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Mas um SIMULADO DE LNGUA PORTUGUESA - 20 QUESTES COM GABARITO

Muita INTERPRETAO DE TEXTO

SIMULADO LNGUA PORTUGUESA

1. De acordo com o ditado popular "invejoso nunca medrou, nem quem perto dele morou",

a) o invejoso nunca teve medo, nem amedronta seus vizinhos;b) enquanto o invejoso prospera, seus vizinhos empobrecem;c) o invejoso no cresce e no permite o crescimento dos vizinhos;d) o temor atinge o invejoso e tambm seus vizinhos;e) o invejoso no provoca medo em seus vizinhos.

2. Leia e responda:

"O destino no s dramaturgo, tambm o seu prprio contra-regra, isto , designa a entrada dos personagens em cena, d-lhes as cartas e outros objetos, e executa dentro os sinais correspondentes ao dilogo, uma trovoada, um carro, um tiro."

Assinale a alternativa correta sobre esse fragmento deD. Casmurro, de Machado de Assis:

a) de carter narrativo;b) de carter reflexivo;c) evita-se a linguagem figurada;d) de carter descritivo;e) no h metalinguagem.

3. "To barato que no conseguimos nem contratar uma holandesa de olhos azuis para este anncio."

No texto, a orientao semntica introduzida pelo termo nem estabelece uma relao de:

a) excluso;b) negao;c) adio;d) intensidade;e) alternncia.

Texto para a questo 4.

Ah, no sabe? No o sabes? Sabes-lo no? Esquece. No. Como "esquece"? Voc prefere falar errado? E o certo "esquece" ou "esquea"? Ilumine-me. Modiga. Ensines-lo-me, vamos. Depende. Depende. Perfeito. No o sabes. Ensinar-me-lo-ias se o soubesses, mas no sabes-o. Est bem. Est bem. Desculpe. Fale como quiser.

(L. F. Verssimo,Jornal do Brasil, 30/12/94)

4. O texto tem por finalidade:

a) satirizar a preocupao com o uso e a colocao das formas pronominais tonas;b) ilustrar ludicamente vrias possibilidades de combinao de formas pronominais;c) esclarecer pelo exemplo certos fatos da concordncia de pessoa gramatical;d) exemplificar a diversidade de tratamentos que comum na fala corrente.e) valorizar a criatividade na aplicao das regras de uso das formas pronominais.

5. Bem cuidado como , o livro apresenta alguns defeitos. Comeando com "O livro apresenta alguns defeitos",

o sentido da frase no ser alterado se continuar com:

a) desde que bem cuidado;b) contanto que bem cuidado;c) medida que bem cuidado;d) tanto que bem cuidado;e) ainda que bem cuidado.

Texto para as questes 6 e 7.

"Eu considerei a glria de um pavo ostentando o esplendor de suas cores; um luxo imperial. Mas andei lendo livros, e descobri que aquelas cores todas no existem na pena do pavo. No h pigmentos. O que h so minsculas bolhas dgua em que a luz se fragmenta, como em um prisma. O pavo um arco-ris de plumas.

Eu considerei que este o luxo do grande artista, atingir o mximo de matizes com um mnimo de elementos.

De gua e luz ele faz seu esplendor, seu grande mistrio a simplicidade. Considerei, por fim, que assim o amor, oh minha amada; de tudo que ele suscita e esplende e estremece e delira em mim existem apenas meus olhos recebendo a luz do teu olhar. Ele me cobre de glrias e me faz magnfico."

(Rubem Braga,200 Crnicas Escolhidas)

6. Nas trs "consideraes" do texto, o cronista preserva, como elemento comum, a idia de que a sensao de esplendor:

a) ocorre de maneira sbita, acidental e efmera;b) uma reao mecnica dos nossos sentidos estimulados;c) decorre da predisposio de quem est apaixonado;d) projeta-se alm dos limites fsicos do que a motivou;e) resulta da imaginao com que algum v a si mesmo.

7. Atente para as seguintes afirmaes:

I - O esplendor do pavo e o da obra de arte implicam algum grau de iluso.II - O ser que ama sente refletir em si mesmo um atributo do ser amado.III - O aparente despojamento da obra de arte oculta os recursos complexos de sua elaborao.

De acordo com o que o texto permite deduzir, apenas:

a) as afirmaes I e III esto corretas;b) as afirmaes I e II esto corretas;c) as afirmaes II e III esto corretas;d) a afirmao I est correta;e) a afirmao II est correta.

Texto para as questes 8 e 9.

"Em nossa ltima conversa, dizia-me o grande amigo que no esperava viver muito tempo, por ser um "cardisplicente".

O qu? Cardisplicente. Aquele que desdenha do prprio corao.Entre um copo e outro de cerveja, fui ao dicionrio. "Cardisplicente" no existe, voc inventou triunfei. Mas seu eu inventei, como que no existe? espantou-se o meu amigo.Semanas depois deixou em saudades fundas companheiros, parentes e bem-amadas. Homens de bom corao no deveriam ser cardisplicentes."

8. Conforme sugere o texto, "cardisplicente" :

a) um jogo fontico curioso, mas arbitrrio;b) palavra tcnica constante de dicionrios especializados;c) um neologismo desprovido de indcios de significao;d) uma criao de palavra pelo processo de composio;e) termo erudito empregado para criar um efeito cmico.

9. " Mas se eu inventei, como que no existe?"

Segundo se deduz da fala espantada do amigo do narrador, a lngua, para ele, era um cdigo aberto:

a) ao qual se incorporariam palavras fixadas no uso popular;b) a ser enriquecido pela criao de grias;c) pronto para incorporar estrangeirismos;d) que se amplia graas traduo de termos cientficos;e) a ser enriquecido com contribuies pessoais.

Texto para as questes 10 e 11.

"A triste verdade que passei as frias no calado do Leblon, nos intervalos do novo livro que venho penosamente perpetrando. Estou ficando cobra em calado, embora deva confessar que o meu momento caladnido mais alegre quando, j no caminho de volta, vislumbro o letreiro do hotel que marca a esquina da rua onde finalmente terminarei o programa-sade do dia. Sou, digamos, um caminhante resignado. Depois dos 50, a gente fica igual a carro usado, a suspenso, a embreagem, o radiador, o contraplano do rolabrequim, o contrafarto do mesocrdio epidtico, a falta da serotorpina folimolecular, o que mecnicos e mdicos disseram. A, para conseguir ir segurando a barra, vou acatando os conselhos. Andar bom para mim, digo sem muita convico a meus entediados botes, bom para todos."

(Joo Ubaldo Ribeiro,O Estado de S. Paulo, 6/8/95)

10. No perodo que se inicia em "Depois dos 50...", o uso de termos (j existentes ou inventados) referentes a reas diversas tem como resultado:

a) um tom de melancolia, pela aproximao entre um carro usado e um homem doente;b) um efeito de ironia, pelo uso paralelo de termos da medicina e da mecnica;c) uma certa confuso no esprito do leitor, devido apresentao de termos novos e desconhecidos;d) a inveno de uma metalinguagem, pelo uso de termos mdicos em lugar de expresses corriqueiras;e) a criao de uma metfora existencial, pela oposio entre o ser humano e objetos.

11. Na frase "A, para conseguir ir segurando a barra, vou acatando os conselhos...". A ser corretamente substitudo, de acordo com seu sentido no texto, por:

a) Nesse lugarb) Nesse instantec) Contudod) Em conseqnciae) Ao contrrio

12. A prosopopia, figura que se observa no verso "Sinto o canto da noite na boca do vento", ocorre em:

a) "A vida uma pera e uma grande pera."b) "Ao cabo to bem chamado, por Cames, de Tormentrio, os portugueses apelidaram-no de Boa Esperana."c) "Uma talhada de melancia, com seus alegres caroos."d) "Oh! eu quero viver, beber perfumes, Na flor silvestre, que embalsama os ares."e) "A felicidade como a pluma..."

13.

Folha: De todos os ditados envolvendo o seu nome, qual o que mais lhe agrada?Sat: O diabo ri por ltimo.Folha: Riu por ltimo.Sat: Se por ltimo, o verbo no pode vir no passado.

(O Inimigo Csmico, Folha de S. Paulo, 3/9/95)

Rejeitando a correo ao ditado, Sat mostra ter usado o presente do indicativo com o mesmo valor que tem em:

a) Romrio recebe a bola e chuta. Gooool!b) D. Pedro, indignado, ergue a espada e d o brado de independncia.c) Todo dia ela fez tudo sempre igual.d) O quadrado da hipotenusa igual soma dos quadrados dos catetos.e) Uma manh destas, Jacinto, apareo no 202 para almoar contigo.

14. Reflita sobre o dilogo abaixo:

X Seu juzo melhorou?Y Bom... o que diz nosso psiquiatra.Em Y:

(1)Bomno se classifica como adjetivo.(2)edizesto conjugados no mesmo tempo.(3)o pronome demonstrativo.(4)psiquiatra o ncleo do sujeito.Somando-se os nmeros esquerda das declaraes corretas com referncia a Y, o resultado :

a) 6b) 7c) 8d) 9e) 10

15. "(...) a gria desceu o morro e j ganhou rtulo de linguagem urbana. A gria hoje o segundo idioma do brasileiro. Todas as classes sociais a utilizam."

(Rodrigues, Kanne. Lngua Solta.O Povo. Fortaleza, 30/12/93. Caderno B, p. 6)

Assinale a letra em que no se emprega o fenmeno lingstico tratado no texto.

a) A linguagem tida como padro, galera, a das classes sociais de maior prestgio econmico e cultural b) Gria no linguagem s de marginal, como pensam alguns indivduos desinformados.c) Apesar de efmera e descartvel, a gria um barato que enriquece o idioma.d) "A gria enriquece tanto a linguagem como o poder de interao entre as comunidades. Sacou?!"e) O economista comeou a falar em indexao, quando rolava um papo super cabea sobre babados mil.

As questes 16 e 17 devero ser respondidas a partir do texto que segue. Os nmeros entre parnteses, nas alternativas, remetem as linhas do texto.

"Sou, em princpio, contra a pena de morte, mas admito algumas excees. Por exemplo: pessoas que contam anedotas como se fossem experincias reais vividas por elas e s no fim voc descobre que anedota. Estas deviam ser fuziladas.Todos os outros crimes punveis com a pena capital, na minha opinio, tm a ver, de alguma maneira, com telefone.Cadeira eltrica para as telefonistas que perguntam: "Da onde?"Forca para pessoas que estendem o polegar e o dedinho ao lado da cabea quando querem imitar um telefone.(Curiosamente, uma mmica desenvolvida h pouco. Ningum, misericordiosamente, tinha pensado nela antes, embora o telefone, o polegar e o mindinho existam h anos).Garrote vil para os donos de telefone celular em geral e garrote seguido de desmembramento para os donos de telefone celular que gostam de falar no meio de multides e fazem questo de que todos saibam que se atrasou para a reunio porque o furnculo infeccionou.(Claro, a condenao s viria depois de um julgamento, mas com o Aristides Junqueira na defesa.)"

(L. F. Verssimo, "Morte",Jornal do Brasil. Rio de Janeiro, 22/12/1994. Caderno Opinio, p. 11)

16. Atente para o contedo de (a) (b) e (c)

(a) Nem toda telefonista merece cadeira eltrica.(b) Aristides Junqueira na acusao: ru descriminado.(c) Deve-se aplicar exatamente a mesma penalidade aos donos de telefone.

Considerando o texto:

a) apenas uma letra correta;b) s uma letra incorreta;c) todas as letras so corretas;d) a maioria das letras incorreta;e) nenhuma letra correta.

17. Indique a alternativa correta:

a)em princpio(l. 1) tem sentido equivalente a por princpio;b)como se(l. 3) estabelece, ao mesmo tempo, uma relao de aparncia e dvida;c)deviam(l. 4) corresponde ao futuro do pretrito;d) EmTodos os(l. 6), o artigo poderia ser dispensado;e)tm a ver(l. 7) constitui um todo indissocivel cuja idia central expressa pelo verbo auxiliar.

18. Assinale a alternativa que contm a correta classificao morfolgica da palavraque, de acordo com a ordem em que aparece no seguinte perodo: "O certo queno levantou os olhos para mim porque queriaqueabenoasse aquele recanto de terra,quelhe dera algumas iluses.":

a) pronome relativo pronome relativo conjuno subordinativa integrante;b) conjuno subordinativa integrante conjuno subordinativa adverbial causal pronome relativo;c) conjuno subordinativa integrante conjuno subordinativa integrante conjuno subordinativa integrante;d) pronome relativo conjuno subordinativa integrante pronome relativo;e) conjuno subordinativa integrante conjuno subordinativa integrante pronome relativo.

19. "__________ chegando os compradores que _________ os imveis disse o corretor, quando _____________ na conversa."

a) Vem - valorizam - interveio;b) Vm - valorizem - interviu;c) Vem - valorizem - interveio;d) Vm - valorizam - interveio;e) Vem - valorizam - interveio.

20. Disseram para _______ falar ________ ontem, mas no ________ encontrei em parte alguma.

a) mim - consigo - o;b) eu - com ele - lhe;c) mim - consigo - lhe;d) mim - contigo - te;e) eu - com ele - o.

GABARITO

01. C11. C02. B12. C03. B13. E04. A14. E05. E15. B06. C16. B07. D17. A08. C18. E09. E19. D10. B20. E