Terral, Ingazeiras e A Manga Ro-sa. Seu último álbum solo, Única Pessoa, é de 2000. Dois anos depois, com Belchior e Amelinha, lançou Pessoal do Ceará, mes-mo título do disco de estreia, em 1973, ao lado de Rodger Rogério e Teti. Ele é autor também de várias trilhas sonoras para tea-tro e cinema. Mas foi graças a sua perma-nência em Fortaleza que pode organizar e coordenar a publicação do livro Massafei-ra 30 Anos, mais de 300 páginas de impe-cável produção gráfica.

Realizada durante quatro dias de setem-bro de 1979 no centenário Theatro José de Alencar, a Massafeira Livre reuniu cerca de 400 jovens artistas entre músicos, pin-tores, escritores, atores, cineastas, e o tem-po fez com que passasse a ser considerada um marco. Como a música teve um des-taque especial, foi gravado no Rio, para

a gravadora CBS, o álbum duplo Massa-feira, agora reeditado em CDs encartados no livro. Os CDs trazem um natural sabor de época, a maioria dos artistas eram ama-dores, poucos fizeram carreira. A leitura do livro e a audição dos discos revela que mesmo só tendo significado especial para aquela geração de cearenses, vale também para brasileiros de qualquer lugar refresca-rem a memória.

No início de 2010 Ednardo idealizou a comemoração dos 30 anos da Massafei-ra, reunindo em setembro, no mesmo tea-tro, todos os remanescentes possíveis, e a grande festa atravessou a madrugada. O li-vro foi lançado nesse dia. São centenas de fotos, desenhos, textos, depoimentos, en-trevistas e recortes de jornais que recons-tituem e refletem sobre a passagem desses 30 anos. Há por exemplo, a reprodução de uma matéria de jornal sobre um alerta da polícia da ditadura para a presença de “sub-

versivos” naquele movimento. Um dos tex-tos diz que líderes universitários gaúchos estiveram na Massafeira, sendo então in-fluenciados a realizar o Cio da Terra – que, entre suas atrações, teve Ednardo e outros participantes da Massafeira.

No disco, a faixa de abertura, Aurora, tem a parceria Ednardo/Belchior. No show dos 30 anos não estavam nem Belchior nem Fagner. Em entrevistas de 2009 ao jornal O Povo, de Fortaleza, reproduzidas no livro, Ednardo e Fagner disparam far-pas um contra o outro, evidenciando que a relação entre os dois não é nada amistosa. Enquanto Ednardo enfatiza o papel históri-co da Massafeira, Fagner diz que essa im-portância é uma invenção, “um mito”. O li-vro estará à venda no show de quarta-feira, que começa às 19 horas, com ingressos a 30 reais. O documentário Cio da Terra po-derá ser assistido nesta terça, às 17 horas. Infos 3287-5500.

Ednardo recupera a Massafeira

Músico cearense se apresenta na próxima quarta-feira no Santander Cultural

ESPETÁCULO

Sérgio Almeida/Divulgação

O álbum Quando Fevereiro Chegar – Uma lírica de Fausto Nilo, dá uma rápi-da, mas fundamental ideia, da relevância do poeta cearense que começou a carreira como parceiro do também estreante Rai-mundo Fagner, no comecinho dos anos 70, ainda estudante de Arquitetura, para tornar-se um dos principais letristas do País. Lançado originalmente quase um ano atrás, e restrito a Fortaleza até este lançamento nacional pela Biscoito Fino, graças a uma predominância de frevos o disco resume o lado mais, digamos, car-navalesco de Fausto Nilo. São apenas 12 faixas, quando o cara tem umas 400 mú-sicas gravadas pela nata dos intérpretes da MPB. Mas 12 faixas cantadas há 20, 30 anos por gerações de brasileiros.

Da mesma geração nordestina, o produ-tor e guitarrista Robertinho de Recife trou-xe para o disco nomes do primeiro time (além dos parceiros), afirmando o prestígio do compositor. O pernambucano Geraldo Azevedo abre os trabalhos com o frevo Vi-da Boa, da parceria com o baiano Armandi-nho. Em seguida vem Caetano Veloso com a interpretação cool, meio frevo-rancho, de

Coisa Acesa, lançada em 1982 por Mora-es Moreira. Segundo principal parceiro de Fausto ao lado de Fagner, Moraes aqui pre-domina, assinando seis das 12 faixas. Tem ainda Santa Fé (da novela Roque Santeiro), com a fantástica Elza Soares; Pão e Poesia, com Ivan Lins; Chão da Praça, com Carli-nhos Brown; e Eu Também Quero Beijar, com Zeca Baleiro.

Fernanda Takai encanta com O Elefan-te, da parceria com Robertinho. Deles tam-bém, Zé Ramalho canta Periga Ser. Jorge Vercillo lembra Zanzibar, outro sucesso da parceria com Armandinho Macedo (hit d’A Cor do Som). Moraes Moreira foi escalado para Pedras Que Cantam, da parceria com Dominguinhos. Fagner interpreta Choran-do e Cantando, da parceria com Geraldo Azevedo. E Bloco do Prazer, outra com Moraes, sucesso original de Gal Costa, tem todo esse povo cantando junto com Faus-to Nilo. Vale lembrar que ele só começou a cantar suas músicas em 1997 – antes era “apenas” letrista de sucesso e um arquiteto de prestígio, requisitado para projetos co-mo o do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, que agita Fortaleza.

Um tributo a Fausto Nilo

Em janeiro, a coluna recebeu estes CDs:Aquele Amor Nem me Fale, de Mariano Marovatto (Bolacha Discos)Quero Ser Cool, do grupo Les Pops (Discobertas)A Quarta Ponte, do grupo 2ois (Lua Music)Goa, de Juca Novaes (Dabliú Discos)Bola 8, de Julio Reny e Os Irish Boys (Vetor/Pirata Sulista)Mescla de Sentimentos, de Fernando Zabka (Fonomidia)Sementeira – Sons da percussão, de Naná Vasconcelos, Caito Marcondes, Marcos Suzano e Coração Quáltera (Natura/Tratore)

OS DISCOS DO MÊS

Fausto tem 400 músicas gravadas

LETRISTA

DOMINGO 30.1.2011 JORNAL ABC