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Marinha no 25 de Abril de 1974 Antecedentes

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Marinha no 25 de Abril de 1974

Antecedentes

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Sumário

Antecedentes

Relacionados com a Marinha enquanto ramo das FA’s.

Os movimentos associativos, culturais, políticos, sindicais que envolveram oficiais de Marinha no período de 1968 a 1974

A Marinha o Movimentos dos Capitães e o MFA. O Programa do MFA

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Antecedentes relacionados com a Marinha enquanto ramo das FA’s.

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Período 1945 a 1957/1958 – período NATO

Período de extrema importância na História da Marinha face à dimensão e profundidade das

alterações produzidas, que poderemos sintetizar em três áreas principais.

Área tecnológica. A electrónica faz a sua entrada em força nas unidades navais

Táctica naval. Nova doutrina, novos conceitos de táctica naval, novos procedimentos, novas publicações.

Organização e gestão. Novos conceitos de organização, administração e gestão a todos os níveis.

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Os contactos externos

Tão grande necessidade de mudança implica um vasto processo de formação de pessoal, que possa garantir não só a

correcta condução dos equipamentos, mas também a sua manutenção. Muitas das novas áreas tecnológicas são

pioneiras no país, pelo que muita da aprendizagem vai ser feita no estrangeiro.

A intensidade dos contactos externos, então verificados, constituíram uma exigência para que se processasse a transferência de conhecimentos,

a vários níveis e respeitantes a diversas matérias, necessários para formar quadros que sustentassem tecnicamente as profundas alterações

que então se produziram.

Os contactos internacionais e estadias no estrangeiro vão ter origem não só em acções de formação, mas também, na

recepção e modernização dos navios e nas manobras internacionais . São contactos externos de grande dimensão que atingem todos os níveis da oficialidade, desde os oficiais

subalternos aos quadros superiores da hierarquia.

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Os oficiais de marinha constituíram uma das poucas classes sócio-profissionais que quebraram o isolamento

que a ditadura impunha à generalidade dos portugueses.

Os contactos externos

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Conclusões referentes ao periodo 1945-1957.

Nas unidades da Armada, com especial relevância para as câmaras dos navios, um saudável ambiente de abertura e de

liberdade vai-se impondo. Os normais constrangimentos existentes na sociedade portuguesa da época, de medir as

palavras em público, de ler ou discutir abertamente autores fora dos cânones ou colocados no índex, ler e discutir a imprensa

escrita estrangeira, criticar os governantes ou as medidas por eles tomadas, não se fazem sentir nas câmaras dos navios .

Este conjunto de contactos com os países ocidentais, vai permitir a muitos oficiais de Marinha criar defesas e imunidades em relação aos valores e à propaganda do regime e, em contrapartida, passar a apreciar e a

valorizar o exercício da liberdade e a vida das sociedades democráticas, tornando-se mais exigentes em relação ao valor da liberdade,

em relação à informação que gostavam de obter, mais exigentes em relação aos livros que gostavam de ler,

mais exigentes em relação à qualidade das diversas formas de manifestação cultural que gostavam de desfrutar.

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Marinha - a Guerra Colonial

Com o início da guerra em 1961 a Marinha irá definir as suas novas missões em função do conflito em África, definido, no

entanto, que não abandonaria algumas das suas antigas missões nomedamente o controlo e fiscalização das águas territoriais do Continente Açores e Madeira e manteria, ainda que em menor

nível, os contactos internacionais com a NATO.

A Marinha não se empenhará a 100% na Guerra em África.

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Marinha - a Guerra Colonial - Conclusões

Vai conseguir manter o seu pessoal com elevados níveis de preparação tecnológica,

face aos novos meios navais adquiridos, muito mais sofisticados que os anteriormente existentes – Fragatas “ Comandante João Belo”, e “Almirante

Pereira da Silva”e submersíveis classe “Albacora”

Vai conseguir manter os níveis de actualização de táctica naval, pela permanência de unidades em missões NATO, principalmente na Stanavforlant.

A Marinha vai conseguir manter os contactos externos, ao adquirir novos meios navaisde tecnologia actual, e com a participação em manobras e exercícios NATO

Muitos oficiais de Marinha, sobretudo os embarcados em fragatas e corvetas, face ànatureza das suas missões, participa no esforço de guerra nos teatros de operações,

sem, no entanto, entrar directamente no combate.

A Guerra Colonial não vai impedir, antes pelo contrário, vai incrementar, o gosto de muitos oficiais da Armada, pelos valores da

liberdade e da democracia, que já se vinha verificando.

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Marinha - Conclusões

As missões da Marinha, os contactos internacionais, a preparaçãotécnica, o profissionalismo, o papel da Marinha na guerra, vão

propiciar o aparecimento de gerações que começam a colocar em causa o regime e a guerra. O ambiente de liberdade e abertura que sempre existiu nas câmaras dos navios vão ajudar

a propagação de novas ideias.

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Antecedentes relacionados com os movimentos associativos, culturais, políticos,

sindicais que envolveram oficiais de Marinha no

período de 1968 a 1974

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As primeiras manifestações concretas de descontentamento com o regime e com a evolução da guerra, fazem-se sentir com os muitos pedidos de passagem à reserva, sem direito a pensão, que muitos oficiais

requerem à administração sem que, durante alguns anos lhes seja concedida.

Entre 1967 e 1969 desertaram 10 oficiais dos quadros permanentes

As primeiras manifestações de descontentamento

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O Clube Militar Naval – CMN - 1968

Em 1968 a Direcção cessante do CMN resolve constituir umalista e propô-la aos sócios, nessa lista era indicado para

Presidente da Assembleia Geral o almirante Henrique Tenreiro o que vai provocar um movimento para

evitar que essa lista fosse eleita, tentando constituir uma lista alternativa. Esse movimento criou um slogan: “Não queremos um clube a cheirar a peixe”.

Foi constituída uma lista alternativa em que como Presidente da Direcção figurava o Comte. Manuel Lopes

de Mendonça.

No dia da Assembleia Geral eleitoral (22 de Fevereiro de 1968) foi

apresentada uma proposta de moção, para adiamento das eleições, que foi aprovada, propondo ainda que as

listas concorrentes apresentassem programas de acção

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O Clube Militar Naval – CMN - 1968

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O Clube Militar Naval – CMN - 1968

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O Clube Militar Naval - CMN

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O Clube Militar Naval – CMN - 1968

Colóquios promovidos pela direcção em 1968

• Aspectos técnicos da FF’s Almirante Pereira da Silva• Cinema e Juventude – João Bénard da Costa• Literatura e Juventude – Urbano Tavares Rodrigues• Crises monetárias – Sérgio Ribeiro

Maio de 1968 em França

Encontravam-se vários navios em construção em França (3 fragatas’s e 3 submarinos) as guarnições vão ser influenciadas

pelas movimentações verificadas então. Oficiais deslocam-se a Paris. Greve nos estaleiros

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Escola Naval - 1969

Movimentos políticos em torno das eleiçõesPropaganda da CDE – Sector XIncidente Diário da ManhãRecolha de fundos

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CMN - 1969

Colóquios promovidos pela direcção em 1969

• Os submarinos classe Albacora;• A Crise na Checoslováquia• Preocupações profissionais• Marx e o estruturalismo – Correia Jesuíno

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Ministro da Marinha autoriza passagem à Reserva Ab – sem direito a pensão

Despacho n.º 2, de 2 de Janeiro de 1969

“Os que saem pela barriga e os que saem pelos livros”

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CMN - 1970

Colóquios promovidos pela direcção em 1970

• O Clube;• A Mulher na sociedade Moderna – Isabel da Nóbrega• Livros – Nelson Trindade• Ensino – Ortigão Neves e Martins Guerreiro

Proposta para a criação de uma Comissão Cultural, aprovada por aclamação

Direcção de Magalhães Martinha integra cadetes da Escola Naval e elege uma Comissão Cultural

Crise do cartaz – fim de uma etapa

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Actividade Política - 1970

Início de movimentações para a constituição de uma organização politica.

Martins Guerreiro, Almada Contreiras e Miguel Judas, elementos dinamizadores

Reunião clandestina alargada – cerca de 30 oficiais e cadetes

Fundação de uma organização clandestina de oficiais – plataforma socialista, estruturada por zonas de residência

Um grupo pequeno de oficiais adere ao PCPAvante.pdf

Escola Naval reunião com o Comandante de Corpo de Alunos sobre a guerra

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Actividade Política - 1971

Início de aulas a praças no Ministério e Cova da Piedade

Orientação para a criação de bibliotecas a bordo e jornais de parede

Início do movimento de cursos

Incidentes na véspera do juramento do bandeira do curso “Diogo Gomes”

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Actividade Política - 1972Movimento de Cursos

Aproveitando a tradição dos jantares de curso a “Organização política dos

oficias da armada” vai lançar o movimento de cursos. Para lá dos convívios

cada curso aproveitava a reunião para debater os problemas da Marinha,

condições de vida e trabalho, remunerações, assistência às famílias …

Reconhecendo-se a necessidade de estabelecer contactos com outros cursos

Cada curso elege uma comissão representativa que se articula numa comissão

inter-cursos

Muitos cursos começam a editar Boletins de Curso com a informação sobre

o movimento e sobre outras matérias, como bibliotecas de bordo, jornais

de parede, aulas a praças …A comissão inter-cursos preocupa-se na primeira reunião com o seu funcionamento, que será definido como amplamente

democrático. Estarão representados 10 cursos. Criam-se diversos grupos de trabalho como a Comissão Promotora da Unidade e a

Comissão Coordenadora para o Problema Económico

Vão ser feitas muitas reuniões entre dois ou mais cursos, reuniões das diversas comissões e estão referenciadas 3 reuniões amplas

inter-cursos – 16 Junho, 30 Junho e 13 de Julho

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Actividade Política - 1972Movimento de Cursos

São feitos vários estudos sobre as condições de vida, é lançado um inquérito

sobre despesas mensais e é feito um estudo sobre o Orçamento da Marinha

e o seu melhor aproveitamento em despesas sociais.Em 30 de Setembro de 1972 Ministro da Marinha emite o Despacho 115 que

vai proibir o movimento de cursos.

Depois da proibição vão ser constituídas três comissões que vão ao Ministro

explicar a natureza do movimento e algumas das conclusões e estudos produzidos

Este movimento associativo, aberto, vai movimentar algumas centenas de

oficiais, vai promover o debate, a prática democrática e a capacidade dereflexão colectiva sobre problemas de índole profissional e laboral.Após a proibição do movimento muitos oficiais adquiriram hábitos

de organização democrática e de intervenção

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Actividade Política - 1972

Movimento de Cursos

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Actividade Política - 1972

Movimento de Cursos

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Actividade Política - 1972

Movimento de Cursos

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Actividade Política - 1972

Movimento de Cursos

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Actividade Política - 1973

A Organização de oficiais decide tentar promover uma lista para a direcção do CMN

que garanta o desenvolvimento de actividades associativas e culturais, o que

veio a acontecer. Foi eleito presidente da direcção o então comandante Pinheiro de

Azevedo e como vogal Martins Guerreiro.A Organização de oficiais decide arrancar com um novo modelo de

organização, por unidades, aproveitando a movimentação que se havia gerado com omovimento de cursos. Criam-se de imediato núcleos no G1EA em Vila

Franca,Esquadrilha de Submarinos e Base Naval (navios)Entrega de abaixo assinado ao ministro, pretexto a PIDE invadira a casa

deum oficial de Marinha.

CMN – Colóquios•“O Cinema” – António Pedro de Vasconcelos•“A Mulher na sociedade portuguesa” – Maria Lamas e Maria Emília Correia•“Criação de um parque marítimo nacional” – Ramos Rocha•Teatro – “A Comédia Moscheta” - Bonecreiros

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Actividade Política - 1973

Em Abril de 1973, 13 oficiais de Marinha e 2 cadetes da Escola Naval participamno 3º Congresso da Oposição Democrática em Aveiro.

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A Marinha o Movimentos dos Capitães e o MFA. O Programa do MFA

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O Movimento dos Capitães

A Marinha mantém contactos com o Movimento dos Capitães, quase desde

o seu início. O primeiro contacto é feito por Costa Correia, e o movimento de

oficiais vai nomear mais três oficiais para se juntarem a Costa Correia, que são:

Almada Contreiras, Vidal Pinho e Pedro Lauret. O interlocutor por parte do Exército será inicialmente o Major Hugo

dos Santos.Nas primeira reuniões do Movimento - Alcáçovas em 9 de Setembro e quadripartida em 06 de Outubro – os problemas situavam-se ainda no

âmbito corporativo, ainda que se manifestasse crescente determinação por parte

dos oficiais do Exército, como é comprovado pela decisão dos pedidos de demissão

Nas reuniões de 24 de Novembro em S. Pedro do Estoril e depois 1 de Dezembro

em Óbidos, inicia-se claramente uma segunda fase em que a hipótesede golpe militar se coloca claramente embora ainda não assumida.

Quando se inicia o Movimento dos Capitães, em Julho/Agosto de 1973, a organizaçãopolitica dos oficiais da Armada, tinha maturidade politica, organização,

e quadros suficientes para efectuar adequadamente ligação ao movimento dos camaradas do Exército

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O Movimento dos Capitães

Na reunião de Óbidos a 1 de Dezembro de 1973 são formuladas 3 hipóteses devias de actuação:

3.a Hipótese3.a Hipótese - «Utilização de reivindicações exclusivamente militares, como forma de alcançar o prestígio - «Utilização de reivindicações exclusivamente militares, como forma de alcançar o prestígio das Forças Armadas , e de pressão sobre o Governo, com vista à obtenção da 2a hipótese». das Forças Armadas , e de pressão sobre o Governo, com vista à obtenção da 2a hipótese».

1.ª Hipótese1.ª Hipótese - «Conquista do poder para, com uma Junta Militar, criar no país as condições - «Conquista do poder para, com uma Junta Militar, criar no país as condições que possibilitem que possibilitem

uma verdadeira expressão nacional (democratização)»; uma verdadeira expressão nacional (democratização)»; 2.a Hipótese2.a Hipótese - «Legitimação do Governo, através de eleições livres, devidamente - «Legitimação do Governo, através de eleições livres, devidamente fiscalizadas pelo Exército,fiscalizadas pelo Exército,

seguindo-se um referendo sobre o problema do Ultramar»; seguindo-se um referendo sobre o problema do Ultramar»;

É ainda aprovada a necessidade de escolher chefes prestigiados.É ainda aprovada a necessidade de escolher chefes prestigiados.Feita a contagem dos votos já recolhidos nas unidades do Exército Feita a contagem dos votos já recolhidos nas unidades do Exército

pelos respectivos delegados, verifica-se que o mais votado é o general pelos respectivos delegados, verifica-se que o mais votado é o general Costa Gomes, o segundo é o general António de Spínola e o terceiro é o Costa Gomes, o segundo é o general António de Spínola e o terceiro é o

general Kaúlza de Arriagageneral Kaúlza de Arriaga

Em Dezembro o general Kaúlza de Arriaga tenta um golpe de estadoEm Dezembro o general Kaúlza de Arriaga tenta um golpe de estado

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O Movimento dos Capitães

A Marinha encara com apreensão a situação, em primeiro lugar por se A Marinha encara com apreensão a situação, em primeiro lugar por se encarar a hipótese de golpe militar sem se formular qualquer ideia de encarar a hipótese de golpe militar sem se formular qualquer ideia de programa ou projecto político. O facto de se falar em eleições livres ou programa ou projecto político. O facto de se falar em eleições livres ou de eleições fiscalizadas pelo Exército não eram garantias nenhumas de de eleições fiscalizadas pelo Exército não eram garantias nenhumas de

democratização do regime. O referendo sobre o Ultramar como processo democratização do regime. O referendo sobre o Ultramar como processo de decisão revelava o conceito de que a solução para o problema de decisão revelava o conceito de que a solução para o problema

dependia apenas de Portugal . dependia apenas de Portugal .

A necessidade de escolher chefes militares prestigiados e de terem sido A necessidade de escolher chefes militares prestigiados e de terem sido eleitos três generais do regime e um deles da extrema direita mais eleitos três generais do regime e um deles da extrema direita mais

apreensão causa.apreensão causa.

A organização de oficiais de Marinha vai decidir que fundamentalmente A organização de oficiais de Marinha vai decidir que fundamentalmente o seu papel deverá ser tentar influenciar o Movimento dos Capitães o seu papel deverá ser tentar influenciar o Movimento dos Capitães para que seja adoptado um programa politico que conduza a uma para que seja adoptado um programa politico que conduza a uma

viragem para um regime democrático e que qualquer solução para o viragem para um regime democrático e que qualquer solução para o Ultramar deve partir do pressuposto da aceitação do princípio do Ultramar deve partir do pressuposto da aceitação do princípio do

direito dos povos à autodeterminação.direito dos povos à autodeterminação.

A organização de oficiais da Armada reconhecia a grande rapidez com A organização de oficiais da Armada reconhecia a grande rapidez com que os camaradas do Exército se estavam a organizar – abaixo-que os camaradas do Exército se estavam a organizar – abaixo-

assinados, reunião de Óbidos com representantes das unidades, assinados, reunião de Óbidos com representantes das unidades, comissão das unidades de força – mas também receava que se falasse comissão das unidades de força – mas também receava que se falasse

em golpe sem definir objectivos politicas claros e coerentes em golpe sem definir objectivos politicas claros e coerentes

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O Movimento dos Capitães

A 5 de Fevereiro de 1974, em casa do coronel Marcelino A 5 de Fevereiro de 1974, em casa do coronel Marcelino Marques, é efectuadaMarques, é efectuada

uma reunião para discussão do primeiro esboço de programa uma reunião para discussão do primeiro esboço de programa político.político.

Estão presentes, pela primeira vez, Garcia dos Santos, Costa Estão presentes, pela primeira vez, Garcia dos Santos, Costa Brás e Melo Antunes. A reunião vai ser muito confusa e o Brás e Melo Antunes. A reunião vai ser muito confusa e o documento apresentado - eventual programa politico - é documento apresentado - eventual programa politico - é

rejeitado, em consequência, é eleita uma comissão encarregada rejeitado, em consequência, é eleita uma comissão encarregada de nova redacção. Constituem-na Costa Brás, Melo Antunes, de nova redacção. Constituem-na Costa Brás, Melo Antunes,

José Maria Azevedo e Sousa e Castro.José Maria Azevedo e Sousa e Castro.

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Aproximadamente a 7 de Fevereiro Leal Loureiro apresenta Melo Aproximadamente a 7 de Fevereiro Leal Loureiro apresenta Melo Antunes a Martins Guerreiro e Almada Contreiras em Algés. A partir Antunes a Martins Guerreiro e Almada Contreiras em Algés. A partir daí acordam na necessidade de produzir um programa político e de daí acordam na necessidade de produzir um programa político e de

tentar que o Movimento se vincule a ele.tentar que o Movimento se vincule a ele.

Guerreiro e Contreiras, em representação do movimento de oficiais da Guerreiro e Contreiras, em representação do movimento de oficiais da Armada, e Melo Antunes fazem várias reuniões e chegam a uma Armada, e Melo Antunes fazem várias reuniões e chegam a uma

redacção provisória de um projecto de programa, que deveria ser redacção provisória de um projecto de programa, que deveria ser apresentada ao Exército e claro contaria com a aprovação da Marinhaapresentada ao Exército e claro contaria com a aprovação da Marinha

Neste ambiente de entendimento com Melo Antunes, os elementos de Neste ambiente de entendimento com Melo Antunes, os elementos de ligação da Marinha participam na redacção do documento “O ligação da Marinha participam na redacção do documento “O

Movimento as Forças Armadas e a Nação” que vai ser apresentado em Movimento as Forças Armadas e a Nação” que vai ser apresentado em reunião preparatória em casa do capitão Seabra em Algés, vindo a ser reunião preparatória em casa do capitão Seabra em Algés, vindo a ser

aprovado um projecto com alterações. O documento virá a ser aprovado aprovado um projecto com alterações. O documento virá a ser aprovado na reunião de Cascais a 5 de Março.na reunião de Cascais a 5 de Março.

Melo Antunes sai profundamente desanimado da reunião, com o Melo Antunes sai profundamente desanimado da reunião, com o mesmo tipo de apreensões das sentidas pelos oficias de Marinha. Um mesmo tipo de apreensões das sentidas pelos oficias de Marinha. Um

aspirante miliciano, Leal Loureiro, conhecido de Almada Contreiras vai aspirante miliciano, Leal Loureiro, conhecido de Almada Contreiras vai ter uma conversa com Melo Antunes e refere-lhe que a Marinha ter uma conversa com Melo Antunes e refere-lhe que a Marinha partilha das mesmas preocupações e prontifica-se a pô-los em partilha das mesmas preocupações e prontifica-se a pô-los em

contacto, o que efectivamente vai acontecer.contacto, o que efectivamente vai acontecer.

O Movimento dos Capitães

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O Movimento dos Capitães

A 9 de Março dá-se a prisão de vários oficiais do exército, entre eles A 9 de Março dá-se a prisão de vários oficiais do exército, entre eles Vasco Lourenço que viria a ser transferido para os Açores.Vasco Lourenço que viria a ser transferido para os Açores.

São efectuadas várias reuniões em casa de Vítor Alves e Almada São efectuadas várias reuniões em casa de Vítor Alves e Almada Contreiras para discussão do programa. Melo Antunes parte para os Contreiras para discussão do programa. Melo Antunes parte para os

Açores a 22 de Março. A comissão de ligação ao Exército é agora Açores a 22 de Março. A comissão de ligação ao Exército é agora constituída por Vítor Crespo, Almada Contreiras e Pedro Lauret. São constituída por Vítor Crespo, Almada Contreiras e Pedro Lauret. São

passados a Almada Contreiras as ligações de Melo Antunes aos órgãos passados a Almada Contreiras as ligações de Melo Antunes aos órgãos de comunicação social. Grandes dificuldades para se atingir uma de comunicação social. Grandes dificuldades para se atingir uma

versão final do programa.versão final do programa.

A desconfiança da Marinha subsiste e reforça-se com o golpe das A desconfiança da Marinha subsiste e reforça-se com o golpe das Caldas. O general Spínola não se queria comprometer com qualquer Caldas. O general Spínola não se queria comprometer com qualquer

programa político. A posição de alguns importantes dirigentes do programa político. A posição de alguns importantes dirigentes do movimento não fica clara em relação ao golpe.movimento não fica clara em relação ao golpe.

A 13 de Março aprovado com 125 votos uma moção de solidariedade da A 13 de Março aprovado com 125 votos uma moção de solidariedade da Marinha comMarinha com

os oficiais do exército presos e afastados. É assumida a posição de os oficiais do exército presos e afastados. É assumida a posição de princípio deprincípio de

garantir que a Marinha nunca tomaria qualquer posição militar contra garantir que a Marinha nunca tomaria qualquer posição militar contra o Exército.o Exército.

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O Movimento dos Capitães

O movimento de oficiais da Armada contacta várias forças O movimento de oficiais da Armada contacta várias forças politicas nomeadamente: PCP, CDE, PS, católicos progressistas politicas nomeadamente: PCP, CDE, PS, católicos progressistas e outras forças de esquerda, dando-lhes a conhecer as linhas e outras forças de esquerda, dando-lhes a conhecer as linhas

gerais do programa do movimento e as suas apreensões gerais do programa do movimento e as suas apreensões relativas à situação politica.relativas à situação politica.

A organização de oficiais da Marinha define a sua posição em A organização de oficiais da Marinha define a sua posição em relação ao movimento: garantir que nenhuma unidade da relação ao movimento: garantir que nenhuma unidade da Armada saia em circunstância alguma contra o Exército. Armada saia em circunstância alguma contra o Exército.

Posição que ficou conhecida por neutralidade activa Posição que ficou conhecida por neutralidade activa

A organização de oficiais da Marinha consegue atingir, em A organização de oficiais da Marinha consegue atingir, em cooperação com Melo Antunes, o seu objectivo de dotar o MFA cooperação com Melo Antunes, o seu objectivo de dotar o MFA com um programa politico, que correspondia, em linhas gerais, com um programa politico, que correspondia, em linhas gerais,

aos grandes objectivos que há anos as diversas oposições aos grandes objectivos que há anos as diversas oposições vinham defendendo.vinham defendendo.

O programa do MFA é factor distintivo da revolução de Abril.O programa do MFA é factor distintivo da revolução de Abril.

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O dia 25 de Abril

A Marinha entrega a versão original do programa do MFA ao A Marinha entrega a versão original do programa do MFA ao jornal “República” que o publica na sua edição de 26 de Abril.jornal “República” que o publica na sua edição de 26 de Abril.

Cortes no programa do MFA na madrugada de 26 de Abril. As Cortes no programa do MFA na madrugada de 26 de Abril. As consequências.consequências.

A Gago Coutinho e a ida à PIDE.A Gago Coutinho e a ida à PIDE.

Vítor Crespo representa a Marinha no posto de comando. Vítor Crespo representa a Marinha no posto de comando.

Como se esperava o general Spínola tenta desarticular o MFA e afirma Como se esperava o general Spínola tenta desarticular o MFA e afirma que não é necessário programa do MFA. A intervenção de Vítor Crespo que não é necessário programa do MFA. A intervenção de Vítor Crespo

e de Franco Charais, vai ser determinante para que o programa não e de Franco Charais, vai ser determinante para que o programa não seja rasgado pelo general Spínola na noite de 25 de Abril.seja rasgado pelo general Spínola na noite de 25 de Abril.

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O Programa do MFA

Os 3 D’s a sua origemOs 3 D’s a sua origem

A realização de eleições no prazo de 1 ano, objectivo estratégicoA realização de eleições no prazo de 1 ano, objectivo estratégico

A oposição democrática e os 3 D’sA oposição democrática e os 3 D’s

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FIM

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FIM

• Área de serviço da apresentação

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Os novos desafios tecnológicos

A evolução tecnológica que se processa ao longo do conflito mundial e seus desenvolvimentos do pós-guerra, com destaque para a evolução vertiginosa da electrónica, reflectem-se em novas gerações de equipamentos que

integram as novas unidades navais:

• Comunicações mais sofisticadas, com equipamentos proporcionando mais rápidas, seguras e automatizadas comunicações, fazendo uso de novos procedimentos;

• Novos sensores com relevância para os radares – de aviso de superfície, aviso aéreo e de tiro - e os sonares;

• Novas direcções de tiro e armamentos (de superfície, antiaéreos, anti-submarinos); • Novos sistemas de comando e controlo;

• Novos sistemas propulsores;

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Para que as unidades navais se pudessem integrar com sucesso em forças navais multinacionais compostas por navios de várias nacionalidades, navegando e coordenando os seus movimentos,

executando as manobras de acordo com doutrina e tácticas especificas adequadas ao cenário operacional de cada momento, foi necessário a introdução na Marinha de: nova doutrina, nova

organização operacional, novos procedimentos, novas publicações.

Nova Doutrina, nova Táctica Naval

Por um período de mais de 10 anos as unidades navais da Marinha vão participar anualmente activamente em inúmeros exercícios e manobras integradas em forças NATO. A Marinha

passa de uma organização nacional, pequena e limitada, fechada, para se constituir num parceiro de uma aliança militar em que

participavam as mais avançadas marinhas do mundo. A Marinha internacionaliza-se

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Os Sistemas de Gestão

Os novos navios e os novos equipamentos, bem mais complexos, de quatro procedências diferentes, com um

elevado nível de componentes e sobressalentes, vão exigir a introdução de novos sistemas de gestão e a mecanização e

automatização dos processos logísticos, tendo para tal, sido introduzidas importantes inovações na área da gestão do

material.

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Os novos desafios

Tão grande necessidade de mudança implica um vasto processo de formação de pessoal, que possa garantir não só a

correcta condução dos equipamentos, mas também a sua manutenção. Muitas das novas áreas tecnológicas são

pioneiras no país, pelo que muita da aprendizagem vai ser feita no estrangeiro. A necessidade de multiplicar e

generalizar os conhecimentos adquiridos fora, obriga ao aparecimento de novas escolas, aptas a formarem oficiais,

sargentos e praças, quer em novas áreas tecnológicas, quer nos novos sistemas de combate. Para fazer face a tão grandes desafios a Marinha é obrigada a

modernizar-se aumentando exponencialmente a eficiência global da sua organização, conseguida pela adopção de novos modelos de organização e gestão, a todos os níveis, e pelo enorme esforço de

formação de pessoal.

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Os novos desafios

Tão grande necessidade de mudança implica um vasto processo de formação de pessoal, que possa garantir não só a

correcta condução dos equipamentos, mas também a sua manutenção. Muitas das novas áreas tecnológicas são

pioneiras no país, pelo que muita da aprendizagem vai ser feita no estrangeiro. A necessidade de multiplicar e

generalizar os conhecimentos adquiridos fora, obriga ao aparecimento de novas escolas, aptas a formarem oficiais,

sargentos e praças, quer em novas áreas tecnológicas, quer nos novos sistemas de combate. Para fazer face a tão grandes desafios a Marinha é obrigada a

modernizar-se aumentando exponencialmente a eficiência global da sua organização, conseguida pela adopção de novos modelos de organização e gestão, a todos os níveis, e pelo enorme esforço de

formação de pessoal.

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Marinha - a Guerra Colonial

A Marinha vai definir como principais missões para a Guerra as seguintes:

• Garantir a liberdade e segurança da navegação oceânica entre o continentee os territórios ultramarinos.

• Controlar a navegação costeira em cada um dos territórios permitindo a utilização das suas águas aos

navios amigos e interditando-a aos movimentos de libertação.

• Controlar as águas interiores – rios, braços de mar e lagos - permitindo a sua utilização pela navegação

amiga e interditando-a aos movimentos de libertação.

• Realizar acções de assalto do meio aquático sobre objectivos em terra. Executar patrulhamento ofensivo de águas costeiras ou cursos de água. Participar em

acções anfíbias com os outros ramos das Forças Armadas. Realizar acções de assalto e destruição em

navios no mar ou em portos.

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Marinha - Plano NavalA Marinha irá concretizar um vasto Plano Naval compreendendo a construção de inúmeros novos navios muitos deles construídos em

estaleiros nacionais.

• Fragatas classe “Comandante João Belo” (4) construídas em França nos estaleiros de Nantes;

• Corvetas da classe “João Coutinho” (6), 3 construídas na Alemanha, Hamburgo e 3 construídas em Cartagena Espanha;

• Submersíveis classe “Albacora” (4) construídos em França nos estaleiros de Nantes;

•Lanchas de Fiscalização Grandes (20) em estaleiros nacionais;•Lanchas de Fiscalização Pequenas (36) a maioria construída em

estaleiros nacionais;• Lanchas de Desembarque Grandes (6) em estaleiros nacionais;

• Lanchas de Desembarque Médias e Pequenas (96) em estaleiros nacionais;

Fragatas classe “Almirante Pereira da Silva” (3), construídas em Portugal com participação americana e para uso exclusivo NATO;

A Marinha irá reactivar as unidades de Fuzileiros e constituir unidades de Mergulhadores Sapadores

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Sumário

Antecedentes

Relacionados com a Marinha enquanto ramo das FA’s.

• Período 1945 a 1957/1958 – período NATO• Período de 1958 a 1974 a viragem para África, a Guerra Colonial

Os movimentos associativos, culturais, políticos, sindicais que envolveram oficiais de Marinha no período de 1968 a 1974

A Marinha o Movimentos dos Capitães e o MFA. O Programa do MFA

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A Marinha do fim da II Guerra Mundial a 1974

Período de 1957 a 1974 A viragem para África – A guerra Colonial

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A Marinha do fim da II Guerra Mundial a 1974

Período de 1957 a 1974 A viragem para África – A guerra Colonial