MARIO DE ANDRADE

download MARIO DE ANDRADE

If you can't read please download the document

description

MARIO DE ANDRADE. • Foi um dos principais responsáveis pela Semana de Arte Moderna. • Dedicou-se ao estudo de literatura, música, artes plástica e folclore brasileiro. • Publica seu primeiro livro em 1917: Há uma gota de sangue em cada poema . - PowerPoint PPT Presentation

Transcript of MARIO DE ANDRADE

Slide 1

MARIO DE ANDRADE Foi um dos principais responsveis pela Semana de Arte Moderna.

Dedicou-se ao estudo de literatura, msica, artes plstica e folclore brasileiro.

Publica seu primeiro livro em 1917: H uma gota de sangue em cada poema.

Em 1922, publica o livro de poemas Pauliceia Desvairada, a primeira grande obra modernista.

Em 1925, publica o livro de ensaios A escrava que no Isaura.

Em 1928, publica o romance Macunama.

Desvairismo:

Prefcio interessantssimo

Est fundado o Desvairismo.

Quando sinto a impulso lrica escrevo sem pensar tudo que meu inconsciente me grita. Penso depois: no s para corrigir, como para justificar o que escrevi. Da a razo deste Prefcio Interessantssimo. Alis muito difcil nesta prosa saber onde termina a blague, onde principia a seriedade. Nem eu sei. E desculpem-me por estar to atrasado dos movimentos artsticos atuais. Sou passadista, confesso. Ningum pode se libertar duma s vez das teorias-avs que bebeu; e o autor deste livro seria hipcrita si pretendesse representar orientao moderna que ainda no compreende bem.

Mas todo este prefcio, com todo a disparate das teorias que contm, no vale coisssima nenhuma. Quando escrevi "Paulicia Desvairada" no pensei em nada disto. Garanto porm que chorei, que cantei, que ri, que berrei... Eu vivo! Alis versos no se escrevem para leitura de olhos mudos. Versos cantam-se, urram-se, choram-se Quem no souber cantar no leia Paisagem n 1. Quem no souber urrar no leia Ode ao Burgus. Quem no souber rezar, no leia Religio. Desprezar: A Escalada. Sofrer: Colloque Sentimental. Perdoar: a cantiga do bero, um dos solos de Minha Loucura, das Enfibraturas do Ipiranga. No continuo. Repugna-me dar a chave de meu livro. Quem for como eu tem essa chave. E est acabada a escola potica "Desvairismo". Prximo livro fundarei outra. E no quero discpulos. Em arte: escola=imbecilidade de muitos para vaidade dum s. Poderia ter citado Gorch Fock. Evitava o Prefcio Interessantssimo. "Toda cano de liberdade vem do crcere".INSPIRAOMrio de Andrade

So Paulo! Comoo de minha vida...Os meus amores so flores feitas deoriginal...Arlequinal!...Traje de losangos... Cinzae ouro...Luz e bruma...Forno e inverno morno...Elegncias sutis sem escndalos, semcimes...Perfumes de Paris...Anys!Bofetadas lricas noTrianon...Algodoal!...So Paulo! Comoo de minha vida...Galicismo a berrar nos desertos daAmrica!

Macunama: o heri sem nenhum carter

Romance que tematiza a pluralidade cultural do Brasil.

Trata-se de uma rapsdia: reunio de lendas, provrbios, ditos populares de diversas regies brasileiras.

H um trabalho importante com a linguagem: a oralidade se estabelece em detrimento da lngua padro (Carta pras Incamiabas)

No fundo do mato-virgem nasceu Macunama, heri de nossa gente. Era preto retinto e filho do medo da noite. Houve um momento em que o silncio foi to grande escutando o murmurejo do Uraricoera, que a ndia, tapanhumas pariu uma criana feia. Essa criana que chamaram de Macunama.J na meninice fez coisas de sarapantar. De primeiro: passou mais de seis anos no falando. Se o incitavam a falar exclamava: If Ai! que preguia!. . . e no dizia mais nada.