ARTE E EDUCAÇÃO Arte Africana no Currículo Escolar: Novos ...
Máscaras da liberdade: a salvo na rua ou no salão. · Máscara africana Arte pendê. Museu da...
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Máscaras da liberdade: reputação a salvo na rua ou no salão.Os palhaços apaixonados, afresco, Giovanni Domenico Tiepolo, 1793, Camera dei Pulcinella – Villa Tiepolo, Zianigo.
O carnaval nasceu na Antiguidade, resistiu à Idade Média e chegou aos tempos atuais com formas diversas, mas com o mesmo fundamento: a suspensão dos estatutos sociais. Paradoxalmente, as tenta‐tivas de controle religioso quase sempre se converteram em mais diversão
Persona era o nome da máscara que os atores do teatro grego usavam. Sua função era tanto dar ao ator a aparência que o papel exigia, quanto amplificar sua voz, permitindo que fosse bem ouvida pelos espectadores. A palavra é derivada do verbo personare, ou "soar através de". Por extensão, designa um papel social, ou um papel interpretado por um ator.
Neste mesmo sentido, na Psicologia Analítica (Jung), é dado o nome de persona à função psíquica relacional voltada ao mundo externo, na busca de adaptação social.
Máscara de cerâmica feita na Sicília por volta de 350 a.C.British Museum, Londres
Provavelmente representava o personagem escravo africano.
As máscaras usadas pelos atores das tragédias e comédias gregas eram de linho, e por causa disso, não sobreviveram ao tempo. Esta máscara de terracota é uma cópia fiel das de linho.
O Teatro Nô é uma forma clássica de teatro profissional japonês, que combina canto, pantomima, música e poesia. Interpretado apenas por atores, que passam sua arte pela tradição familiar.
Máscaras do Teatro Nô
Máscara de Tezcatlipoca, um dos deuses astecas. ( The skull of the Smoking Mirror), séc. XV‐XVI, México.
A base para esta máscara é um crânio humano. Faixas alternadas de turquesa e linhita cobrem a superfície. Os olhos foram feitos de pirita de ferro; são discos embutidos em anéis de conchas. A parte de trás do crânio foi retirada e o acabamento foi feito com couro. A mandíbula é móvel, com o uso de dobradiças de couro.
Máscara africana Arte fang.Museu do Homem, Paris.
As máscaras sempre foram as protagonistas indiscutíveis da arte africana. A crença de que possuíam determinadas virtudes mágicas transformou‐as no centro das pesquisas. O fato é que, para os africanos, a máscara representava um disfarce místico com o qual poderiam absorver forças mágicas dos espíritos e assim utilizá‐las em benefício da comunidade: na cura de doentes, em rituais fúnebres, cerimônias de iniciação, casamentos e nascimentos. Serviam também para identificar os membros de certas sociedades secretas.
Máscara africanaMáscara de boi com mandíbula móvel. Arte ibibia.Museu do Homem, Paris.
Em geral, o material mais utilizado foi a madeira verde, embora existam também peças singulares de marfim, bronze e terracota. Antes de começar a entalhar, o artesão realizava uma série de rituais no bosque, onde normalmente desenvolvia o trabalho, longe da aldeia e usando ele próprio uma máscara no rosto. A máscara era criada com total liberdade, dispensando esboço e cumprindo sua função. A madeira era modelada com uma faca afiada. As peças iam do mais puro figurativismo até a abstração completa.
Máscara africanaMáscara de dança. Arte ioruba-nagô.Museu do Homem, Paris.Quanto à sua interpretação, a tarefa é difícil, na medida em que não se conhece sua função, ou seja, o ritual para o qual foram concebidas. Os colonizadores nunca valorizaram essas peças, consideradas apenas curiosidade de um povo primitivo. Paradoxalmente, a maior parte das obras africanas encontra‐se em museus do Ocidente, onde recentemente, em meados do século XX, tentou‐se classificá‐las. Na verdade, os historiadores africanos viram‐se obrigados a estudar a arte de seus antepassados nos museus da Europa.
Máscara africanaArte pendê.Museu da África Central, Tervuren.
O auge da arte africana na Europa surgiu com as primeiras vanguardas, especificamente os fauvistas e os expressionistas. Estes, além de reconhecer os valores artísticos das peças africanas, tentaram imitá‐las, embora sempre sob a ótica de suas próprias interpretações, algo que colaborou em muitos casos, para a distorção do verdadeiro sentido das obras.
Povos de diversas etnias utilizam máscaras e pinturas relacionadas a seus costumes religiosos e socias.
Mulher da tribo Kikuiu, Kenya
Os palhaços são conhecidos há aproximadamente quatro mil anos.Do oriente ao ocidente, sempre usaram´máscaras ou maquiagem.