Guilherme Rehme Priscilla Vicente Lista Rafael Roger de Brito Raquel Dias Greca Sarah Angélica Maia.
Maria Raquel Gomes Maia Pires Profa. Adjunta/ Departamento de Enfermagem/UnB
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Maria Raquel Gomes Maia PiresProfa. Adjunta/
Departamento de Enfermagem/UnB
OS NOVOS MODELOS DE ATENÇÃO À SAÚDE: DESAFIOS PARA SE REPENSAR O PROCESSO
DE TRABALHO NA ATENÇÃO BÁSICA
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‘ O CONTO DA ILHA DESCONHECIDA’ E NOVOS MODELOS DE ATENÇÃO À
SAÚDE :
Do conto ao encontro, caminhos para se repensar a prática nos serviços de saúde
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Um homem foi a bater à porta do rei e disse-lhe, dá-me um barco.
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A casa do rei tinha muitas mais portas – das petições, dos obséquios, das decisões - , mas aquela era a das petições.
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Como o rei passava todo o tempo sentado à porta dos obséquios (que lhe faziam), cada vez que ouvia alguém a chamar à porta das petições fingia-se desentendido, e só quando o ressoar continuo da aldraba de bronze se tornava, mais que notório, é que dava ordem ao primeiro-secretário para ir saber o que queria o impetrante...
O primeiro secretário chamava o segundo-secretário, que chamava o terceiro, que mandava o primeiro ajudante, que por sua vez mandava o segundo e por aí até chegar a mulher da limpeza, que não tendo em quem mandar, entreabria a porta...
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“Que é que tu queres?”Homem: “Quero falar ao rei”Mulher: “Já sabes que o rei não
pode vir”.
Homem: “Pois então vai lá dizer-lhe que não saio daqui até que ele venha, pessoalmente, saber o que quero”.
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Ocupado como sempre estava com os obséquios, o rei demorava a resposta e quando demonstrava grande atenção ao seu povo solicitava um parecer fundamentado por escrito ao primeiro-secretário, o qual encaminhava ao segundo e...sucessivamente até chegar a mulher da limpeza que despachava sim ou não conforme a maré.
Contudo, no caso daquele homem, ele avisou que esperaria até que o rei viesse ter com ele...
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A presença do homem na porta das petições resultava que, enquanto houvesse alguém à espera de resposta, nenhuma outra pessoa se poderia aproximar para expor suas necessidades.
Com isto perdia a população e também perdia o rei porque a ausência de respostas implicava em protestos públicos, aumentava o descontentamento social, diminuindo o afluxo de obséquios ao rei.
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Travado um embate entre o rei e o homem e diante da firmeza das petições do homem, os demais aspirantes, já impacientes com a obstrução representada pela presença daquele homem, começaram a gritar: Dá-lhe o barco, dá-lhe o barco.
Após um longo “bate-papo” o rei decide então doar um de seus barcos, porém sem os tripulantes necessários para fazer a viagem em busca da tal “Ilha Desconhecida”.
•Foi a reflexão sobre custos e benefícios que levou o rei em real pessoa a porta das petiçoes, após tres dias.•A presença do rei em pessoa estimula outros aspirantes a se aglomerarem em frente a porta das petições, provocando um alvoroço. O Homem explica ao Rei que quer um barco para procurar uma Ilha desconhecida.
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O homem andando chegou ao porto. A mulher da limpeza o seguiu. Após receber o barco e das tentativas infrutíferas para conseguir
tripulação, o homem titubeia. A mulher indaga-lhe sobre sua coragem e determinação: Se não
sais de ti, não chegas a saber quem és. As vezes é necessário sair da ilha para ver a ilha e não nos vemos se não nos saímos de nós.
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Por fim então restam apenas o Homem e a Mulher da Limpeza para a busca da “Ilha”
Os dois estréiam o barco, jantam juntos, e vão dormir. O Homem então tem um sonho, que no final da viagem o barco
deles se torna uma “Floresta”, sendo então a tal da “Ilha”.
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...Resumo....Resumo.
O Homem acorda ao lado da Mulher da Limpeza abraçado a ela. Os dois pintaram na proa do barco, de um lado e do outro, o
nome que ainda faltava dar a ele. “A Ilha Desconhecida fez-se enfim ao mar, à procura de si
mesma”.
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QUESTÕES PARA QUESTÕES PARA DISCUSSÃODISCUSSÃO
- Que interpretações se pode fazer sobre o ‘conto’ e a realidade dos serviços de saúde ?-Quais as características do modelo de atenção à saúde retratado ?- Que novos modelos de atenção propõem modificar as práticas na atenção básica ?- Como a enfermagem se insere nesse contexto ?
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CRÉDITOSCRÉDITOSFotos: Tiago Cupertino
Referencia Bibliográfica: Saramago J. O conto da ilha desconhecida. São Paulo: companhia das letras, 1998;
Concepção, resumo e adaptação do texto: Maria Raquel GM Pires
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Obrigada !