Marx materialismo histrico

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SOCIOLOGIA Karl Marx – Materialismo Histórico

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SOCIOLOGIA

Karl Marx – Materialismo Histórico

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SOCIOLOGIA

1. Materialismo histórico - A matéria ou mundo

material precede o conhecimento, a razão, o espírito

e a cultura. Isto significa:

1.1. O mundo material existe independentemente do

conhecimento

1.2. O mundo material é o pressuposto da própria

existência do sujeito concreto.

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SOCIOLOGIA

2. Modo de produção – “designa uma articulação

historicamente dada entre um determinado nível e formas

de desenvolvimento das FORÇAS PRODUTIVAS e as

RELAÇÕES DE PRODUÇÃO que lhe correspondem”.

2.1. OBJETO DE ESTUDO: Modo de produção da

sociedade capitalista.

2.1.1. OBJETIVO: “compreender” o processo de

produção social da existência humana para sua

transformação.

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SOCIOLOGIAI. Como é formado? Infraestrutura e superestrutura

i. Infraestrutura BASE ECONÔMICA DA SOCIEDADE.

Composta pelas forças produtivas e pelas relações de

produção.

A partir do trabalho, o homem transforma a natureza e cria uma

vida social, reproduzindo assim, sua existência.

• Trabalho humano-> eixo fundamental da economia para

Marx

ii. Superestrutura -> Jurídica, política e ideológica

(formada pelo Estado e os aparelhos ideológicos e

repressivos)

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SOCIOLOGIA

“Na produção social da própria existência, os homens

entram em relações determinadas, necessárias,

independentes de sua vontade; estas relações de

produção correspondem a um grau determinado de

desenvolvimento de suas forças produtivas materiais.

O conjunto dessas relações de produção constitui a

estrutura econômica da sociedade, a base real sobre a

qual se eleva uma superestrutura jurídica e política e à

qual correspondem formas sociais de consciência.

(Ianni,p.23)

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SOCIOLOGIA• Relação dialética entre infra e superestrutura – Engels

“Segundo a concepção materialista da história, o fator que em última instância

determina a história é a produção e a reprodução da vida real. Nem Marx nem eu

nunca afirmamos mais do que isso. Se alguém o tergiversa dizendo que o fator

econômico é o único determinante, converte aquela tese numa frase vazia, abstrata

e absurda. A situação econômica é a base, mas os diversos fatores da

superestrutura – as formas políticas da luta de classes e seus resultados, as

Constituições que, uma vez ganha uma batalha, são redigidas pela classe vitoriosa

etc., as formas jurídicas, mesmo os reflexos de todas estas lutas reais no cérebro

dos participantes, as teorias políticas, jurídicas, filosóficas, as ideias religiosas e o

seu desenvolvimento ulterior até serem convertidas em sistemas dogmáticos –

exercem igualmente a sua ação sobre o curso das lutas históricas e, em muitos

casos, determinam predominantemente sua forma (...)” – Engels – Carta a Bloch,

p.520-522

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SOCIOLOGIA• A classe dominante para garantir seu domínio econômico

emprega à força das ideias ou sua ideologia (sua visão de

mundo e seus valores) = conjunto de representações da

realidade que legitimam o poder das classes dominantes.

“As ideias da classe dominante são, em cada época, as ideias dominantes, isto é,

a classe que é a força material dominante da sociedade, é ao mesmo tempo,

sua força espiritual dominante. A classe que tem à sua disposição os meios de

produção material dispõe, ao mesmo tempo, dos meios de produção espiritual, o

que faz com que a ela sejam submetidas, ao mesmo tempo e em média, as

ideias daqueles aos quais faltam os meios de produção espiritual.” Marx e

Engels, Ideologia Alemã, p.73

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• Teses do Materialismo Histórico

1. O modo de produção da vida material condiciona a vida

social, política, intelectual, etc. (MARX, Contribuição à

Crítica da Economia Política, p.24-25)

Ex: Surgimento da Sociologia no século XIX. Por que não antes?

A vida material capitalista colocou a condições para uma

reflexão específica sobre os impactos e os rumos deste modo

de produção.

2. As relações de produção correspondem a um certo

desenvolvimento das forças produtivas materiais . (Idem,

p.24)

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SOCIOLOGIA3. Em certo estágio do desenvolvimento, as forças produtivas

materiais da sociedade entram em contradição com as relações

de produção existentes. As relações de produção se tornam o

entrave. Surge então uma época de revolução social. (Idem)

Ex: “Há dezenas de anos, a história da indústria e do comércio não

é senão a história da revolta das forças produtivas modernas

contra as modernas relações de produção e de propriedade que

condicionam a existência da burguesia e seu domínio. (...)”

Marx e Engels, Manifesto do Partido Comunista

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Níveis das forças produtivas

Principais invenções industriais

Forma dominante de propriedade

Forma dominante de trabalho

Século X 6 Propriedade agrária, com acumulação de riqueza

Servidão

Século XI 4 Idem Servidão

Século XII 10 Idem Servidão

Século XIII 12 Idem Servidão

Século XIV 17 Propriedade agrária, com interesses comerciais e expansão colonial

Trabalho feudal, servil

Século XV 50 Idem Idem

Século XVI 15 Idem Idem

Século XVII 17 Propriedade agrária, modernizada, sistema de manufatura e forte capital

Trabalho agrícola

Século XVIII 43 Idem Idem

Século XIX 103 Capital industrial e livre Trabalho assalariado

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• Tipos de MODO DE PRODUÇÃO (sociedade ocidental) –

análise dialética e não evolucionista como preconizava

Comte as sociedades se transformam quando os homens

alteram o modo de produzir ou seja: mudanças nas forças

produtivas alteram as relações de produção, produzindo

outras classes dominantes e novas ideologias. Primitivo – propriedade tribal Antigo – propriedade comunal e estatal Feudal – propriedade feudal Capitalista – propriedade capitalista – Presente (XIX) Socialista - propriedade estatal Comunista – superação da propriedade privada

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Tipo de modo de produção

Relações de produção

Forças produtivas

Estado Ideologia

Primitivo Proprieda-de coletiva

Cultivo comum da terra

Organização tribal

Religião primitiva

Antigo (escravista)

Senhores X Escravos

Cultivo da terra com base na escravidão

Impérios centralizados (Ex:Grécia, Roma)

Religião do Estado

Feudal Senhores X Servos

Cultivo da terra/Arrendamento

Feudos (Poder descentralizado)

Catolicismo

Capitalista

Burguesia X Proletari-ado

Indústria Estado Parlamentar

Cultura burguesa (individualis-mo)

Sell,Carlos Eduardo. Sociologia Clássica, p.55-57

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• Relações de produção – dizem respeito as interações entre

os homens estabelecidas no processo de trabalho (durante as

atividades produtivas), conforme à divisão de trabalho.

Manifestam-se em três dimensões ou níveis:

1.relações de propriedade;

2.relações de distribuição e de troca;

3.relações de trabalho.

Classificação de Teotônio dos Santos – Forças produtivas e

Relações de Produção, Capítulo VI – p.56-67

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SOCIOLOGIA• Forças produtivas referem-se à ação dos homens sobre a

natureza, correspondendo a tudo aquilo que é utilizado pelo

homem no processo de produção. Principais elementos

constitutivos das forças produtivas que se articulam entre si:

1. “Força de trabalho (sujeito ativo ou trabalhador);

2.Objeto de trabalho (sobre o qual atua a força de trabalho);

3.Meios de produção (instrumentos empregados pelo

trabalhador para transformar o objeto de trabalho);

4.Elementos auxiliares (tipos de energia)

Classificação de Teotônio dos Santos – Forças Produtivas e

relações de produção – Capítulo V – p.45-55

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“Assim sendo, as noções de forças produtivas e de relações sociais de

produção mostram que tais relações se interligam de modo que as

mudanças em uma provocam alterações na outra. Em resumo, o

conceito de forças produtivas refere-se a instrumentos e habilidades

que possibilitam o controle das condições naturais da produção, e seu

desenvolvimento é sempre cumulativo. O conceito de relações sociais

de produção trata das diferentes formas de organização da produção

e distribuição, de posse e tipos de propriedade dos meios de produção,

bem como e que se constituem no substrato para a estruturação das

desigualdades expressas nas classes sociais. O primeiro trata das

relações homem/natureza e o segundo das relações entre os homens

no processo produtivo”. Quintaneiro, Tania. Um toque de clássicos. p. 36.