Maria do Rosário Barbosa Morujão - Universidade de Coimbra · 2010-06-22 · No dia 29 de Julho...

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Maria do Rosário Barbosa Morujão Relatório de Actividades Pedagógicas e Científicas __________________________________________________ 2005-2010 Faculdade de Letras – Universidade de Coimbra – Abril de 2010

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Maria do Rosário Barbosa Morujão

Relatório de Actividades Pedagógicas e Científicas __________________________________________________

2005-2010

Faculdade de Letras – Universidade de Coimbra – Abril de 2010

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Relatório de Actividades 2005-2010

1

Introdução

O presente relatório é apresentado ao Conselho Científico da Faculdade de

Letras da Universidade de Coimbra, em cumprimento do disposto na alínea a) do nº 1

do artº. 25º do E.C.D.U. anexo à Lei 19/80, alterado e aditado pelo Dec. Lei

nº 205/2009 de 31 de Agosto, como requisito para pedir a manutenção por tempo

indeterminado do contrato como Professora Auxiliar da Secção de História do

Departamento de História, Arqueologia e Artes da Faculdade de Letras da Universidade

de Coimbra.

No dia 29 de Julho de 2005, prestei provas de Doutoramento na Sala Grande dos

Actos da Universidade de Coimbra, com a dissertação A Sé de Coimbra: a Instituição e

a Chancelaria (1080-1318), orientada pela Prof. Doutora Maria Helena da Cruz Coelho,

obtendo a classificação máxima de Aprovada com Distinção e Louvor por

Unanimidade. Foram arguentes os Profs. Doutores José Marques, da Faculdade de

Letras da Universidade do Porto, e Maria Helena da Cruz Coelho, da Faculdade de

Letras da Universidade de Coimbra, membros do júri aprovado pelo Aviso 5539/2005

(2ª série), publicado no Diário da República, 2ª série, nº 105, de 1 de Junho de 2005, e

presidido pelo Senhor Presidente do Conselho Científico da Faculdade de Letras da

Universidade de Coimbra, Prof. Doutor José Maria Amado Mendes, de que faziam

também parte os Profs. Doutores Maria José Azevedo Santos, da Faculdade de Letras da

Universidade de Coimbra; Bernardo de Sá Nogueira, da Faculdade de Letras da

Universidade de Lisboa; Maria Cristina de Almeida e Cunha Alegre, da Faculdade de

Letras da Universidade do Porto, e Saul António Gomes, da Faculdade de Letras da

Universidade de Coimbra.

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Relatório de Actividades 2005-2010

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Na sequência das provas realizadas, fui contratada a 30 de Julho de 2005, pelo

Despacho nº 24 825/2005 (2ª série) de 20 de Outubro do Senhor Vice-Reitor da

Universidade de Coimbra, proferido por delegação de competências (Diário da

República, 2ª série, nº 231, de 2 de Dezembro de 2005), por conveniência urgente de

serviço e por um quinquénio, como Professora Auxiliar além do quadro da Faculdade

de Letras da Universidade de Coimbra.

O relatório agora apresentado diz respeito às actividades pedagógicas e

científicas levadas a cabo entre 30 de Julho de 2005 e igual dia de 2010, quinquénio que

iniciei como docente do Grupo de História, integrada no Instituto de Paleografia e

Diplomática, e que termino como membro da Secção de História do Departamento de

História, Arqueologia e Artes. Estrutura-se em duas partes principais, respeitando as

duas vertentes que deve contemplar, a saber:

1. Actividades pedagógicas

2. Actividades científicas

Cada uma delas encontra-se dividida em várias alíneas, que dão a conhecer as

diversas facetas do trabalho desenvolvido ao longo destes cinco anos. Procurei não me

limitar a uma simples enunciação de itens, preferindo tecer algumas considerações que

julguei pertinentes e esclarecedoras sobre o trabalho levado a cabo durante este período.

Coimbra, 28 de Abril de 2010

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Relatório de Actividades 2005-2010

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1. Actividades pedagógicas

a) Serviço docente

Ao longo deste quinquénio, a actividade docente constituiu uma das principais

vertentes do trabalho realizado, como facilmente se conclui da observação dos quadros

que se seguem.

Quadro nº 1 – Ano lectivo de 2005/2006

Licenciaturas em História e História da Arte:

Disciplinas Período Tipo de aulas Nº horas Nº alunos

Paleografia e Diplomática I

1S

1T+2P

4,5

80

Paleografia e Diplomática II

2S

1T+2P

4,5

84

Curso de Especialização em Ciências Documentais:

Disciplinas Período Tipo de aulas Nº horas Nº alunos

Paleografia 1S* TP 4 10

* No 2º semestre, a cadeira, anual, foi assegurada pela Prof. Doutora Maria José Azevedo Santos. Opções:

Disciplinas Período Tipo de aulas Nº horas Nº alunos

Fontes Escritas dos séculos IX a XV

1S

TP

3

11

Fontes escritas dos séculos XVI a XIX

2S

TP

3

11

Horas semanais: 1º semestre – 11,5h 2º semestre – 7,5h Média anual – 9,5h

Cadeiras leccionadas: 1º semestre – 3 2º semestre – 2 Total anual – 5

Total de alunos: 1º semestre – 101 2º semestre – 95 Total anual – 196

Quadro nº 2 – Ano lectivo de 2006/2007

Licenciaturas em História, História da Arte

Disciplinas Período Tipo de aulas Nº horas Nº alunos

Paleografia e Diplomática I

1S

1T+2P

4,5

131

Paleografia e Diplomática II

2S

1T+2P

4,5

154

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4

Curso de Especialização em Ciências Documentais:

Disciplinas Período Tipo de aulas Nº horas Nº alunos

Diplomática 1S TP 2 13

Opções:

Disciplinas Período Tipo de aulas Nº horas Nº alunos

Fontes Escritas dos séculos IX a XV

1S

TP

3

11

Fontes escritas dos séculos XVI a XIX

2S

TP

3

15

Horas semanais: 1º semestre – 9,5h 2º semestre – 7,5h Média anual – 8,5h

Cadeiras leccionadas: 1º semestre – 3 2º semestre – 2 Total anual – 5

Total de alunos: 1º semestre – 155 2º semestre – 169 Total anual – 324

Quadro nº 3 – Ano lectivo de 2007/2008

Licenciaturas em História e História da Arte:

Disciplinas Período Tipo de aulas Nº horas Nº alunos

Paleografia e Diplomática

1S

T+P

4

24

Licenciatura em Ciência da Informação Arquivística e Biblioteconómica:

Disciplinas Período Tipo de aulas Nº horas Nº alunos

Paleografia e Diplomática I

1S

T+P

4

39

Paleografia e Diplomática II

2S

T+P

4

42

Curso de Especialização em Ciências Documentais:

Disciplinas Período Tipo de aulas Nº horas Nº alunos

Diplomática 1S TP 2 13

Codicologia 2S TP 2 14

Curso de 2º Ciclo em Política Cultural Autárquica:

Disciplinas Período Tipo de aulas Nº horas Nº alunos

Bibliotecas e Arquivos Municipais

2S

Seminário

3

13

Horas semanais: 1º semestre – 10h 2º semestre – 9h Média anual – 9,5h

Cadeiras leccionadas: 1º semestre – 2 2º semestre – 3 Total anual – 5

Total de alunos: 1º semestre – 76 2º semestre – 69 Total anual – 145

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Relatório de Actividades 2005-2010

5

Quadro nº 4 – Ano lectivo de 2008/2009

Licenciaturas em História e História da Arte:

Disciplinas Período Tipo de aulas Nº horas Nº alunos

Paleografia e Diplomática 1S 3P* 6 103

* As aulas teóricas foram asseguradas pela Prof. Doutora Maria José Azevedo Santos. Licenciaturas em Ciência da Informação Arquivística e Biblioteconómica:

Disciplinas Período Tipo de aulas Nº horas Nº alunos

Paleografia e Diplomática I

1S

TP

4

30

Paleografia e Diplomática II

2S

TP

4

38

Curso de Especialização em Ciências Documentais:

Disciplinas Período Tipo de aulas Nº horas Nº alunos

Diplomática 1S TP 2 8

Livro Antigo Anual TP 3 10

Curso de 2º Ciclo em Política Cultural Autárquica:

Disciplinas Período Tipo de aulas Nº horas Nº alunos

Bibliotecas e Arquivos Municipais

2S

Seminário

3

22

Horas semanais: 1º semestre – 15h 2º semestre – 10h Média anual – 12,5h

Cadeiras leccionadas: 1º semestre – 4 2º semestre – 3 Total anual – 7

Total de alunos: 1º semestre – 151 2º semestre – 70 Total anual – 221

Quadro nº 5 – Ano lectivo de 2009/2010

Licenciaturas em História e História da Arte:

Disciplinas Período Tipo de aulas Nº horas Nº alunos

Paleografia e Diplomática 1S T+2P 6 134

Licenciatura em Ciência da Informação Arquivística e Biblioteconómica:

Disciplinas Período Tipo de aulas Nº horas Nº alunos

História do Livro: do Manuscrito ao Digital

1S

TP

2*

58

Paleografia e Diplomática I

1S

TP

4

34

Paleografia e Diplomática II

2S

TP

4

35

* Cadeira leccionada em co-regência com o Prof. Doutor Manuel Portela.

Opções:

Disciplinas Período Tipo de aulas Nº horas Nº alunos

Fontes escritas dos séculos XVI a XIX

2S

TP

4

7

Horas semanais: 1º semestre – 12h 2º semestre – 8h Média anual – 10h

Cadeiras leccionadas: 1º semestre – 3 2º semestre – 2 Total anual – 5

Total de alunos: 1º semestre – 226 2º semestre – 42 Total anual – 268

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Relatório de Actividades 2005-2010

6

Estes quadros mostram como, durante este período, continuei a leccionar as

disciplinas na área da Paleografia e da Diplomática que vinha a assegurar desde a minha

entrada como docente da Faculdade, em 1993, alargando-se, porém, o leque de cadeiras

sob minha responsabilidade.

Com efeito, além das cadeiras de Paleografia e Diplomática obrigatórias dos

cursos de História e História da Arte e das opções de Fontes Escritas dos Séculos IX a

XV e XVI a XIX que durante vários anos leccionei, passei também a ser responsável por

diversas cadeiras da licenciatura em Ciência da Informação Arquivística e

Biblioteconómica, como Paleografia e Diplomática I e II , e, no presente ano lectivo, em

co-regência com o Prof. Doutor Manuel Portela, História do Livro: do Manuscrito ao

Digital.

A minha colaboração como docente do Curso de Especialização em Ciências

Documentais, pontual até 2005, passou desde então a ser não só regular, mas reforçada

no tocante ao número de cadeiras leccionadas: além de Paleografia (de que fui

responsável apenas durante um semestre, por licença sabática da Prof. Doutora Maria

José Azevedo Santos, que assegurou a docência no 2º semestre), tive por duas vezes a

meu cargo Diplomática e uma vez Codicologia e Livro Antigo. O presente ano lectivo

foi o único, no quinquénio em apreço, em que não prestei serviço lectivo neste curso, o

que se explica pelo facto de não terem aberto candidaturas em 2008/2009, não

funcionando, pois, em 2009/2010, o seu 2º ano, em cujo plano curricular se inserem as

disciplinas referidas.

O alargamento do leque das matérias leccionadas estendeu-se também a outro

ciclo de estudo, tendo passado a leccionar o Seminário de Bibliotecas e Arquivos

Municipais do Curso de 2º Ciclo em Política Cultural Autárquica, que funcionou pela

primeira vez em 2007/2008, teve a segunda edição no ano lectivo seguinte, e não abriu

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Relatório de Actividades 2005-2010

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em 2009/2010, razão por que esse seminário não consta entre as cadeiras que lecciono

presentemente.

Ao longo destes cinco anos, fui também responsável, intermitentemente, pelas

cadeiras de opção de Fontes Escritas dos Séculos IX a XV e Fontes Escritas dos Séculos

XVI a XIX, que leccionei sempre que o meu horário não estava demasiado

sobrecarregado com serviço lectivo obrigatório. A preferência dada no presente ano

lectivo à opção que incide sobre a Época Moderna, em detrimento da Medieval,

explica-se pela necessidade de fornecer aos alunos das licenciaturas de História e

História da Arte a possibilidade de continuarem, numa segunda disciplina, a

aprendizagem da Paleografia que, com o novo plano curricular, se viu reduzida a um só

semestre, acabando por não ser mais do que uma introdução a tais matérias, sendo os

alunos os primeiros a reconhecer que necessitariam de mais tempo para dominarem a

leitura das grafias dos séculos modernos. Por isso, havendo que escolher uma das duas

cadeiras opcionais, decidi leccionar aquela que me pareceu servir melhor os interesses

dos alunos.

Em cada um dos cinco anos lectivos em apreço, fui responsável por uma média

de 5 disciplinas. Essa média foi apenas quebrada no ano de 2008/2009, durante o qual

foram 6 as cadeiras leccionadas, uma das quais, sendo anual (Livro Antigo), foi

considerada como se de duas disciplinas semestrais se tratasse, o que resulta numa

contabilização de 7 cadeiras.

A abertura a novas cadeiras e novos ciclos de estudo implicou, naturalmente, um

forte investimento no que toca à preparação das aulas. Mesmo em relação às cadeiras

que já anteriormente leccionava, as reformas curriculares obrigaram a uma adaptação e

actualização de programas e conteúdos, passando, por outro lado, e graças às facilidades

proporcionadas pelas novas tecnologias, a dar cada vez mais importância na leccionação

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Relatório de Actividades 2005-2010

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ao recurso a material informático, como projecções em Powerpoint e consulta de

websites.

As actividades lectivas e a sua preparação constituíram, portanto, uma parte

muito substancial do trabalho deste quinquénio. Poderei mesmo dizer que foi excessiva,

dado que, observando o Gráfico nº 1, se verifica que houve apenas um ano lectivo, o de

2006/2007, em que o número limite de 9 horas de aulas semanais não foi ultrapassado,

tendo atingido em 2008/2009 as 12,5 horas.

Gráfico nº 1 – Núme-

ro de horas semanais

leccionadas

6

7

8

9

10

11

12

13

2005/06 2006/07 2007/08 2008/09 2009/10

Se, no presente ano lectivo, se verificou uma diminuição para 10 horas lectivas,

a razão foi a já referida não abertura do Curso de Especialização em Ciências

Documentais e do Curso de 2º Ciclo em Política Cultural Autárquica; caso estivessem

em funcionamento, a carga lectiva teria sido extremamente pesada (como se prevê,

aliás, para o próximo ano), especialmente nesta conjuntura em que uma das docentes

desta área de ensino, a Prof. Doutora Maria José Azevedo Santos, se encontra com

horário reduzido devido aos cargos que desempenha como Directora do Arquivo da

Universidade de Coimbra e Vereadora da Cultura da Câmara Municipal.

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Relatório de Actividades 2005-2010

9

O Gráfico nº 2 distingue o serviço docente do 1º e do 2º semestres, que é

notoriamente diferente. Com efeito, no 2º semestre o limite das 9 horas semanais só foi

ultrapassado em 2008/2009; no 1º, porém, em todos os anos do quinquénio, o número

de horas de aulas efectivamente leccionadas nunca foi inferior a 9,5 horas, tendo

chegado às 15 horas no ano lectivo transacto.

Gráfico nº 2 – Núme-

ro de horas semanais

leccionadas por se-

mestre

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

2005/06 2006/07 2007/08 2008/09 2009/10

1º semestre 2º semestre

Parte do excesso de serviço docente deve-se ao desdobramento em duas turmas

práticas (três em 2008/2009, quando as aulas teóricas foram leccionadas pela Prof.

Doutora Maria José Azevedo Santos) da cadeira de Paleografia e Diplomática dos

cursos de História e História da Arte. Seria mais fácil, sem dúvida, reduzi-la a uma

única turma; mas o número de alunos é elevado, com uma média de 114 por ano (não

contando 2007/2008, que, como abaixo será explicado, conheceu um número muito

menor do que o habitual de estudantes desta cadeira). Tendo em conta a importância da

vertente prática da disciplina, que conta entre os seus principais objectivos tornar os

alunos “capazes de ler e transcrever documentos portugueses da cronologia estudada”,

como é explicitado no seu programa1, parece-me errado do ponto de vista pedagógico

proporcionar aos estudantes uma única turma prática, onde não haveria a possibilidade

de um acompanhamento minimamente personalizado. Tenho, pois, por uma questão de

1 Disponível na Web on Campus: https://woc.uc.pt/fluc/class/getpresentation.do?idclass=5482&idyear=6 (consultada em 23 de Abril de 2010).

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Relatório de Actividades 2005-2010

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consciência profissional, preferido manter as duas turmas práticas da cadeira, apesar de

tal situação acabar por reverter em meu desfavor, ao aumentar a minha carga horária

semanal.

O número total de alunos inscritos nas cadeiras leccionadas durante o

quinquénio em causa foi 1154, o que significa uma média anual de 231. No Gráfico

nº 3, podemos ver a sua distribuição anual, constando o total de alunos por semestre do

Gráfico nº 4.

Gráfico nº 3 – Nú-

mero de alunos por

ano lectivo

0

50

100

150

200

250

300

350

2005/06 2006/07 2007/08 2008/09 2009/10

Gráfico nº 4 – Nú-

mero de alunos por

semestre

0

50

100

150

200

250

2005/06 2006/07 2007/08 2008/09 2009/10

1º semestre

2º semestre

Estes dois gráficos evidenciam claramente a alteração provocada na minha

distribuição de serviço pela introdução dos novos planos curriculares das licenciaturas

de História e História da Arte. Nos dois primeiros anos lectivos do quinquénio,

existiam, como já referi, duas cadeiras de Paleografia e Diplomática, I e II , que, com a

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reforma de Bolonha, foram reduzidas a uma só, leccionada no 1º semestre. Por esse

motivo, o número de alunos foi tão próximo nos dois semestres destes anos, e se

verifica a grande disparidade visível nos anos de 2008/2009 e 2009/2010, que registam

no 1º semestre mais do dobro de alunos do 2º. Em 2007/2008, quando o novo plano

curricular entrou em vigor, a situação teve contornos especiais, tendo o número de

alunos sido muito mais reduzido durante todo o ano lectivo: Paleografia e Diplomática

I e II eram cadeiras do 1º ano das anteriores licenciaturas em História e História da Arte,

e Paleografia e Diplomática passou a ser leccionada no 2º ano do 1º Ciclo em História,

mantendo-se no 1º ano de História da Arte. Nesse ano foram, pois, muito poucos os

alunos de História a frequentá-la, visto que a maioria já a tinha concluído no ano lectivo

anterior.

Concluindo esta abordagem do serviço docente que tenho tido a meu cargo, devo

ainda lembrar que a responsabilidade de organização dos programas lectivos e da

avaliação só tem sido partilhada nos casos de co-regência. A avaliação praticada tem

sido contínua, sempre que o número de alunos assíduos às aulas o permite; nos restantes

casos, tenho procurado viabilizar a avaliação mista, de modo a que a nota final não

fique dependente de uma única prova de exame. A avaliação final, que alguns alunos

continuam a preferir, tem sido, pois, uma opção minoritária no leque das cadeiras a meu

cargo.

Diga-se ainda que, antes de fazer parte do corpo docente de cursos de 2º Ciclo,

participei pontualmente em seminários de Mestrado, a convite da Prof. Doutora Maria

Helena da Cruz Coelho. Na cronologia do presente relatório integram-se estas duas

colaborações:

� Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, 2 de Fevereiro de 2007 –

sessão do seminário “Senhores e camponeses: convivências e resistências”, do

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Relatório de Actividades 2005-2010

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Curso de Mestrado em História da Idade Média, sobre o mosteiro de Celas em

tempos medievais (tema da minha dissertação de mestrado).

� Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, Janeiro de 2008 – sessão do

seminário de Diplomática do Curso de Mestrado em Paleografia e Diplomática,

acerca de chancelarias episcopais (um dos temas desenvolvidos na minha tese de

doutoramento).

b) Orientações

O início da leccionação no âmbito do 2º Ciclo trouxe consigo, a partir de

2008/2009, uma outra experiência de carácter pedagógico: a orientação de trabalhos de

Mestrado. No caso do Curso de 2º Ciclo em Política Cultural Autárquica, o 2º ano

lectivo é constituído por um estágio realizado numa autarquia, durante o qual o aluno

recebe a supervisão de um técnico superior do serviço onde está a estagiar, bem como a

orientação científica de um professor do curso, e do qual resulta um relatório final. O

trabalho que tenho desenvolvido na orientação quer dos estágios, quer dos relatórios

finais tem constituído uma variada, gratificante e enriquecedora experiência.

No ano lectivo de 2008/2009, foram três os estagiários com quem trabalhei, num

dos casos em co-orientação:

� Ana Margarida Reis Bento, estagiária no Museu Municipal de Coimbra, que

elaborou um relatório subordinado ao tema A porcelana “kraak” na Colecção

Telo de Morais;

� Sónia Margarida Martins Penedo, estagiária na Biblioteca Municipal de Soure,

que ainda não concluiu o seu projecto sobre as comemorações dos forais

concedidos a Soure, tendo pedido prorrogação do prazo até ao final do presente

ano lectivo:

� Manuel Henrique R. Maximino de Almeida, estagiário na Câmara Municipal de

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Viseu, que realizou trabalho conducente à criação de um Museu Municipal nessa

cidade, co-orientado pela Prof. Doutora Irene Maria Montezuma de Carvalho

Mendes Vaquinhas. O candidato, por razões de natureza pessoal, acabou por

desistir de apresentar o seu relatório final.

Em 2009/2010, continuo a orientar o relatório final de Sónia Margarida Martins

Penedo, e assumi a orientação de quatro outros alunos:

� Ana Filipa Carvalho, estagiária no Arquivo Municipal de Ourém, onde

desenvolve o seguinte tema: Arquivo Municipal de Ourém, estudo e divulgação

de um sub-sistema de informação: o conjunto documental do Administrador do

Concelho;

� André Lopes, estagiário na Biblioteca Municipal de Penalva do Castelo, onde

desenvolve trabalho para um relatório final sobre A biblioteca pública: espaço

de dinamização cultural;

� Maria dos Prazeres Duarte, estagiária na Biblioteca Municipal de Oliveira do

Bairro, que desenvolve um projecto sobre o desenvolvimento dos afectos nas

bibliotecas.

� Rita Pereira, estagiária na Biblioteca Municipal de Castelo Branco, que trabalha

sobre a captação de novos públicos para as bibliotecas.

No presente ano lectivo, assumi ainda, pela primeira vez, a orientação de uma

aluna da licenciatura em História, Marly Janette Delgado Monteiro Tomaz, no âmbito

de uma Bolsa de Integração na Investigação concedida pelo Centro de História da

Sociedade e da Cultura. O seu trabalho consiste no levantamento de artigos e

documentos de temática medieval publicados na revista O Archeologo Português e na

transcrição e preparação para edição das memórias paroquiais de Ponte de Sor.

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Sou, ainda, orientadora científica do estágio que está a ser realizado no Arquivo

da Universidade de Coimbra pela aluna da licenciatura em Ciência da Informação

Arquivística e Biblioteconómica Sara Manuela Bernardes Braz dos Santos, que tem

como objectivo a catalogação de um núcleo de pergaminhos medievais provenientes do

mosteiro de S. Marcos.

c) Participação em provas académicas

Outra consequência do doutoramento e da docência do 2º Ciclo foi o início da

participação em provas académicas. Até agora, fui chamada a integrar júris de provas de

mestrado do Curso de 2º Ciclo em Política Cultural Autárquica, uma vez na qualidade

de orientadora, duas na de arguente principal:

� 2009 Outubro, 7 – arguente principal nas provas de Ana Filipa Rodrigues Seco,

que apresentou o relatório intitulado O Combate de Foz de Arouce (1811):

evocação histórica. A candidata foi aprovada com a classificação final de

Excelente (18 valores).

� 2009 Novembro, 23 – vogal do júri, como orientadora, nas provas de Ana

Margarida dos Reis Bento, que apresentou o relatório intitulado A porcelana

“kraak” na Colecção Telo de Morais. A candidata foi aprovada com a

classificação final de Excelente (19 valores).

� 2009 Novembro, 30 – arguente principal nas provas de Margarida Teodora da

Silva Gonçalves Trindade, que apresentou o relatório intitulado À NOSSA

VOLTA, A Biblioteca Municipal Gustavo Pinto Lopes, em tempo de mudança. A

candidata foi aprovada com a classificação final de Muito Bom (17 valores).

d) Cargos exercidos

Podem-se ainda integrar dentro do foro das actividades pedagógicas levadas a

cabo o desempenho de certos cargos na Faculdade, a saber:

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Relatório de Actividades 2005-2010

15

� Membro da Comissão Científica do Grupo de História a partir de Setembro

de 2005 e até à reestruturação da Faculdade que extinguiu esse órgão.

� Representante dos docentes do Grupo de História no Conselho Pedagógico

entre 2006 e 2009.

� Membro do júri do exame destinado a avaliar a capacidade para a frequência

do Ensino Superior dos maiores de 23 Anos, no ano lectivo de 2007.

� Membro do Conselho Consultivo do Professor Bibliotecário da Faculdade,

desde Setembro de 2009.

e) Participação em acções de formação

Porque a actividade docente de um professor universitário não tem de se esgotar

no trabalho desenvolvido dentro da Faculdade, aceitei o convite para participar numa

acção de formação organizada pela Associação de Professores de História, em parceria

com o Mestre Anísio Miguel de Sousa Saraiva. A acção terá lugar durante o mês de

Junho de 2010, em Coimbra, e terá como tema “A Catedral na Idade Média Portuguesa:

espaço, poder e cultura”.

Para tal, o Conselho Científico-Pedagógico da Formação Contínua procedeu ao

meu registo como formadora nas áreas e domínios A39 História/História de Portugal e

A58 Historia Económica e Social, tendo sido atribuído o respectivo certificado a 10 de

Março de 2010.

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Relatório de Actividades 2005-2010

16

2. Actividades científicas

Foram múltiplas e diversificadas as actividades de âmbito científico que

desenvolvi ao longo deste quinquénio, e que passo a apresentar, divididas em sete

alíneas, de acordo com a sua natureza.

a) Ligação a instituições científicas

Encontro-me ligada a dois centros de investigação, de um dos quais sou membro

integrante, e do outro assídua colaboradora:

� Membro integrante do Centro de História da Sociedade e da Cultura, da

Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, desde 2005

(http://www.uc.pt/chsc).

� Colaboradora do Centro de Estudos de História Religiosa, da Universidade

Católica Portuguesa, desde 2002 (http://www.ucp.pt).

Sou também membro de outras associações científicas, que passo a indicar:

� SPEM – Sociedade Portuguesa de Estudos Medievais (de cujo Conselho

Directivo sou, actualmente, vogal) (http://www1.ci.uc.pt/spem/).

� APICES. Association Paléographique Internationale. Culture. Écriture.

Société (http://www.palaeographia.org/apices/apices.htm).

� GreenLines. Instituto para o desenvolvimento sustentável

(http://www.greenlines-institute.org/greenlines-institute/index.html).

� APHES – Associação Portuguesa de História Económica e Social

(http://www.aphes.pt/).

� APENEL – Associação Portuguesa de Estudos Neolatinos

(http://www.apenel.org/).

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Relatório de Actividades 2005-2010

17

b) Participação em reuniões científicas e apresentação de comunicações

Durante este quinquénio, participei em dezasseis reuniões científicas de natureza

diversificada, sempre apresentando comunicações, várias de entre elas solicitadas por

convite. Este número corresponde a uma média de 2,7 reuniões e comunicações por ano.

Duas delas tiveram lugar no estrangeiro, tendo sete sido realizadas em Portugal com

participação internacional, como se pode ver pelo elenco que se segue:

� 13 a 17 de Setembro de 2005 (Viena, Áustria) – participação no XVe Colloque

du Comité International de Paléographie Latine, subordinado ao tema

Régionalisme et internationalisme: problèmes de paléographie et de codicologie

du Moyen Âge, com a comunicação intitulada “Traditionalisme, régionalisme et

innovation dans les chancelleries épiscopales portugaises au Moyen Âge. Le cas

de Coimbra”.

� 28 a 30 de Novembro de 2005 (Porto) – participação na V Semana de Estudos

Medievais, com a comunicação intitulada “Uma catedral analisada sob dois

pontos de vista – a Sé de Coimbra: a instituição e a chancelaria (1080-1318)” .

� Setembro de 2006 (Lisboa) – participação no Encontro Internacional sobre

Carreiras Eclesiásticas no Ocidente Cristão (séc. XII-XIV), com a comunicação

intitulada “Les testaments du clergé de Coimbra: des individus aux réseaux

sociaux” (em conjunto com Maria Helena da Cruz Coelho).

� Outubro de 2006 (Lisboa) – participação na reunião científica da Sociedade

Portuguesa de Estudos Medievais, apresentando um relatório sobre os Estudos

Medievais na Universidade de Coimbra entre 2004 e 2006.

� Novembro de 2007 (Lisboa) – participação no II Encontro de Estudos Medievais

Luso-Brasileiros, organizado pela Faculdade de Letras da Universidade de

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Relatório de Actividades 2005-2010

18

Lisboa e pela Academia Portuguesa da História, com a comunicação intitulada

“O báculo e a coroa na Coimbra medieval”.

� Abril de 2008 (Pampilhosa da Serra) – participação nas I Jornadas de História

Local, organizadas pela Câmara Municipal da Pampilhosa da Serra, com a

comunicação intitulada “O rei de Boa Memória e o concelho da Pampilhosa”.

� Maio de 2008 (Vila Nova de Foz Côa) – participação em Heritage 2008.

International Conference. World heritage and sustainable development,

organizado pelo GreenLines. Instituto para o Desenvolvimento Sustentável, com

a comunicação “Written documents: heritage to preserve and exploit”.

� Setembro de 2008 (Londres) – participação no XVIe Colloque du Comité

International de Paléographie Latine, subordinado ao tema Enseigner l'écriture,

apprendre à écrire – Teaching Writing, Learning to Write, com a comunicação

“Apprendre à écrire dans le Portugal médiéval. Bilan des connaissances”.

� Novembro de 2008 (Porto de Mós – Aljubarrota – Alcobaça – Batalha) –

participação nas VI Jornadas Luso-Espanholas de História Medieval,

subordinadas ao tema A Guerra e a Sociedade na Idade Média, com a

comunicação “Bispos em tempos de guerra: os prelados de Coimbra na segunda

metade do século XIV”.

� Dezembro de 2008 (Coimbra) – comunicação na abertura da I Mostra de

Doçaria Conventual e Regional organizada pela Câmara Municipal de Coimbra,

sobre a história do mosteiro de Celas.

� Janeiro de 2009 (Porto) – participação no Colóquio Escrita e Poder: as

Chancelarias Peninsulares (séc. XIV-XV), realizado na Faculdade de Letras da

Universidade do Porto, com a comunicação “A chancelaria da Sé de Coimbra:

perspectivas de estudo”.

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Relatório de Actividades 2005-2010

19

� Setembro de 2009 (Viseu) – participação no Congresso Internacional Afonso

Henriques 900 anos depois, com a comunicação “A sigilografia portuguesa em

tempos de D. Afonso Henriques”.

� 7 de Novembro de 2009 (Batalha) – participação na Oficina da Sociedade

Portuguesa de Estudos Medievais As Novas Diplomáticas, com a comunicação

intitulada “Reflexões sobre Diplomática: o que se pode saber acerca de uma

chancelaria medieval?”.

� 13 de Novembro de 2009 (Porto) – participação no XIX Encontro da Associação

Portuguesa de História Económica e Social, coordenando o painel “Memória,

Identidade e Património Cultural: Cartulários Medievais das Catedrais

Portuguesas”, com a comunicação “Um outro cartulário da Sé de Coimbra: o

Manuscrito Iluminado 98 da Biblioteca Nacional”.

� Abril de 2010 (Lamego) – participação no Colóquio Espaço, poder e memória:

A Sé de Lamego em oito séculos de história, com a comunicação intitulada “A

organização de uma diocese: Lamego, da reconquista à restauração da dignidade

episcopal”.

� Junho de 2010 (Coimbra) – participação no Seminário Internacional Preserving

documents – science and restoration, com a comunicação intitulada “The seals

from the fund of the Coimbra See Chapter at the Torre do Tombo National

Archive”.

A distribuição destes encontros ao longo do período em causa está patente no

Gráfico nº 5, que demonstra terem sido os anos de 2008 e 2009 os mais activos;

refira-se que o de 2010 não o está a ser menos, tendo, porém, consideradas apenas, para

efeitos deste relatório, as actividades a desenvolver até 30 de Julho.

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Relatório de Actividades 2005-2010

20

Gráfico nº 5 – Distri-

buição anual das

reuniões científicas 0

1

2

3

4

5

6

2005 2006 2007 2008 2009 2010

De entre todos estes eventos, merecem desde logo ser destacados os dois

Colóquios organizados pelo Comité International de Paléographie Latine, realizados em

2005 e 2008, em Viena e Londres, respectivamente. Estes encontros, que reúnem os

principais investigadores, a nível mundial, no âmbito da Paleografia, revestem-se

sempre de um grande interesse para quem se dedica a esta área científica; constituem

também a ocasião para a realização das assembleias-gerais da APICES.

Realço ainda as variadas iniciativas levadas a cabo pela Sociedade Portuguesa de

Estudos Medievais em que tenho colaborado, procurando sempre responder às

diferentes solicitações que me são colocadas.

No que toca aos temas abordados, verifica-se que as comunicações que

apresentei giram, quase sempre, em torno das duas grandes áreas a que tenho

especialmente dedicado a minha investigação: a História Religiosa (sobretudo do clero

das catedrais e dos bispos, com principal relevo para os da diocese de Coimbra, mas

sem esquecer o monaquismo cisterciense feminino, sobre o qual versa a minha

dissertação de mestrado, dedicada ao mosteiro de Celas de Coimbra), dentro da qual se

podem integrar cinco dos trabalhos apresentados; e o campo da Paleografia,

Diplomática, Sigilografia e Codicologia, em que se inserem outros nove.

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Relatório de Actividades 2005-2010

21

c) Publicações

Os trabalhos publicados durante este quinquénio foram agrupados em várias

alíneas, consoante a sua natureza, tendo assim distinguido:

- três livros (contando como um só a versão policopiada da minha tese de

doutoramento e a sua versão publicada, dadas as diferenças mínimas entre ambas);

- três partes de livros;

- três artigos publicados em revistas científicas (dois dos quais em revistas

sujeitas a “peer review”);

- onze colaborações em actas de reuniões científicas;

- três recensões críticas.

c. 1) Livros

� A Sé de Coimbra: a instituição e a chancelaria (1080-1325), Coimbra,

Faculdade de Letras, 2005 (dissertação de doutoramento policopiada); no

prelo, na colecção “Textos Universitários de Ciências Sociais e Humanas”,

Lisboa, FCT/FCG, 2010.

� Testamenti Ecclesiae Portugaliae (1080-1325), coordenação, participação na

transcrição e autoria dos índices de Maria do Rosário Barbosa Morujão,

Lisboa, CEHR, 2010 (no prelo).

� O foral manuelino de Jarmelo, Guarda, 2010 (em colaboração com Maria

Helena da Cruz Coelho) (no prelo).

c. 2) Partes de livros

� “Os estatutos do cabido da Sé de Coimbra de 1454”, in Estudos em

homenagem ao Professor Doutor José Marques, org. Departamento de

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Relatório de Actividades 2005-2010

22

Ciências e Técnicas do Património e Departamento de História da Faculdade

de Letras da Universidade do Porto, vol. 4, Porto, 2006, p. 85-108.

� “A memória da escrita”, in Monumentos de Escrita: 400 Anos da História

da Sé e da Cidade de Viseu. 1230-1639. Roteiro da Exposição, coord. e

edição de Ana Paula Abrantes, coord. científica de Anísio Miguel de Sousa

Saraiva, Viseu, 2008, p. 15-32 (em colaboração com Anísio Miguel de

Sousa Saraiva).

� “A organização de uma diocese: Lamego, da reconquista à restauração da

dignidade episcopal”, in Espaço, poder e memória: A Sé de Lamego em oito

séculos de história, coord. Alexandra Braga e Anísio Saraiva, Lamego, 2010

(no prelo).

c. 3) Artigos em revistas científicas

� “The Coimbra See and its chancery in medieval times”, e-Journal of

Portuguese History, Vol. 4, number 2, Winter 2006.

� “O Livro Preto da Sé de Coimbra. Estudo do cartulário”, Revista de História

da Sociedade e da Cultura, nº 8, 2008, p. 7-43.

� “Um outro cartulário da Sé de Coimbra: o Manuscrito Iluminado 98 da

Biblioteca Nacional”, Revista de História da Sociedade e da Cultura, nº 10,

2010 (no prelo).

c. 4) Artigos em actas de reuniões científicas

� “A prelazia de Coimbra no contexto de afirmação de um reino”, in Sé Velha

de Coimbra: Culto e Cultura. Ciclo de Conferências 2003 Coimbra,

Coimbra, 2005, p. 193-222.

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Relatório de Actividades 2005-2010

23

� “La famille d’Ébrard et le clergé de Coïmbra aux XIIIe et XIVe siècles”, in A

Igreja e o clero português no contexto europeu. Colóquio Internacional,

Lisboa, 2005, p. 77-91.

� “Frontières documentaires. Les chartes des chancelleries épiscopales

portugaises avant et après le XIIIe siècle (Coïmbra et Lamego)”, em

colaboração com Anísio de Sousa Saraiva, in Frontiers in the Middle Ages.

Proceedings of the Third European Congress of Medieval Studies

(Jyvaskÿlä, 10-14 June 2003), ed. O. Merisalo with the collaboration of P.

Pahta, Louvain-la-Neuve, 2006, p. 441-466.

� “Les testaments du clergé de Coimbra: des individus aux réseaux sociaux”,

em colaboração com Maria Helena da Cruz Coelho, in Encontro

Internacional Carreiras Eclesiásticas no Ocidente Cristão (séc. XII-XIV),

Lisboa, 2007, p. 121-138.

� “Traditionalisme, régionalisme et innovation dans les chancelleries

épiscopales portugaises au Moyen Âge”, in Régionalisme et

internationalisme: Problèmes de paléographie et de codicologie du Moyen

Âge. Actes du XVe Colloque du Comité International de Paléographie Latine

(Vienne, 13-17 septembre 2005), édités par Otto Kresten et Franz Lackner,

Viena, 2008, p. 299-316 (em colaboração com Maria Cristina Almeida e

Cunha e Anísio Miguel de Sousa Saraiva, sendo da sua responsabilidade a

parte relativa à chancelaria episcopal de Coimbra, p. 309-312).

� “Written documents: heritage to preserve and exploit”, in World heritage

and sustainable development. Heritage 2008 International Conference,

edited by Rogério Amoêda, Sérgio Lira, Cristina Pinheiro, Filipe Pinheiro,

João Pinheiro, Barcelos, 2008, vol. 1, p. 251-258.

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Relatório de Actividades 2005-2010

24

� “O báculo e a coroa na Coimbra medieval”, in Raízes Medievais do Brasil

Moderno. Actas. 2 a 5 de Novembro 2007, coord. Margarida Garcez e José

Varandas, Lisboa, 2008, p. 43-66.

� “Bispos em tempos de guerra: os prelados de Coimbra na segunda metade do

século XIV”, in VI Jornadas Luso-Espanholas de Estudos Medievais. A

guerra e a sociedade na Idade Média. Actas, coord. científica de Maria

Helena da Cruz Coelho, Saul António Gomes e António Manuel Ribeiro

Rebelo, vol. 1, Campo Militar de S. Jorge (CIBA)/Porto de

Mós/Alcobaça/Batalha, 2009, p. 539-550.

� “A memória da actuação de D. João I no concelho da Pampilhosa da Serra”,

in Actas das I Jornadas de História Local da Pampilhosa da Serra,

Pampilhosa da Serra: Câmara Municipal, 2010 (no prelo).

� “Apprendre à écrire dans le Portugal médiéval. Bilan des connaissances”, in

Teaching Writing, Learning to Write. XVth Colloquium of the du Comité

International de Paléographie Latine, coord. Pamela Robinson, Londres,

2010 (no prelo).

� “A sigilografia portuguesa em tempos de D. Afonso Henriques”, in Actas do

Congresso Internacional Afonso Henriques 900 anos depois, Viseu, 2010

(no prelo).

c. 5) Recensões críticas

� Frontiers in the Middle Ages. Proceedings of the Third European Congress

of Medieval Studies (Jyvaskÿlä, 10-14 June 2003), ed. O. Merisalo with the

collaboration of P. Pahta, Louvain-la-Neuve, 2006, Biblos, Coimbra, n.s., 5

(2007), p. 441-445.

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Relatório de Actividades 2005-2010

25

� Jean-Loup Abbé, À la conquête des étangs. L’aménagement de l’espace en

Languedoc méditerranéen (XIIe-XVe siècle), Toulouse, Presses Universitaires

du Mirail, 2006, Revista do Centro de História da Sociedade e da Cultura,

Coimbra, 6 (2007), p. 221-224.

� “As biografias dos reis de Portugal da Primeira Dinastia”, Ler História, 56,

2009, p. 223-230.

No total, foram 23 os trabalhos dados à estampa entre 2005 e 2010 ou ainda no

prelo, mas com data de publicação prevista para este ano. Este número corresponde a

uma média de 3,8 títulos anuais, cuja distribuição ao longo do período considerado se

pode ver no Gráfico nº 6:

Gráfico nº 6 – Distri-

buição anual das

publicações 0

2

4

6

8

10

2005 2006 2007 2008 2009 2010

Verifica-se, assim, que o ano de maior número de publicações é o de 2010, em

que se pensa chegar às 8 (incluindo, recorde-se, três livros), seguido por 2008, em que

foram dados à estampa 5 trabalhos meus. A irregular distribuição patente no Gráfico

não é, contudo, muito significativa, pois, muitas vezes, a data de publicação de uma

obra depende mais de atrasos de questões editoriais e tipográficas do que, propriamente,

da vontade do autor. De alguma forma, considero que este elevado número alcançado

no presente ano é fruto do trabalho levado a cabo ao longo de todo este quinquénio, e

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Relatório de Actividades 2005-2010

26

mesmo antes, como é o caso da minha tese de doutoramento, que só agora vai ser dada à

estampa.

No que toca às temáticas sobre as quais versam estas publicações, repete-se,

essencialmente, o que foi indicado na alínea anterior. Doze podem incluir-se,

globalmente, no âmbito da Paleografia, Diplomática, Sigilografia e Codicologia, dentro

do qual contabilizei a minha tese de doutoramento e outros trabalhos que, na verdade,

também se podem integrar na área da História Religiosa, dentro da qual considerei sete

títulos, sendo os restantes quatro dedicados a outras temáticas.

Permito-me destacar, entre todas as obras mencionadas, pela sua importância e

dimensão, os três livros que, por coincidência, se encontram em simultâneo no prelo: a

edição da minha tese de doutoramento; a publicação do foral do Jarmelo, em que me

coube a transcrição do foral e a sua descrição codicológica; e o volume que edita os

testamentos do clero catedralício português desde 1080 a 1325, obra que não apenas

coordenei, mas na qual participei com a transcrição de grande número de documentos e

com a elaboração dos índices. Fica nestes dois exemplos bem expresso o meu gosto pela

publicação de fontes, tarefa tantas vezes menorizada, mas no entanto fundamental para

dar a conhecer os documentos que se conservam nos nossos arquivos e facilitar, deste

modo, a pesquisa historiográfica, e na qual pretendo continuar a apostar.

Refira-se ainda que cinco destes trabalhos foram feitos em colaboração. O

trabalho conjunto, desvalorizado por vários critérios de avaliação, é sempre, para mim,

extremamente gratificante; constitui um momento especial de aprendizagem e partilha,

e por essa razão assinalo as obras assim levadas a cabo.

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Relatório de Actividades 2005-2010

27

d) Participação em projectos científicos

Fiz parte da equipa do projecto de investigação “Fasti Ecclesiae Portugaliae:

prosopografia do clero catedralício português (1071-1325)”, sediado no Centro de

Estudos de História Religiosa da Universidade Católica Portuguesa e financiado pela

Fundação para a Ciência e Tecnologia, desenvolvido entre os anos de 2002 e 2006.

No âmbito desse projecto, além das participações nos colóquios organizados A

Igreja e o clero português no contexto europeu. Colóquio Internacional (Roma,

Setembro de 2004) e Encontro Internacional sobre Carreiras Eclesiásticas no Ocidente

Cristão (séc. XII-XIV) (Lisboa, Setembro de 2007) (já mencionados nas comunicações

apresentadas e nas publicações em actas de reuniões científicas), coordenei a edição da

obra Testamenti Ecclesiae Portugaliae (também já referida) e introduzi larga parte dos

dados sobre a diocese de Coimbra que constam da base de dados cuja construção

constituiu um dos principais objectivos deste projecto, e que estará em breve disponível

ao público on-line no seguinte endereço: http://fasti.lisboa.ucp.pt/.

e) Outras iniciativas científicas

Participei no conjunto de iniciativas organizadas pelo Museu de Grão Vasco, de

Viseu, em torno da catalogação e divulgação dos documentos que nele se conservam.

Assim, fui consultora científica do Catálogo Digital do Arquivo do Museu de

Grão Vasco [I], Viseu, 2007, e co-autora dos textos e dos conteúdos multimédia da

Exposição Monumentos de Escrita. 400 Anos da História da Sé e da Cidade de Viseu

(1230-1639), patente ao público naquele Museu, de 17 de Novembro de 2007 a 17 de

Fevereiro de 2008.

No âmbito desta exposição, dei ainda formação aos funcionários do Museu sobre

os conteúdos multimédia a cuja autoria estive ligada.

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Relatório de Actividades 2005-2010

28

f) Participação na organização de eventos científicos

Integrei a comissão científica dos seguintes encontros:

� Congresso Internacional Heritage 2008. World Heritage and Sustainable

Development, organizado pelo GreenLines. Instituto para o Desenvolvimento

Sustentável (realizado em Maio de 2008, em Vila Nova de Foz Côa).

� VI Jornadas Luso-Espanholas de História Medieval A Guerra e a Sociedade

na Idade Média, organizadas pela SPEM – Sociedade Portuguesa de Estudos

Medievais (realizadas em Novembro de 2008 em Porto de Mós, Aljubarrota,

Alcobaça e Batalha).

Fiz parte da Comissão Organizadora do IV Encontro Ibérico EDIBCIC 2009,

organizado pela EDIBCIC (Associação de Educação e Investigação em Ciência da

Informação da Iberoamerica e Caribe), realizado na Universidade de Coimbra em

Novembro de 2009.

Estou, actualmente, a organizar, em conjunto com o Mestre Anísio Miguel de

Sousa Saraiva, e a convite do Centro de Estudos de História Religiosa da Universidade

Católica Portuguesa, o Encontro Internacional O clero secular medieval e as suas

catedrais: novas perspectivas e abordagens, que se realizará em duas sessões, uma em

Outubro de 2010 e a outra em Abril de 2011.

g) Prémios recebidos

Recebi, em 2007, a menção honrosa do Prémio Almeida Fernandes de História

Medieval, pela minha tese de doutoramento.

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Relatório de Actividades 2005-2010

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Índice

Introdução 1

1. Actividades pedagógicas 3

a) Serviço docente 3

b) Orientações 12

c) Participação em provas académicas 14

d) Cargos exercidos 14

e) Participação em acções de formação 15

2. Actividades científicas 16

a) Ligação a instituições científicas 16

b) Participação em reuniões científicas e apresentação de comunicações 17

c) Publicações 21

c. 1) Livros 21

c. 2) Partes de livros 21

c. 3) Artigos em revistas científicas 22

c. 4) Artigos em actas de reuniões científicas 22

c. 5) Recensões críticas 24

d) Participação em projectos científicos 27

e) Outras iniciativas científicas 27

f) Participação na organização de eventos científicos 28

g) Prémios recebidos 28

Índice 29