Mário
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Mário
Paulicea - a grande bocca de mil dentesMário de Andrade
ofetadas líricas no Trianon... Algodoal ! ...
os meus amores são flores
feitas do original...
Arlequinal !... traje de losangos... Cinza e ouro...
Luz e bruma... Forno e
Elegáncias sutis sem escándalos,
Perfumes de Paris... Arys !
inverno morno...
sem ciumes...
INSPIRAÇÃO
São Paulo! comoção de minha vida...
Galicismos a berrar nos
desertos da América!
São Paulo! comoção de minha vida...
FR. LUIS DE SOUSA
e frios de crudélissimo inverno”
“Onde até na fôrça do verão havia tempestade de ventos
Bofetadas líricas no Trianon... Algodoal ! ...
Os meus amores são flores
feitas do original...
Arlequinal !... Traje de losangos... Cinza e ouro...
Luz e bruma... Forno e
Elegáncias sutis sem escándalos,
Perfumes de Paris... Arys !
inverno morno...
sem ciumes...
São Paulo! comoção de minha vida...
Galicismo a berrar nos
desertos da América!
Sentimentos em mim do asperamente
dos homens das primeiras eras...
As primaveras de sarcasmo
intermitentemente no meu coração arlequinal...
intermitentemente...
O TROVADOR
Outras vezes é um doente, um frio
na minha alma doente como um longo
som redondo...
Cantabona ! Cantabona !
Dlorom...
Sou um tupi tangendo um alaúde !
Sentimentos em mim do asperamente
dos homens das primeiras eras...
As primaveras de sarcasmo
intermitentemente no meu coração arlequinal...
Intermitentemente...
O TROVADOR
Sou um tupi tangendo um alaúde !
Outras vezes é um doente, um frio
na minha alma doente como um longo
som redondo...
Cantabona ! Cantabona !
Dlorom...
OS CORTEJOS
Monotonias das minhas retinas...
Serpentinas de entes frementes a se desenrolar...
Todos os sempres da minha visão! “Bom giorno, caro.”
Horríveis as cidades !
Vaidades e mais vaidades...
Nada de asas ! Nada de poesia ! Nada de alegria !
Oh ! os tumultuários das ausências !
Paulicéa – a grande bocca de mil dentes;
e os jôrros dentre a língua trissulca
de pús e de mais pús de distinção...
Giram homens fracos, baixos, magros...
Serpentinas de entes fre-mentes a se desenrolar...
OS CORTEJOS
Monotonias das minhas retinas...
Serpentinas de entes frementes a se desenrolar...
Todos os sempres da minha visão! “Bom giorno, caro.”
Horríveis as cidades !
Vaidades e mais vaidades...
Nada de asas ! Nada de poesia ! Nada de alegria !
Oh ! os tumultuários das auséncias !
Paulicea – a grande bocca de mil dentes ;
e os jôrros dentre a língua trissulca
de pús e de mais pús de distinção...
Estes homens de São Paulo
todos iguais e desiguais,
quando vivem dentro dos meus olhos tão ricos,
parecem-me uns macacos, uns macacos
Giram homens fracos, baixos, magros...
Serpentinas de entes fre-mentes a se desenrolar...
Este caderno de ilustrações a partir da obra de Mário de Andrade é parte integrante do TFG São São Paulo, de Luisa Amoroso Guar-dado (FAUUSP, junho 2012). Esta versão digital é uma simulação do caderno impresso: os triângulos são abas das páginas do livro, assim cada dupla tem uma visualização com a aba aberta e outra com a aba fechada. 15,3x14,8cm.