MARIANA POSTAL AVALIAÇÃO LONGITUDINAL DAS CITOCINAS...

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS MARIANA POSTAL AVALIAÇÃO LONGITUDINAL DAS CITOCINAS Th1 (TNF-α, INF-γ, IL-12) E Th2 (IL-4, IL-6, IL-10) EM PACIENTES COM LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO: ASSOCIAÇÕES COM MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS E LABORATORIAIS Campinas 2016

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS

MARIANA POSTAL

AVALIAÇÃO LONGITUDINAL DAS CITOCINAS Th1 (TNF-α, INF-γ,

IL-12) E Th2 (IL-4, IL-6, IL-10) EM PACIENTES COM LÚPUS

ERITEMATOSO SISTÊMICO: ASSOCIAÇÕES COM

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS E LABORATORIAIS

Campinas

2016

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MARIANA POSTAL

AVALIAÇÃO LONGITUDINAL DAS CITOCINAS Th1 (TNF-α, INF-γ,

IL-12) E Th2 (IL-4, IL-6, IL-10) EM PACIENTES COM LÚPUS

ERITEMATOSO SISTÊMICO: ASSOCIAÇÕES COM

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS E LABORATORIAIS

Tese apresentada à Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas como parte dos requisitos exigidos para a obtenção do título de Doutora em Ciências na Área de Concentração em Clínica Médica.

ORIENTADORA: Profª Drª Simone Appenzeller

COORIENTADORA: Profª Drª Lilian Tereza Lavras Costallat

ESTE EXEMPLAR CORRESPONDE À VERSÃO FINAL DA TESE DEFENDIDA PELA ALUNA MARIANA POSTAL, E ORIENTADA PELA PROFª. DRª. SIMONE APPENZELLER.

Campinas

2016

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BANCA EXAMINADORA DA DEFESA DE DOUTORADO [MARIANA POSTAL]

ORIENTADOR: PROF. DRA. SIMONE APPENZELLER

COORIENTADOR: PROF. DRA. LILIAN TEREZA LAVRAS COSTALLAT

MEMBROS:

1. PROF. DR. SIMONE APPENZELLER

2. PROF. DR. EDUARDO FERREIRA BORBA NETO

3. PROF. DR. ALEXANDRE WAGNER SILVA DE SOUZA

4. PROF. DR. MANOEL BARROS BERTOLO

5. PROF. DR. IBSEN BELLINI COIMBRA

Programa de Pós-Graduação em Clínica Médica da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas. A ata de defesa com as respectivas assinaturas dos membros da banca examinadora encontra-se no processo de vida acadêmica do aluno.

Data: 05/02/2016

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5 AGRADECIMENTOS

Meus sinceros agradecimentos a minha orientadora Dra. Simone Appenzeller por sua

competência, apoio e inspiração no amadurecimento dos meus conhecimentos ao longo

desses anos que foram fundamentais para execução e conclusão deste trabalho.

Agradeço aos colegas do laboratório de Reumatologia pelas parcerias insubstituíveis na

execução deste trabalho.

À minha família agradeço o apoio, o afeto, o reconhecimento e a compreensão em todas

minhas escolhas e decisões.

Ao meu noivo Thomas, agradeço pela atenção, pelo carinho e compreensão em todas as

etapas deste trabalho.

Aos pacientes e indivíduos saudáveis que aceitaram participar desta pesquisa.

Agradeço à banca examinadora pela disposição em participar e contribuir neste

trabalho.

À FAPESP, agradeço pelo suporte e incentivo financeiro.

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“A menos que modifiquemos a nossa maneira de pensar, não seremos capazes de

resolver os problemas causados pela forma como nos acostumamos a ver o mundo.”

(Albert Einstein)

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7 Resumo

Este estudo teve como objetivo avaliar, durante o período de 2 anos, os níveis séricos de

citocinas Th1 e Th2 em pacientes com LES e controles sadios, associando essas

citocinas com atividade de doença e as diferentes manifestações clínicas e laboratoriais

apresentadas pelos pacientes. E ainda, avaliar se havia variação dos níveis séricos de

citocinas Th1 e Th2 e se as mesmas pudessem ser consideradas biomarcadores. Foi um

estudo longitudinal, aberto com grupo controle onde foram selecionados pacientes

consecutivos com LES acompanhados na Unidade de Reumatologia do Hospital de

Clínicas/UNICAMP. Manifestações clínicas, laboratoriais e medicação em uso foram

avaliadas. A atividade de doença foi determinada pelo [SLE Disease Activity Index

(SLEDAI)] e o dano cumulativo pelo [Lupus International Collaborating

Clinics/American College of Rheumatology Damage Index (SDI)]. Os níveis séricos das

citocinas foram dosados pelo método Enzyme Linked Immunosorbent Assay (ELISA).

Foram incluídos 218 (210 mulheres) pacientes com LES, com média de idade de 42,62

anos [desvio padrão (DP)± 11,98 anos]. O grupo controle, com distribuições de idade e

sexo similares ao grupo de pacientes, foi constituído por 46 (40 mulheres) voluntários

sadios com média de idade de 40,04±13,54. Observou-se que, apenas a IL-6 permanece

significativamente aumentada em pacientes com LES quando comparada a controles

sadios, nos quatro tempos de avalição. Na avaliação dos dados pareados, observou-se

flutuação significativa apenas nos níveis de INF-γ (p=0,026), IL-12 (p<0,001), IL-4

(p=0,001) e IL-10 (p<0,001). Observou-se que em todos os tempos, os níveis séricos de

IL-10 estavam associados e correlacionados com a atividade de doença. INF-γ, IL-4 e

IL-10 estavam associados com manifestações NP em pacientes com LES. Observou-se

uma diferença significativa na progressão de perda de volume cerebral (p=0,028) e de

perda de volume de corpo (p<0,001) entre pacientes com LES e controles sadios.

Observou-se uma associação entre IL-12 e progressão de atrofia cerebral (p=0,008) e

uma correlação direta entre os níveis séricos de IL-12 e porcentagem de perda de

volume cerebral (rs=0,3; p=0,015). Não foram observadas associações entre progressão

de atrofia e as outras citocinas estudadas ou manifestações clínicas e laboratoriais. De

acordo com nossos resultados, concluiu-se que IL-10 pode ser considerada biomarcador

para atividade de doença e nefrite no LES. INF-γ, IL-4 e IL-10 podem identificar

pacientes com envolvimento SNC. IL-12 pode ser um biomarcador para dano cerebral

no LES.

Palavras-chave: autoimunidade, citocinas, biomarcadores, lúpus eritematoso sitêmico

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8 Abstract The aim of this study was to evaluate, during the period of two years, the sera levels of

Th1 cytokines and Th2 in SLE patients and healthy controls, associating these cytokines

with disease activity and the different clinical and laboratory manifestations presented

by SLE patients, and also, to assess whether there was a variation in the sera of Th1 and

Th2 cytokines levels and if they could be considered potential biomarkers. It was an

open, longitudinal study with a control group. Consecutive SLE patients followed at the

Rheumatology Unit (Hospital de Clínicas/UNICAMP) were recruited. Clinical,

laboratory and medication were assessed. Disease activity was determined by [SLE

Disease Activity Index (SLEDAI)] and the cumulative damage by [Lupus International

Collaborating Clinics/American College of Rheumatology Damage Index (SDI)]. Sera

cytokines levels were performed by Enzyme Linked Immunosorbent Assay (ELISA).

Two hundred and eighteen (210 women) SLE patients, with a mean age of 42.62 years

[standard deviation (SD) ±11.98 years] were included. The control group, with similar

age and sex distributions consisted of 46 (40 women) healthy volunteers with a mean

age of 40.04±13.54. It was observed that IL-6 remained significantly increased in SLE

patients compared to healthy controls over time. In the paired analyses, significant

fluctuation in IFN-γ (p=0.026), IL-12 (p<0.001), IL-4 (p=0.001) and IL-10 (p<0.001)

levels were observed. There were no significant fluctuation in the sera TNF-α and IL-6

levels. It was observed that sera IL-10 levels were associated and correlated with

disease activity, at follow up. INF-γ, IL-4 and IL-10 were associated with NP

manifestations in SLE patients. A significant difference was observed in the progressive

loss of brain volume (p=0.028) and corpus callosum volume (p<0.001) of SLE patients

compared to healthy controls. There was an association between IL-12 and progressive

brain atrophy (p=0.008) and a direct correlation between sera IL-12 levels and

percentage loss of brain volume (rs=0.3; p=0.015) was observed. No association

between progressive brain atrophy and other cytokines or clinical and laboratory

manifestations were observed. To sum up, there is a significant fluctuation in sera IFN-

γ, IL-12, IL-4 and IL-10 levels in SLE patients. IL-10 may be considered a biomarker

for disease activity and nephritis in SLE. IFN-γ, IL-4 and IL-10 can identify patients

with CNS involvement. IL-12 may be considered a biomarker for brain damage in SLE.

Keywords: Autoimmunity, cytokines, biomarkers, systemic lupus erythematosus

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9 LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Critérios revisados para a classificação de LES.............................................16

Tabela 2. Síndromes neuropsiquiátricas segundo o ACR..............................................19

Tabela 3. Score do SLEDAI dos pacientes com LES incluídos no estudo, nos 4 tempos

de avaliação.....................................................................................................................36

Tabela 4. Frequência das manifestações clínicas observadas nos pacientes com LES nos

quatro tempos de avaliação..............................................................................................37

Tabela 5. Frequência das manifestações laboratoriais observadas nos pacientes com

LES nos quatro tempos de avaliação...............................................................................38

Tabela 6. Medicações em uso pelos pacientes com LES nos quatro tempos de

avaliação..........................................................................................................................39

Tabela 7. Flutuação dos níveis séricos das citocinas Th1 e Th2 nos pacientes com LES,

de acordo com os tempos de análise................................................................................43

Tabela 8. Flutuação dos níveis séricos das citocinas Th 1 e Th2 nos controles sadios, de

acordo com os tempos de análise....................................................................................44

Tabela 9. Resultados dos testes de Mann-Whitney e das correlações de Spearman entre

os níveis séricos de IL-10 e atividade de doença em cada tempo de análise...................45

Tabela 10. Manifestações NP observadas nos pacientes com LES até a data do primeiro

exame de RM e depois até o segundo exame de RM......................................................47

Tabela 11. Volume cerebral, do corpo caloso e do ventrículo de pacientes com LES e

controles sadios, na 1ª RM e na 2ª RM (após 1 ano).......................................................48

Tabela 12. Associações entre presença de atrofia cerebral e de corpo caloso com

citocinas, manifestações clínicas, laboratoriais e de tratamento.....................................49

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10 LISTA DE FIGURAS

Figura1. Subpopulações de linfócitos T helper (Th) e as citocinas produzidas por cada

subpopulação...................................................................................................................23

Figura 2. Fluxograma de inclusão e exclusão de indivíduos nesse estudo.....................28

Figura 3A/B/C. Níveis séricos de citocinas Th1 em pacientes com LES e controles

sadios...............................................................................................................................40

Figura 3D/E/F. Níveis séricos de citocinas Th2 em pacientes com LES e controles

sadios...............................................................................................................................41

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11 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

aCL- Anti-cardiolipina

ACR- American College of Rheumatology

Anti-dsDNA- Anti-DNA de fita dupla

Anti-Sm- Anti-Smith

APC- Células apresentadoras de antígenos

AVC- Acidente vascular cerebral

BAI- Inventário de ansiedade de Beck

BDI- Inventário de depressão de Beck

BHE-Barreira hematoencefálica

CMV- Citomegalovírrus

DNA- Ácido dexoxirribonucléico

DP- Desvio padrão

EBV- Epstein-Bar

ELISA- Enzyme-Linked Immunosorbent Assay

ENA- Anticorpos contra antígenos extraídos do núcleo

FAN- Fator antinuclear

FCM- Faculdade de Ciências Médicas

HAS-Hipertensão arterial sitêmica

HC- Hospital de Clínicas

HLA- Antígeno leucocitário humano

IFNAR- Receptor de Interferon

INF-γ - Interferon gama

IL- Interleucina

BAI- Inventário de ansiedade de Beck

BDI – Inventário de depressão de Beck

LA- Anticoagulante lúpico

LCR- Líquido cefalorraquidiano

LES- Lúpus eritematoso sistêmico

LES NP- Lúpus neuropsiquiátrico

NK-células Natural Killer

NMDA- Anticorpos contra o receptor N-metil-d-aspartato

NP- Neuropsiquiátrico

OR- Odds Ratio

RNA- Ácido ribonucléico

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12 RPM- Rotação por minuto

SLEDAI- Systemic Lupus Erythematosus Disease Activity Index

SDI- Systemic Lupus International Collaborating Clinics/American College of

Rheumatology Damage Index

SNC- Sistema nervoso central

TCLE- Termo de consentimento livre e esclarecido

Th- Linfócitos T helper

TNF-α - Fator de necrose tumoral alfa

UNICAMP- Universidade Estadual de Campinas

UV- Radiação ultravioleta

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13 Sumário

Resumo ............................................................................................................................. 7

Abstract ............................................................................................................................. 8

1. Introdução e revisão da literatura ............................................................................... 15

1.1 Definição .............................................................................................................. 15

1.2 Epidemiologia ....................................................................................................... 15

1.3 Critérios classificatórios do LES .......................................................................... 15

1.5 Patogênese ............................................................................................................ 19

1.5.1 Susceptibilidade genética .............................................................................. 19

1.5.2 Fatores ambientais ........................................................................................ 20

1.5.3 Produção de autoantígenos ........................................................................... 20

1.5.4 Sistema neuroendócrino ................................................................................ 21

1.5.5 Produção de autoanticorpos ......................................................................... 21

1.5.6 Hiperatividade de células B e T .................................................................... 22

2. Justificativa ................................................................................................................. 26

3. Objetivos ..................................................................................................................... 26

3.1 Objetivo geral ....................................................................................................... 26

4. Pacientes e Métodos ................................................................................................... 26

4.1 Delineamento do estudo ....................................................................................... 26

4.2 Seleção dos pacientes ........................................................................................... 27

4.2.1 Critérios de inclusão ..................................................................................... 27

4.2.2 Critérios de exclusão ..................................................................................... 27

4.3 Seleção dos indivíduos sadios não aparentados ................................................... 27

Figura 2. Fluxograma de inclusão e exclusão de indivíduos nesse estudo ................. 28

4.4 Termo de consentimento livre e esclarecido ........................................................ 28

4.5 Análise clínica-laboratorial................................................................................... 28

4.6 Análise de atividade de doença e dano ................................................................. 29

4.7 Avaliação neurológica .......................................................................................... 30

4.7.1 Avaliação dos transtornos de humor e ansiedade ......................................... 30

4.8 Tratamento ............................................................................................................ 30

4.9 Investigação com Ressonância Magnética ........................................................... 30

4.9.1Análise das Imagens: ...................................................................................... 31

4.10 Determinação dos níveis séricos das citocinas .................................................. 32

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4.10.1 Técnica de ELISA ........................................................................................ 32

4.10.2 Obtenção de resultados ............................................................................... 34

4.11 Análise estatística .............................................................................................. 34

5. Resultados ................................................................................................................... 35

5.1 Capítulo 1 Avaliação longitudinal das citocinas Th1 (TNF-α, INF-γ, IL-12) e Th2

(IL-4, IL-6, IL-10) em pacientes com LES: associações com manifestações clínicas e

laboratoriais ............................................................................................................... 35

5.1.1 Dados demográficos ...................................................................................... 35

5.1.2 Características clínicas, laboratoriais e tratamento ..................................... 35

5.1.3 Dosagem dos níveis séricos das citocinas Th1 e Th2 .................................... 39

5.1. 4 Avaliação dos dados pareados ..................................................................... 42

5.1.5 Análise de preditores de dano cumulativo .................................................... 46

5.2 Capítulo 2 Análise de progressão de atrofia cerebral e de corpo caloso e

associação com citocinas Th1 e Th2 em pacientes com LES ..................................... 46

5.2.1 Dados demográficos ...................................................................................... 46

5.2.2. Manifestações clínicas, laboratoriais e de tratamento ................................ 46

5.2.3 Análise da progressão de atrofia cerebral e de corpo caloso ....................... 47

6. Discussão .................................................................................................................... 50

6.1 Capítulo 1 Avaliação longitudinal das citocinas Th1 (TNF-α, INF-γ, IL-12) e Th2

(IL-4, IL-6, IL-10) em pacientes com LES: associações com manifestações clínicas e

laboratoriais ............................................................................................................... 50

6.2 Capítulo 2 Análise de progressão de atrofia cerebral e de corpo caloso e

associação com citocinas Th1 e Th2 em pacientes com LES ..................................... 52

7. Conclusões .................................................................................................................. 55

8. Referências bibliográficas .......................................................................................... 56

9. Apêndices ................................................................................................................... 76

9.1 Termo de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Pacientes) .................. 76

9.2 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Controles sadios) ....................... 83

10. Anexos ...................................................................................................................... 90

10.1 Aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa-FCM ............................................ 90

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15 1. Introdução e revisão da literatura

1.1 Definição

O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença autoimune, multissistêmica,

caracterizada por períodos de remissão e exacerbação, com intensa participação do

sistema imunológico (1-5).

1.2 Epidemiologia

A taxa de incidência do LES é de 1 a 10 por 100.000 pessoas/ano e a taxa de

prevalência em geral, varia de 20 a 70 por 100.000 habitantes (6,7). Quanto às

diferentes raças, observa-se a frequência de 1 para cada 250 mulheres negras nos

Estados Unidos da América; 22,4 para cada 100.000 asiáticos e 10,3 para cada 100.000

caucasianos (5,7-11). Entretanto, apresenta-se como uma doença rara entre os negros

africanos (12,13). No Brasil, observa-se uma frequência maior entre caucasoides,

principalmente na região Sudeste do país (14). Um estudo de 2002 determinou uma

prevalência de 8,4 casos por 100.000 habitantes na região Nordeste (15).

Apesar de surgir geralmente na segunda e terceira décadas de vida, o LES pode

se manifestar em qualquer idade, predominantemente no sexo feminino (1,6,7).

Aproximadamente 15% a 20% dos diagnósticos são feitos na infância. Nas crianças, a

relação entre mulheres e homens é de 1,4 a 5,8:1; nos adultos varia de 8:1 a 13:1; nos

indivíduos de idade mais avançada, esta relação é de 2:1 (16-29).

1.3 Critérios classificatórios do LES

Não existem critérios definitivos para o diagnóstico do LES. Após cuidadosa

investigação e exclusão de doenças infecciosas e neoplásicas, entre outras, o Colégio

Americano de Reumatologia (ACR) estabeleceu critérios classificatórios para doença,

segundo os quais são necessários, no mínimo quatro critérios clínicos e/ou laboratoriais

entre onze para ter o diagnóstico definitivo de LES (30). Estes critérios foram revisados

em 1997, e o item “presença de células LE”, constante do critério “alterações

imunológicas”, foi excluído, e o teste falso positivo para sífilis foi substituído pela

presença de anticorpos antifosfolípides (31) (Tabela 1).

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16

Tabela 1. Critérios revisados para a classificação de LES (31)

CRITÉRIO OBSERVAÇÕES

Eritema malar Eritema fixo sobre as eminências malares e/ou

pregas naso-labiais

Lesão discoide

Placas eritematosas, elevadas e circulares, com

escamação aderente, comprometimento dos pelos e

cicatrização com atrofia

Fotossensibilidade Rash cutâneo resultado da exposição à luz solar,

observadas por médico

Úlceras orais Ulceração oral e/ou em nasofaringe, geralmente

dolorosa, observadas por médico

Artrite Não erosiva de 2 ou mais articulações

Serosite Pleurite

Pericardite

Envolvimento renal

Proteinúria maior que 0,5 g/dia

Leucocitúria, na ausência de infecção

Hematúria dismórfica

Cilindros celulares

Envolvimento do sistema

nervoso central

Convulsão

Psicose

Alterações hematológicas

Anemia hemolítica (Bilirrubinemia indireta, LDH

elevada, Coombs direto positivo)

Leucopenia menor que 4.000/mm3

Linfopenia menor que 1.500/mm3

Plaquetopenia menor que 100.000/mm3

Alterações imunológicas

Anticorpos Anti-dsDNA

Anticorpos Anti-Sm

Anticorpos antifosfolípide [anticardiolipina (aCL)

IgG/IgM; anticoagulante lúpico (LA)]

Fator antinuclear (FAN)

Título ≥1/80 do FAN por imunofluorescência ou um

ensaio equivalente a qualquer ponto no tempo, na

ausência de drogas conhecidas por induzirem FAN

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17 1.4 Apresentação clínica no LES

As apresentações clínicas do LES variam desde manifestações mucocutâneas a

manifestações do sistema nervoso central (SNC), como convulsões e psicose. Sintomas

constitucionais como fadiga, perda de peso e febre são frequentemente observados e

tem um impacto significativo na qualidade de vida dos pacientes (4,32).

O envolvimento cutâneo no LES é muito frequente, afetando até 90% dos

pacientes. Além do eritema malar e das lesões discoides, a fotossensibilidade é

frequentemente observada. Alopecia é frequentemente transitória associada à atividade

de doença, mas pode ocasionar cicatrizes quando associada a lesões discoides. Úlcera

oral recorrente, especialmente no palato mole é também uma característica de doença

ativa (4,33-35).

Artralgia e mialgia acometem a maioria dos pacientes. Artrite afeta, geralmente

as pequenas articulações da mão e não evoluindo para erosões. A clássica Artropatia de

Jaccoud resulta em deformidade e incapacidade funcional significativa, embora não

causada por artrite destrutiva (4, 33, 36).

As manifestações renais afetam cerca de 30% dos pacientes com LES (4,5). O

desenvolvimento da nefrite lúpica é mais comum nos primeiros anos da doença. A

nefrite lúpica é caracterizada por proteinúria (>0,5 g/24 horas), presença de sedimento

urinário (hemácias dismórficas, leucócitos) e ainda, achados histológicos. A revisão dos

critérios de classificação (37), desenvolvido pela Sociedade Internacional de Nefrologia

e da Sociedade de Patologia Renal foi atualizada. Na maioria das vezes, o envolvimento

renal é assintomático, o que torna imprescindível o exame de urina regular e

monitoramento da pressão arterial (5).

As alterações hematológicas incluem anemia, trombocitopenia e leucopenia.

Doença hematológica grave pode ocorrer, mas é relativamente rara (4,38). A anemia

geralmente é normocítica e normocrômica, e surge dependendo da gravidade e duração

da doença (38). Trombocitopenia, definida quando a contagem de plaquetas está inferior

a 100.000 células/mL, é um achado frequente no LES. O grau é variável. A

trombocitopenia transitória muitas vezes aparece durante uma fase de exacerbação da

doença sem causar tendência hemorrágica (4,38). Leucopenia é comum e pode resultar

de doença ativa ou devido à reação as medicações (4,38).

Pleurite, causando dor no peito, tosse e falta de ar é a manifestação pulmonar

mais comum no LES (39). Embora os sintomas possam estar relacionados diretamente à

atividade de doença, embolia pulmonar deve ser sempre considerada, principalmente

naqueles que têm anticorpos antifosfolípides positivos. As infecções são comuns, e

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18 qualquer lesão parenquimatosa deve ser tratada como infecciosa até que se prove o

contrário (39,40).

As complicações cardíacas incluem pericardite, doenças valvares, endocardite de

Libman-Sacks, miocardite, cardiomiopatia, doenças da artéria coronária e distúrbios da

condução (41). Vinte e cinco porcento dos pacientes com LES apresentam

envolvimento cardiovascular em algum momento da doença. As complicações

cardiovasculares representam a terceira maior causa de morte nestes pacientes, embora

nem todas as doenças cardiovasculares sejam de natureza inflamatória de fato; uma

significativa porção é devido à aterosclerose (42).

As manifestações neuropsiquiátricas (NP) ocorrem em até 75% dos pacientes.

No entanto, a frequência dessas manifestações é muito variável, dependendo do tipo de

manifestação incluída e do método usado para avaliação (2,19,43-45). O lúpus

neuropsiquiátrico (LES NP) é, muitas vezes, de difícil diagnóstico. Em 1999, o ACR

elaborou um consenso para a terminologia e definição das síndromes NP que ocorrem

no LES (46), com a participação de reumatologistas, neurologistas, psiquiatras, entre

outros, e definiu 19 síndromes mais prevalentes (Tabela 2). Posteriormente, estes

critérios foram validados e apresentaram uma sensibilidade de 91% e uma

especificidade de 46% (47). A baixa especificidade se deu devido à presença de

ansiedade, cefaleia, depressão leve, distúrbio cognitivo leve e polineuropatia não

confirmada por eletroneuromiografia (47). Quando estas manifestações foram excluídas,

observou-se uma especificidade de 93% (47).

Sintomas de depressão e ansiedade são comumente relatados em pacientes com

LES e é, provavelmente, devido ao déficit físico e ao estresse de viver com uma doença

crônica (45,48). Pacientes com transtornos de depressão e ansiedade, muitas vezes

sentem vergonha de assumir publicamente os seus sintomas; alguns métodos de

avaliação, como questionários podem ser úteis na identificação desses sintomas nos

pacientes (49).

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19 Tabela 2. Síndromes neuropsiquiátricas segundo o ACR (46)

SISTEMA NERVOSO

CENTRAL

SISTEMA NERVOSO

PERIFÉRICO

Meningite asséptica Síndrome de Guillain-Barré

Estado confusional agudo Disfunção autonômica

Ansiedade Neuropatia craniana

Doença cerebrovascular Mononeuropatia

Disfunção cognitiva Miastenia grave

Síndrome desmielinizante Plexopatia

Cefaleia Polineuropatia

Transtorno de movimento (Coreia)

Transtorno do humor

Mielopatia

Psicose

Convulsão

1.5 Patogênese

Duas características principais dos indivíduos que desenvolvem LES são a

produção de autoanticorpos e o clearance prejudicado de corpos apoptóticos. O LES é

uma doença multifatorial, incluindo fatores genéticos, ambientais e hormonais. Além

disso, alterações nas linhagens de células B e T também contribuem para o

desenvolvimento da doença (3-5). De maneira simplificada, os mecanismos envolvidos

na patogênese são: susceptibilidade genética, fatores ambientais, produção de

autoantígenos, sistema neuroendócrino, produção de autoanticorpos e hiperatividade de

células B e T. A seguir, cada item será detalhado.

1.5.1 Susceptibilidade genética

A probabilidade de desenvolvimento do LES em gêmeos monozigóticos é de 24-

57% e em gêmeos dizigóticos de 2-5%, indicando que a genética tem um papel

importante na patogênese do LES (50, 51). Genes do antígeno leucocitário humano

(HLA), particularmente HLA-DRB1e HLA-DQB1 têm sido associados à

susceptibilidade ao LES (52-59). O perfil HLA-DRB1*0301 tem sido associado à

susceptibilidade em indivíduos latino-americanos (60). Análises sorológicas específicas

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20 mostram que tanto o HLA-DR3 como o HLA-DR2 também são fatores de risco. Já o

HLA-DR3-DQ2 é um haplótipo que tem forte associação no desenvolvimento do LES

em caucasianos (60).

Do ponto de vista genético, uma série de estudos sugere que polimorfismos dos

genes codificadores de citocinas estão associados à susceptibilidade ao LES.

Polimorfismos dos genes do TNF-α (61-69), INF-α (70-75), IL-6 (76-79), IL-10 (79-82)

tem sido descritos. Além da susceptibilidade à doença, alguns desses estudos

observaram uma associação entre determinado polimorfismo e manifestações clínicas

da doença (65,71,83).

Mais recentemente, têm sido estudados os sítios de microRNA (miRNA).

miRNAs são pequenas moléculas de RNA (não-codificantes), cuja principal função é

atuar como silenciadores pós-transcrição, pois pareiam-se com mRNAs específicos e

regulam sua estabilidade e tradução (84-87). Os pacientes com LES revelaram

“assinaturas” de miRNA únicas quando comparados à indivíduos saudáveis ou àqueles

com sem a doença. Estudos mostraram que a desregulação dos miRNAs também pode

estar associada à atividade de doença e também à um maior envolvimento orgânico

(88).

1.5.2 Fatores ambientais

Há evidências de que a exposição à radiação ultravioleta (UV) altera a química

do ácido desoxirribonucléico (DNA) e sua localização, bem como a disponibilidade dos

antígenos ribonucleiprotéicos (RNP) e Ro (89). Outro fator ambiental envolvido é a

exposição a determinados vírus como o Epstein-Bar (EBV) e citomegalovírus (CMV).

Após infecção, ocorre um mecanismo chamado de mimetismo molecular entre os

antígenos próprios e externos, seguido da ativação inespecífica de linfócitos T e B,

resultando na liberação de autoantígenos mais imunogênicos (90).

1.5.3 Produção de autoantígenos

O mecanismo de ativação induzida pela morte celular programada (apoptose) é

provavelmente uma das principais fontes de autoantígenos no LES (91-93). Uma célula

em apoptose desenvolve vesículas de superfície resultantes dos antígenos que se

deslocam do núcleo para a membrana celular. Perto da superfície das células, o antígeno

pode ativar a resposta imune. Células em apoptose são encontradas continuamente em

indivíduos sadios, mas em pacientes com LES este mecanismo se torna patogênico,

devido ao aumento na quantidade e duração de células apoptóticas em circulação

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21 (94,95). Há evidências substanciais de que o clearance de células apoptóticas é

prejudicado em pacientes com LES (94).

1.5.4 Sistema neuroendócrino

Hormônios sexuais, especialmente a prolactina e o estrógeno desempenham um

papel importante na modulação da resposta imunológica (96). Anormalidades na função

do hipotálamo e/ou hipófise contribuem para a patogênese do LES. Foi observado que

alguns pacientes apresentam hiperprolactinemia e outros níveis inadequados do

hormônio antidiurético (97-99). A hiperprolactimenia estimula células B a produzirem

anticorpos, principalmente anti-dsDNA, aumentando a oferta de autoanticorpos na

circulação dos pacientes com LES. Além disso, prejudica a seleção negativa de células

B autorreativas (100-101).

O LES acomete predominantemente mulheres e em idade fértil. A alta

incidência da doença em mulheres férteis sugere o papel do estrógeno na predisposição

à doença (96). O estrógeno influencia na maturação dos linfócitos T e B. O estrógeno

ajuda a promover a hematopoese extra medular. Células B autorreativas que se

desenvolvem em meio extra medular podem escapar da seleção negativa. Notoriamente,

o estrógeno induz a ativação da citidina-desaminase, causando mutações no DNA, o que

leva a alteração das vias apoptóticas, permitindo a produção de autoanticorpos (96,102).

1.5.5 Produção de autoanticorpos

FAN é frequente em pacientes com LES, originalmente descritos em 1957

através de um ensaio de imunofluorescência com o tecido do fígado de roedores como

substrato (103,104). Mais de 90% dos pacientes com LES têm FAN positivo. Valores

de 1/80 ou maiores são aceitos como títulos significativos. Embora seja sensível, o FAN

não é específico para o LES (103).

Anti-dsDNA é um autoanticorpo altamente específico para o LES, presente em

até 70% dos pacientes, mas em menos de 0,5% dos indivíduos sadios ou pacientes com

outras doenças autoimunes (103,105). Entre os pacientes que têm títulos elevados de

anti-dsDNA e doença clinicamente quiescente, 80% têm a doença que se torna

clinicamente ativa dentro de 5 anos após a detecção de títulos elevados deste

autoanticorpo (106).

Aproximadamente 70% dos pacientes com lesões subagudas possuem anticorpo

anti-Ro (SSA), que pode estar associado a anticorpos anti-La (SSB) (107). O anti-Ro e

o anti-La são imunoglobulinas específicas contra as proteínas do RNA, sendo que o

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22 anti-La normalmente coexiste com o anti-Ro, raramente sendo encontrado sozinho.

Além disso, a presença de anti-Ro e anti-La, ou ambos durante a gravidez confere um

risco de 1 a 2% maior de bloqueio cardíaco fetal (108).

Os anticorpos anti-receptores N-metil-D-aspartato (NMDA), NR2a e NR2b têm

sido observados em pacientes com manifestações NP. Embora anticorpos anti-NR2

tenham sido estudados em pacientes com LES, apenas anticorpos anti-NR2 no líquido

cefalorraquidiano (LCR), e não no soro, estão associados a manifestações NP difusas no

LES (109-111). Os anticorpos contra receptores NMDA no LCR acometem o SNC

independente de eventos trombóticos ou vasculite (112). Estes anticorpos no LCR

foram associados com manifestações NP em geral e manifestações NP difusas

(109,110); já no soro, foram descritas associações com distúrbio cognitivo, depressão,

déficit de memória recente e de aprendizado (113).

A proteína P ribossomal é um pentâmero composto por 3 fosfoproteínas

diferentes, formando o monômero P0 e os dímeros P1 e P2. Está proteína desempenha

um papel importante em todas as etapas da síntese proteica. A presença de anticorpos

anti-P pode estar associada ao comprometimento do SNC (114-118), rins (119-121)

e/ou danos no fígado (122-124).

1.5.6 Hiperatividade de células B e T

Os mecanismos de hiperatividade de células B e T envolvem a produção de

autoantígenos, que está relacionada ao aumento da apoptose e ao clearance prejudicado

de corpos apoptóticos fornecidos continuamente pelo dano tecidual. Um único antígeno

inicia uma resposta, mas na ausência do mecanismo de tolerância imunológica, a

resposta imune torna-se ininterrupta, envolvendo mais células B e T com especificidade

relacionada ao antígeno inicial, até que ambas sejam ativadas por antígenos múltiplos,

muitos dos quais são antígenos próprios (125,126). Outro mecanismo importante sobre

hiperatividade é a expressão aumentada de moléculas de superfície que participam da

ativação de células como células B e T. Autoanticorpos podem ativar células T e ajudar

na sua diferenciação. O estímulo aumentado na diferenciação e maturação de células T

leva a uma produção anormal de citocinas em pacientes com LES (125,126).

As citocinas são proteínas de baixo peso molecular, produzidas por diferentes

células do sistema imunológico inato e adaptativo (Figura 1) (127). Elas mediam a

ativação e regulação funcional do sistema imunológico através da ligação aos receptores

de superfície celular, desempenhando um papel fundamental na diferenciação,

maturação e ativação de várias outras células (127,128).

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23

Figura 1. Subpopulações de linfócitos T helper (Th) e as citocinas produzidas por cada subpopulação

O LES é uma doença heterogênea quanto à apresentação, gravidade da doença e

resposta ao tratamento. Perfis alterados de citocinas podem ser responsáveis por essas

variações observadas na prática clínica (127). Além disso, um dos maiores problemas

diagnósticos envolvidos no LES é a distinção entre as alterações causadas pela doença

com as anormalidades geradas por eventos secundários, como complicações da

hipertensão arterial sistêmica (HAS), distúrbios metabólicos, distúrbios de coagulação,

infecções severas, aterosclerose e decorrentes do tratamento (corticosteroides e outras

medicações), entre outros (129).

Por isto é crescente o interesse em identificar biomarcadores que se

correlacionem com a atividade sistêmica do LES e que possam predizer um

envolvimento orgânico futuro, além de ajudarem na investigação de novos alvos

terapêuticos (129). Há fortes evidências que suportam o papel das citocinas na

predisposição genética e na atividade do LES (130). As principais citocinas associadas à

imunidade celular (Th1) são interleucina (IL)12, interferon gama (INF-γ) e fator de

necrose tumoral alfa (TNF-α) enquanto que IL-4, IL-6 e IL-10 estão associadas à

produção de anticorpos e à indução de imunidade humoral (Th2) (131).

A IL-12 é uma citocina pró-inflamatória que induz a produção de INF-γ,

favorecendo a diferenciação de células Th1, e mantendo uma ligação entre a resposta

inata e a adaptativa (132,133). Células dendríticas e fagócitos ativados são produtores

de IL-12. Sua produção depende de diferentes mecanismos de regulação da expressão

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24 de genes que codificam a IL-12, da expressão de receptores toll-like e ainda da reação

cruzada dos diferentes subtipos de células dendríticas, envolvendo citocinas, como IL-

10 e INF tipo I. Através da regulação negativa, a IL-12 é inibida pela IL-10. No LES,

estudos demonstraram que níveis aumentados de IL-12 estão associados à nefrite em

pacientes com LES (134) e ainda observou-se uma associação entre IL-12 e dano

cumulativo no LES (135). Um estudo mais recente demonstrou que pacientes com LES

com o anticorpo anti-P ribossomal positivo apresentavam níveis aumentados de IL-12,

sugerindo que os anticorpos promovem um aumento de reposta Th1 em pacientes com

LES (136).

O INF-γ é uma glicoproteína dimérica com subunidades de 146 aminoácidos. As

duas formas ativas da proteína são 20 e 25 kd, respectivamente (127). Esta citocina é

produzida, principalmente por células T, CD4+, assim como CD8+ e células natural

killer. Ela promove a ativação de macrófagos tanto na resposta inata quanto na

adquirida. Sua atividade é aumentada na presença de TNF-α e TNF-β. Na literatura,

estudos demonstraram níveis aumentados de INF-γ em pacientes com LES e ainda uma

correlação positiva entre níveis de INF-γ e IL-12 (137,138). Outro estudo demonstrou

uma tendência de diminuição dos níveis de INF-γ em pacientes com doença ativa (139).

Em relação a IL-10, constatou-se que o INF-γ suprime a expressão de moléculas dessa

citocina (137).

O TNF-α é uma citocina pró-inflamatória e está diretamente envolvida no

processo de apoptose (140). Esta citocina é expressa como um trímero na superfície

celular e na forma solúvel após a ativação de macrófagos e células dendríticas (127).

Sabe-se que o TNF-α exerce um papel importante na organogênese do sistema linfóide,

agindo pró-apoptose e também anti-apoptose. Esta ação do TNF-α está vinculada ao

aparecimento de autoanticorpos. Além disso, o TNF-α é uma citocina secretada por

células Th1com um papel central na inflamação, induzindo a expressão de outras

moléculas pró-inflamatórias, citocinas quimiotáticas e fatores de adesão (140). Sua ação

na patogênese do LES ainda não é completamente esclarecida (141). Em contrapartida,

em alguns casos de LES, o tratamento com TNF auxiliou no controle do processo

inflamatório dos tecidos (142,143). Vários estudos demonstraram que os níveis séricos

de TNF-α são notoriamente mais elevados em pacientes com LES quando comparados a

indivíduos sadios (131,144-150). Estudos observaram uma associação TNF-α e

atividade de doença (144, 145,147), nefrite (150,151) e depressão em pacientes com

LES (150,152). No entanto, em um estudo prévio, os níveis de TNF-α foram maiores

em pacientes com doença inativa em comparação com pacientes com doença ativa e

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25 controles, sugerindo que, TNF-α também poderia ser um fator protetor em pacientes

com LES (131).

A IL-4 é uma glicoproteína de 129 aminoácidos (20 kd), produzida por uma

subpopulação de linfócitos Th2. A IL-4 favorece a proliferação e a diferenciação de

células B e aumenta a expressão de moléculas de classe II do complexo principal de

histocompatibilidade (MHC). Esta citocina inibe a ativação das células natural killer e

estimula a proliferação de timócitos (127). Em vivo, foram demonstrados níveis

aumentados de IL-4 em pacientes com LES e também uma correlação negativa com

níveis de IL-18 (153). No entanto, não há estudos na literatura que observaram qualquer

associação da IL-4 com manifestações clínicas ou laboratoriais em pacientes com LES.

A IL-6 é uma citocina secretada por Th2 (127,154). A IL-6 é produzida por

células apresentadoras de antígenos (APC), tais como macrófagos, células dendríticas e

células B, embora a sua secreção pode também ser por células T e linfócitos B (154).

Sua produção é desencadeada pela IL-1, IL-2 e TNF-α, mas atenuada pela IL-4, IL-10 e

IL-13. Um dos efeitos mais importantes da IL-6 é induzir a maturação de linfócitos B

em células plasmáticas e aumentar a secreção de imunoglobulinas (127). Estudos

observaram níveis séricos de IL-6 aumentados em pacientes com LES quando

comparados a controles sadios e ainda associações de IL-6 com atividade de doença e

hematúria (150,155).

A IL-10 é produzida, principalmente por macrófagos, monócitos e linfócitos. Ela

bloqueia a ativação das APCs, diminui a expressão de moléculas coestimulatórias e,

portanto, atenua a ativação das células T e a secreção de TNF-α (154). IL-10 estimula a

proliferação das células B e o switching de classe de imunoglobulina, resultando em

uma maior secreção de anticorpos, que por sua vez, têm a capacidade de penetrarem em

compartimentos extra-vasculares e promoverem inflamação nos pacientes com LES

(154). Níveis séricos aumentados de IL-10 foram observados em pacientes com LES

(150, 154, 156). Estudos demonstraram além da associação de IL-10 com atividade de

doença, a correlação positiva dessa citocina com escores de SLEDAI (154, 157, 158).

Um estudo também observou a associação de IL-10 com a presença de anticorpos anti-

dsDNA (150).

Dentre suas funções pleiotrópicas, as citocinas também são importantes

mediadores na sinalização bidirecional entre sistema imunológico e SNC, podendo

ajudar na determinação manifestações NP e atrofia cerebral. O comprometimento

cerebral exerce um importante impacto tanto na qualidade de vida quanto na

mortalidade dos pacientes com LES (44,159,160).

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26 2. Justificativa

Os mecanismos intrínsecos envolvidos no LES tem sido um desafio para a

comunidade científica e corpo clínico. Atualmente, os esforços estão dirigidos no

sentido de explicar as possíveis causas envolvidas no aparecimento da doença e no

desenvolvimento de determinadas manifestações clínicas. O uso de biomarcadores pode

ser de grande valia na identificação de atividade de doença e na identificação de

subgrupos de pacientes com pior prognóstico.

3. Objetivos

3.1 Objetivo geral

- Avaliar, durante o período de 2 anos, os níveis séricos de citocinas Th1 (IL-12,

INF-γ e TNF-α) e Th2 (IL-4, IL-6 e IL-10) em pacientes com LES e controles

sadios

3.2 Objetivos específicos

- Associar os níveis séricos de citocinas Th1 e Th2 com atividade de doença e as

diferentes manifestações clínicas e laboratoriais

- Identificar subgrupos de pacientes, em especial pacientes com atividade renal e

do sistema nervoso central

- Avaliar se há variação dos níveis séricos de citocinas Th1 e Th2 e se as mesmas

podem ser consideradas biomarcadores

- Determinar se as citocinas Th1 e Th2 podem estar associadas com a progressão

de atrofia cerebral

4. Pacientes e Métodos

4.1 Delineamento do estudo

Trata-se de um estudo observacional, longitudinal, aberto com grupo controle.

Foram realizadas 4 coletas de sangue (intervalo de 6 meses), durante 2 anos, de todos os

pacientes com LES e controles incluídos no estudo. Foram realizados dois exames de

ressonância magnética (RM) com intervalo de 1 ano.

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27 4.2 Seleção dos pacientes

Foram selecionados pacientes consecutivos com LES, acompanhados no

ambulatório de Reumatologia do Hospital de Clínicas/UNICAMP cujas manifestações

clínicas e laboratoriais foram rotineiramente estudadas de acordo com protocolo já

estabelecido.

4.2.1 Critérios de inclusão - Foram incluídos pacientes com diagnóstico de LES segundo os critérios

estabelecidos pelo ACR (31) e acompanhados rotineiramente no Ambulatório de

Reumatologia do Hospital de Clínicas/UNICAMP

- Pacientes que tinham, no mínimo, 6 meses de acompanhamento no Ambulatório

de Reumatologia do Hospital de Clínicas/UNICAMP

4.2.2 Critérios de exclusão (Figura 2) - Pacientes que não concordaram em participar da pesquisa

- Pacientes com sobreposição de outras doenças autoimunes, como por exemplo,

artrite reumatoide e esclerose sistêmica

- Pacientes que apresentaram contraindicações para realização dos exames de RM

como presença de marca passo, clipes metálicos, aparelho ortodôntico,

claustrofobia

- Gravidez

4.3 Seleção dos indivíduos sadios não aparentados

O grupo controle foi constituído por indivíduos sadios com idade e distribuição

de gênero semelhante ao grupo de pacientes com LES, que não apresentaram infecções

nas datas de coleta de sangue e que concordaram em participar do projeto de pesquisa.

Esses indivíduos sadios pertenciam à mesma região geográfica (Campinas e

região), sendo estes amigos de paciente, pesquisadores e profissionais do hospital.

Foram excluídos indivíduos com doenças autoimunes e antecedentes familiares de

doença autoimune, indivíduos que apresentaram contraindicações para realização dos

exames de RM como presença de marca passo, clipes metálicos ou aparelho

ortodôntico, indivíduos com claustrofobia, com hipertensão arterial sistêmica (HAS),

diabetes mellitus, acidente vascular cerebral (AVC) prévio, gravidez (Figura 2).

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28

Figura 2. Fluxograma de inclusão e exclusão de indivíduos nesse estudo

4.4 Termo de consentimento livre e esclarecido

Todos os pacientes e voluntários foram previamente informados e assinaram o

termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE), aprovado pelo Comitê de Ética em

Pesquisa da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) - UNICAMP (nº1081/2011).

4.5 Análise clínica-laboratorial

Manifestações pregressas foram analisadas através da revisão do prontuário

médico. Foram analisadas as seguintes manifestações clínicas, laboratoriais e de

tratamento: presença de adinamia; emagrecimento (> 4 kg); febre (≥37,8° C); artrite

(não erosiva em duas ou mais articulações periféricas, vista pelo médico); necrose

asséptica (documentada em pacientes sintomáticos por radiografia simples, cintilografia

ou ressonância magnética); deformidades articulares (geralmente redutíveis vistas pelo

médico); eritema malar (eritema fixo sobre as eminências malares e/ou pregas naso-

labiais); lesões discoides (placas eritematosas, elevadas e circulares, com a presença de

escamas queratóides aderidas); alopecia; úlcera oral e/ou nasal (ulceração oral e/ou em

nasofaringe, geralmente dolorosa, observadas por médico); fotossensibilidade (rash

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29 cutâneo resultado da exposição à luz solar, relatado na história clínica ou observada por

médico); nefrite (definida pela presença de proteinúria maior que 0,5 g/l em 24 horas,

aumento progressivo de creatinina sérica ou ainda alterações histopatológicas quando

compatíveis com nefrite lúpica, segundo critérios da Organização Mundial de Saúde);

hipertensão arterial (níveis pressóricos maiores que recomendados para a idade);

síndrome nefrótica (proteinúria maior que 3 g/l em 24 horas); serosite (presença de

pleurite, pericardite ou ambas documentada no exame clínico e por imagem); outras

manifestações pulmonares como hipertensão pulmonar, pneumonite e hemorragia

pulmonar; outras manifestações cardíacas como miocardite, endocardite própria do LES

e infarto do miocárdio; miopatia (revelada por fraqueza muscular, alterações

enzimáticas, alterações da biópsia muscular e /ou da eletromiografia).

Outros fatores avaliados foram: envolvimento intestinal, hepático, e do sistema

retículo-endotelial, presença de tromboembolismo pulmonar e alterações oculares e a

presença do fenômeno de Raynaud.

Os seguintes exames, solicitados rotineiramente no diagnóstico e monitoramento

do LES foram realizados de acordo com as técnicas utilizadas no Laboratório de

Patologia Clinica e no Laboratório de Investigação em Alergia e

Imunologia/UNICAMP. Foram considerados: leucopenia (<4000 células/mm3);

linfopenia (<1500 células/mm3); anemia hemolítica (Bilirrubinemia indireta, LDH

elevada, Coombs direto positivo); trombocitopenia (<100000 células/mm3); FAN (por

imunofluorescência indireta, positivo em títulos maiores que 1/80); anticorpo anti-

dsDNA (por imunofluorescência indireta com Crithidia luciliae como substrato)

(Harris, 1987); anticorpo aCL (por método imunoenzimático); anticorpo LA (por TTPA

e Russel) (Brandt, 1995). Anticorpos contra antígenos extraídos do núcleo (ENA),

incluindo Ro (SSA), La (SSB) e Sm foram detectados por um método padronizado de

ELISA (ORG 506 ENAscreen- ORGENTEC Diagnostika GmbH). Toda investigação

clínica foi realizada por um reumatologista capacitado.

4.6 Análise de atividade de doença e dano

A atividade de doença foi avaliada pelo Systemic Lupus Erythematosus Disease

Activity Index (SLEDAI) e doença foi considerada ativa quando a somatória de pontos

do SLEDAI foi igual e/ou superior a três pontos (161,162). O dano cumulativo foi

avaliado através de um questionário especificamente desenvolvido para este fim, o

Systemic Lupus International Collaborating Clinics (SLICC)/American College of

Rheumatology Damage Index (ACR-DI) (SDI) (163). O SDI consiste em 38 itens e a

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30 pontuação pode variar de 0 a 47 pontos. Foi considerada a presença de dano se a

pontuação foi igual e/ou superior a 1.

4.7 Avaliação neurológica

As manifestações NP foram determinadas através da revisão de prontuários

médicos, seguindo os critérios para manifestações NP estabelecidos pelo ACR, em 1999

(46).

4.7.1 Avaliação dos transtornos de humor e ansiedade

Todos os indivíduos completaram os Inventários de Depressão de Beck (BDI)

(164,165) e Ansiedade (BAI) (166,167). Essas escalas consistem em 21 itens, cada um

descrevendo um sintoma comum a ansiedade/ depressão. O entrevistado foi convidado a

avaliar o quanto ele ou ela foi incomodado por cada sintoma durante o mês passado em

uma escala de 4 pontos variando de 0 a 3. Os itens são somados para obter uma

pontuação total que pode variar de 0 a 63. Os valores de corte utilizados para o BDI são:

0-13: sem/mínimo de sintomas de depressão; 14-19: sintomas leves de depressão; 20-

28: sintomas moderados de depressão e 29-63: sintomas severos de depressão e para o

BAI: 0-7: sem/mínimo de sintomas de ansiedade; 15/08: sintomas leves de ansiedade;

16-25: sintomas moderados de; 26-63: sintomas severos de ansiedade.

4.8 Tratamento

Foram consideradas as medicações prescritas nas datas das coletas das amostras

de sangue dos pacientes. As medicações consideradas foram prednisona,

cloroquina/hirdroxicloroquina/difosfato de cloroquina e outras drogas

imunossupressoras (azatioprina, ciclofosfamida, ciclosporina, metotrexato e

micofenolato mofetil).

4.9 Investigação com Ressonância Magnética

Os pacientes e controles foram submetidos a dois exames de RM, com intervalo

de 1 ano. As imagens de RM foram obtidas utilizando-se um aparelho de 3 Tesla

(Philips®), com aquisições em plano coronal, sagital e axial, além de aquisições em 3D

(volumétricas), que permitiu a reconstrução das imagens em qualquer plano ou

inclinação. Os parâmetros de imagens para as diferentes aquisições foram:

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31 1. Imagens sagitais T1 ponderadas spin echo (espessura de 6 mm, ângulo de excitação –

tip angle –de 180º ; TR=430, TE=12, matriz de 200x350, FOV=25x25cm). Estas

imagens foram utilizadas para orientar o plano de aquisição das demais imagens.

2. Imagens no plano coronal (T2 ponderadas, FLAIR); T2 ponderadas (espessura de 6

mm, ângulo de excitação de 180º, TR=1800, TE=90, matriz de 165x256,

FOV=20x24cm) ou fast spin echo T2 ponderadas (espessura de 4mm, ângulo de 50

excitação de 120º , TR6800, TE=129, matriz de 252x328, FOV=21x23cm); FLAIR

(TR= 8500 e 2000 ou 100 e 2200, TE=72 ou 90, matriz= 256 X 296 ou 250 X 256,

FOV= 200 X 220 ou 220 x 220 mm).

3. Imagens no plano axial: duplo spin echo (T2 ponderadas e densidade de prótons);

T2 ponderadas (espessura de 6 mm, ângulo de excitação de 180º , TR=1800, TE=90,

matriz de 165x256, FOV=20x24cm) ou fast spin echo T2 ponderadas (espessura de

4mm, ângulo de excitação de 120º , TR6800, TE=129, matriz de 252x328,

FOV=21x23cm.

4. Aquisições em 3D obtidas no plano sagital gradient echo T1 ponderadas com

espessura de 1mm, ângulo de excitação de 35º TR=22, TE=9, matriz de 256x220,

FOV=230x250 cm, pixel 1x1.

4.9.1Análise das Imagens: Para o estudo volumétrico, as segmentações foram realizadas em um software

semiautomático (Neuroline®), desenvolvido no Laboratório de Neuroimagem do

Departamento de Neurologia da FCM- UNICAMP. O volume das estruturas foi obtido

pela somatória das áreas, multiplicada pela espessura do corte da imagem.

Os resultados da análise dos pacientes com RM foram comparados ao grupo

controle; o padrão de normalidade foi obtido a partir da análise das estruturas de

interesse dos voluntários sadios.

O volume do corpo caloso foi corrigido pelo volume cerebral. A atrofia do corpo

caloso e cerebral foi determinada quando o Z-escore médio foi menor ou igual a -2 DP e

foi determinado aumento de ventrículo quando o Z-escore médio foi maior ou igual a 2

DP.

A progressão de atrofia foi determinada pela fórmula: (volume da estrutura na

RM 2 – volume da estrutura na RM1) / volume da estrutura na RM1. A progressão foi

expressa em porcentagem.

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32 4.10 Determinação dos níveis séricos das citocinas

Foi coletado um total de 32 mL (8mL por coleta) de sangue venoso de cada

paciente, no centro de coleta, em conjunto com os exames de rotina solicitados

regularmente para avaliação de atividade de doença. A coleta de sangue dos controles

foi realizada em no mesmo dia da coleta do paciente. Foram realizadas 4 coletas de

sangue (Tempo I, II, III e IV).

As amostras de sangue, após coagulação em temperatura ambiente de 30

minutos, foram centrifugadas, aliquotadas e conservadas a –80°C, para posterior análise

no Laboratório de Reumatologia FCM/UNICAMP. As amostras de soro foram obtidas

de janeiro/2010 a dezembro/2012.

Os níveis séricos de IL-12, INF-γ, TNF-α, IL-4, IL-6 e IL-10 foram dosados

pelo método de Enzyme Linked Immunosorbent Assay (ELISA) [Kits da R&D Systems

(London, UK)] conforme previamente apresentado na literatura e descrito a seguir.

Todos os testes foram feitos pelo mesmo indivíduo.

4.10.1 Técnica de ELISA A amostra utilizada foi soro, a partir de sangue total, colhido em tudo seco com

gel. Esperamos a amostra de sangue total coagular, a temperatura ambiente por 30

minutos. O tubo com a amostra de sangue foi centrifugado a 4000 rpm por 10 minutos.

PREPARO DE REAGENTES:

1. Solução de lavagem: 100 mL do concentrado foram diluídos em água destilada

e/ou deionizada para obtenção de um volume final de 1000 mL.

2. Substrato: O substrato liofilizado foi reconstituído com 6,0 mL de diluente de

substrato, 10 minutos antes do uso.

3. O amplificador liofilizado foi reconstituído com de 6,0 mL de diluente do

amplificador, 10 minutos antes do uso.

4. Padrão: A solução padrão foi reconstituída com o diluente Calibrador, segundo

as especificações impressas no rótulo do frasco do padrão para produzir uma

solução estoque.

a. Tubos de polipropileno foram utilizados para montagem da curva de

calibração. 500 µL de Calibrador Diluente foram pipetados em cada tubo. A

solução estoque foi utilizada para produzir uma série de diluição. Cada tubo

foi homogeneizado cuidadosamente antes da próxima transferência. O

padrão diluído serviu de padrão elevado. O Calibrador Diluente serviu como

padrão zero (0 pg/mL).

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33 PROCEDIMENTO:

1. Todos os reagentes, amostras e padrões de trabalho foram preparados

previamente, conforme indicado nas seções anteriores.

2. 50 µL de Diluente de amostra foram adicionados em todos os poços.

3. 200 µL de solução padrão, amostra ou controle foram adicionados em seus

respectivos poços. A microplaca foi coberta com a fita adesiva fornecida pelo kit. A

microplaca foi incubada por 3 horas à temperatura ambiente.

4. Lavagem

a. O líquido dos poços foi removido por aspiração ou por inversão da

microplaca, descartando o conteúdo.

b. O excesso de líquido foi retirado, segurando firmemente a microplaca,

pressionando-a em toalha de papel limpa, por 5 vezes.

c. Foram colocados 400 µL de tampão de lavagem em cada poço da

microplaca, utilizando uma pipeta multicanal automática.

d. O líquido dos poços foi removido por aspiração ou por inversão da

microplaca, descartando o conteúdo.

e. Os passos b, c, d foram repetidos por 5X para um total de seis lavagens.

5. Foram adicionados 200 µL de Conjugado em cada poço. A microplaca foi

coberta com a fita adesiva fornecida pelo kit. A microplaca foi incubada por 2 horas

à temperatura ambiente.

6. A lavagem (passo 5) foi realizada novamente.

7. Foram adicionados 50 µL de Substrato em cada poço. A microplaca foi coberta

com a fita adesiva fornecida pelo kit. A microplaca foi incubada por 1 hora à

temperatura ambiente. Após incubação a placa não foi lavada.

8. Foram adicionados 50 µL de Amplificador em cada poço. A microplaca foi

coberta com a fita adesiva fornecida pelo kit. A microplaca foi incubada por 30

minutos à temperatura ambiente. A adição do Amplificador iniciou o

desenvolvimento da cor da solução. Após incubação a placa não foi lavada.

9. Foram adicionados 50 µL de solução de parada em cada poço. A adição da

solução de parada não afetou a cor dos poços.

10. A densidade óptica de cada poço foi determinada por uma leitora de microplacas

ajustada para 490 nm (variação do filtro de acordo com instruções de cada

fornecedor) no prazo de 30 minutos depois de colocada solução de parada.

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34

4.10.2 Obtenção de resultados

Após obtenção da média das duplicatas (absorbância), foi subtraída a média do

padrão zero. A curva padrão foi desenhada a partir da densidade óptica (absorbância) e

as concentrações dos padrões já conhecidos. Os dados puderam ser linearizados por

log/log.

Para determinar a concentração de cada citocina de cada amostra, primeiro,

encontrou-se o valor da absorbância no eixo-y e estendeu-se uma linha horizontal para a

curva padrão. No ponto de intersecção, estendeu-se uma linha vertical para o eixo-x e

leu-se a concentração correspondente a citocina.

4.11 Análise estatística

Para a determinação dos resultados foi utilizado o teste de normalidade de

Shapiro-Wilk. Os níveis séricos das citocinas não apresentaram distribuição normal; foi

necessário usar a Transformação de Blom para ajustá-los a distribuição normal. A

seguir, foi empregado o teste t de Student para comparação dos grupos independentes.

A análise de variância para dados pareados (One Way Repeated Measures Anova) foi

utilizada para comparar as médias da citocinas nos quatro tempos (TI, TII, TIII e TIV).

Para análise de progressão de atrofia das estruturas cerebrais, empregou-se o teste T

pareado.

Mantivemos as variáveis não normalizadas para comparação das distribuições

nos quatro tempos (quatro tempos pareados). Utilizou-se o teste de Friedman. Nas

situações em que o teste de Friedman apresentou significância estatística realizamos as

comparações múltiplas não paramétricas. Para a análise dos dados pareados, foi feita a

divisão em dois grupos: grupo I, formado pelos pacientes com LES que apresentaram

atividade de doença, alguma manifestação clínica e/ou laboratorial, e estavam em uso de

medicação em pelo menos um dos tempos de avaliação; e o grupo II, formado pelos

pacientes com LES que não apresentaram atividade de doença, qualquer manifestação

clínica e/ou laboratorial, e que, não estavam em uso de medicação em todos os tempos

de avaliação. A correlação de Spearman foi utilizada para correlacionar as variáveis

contínuas.

Para avaliar a associação entre Dano Cumulativo e as citocinas Th1 e Th2

determinou-se o Odds Ratio não ajustado por Regressão logística univariada. Para o

modelo logístico multivariado foram selecionadas as variáveis que apresentaram p-valor

menor ou igual a 0,20. Empregou-se o método forward stepwise com probabilidade de

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35 inclusão de 0,05 e de exclusão de 0,20. Para todas as análises, p<0,05 foi considerado

estatisticamente significativo. A análise estatística foi realizada no programa SPSS®

16.0 (SPSS Inc., Chicago, IL, USA).

5. Resultados

5.1 Capítulo 1 Avaliação longitudinal das citocinas Th1 (TNF-α, INF-γ, IL-12) e Th2

(IL-4, IL-6, IL-10) em pacientes com LES: associações com manifestações clínicas e

laboratoriais

5.1.1 Dados demográficos

Foram incluídos 218 (210 mulheres) pacientes com LES, com média de idade de

42,62 anos [desvio padrão (DP)± 11,98 anos; intervalo 20-76]. A média do tempo de

doença foi de 13,09 anos (DP±7,31; intervalo 2-44 anos). O grupo controle, com

distribuições de idade e sexo similares ao grupo de pacientes, foi constituído por 46 (40

mulheres) voluntários sadios com média de idade de 40,04±13,54 anos (intervalo 22-

73).

5.1.2 Características clínicas, laboratoriais e tratamento

Em relação à atividade de doença, 102 (46,8%) estavam em atividade no tempo

I, 86 (39,4%) pacientes no tempo II, 75 (34,4%) no tempo III e 78 (35,8%) pacientes

estavam em atividade de doença no tempo IV. Observou-se uma mudança da atividade

de doença ao longo do acompanhamento dos pacientes (Tabela 3). Através do teste de

Friedman (distribuição não-normal) observou-se uma diminuição significativa no

escore de SLEDAI (p<0,005) dos pacientes ao longo do tempo.

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36

Tabela 3. Score do SLEDAI dos pacientes nos 4 tempos de avaliação

TEMPO DA

AVALIAÇÃO

PACIENTES EM

ATIVIDADE

ESCORE TOTAL

SLEDAI

I N=102 (46,8%) 3,46±3,85

(0-16)

II N=86 (39,4%) 2,98±3,69

(0-15)

III N=75 (34,4%) 2,77±3,84

(0-18)

IV N=78 (35,8%) 2,67±3,80

(0-22) Dados expressos em média±DP (Mínimo-Máximo)

As manifestações mais frequentemente observadas nos quatro tempos de

avaliação foram: sintomas de ansiedade, nefrite, sintomas de depressão, eritema malar,

cefaleia, alopecia e, por fim, artrite. A frequência dessas manifestações em cada tempo

de avaliação está descritas na Tabela 4.

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37

Tabela 4. Frequência das manifestações clínicas nos quatro tempos de avaliação

MANIFESTAÇÕES

CLÍNICAS

TEMPO I

N (%)

TEMPO II

N (%)

TEMPO III

N (%)

TEMPO IV

N (%)

Sintomas de

ansiedade 110 (50,4) 96 (44) 80 (36,6) 66 (30,3)

Nefrite 66 (30,3) 55 (25,2) 50 (22,9) 56 (25,7)

Sintomas de

depressão 64 (29,4) 62 (28,4) 46 (21,1) 45 (20,6)

Eritema malar 21 (9,6) 12 (5,5) 14 (6,4) 22 (10,1)

Cefaleia 15 (6,9) 16 (7,3) 10 (4,6) 10 (4,6)

Alopecia 13 (6) 9 (4,1) 14 (6,4) 11 (5)

Artrite 10 (4,6) 7 (3,2) 7 (3,2) 11 (5)

As manifestações laboratoriais em cada tempo de análise estão descritas na

Tabela 5:

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38

Tabela 5. Frequência das manifestações laboratoriais nos quatro tempos de avaliação

MANIFESTAÇÕES

LABORATORIAIS

TEMPO I

N (%)

TEMPO II

N (%)

TEMPO III

N (%)

TEMPO IV

N (%)

Hipocomplementemia 48 (22) 49 (22,5) 37 (16,9) 36 (16,5)

Plaquetopenia 6 (2,8) 3 (1,4) 5 (2,3) 3 (1,4)

Leucopenia 11 (5) 11 (5) 10 (4,6) 10 (4,6)

Em relação ao tratamento, foram consideradas as seguintes medicações para

este estudo: corticosteroides (prednisona), anti-maláricos (cloroquina, hidroxicloroquina

e difosfato de cloroquina) e imunossupressores (Azatioprina, Metotrexato, Micofenolato

Mofetil, Ciclosporina e Ciclofosfamida). A frequência dos de pacientes com LES que

estavam em uso dessas medicações está descrita na Tabela 6:

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39

Tabela 6. Medicações em uso pelos pacientes com LES nos quatro tempos de avaliação

PARÂMETRO TEMPO I

N (%)

TEMPO II

N (%)

TEMPO III

N (%)

TEMPO IV

N (%)

Pacientes com medicação

em uso 208 (95,4) 208 (95,4) 204 (93,6) 200 (92,2)

Pacientes em uso de

corticosteroides 189 (86,7) 189 (86,7) 181 (83) 175 (80,3)

Pacientes em uso de

cloroquina/

Hidroxicloroquina/

Difosfato de cloroquina

115 (52,8) 119 (54,6) 119 (54,6) 119 (54,6)

Pacientes em uso de

imunossupressores

Azatioprina

Metrotexato

Micofenolato Mofetil

Ciclosporina

Ciclofosfamida

84 (38,5)

62 (28,4)

20 (9,2)

7 (3,2)

0 (0)

2 (0,9)

87 (40)

65 (29,8)

16 (7,3)

8 (3,7)

0 (0)

0 (0)

88 (40,4)

68 (31,2)

19 (8,7)

5 (2,3)

0 (0)

1 (0,4)

90 (41,3)

69 (31,6)

16 (7,3)

3 (1,4)

0 (0)

0 (0)

5.1.3 Dosagem dos níveis séricos das citocinas Th1 e Th2

Observou-se que, apenas a IL-6 permanece significativamente aumentada em

pacientes com LES quando comparada a controles sadios, nos quatro tempos de

avalição. A mediana (mínimo-máximo) dos níveis séricos das citocinas Th1 (IL-12,

INF-γ, TNF-α) e as Th2 (IL-4, IL-6 e IL-10), em cada tempo de análise está

demonstrada nas figuras abaixo (Figura 3).

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40

Figura 3A, 3B, 3C. Níveis séricos de citocinas Th1 em pacientes com LES e controles sadios

O grupo 1 é representado pelos pacientes com LES e o grupo 2 pelos controles sadios. O nível das

citocinas Th1 está expresso em pg/mL. As barras horizontais são as medianas. Resultados do teste de

Mann-Whitney usado para comparar os níveis das citocinas Th1 entre os grupos. *p<0,05.

3A

3B

3C

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41

Figura 3D, 3E, 3F. Níveis séricos de citocinas Th2 em pacientes com LES e controles sadios

O grupo 1 é representado pelos pacientes com LES e o grupo 2 pelos controles sadios. O nível das

citocinas Th2 está expresso em pg/mL. As barras horizontais são as medianas. Resultados do teste de

Mann-Whitney usado para comparar os níveis das citocinas Th2 entre os grupos. *p<0,05.

3D

3E

3F

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42 Observou-se uma associação entre os níveis séricos de IL-10 e nefrite nos quatro

tempos de análise; tempo I (p=0,008), tempo II (p=0,036), tempo III (p=0,024) e tempo

IV (p=0,005).

5.1. 4 Avaliação dos dados pareados

Na avaliação dos dados pareados, não se observou flutuação significativa nos

níveis de TNF-α (p=0,304) e IL-6 (p=0,241) ao longo do tempo estudado. A flutuação

dos níveis séricos das citocinas Th1 (IL-12, INF-γ, TNF-α) e das Th2 (IL-4, IL-6 e IL-

10) nos pacientes com LES, de acordo com os tempos de análise está demonstrada na

tabela abaixo (Tabela 7). No grupo dos controles sadios, não foi observada flutuação

das citocinas Th1 e Th2 (p>0,05) (Tabela 8).

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43

Tabela 7. Flutuação dos níveis séricos das citocinas Th1 e Th2 nos pacientes com LES, de acordo com os tempos de análise

PA

CIE

NT

ES

LE

S

CITOCINAS Th1

TNF-α INF-γ IL-12

Tempo I

Tempo II

Tempo III

Tempo IV

Valor P

Tempo I

Tempo II

Tempo III

Tempo IV

Valor p

Tempo I

Tempo II

Tempo III

Tempo IV

Valor p

Med 2,84 2,67 2,83 2,71 0,304 25,7 31,22 35,99 26,26 0,026* 1,86 0,94 1,09 1,34 <0,001* Min 0,37 0,31 0,27 0,48 3,07 0,07 0,29 0,93 0,22 0,16 0,21 0,29 Max 19,77 30,89 16,58 23,55 75,35 96,06 95,59 83,65 15,58 5,39 7,88 18,36

CITOCINAS Th2

IL-4 IL-6 IL-10 Tempo

I Tempo

II Tempo

III Tempo

IV Valor

P Tempo

I Tempo

II Tempo

III Tempo

IV Valor

p Tempo

I Tempo

II Tempo

III Tempo

IV Valor

p

Med 0,41 0,34 0,34 0,5 0,001* 2,13 1,96 2,5 2,37 0,241 0,98 0,94 1,09 1,34 <0,001* Min 0,01 0,03 0,05 0,04 0,03 0,02 0,1 0,05 0,31 0,16 0,21 0,29 Max 2,02 1,08 6,62 2,64 19,77 16,93 30,14 25,2 15,1 5,39 7,88 18,36

Med- mediana Min- mínimo

Max - máximo *p<0,05

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44

Tabela 8. Flutuação dos níveis séricos das citocinas Th 1 e Th2 nos controles sadios, de acordo com os tempos de análise

C

ON

TRO

LE

S

CITOCINAS Th1

TNF-α INF-γ IL-12

Tempo I

Tempo II

Tempo III

Tempo IV

Valor P

Tempo I

Tempo II

Tempo III

Tempo IV

Valor p

Tempo I

Tempo II

Tempo III

Tempo IV

Valor p

Med 1,7 2,07 2,53 2,21 0,114 25,38 37,27 41,18 42,77 0,266 1,55 1,55 1,44 1,25 0,314 Min 0,48 0,43 0,53 0,84 0,49 10,5 24,57 29,73 0,14 0,14 0,03 0,82 Max 8,97 27,16 6,23 17,28 51,29 108,55 77,71 79,13 8,09 8,09 3,9 2,98

CITOCINAS Th2

IL-4 IL-6 IL-10 Tempo

I Tempo

II Tempo

III Tempo

IV Valor

P Tempo

I Tempo

II Tempo

III Tempo

IV Valor

p Tempo

I Tempo

II Tempo

III Tempo

IV Valor

p

Med 0,1 0,34 0,48 0,43 0,064 0,91 0,91 0,93 1,3 0,242 0,8 0,8 0,87 1,27 0,801 Min 0,01 0,02 0,07 0,17 0,4 0,4 0,36 0,61 0,18 0,18 0,56 0,21 Max 1,2 2,83 3,92 1,83 8,83 8,83 6,3 12,93 9,54 9,54 2,89 2,37

Med- mediana Min- mínimo

Max - máximo *p<0,05

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45

Em relação ao INF-γ, observou-se uma associação entre a flutuação dos níveis

de INF-γ e o uso de medicação (p=0,029). Além disso, uma associação entre a flutuação

dos níveis de INF-γ e o uso de corticosteroide (p=0,04) e também com o uso de

cloroquina (p=0,012) foi observada. Observou-se uma associação entre a flutuação dos

níveis de INF-γ e manifestação NP (p=0,039). Quando as manifestações NP foram

avaliadas individualmente, não se observou essa associação.

Ao analisar a IL-12, observou-se uma associação entre a flutuação dos níveis de

IL-12 e o uso de medicação (p<0,001). Quando cada grupo de medicação foi avaliado

individualmente, essa associação não foi observada. Não se observaram associações

entre a flutuação dos níveis de IL-12 e manifestações clínicas e/ou laboratoriais.

Ao analisar a IL-4, uma associação entre a flutuação dos níveis IL-4 e o uso de

medicação (p<0,001) foi observada. Além disso, uma associação foi observada entre

flutuação dos níveis IL-4 e o uso de cloroquina (p<0,001). Em relação às manifestações

clínicas e laboratoriais, observou-se uma associação entre a flutuação dos níveis de IL-4

e pacientes com sintomas de ansiedade (BAI) (p=0,004) e pacientes com sintomas de

depressão (BDI) (p=0,005).

Em relação a IL-10, não foi observada associação entre a flutuação dessa

citocina e o uso de medicações. Uma associação entre a flutuação dos níveis de IL-10 e

atividade de doença (p<0,001) foi observada. Para suportar este dado, foi feita uma

análise em cada tempo entre níveis séricos de IL-10 e atividade de doença. Observou-se

que em todos os tempos, os níveis séricos de IL-10 estavam associados e

correlacionados com a atividade de doença (vide Tabela 9):

Tabela 9. Resultados dos testes de Mann-Whitney e das correlações de Spearman entre os níveis séricos

de IL-10 e atividade de doença em cada tempo de análise

TEMPO TESTE MANN-WHITNEY CORRELAÇÃO SPEARMAN

I p<0,001* rs= 0,28 p<0,001*

II p=0,004* rs= 0,23 p=0,001*

III p=0,007* rs= 0,19 p=0,007*

IV p=0,039* rs= 0,14 p=0,049*

rs= Coeficiente de correlação de Spearman *p<0,05

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Em relação às manifestações clínicas e laboratoriais, observou-se uma

associação entre a flutuação dos níveis de IL-10 e manifestação NP (p<0,001). Houve

uma associação entre a flutuação dos níveis de IL-10 e pacientes com sintomas de

ansiedade (BAI) (p<0,001).

5.1.5 Análise de preditores de dano cumulativo

Para determinar se as citocinas Th1 e Th2 seriam preditoras de dano cumulativo

no LES, aplicou-se a regressão logística. De acordo com os resultados da regressão

logística univariada, observou-se uma possível associação entre dano cumulativo e

TNF-α (OR=0,39; 95%IC 0,16 - 0,96; p=0,041), IL-6 (OR=0,32; 95%IC 0,12 - 0,88;

p=0,027) e IL-10 (OR=0,44; 95%IC 0,20 - 0,97; p=0,044).

Após o ajuste por regressão logística multivariada não foi observada associação

entre dano cumulativo e TNF-α (OR ajustado=0,52; 95%IC 0,21-1,33; p=0,274), IL-6

(OR ajustado=0,40; 95%IC 0,14-1,11; p=0,079) e IL-10 (OR ajustado=0,47; 95%IC

0,20-1,08; p=0,074).

5.2 Capítulo 2 Análise de progressão de atrofia cerebral e de corpo caloso e

associação com citocinas Th1 e Th2 em pacientes com LES

5.2.1 Dados demográficos

Foram incluídos 85 (81 mulheres) pacientes com LES com média de idade de

41,14 anos (DP±11,08 anos; intervalo 24-73). O tempo médio de doença foi de 13,48

(DP±7,83 anos; intervalo 3-44). O grupo controle foi constituído por 59 (52 mulheres)

com média de idade 40,14 anos (DP±13,42; intervalo 22-71). O grupo controle foi

pareado por idade (p=0,35) e sexo (p=0,11).

5.2.2. Manifestações clínicas, laboratoriais e de tratamento

Em relação à atividade de doença, na data da primeira RM, 38 pacientes

apresentavam doença ativa com SLEDAI médio de 3,71 (DP± 4,24 pontos; intervalo 0-

16). Na data da segunda RM, 34 apresentavam doença ativa com SLEDAI médio de

2,83 (DP± 3,52 pontos; intervalo 0-12). As manifestações neuropsiquiátricas mais

frequentemente observadas foram: cefaleia, convulsão, transtorno do humor, ansiedade

e polineuropatia (Tabela 10).

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Tabela 10. Manifestações NP observadas nos pacientes com LES até a data do primeiro exame de RM e

depois até o segundo exame de RM

Manifestação NP

Até a data da

1ª RM

N (%)

Entre a data da 1ª RM

e da 2ª RM

N (%)

Ansiedade 46 (54,1) 31 (36,5)

Transtorno do humor 30 (35,3) 23 (27)

Convulsão 10 (11,8) 6 (7)

Cefaleia 9 (10,6) 5 (5,9)

Polineuropatia 5 (5,9) 2 (2,4)

Transtorno de movimento (Coreia) 1 (1,2) 1 (1,2)

Mielite transversa 1 (1,2) 0

O anticorpo aCL estava positivo em 30 (35,3%) pacientes com LES e o

anticorpo LA em 25 (29,4%) dos pacientes com LES. Na primeira RM, 5 (5,8%)

pacientes com LES estavam sem medicação. Sessenta e seis (77,6%) pacientes estavam

em uso de corticosteroides, com dose média de 13,79mg (DP±13,49). Quarenta e nove

(57,6%) pacientes estavam em uso de cloroquina/hidroxicloroquina/difosfato de

cloroquina e 39 (45,8%) estavam em uso de alguma droga imunossupressora. Na

segunda RM, 8 (9,4%) pacientes com LES estavam sem medicação. Sessenta e cinco

(76,5%) pacientes estavam em uso de corticosteroides, com dose média de 11,36mg

(DP±12,37). Quarenta e seis (54,1%) pacientes estavam em uso de cloroquina/

hidroxicloroquina/ difosfato de cloroquina e 34 (40%) estavam em uso de alguma droga

imunossupressora. A média de corticosteroide total (g) dos pacientes com LES foi

41,95± 34,09.

5.2.3 Análise da progressão de atrofia cerebral e de corpo caloso

Houve uma diferença significativa no volume cerebral e de corpo caloso dos

pacientes com LES quando comparado aos controles sadios (Tabela 11).

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Tabela 11. Volume cerebral, do corpo caloso e do ventrículo de pacientes com LES e controles sadios, na 1ª RM e

na 2ª RM (após 1 ano)

1ªRM 2ªRM

Cerebral

Corpo

caloso Ventrículo Cerebral

Corpo

caloso Ventrículo

Pacientes

com LES

1056,45±

86,75

11,57±

2,10

17,92±

9,14

1040,13±

133,31

13,20±

13,57

18,99±

14

Controles 1086,37±

165,77

14,67±

14,33

16,32±

16,95

1103,82±

87,68

12,37±

1,77

21,10±

23,13

Valor p 0,01* <0,001* 0,06 0,007* 0,001* 0,73

Dados expressos em média±DP (cm3) *p<0,05

Em relação à atrofia cerebral, na 1ª RM nenhum paciente apresentava atrofia e

na 2ª RM, 6 (7%) pacientes apresentaram atrofia cerebral (p=0,013). Quanto à atrofia de

corpo caloso, na 1ª RM nenhum paciente apresentava atrofia, na 2ª RM, 5 (5,8%)

pacientes apresentaram atrofia de corpo caloso (p=0,024). Não houve diferença no

aumento de ventrículo (p=0,313). Após aplicação do teste T pareado, não foi observada

diferença significativa no volume cerebral (p=0,167), no volume de corpo caloso

(p=0,274) e no volume do ventrículo (p=0,412) entre a 1ª e a 2ª RM.

A média de progressão de perda de volume cerebral nos pacientes com LES foi

de 2,3% (DP±10,08), e de volume de corpo caloso foi de 5,83% (DP±4,97). A média de

progressão de aumento de ventrículo foi de 5,31% (DP±4,74). A média de progressão

de perda de volume cerebral nos controles sadios foi de 0,32% (DP±1,73), e de volume

de corpo caloso foi de 0,03% (DP±0,19). A média de progressão de aumento de

ventrículo nos controles foi de 0,91% (DP±2,69). Observou uma diferença significativa

na progressão de perda de volume cerebral (p=0,028) e de perda de volume de corpo

(p<0,001) entre pacientes com LES e controles sadios. Não foi observada diferença

significativa na progressão de aumento de ventrículo entre pacientes e controles

(p=0,27).

Observou-se uma associação entre IL-12 e progressão de atrofia cerebral

(p=0,008). E ainda, uma correlação direta entre os níveis séricos de IL-12 e

porcentagem de perda de volume cerebral (rs=0,3; p=0,015). Não foram observadas

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associações entre progressão de atrofia (cerebral e de corpo caloso) e as outras citocinas

estudadas ou manifestações clínicas e laboratoriais.

Tabela 12. Associações entre progressão de atrofia cerebral e de corpo caloso com citocinas,

manifestações clínicas, laboratoriais e de tratamento

Parâmetro

Atrofia

Cerebral

(Valor p)

Atrofia

Corpo Caloso

(Valor p)

Citocinas

IL-4 0,294 0,830

IL-6 0,669 0,470

IL-10 0,107 0,680

IL-12 0,008* 0,652

TNF-α 0,847 0,352

INF-γ 0,352 0,091

Manifestações Clínicas

SLEDAI 0,156 0,978

SDI 0,216 0,354

Manifestações NP 0,547 0,951

Manifestações laboratoriais

aCL 0,688 0,094

LA 0,718 0,824

Tratamento

Corticosteroides 0,354 0,963

Cloroquina/Hidroxicloroquina/

Disfosfato de cloroquina 0,483 0,426

Imunossupressores 0,527 0,188

Corticosteroide total 0,479 0,647 *p<0,05

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6. Discussão

6.1 Capítulo 1 Avaliação longitudinal das citocinas Th1 (TNF-α, INF-γ, IL-12) e Th2

(IL-4, IL-6, IL-10) em pacientes com LES: associações com manifestações clínicas e

laboratoriais

Este é o primeiro estudo de avaliação longitudinal do perfil de citocinas Th1 e

Th2 em pacientes com LES. O LES é caracterizado pela perda global da tolerância

imunológica com ativação de células B e T autorreativas, levando a um aumento na

produção de autoanticorpos e de citocinas, causando importantes lesões teciduais (168).

As citocinas são proteínas de baixo peso que desempenham um papel fundamental no

equilíbrio imunológico. O desequilíbrio nos níveis séricos de citocinas pró e anti-

inflamatórias influencia na patogênese do LES (127). Níveis aumentados de citocinas

em pacientes com LES promovem exacerbação da resposta inflamatória, aumento da

apoptose e da produção de autoanticorpos, que além de iniciarem podem também

manter a atividade de doença ao longo do tempo (127).

Identificar biomarcadores que se correlacionem com a atividade sistêmica do

LES e que possam predizer um envolvimento orgânico futuro, além de ajudarem na

investigação de novos alvos terapêuticos é de suma importância (169). Embora vários

grupos de pesquisa estudem a patogênese da doença, poucos biomarcadores têm sido

validados até o presente momento. A ausência de biomarcadores dificulta não somente a

avaliação precisa de atividade de doença, mas também dificulta a identificação de

pacientes com riscos de agudização e da ocorrência de lesão cumulativa em órgãos

alvos (129).

Em nosso estudo, observamos uma associação de INF-γ com o uso de

medicação. Níveis séricos mais baixos de INF-γ foram observados em pacientes em uso

de corticosteroides, ao longo do tempo estudado. Estudos demonstraram que os

corticosteroides bloqueiam a resposta proliferativa de linfócitos T ativados, diminuindo

assim, a produção de citocinas (170,171). Além disso, os corticosteroides modificam a

função das células Natural Killer (NK) (produtoras de INF-γ) (172). Epigeneticamente,

através dos mecanismos de acetilação e de metilação, os corticosteroides diminuem a

atividade das células NK, consequentemente diminuindo a produção de INF-γ (172).

Nossos dados também demonstraram níveis séricos mais baixos de INF-γ e de

IL-4 em pacientes em uso de cloroquina/hidroxicloroquina/difosfato de cloroquina, ao

longo do tempo estudado. Os anti-maláricos (cloroquina/hidroxicloroquina/difosfato de

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cloroquina), são capazes de alterarem a apresentação de antígenos próprios, por meio

do aumento do pH de compartimentos intracelulares, levando a uma disfunção da

fagocitose (173,174). Os anti-maláricos também podem bloquear a resposta

proliferativa de células T ativadas, levando a uma diminuição na produção de citocinas,

como por exemplo, de INF-γ (175). Estudos anteriores demonstraram que os anti-

maláricos também podem inibir os toll-like receptor (TLR) (176). Os TLR são

responsáveis, dentre outras células, pela produção de citocinas pró-inflamatórias,

incluindo o INF-γ e IL-4. A inibição dos TLR acarreta numa menor produção dessa

citocina (149).

Nossos dados mostraram uma associação da IL-10 com atividade de doença.

Níveis séricos de IL-10 são de 3 a 12 vezes mais elevados em pacientes com LES

quando comparado a indivíduos saudáveis (157,177-180). Nossos dados corroboram

com estudos anteriores, demonstrando a correlação direta dos níveis de IL-10 com a

atividade de doença (154,156,169,177,180,181). Um estudo avaliou os níveis de IL-10

em um grupo de pacientes com LES com doença ativa e quatro semanas após o início

do tratamento (156). No primeiro momento, os níveis séricos de IL-10 estavam até nove

vezes mais elevados quando comparados a controles sadios. Além disso, houve uma

correlação direta com o escore de SLEDAI. Depois do tratamento, novas dosagens

foram feitas, e observada novamente uma correlação com o escore de SLEDAI; desta

vez, mais baixos (156).

Apesar de seu papel anti-inflamatório, quando superexpressada, que é o caso dos

pacientes com LES, a IL-10 passa a apresentar um papel patogênico (158). Esse

aumento pode ser atribuído às células B e aos monócitos. Uma vez aumentada, pode

desregular a função de células B e de células T, promovendo um desvio na resposta

imunológica (158). O aumento na secreção desta citocina pode ainda, resultar do

aumento de células B prematuras circulantes (182). Contudo, contribuindo para um

aumento na produção de autoanticorpos e de outras citocinas, como por exemplo, TNF-

α.

Observamos uma associação dos níveis séricos de INF-γ e IL-10 com

manifestações neuropsiquiátricas em pacientes com LES. Na literatura, estudos

mostraram níveis aumentados de INF-γ em pacientes com LES e manifestações SNC

(183). Essa relação entre citocinas e neuroinflamação pode ser explicada pelo fato de

que citocinas, como a IL-10 podem ser produzidas por células neuronais e da microglia,

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provavelmente em resposta a autoanticorpos do espaço intratecal (184), levando a uma

neuroinflamação.

Especificamente em relação ao INF-γ, essa citocina só é encontrada no SNC

caso haja a quebra da barreira hematoencefálica (BHE) e consequentemente a

infiltração de células T ativadas (185). O INF-γ é um potente modulador de expressão

do antígeno de MHC em certos tipos de células, incluindo os astrócitos, os

oligodendrócitos e células da microglia (186,187). Células cerebrais expressam baixos

níveis de antígenos de MHC de classe I, que exercem um papel crítico na regulação da

resposta imunológica. Uma vez aumentado o INF-γ no espaço intratecal, pode haver

uma maior expressão de MHC de classe I, levando as células cerebrais a se romperem

(188).

Moléculas de MHC classe II têm um papel chave na regulação da resposta

imunológica, por apresentarem antígenos a células T auxiliares, ativando-as. Os

astrócitos e as células da microglia não expressam constitutivamente antígenos de MHC

de classe II, no entanto, o INF-γ pode induzir a expressão desses antígenos nessas

células, causando uma ativação inespecífica de células T auxiliares (189-191).

Observamos uma associação entre IL-4 e IL-10 e sintomas de ansiedade e de

depressão. Uma associação de IL-10 e sintomas de ansiedade também foi observada nos

pacientes com LES. Não há estudos anteriores na literatura que relatem associações

entre IL-4 e/ou IL-10 e transtornos de humor e ansiedade em pacientes com LES. Uma

possível explicação para a associação de citocinas com transtornos do humor e

ansiedade é que estímulos neuroinflamatórios induzem processos que estimulam a

liberação de mediadores (citocinas) que influenciam no comportamento e no humor

(192,193).

6.2 Capítulo 2 Análise de progressão de atrofia cerebral e de corpo caloso e

associação com citocinas Th1 e Th2 em pacientes com LES

A frequência de atrofia cerebral em pacientes com LES é variável (194-206). A

fisiopatologia consistente no envolvimento do SNC no LES permanece não esclarecida.

Alguns mecanismos têm sido propostos, como por exemplo, imunocomplexos e

autoanticorpos circulantes, utilização de corticosteroides e liberação de citocinas

(207,208).

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São poucos os estudos publicados sobre progressão de atrofia cerebral no LES

(205). Observamos em nosso estudo uma redução do volume cerebral dos pacientes

com LES quando comparados a controles sadios. Estudos já publicados também relatam

essa perda (194-206). Em nossas análises das imagens de RM, observamos atrofia

cerebral em 7% dos pacientes e em 5,8% dos pacientes com LES, observamos atrofia de

corpo caloso. Estas frequências são menores do que as relatadas na literatura (194-206),

mas podem ser atribuídas ao método utilizado em nosso estudo. Ao realizarmos a

segmentação por um método semiautomático e ao usarmos a definição de atrofia

quando o Z-escore médio fosse menor ou igual a -2 DP, apenas atrofia mais

pronunciada foi considerada.

Observamos uma associação de IL-12 com a progressão de atrofia cerebral nos

pacientes com LES. Observamos ainda, uma correlação direta dos níveis séricos de IL-

12 com a porcentagem de perda do volume cerebral nos pacientes. Além do tempo de

doença, dose cumulativa de corticosteroide, presença de anticorpos antifosfolípides,

entre outros, e envolvimento do SNC, as citocinas também contribuem para o dano

cerebral (202,207-210). Citocinas periféricas produzidas durante a resposta inflamatória

podem ser importantes biomarcadores na investigação da relação entre a inflamação e

SNC (211,212). Inflamação periférica pode contribuir para a progressão de atrofia

cerebral por ativarem uma resposta inflamatória no espaço intratecal.

A interação entre o SNC e o sistema imunológico se baseia na expressão de

diversas citocinas e seus receptores em diferentes tipos de células (213). Os dois

principais tipos de células gliais reativas que desempenham papéis importantes durante

a lesão cerebral são microglia e astrócitos (212,214). Estas células estão envolvidas na

resposta imune intratecal onde atuam, em parte, através da secreção de citocinas, de

quimiocinas e de fatores neurotóxicos (212,214).

Outra possível explicação para a neuroinflamação seria a quebra da BHE,

fazendo com que moléculas da circulação periférica, como por exemplo, as citocinas

periféricas passem para o espaço intratecal, levando a uma inflamação no SNC (215). A

BHE atua como um condutor regulatório entre o SNC e a circulação periférica,

estabelecendo e mantendo a homeostase do SNC, ajudando a controlar o fluxo de

moléculas sinalizadoras (212,215). As citocinas podem ainda levar a uma alteração na

permeabilidade da BHE, e também a uma alteração do transporte saturado de

neuropeptídios, sem alterar a integridade da BHE. A própria BHE pode secretar

citocinas que podem participar ativamente das reações inflamatórias do SNC (216-218).

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Estudos relatam a associação de anticorpos antifosfolípides e dano cerebral

(209,210,219,220). Os anticorpos antifosfolípides estão associados a AVCs secundários

a microembolia, podendo agravar a atrofia cerebral (209,210,219,220). Em nosso

estudo, não observamos associação entre a atrofia e a presença dos anticorpos

antifosfolípides (aCL e LA). Não observamos associação entre atrofia cerebral e outras

citocinas estudadas.

Em nosso estudo, não observamos associação entre a atrofia cerebral e

corticosteroide total. Na literatura, essa associação ainda é controversa. Alguns estudos

demonstraram que a atrofia cerebral é decorrente do uso prolongado de corticosteroide,

enquanto que, outros estudos afirmam ser devido à atividade de doença (202,204,221-

223). Essa discrepância é decorrente de fatores como: dose de manutenção e/ou

cumulativa de corticosteroide e gravidade dos pacientes incluídos no estudo.

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7. Conclusões

1. Há a presença de uma flutuação significativa nos níveis séricos de INF-γ, IL-12,

IL-4 e IL-10 em pacientes com LES

2. IL-10 pode ser considerada biomarcador para atividade de doença e nefrite no

LES

3. INF-γ, IL-4 e IL-10 podem identificar subgrupos de pacientes com LES e

envolvimento de SNC

4. IL-12 pode ser considerada um biomarcador para dano cerebral no LES

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9. Apêndices

9.1 Termo de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (pacientes)

OBJETIVO DA PESQUISA:

Eu __________________________________________________ entendo que fui

convidado (a) a participar em um projeto de pesquisa envolvendo pacientes com lúpus

eritematoso sistêmico. O objetivo geral do estudo é o de determinar a utilidade de

exames específicos de sangue e de líquor e da Imagem por Ressonância Magnética no

Lúpus Eritematoso Sistêmico e correlacionar as alterações encontradas `a atividade da

doença, a manifestações clínicas diversas como dor de cabeça e problemas de memória.

A identificação e quantificação dessas anormalidades no cérebro, pode eventualmente

melhorar o diagnóstico e levar a um melhor tratamento desta doença. As informações

médicas a meu respeito que forem obtidas para esse estudo, poderão ser compartilhadas

com outros pesquisadores que trabalham com diversos tipos de doenças reumatológicas,

podendo assim, ser utilizadas, eventualmente, para outros fins de pesquisa sobre Lúpus

Eritematoso Sistêmico. O sigilo será mantido em todos os estudos colaborativos através

da utilização de um número de código para a identificação dos indivíduos participantes.

A coleta de sangue será realizada em um dos braços no dia da sua coleta de sangue no

centro de coleta. É importante ter várias amostras ao longo de sua doença para comparar

a atividade do lúpus. O líquor será obtido quando o médico que avaliar você achar

necessário obter para afastar outras doenças como meningite. Vamos pedir a ele colher

20 gotas a mais do que o usado para afastar infecção e esta quantidade será usada para a

pesquisa. A ressonância magnética é uma técnica capaz de produzir imagens de alta

qualidade e resolução (nitidez) anatômica, assim como informações sobre a bioquímica

dos tecidos. A ressonância magnética produz imagens em cortes que são parecidos com

as imagens produzidas pela tomografia computadorizada, porém com maior resolução

(nitidez) e sem a exposição aos raios X. Essas imagens também irão produzir

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informações bioquímicas que serão úteis para melhor definição do diagnóstico e

tratamento. O objetivo principal desse estudo é determinar a importância dessas

informações bioquímicas e estruturais no diagnóstico e seguimento de pacientes com

lúpus.

PROCEDIMENTO:

Eu entendo que se concordar em participar desse estudo, os pesquisadores participantes

farão perguntas a respeito dos meus antecedentes médicos e de minha família.

Responderei a um questionário para avaliar a presença de depressão, ansiedade e

qualidade de vida. Eu serei submetido a um exame físico, neurológico e um teste para

diagnóstico de distúrbios cognitivos para estabelecer meu estado clínico e cognitivo.

Hospitalização não será necessária.

Uma amostra de sangue venoso será colhida (30 ml, o equivalente a três colheres de

sopa) a cada visita ao ambulatório e na ocasião da sua coleta de sangue de rotina que

são pedidos para cada visita no ambulatório de reumatologia. O sangue será identificado

por um número e será congelado. Os exames poderão ser feitos durante um período

máximo de 30 anos após a coleta. As células que por ventura forem isoladas do meu

sangue serão preservadas para utilização durante todo o estudo e depois que ele se

completar serão destruídas.

O procedimento de ressonância magnética é semelhante a uma tomografia. Eu fui

informado que eu serei colocado em uma maca e serei movido lentamente para dentro

do aparelho de ressonância magnética. Um alto falante dentro do campo magnético

possibilita a minha constante comunicação com as pessoas responsáveis pelo exame.

Durante todo o tempo o pessoal médico e paramédico pode me ver e ouvir, e eu posso

ser removido(a) se for preciso; por exemplo, se durante o exame eu me sentir mal ou

com claustrofobia. O procedimento pode durar entre 45 a 90 minutos. Durante a

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primeira parte do exame eu irei ouvir ruídos, tipo marteladas, por alguns minutos

enquanto o aparelho faz as imagens do meu cérebro. O restante do exame será

relativamente silencioso. O exame de RM será repetido uma vez por ano para

comparação ou mais frequentemente se eu apresentar sintomas dos quais os médicos

queiram repetir a ressonância. Não vai haver nenhuma forma de reembolso de dinheiro,

já que com a participação na pesquisa você não vai ter nenhum gasto.

VANTAGENS:

Eu entendo que não obterei nenhuma vantagem direta com a minha participação nesse

estudo e que o meu diagnóstico e o meu tratamento provavelmente não serão

modificados. Contudo, os resultados desse estudo podem, em longo prazo, oferecer

vantagens para os indivíduos com Lúpus Eritematoso Sistêmico, possibilitando um

melhor diagnóstico e um tratamento mais adequado. Os resultados do meu exame de

ressonância magnética, do exame de sangue e de líquor ficarão a disposição dos

médicos responsáveis pelo meu tratamento, e poderão ser úteis no futuro.

RISCO E DESCONFORTO:

Os riscos associados à coleta de sangue são mínimos, podendo ocorrer dor e manchas

roxas (equimoses) no local da coleta do sangue. O desconforto será mínimo pois se trata

de uma coleta de sangue geralmente da veia do braço que será realizada por profissional

treinado e devidamente habilitado para realizar esse procedimento. Os riscos associados

com a coleta de líquor são principalmente dor de cabeça. O único desconforto

relacionado ao exame de ressonância é o ruído intermitente durante os primeiros 15

minutos. Depois disso o ruído será muito menor. O pessoal técnico providenciará tapas-

ouvido para me deixar mais confortável.

Uma das principais vantagens da ressonância magnética e que esta não utiliza raios X

ou outro tipo de radiação ionizante, ao contrário de outros tipos de exame radiológicos.

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As imagens são obtidas graças a um campo magnético (imã), um transmissor e receptor

de ondas de rádio e um computador que é utilizado para obter as informações

bioquímicas e imagens da anatomia interna. Não existem efeitos nocivos associados

com a ressonância magnética dentro das condições utilizadas atualmente.

REQUERIMENTOS:

É muito importante informar aos médicos(as) e técnicos(as) caso eu tenha um marca-

passo cardíaco, um clipe de cirurgia para aneurisma cerebral ou qualquer outro objeto

metálico em meu corpo, que tenha sido implantado durante uma cirurgia ou alojado em

meu corpo durante um acidente, pois estes podem parar de funcionar ou causar

acidentes devido ao forte campo magnético que funciona como um imã muito forte. Eu

também devo remover todos os objetos metálicos que estiverem comigo (relógio,

canetas, brincos, colares, anéis, etc), pois estes também podem movimentar ou aquecer

dentro do campo magnético.

SIGILO:

Eu entendo que todas as informações médicas decorrentes desse projeto de pesquisa

farão parte do meu prontuário médico e serão submetidos aos regulamentos do HC-

UNICAMP referentes ao sigilo da informação médica. Se os resultados ou informações

fornecidas forem utilizados para fins de publicação científica, nenhum nome será

utilizado.

FORNECIMENTO DE INFORMAÇÃO ADICIONAL:

Eu entendo que posso requisitar informações adicionais relativas ao estudo a qualquer

momento. A Dra Simone Appenzeller, tel: (019) 3521-7372 estará disponível para

responder minhas questões e preocupações. Em caso de recurso, dúvidas ou

reclamações contactar a secretaria da Comissão de Ética da Faculdade de Ciências

Médicas-UNICAMP, tel. (019) 3521-8942.

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RECUSA OU DESCONTINUAÇÃO DA PARTICIPAÇÃO:

Eu entendo que a minha participação é voluntária e que eu posso me recusar a participar

ou retirar meu consentimento e interromper a minha participação no estudo a qualquer

momento sem comprometer os cuidados médicos que recebo atualmente ou receberei no

futuro no HC- UNICAMP.

Eu confirmo que o(a) Dr(a)._______________________________________________

me explicou o objetivo do estudo, os procedimentos aos quais serei submetido e os

riscos, desconforto e possíveis vantagens advindas desse projeto de pesquisa. Eu li e

compreendi esse formulário de consentimento e estou de pleno acordo em participar

desse estudo.

_____________________________________________________HC:___________

Idade:_____

Nome do participante e responsável (se necessário)

_____________________________________________ _______________

Assinatura do participante ou responsável data

____________________________________________________________________

Nome da testemunha

_____________________________________________ _______________

Assinatura da testemunha data

Telefone de contato:__________________

Endereço:_____________________________________________________________

RESPONSABILIDADE DO PESQUISADOR:

Eu expliquei a _____________________________________________________ o

objetivo do estudo, os procedimentos requeridos e os possíveis riscos e vantagens que

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poderão advir do estudo, usando o melhor do meu conhecimento. Eu me comprometo a

fornecer uma cópia desse formulário de consentimento ao participante ou responsável.

_____________________________________________________________________

Nome do pesquisador ou associado

__________________________________________ ______________

Assinatura do pesquisador ou associado data

ARMAZENAMENTO DE MATERIAL BIOLÓGICO:

Eu confirmo que o(a) Dr(a). _____________________________________me explicou

o objetivo do estudo e concordo com o armazenamento de sangue e líquor para análises

futuras. Os exames poderão ser feitos durante um período máximo de 30 anos após a

coleta. As células que por ventura forem isoladas do meu sangue serão preservadas para

utilização durante todo o estudo e depois que ele se completar serão destruídas.

_____________________________________________________________________

Nome do participante ou responsável

_________________________________________________ _______________

Assinatura do participante ou responsável data

_____________________________________________________________________

Nome da testemunha

____________________________________________________ ______________

Assinatura da testemunha data

Eu confirmo que o(a) Dr(a)._______________________________________________

me explicou o objetivo do estudo e não concordo com o armazenamento de sangue e

líquor para análises futuras. Os exames poderão ser feitos durante um período máximo

de 30 anos após a coleta. As células que por ventura forem isoladas do meu sangue

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serão preservadas para utilização durante todo o estudo e depois que ele se completar

serão destruídas.

_____________________________________________________________________

Nome do participante ou responsável

_________________________________________________ ______________

Assinatura do participante ou responsável data

_____________________________________________________________________

Nome da testemunha

____________________________________________________ _______________

Assinatura da testemunha data

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9.2 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Controles sadios)

OBJETIVO DA PESQUISA:

Eu __________________________________________________ entendo que fui

convidado (a) a participar em um projeto de pesquisa para ajudar pacientes com lúpus

eritematoso sistêmico. O objetivo geral do estudo é o de determinar a utilidade de

exames específicos de sangue e de líquor e da Imagem por Ressonância Magnética no

Lupus Eritematoso Sistêmico e correlacionar às alterações encontradas à atividade da

doença, a manifestações clínicas diversas como dor de cabeça e problemas de memória.

A identificação e quantificação dessas anormalidades no cérebro, pode eventualmente

melhorar o diagnóstico e levar a um melhor tratamento desta doença. As informações

médicas a meu respeito que forem obtidas para esse estudo, poderão ser compartilhadas

com outros pesquisadores que trabalham com diversos tipos de doenças reumatológicas,

podendo, assim, ser utilizadas, eventualmente, para outros fins de pesquisa sobre Lúpus

Eritematoso Sistêmico. O sigilo será mantido em todos os estudos colaborativos através

da utilização de um número de código para a identificação dos indivíduos participantes.

A coleta de sangue será realizada em um dos braços no centro de coleta do Hospital das

Clínicas por um profissional treinado para este fim. O líquor será obtido quando o

médico que avaliar você achar necessário obter para afastar outras doenças como

meningite, ou quando realizarei exames como mielograma. Vamos pedir a ele colher 20

gotas a mais do que o usado para afastar infecção e esta quantidade será usada para a

pesquisa. A ressonância magnética é uma técnica capaz de produzir imagens de alta

qualidade e resolução (nitidez) anatômica, assim como informações sobre a bioquímica

dos tecidos. A ressonância magnética produz imagens em cortes que são parecidos com

as imagens produzidas pela tomografia computadorizada, porém com maior resolução

(nitidez) e sem a exposição aos raios X. Essas imagens também irão produzir

informações bioquímicas que serão úteis para melhor definição do diagnóstico e

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tratamento. O objetivo principal desse estudo é determinar a importância dessas

informações bioquímicas e estruturais no diagnóstico e seguimento de pacientes com

lúpus.

PROCEDIMENTO:

Eu entendo que se concordar em participar desse estudo, os pesquisadores participantes

farão perguntas a respeito dos meus antecedentes médicos e de minha família.

Responderei a um questionário para avaliar a presença de stress, imagem corporal,

distúrbios do sono, sexualidade, fadiga, aderência, depressão, ansiedade e qualidade de

vida e nível socioeconômico. Eu serei submetido a um exame físico, neurológico e um

teste para diagnostico de distúrbios cognitivos para estabelecer meu estado clínico e

cognitivo. Hospitalização não será necessária.

Uma amostra de sangue venoso será colhida (30 ml, o equivalente a três colheres de

sopa) a cada visita ao ambulatório e na ocasião da sua coleta de sangue de rotina que

são pedidos para cada visita no ambulatório de reumatologia. O sangue será identificado

por um número e será congelado. Os exames poderão ser feitos durante um período

máximo de 4 anos após a coleta. As células que por ventura forem isoladas do meu

sangue serão preservadas para utilização durante todo o estudo e depois que ele se

completar, serão destruídas. O procedimento de ressonância magnética é semelhante a

uma tomografia. Eu fui informado que eu serei colocado em uma maca e serei movido

lentamente para dentro do aparelho de ressonância magnética. Um alto falante dentro do

campo magnético possibilita a minha constante comunicação com as pessoas

responsáveis pelo exame. Durante todo o tempo o pessoal médico e paramédico pode

me ver e ouvir, e eu posso ser removido(a) se for preciso; por exemplo, se durante o

exame eu me sentir mal ou com claustrofobia. O procedimento pode durar entre 45 a 90

minutos. Durante a primeira parte do exame eu irei ouvir ruídos, tipo marteladas por

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alguns minutos enquanto o aparelho faz as imagens do meu cérebro. O restante do

exame será relativamente silencioso. O exame de RM será repetido uma vez por ano

para comparação ou mais frequentemente se eu apresentar sintomas dos quais os

médicos queiram repetir a ressonância. Não vai haver nenhuma forma de reembolso de

dinheiro, já que com a participação na pesquisa você não vai ter nenhum gasto.

VANTAGENS:

Eu entendo que não obterei nenhuma vantagem direta com a minha participação nesse

estudo. Contudo, os resultados desse estudo podem, a longo prazo, oferecer vantagens

para os indivíduos com Lúpus Eritematoso Sistêmico, possibilitando um melhor

diagnóstico e um tratamento mais adequado. Os resultados do meu exame de

ressonância magnética, do exame de sangue e de líquor ficarão a disposição dos

médicos responsáveis pelo meu tratamento, e poderão ser úteis no futuro.

RISCO E DESCONFORTO:

Os riscos associados à coleta de sangue são mínimos, podendo ocorrer dor e manchas

roxas (equimoses) no local da coleta do sangue. O desconforto será mínimo, pois se

trata de uma coleta de sangue geralmente da veia do braço que será realizada por

profissional treinado e devidamente habilitado para realizar esse procedimento. Os

riscos associados com a coleta de líquor são principalmente dor de cabeça. O único

desconforto relacionado ao exame de ressonância é o ruído intermitente durante os

primeiros 15 minutos. Depois disso o ruído será muito menor. O pessoal técnico

providenciará tapa-ouvidos para me deixar mais confortável. Uma das principais

vantagens da ressonância magnética e que esta não utiliza raios X ou outro tipo de

radiação ionizante, ao contrário de outros tipos de exame radiológicos. As imagens são

obtidas graças a um campo magnético (imã), um transmissor e receptor de ondas de

rádio e um computador que é utilizado para obter as informações bioquímicas e imagens

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da anatomia interna. Não existem efeitos nocivos associados com a ressonância

magnética dentro das condições utilizadas atualmente.

REQUERIMENTOS

É muito importante informar aos médicos(as) e técnicos(as) caso eu tenha um marca-

passo cardíaco, um clipe de cirurgia para aneurisma cerebral ou qualquer outro objeto

metálico em meu corpo, que tenha sido implantado durante uma cirurgia ou alojado em

meu corpo durante um acidente, pois estes podem parar de funcionar ou causar

acidentes devido ao forte campo magnético que funciona como um imã muito forte. Eu

também devo remover todos os objetos metálicos que estiverem comigo (relógio,

canetas, brincos, colares, anéis, etc), pois estes também podem movimentar ou aquecer

dentro do campo magnético.

SIGILO:

Eu entendo que todas as informações médicas decorrentes desse projeto de pesquisa

farão parte do meu prontuário médico e serão submetidos aos regulamentos do HC-

UNICAMP referentes ao sigilo da informação médica. Se os resultados ou informações

fornecidas forem utilizados para fins de publicação científica, nenhum nome será

utilizado.

FORNECIMENTO DE INFORMAÇÃO ADICIONAL:

Eu entendo que posso requisitar informações adicionais relativas ao estudo a qualquer

momento. A Dra Simone Appenzeller, tel (019) 3521-7372 estará disponível para

responder minhas questões e preocupações. Em caso de recurso, dúvidas ou

reclamações contatar a secretaria da Comissão de Ética da Faculdade de Ciências

Médicas-UNICAMP, tel. (019) 3521-8942

RECUSA OU DESCONTINUAÇÃO DA PARTICIPAÇÃO:

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Eu entendo que a minha participação é voluntária e que eu posso me recusar a participar

ou retirar meu consentimento e interromper a minha participação no estudo a qualquer

momento sem comprometer os cuidados médicos que recebo atualmente ou receberei no

futuro no HC- UNICAMP.

Eu confirmo que o(a) Dr(a)._____________________________________me explicou o

objetivo do estudo, os procedimentos aos quais serei submetido e os riscos, desconforto

e possíveis vantagens advindas desse projeto de pesquisa. Eu li e compreendi esse

formulário de consentimento e estou de pleno acordo em participar desse estudo.

____________________________________HC:___________ Idade:_____

Nome do participante e responsável (se necessário)

_________________________________________________ __________________

Assinatura do participante ou responsável data

____________________________________________________________________

Nome da testemunha

____________________________________________________________________

Assinatura da testemunha data

Telefone de contato:__________________

Endereço:______________________________________________________________

RESPONSABILIDADE DO PESQUISADOR:

Eu expliquei a _______________________________________________ o objetivo do

estudo, os procedimentos requeridos e os possíveis riscos e vantagens que poderão advir

do estudo, usando o melhor do meu conhecimento. Eu me comprometo a fornecer uma

cópia desse formulário de consentimento ao participante ou responsável.

______________________________________________________________________

Nome do pesquisador ou associado

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___________________________________________________ _______________

Assinatura do pesquisador ou associado data

ARMAZENAMENTO DE MATERIAL BIOLÓGICO

Eu confirmo que o(a) Dr(a).____________________________________ me explicou o

objetivo do estudo e concordo com o armazenamento de sangue e líquor para análises

futuras. Os exames poderão ser feitos durante um período máximo de 30 anos após a

coleta. As células que por ventura forem isoladas do meu sangue serão preservadas para

utilização durante todo o estudo e depois que ele se completar serão destruídas.

______________________________________________________________________

Nome do participante ou responsável

_________________________________________________ ____________________

Assinatura do participante ou responsável data

______________________________________________________________________

Nome da testemunha

______________________________________________________________________

Assinatura da testemunha data

Eu confirmo que o(a) Dr(a).______________________________________ me explicou

o objetivo do estudo e não concordo com o armazenamento de sangue e líquor para

análises futuras. Os exames poderão ser feitos durante um período máximo de 30 anos

após a coleta. As células que por ventura forem isoladas do meu sangue serão

preservadas para utilização durante todo o estudo e depois que ele se completar serão

destruídas.

______________________________________________________________________

Nome do participante ou responsável

_________________________________________________ __________________

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Assinatura do participante ou responsável data

____________________________________________________________________

Nome da testemunha

_____________________________________________________________________

Assinatura da testemunha data

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10. Anexos

10.1 Aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa-FCM

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