MARIA DE FÁTIMA TRINDADE PINTO CAMPOS...UFRN - Biblioteca Setorial Prof. Alberto Moreira Campos -...

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MODELO MARIA DE FÁTIMA TRINDADE PINTO CAMPOS PERFORMANCE MASTIGATÓRIA E IMPACTO DA SAÚDE ORAL NA QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTES REABILITADOS COM PRÓTESE FIXA IMPLANTOSSUPORTADA COM CARGA IMEDIATA NATAL/RN 2019 www.posgraduacao.ufrn.br/ppgscol [email protected] 55-84-3342-2338 CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA

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MODELO

MARIA DE FÁTIMA TRINDADE PINTO CAMPOS

PERFORMANCE MASTIGATÓRIA E IMPACTO DA SAÚDE ORAL NA QUALIDADE

DE VIDA EM PACIENTES REABILITADOS COM PRÓTESE FIXA

IMPLANTOSSUPORTADA COM CARGA IMEDIATA

NATAL/RN

2019

www.posgraduacao.ufrn.br/ppgscol [email protected] 55-84-3342-2338

CENTRODECIÊNCIASDASAÚDEPROGRAMADEPÓS-GRADUAÇÃOEMSAÚDECOLETIVA

MARIA DE FÁTIMA TRINDADE PINTO CAMPOS

PERFORMANCE MASTIGATÓRIA E IMPACTO DA SAÚDE ORAL NA QUALIDADE DE

VIDA EM PACIENTES REABILITADOS COM PRÓTESE FIXA IMPLANTOSSUPORTADA

COM CARGA IMEDIATA

Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em

Saúde Coletiva, Centro de Ciências da Saúde da

Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como

requisito para a obtenção do título de Doutor em

Saúde Coletiva, Área de Concentração em

Odontologia.

Orientador: Profa. Dra. Adriana da Fonte Porto

Carreiro

Natal/RN

2019

Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN

Sistema de Bibliotecas - SISBI

Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial Prof. Alberto Moreira Campos - Departamento de Odontologia

Campos, Maria de Fátima Trindade Pinto. Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa implantossuportada com carga imediata / Maria de Fátima Trindade Pinto Campos. - Natal, 2019.

126 f.: il.

Orientador: Profª Drª Adriana da Fonte Porto Carreiro. Tese (Doutorado em Saúde Coletiva) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Natal, 2019.

1. Prótese total - Tese. 2. Implante dentário - Tese. 3. Carga imediata em implante dentário - Tese. 4. Qualidade de vida - Tese. 5. Mastigação - Tese. I. Carreiro, Adriana da Fonte Porto. II. Título.

RN/UF/BSO BLACK D32

Elaborado por MONICA KARINA SANTOS REIS - CRB-393/15

MARIA DE FÁTIMA TRINDADE PINTO CAMPOS

PERFORMANCE MASTIGATÓRIA E IMPACTO DA SAÚDE ORAL NA QUALIDADE DE

VIDA EM PACIENTES REABILITADOS COM PRÓTESE FIXA IMPLANTOSSUPORTADA

COM CARGA IMEDIATA

Tese apresentada ao Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como

requisito parcial para a obtenção do título de Doutora em Saúde

Coletiva com área de concentração Odontologia.

Aprovada em: ___/___/___.

BANCA EXAMINADORA

Profa. Drª. Adriana da Fonte Porto Carreiro

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Orientadora

Prof. Dr. Antonio Ricardo Calazans Duarte

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Membro

Profa. Drª. Érika Oliveira de Almeida

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Membro

Profa. Drª. Sandra Lúcia Dantas de Moraes

Universidade de Pernambuco

Membro

Profa. Drª. Carmem Silvia Laureano Dalle Piagge

Universidade Federal da Paraíba

Membro

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho à Deus, por reconhecer sua presença divina em minha vida...

Ao meu pai, Carlos Câmara de Oliveira Pinto (in memoriam)..lembrar de suas

atitudes diante da vida me inspiraram na condução desse trabalho ...

Papai você nunca esteve tão presente em minha vida...

Dedico também a minha mãe, Maria de Lourdes da Trindade Pinto (in memoriam).

por seu olhar...

Ao meu marido, José Ribamar Campos Júnior, “um guardião”... aos meus filhos

Caroline, Pedro e Úrsula... e as minhas netinhas, Valentina e Antonella...

Que eu possa ser espelho para inspirá-los...a desenvolver a grandeza interior,

despertando a força e a coragem em suas vidas.

Eu amo vocêsssss...

AGRADECIMENTOS

Agradeço à Deus, que sempre me fez acreditar que eu não estava sozinha, que me

iluminou e me deu forças para superar todas as dificuldades para realização desse trabalho e a

minha família, pela tranquilidade como conduzem suas vidas me deixando livre para buscar e

superar meus objetivos pessoais.

À Profª Drª Adriana da Fonte Porto Carreiro, minha orientadora nesse trabalho, que me

deu a oportunidade de executar um dos mais belos trabalhos que fiz, com momentos especiais de

superação, que repercutiram na melhoria da qualidade de vida dos pacientes desse trabalho,

repercutindo na minha felicidade também. Expresso aqui toda a minha gratidão. Obrigada pela

confiança e amizade.

Ao Prof. Dr. Euler Maciel Dantas, responsável por todas as cirurgias realizadas nesse

trabalho, juntamente com seus orientados, Fernanda Amorim, Leo Trajano, Felipe Carvalho e

Ivalter Ferreira.

A todos os colegas que de alguma forma colaboraram para realização desse trabalho,

Rafaela Albuquerque, Raíssa Afonso, Gerlayne Barros, Rachel Cardoso, Laércio Melo, Annie

Medeiros, Ana Larisse, Luana Aquino, Anne Claudino e em especial a Ana Clara Torres que

esteve mais próxima de mim em todas as fases desse projeto.

Ao Prof. Dr. Gustavo Augusto Seabra Barbosa, pelo apoio, na ausência da Profª Drª

Adriana da Fonte Porto Carreiro.

Aos vários ex-alunos que passaram a ser meus colegas de doutorado, pelas trocas

enriquecedoras durante a convivência que tivemos, onde muitas vezes, se tornaram meus

professores e que aqui não citarei nomes para não pecar pela omissão, ressalvando apenas o nome

do querido colega, Danilo Gonzaga, (in memoriam), que Deus não permitiu estar aqui

conosco......obrigada a todos pelo respeito, amizade e companheirismo.

Ao Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio

Grande do Norte, juntamente com todos os professores e funcionários que a integram, pelas

contribuições nessa formação acadêmica e aqui de forma especial, ao secretário da Pós-

Graduação Lucas Araújo.

Às professoras doutoras Maria Ângela Fernandes Ferreira e Isauremi Vieira de

Assunção pelas valiosas contribuições metodológicas no processo de qualificação.

Aos professores doutores, Carmem Silvia Laureano Dalle Piagge, Sandra Lúcia Dantas

de Moraes, Érika Oliveira de Almeida e Antonio Ricardo Calazans Duarte, pela aceitação e

disponibilidade em participar dessa banca de defesa de doutorado.

Ao Dr. Silvano Pinheiro e Dr. Paulo Guilherme, pela disponibilidade na realização dos

exames tomográficos, ajudando sempre que solicitado.

Ao colega Hanieri Oliveira, responsável por todas as medições radiográficas.

A todos os bolsistas que integraram o laboratório de fabricação do alimento artificial

utilizado nessa pesquisa em especial a Rafael Amorim.

Aos funcionários da Biblioteca Setorial do Departamento de Odontologia da

Universidade Federal do Rio Grande do Norte, pela atenção especial a todas solicitações que

foram realizadas para condução bibliográfica desse trabalho.

A todos os funcionários do Departamento de Odontologia, em especial a Edson e a

Inácia que “me abriram portas”, muito obrigada...

Aos técnicos em prótese dentária, Nelson e Clébia pela disponibilidade e confecção dos

guias multifuncionais e em especial a Saint Clair Blackstone, pela confecção e transformação de

todas as próteses desse trabalho.

Aos funcionários do setor de radiologia, em especial ao colega Paulo Maia, sempre

disponível.

Ao querido colega Jonhson, sempre disposto a ajudar...

Aos pacientes, meu carinho todo especial, pela sua atenção e disponibilidade total a

qualquer momento...obrigada, obrigada, obrigada...

Ao CNPQ pelo apoio e incentivo financeiro. MCTI/CNPQ/Universal 14/2014 –

Processo: 462100/2014-6

Que Deus nos abençoe!

Obrigada!

“Se eu pudesse deixar algum presente à você, deixaria aceso o sentimento de

amar a vida dos seres humanos. A consciência de aprender tudo o que foi ensinado pelo tempo a

fora. Lembraria os erros que foram cometidos para que não mais se repetissem. A capacidade de

escolher novos rumos. Deixaria para você, se pudesse, o respeito aquilo que é indispensável.

Além do pão o trabalho, Além do trabalho, a ação. E, quando tudo mais faltasse, um segredo: o

de buscar no interior de si mesmo a resposta e a força para encontrar a saída....”

Mahatma Gandhi

RESUMO

O impacto da saúde oral na qualidade de vida (OHRQoL) dos pacientes através da

substituição de próteses totais convencionais (PTC) por próteses fixas implantossuportadas

(PFIS) ainda não está totalmente claro, devido à grande heterogeneidade metodológica. O

objetivo desse ensaio clínico controlado não randomizado foi comparar a OHRQoL e a

performance mastigatória (PM) em pacientes reabilitados com PTC e com PFIS com carga

imediata na mandíbula. A amostra foi composta por 40 indivíduos com idade média de 59,08

anos (± 7,04), predominantemente do sexo feminino (n=36), distribuídos em dois grupos: PTC e

PFIS. Todos os pacientes foram reabilitados com PTC inicialmente, 23 permaneceram com suas

PTC, e o restante (17 pacientes), após 3 meses de uso das PTC tiveram suas próteses convertidas

em PFIS com barra distal com carga imediata, sendo 7 suportadas por 3 implantes e 10 suportada

por 4 implantes. O OHRQoL foi mensurado através do questionário OHIP-Edent (versão

brasileira) e a PM, através do método das tamises com o X50 calculado. Dados foram coletados

antes (T0), e após 3 meses da instalação das PTC e da PFIS (T1). Para a análise dos dados, Teste

t de Student para amostras pareadas foi aplicado para avaliar o mesmo grupo antes e após a

intervenção clínica, sendo na comparação entre os grupos aplicado o Teste t para grupos

independentes e o “d” de Cohen calculado para ambas comparações. Teste de correlação de

Spearman foi empregado para avaliar a correlação entre as variáveis. Os resultados mostraram

que ao comparar o grupo PTC em T0 e T1, não houve melhora na OHRQoL e nem redução do

X50, indicando que a PM não melhorou. Já no grupo PFIS, houve melhora significativa na

OHRQoL (p < 0,001) com tamanho do efeito “muito grande” (Cohen’d = 2,49) e melhora

significativa na PM com tamanho do efeito “muito grande” (Cohen’ d = 2,47). Considerando a

comparação no tempo T1 de ambos os grupos, o grupo PFIS apresentou menor valor de

OHRQoL e menor valor de X50, indicando maior impacto positivo na qualidade de vida e melhor

PM, quando comparado ao grupo PTC (p < 0,001). Constatou-se correlação entre a PM e o

OHIP-Edent de forma positiva apenas para o grupo PTC, no tempo T0, no domínio “desconforto

psicológico”, indicando que a medida que a PM piorava, o desconforto psicológico aumentava.

Concluiu-se que a conversão da prótese total convencional em prótese fixa implantossuportada

impacta positivamente na qualidade de vida e na performance mastigatória dos usuários com um

tamanho de efeito “muito grande”.

Palavras-chave: Prótese Total. Implante dentário. Carga imediata em implante dentário.

Qualidade de vida. Mastigação.

ABSTRACT

Oral health impact on the quality of life (OHRQoL) of patients through the replacement

of conventional complete dentures (CCD) to implant suported dentures (ISD) is still not

completely clear due to the great methodological heterogeneity. The objective of this non-

randomized controlled clinical trial was to compare OHRQoL and masticatory performance (PM)

in rehabilitated patients with CCD and ISD under lower immediate loading. The sample consisted

of 40 individuals, mean age of 59.08 years (± 7.04), predominantly female (n = 36), were divided

into two groups: CCD and ISD. All patients were rehabilitated with CCD initially, 23 remained

with their CCD, and 17 patients after 3 months of CCD use had their dentures converted into ISD

under immediate loading, supported by 3 or 4 implants. The OHRQoL was measured by OHIP-

Edent questionnaire (Brazilian version) and the PM, using the sieve method with the calculated

X50. Data were collected before (T0), and after 3 months of installation of CCD and ISD (T1).

Student's t-test for paired samples was applied to evaluate the same group before and after the

clinical intervention, in the comparison between the groups the t test was applied for independent

groups and the "d" of Cohen calculated for both groups comparisons. Spearman's correlation test

was used to evaluate the correlation between the variables. Comparing the CCD group at T0 and

T1, there was no positive impact on the OHRQoL and no significant X50 reduction, which

indicates that there was no improvement in the PM. For ISD, there was an improvement in the

OHRQoL (p < 0.001) with a large size effect (Cohen'd = 2,49) and a significant improvement in

the PM with a large size effect (Cohen'd= 2,47). Comparison in time T1 for both groups, ISD

presented lower OHRQoL and lower value of X50, which indicates a higher positive impact on

the quality of life and better PM when compared to CCD (p < 0.001). Correlation between PM

and OHIP-Edent was found only positively for CCD at time T0, in the "psychological

discomfort" domain, indicating that as the PM worsens, the psychological discomfort increases. It

is concluded that the conversion of complete dentures into implanted suported denture has a

positive impact on the quality of life and on masticatory performance.

Keywords: Complete denture. Implant dental. Immediate dental implant loading. Quality of life.

Mastication.

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Fluxograma do tamanho da amostra..................................................................... 39

Figura 2 - Radiografia panorâmica para avaliação da altura óssea........................................ 42

Figura 3 - Sequência clínica para confecção da prótese total convencional. Prótese antiga

(A); Moldagem anatômica (B); moldagem funcional (C); registro das relações

maxilo-mandibulares (D); prova dos dentes em cera (E); prótese finalizada (F)..

45

Figura 4 - Sequência clínica para execução do planejamento reverso. Guia tomográfico

(A); Prova do guia tomográfico (B); tomografia em análise no Software Dental

Slice (C).................................................................................................................

46

Figura 5 - Modelo superior em gesso montado em ASA com a mesa de Camper (A);

Registro maxilo-mandibular (B).........................................................................

48

Figura 6 - Sequência clínica cirúrgica para instalação dos implantes. Prova do guia

cirúrgico (A); Abertura do retalho-exposição do rebordo (B); Confirmação do

paralelismo entre os implantes (C); Instalação dos implantes (D); Instalação

dos minipliares (E); Finalização da cirurgia (F)....................................................

50

Figura 7 - Sequência clínica para transformação da PTC em PFIS. Abertura lingual da

prótese (A); cilindros provisórios instalados (B); Captura dos cilindros (C);

Cilindros capturados (D); Vista inferior da prótese com os cilindros capturados

(E); Vista superior dos cilindros capturados (F); Confirmação do registro

oclusal (G); Moldagem com silicona de adição (H)..............................................

52

Figura 8 - Montagem em ASA da prótese a ser transformada (A). Substituição do cilindro

distal por uma barra distal (B) e (C)......................................................................

54

Figura 9 - Avaliação dos contatos oclusais (A e B); Instalação da Prótese Fixa

Implantossuportda (C)...........................................................................................

55

Figura 10 - Avaliação periimplantar aos 3meses (T1) - clinicamente e radiograficamente.... 57

Figura 11 - Porções de alimento-teste Optocal (A); Conjunto de tamises (B); tamise com

abertura de 5,6 mm (C); e tamise com abertura de 0,71mm (D)...........................

60

Figura 12 - Sequência de alimento-teste obtido nas diferentes tamises, após mastigação.

Porção de alimento a ser mastigado (A); Alimento retido na tamise 5,6 (B);

Alimento retido na tamise 4 (C); Alimento retido na tamise 2,8 (D); Alimento

retido na tamise 2(E); Alimento retido na tamise 1,4 (F); Alimento retido na

tamise 1(G); Alimento retido na tamise 0,71(H)...................................................

61

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Contraindicações sistêmicas para instalação de implantes. Natal-RN, 2019........... 38

Quadro 2 - Variáveis dependentes do estudo. Natal-RN, 2019.................................................. 40

Quadro 3 - Variável independente principal analisada no estudo. Natal-RN, 2019.................. 40

Quadro 4 - Caracterização das variáveis independentes de confusão do estudo. Natal-RN,

2019..........................................................................................................................

41

Quadro 5 - Materiais, utilizados para confecção do alimento-teste Optocal. Natal/RN, 2019.. 58

Quadro 6 - Tempos de seguimento e instrumentos de avaliação. Natal/RN, 2019.................... 63

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Interpretação da magnitude do efeito “D” de Cohen............................................... 64

Tabela 2 - Classificação do coeficiente de Spearman............................................................... 64

Tabela 3 - Descrição e comparação das médias das variáveis de confusão nos grupos PTC e

PFIS. Natal/RN, 2019..............................................................................................

65

Tabela 4 - Qualidade de vida relacionada a saúde oral nos grupos PTC e PFSI, em T0 e T11.

Natal/RN, 2019.................................................................................................

67

Tabela 5 - Qualidade de vida relacionada a saúde oral nos grupos PTC e PFSI, em T1.

Natal/RN, 2019........................................................................................................

68

Tabela 6 - Comparação entre os grupos PTC e PFIS quanto à performance mastigatória nos

tempos T0 e T1. Natal/RN, 2019.............................................................................

69

Tabela 7 - Correlação entre a performance mastigatória e a qualidade de vida relacionada à

saúde oral nos grupos PTC e PFIS em ambos os tempos de avaliação. Natal/RN,

2019........................................................................................................

70

LISTA DE SIGLAS E ABREVIAÇÕES

PTC - Prótese Total Convencional

PFIS - Prótese Fixa Implantossuportada

CCD - Conventional complete dentures

ISD - Implant suported dentures

HE - Hexágono Externo

DOD - Departamento de odontologia

UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte

TCLE - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

OHRQoL Oral Health-Related Quality of Life

Qualidade de vida relacionada à saúde bucal

OHIP-Edent - Oral Health Impact Profile- Edentolous

Perfil de impacto sobre a saúde bucal - desdentado

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO......................................................................................... 16

2 REVISÃO DA LITERATURA................................................................ 18

2.1 PRÓTESES TOTAIS CONVENCIONAIS................................................ 18

2.2 PRÓTESES FIXAS IMPLANTOSSUPORTADAS COM CARGA

IMEDIATA.................................................................................................

22

2.3 QUALIDADE DE VIDA............................................................................ 27

2.4 PERFORMANCE MASTIGATÓRIA........................................................ 30

3 OBJETIVOS.............................................................................................. 36

3.1 OBJETIVO GERAL................................................................................... 36

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS................................................................................ 36

4 MÉTODO............................................................................................................. 37

4.1 ASPECTOS ÉTICOS............................................................................................ 37

4.2 CARACTERÍSTICAS DA PESQUISA................................................................ 37

4.3 PLANO AMOSTRAL........................................................................................... 37

4.3.1 Critérios de inclusão................................................................................. 37

4.3.2 Critérios de exclusão................................................................................ 38

4.3.3 Forma de alocação.................................................................................... 38

4.3.4 Tamanho da amostra................................................................................ 40

4.4 VARIÁVEIS ESTUDADAS................................................................................. 40

4.5 FASE EXPERIMENTAL...................................................................................... 41

4.5.1 Confecção das próteses totais.............................................................................. 41

4.5.2 Planejamento reverso - preparo prévio reabilitador........................................ 45

4.5.3 Protocolo de instalação dos implantes............................................................... 48

4.5.4 Transformação da prótese total convencional em prótese fixa

implantossuportada.............................................................................................

50

4.5.5 Procedimentos laboratoriais............................................................................... 53

4.5.6 Instalação da prótese fixa implantossuportada com carga imediata.............. 54

4.6 COLETAS DE DADOS........................................................................................ 58

4.6.1 Avaliação da performance mastigatória............................................................ 58

4.6.2 Avaliação da qualidade de vida.......................................................................... 62

4.6.3 Seguimento........................................................................................................... 63

4.7 ANÁLISE ESTATÍSTICA DOS DADOS............................................................ 63

5 RESULTADOS.................................................................................................... 65

5.1 CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA................................................................ 65

5.2 IMPACTO DA SAÚDE ORAL NA QUALIDADE DE VIDA............................ 66

5.3 PERFORMANCE MASTIGATÓRIA.................................................................. 68

5.4 CORRELAÇÃO ENTRE A PERFORMANCE MASTIGATÓRIA E A

QUALIDADE DE VIDA RELACIONADA À SAÚDE ORAL...........................

69

6 DISCUSSÃO......................................................................................................... 71

7 CONCLUSÃO...................................................................................................... 77

REFERÊNCIAS................................................................................................... 78

APÊNDICES........................................................................................................ 88

APÊNDICE A....................................................................................................... 89

APÊNDICE B....................................................................................................... 92

APÊNDICE C....................................................................................................... 94

ANEXOS............................................................................................................... 122

ANEXO A............................................................................................................. 123

ANEXO B............................................................................................................. 126

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

16

1 INTRODUÇÃO

Reabilitações orais com próteses totais convencionais tem entre outros objetivos o

restabelecimento da função mastigatória, que é um dos fatores mais importantes associado a

qualidade de vida em edêntulos (SMITH; ENTWISTHLE; NUTTALL, 2005; VAN DER BILT,

2011; STJERNFELDT et al., 2017). A presença da reabsorção óssea remodelando o cume ósseo

residual continuamente ao longo da vida de forma crônica, progressiva, irreversível e cumulativa,

resulta em mudanças na arquitetura da crista óssea alveolar (ATWOOD, 1971; MERCIER;

LAFONTANT, 1979), que associam-se às condições mecânicas desfavoráveis inerentes a esse

tipo de prótese, provocando desadaptações, falta de estabilidade e diminuição da retenção

(SINGHAL et al., 2012). O somatório desses fatores impacta negativamente na capacidade

mastigatória necessária para a fragmentação dos alimentos, principalmente naqueles pacientes

que apresentam mucosa delgada, facilmente ulcerável (MERCIER; LAFONTANT, 1979;

SINGHAL S et al., 2012).

Uma alternativa para pacientes edêntulos é a reabilitação através das próteses fixas

implantossuportadas (LOPEZ et al., 2016) por possibilitar a redução da força mastigatória aos

tecidos subjacentes, preservando a anatomia e o volume do rebordo alveolar disponível. Como

vantagem ainda, essas próteses podem ser instaladas com carga imediata, com um resultado

estético satisfatório (SCALA et al., 2012), proporcionando conforto imediato aos pacientes

(CHOW et al., 2001). Além disso, a capacidade mastigatória melhora, pela retenção e

estabilidade adquiridas (CAKIR et al., 2014; LOPEZ et al., 2016) causando expectativas

elevadas na aceitação (FURUYAMA et al., 2012), repercutindo em efeito psicossocial positivo

(RIVALDO et al., 2012; OH et al., 2016).

A avaliação do impacto da saúde oral na qualidade de vida através de instrumentos

psicométricos validados é fundamental para nortear a escolha das modalidades restauradores por

pacientes e profissionais (SCALA et al., 2012; REISSMANN et al., 2017; COSOLA et al.,

2018). Baseado na percepção do paciente, o impacto de uma reabilitação oral pode ser medido

através de questionários, tais como o Geriatric Oral Health Assessment Index (GOHAI), o Dental

Impact on Daily Living (DIDL) (REISSMANN et al., 2017) e do Oral Health Impact Profile -

Edentolous OHIP-Edent, (ALLEN; LOCKER, 2002) que foi elaborado a partir do OHIP-49

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

17

(SLADE; SPENCER, 1994), com versões em vários idiomas incluindo a versão brasileira

(SOUZA et al., 2007), e que é específico para edêntulos.

Entre os fatores que influenciam na OHRQoL observa-se que a mastigação é apontada

como uma variável com repercussão na saúde sistêmica dos indivíduos (FUEKI et al., 2007) e na

prevenção às doenças crônicas (SHEPHERD, 2009). Em idosos edêntulos essa situação pode ser

agravada já que, apresentam dificuldades na correta mastigação (HSU et al., 2011) associado as

diferenças no fluxo salivar e a diminuição da força de mordida (CAKIR et al., 2014;

REISSMANN et al., 2017). Esses pacientes optam por alimentos mais fáceis de mastigar, sem

nutrientes necessários à sua saúde, pois a limitação mastigatória, impede a redução do tamanho

das partículas dos alimentos e a insalivação (VEYRUNE et al., 2013), dificultando a deglutição

do bolo alimentar e a absorção intestinal (PAPAS et al., 1998).

Vários estudos investigaram a influência que a mastigação, exerce na qualidade de vida,

comparando usuários de próteses totais convencionais e usuários de próteses fixas

implantossuportadas (SCALA et al., 2012; VEYRUNE et al., 2013; VIEIRA et al., 2014), os

resultados evidenciaram uma melhoria na qualidade de vida relacionada a performance

mastigatória, no entanto, os tipos de estudo e as metodologias utilizadas, resultam em

heterogeneidade, impedindo a realização de meta-análises nas revisões sistemáticas já realizadas

(REISSMANN et al., 2017), enfraquecendo as evidências, (FUEKI et al., 2007; KERN et al.,

2016). Em uma recente revisão sistemática, a avaliação e comparação da OHRQoL entre

usuários de prótese fixa implantossuportada e a prótese total convencional, os autores concluíram

que somente evidências moderadas sugerem a superioridade da prótese fixa implantossuportada

(REISSMANN et al., 2017).

Diante do exposto, objetiva-se, através de um ensaio clínico controlado não

randomizado, investigar se a reabilitação oral com próteses fixas implantossuportadas

mandibulares melhora a performance mastigatória e promove um impacto positivo sobre a

qualidade de vida comparado à reabilitação oral com próteses totais convencionais em pacientes

completamente desdentados. A hipótese principal do estudo é que a reabilitação oral

implantossuportada mandibular proporciona impacto positivo sobre a performance mastigatória e

qualidade de vida relacionada à saúde oral, quando comparada a prótese total convencional

mandibular.

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

18

2 REVISÃO DA LITERATURA

2.1 PRÓTESES TOTAIS CONVENCIONAIS

Apesar dos grandes avanços da Odontologia, a reabilitação oral com próteses totais

convencionais ainda é a única opção restauradora para muitos pacientes (SLADE; AKINKUGBE;

SANDERS, 2014). Problemas sócio econômicos e expectativa de vida aumentada são razões que

contribuem para o aumento do edentulismo (REISSMANN et al., 2017; OH et al., 2016;

RIVALDO et al., 2012), fazendo com que a prótese total convencional ainda permaneça como

uma indicação terapêutica. Independente dos fatos geradores dessa condição, o edentulismo é

uma condição física penosa, que pode favorecer o desencadeamento de problemas psicossociais e

mastigatórios que influenciam na qualidade de vida das pessoas (CAKIR et al., 2014; OH et al

2016; REISSMANN et al., 2017).

Estudos mostram que cerca de 5 a 20% dos pacientes reabilitados com próteses totais

convencionais, permanecem insatisfeitos, devido principalmente à instabilidade da prótese total

inferior (POCZTARUK et al., 2009). Esta queixa está ligada à própria anatomia do rebordo

mandibular reabsorvido, o qual fornece pequena área de suporte comparada à maxila, implicando

em maior necessidade de coordenação muscular para estabilizar a prótese, que além disso,

apresenta uma fibromucosa de revestimento do rebordo que é fina, móvel e facilmente

traumatizável. Esses fatores comprometem a retenção e estabilidade que associam-se a redução

da força da mordida com consequente diminuição do desempenho mastigatório sendo

compensado pela mastigação de alimentos macios e pouco nutritivos que necessitam de menor

trabalho muscular e menor tempo de mastigação ou pela deglutição de partículas maiores

(RIBEIRO et al., 2014).

Para minimizar dificuldades como essas, alguns pacientes mesmo sem orientação de um

profissional, usam adesivos tentando melhorar sua mastigação e a sua fala. Baseado nisso,

Fujimori, Hirano, Hayakawa, (2002) realizaram um estudo cross-over introduzindo um adesivo

na base de próteses e compararam dois grupos de pacientes. Nesse estudo, foi concluído que

mesmo em pacientes cujo rebordo era mais reabsorvido a mastigação melhorou

significativamente (p<0,05), ficando clara a importância de uma prótese retida. Para o autor, a

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

19

melhora do desempenho mastigatório foi provavelmente devido a uma melhor retenção e

estabilidade proporcionada pelo adesivo à prótese dentária.

Da mesma forma, Oliveira et al. (2014), desenvolveram um estudo clínico cross over,

objetivando avaliar a capacidade mastigatória, comparando o creme Ultra Corega e pó Ultra

Corega; (Glaxo SmithKline) em pacientes edêntulos. Uma amostra de conveniência composta por

cinquenta indivíduos (32 mulheres e 18 homens) com média de idade de 66,05 anos foram

avaliados. Os resultados mostraram uma melhora na capacidade mastigatória de ambos os

grupos.

Posteriormente, um estudo transversal conduzido por Marcello-Machado et al. (2016),

identificou que o fator que mais prejudica a função mastigatória em usuários de próteses totais

convencionais é o movimento da prótese mandibular. O deslocamento dessa prótese, durante a

mastigação juntamente com os alimentos, prejudica a mastigação, havendo uma competição entre

os alimentos e a prótese durante a execução dos ciclos mastigatórios. Dessa forma, alguns

pacientes não homogenizam os alimentos de forma adequada e ainda sofrem com o desconforto,

pois nessas regiões a mucosa é fina e sensível e sujeita a úlceras de pressão, hiperplasia e

estomatite protética.

Dificuldades de retenção e estabilidade estão por vezes, associadas as limitações

técnicas existentes na confecção das próteses totais, que pela impossibilidade de resolução

tornam-se um problema, onde muitos pacientes desdentados sentem-se insatisfeitos com sua

condição e com suas próteses, porém aceitando como parte de suas vidas (PRITHVIRAJ et al.,

2014; HEYDECKE et al., 2003). As consequências dessa situação, desencadeiam limitações

físicas relacionadas a mastigação e dor, podendo levar as limitações psicológicas e sociais

(CAKIR et al., 2014), algumas vezes, resultando em desuso da prótese, principalmente em se

tratando das próteses totais convencionais inferiores, que apresentam maiores dificuldades de

adaptação.

Preocupados com essa situação, especialistas reunidos em um simpósio realizado na

Universidade McGill em 2002, sugeriram que a restauração das mandíbulas desdentadas com

uma prótese total convencional não seria mais a primeira escolha de tratamento e em seu lugar

deveria ser realizada a instalação de overdentures com dois implantes (FEINE et al., 2002).

Apesar da recomendação, problemas sócio-econômicos têm impedido a realização dessa prática.

(YAMAGA; SATO; MINAKUCHI, 2013).

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

20

Embora dificuldades sejam relatadas, alguns trabalhos apresentam-se resolutivos em

relação a problemática descrita. Goiato et al. (2012), correlacionaram a qualidade de vida (QV) e

o estímulo a percepção em 60 usuários de prótese total convencional bimaxilar. Dados

demográficos foram coletados e aplicados os questionários Oral Health Impact Profile (OHIP-

EDENT) antes e após 3 meses da instalação das novas próteses e o questionário de percepção de

estímulo PERCEPTION questionnaire no dia da instalação e após 3 meses de instalação. O

questionário OHIP-EDENT mostrou impacto positivo significativo das novas próteses sobre a

saúde oral e o questionário PERCEPTION indicou que os pacientes experimentaram melhorias (p

<0,05) em relação as sensações com as novas próteses. As queixas observadas nos pacientes

foram superadas. O autor concluiu que o tratamento foi eficaz em relação à QV dos pacientes e

sua adaptação às novas próteses, porém a causalidade entre percepções do paciente e QV não foi

estabelecida.

Investigando essa mesma problemática, Yamaga, Sato e Minakauchi (2013), buscaram a

relação existente entre a forma da crista mandibular, a estabilidade e a retenção da prótese total

mandibular, a precisão no registro da relação mandibular, percepção da habilidade mastigatória,

satisfação com dentaduras e qualidade de vida relacionada a saúde bucal (OHRQoL) em usuários

de prótese total em um estudo com 183 pacientes desdentados. A forma da crista mandibular foi

classificada de acordo com o método de Cawood e Howell, enquanto que a estabilidade e

retenção da prótese total mandibular foram avaliadas pelo metódo de Kapur. A precisão do

registro da relação mandibular foi avaliada usando uma mandíbula desenvolvida para obtenção

do índice de relação. A percepção da capacidade de mastigação foi avaliada por meio de um

questionário e a satisfação dos pacientes com as próteses foi avaliada através da escala visual

analógica. Para avaliação da qualidade de vida, a versão japonesa do OHRQoL para edêntulos foi

aplicada. Um modelo de equações estruturais foi construído, considerando a hipótese de que a

condição bucal e a qualidade da prótese seriam relacionadas à capacidade de mastigação,

satisfação e OHRQoL. Os resultados encontrados mostraram relações significativas entre a crista

da mandíbula, a estabilidade da prótese total mandibular, acurácia do registro da mandíbula, a

capacidade da mastigação percebida, satisfação e OHRQoL, com vários índices de ajuste dentro

de limites aceitáveis. Foi concluído que a condição bucal e a qualidade da prótese estavam

relacionadas à percepção dos pacientes, capacidade de mastigação, satisfação com dentaduras e

OHRQoL.

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

21

Nesse mesmo sentido, Limpuangthip, Somkotra e Arkornnukit (2018) investigaram a

existência de associação entre a qualidade da prótese total avaliada pelos critérios de Kapur e os

critérios adotados da Universidade de Chulalongkorn (CU), além da associação dos resultados

baseados em respostas dos pacientes tais como, qualidade de vida relacionada à saúde oral

(OHRQoL), satisfação alimentar e desempenho mastigatório. Um total de126 indivíduos usuários

de próteses totais foram incluídos na amostra. A retenção e a estabilidade das próteses foram

avaliadas conforme o método de Kapur, a OHRQoL usando a versão tailandesa, o Índice de

Impactos Orais sobre Performances Diárias (OIDP) e a satisfação dos participantes com suas

próteses por meio da escala Likert, enquanto o desempenho mastigatório foi avaliado pelo

método de peneira múltipla com amendoim. A retenção e a estabilidade completa da prótese,

foram avaliadas pelos critérios convencional e modificado por CU. Foi observado que a

estabilidade da prótese apresentou uma associação mais forte do que a retenção, concluindo-se

que a retenção e a estabilidade foram indicadores importantes na estimativa da capacidade

mastigatória e da qualidade de vida dos portadores de próteses totais e os critérios de Kapur

modificados pela CU identificaram habilidade mastigatória e OHRQoL em usuários de prótese

total melhor do que os critérios convencionais.

Conforme observado na literatura disponível, a retenção das próteses totais mandibulares

convencionais é um fato recorrente em muitos trabalhos, sendo importante para melhorar a

capacidade mastigatória e influenciar na qualidade de vida dos pacientes (GOIATO et al., 2012;

PRITHVIRAJ et al., 2014), além disso, na vasta literatura sobre o assunto, uma evidência

científica sobre uma melhor qualidade de vida em usuários de próteses totais convencionais não

está clara. Em uma recente revisão sistemática, (MEDEIROS et al., 2019) constatataram que

entre os estudos encontrados, existem poucos ensaios clínicos randomizados controlados e estes

se apresentam com baixa qualidade metodológica e risco de viés, além disso, apresentam pouco

tempo de acompanhamento, sendo incerto se o impacto positivo apresentado sobre a qualidade

de vida, persiste ao longo da vida desses usuários, sendo concluído que o tratamento com

próteses totais melhora a qualidade de vida em pacientes idosos, porém novos estudos com

evidências mais fortes e melhor qualidade metodológica são necessários para validar a hipótese

de que esse tipo de tratamento fornece resultados positivos.

Diante da constatação dessa problemática, uma alternativa atual para melhorar essa

condição, pode ser a conversão dessas próteses totais convencionais em próteses fixas

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

22

implantossuportada, através da instalação de implantes osseointegráveis e eliminação do contato

da base das próteses com o rebordo residual, eliminando possíveis desconfortos ao rebordo

remanescente, o que poderá melhorar a capacidade mastigatória e consequentemente a qualidade

de vida desses usuários.

2.2 PRÓTESES FIXAS IMPLANTOSSUPORTADAS COM CARGA IMEDIATA

Próteses fixas implantossuportadas é uma modalidade de reabilitação oral, que para sua

confecção, inclui necessariamente a instalação de implantes osseointegráveis no rebordo

remanescente como meio de obtenção de retenção e são denominadas de prótese híbrida por

serem confeccionadas em resina acrílica e dentes de estoque e por possuirem uma barra metálica

em seu interior. Esta prótese é parte integrante do protocolo original de reabilitação oral

implantossuportada idealizado pelo prof. P. I. Brånemark, que previa a execução desse protocolo

em dois tempos cirúrgicos, com um carregamento protético, após um período de 3 a 6 meses

(BRÅNEMARK et al., 1977), porém, ao longo dos anos essa técnica evoluiu, passando a ser

possível a sua realização em uma única etapa e utilizando outros materiais, trazendo como

vantagem a realização do procedimento em um menor tempo, proporcionando um maior conforto

ao paciente (SCHNITMAN et al., 1977).

Em estudos mais antigos, observa-se que havia uma expectativa com o carregamento

imediato e a possibilidade de insucessos. Tarnow, Emtiaz e Classi (1997), apresentaram relato de

dez casos de pacientes que foram submetidos a carga imediata e reabilitados com próteses

provisórias. A amostra incluiu pacientes desdentados totais, que possuíam estrutura óssea

permitindo a instalação de implantes com 10mm de comprimento. Em cada arco, 10 implantes

foram instalados, sendo 5 carregados imediatamente e 5 ficaram submersos, totalizando 107

implantes distribuídos entre os 10 pacientes, onde foi possível instalar 6 próteses mandibulares e

4 maxilares. Desse total, apenas 2 implantes que foram carregados imediatamente não

osseointegraram e 1 implante que ficou submerso. Todos os pacientes receberam próteses fixas

definitivas posteriormente. Concluiu-se, que vários implantes unidos rigidamente através de uma

prótese e submetidos à carga imediata poderia ser uma opção restauradora.

Para uma melhor compreenssão dos fatores que poderiam influenciar à osseointegração

Gapski et al., em 2003, realizaram uma revisão da literatura e observaram que a seleção do

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

23

paciente, tipo de osso, comprimento do implante, micro e macroestrutura do implante, habilidade

cirúrgica, necessidade de atingir estabilidade primária, controle de forças oclusais, e guias para

confecção das próteses eram fatores a considerar. Apesar dos estudos mostrarem previsibilidade

para o uso da carga imediata, estes eram retrospectivos ou casos não-controlados. Os autores

concluiram que havia uma carência de estudos, porém observaram que as localizações

anatômicas, o formato dos implantes, e guias para confecção das próteses eram importantes para

o sucesso dos resultados.

Nesse mesmo ano, um estudo clínico multicêntrico descrito por Testori et al. (2003), um

total de 62 pacientes foram submetidos à carga imediata. Nas próteses, confeccionadas extensões

distais foram incluídas e instaladas 4 horas após o procedimento cirúrgico, sendo substituídas por

próteses híbridas definitivas, após 6 meses de uso. Todos os pacientes tiveram seus implantes

carregados imediatamente com exceção de dois pacientes que receberam 2 implantes imediatos e

2 implantes que ficaram submersos. O acompanhamento da perda óssea marginal foi realizado

através de radiografias periapicais. Após 3 semanas de carregamento, houve a perda de um

implante, porém a taxa de sucesso foi de 99,4% em 48 meses de acompanhamento, enquanto que

para as próteses a taxa de sucesso foi de 100%. Quando comparada a perda óssea entre os

protocolos de carga tardia e imediata, não houve diferenças resultando em 0,6mm no controle de

2 meses e ao final do primeiro ano a média foi de 1mm. No tempo de 24 meses a média foi de

1,2mm e no controle de 60 meses foi de 1,3mm. Os autores concluíram que além dessa técnica

reduzir o tempo de tratamento, as próteses híbridas com carga imediata suportadas por 5 ou 6

implantes podiam representar uma alternativa viável de tratamento ao clássico protocolo de carga

tardia.

No ano seguinte, Misch (2004), apresentaram uma técnica para o carregamento imediato

de implantes. O protocolo recomendado era para a colocação de 4 a 5 implantes na região

anterior da mandíbula entre os forames mentuais, onde os implantes deveriam ter estabilidade

primária. Nesta técnica, os minipilares eram aparafusados aos implantes e a prótese inferior do

paciente era convertida em uma prótese fixa provisória com carga imediata. A técnica de

conversão da prótese demonstrou resultados previsíveis para carregamento do implante nas

mandíbulas desdentadas. A prótese final foi fabricada após a osseointegração dos implantes em 3

meses. Foi concluído que a técnica de conversão da prótese oferecia várias vantagens, pois

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

24

poderia ser usada com sistemas de implantes disponíveis comercialmente e incorporava

componentes de implantes convencionais.

Uma técnica semelhante denominada Sistema IOL® (3I Implant Innovations) foi

apresentado por Nary Filho et al., em 2004. Em um paciente de 71 anos, desdentado total, cinco

implantes foram instalados entre os forames mentonianos, seguido da instalaçao de uma prótese

fixa provisória através da captura e transformação da prótese total convencional utilizada pelo

paciente. Para esta captura foi utilizado o sistema IOL, que é composto por intermediário,

cilindro de titânio e barra de extensão distal. Ao final, a prótese total convencional, transformou-

se em uma prótese fixa implantossuportada com carga imediata. O procedimento foi realizado em

uma única sessão e entre as vantagens apresentadas pela técnica, observou-se a rapidez, baixo

custo, facilidade e praticidade.

Posteriormente Thomé et al. (2006), apresentaram o sistema da Barra Distal para

utilização com carga imediata. Como vantagem, a captura da prótese era realizada nos pilares das

fixações, e assim o tempo clínico, custos do procedimento e procedimentos laboratoriais eram

reduzidos. Nessa técnica, pacientes com rebordos mais reabsorvidos, eram mais beneficiados pela

possibilidade de uma maior espessura da resina, evitando fraturas da prótese. No estudo

realizado foi concluído que a técnica da barra distal, é uma forma de tratamento viável para

cargas imediatas em mandíbulas edêntulas, onde a simplicidade da técnica, baixo custo, tempo

clínico e menor número de componentes sem a necessidade de procedimentos laboratoriais

seriam fatores importantes a considerar.

Com a finalidade de simplificar a utilização do Sistema IOL® para reabilitação

mandibular com carga imediata, e buscando a diminuição do custo laboratorial e do tempo, um

relato de caso clínico foi apresentado por Trevisan Júnior et al., em 2008. Na sequência do

trabalho, uma canaleta foi confeccionada na face lingual da prótese, além disso, foi realizada uma

abertura vestibular para a captura dos cilindros sem a necessidade de removê-los, eliminando a

necessidade do lençol de borracha. A utilização anterior das próteses do paciente, foi uma

vantagem pela possibilidade de manutenção da dimensão vertical, assim como a intercuspidação

por meio de um registro prévio realizado com pasta zincoenólica, permitindo o reposicionamento

da prótese durante a captura dos implantes.

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

25

Desde então, diversos estudos foram desenvolvidos com a finalidade de avaliar essa

alternativa de reabilitação mandibular para desdentados totais, de modo que, algumas revisões

sistemáticas já foram conduzidas.

Em uma revisão sistemática realizada por Esposito et al. (2013) os autores concluiram

que a taxa de insucessos nas intervenções com carregamento imediato, precoce ou tardia foi

baixa, não sendo identificado diferenças na falha do implante, falha na prótese ou perda óssea

associados aos diferentes tempos de carregamento dos implantes. Também foi verificado que um

torque de cerca de 35 Ncm, parece ser um dos pré-requisitos fundamentais. Porém a qualidade da

evidência foi avaliada como muito baixa, sendo necessário a realização de ensaios clínicos

randomizados controlados (RCTs) mais bem desenhados conforme os Padrões Consolidados de

Relatórios Trials (CONSORT, 2010), como forma de avaliar a eficácia da compararação entre

carregamentos para melhorar a satisfação dos pacientes e diminuir o tempo de tratamento.

Papaspyridakos et al. (2014) em uma revisão sistemática da literatura com metanálise

compararam o efeito do carregamento sobre implantes em próteses fixas em pacientes

desdentados relacionados a sobrevivência, falhas e complicações do implante e da prótese

concluindo que a indicação adequada e o uso de implantes dentários com superfície rugosa,

resulta em sobrevivência superior a 99% para todos os tipos de protocolo de carregamento com

taxas de falha semelhante para implantes nos diversos tipos de protocolo, sendo que para o

carregamento imediato, a maioria dos estudos recomendaram um torque mínimo de inserção de

30 Ncm.

Em uma outra revisão sistemática também em 2014, Kwon, Bain e Levin (2014),

avaliaram a sobrevivência e o sucesso a curto e longo prazo de próteses fixas híbridas de arcada

completa e os implantes de suporte. Os estudos foram identificados através de uma pesquisa

realizada nas bases PubMed/Medline (NCBI), da Web of Science (Thomson Reuters), Cochrane

Register de Ensaios Clínicos Controlados (EBSCO), e Odontologia e Ciências Orais fonte

(DOSS; EBSCO) desde as primeiras datas disponíveis até 17 de julho de 2013. Foi constatado,

altas taxas de sobrevivência a curto prazo de prótese híbrida fixa dentária (93,3–100%) e

implantes de suporte (87,89–100%), sendo observado a escassez de estudos a longo prazo.

Somado a isso, os estudos incluídos continham potenciais fontes de viés (i.e., publicação,

relatórios, viés de atrito). Os autores concluíram que apesar da sobrevivência aparentemente alta

a curto prazo, a sobrevivência a longo prazo do implante suportando a prótese híbrida fixa de

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

26

arco completo não pode ser determinada, devido a limitações de estudos a longo prazo. Por fim

concluíram que, embora possa ser uma opção valiosa para um paciente com cume completamente

edêntulo a remoção estratégica de dentes com prognóstico satisfatório para fornecer uma prótese

híbrida odontológica de arco completo com implante deve ser evitada.

Mais recentemente, Tettamanti et al. (2017) conduziram outra revisão sistemática

para identificar os aspectos críticos relacionados a instalação de implantes com carga imediata.

Afirmaram que, apesar do procedimento da instalação de implantes através da carga imediata, já

ser uma prática comum, visando o conforto ao paciente em um menor período de tempo, essa é

uma prática que ainda precisa ser discutida devido aos vários fatores que podem influenciar no

seu sucesso. De uma forma geral os implantes osseointegráveis podem ser instalados com

carregamento imediato em até uma semana, com carga precoce entre uma semana e dois meses

ou com carga convencional de 3 a 4 meses para a mandíbula e 6 a 8 meses para a maxila,

enquanto que o carregamento oclusal pode ser direto ou não, ou ainda ser progressivo. Evitar os

micromovimentos, é importante para garantir a continuidade da estabilidade primária obtida, e

nesse sentido a densidade óssea é fundamental. Foi concluído, que o sucesso da carga imediata é

influenciado pela indicação precisa, onde a qualidade e quantidade óssea disponíveis, o número e

o desenho do implante, a estabilidade primária do implante, carga oclusal e a capacidade

cirúrgica do clínico são fundamentais e embora haja altas taxas de sucesso para os diferentes

tipos de carregamentos, a variabilidade dos estudos, dos tipos de próteses, e dos tempos de

carregamento limita a relevância das conclusões sobre a superioridade de um ou de outro tipo de

carregamento.

Diante disso, observa-se na literatura que, embora diversos estudos tenham

apresentado a opção da prótese fixa implantossuportada mandibular como alternativa

rehabilitadora com altas taxas de sucesso, revisões sistemáticas que avaliam a sobrevivência dos

implantes e os fatores que influenciam no sucesso da reabilitação, ressaltam as limitações

metodológicas dos estudos com tal propósito. A magnitude do efeito dessa alternativa de

tratamento sobre os desfechos influencia diretamente na satisfação dos pacientes, como a

qualidade de vida e a performance mastigatória que parecem ainda, que não estão muito bem

esclarecidos.

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

27

2.3 QUALIDADE DE VIDA

A ênfase no conceito de que saúde é um recurso e não a ausência de doença, reforçou

o objetivo defendido de aumentar as avaliações de qualidade de vida apresentado na Iniciativa

Healthy People 2000 (SLADE, 1997). O reconhecimento de que a qualidade de vida é

influenciada pela condição odontológica, estimulou a necessidade da criação de instrumentos que

pudessem medir a qualidade de vida relacionada a saúde bucal, dessa forma vários instrumentos

de medição foram criados e entre eles o (OHIP-49) que é um questionário de 49 perguntas que

avalia a percepção do impacto das condições bucais no bem estar sendo estas, baseados no

modelo teórico de Locker de saúde bucal (SLADE, 1997). A partir desse questionário inicial,

outra versão foi derivada, o OHIP-14. O Perfil de Impacto da Saúde Oral – OHIP-14, é um

questionário composto por 14 perguntas que assim como o OHIP-49, contempla sete dimensões:

Limitação funcional, Dor física, Desconforto Psicológico, Incapacidade física, Incapacidade

psicológica, Incapacidade social e Prejuízo /Desvantagem. Para todas as questões é possível

responder a cinco respostas que assumem um valor de acordo com a escala Likert: Quase

sempre=4; Algumas vezes=3; Poucas vezes=2; Raramente=1; Nunca=0. Para calcular a gravidade

do impacto os valores são somados (método aditivo). Valores maiores indicam uma pior

qualidade de vida (LOCKER; SLADE, 1993; SLADE, 1997).

Com a intenção de obter uma aplicação mais prática e respostas em situações

relacionadas a usuários de próteses totais Allen e Locker (2002), desenvolveram uma forma

abreviada do OHIP. Dados foram coletados em Ontário e no Reino Unido utilizando o OHIP a

partir de uma versão abreviada denominada OHIP-Edent derivada de ambos os conjuntos de

dados. Foi constatado que as propriedades de validade discriminantes do OHIP-Edent eram

semelhantes ao OHIP-14 e OHIP-49. Assim a versão final do OHIP-Edent contém 19 perguntas,

com três possibilidades de respostas, sendo esta versão abreviada segundo os autores, a forma

mais apropriada para o uso em pacientes desdentados do que a versão do OHIP-14.

Posteriormente foi realizada uma versão brasileira que foi validada por Souza et al. (2007).

Muitos estudos foram desenvolvidos com o objetivo de avaliar o impacto da reabilitação

oral na qualidade de vida. Brennan et al. (2010), em um estudo retrospectivo, comparou a

qualidade de vida através do OHIP-14 e a satisfação através de uma pesquisa, entre usuários de

próteses fixas sobre implantes (n=37) e sobredentaduras (n=25). De uma maneira geral, pacientes

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

28

com prótese fixa relataram melhor qualidade de vida relacionada à saúde oral do que os pacientes

com sobredentaduras.

Um outro estudo prospectivo controlado conduzido por Scala et al. (2012), comparou a

satisfação entre pacientes reabilitados com próteses fixas provisórias mandibulares sobre

implante com carga imediata (n=41) e próteses totais convencionais (n=38). O perfil de satisfação

(SAT-P) foi aplicado 1 mês antes e 3 meses após a instalação das próteses provisórias, avaliando

4 itens: qualidade de alimentação, comportamento alimentar, humor e autoconfiança, além disso

foi aplicada a escala visual analógica. Uma diferença significativa foi observada na avaliação da

satisfação entre os tempos antes e depois de cada grupo, como também entre os grupos controle e

teste.

Mais tarde, em um estudo clínico prospectivo longitudinal Misumi et al. (2015)

avaliaram o OHRQoL em 10 pacientes submetidos a instalação de implantes de acordo com o

conceito All-on-4 utilizando próteses fixas com carregamento imediato em acrílico em um ou

ambos maxilares. Após 3–6 meses, próteses definitivas com estrutura de titânio e resina reforçada

foram instaladas. O Perfil de Impacto na Saúde Bucal (OHIP-J14) foi aplicado, antes da cirurgia

(T0), 1 semana após a cirurgia (T1) quando foram colocadas próteses provisórias (T2), e 3 meses

após a colocação definitiva da prótese (T3). Os autores concluíram que o OHRQoL foi

melhorado em um grau limitado. A prótese provisória inicial de acrílico não teve um efeito

positivo na OHRQoL, porém a prótese definitiva com estrutura metálica foi mais eficaz na

restauração da OHRQoL. Componentes psicológicos foram os principais fatores que

influenciaram a OHRQoL durante o tratamento. A pontuação total do OHIP-J14 reduziu

significativamente apenas em T3 (P < 0,05). "limitação física funcional”, “dor física”,

“incapacidade física” e “incapacidade psicológica” diminuiram em T3, e os escores de

"desconforto psicológico" também caíram significativamente em T2. Enquanto que,

"incapacidade social” e “desvantagem” permaneceram inalteradas durante todo o tempo,

concluindo que próteses definitivas fixas com estrutura metálica são mais efetivas que as próteses

fixas acrílicas para melhorar o índice de OHRQoL durante tratamento com o All-on-4.

Aarabi et al. (2015), em um acompanhamento de 2 anos de pacientes tratados com

próteses fixa, prótese parcial removível, e próteses totais, observou como eles perceberam sua

saúde bucal. O questionário utilizado foi o OHIP-G (versão germânica) e foi aplicado antes do

tratamento protético, 4-6 semanas, 6, 12, 18 e 24 meses após a terapia. Quando as pontuações do

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

29

OHIP de acompanhamento de toda a amostra foram comparados com os escores da linha de base,

as mudanças foram estatisticamente significativas, levando a crer que os efeitos das intervenções

protéticas na percepção dos pacientes pareceram durar pelo menos nos últimos 2 anos.

Considerando que o tratamento protético foi apenas um fator para a saúde bucal de um paciente, a

reabilitação protética pareceu ter influência significativa na trajetória de saúde bucal dos

pacientes.

Oh et al. (2016), em um estudo retrospectivo, comparou próteses fixas e removíveis

sobre implantes e próteses totais convencionais, e identificaram que a satisfação do paciente

através da EVA e a OHRQoL através do questionário OHIP-14, melhoraram significativamente

especialmente, quando os tratamentos eram com próteses fixas ou removíveis

implantossuportadas comparadas as próteses totais convencionais, as dimensões do OHRQoL

limitação funcional, dor física, desconforto psicológico e incapacidade psicológica no grupo das

PF, e limitação funcional no grupo PR, melhorou muito em comparação com o grupo PTC grupo

(p <0,05). O autor ressaltou a importância de novos estudos, levando em consideração a

importância da opinião dos pacientes para escolha da melhor opção de tratamento.

Recentemente, Cosola et al. (2018), em busca de resultados centrados no paciente,

aplicou o Questionário do Perfil de Impacto na Saúde Bucal 14 (OHIP-14) para avaliar o

OHrQoL, em um estudo retrospectivo com 35 pacientes usuários de próteses sobre implantes

divididos em 2 grupos: grupo de carga tardia (grupo DL) e grupo de carga imediata (grupo IL).

Parâmetros clínicos e radiográficos foram coletados e o Questionário Health Impact Profile -14

(OHIP-14) foi aplicado para medir o seu OHrQoL. Os resultados obtidos não foram

significativamente diferentes entre os grupos, no entanto, os domínios “limitação funcional” e

“incapacidade física” resultaram significativamente mais altos nos pacientes dentro do grupo DL

e pelo contrário, a incapacidade social foi maior no grupo IL. Quando a comparação foi realizada

considerando o sexo, não houve diferenças significativas entre os grupos. Em vez disso, a

estratificação para anos de acompanhamento levou a evidências. Quando o seguimento foi menor

do que 5 anos, os escores de limitação funcional relatados foram maiores. Os autores concluíram

que não houve diferenças significativas entre os protocolos de carregamento imediato e

carregamento tardio em termos de taxa de sucesso clínico e parâmetros radiológicos de saúde

bucal na Qualidade de Vida medido pelo Oral Health Impact Questionário Profile-14.

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

30

Outra revisão sistemática recente conduzida por Reissmann et al. (2017), sobre a

qualidade de vida relacionada à saúde bucal em pacientes desdentados ou parcialmente dentados,

reabilitados com próteses sobre implantes incluiu estudos compreendido no período de 1960 a

2017, que possuíam na amostra pelo menos 50 pacientes que utilizaram instrumentos

psicométricos validados como o Perfil de Impacto de Saúde Oral (OHIP), o Índice Geriátrico de

Avaliação da Saúde Bucal (GOHAI), a medida de qualidade de vida relacionada à saúde bucal do

Reino Unido (OHQoL-UK), ou o Dental Impact on Daily Living (DIDL). Um total de 63 artigos

que apresentaram achados de 55 estudos individuais foram selecionados para inclusão na revisão

final, destes 32 estudos identificados na revisão da literatura foram realizados em pacientes

desdentados, e a maioria dos estudos incluídos comparou implantes mandibulares suportados por

overdentures (IOD) versus dentaduras convencionais (CD) em termos de OHRQoL. Os autores

concluíram que as evidências indicaram que somente se a OHRQoL inicial for de pacientes

comprometidos em sua saúde bucal o tratamento com IOD é superior a CD em termos de

melhoria da OHRQoL, ou seja, a deficiência de OHRQoL antes do tratamento estava fortemente

associada à melhora da OHRQoL.Também foi concluído que poucos estudos bem delineados

compararam o impacto da prótese total fixa mandibular com a prótese total convencional, sobre a

qualidade de vida.

2.4 PERFORMANCE MASTIGATÓRIA

A mastigação é um processo fisiológico realizado pelo sistema estomatognático, que

promove a redução mecânica dos alimentos e insalivação química com a finalidade de preparar o

bolo alimentar para a deglutição (VAN DER BILT et al., 2010; BONNET et al., 2018). As perdas

dentárias que ocorrem nesse sistema, assim como a introdução de aparelhos protéticos

influenciam no seu equilíbrio, levando a necessidade de avaliações, que objetivam verificar o

sucesso do tratamento proposto (KAPUR; SOMAN, 2006b) como também, promover estratégias

que possam contribuir na melhoria desse desempenho (SILVA et al., 2018). A soma desses fatores

influencia diretamente na qualidade de vida dos pacientes, principalmente em idosos

(STJERNFELDT et al., 2017).

Vários métodos de avaliação da mastigação estão disponíveis na literatura, destacando-

se a “performance mastigatória” através do método das tamises, que é um tipo de avaliação que

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

31

caracteriza-se por ser um método objetivo (YAMAMOTO; SHIGA, 2018), apto a avaliar o

aparelho dentário de um indivíduo na redução de um alimento teste (VAN DER BILT et al.,

2010), sendo definido em termos de porcentagem de distribuição de tamanho de partícula de

alimentos quando mastigados por um determinado número de golpes (KAPUR; YURKSTAS,

1964) onde os alimentos utilizados podem ser naturais ou artificiais, enquanto que, o número de

golpes aplicados para triturar o alimento é variável e dependente do objetivo do estudo.

Outra forma de avaliar o sistema mastigatório de forma objetiva é através da avaliação

da eficiência mastigatória, onde se quantifica o número de golpes necessários para formar o bolo

alimentar apto a deglutição, nesse caso a função mastigatória é obtida (VAN DER BILT et al.,

2010; VAN DER BILT, 2011) e interpretada pela capacidade do indivíduo se adaptar a textura do

alimento. Na eficiência mastigatória leva-se em conta o número de golpes extras necessários,

para uma dentição natural ou artificial atingir o mesmo grau de trituração dos alimentos tendo um

valor de eficiência mastigatória como referência (KAPUR; SOMAN, 2006a).

Tanto na performance mastigatória, quanto na eficiência mastigatória o alimento

triturado é submetido a peneiração em uma série de peneiras com malhas padronizadas de forma

decrescente (MANLY; BRALEY, 1950). O alimento obtido em cada peneira é secado e

posteriormente pesado (OLTHOFF et al., 1984); (EBERHARD, et al., 2015) e os valores obtidos

são submetidos a uma curva de distribuição cumulativa e quantificada percentualmente e

comparado ao total do alimento mastigado, determinando graficamente valores padrão do X50

do tamanho da malha mediana, definido como o tamanho da peneira na qual 50% da massa das

partículas do bolus pode passar.

Apesar do teste das peneiras ser considerado o “padrão ouro” da literatura, (SILVA et al.,

2018) esse método nem sempre é aplicado de forma padronizada, havendo variações no número

de peneiras utilizadas, no tamanho da abertura das malhas, de como a água é vertida sobre o

alimento mastigado, e até de como se submete as peneiras à vibração.

Uma outra variação importante observada nos estudos, ocorre entre os alimentos

utilizados, onde deve-se considerar a diferença da dureza e textura dos alimentos (JALABERT-

MALBOS et al., 2007). Vários alimentos naturais já foram utilizados para esses fins, sendo com

mais frequência a amêndoa, a cenoura e o amendoim e também alimentos artificiais como o

Optosil®, e o Optocal, (JALABERT-MALBOS et al., 2007; SLAGTER et al., 1993;

EBERHARD et al., 2015) que substituiu o Optosil® em decorrência da dureza que o mesmo

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

32

apresentava ao ser testado em usuários de prótese total (SLAGTER; BOSMAN; VAN DER BILT,

1993). Este é fabricado a partir da base de silicone (Heraeus Kulzer®, Alemanha). O Optocal é

obtido pela aglutinação com gesso odontológico, alginato, vaselina sólida, creme dental e

catalisador (SLAGTER et al., 1992), e como vantagem, permite a reprodutibilidade de sua

textura e tamanho, o que possibilita a padronização dos testes refletindo a ação das cúspides dos

dentes no rompimento dos alimentos, pela possível elasticidade (OLTHOFF et al., 1984).

Para avaliação da granulometria do alimento mastigado, além da forma convencional,

uma outra forma observada nos estudos é a análise através de imagens fotográficas digitais

obtidas do alimento reduzido, utilizando um software como o Image J, que possibilita medições

do tamanho, identificação da forma e contagem do número de partículas (EBERHARD et al.,

2015).

Van Der Bilt et al. (2010) compararam a performance mastigatória utilizando o optosil e

o optocal e uma goma de mascar de duas cores para avaliar a “capacidade de homogeneizar” os

alimentos, comparando dois grupos, sendo 20 indivíduos jovens com dentição natural e 20 idosos

na maioria edêntulos. Diferenças significativas na performance mastigatória utilizando os dois

métodos entre os grupos foi observada sendo que o método utilizando o optosil e o optocal foi

mais efetivo na identificação da diferença entre os grupos. Enquanto que a avaliação da

capacidade de homogeneizar os alimentos foi mais adequada para identificar a função

mastigatória nos indivíduos desdentados, comparado ao grupo dos pacientes jovens.

Com o objetivo de comparar a eficiência mastigatória entre usuários de próteses,

Apolinário et al. (2017), em um estudo clínico controlado, duplo-cego utilizou o método

colorímetrico através da mastigação de cápsulas de fucsina em 60 pacientes que foram

distribuídos em três grupos, comparando diferentes reabilitações onde o grupo G1 era composto

por pacientes desdentados bimaxilar e reabilitados por próteses totais convencionais, o grupo G2

reabilitado com prótese totais convencionais maxilares e overdentures mandibulares e o grupo G3

reabilitado com prótese totais convencionais maxilares e protocolos fixos inferiores. Os

resultados obtidos indicaram que a reabilitação oral com implantes osseointegrados melhorou a

eficiência mastigatória. Além desse, outros estudos, também avaliaram com sucesso a

performance mastigatória pelo método colorímetrico com cápsulas de fucsina em usuários de

próteses totais (RIBEIRO et al., 2012; TORRES et al., 2017; CARDOSO et al., 2016).

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

33

A constatação de que a reabilitação oral com próteses fixas implantossuportadas com

carga imediata também melhora a eficiência mastigatória foi realizada por Veyrune et al. (2013).

Os alimentos utilizados no estudo foram a cenoura e o amendoim, além de 3 alimentos

padronizados com durezas crescentes. Através de filmagens, foram registrados o tempo de

Mascar (CT), o número de ciclos de mastigação (CC) e a frequência da mastigação dos pacientes.

Os resultados mostraram diminuição dos valores do D50 (p < 0,001). Os valores obtidos para

performance mastigatória e eficiência mastigatória com os três modelos de alimentos também

diminuiram, apesar do aumento da dureza do modelo alimentar (p < 0,001).

Em um ensaio clínico, Vieira et al. (2014) comparam o índice de satisfação (EVA) a

capacidade mastigatória (questionário) e a performance mastigatória (optocal) com 20 e 40

ciclos em pacientes desdentados que receberam uma prótese total superior e uma prótese fixa

implantossuportada inferior, na condição anterior a intervenção, 20 dias e após 8 meses de

reabilitação e avaliou também se a percepção dos pacientes sobre as mudanças no estado de

saúde bucal estavam em concordância com os resultados do teste de performance mastigatória.

Um total de 14 pacientes desdentados foram reabilitados com próteses fixas implantossuportada

inferiores e próteses totais superiores. Todas as respostas mostraram diferenças significativas

estatisticamente, excluindo a que se refere à facilidade de limpeza das próteses. Concluiu-se que

a reabilitação oral proporciona uma melhor função mastigatória em pacientes desdentados

existindo uma coincidência entre a percepção do paciente e uma real melhoria na função

mastigatória.

Um outro estudo conduzido por Neves et al. (2015), comparou a performance

mastigatória de indivíduos com dentes naturais e pacientes com diferentes tipos de reabilitações

em mandíbulas desdentadas. A performance mastigatória foi avaliada pelo método das tamises e

foi muito superior para pacientes com dentição natural quando comparado aos outros grupos,

enquanto que o grupo das próteses totais apresentaram a pior performance, já os grupos que eram

reabilitados com implantes tiveram um valor intermediário de performance mastigatória.

Concluindo-se que implantes osseointegrados melhoraram a performance mastigatória.

Alguns estudos investigaram o efeito da reabilitação oral na mastigação dos indivíduos e

sua influência na qualidade de vida, Batisse et al. (2016) em um estudo prospectivo

observacional avaliou a possibilidade de melhorar a instabilidade de próteses mandibulares e os

problemas mastigatórios em pacientes que não podiam ser instalados implantes convencionais.

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

34

Quatro mini-implantes foram instalados na região da sínfise mandibular, parâmetros

mastigatórios e o impacto na saúde oral relacionado a qualidade de vida foram observados. A

média da idade dos pacientes era de 72 anos e os dados foram coletados nos tempos T0 (antes) e

T1 (3 meses depois). Os parâmetros mastigatórios incluindo o X50 e o questionário GOHAI

foram aplicados. Os resultados mostraram que os pacientes se mostraram hábeis a mastigar

cenouras e outros alimentos duros e macios após a colocação dos mini-implantes, e os parâmetros

cinemáticos mastigatórios também melhoraram acompanhados da melhoria na qualidade de vida,

porém o tamanho das partículas X50 permaneceu mais elevado do que para sujeitos dentados. Os

autores concluíram que a colocação dos mini-implantes gerou o impacto positivo na função

mastigatória e na qualidade de vida, sendo esta uma alternativa para pacientes que não podem se

beneficiar de implantes convencionais.

Simplicidade de manipulação, facilidade no controle de higiene, e possibilidade de

padronização foram vantagens observadas por Yamamoto e Shiga (2018), ao avaliar o

desempenho mastigatório antes e depois do tratamento com próteses totais utilizando uma geléia

gomosa. O parâmetro para avaliação do desempenho mastigatório era a extração de glicose

durante a mastigação. Os autores concluíram que apesar do desempenho mastigatório ser afetado

por limitação funcional e dor ele foi significativamente melhorado após o tratamento.

A confiabilidade de um método para medir o desempenho mastigatório como uma

alternativa a outros testes disponíveis foi realizada por Silva et al. (2018). Neste método, a

capacidade de misturar foi realizada por análise colorimétrica visual e eletrônica. Uma amostra

composta por 75 pacientes, que receberam novas próteses totais convencionais foi selecionada.

Uma goma de mascar foi fornecida e mastigada por 5, 10, 20, 30 e 50 ciclos. O nível da mistura

das duas cores da goma mastigada foi avaliado visualmente por dois avaliadores independentes e

eletronicamente. Concluiu-se que o teste de duas cores com goma de mascar é um método

confiável para avaliar o desempenho mastigatório em usuários de prótese total.

Conforme observado, em uma recente revisão da literatura conduzida por Bonnet et al.

(2018), existe uma grande variabilidade de métodos de avaliação da função mastigatória, como

também da interpretação conceitual e seus fins. Especificamente em relação a função

mastigatória pelo método das peneiras, há uma necessidade de adequação do número de ciclos

mastigatórios à sua finalidade e objetivo, onde a “performance mastigatória” deve ser realizada

para caracterizar o aparelho mastigatório e avaliar a trituração do alimento-teste mastigado e a

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

35

“eficiência mastigatória” deve ser realizada para a investigação da relação existente entre a

fisiologia e estratégias de adaptação da mastigação.

Constata-se nessa revisão de literatura, que muitos estudos foram encontrados buscando

respostas para a relação entre as variáveis performance/eficiência mastigatória e qualidade vida

relacionada a saúde oral em pacientes desdentados totais reabilitados com próteses totais

convencionais e próteses fixas implantossuportadas, porém foi observado uma grande variedade

metodológica nos instrumentos de medição e uma lacuna relacionada a ensaios clínicos

prospectivos comparando a magnitude do efeito entre a reabilitação com próteses totais

convencionais e a prótese fixa implantossuportada em desdentados totais, no que se refere a

qualidade de vida e a performance mastigatória, havendo portanto a necessidade de realização de

mais estudos que possam fortalecer a evidência científica sobre o assunto.

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

36

3 OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO GERAL

Investigar o impacto da saúde oral na qualidade de vida e a performance mastigatória de

usuários de prótese total convencional bimaxilar comparado a usuários de próteses totais

convencionais maxilares com próteses fixas implantossuportadas mandibulares.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Comparar o impacto da saúde oral na qualidade de vida e a performance mastigatória em

usuários de prótese total convencional bimaxilar que tiveram a prótese total convencional

inferior convertida em prótese fixa implantossuportada.

Mensurar a magnitude do efeito da intervenção sobre o impacto da saúde oral na

qualidade de vida e sobre a performance mastigatória.

Avaliar a correlação entre o impacto da saúde oral na qualidade de vida e a performance

mastigatória entre usuários de prótese total convencional bimaxilar e próteses totais

convencionais maxilares com próteses fixas implantossuportadas mandibulares.

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

37

4 MÉTODO

4.1 ASPECTOS ÉTICOS

Esta pesquisa foi desenvolvida no Projeto de Extensão Reabilitação Oral

Implantossuportada que é parte integrante do Departamento de Odontologia (DOD) da

Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Natal/RN, após aprovação com Registro

Brasileiro de Ensaios Clínicos RBR-5f8 xwb e aprovação no Comitê de Ética em Pesquisa com

número 1.007.959 (ANEXO A). Aos pacientes que aceitaram ser reabilitados nas condições

apresentadas foi solicitada a leitura individual do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido –

TCLE (APÊNDICE A), e após o esclarecimento de todas as dúvidas, a sua assinatura.

4.2 CARACTERÍSTICAS DA PESQUISA

Esse estudo é um ensaio clínico controlado não randomizado composto de um grupo

controle (PTC) e de um grupo teste (PFIS). Os pacientes que integraram esses grupos foram

avaliados no pré-tratamento (T0), e no pós-tratamento (T1) após 3 meses. A intervenção para o

grupo (PTC) foi a confecção de novas próteses totais convencionais e para o grupo (PFIS) a

intervenção foi a confecção de novas próteses totais convencionais, seguida da conversão dessa

prótese total convencional mandibular em prótese fixa implantossuportada. O tempo (T0) do

grupo (PFIS) foi após o uso da (PTC) por 3 meses e o tempo (T1) após o uso dessa mesma

prótese convertida em prótese fixa implantossuportada e também usada por 3 meses.

4.3 PLANO AMOSTRAL

4.3.1 Critérios de inclusão

Pacientes desdentados totais ou parcialmente dentados com indicação de exodontia dos

dentes presentes que buscaram o serviço de prótese do Departamento de Odontologia-

UFRN buscando a sua reabilitação oral.

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

38

4.3.2 Critérios de exclusão

Pacientes que escolheram pertencer ao grupo (PFIS), mas que, já tinham se submetido a

qualquer experiência anterior com a colocação de implantes;

Pacientes que escolheram pertencer ao grupo (PFIS), mas que, se enquadraram nas

contraindicações sistêmicas estabelecidos no Quadro 1 (DIZ; SULLY; SANZ, 2013).

Quadro 1 - Contraindicações sistêmicas para instalação de implantes. Natal-RN, 2019.

ABSOLUTAS RELATIVAS TEMPORÁRIAS

Imunossupressão profunda

Diabetes não controlada

Bifosfonatos Distúrbios hemorrágicos

Infarto miocárdio recente

AVC Tratamento ativo de malignidade

Abuso de drogas

Doenças neuropsiquiátricas

Osteoporose Tabagismo

Periodontite

Doença autoimune (condições não diabéticas)

Crescimento incompleto

Gravidez

Infecção aguda

Fonte: (SADOWSKY, 2017) (Tradução nossa)

Pacientes que em avaliação através de radiografia panorâmica não apresentaram altura

óssea minima de 12 mm considerada necessária para instalação de implantes;

Pacientes que mesmo se enquadrando em todos os critérios estabelecidos, não dispunham

tomograficamente de osso com espessura óssea, suficiente para instalação de implantes de

11 X 3,75 mm;

Pacientes do grupo (PFIS), que durante a instalação dos implantes não apresentaram

travamento mínimo suficiente para a aplicação de carga funcional imediata sobre os

mesmos, sendo o valor mínimo igual a 45 N.cm (OLIVEIRA et al., 2016).

4.3.3 Forma de alocação

Os pacientes dessa amostra foram alocados por conveniência, sendo composto por

pacientes desdentados totais, ou com extrações indicadas, de ambos os sexos, sem restrição de

idade, que procuraram o serviço odontológico do Projeto de Extensão “Reabilitação Oral

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

39

Implantossuportada”, no período compreendido entre outubro de 2014 a julho de 2018. Estes

pacientes foram informados das modalidades restauradoras e escolheram entre a reabilitação oral

com próteses totais convencionais ou com próteses fixas implantossuportadas. Todos os pacientes

foram examinados clinicamente e radiograficamente e avaliados conforme os critérios de

inclusão e exclusão estabelecidos, compondo o grupo prótese total convencional (PTC) ou o

grupo prótese fixa implantossuportada (PFIS) e se submeteram a confecção de novas próteses

totais convencionais. Os pacientes do grupo (PFIS), após 3 meses de uso das próteses totais

convencionais novas, tiveram a conversão de sua prótese total convencional inferior em próteses

fixa implantossuportada com carga imediata. (Figura 1).

Figura 1 - Fluxograma do tamanho da amostra.

Fonte: Autor (2019).

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

40

4.3.4 Tamanho da amostra

O tamanho da amostra foi estimado levando-se em consideração o desenho experimental

de comparação de grupos e o desfecho da performance mastigatória em milímetros. Sendo assim,

valores de performance mastigatória foram extraídos da literatura (MARCELLO-MACHADO, et

al., 2017) e considerou-se um desvio padrão de 1,58 mm para um grupo e no outro 1,20 mm e

uma diferença entre os grupos de 2 mm, a qual produziria um efeito clínico moderado (d=0,50).

Além disso, admitiu-se um nível de confiança de 99% para minimizar erro do tipo I e um poder

amostral de 80% para minimizar a possibilidade de erro tipo II. Desta forma obteve-se um n

amostral de 16 indivíduos por grupo.

4.4 VARIÁVEIS ESTUDADAS

A caracterização das variáveis do estudo estão descritas nos quadros 2, 3 e 4.

Quadro 2 - Variáveis dependentes do estudo. Natal-RN, 2019.

Variáveis Definição Classificação Categorias/Escalas

de Medidas

Performance

mastigatória

É a razão entre o trabalho

mecânico útil e a energia gasta para realizá-lo.

Quantitativa discreta mm

Qualidade de vida escore total do OHIP-Edent Categórica ordinal Escores/pontos

Fonte: Autor (2019).

Quadro 3 - Variável independente principal analisada no estudo. Natal-RN, 2019.

Nome da Variável Descrição Classificação Categoria/Escala

Tipo de prótese

Tipo de prótese – antes e

após a intervenção com

implantes

Categórica nominal

Prótese Total Convencional

Prótese Fixa

Implantossuportada

Fonte: Autor (2019).

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

41

Quadro 4 - Caracterização das variáveis independentes de confusão do estudo. Natal-RN, 2019.

Variáveis Definição Classificação Categorias/Escalas

de Medidas

Idade Quantidade de anos de vida. Quantitativa discreta anos

Gênero Categoria fundamentada na

distinção natural dos sexos

Categórica nominal

mutuamente

exclusiva

0 – Masculino

1 – Feminino

Tempo de

edentulismo

Tempo em anos do edentulismo total

Quantitativa discreta anos

L 1 - Altura do

rebordo residual

mandibular na linha

média

Medida em mm Quantitativa discreta mm

Tipo de prótese Tipo de prótese portada pelo

paciente Categórica nominal

0 - Prótese Total Convencional

1- Prótese Parcial

Removível

Fonte: Autor (2019).

4.5 FASE EXPERIMENTAL

4.5.1 Confecção das próteses totais

Inicialmente os procedimentos clínicos e radiográficos convencionais foram realizados,

observando-se as características anatômicas dos rebordos residuais e a altura óssea disponível,

(RAGHOEBAR et al., 2011), através das linhas traçadas para análise na radiografia panorâmica

com posterior planejamento para instalação de implantes (Figura 2).

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

42

Figura 2 - Radiografia panorâmica para avaliação da altura óssea.

Fonte: Autor (2019).

Todas as radiografias panorâmicas foram obtidas no aparelho CS 8000C (Carestream

Health. Inc. France), e as medições foram realizadas por um único operador devidamente

calibrado utilizando Software IDOC laudo (Radiomemory LTDA, SP, Brasil) utilizando a

metodologia descrita por XIE et al. (1997) e citada por MARCELLO-MACHADO, R. M. et al.

(2017).

Após isso, a moldagem anatômica foi realizada, utilizando o alginato Jeltrate (Dentsply,

Petrópolis, Brasil) para o rebordo superior (Figura 3B), seguido do vazamento com gesso pedra

(ASFER, São Caetano do Sul, São Paulo). Para o rebordo inferior, a moldagem foi realizada com

silicona de condensação massa densa Silon2 APS (DENTSPLY, Petrópolis, Brasil). A partir do

modelo obtido, a área chapeável foi delimitada e a moldeira individual em resina acrílica (VIPI,

Pirassununga, Brasil) foi confeccionada e ajustada, respeitando as áreas de alívio.

Após os ajustes clinicos necessários nas moldeiras, procedeu-se a moldagem funcional

com a vedação periférica utilizando godiva de baixa fusão tipo I (Nova DfL Indústria e Comércio

B

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

43

S.A, Rio de Janeiro, RJ), seguida da moldagem funcional de corpo com impregnum (3M ESPE,

EUA) ( Figura 3C).

Na sessão seguinte, utilizando os planos de orientação, obtidos a partir dos modelos

funcionais, foram realizados o ajuste estético do plano superior e o estabelecimento da dimensão

vertical de oclusão (DVO) e relação cêntrica (RC). Após confirmação das relações maxilo-

mandibulares, pelos testes métrico, estético, fonético e pela combinação deles, o registro foi

realizado, (Figura 3D), possibilitando a transferência da posição obtida para o articulador semi–

ajustável 4000 (Bio-art, São Carlos – SP, Brasil). Nessa mesma sessão, a seleção dos dentes

anatômicos artificiais foi realizada, observando-se a padronização da inclinação das cúspides em

33º para todos os pacientes e levando-se em consideração as linhas de referência média, dos

caninos e a linha alta do sorriso para escolha dos dentes anteriores de acordo com a carta molde e

a escala de cores para dentes Trilux (VIPI, Pirassununga, Brasil).

Para a montagem no articulador modelo 4000 (Bio-art, São Carlos – SP, Brasil), os

valores médios foram padronizados e o pino incisal posicionado em zero para todos os pacientes.

Para a montagem do modelo superior foi utilizada a mesa de Camper (Bio-art, São Carlos – SP,

Brasil) tendo suas linhas de referência como orientação, em seguida, o modelo inferior foi

montado através do registro intermaxilar realizado em relação cêntrica. Em outra sessão,

realizou-se a prova clínica dos dentes montados em cera até os primeiros molares e em oclusão

balanceada bilateral (Figura 3E). A seleção da cor da base de resina foi feita através da escala de

gengiva STG – Sistema Tomaz Gomes de Caracterização (VIPI, Pirassununga, Brasil). Todos os

procedimentos estéticos tiveram a aquiescência dos pacientes envolvidos.

As próteses em cera foram incluídas na mulfla, juntamente com seu respectivo modelo

funcional, para realização da acrilização e prensagem com resina acrílica termopolimerizável

(VIPI, Pirassununga, Brasil) na cor da gengiva selecionada e incolor, e submetida ao ciclo de

polimerização de forma convencional. Após a demuflagem, foi realizado o acabamento e

polimento das próteses e a remontagem em articulador para os ajustes oclusais.

Na instalação das próteses em boca, a estética, fonética, retenção e a estabilidade foram

examinadas assim como a oclusão que foi avaliada e ajustada se necessário, utilizando papel

carbono accu film II® (parkell, USA). De acordo com a necessidade, as bordas e bases das

próteses também foram ajustadas, assim como as áreas para liberação de frênulos e bridas (Figura

3F). Orientações de uso e higiene foram repassadas aos pacientes, e os controles para

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

44

acompanhamento de possíveis áreas de compressão foram realizados após 24 hs, 7 dias, 15 dias e

1 mês, e ou, quando necessário, de modo a favorecer o conforto individual de cada paciente

(ZARB; BOLENDER, 2004).

Os pacientes com dentes a serem extraídos incluídos na amostra, receberam uma prótese

total convencional imediata e tiveram controles posteriores semelhantes aos descritos

anteriormente para a prótese total convencional, excetuando-se que após a fase da prova dos

dentes com aprovação estética e funcional, os dentes remanescentes presentes no modelo de

gesso foram recortados e realizado uma regularização do rebordo no modelo de gesso,

previamente a montagem e acabamento final dos dentes artificiais com posterior inclusão em

mufla e acrilização da prótese em resina termopolimerizável semelhante a sequência já descrita

anteriormente. Antes, da instalação dessas próteses, esses pacientes se submeteram a cirurgia para

remoção dos dentes presentes, e após os procedimentos cirúrgicos, a prótese imediata foi

instalada sem qualquer ajuste e com recomendações aos pacientes para não remoção das próteses

por um período de 24 horas. No controle de 7 dias, após a remoção da sutura, realizou-se um

reembasamento utilizando Coe-Soft (GC AMERICA INC. USA).

Todas as próteses totais convencionais, foram confeccionadas no Departamento de

Odontologia da UFRN, com os pacientes sendo atendidos no Projeto de Extensão Reabilitação

Oral Implantossuportada, seguindo o protocolo preconizado pela Disciplina de Prótese Dentária I

(CARREIRO et al., 2016), enquanto que a confecção laboratorial de todas as próteses da

pesquisa, foi realizada pelo mesmo técnico em um laboratório de prótese privado (Figura 3A-F).

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

45

Figura 3 - Sequência clínica para confecção da prótese total convencional. Prótese antiga (A); Moldagem

anatômica (B); moldagem funcional (C); registro das relações maxilo-mandibulares (D); prova dos dentes em cera (E); prótese finalizada(F).

Fonte: Autor (2019).

4.5.2 Planejamento reverso-preparo prévio reabilitador

Logo após a finalização dos controles para adaptação das próteses totais convencionais

instaladas, a execução do planejamento cirúrgico-protético ou planejamento reverso foi iniciada

para os pacientes do grupo PFIS, começando pela confecção do guia tomográfico a partir da

duplicação da prótese total inferior, recém instalada e em uso pelo paciente. A prótese total

inferior foi moldada utilizando alginato (DENTSPLY, BRASIL), e posteriormente duplicada em

resina acrílica incolor (VIPI, Pirassununga, Brasil). Em seguida, foram realizados os

procedimentos laboratoriais de acabamento e polimento e perfurações no guia em número de B C

E F

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

46

cinco, de acordo com o posicionamento dos dentes, e que foram posteriormente, preenchidas com

guta percha (DENTSPLY, BRASIL) (Figura 4A). Feito isso, os guias foram provados em boca,

para verificação da adaptação e da confirmação das relações maxilo-mandibulares de acordo com

as próteses totais em uso pelo paciente, (Figura 4B) e a tomografia realizada. De posse da

tomografia, a análise tomográfica foi realizada, através do programa Dental Slice (Bioparts,

Brasília, Brasil), para confirmação do planejamento protético-cirúrgico inicial realizado através

das radiografias panorâmicas (Figura 4C), que consistiu do planejamento para a instalação de 3

ou 4 implantes da seguinte forma: pacientes que receberam 3 implantes, tiveram um

planejamento tomográfico para instalação cirúrgica no rebordo residual de 1 implante na região

correspondente a linha mediana, e na região à frente do forame mentoniano bilateralmente,

enquanto que, pacientes que receberam 4 implantes tiveram planejamento tomográfico para

instalação cirúrgica de implantes no rebordo residual na região correspondente aos incisivos

laterais de cada lado, e na região à frente do forame mentoniano bilateralmente.

Figura 4 - Sequência clínica para execução do planejamento reverso. Guia tomográfico(A); Prova do guia

tomográfico (B); tomografia em análise no Software Dental Slice(C).

Fonte: Autor (2019).

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implantossuportada com carga imediata

47

Uma vez confirmado o planejamento reverso, passou-se a preparação do guia para

utilização na cirurgia com a remoção da parte lingual, através do desgaste, com broca maxicut

PM (EDENTA, SWITZERLAND)® para permitir durante a cirurgia uma orientação e o acesso

para a instalação dos implantes no local planejado, mantendo-se a superfície oclusal dos molares

intacta até a região correspondente a papila piriforme, proporcionando estabilidade ao “guia

cirúrgico”.

Previamente à cirurgia todos os pacientes foram receitados com terapêutica

antimicrobiana, da seguinte forma: Amoxicilina 500 mg, via oral, 01 comprimido de 08/08 horas

por um período de 7 dias, iniciando no dia anterior à cirurgia; também foi prescrito para todos os

pacientes terapêutica analgésica e anti-inflamatória com o uso via oral de Decadron 4 mg, sendo

2 comprimidos de 08/08 horas por 2 dias e Lisador também via oral, 01 comprimido de 06/06

horas por 2 dias, para analgesia pós-operatória se necessário.

Como parte do planejamento reverso e para permitir a reprodução das relações maxilo-

mandibulares da PTC na PFSI, a prótese total superior foi moldada com alginato (DENTSPLY,

BRASIL), o molde foi vazado e obtido o modelo em gesso pedra tipo III (ASFER – São Caetano

do Sul-SP) que foi recortado e montado em articulador semi-ajustável (Bio-art, São Carlos – SP,

Brasil), com a técnica semelhante à que foi utilizada para confecção das próteses totais já descrita

anteriormente. Para montagem do modelo superior a mesa de Camper foi posicionada no ramo

inferior do articulador e em seguida, o modelo superior foi montado, tendo como referência a sua

linha média e as linhas de referência da mesa de Camper (Figura 5A).

Antes da cirurgia para instalação dos implantes iniciar, todos os pacientes eram

recebidos por um único protesista experiente, que realizava um registro interoclusal das próteses

presentes na boca do paciente. Para tanto, a prótese superior era isolada com vaselina, e três

pontos (dois posteriores e um anterior) de resina acrílica (GC, Pater Resin, GC AMERICA

INC.USA) eram inseridos, utilizando a técnica de Nealon (NEALON, 1952), sendo dois na face

oclusal dos primeiros molares inferiores e um na borda incisal dos incisivos centrais inferiores. O

paciente era orientado a ocluir registrando a posição de MIH/RC até a polimerização final da

resina. Após a confirmação da exatidão do registro o paciente era liberado para dar-se início aos

procedimentos cirúrgicos (Figura 5B).

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

48

Figura 5 - Modelo superior em gesso montado em ASA com a mesa de Camper (A); Registro maxilo-

mandibular (B).

Fonte: O autor (2019).

4.5.3 Protocolo de instalação dos implantes

Após a instalação de uma barreira de biossegurança, através da paramentação de toda a

equipe e antissepsia da área extra-bucal e intra-bucal com cloridrato de clorexidina a 2%

(Rioquimica, São José do Rio Preto – SP) como também da imersão do guia cirúrgico nessa

mesma solução as cirurgias eram iniciadas, sendo conduzida em todos os pacientes, por um único

cirurgião experiente. Inicialmentete, era verificada a adaptação do guia cirúrgico (Figura 6A), em

seguida, era realizada uma incisão mucoperiostal, com lâmina de bisturi nº 15 montada em um

cabo n° 3, envolvendo a área a ser operada. Após esse procedimento, o periósteo era destacado

com um descolador de Molt e afastado juntamente com os outros tecidos, expondo a superfície

externa do rebordo alveolar por vestibular e lingual; nos casos onde houve irregularidade da

crista óssea, a osteotomia foi realizada possibilitando uma padronização para avaliações futuras

do controle da perda óssea marginal (Figura 6B)

Neste estudo todos os implantes utilizados foram do tipo Branemark, com a seguinte

configuração: Implantes Hexágono Externo (Titamax, Neodent®, Curitiba, Brasil) com tamanho

de plataforma 4.1 sendo de 3,75 x 11mm. Os locais para instalação dos implantes foram

demarcados com a broca tipo lança tendo como auxílio o uso do guia cirúrgico. As perfurações

foram realizadas sob irrigação abundante de solução fisiológica a 0,9% evitando a geração de

calor excessivo. Após a confirmação do paralelismo das perfurações, (Figura 6C) iniciou-se a

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

49

fresagem com a sequência de brocas e instalação dos implantes a nível ósseo, conforme o

protocolo para instalação de implantes com plataforma do tipo hexágono externo (Figura 6D).

Após a instalação dos implantes, a possibilidade de aplicação da carga imediata foi

confirmada quando os implantes instalados apresentaram estabilidade primária com torque igual

ou superior a 45 N.cm. Em algumas situações a estabilidade primária do implante foi maximizada

por subfresagem do local.

Os tecidos moles circundantes foram suturados, utilizando fio de sutura reabsorvível

(Ethicon Vicryl 5-0, Johnson & Johnson) e os minipilares cônicos (Neodent, Curitiba, Brasil)

com cintas variando entre 1, 2 e 3 mm foram instalados. A escolha da altura da cinta de cada mini

pilar dependeu da espessura do tecido subjacente ao implante. Foi preconizado a utilização de

minipilares que permitisse a exposição da margem da conexão intermediário/prótese em nível

supragengival, os mesmos foram instalados aos implantes com uso de uma chave para conexão

de pilares protéticos (Neodent, Curitiba, Brasil), que foi acoplada a um torquímetro manual

(Neodent, Curitiba, Brasil), o qual foi girado em sentido horário até atingir o torque recomendado

pelo fabricante que é de 32 N.cm (Figura 6E) em seguida a ferida foi cuidadosamente

inspecionada para qualquer sangramento ativo e cilindros protetores de minipilares 4.1 (Neodent,

Curitiba, Brasil) foram instalados. A área cirúrgica foi limpa com irrigação salina normal.

(Figura 6F).

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

50

Figura 6 - Sequência clínica cirúrgica para instalação dos implantes. Prova do guia cirúrgico (A); Abertura

do retalho-exposição do rebordo (B); Confirmação do paralelismo entre os implantes (C); Instalação dos implantes (D); Instalação dos minipliares (E); Finalização da cirurgia (F).

Fonte: Autor (2019).

4.5.4 Transformação da prótese total convencional em prótese fixa implantossuportada

Após a confirmação da instalação dos implantes com carga imediata, um desgaste por

lingual na prótese inferior foi iniciado utilizando uma peça de mão reta com uma broca maxicut

PM (EDENTA, SWITZERLAND) ® (Figura 7A). Este desgaste foi realizado com sucessivas

provas intraorais, verificando os ajustes necessários, bem como os espaços requeridos para

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

51

captura em boca dos cilindros protéticos provisórios (Neodent, Curitiba, Brasil) (Figura 7B). A

oclusão foi confirmada, considerando-se o registro realizado previamente à cirurgia, e após o

posicionamento adequado da prótese em relação a oclusão, procedeu-se a captura um a um dos

cilindros protéticos provisórios utilizando resina acrílica (GC, Pater Resin, USA) pela técnica de

Nealon (NEALON, 1952) (Figura 7C-D). Finalizada a captura de todos os pilares provisórios,

observou-se cuidadosamente a confirmação do registro occlusal obtido inicialmente. O conjunto

pilares-prótese foi removido da boca do paciente, e uma camada de adesivo universal para resina

acrílica (Tray – Zhermack) foi aplicado na estrutura da prótese com a finalidade de promover a

união com a silicona de adição (Express XT - 3M do Brasil) para possibilitar a moldagem do

rebordo (Figura 7E-F). A prótese foi então reposicionada na boca do paciente e confirmada mais

uma vez o registro occlusal obtido (Figura 7G), e com auxílio da pistola de moldagem a silicona

de adição leve foi conduzida entre os espaços dos cilindros. Após a polimerização da silicona, a

moldagem foi removida da boca do paciente (Figura 7H), os análogos (Neodent, Curitiba, Brasil)

aparafusados aos cilindros provisórios capturados e os protetores dos minipilares foram

reposicionados aos implantes instalados. O paciente recebeu alta por 24 horas.

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

52

Figura 7 - Sequência clínica para transformação da PTC em PFIS. Abertura lingual da prótese (A);

cilindros provisórios instalados (B); Captura dos cilindros (C); Cilindros capturados (D); Vista inferior da prótese com os cilindros capturados (E); Vista superior dos cilindros capturados(F); Confirmação do

registro oclusal (G); Moldagem com silicona de adição (H).

Fonte: Autor (2019)

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

53

4.5.5 Procedimentos laboratoriais

Com os análogos dos implantes (Neodent, Curitiba, Brasil) já posicionados nos cilindros

dos minipilares (Neodent, Curitiba, Brasil) procedeu-se o vazamento do molde utilizando-se

gesso tipo IV (Durone IV®, Dentisply, Brasil) que foi manipulado de acordo com as normas do

fabricante e vertido para a obtenção do modelo de trabalho, acrescido da complementação com

Silicone de condensação Optosil Comfort® (Heraeus Kulzer, Hanau, Germany). Após a presa

final do gesso, e da polimerização final da silicona de condensação a montagem do modelo

inferior em ASA foi realizada, através do registro anteriormente obtido na prótese inferior.

(Figura 8A).

Os procedimentos laboratoriais consistiram na remoção dos cilindros protéticos distais

(Neodent, Curitiba, Brasil), que capturaram a prótese na posição dos implantes instalados em

boca e sua substituição pelos cilindros protéticos com barra distal (Neodent, Curitiba, Brasil).

(Figuras 8B-C). Desgastes foram realizados na prótese, eliminando partes que agora passaram a

ser desnecessárias para sua nova função. Uma nova resina termopolimerizável (VIPI,

Pirassununga, Brasil) foi adicionada, considerando-se a cor da base da prótese e polimerizada em

uma panela eliminadora de bolhas (Protécni- Araraquara- SP-Brasil) por um período de 30

minutos. Em seguida, realizou-se a remontagem em ASA, onde foram realizados ajustes oclusais

e em seguida procedeu-se o acabamento e polimento final de forma convencional.

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

54

Figura 8 - Montagem em ASA da prótese a ser transformada (A). Substituição do cilindro distal por uma

barra distal (B) e (C).

Fonte: Autor (2019).

4.5.6 Instalação da prótese fixa implantossuportada com carga imediata

Após um período aproximado de 24 horas, a prótese fixa implantossuportada com carga

imediata foi instalada nos pacientes. Inicialmente os protetores dos minipilares foram removidos

e a ferida cirúrgica examinada. Após o exame cuidadoso das bordas dos cilindros provisórios e de

possíveis áreas favoráveis à retenção de biofilme a prótese fixa implantossuportada foi avaliada

quanto a adaptação e passividade, através do teste do parafuso único (JEMT, 1991), que consistiu

em apertar o parafuso em uma das extremidades observando-se o assentamento na outra

extremidade. Em seguida, os espaços disponíveis para a higiene, foram avaliados e só então, a

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

55

prótese foi aparafusada sobre os implantes com auxílio de uma chave hexagonal (Neodent,

Curitiba, Brasil) acoplada a um torquímetro manual (Neodent, Curitiba, Brasil) que foi girado em

sentido horário até atingir o torque recomendado pelo fabricante para o parafuso de fixação do

cilindro provisório (Neodent, Curitiba, Brasil) que é de 10 N.cm. Os ajustes oclusais foram

refinados utilizando-se carbono accu film II® (parkell, USA), observando-se os movimentos em

MIH, laterais e protusivos e eliminando-se possíveis interferências (Figuras 9 A-B). Em seguida,

os orifícios de acesso aos parafusos de fixação foram fechados com fita teflon (Tigre Brasil) e

restaurador provisório Bioplic (Biodinâmica Química e Farmacêutica – PR-Brasil) (Figura 9C).

Figura 9 - Avaliação dos contatos oclusais (A e B); Instalação da Prótese Fixa Implantossuportda (C).

Fonte: Autor (2019).

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implantossuportada com carga imediata

56

Todos os pacientes receberam verbalmente e por escrito as orientações relacionadas a

alimentação que deveria ser pastosa e cuidados pós-operatórios pertinentes ao procedimento

realizado, além de orientação de higiene oral com bochechos com 10 ml de Periogard

(Colgate PerioGard) durante 1 minuto de 12/12 horas por 10 dias.

Nos casos em que não houve estabilidade primária dos implantes para aplicação de carga

funcional imediata as próteses desses pacientes foram reembasados com o coe-soft (Reembasador

Coe-Soft – GC AMERICA INC.USA) e estes pacientes foram reabilitados com carga tardia,

porém foram excluídos da amostra.

Após três meses de instalação das PFIS, foi realizada a avaliação, da osseointegração

através do exame clínico direto dos implantes com retirada das próteses e exame das condições

periimplantares (Figura 10) obedecendo aos critérios de sobrevivência dos implantes

(ALBREKTSSON et al., 1986); (MOMBELLI et al., 1987) seguido de exames radiográficos

periapical e panorâmico. Após a confirmação da osseointegração, nessa mesma oportunidade as

coletas do tempo T1 da performance mastigatória e do OHIP- Edent, foram realizadas.

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

57

Figura 10 - Avaliação periimplantar aos 3 meses (T1) - clinicamente (A) e radiograficamente.(B),(C),(D) e

(E).

Fonte: Autor (2019).

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implantossuportada com carga imediata

58

4.6 COLETAS DE DADOS

4.6.1 Avaliação da performance mastigatória

A performance mastigatória foi avaliada através da mastigação de pedaços de alimento

artificial que foram tamisados e pesados, de acordo com o método dos tamises (MANLY;

BRALEY, 1950). O alimento teste artificial utilizado foi obtido através da mistura do material de

moldagem odontológico à base de silicone de condensação Optosil® que passou a ser

denominado Optocal (SLAGTER et al., 1993). Quadro 5.

Quadro 5 - Materiais, utilizados para confecção do alimento-teste Optocal. Natal/RN, 2019.

Nome comercial Fabricante País Porcentagem em

peso (%)

Quantidade em

gramas (g)

Optosil Comfort Putty Heraeus Kulzer Alemanha 57% 53g

Colgate tripla-ação hortelã

Colgate Palmolive Company

Brasil 27% 25g

Vaselina Rioquímica Brasil 3% 3g

Gesso pedra tipo III Asfer Brasil 9% 8g

Alginato Avagel Tipo II Dentsply Brasil 4% 4g

Activador Universal Heraeus Kulzer Alemanha 27mg/g 1,43g

Fonte: Autor (2019).

Após a aglutinação dos componentes a massa homogeneizada foi inserida em um molde

metálico com compartimentos cúbicos de dimensões de 5,6 mm previamente vaselinados e em

seguida, estocado em estufa por um período de 16 horas a temperatura de 65°C, como forma de

assegurar a completa polimerização do material. Assim sendo, cubos de alimento, foram obtidos,

e porcionados em pacotes de 3 g aproximadamente, através da pesagem em uma balança de

precisão (SHIMADZU do Brasil) (Figura11A). Em seguida, essas porções foram armazenadas

em local seco e fresco, com prazo de validade determinado de 7 dias.

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

59

Para realização do teste mastigatório, cada paciente individualmente recebeu orientações

em relação aos movimentos mastigatórios que deveriam ser realizados e, também, quanto ao

bochecho posterior a mastigação (em número de três). Durante a realização do teste o paciente

permaneceu sentado confortavelmente e recebeu uma porção de 3g (17 cubos) para simular a

mastigação de um alimento durante 20 ciclos, sendo monitorado pelo examinador.

Após a mastigação o alimento foi recolhido em um recipiente descartável e realizado o

enxágue da boca com 200ml de água por duas vezes com as próteses e uma vez sem as próteses,

assegurando-se que todo material mastigado foi recolhido da cavidade oral do paciente. Em

seguida o material coletado, foi identificado e datado. Para a tamisação do alimento mastigado o

mesmo foi despejado na parte superior de um conjunto de oito tamises granulométricas (Bertel®)

com aberturas de 0,5; 0,71; 1; 1,4; 2; 2,8; 4; 5,6 mm, acopladas em ordem decrescente, de acordo

com o tamanho da abertura de seus orifícios (Figuras 11B-D) Em seguida um litro de água

corrente foi despejado na primeira tamise do conjunto, e este conjunto foi submetido a vibração,

favorecendo a passagem do alimento mastigado para as tamises seguintes.

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

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Figura 11 - Porções de alimento-teste Optocal (A); Conjunto de tamises (B); tamise com abertura de 5,6

mm (C); tamise com abertura de 0,71mm (D).

Fonte: Autor (2019).

Após a tamisação o conteúdo retido em cada tamise foi recolhido e acondicionado em

recipientes identificados e individualizados de acordo com a malha da tamise em que foi

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

61

recolhido, ficando exposto a temperatura ambiente por um período de até 7 dias para evaporação

natural da água absorvida. Em seguida, a massa contida em cada recipiente foi pesada na balança

analítica. Os valores da pesagem em gramas, de cada paciente, separados pelas diferentes malhas

do sistema de peneiras, foram inseridos em uma planilha do Excel para o cálculo do percentual

acumulado em cada peneira e em seguida submetido ao cálculo estatístico, para ser obtido o valor

da performance mastigatória (Figura 12).

Figura 12 - Sequência de alimento-teste obtido nas diferentes tamises, após mastigação. Porção de alimento a ser mastigado (A); Alimento retido na tamise 5,6 (B); Alimento retido na tamise 4 (C);

Alimento retido na tamise 2,8 (D); Alimento retido na tamise 2(E); Alimento retido na tamise 1,4 (F);

Alimento retido na tamise 1(G); Alimento retido na tamise 0,71(H).

Fonte: Autor (2019).

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62

A performance mastigatória foi obtida por meio do cálculo do tamanho mediano de

partícula triturada (X50), utilizando uma análise de regressão não linear, a equação de Rosin-

Rammler: QW– (X) = 1 – 2 – (X /X50) b, onde QW– que representa a porcentagem do peso

acumulado das partículas com um tamanho menor do que X ou que podem atravessar um tamis

de certa abertura, X50, que é a abertura de um tamis teórico através do qual 50% do peso do

material poderia passar, e b representa a dispersão da distribuição (0 < b < ∞). Neste método, o

peso das partículas em cada tamis, ou a distribuição das mesmas, é representado em um gráfico

mostrando as porcentagens do peso acumulado das partículas com tamanho menor do que X

como uma função do tamanho da abertura de um determinado tamis, por meio do uso do

programa IBM SPSS Statistics 20 (SPSS Inc., Chicago, IL, EUA). Os valores de X50 e b foram

determinados por ajuste de curva utilizando o método dos mínimos quadrados, de acordo à

função y = aX ± b. Assim, um valor de X50 menor indicava que o material teste mastigável foi

bem triturado e, portanto, o desempenho mastigatório foi alto.

4.6.2 Avaliação da qualidade de vida

Para a avaliação do Impacto da saúde oral na Qualidade de vida (OHRQoL) foi utilizado

o questionário OHIP-Edent, ( ALLEN; LOCKER, 2002), que é uma forma simplificada do OHIP-

49, idealizado especificamente para responder questões relacionadas aos pacientes edêntulos.

No presente estudo a versão brasileira, validada por Souza et al. (2007) foi aplicada no formato

entrevista (ANEXO B). Esta ferramenta possibilitou através das 19 perguntas, distribuídas nas

dimensões Limitação funcional, Dor, Desconforto Psicológico, Inabilidade Física, Inabilidade

psicológica, Inabilidade social e Incapacidade, relacionar a condição bucal dos pacientes e das

suas próteses instaladas ao impacto causado na sua qualidade de vida, através da escolha das

respostas as questões formuladas e respondidas entre as opções “nunca” (valor = 0), “às

vezes”(valor = 1) e “quase sempre”(valor=2), onde o valor representava um impacto crescente,

com um somatório final variando de um valor mínimo de 0 a um valor máximo de 38. No

presente estudo, as coletas foram realizadas nos tempos de avaliação da pesquisa (T0 e T1 com 3

meses). Quanto maior a pontuação total obtida, maior foi o impacto da saúde oral sobre o bem-

estar e a qualidade de vida e, portanto, menor a satisfação do paciente. O protocolo de pontuação

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implantossuportada com carga imediata

63

das respostas do questionário foi seguido em todas as avaliações e todos os resultados foram

armazenados no banco de dados da pesquisa para posterior análise.

4.6.3 Seguimento

As coletas das variáveis estudadas foram realizadas, de acordo com os grupos em

estudo, sendo os dados coletados antes (T0) e após 3 meses de uso da reabilitação com próteses

convencionais (T1) e antes com PTC novas instaladas (T0) e após 3 meses de uso com a PTC

(T1), conforme pode ser visto no Quadro 6.

Quadro 6 - Tempos de seguimento e instrumentos de avaliação. Natal/RN, 2019.

Variável Tempo de

seguimento Instrumento de avaliação

Performance mastigatória T0, T1 Método das tamises

Qualidade de vida T0, T1 OHIP-Edent

Fonte: Autor (2019).

4.7 ANÁLISE ESTATÍSTICA DOS DADOS

Os dados obtidos foram armazenados e processados através do software IBM SPSS

Statistics 20 (SPSS Inc., Chicago, IL, EUA). Inicialmente, realizou-se uma análise descritiva da

população estudada seguida da aplicação do Teste t de Student para grupos independentes, a fim

de avaliar a homogeneidade da amostra quanto às variáveis de confusão “idade”, “tempo de

edentulismo superior”, “tempo de edentulismo inferior” e “altura óssea do rebordo mandibular na

linha média”. Além das variáveis categóricas de confusão gênero e tipo de prótese.

Para avaliar a diferença de médias entre os grupos PTC e PFIS, em um único tempo, foi

empregado o Teste t de Student para grupos independentes. Já o Teste t para amostras pareadas

foi utilizado para avaliar o mesmo grupo antes e após a intervenção clínica, em tempos diferentes.

Este tipo de análise foi utilizado para determinar a diferença das medidas antes e depois de uma

intervenção (SHEATS; PANKRATZ, 2002).

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

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64

Para estimar e comparar o tamanho do efeito da intervenção (ES), foi utilizado a

estatística “d” de Cohen (DURLAK, 2009), o qual padroniza as diferenças das médias entre os

grupos pela média dos desvios padrão e assim permite a comparação do tamanho do efeito entre

eles. Essa análise complementou o resultado do Teste t. A quantificação do efeito é medida e

comparada com dados pré-estabelecidos, que foram apresentados por Cohen (1988) como visto

na Tabela 1.

Tabela 1 - Interpretação da magnitude do efeito “D” de Cohen.

Insignificante Pequeno Médio Grande Muito grande

< 0,19 0,2 - 0,49 0,5 - 0,79 0,8 - 1,29 > 1,3

Fonte: Cohen (1988).

O teste de correlação de Spearman foi empregado na análise para avaliar a correlação

entre a performance mastigatória e a qualidade de vida relacionada à saúde bucal em ambos os

grupos nos dois tempos de avaliação. O coeficiente R descreve a intensidade e a direção da

relação (diretamente proporcional ou inversamente proporcional) entre as variáveis,

classificando-se em “desprezível”, “fraco”, “moderado”, “forte” e “muito forte” (Tabela 2).

Tabela 2 - Classificação do coeficiente de Spearman.

Desprezível Fraca Moderada Forte Muito forte

0 - 0,19 0,20 - 0,39 0,40 - 0,69 0,70 - 0,89 > 0,9

Fonte: (SHIMAKURA, 2006).

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65

5 RESULTADOS

5.1 CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA

A amostra final foi composta por 40 indivíduos com idade média de 59,08 anos (± 7,04),

predominantemente do sexo feminino (n=36), cujo tempo de edentulismo superior e inferior foi

de 22,37 anos (± 13,16) e 17,73 anos (± 13,13), respectivamente. Todos os participantes (n=40)

inicialmente eram edêntulos no rebordo superior e 82,5% (n=33), eram edêntulos no rebordo

inferior sendo usuários de prótese total convencional, o restante (17,5%) eram dentados no

rebordo mandibular e usavam prótese parcial removível inferior. Posteriormente, todos os

pacientes receberam PTC novas. O grupo PFIS, composto por 20 pacientes após 3 meses de uso

da PTC, converteram as mesmas em PFIS. Dos 20 pacientes que tiveram as próteses convertidas

em PFIS, somente 17 apresentaram estabilidade primária na instalação cirúrgica dos implantes,

sendo que em 7 pacientes, foram instalados 3 implantes e em 10 pacientes foram instalados 4

implantes.

Na análise das variáveis de confusão “idade”, “tempo de edentulismo superior e

inferior” e “altura óssea mandibular”, avaliados na condição inicial, observou-se a

homogeneidade entre os grupos estudados. Os dados da Tabela 3 mostram os valores médios,

desvio-padrão, diferença de médias entre os grupos (ΔPTC – PFIS) e a significância estatística.

Tabela 3 - Descrição e comparação das médias das variáveis de confusão nos grupos PTC e PFIS. Natal/RN, 2019.

Variáveis PTC PFIS

n Média

Desvio

padrão n Média

Desvio

padrão ΔPTC – PFIS p1

Idade 23 60,57 7,20 17 57,06 6,48 3,51 0,12

Tempo Edentulismo Superior 21 20,05 14,14 17 25,24 11,62 - 5,19 0,23

Tempo Edentulismo Inferior 21 19,81 13,92 17 15,16 11,99 4,65 0,28

Altura óssea mandibular 21 20,10 4,50 13 24,07 2,85 - 3,98 0,08

Nota: 1 Teste t de Student; Δ PTC – PFIS: Diferença entre as médias do grupo PTC e do grupo PFIS. Fonte: Autor (2019).

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66

5.2 IMPACTO DA SAÚDE ORAL NA QUALIDADE DE VIDA

Foi observado no grupo PTC que a média da pontuação total do OHIP-Edent reduziu do

tempo T0 para o tempo T1, após o uso de novas próteses totais convencionais (PTC), porém não

houve uma melhora estatisticamente significativa na qualidade de vida desses usuários (p = 0,07).

Além disso, em todos os domínios, os resultados foram semelhantes nos dois tempos, com

exceção do domínio 3 (desconforto psicológico) que apresentou uma melhora significativa (p <

0,001) (Cohen’d = 1,33), sendo considerado um tamanho de efeito “ muito grande” (Tabela 4).

No grupo PFIS, o valor total do OHIP-Edent reduziu significativamente após a

conversão da prótese total convencional em prótese fixa implantossuportada com carga imediata,

o que representa um impacto positivo e estatisticamente significativo na qualidade de vida

relacionada à saúde oral (p < 0,001), com um tamanho de efeito “muito grande” (Cohen’ d =

2,47). Ao analisar os domínios individualmente nesse grupo, percebe-se que em todos eles a

pontuação diminuiu após a instalação da prótese fixa implantossuportada, destacando-se os

domínios: Função, Dor física, Disfunção física e Disfunção psicológica, com valores

estatisticamente significativos (p < 0,001), (Tabela 4). Em relação ao valor do efeito do

tratamento, por meio da medida Cohen’ d, nesses domínios destacados, observa-se um tamanho

de efeito “muito grande”, enquanto que o “desconforto psicológico” apresentou um valor

estatisticamente significativo (p < 0,05), porém com um tamanho do efeito “médio” (Cohen’ d =

0,68) (Tabela 4).

Ao comparar as novas próteses totais no grupo PTC com as novas próteses

implantossuportadas no grupo PFIS, no tempo T1, verifica-se que a prótese fixa

implantossuportada mandibular proporcionou uma melhor qualidade de vida relacionada à saúde

oral, com um tamanho de efeito “muito grande”. O OHIP-Edent total médio do grupo PFIS foi

de 1,29 em oposição à pontuação do grupo PTC, de 10,52 (p < 0,001 e Cohen’d = 1,80). Esse

resultado favorável do grupo PFIS foi observado também em todos os domínios do OHIP-Edent,

pela redução dos seus valores, destacando-se os domínios Função, Dor física, e Disfunção física,

que apresentaram significância estatística (<0,001*), e Cohen’ d “muito grande”, e Disfunção

psicológica com significância estatística (p = 0,03), e um Cohen’ d “grande”. Tabela 5.

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

67

Tabela 4 - Qualidade de vida relacionada a saúde oral nos grupos PTC e PFSI, em T0 e T1. Natal/RN,

2019.

Variáveis

T0 T1

T0-T1 P-valor Cohen’

d N média Dp N média Dp

PTC

Função 23 3,74 1,51 23 2,87 1,71 0,87 0,06 0,54

Dor física 23 3,87 1,84 23 3,65 2,44 0,22 0,76 0,10

Desc psicológico 23 2,35 1,64 23 0,57 0,95 1,78 <0,001* 1,33

Disfunção física 23 2,13 1,96 23 1,78 1,24 0,35 0,48 0,21

Disfunção

psicológica 23 1,3 1,43 23 0,65 1,03 0,65 0,09 0,52

Disfunção social 23 0,83 1,72 23 0,43 0,95 0,40 0,38 0,28

Incapacidade 23 0,87 1,42 23 0,57 1,2 0,30 0,33 0,23

OHIP-Edent TT 23 15,09 8,9 23 10,52 7,06 4,57 0,07 0,57

PFIS

Função 17 2,53 1,01 17 0,71 0,85 1,82 <0,001* 1,96

Dor física 17 3,18 1,13 17 0,41 0,71 2,77 <0,001* 2,93

Desc psicológico 17 0,53 0,8 17 0,12 0,33 0,41 0,05* 0,67

Disfunção física 17 1,53 1,28 17 0,00 0,00 1,53 <0,001* 1,69

Disfunção psicológica

17 0,65 0,7 17 0,06 0,24 0,59 <0,001* 1,12

Disfunção social 17 0,35 1 17 0,00 0,00 0,35 0,16 0,50

Incapacidade 17 0,24 0,66 17 0,00 0,00 0,24 0,16 0,50

OHIP-Edent TT 17 8,88 4,03 17 1,29 1,61 7,59 <0,001* 2,47

1. Teste t de Student para amostras emparelhadas.

*Significante ao nível de 5%.

Fonte: Autor (2019)

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

68

Tabela 5 - Qualidade de vida relacionada a saúde oral nos grupos PTC e PFSI, em T11. Natal/RN, 2019.

Variáveis

PTC PFIS

T1-T1 p -

valor Cohen’

d N média Dp N média Dp

T1

Função 23 2,87 1,71 17 0,71 0,85 2,16 <0,001* 1,60

Dor física 23 3,65 2,44 17 0,41 0,71 3,24 <0,001* 1,80

Desc psicológico 23 0,57 0,95 17 0,12 0,33 0,45 0,07 0,63

Disfunção física 23 1,78 1,24 17 0,00 0,00 1,78 <0,001* 2,03

Disfunção psicológica

23 0,65 1,03 17 0,06 0,24 0,59 0,03* 0,79

Disfunção social 23 0,43 0,95 17 0,00 0,00 0,43 0,07 0,65

Incapacidade 23 0,57 1,2 17 0,00 0,00 0,57 <0,001* 0,67

OHIP-Edent TT 23 10,52 7,06 17 1,29 1,61 9,23 <0,001* 1,80

1. Teste t de Student para amostras independentes.

*Significante ao nível de 5%.

Fonte: Autor (2019)

5.3 PERFORMANCE MASTIGATÓRIA

Na tabela 6 estão descritos os dados referentes à performance mastigatória para os

grupos estudados nos tempos T0 e T1. Percebe-se que o X50 médio apresentou um aumento de

0,37 mm no grupo PTC comparando-se as próteses totais novas com as antigas, o que representa

uma diminuição na capacidade do indivíduo em reduzir as partículas do alimento durante a

mastigação. Porém, é importante destacar que essa diferença ficou no limiar de significância (p =

0,049).

No grupo PFIS, o valor do X50 reduziu em 1,80 milímetros (p < 0,001), indicando um

aumento da capacidade mastigatória após a conversão das próteses totais em próteses fixas

implantossuportadas. Somado a isso, o tamanho do efeito do tratamento de acordo com o valor

Cohen’ d foi “muito grande” para o grupo PFIS, demonstrando o grande impacto desse tipo de

reabilitação na mastigação.

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

69

Quando foram comparados os dois tipos de prótese, no tempo T1, a diferença média

observada foi de 3,29 mm (p < 0,001), com um tamanho de efeito considerado “muito grande”

(Cohen’ d = 2,49). Pacientes que tiveram sua prótese total convertida em prótese fixa

implantossuportada com carga imediata apresentaram uma performance mastigatória

significativamente melhor (X50 = 4,76 mm) do que aqueles com próteses totais convencionais

(X50 = 6,76 mm).

Tabela 6 – Comparação entre os grupos PTC e PFIS quanto à performance mastigatória nos tempos T0 e

T1. Natal/RN, 2019.

PTC PFIS

n X50 Dp n X50 Dp p1 Cohen’d

T0 23 6,39 0,83 17 6,56 0,67 0,48

T1 23 6,76 0,38 17 4,76 0,77 < 0,001* 3,29

p2 0,033* < 0,001*

Cohen’ d - 0,57 2,49

Nota: 1 Teste t de Student para amostras independentes. 2 Teste t de Student para amostras emparelhadas.

Fonte: Autor (2019).

5.4 CORRELAÇÃO ENTRE A PERFORMANCE MASTIGATÓRIA E A QUALIDADE DE

VIDA RELACIONADA À SAÚDE ORAL

Na tabela 7 pode ser observada a correlação entre a performance mastigatória (X50) e os

domínios do OHIP-Edent, para ambos os grupos estudados. Observa-se que não houve correlação

estatisticamente significativa entre a performance mastigatória e a qualidade de vida relacionada

à saúde oral nos dois grupos estudados, PTC e PFIS, no tempo T1. No entanto, para o grupo PTC,

no tempo T0, o domínio “desconforto psicológico” apresentou correlação positiva com a

performance mastigatória, indicando que o desconforto psicológico aumentou à medida que o

X50 aumentou, representando uma pior performance mastigatória.

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

70

Tabela 7 – Correlação entre a PM e a qualidade de vida relacionada à saúde oral nos grupos PTC e PFIS

em ambos os tempos de avaliação. Natal/RN, 2019.

Domínios OHIP

Performance mastigatória

PTC PFIS

R Spearman p R Spearman p

T0

Função - 0,06 0,79 0,27 0,29

Dor física - 0,04 0,82 -0,35 0,16

Desconforto psicológico 0,44 0,035* 0,10 0,67

Disfunção física - 0,11 0,60 0,19 0,46

Disfunção psicológica 0,12 0,59 -0,36 0,15

Disfunção social - 0,13 0,54 -0,07 0,79

Incapacidade 0,17 0,45 -0,04 0,88

OHIP total 0,15 0,50 -0,07 0,79

T1 (3 meses)

Função 0,36 0,09 0,09 0,71

Dor física 0,19 0,37 0,35 0,15

Desconforto psicológico -0,07 0,74 0,28 0,27

Disfunção física -0,12 0,58 a

Disfunção psicológica 0,28 0,19 -0,20 0,43

Disfunção social 0,05 0,82 a

Incapacidade 0,03 0,88 a

OHIP Total 0,30 0,16 0,19 0,44

Nota: Caselas contendo a letra “a” indicam ausência de variabilidade dos resultados, com muitos valores iguais a zero, impossibilitando o cálculo da correlação.

Fonte: Autor (2019).

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

71

6 DISCUSSÃO

A hipótese que motivou esse estudo foi investigar se a reabilitação oral

implantossuportada mandibular melhora a performance mastigatória e promove maior impacto

positivo na qualidade de vida do que as próteses totais convencionais, em pacientes

completamente desdentados. Os resultados obtidos validam essa hipótese.

Para confirmação dessa hipótese delineou-se um estudo respeitando critérios

metodológicos, tais como o cálculo do tamanho amostral, homogeneidade da amostra, presença

de um grupo controle, cumprindo assim critérios minímos estabelecidos para ensaios clínicos

dentro das diretrizes do checklist CONSORT (2010). Quanto aos instrumentos de coleta, foram

empregados métodos validados e reproduzíveis: método das tamises com alimento artificial para

a performance mastigatória (OLTHOFF LW et al., 1984; VAN DER BILT et al., 1993;

EBERHARD et al., 2015); e questionário OHIP-Edent (SOUZA et al., 2007), específico para

avaliar o impacto da sáude oral sobre a qualidade de vida em edêntulos, na versão brasileira.

Para realização da avaliação da performance mastigatória observou-se o número de

golpes aplicados e o tipo de alimento teste utilizado, onde o optocal (SLAGTER et al., 1992;

SLAGTER et al., 1993; FONTIJIN-TEKAMP et al., 2000; POCZTARUK et al., 2009) utilizado

é considerado o padrão ouro da literatura e permite a reprodutibilidade do teste respondendo

objetivamente o teste ensaiado. Além disso, foi observado o número de peneiras para obtenção

da granulometria adequada para realização do cálculo do valor do X50. (BONNET et al., 2018).

Estudos encontrados na literatura que buscaram responder a influência do tipo de prótese

na performance mastigatória e na qualidade de vida, constataram uma melhora na qualidade de

vida e na performance mastigatória em usuários de prótese fixa implantossuportada mandibular,

porém, esses estudos tiveram delineamentos diferentes, e utilizaram outros instrumentos para

medir as variáveis estudadas. Vieira et al. (2014), buscaram o índice de satisfação através da

EVA; Apolinário et al. (2017), realizaram estudo retrospectivo buscando a eficiência

mastigatória usando cápsulas colorimétricas; Veyrune et al. (2013) compararam tipos de

alimentos, com amostra de participantes não homogênea; Scala et al. (2012), conduziram estudo

prospectivo com avaliação do perfil de satisfação através do teste (SAT-P). Somado a isso,

outros estudos, apresentaram limitações que interferem na qualidade metodológica,

impossibilitando comparações e a realização de meta-análises.

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

72

No delineamento desse ensaio clínico as variáveis de confusão tais como, sexo, idade,

tempo de edentulismo, tipo de prótese na condição inicial, e altura do rebordo na linha média,

foram analisadas estatisticamente quanto a possível influência nas variáveis de desfechos,

indicando homogeneidade da amostra, assim como as variáveis categóricas gênero e tipo de

prótese na condição inicial. Além disso, a única intervenção que diferenciou as próteses totais

convencionais nos dois grupos estudados, foi a sua “captura”, através dos implantes instalados na

mandíbula, tornando-a uma prótese fixa implantossuportada, o que possibilitou investigar o fator

“retenção”, na diferenciação da performance mastigatória e na qualidade de vida desses

pacientes, sendo a “retenção” uma das principais problemáticas das próteses totais convencionais.

Outro aspecto a ser observado é que, os níveis de significância estatística dessa intervenção foram

apresentados associados aos tamanhos do efeito Cohen’d, informando a magnitude ou

importância de uma diferença de médias entre os grupos. (ESPÍRITO-SANTO; DANIEL, 2015)

Dessa forma os aspectos descritos diferenciam este trabalho em sua qualidade metodológica.

Analisando-se os resultados encontrados no grupo controle, composto por usuários de

próteses totais convencionais, observa-se que após 3 meses de uso das novas próteses, não houve

melhora significativa (p = 0,07) (Cohen’d = 0,57) no que concerne ao impacto da reabilitação oral

sobre a qualidade de vida, conforme visto na tabela 4. Esse resultado pode estar relacionado a

uma certa insatisfação desses pacientes pela ausência de retenção e estabilidade peculiares às

próteses totais convencionais, que repercutem em uma mastigação limitada, a qual foi

evidenciada nesse estudo quando observou-se piora da performance mastigatória após 3 meses de

uso das novas próteses.

Embora estudos prévios tenham encontrado 3 meses como um período suficiente para a

adaptação a novas próteses totais, com um novo padrão de memória muscular dos músculos

mastigatórios, e normalização do fluxo salivar, (ZARB; BOLENDER, 2004; VEYRUNE et al.,

2005; VIOLA et al., 2013; GOIATO et al., 2012) no presente estudo um período de 3 meses

parece não ter sido adequado. Porém, os achados do presente trabalho são corroborados por uma

recente revisão sistemática que concluiu que PTC com dentes montadas com esquema de oclusão

balanceada bilateral, não garante uma melhor performance mastigatória, quando comparado a

outros esquemas oclusais, (LEMOS et al., 2018). Apesar disso, o desconforto psicológico

(Domínio 3 do OHIP-Edent) melhorou significativamente (p < 0,001) (Cohen’d = 1,33) entre os

tempos T0 e T1, o que pode estar relacionado a expectativa e aceitação do paciente em se adaptar

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

73

com as novas próteses (CARLSSON, 1998) e/ou pela satisfação estética com o tratamento

realizado, já que a aparência estética influencia no bem-estar mental, aumentando a auto-estima e

autoconfiança do paciente (GOIATO et al., 2012).

No grupo PFIS uma diferença significativa na pontuação do questionário OHIP-Edent

foi observada entre os tempos T0 e T1 (3 meses) com a conversão da prótese total convencional

em prótese fixa implantossuportada com carga imediata, representando um impacto positivo

estatisticamente significativo na qualidade de vida relacionada à saúde oral (p < 0,001) (Cohen’ d

= 2,47) (tabela 4). Em todos os domínios do OHIP-Edent, a pontuação também diminuiu da

mesma forma. Quanto a mastigação, a retenção da prótese refletiu diretamente na melhoria da

performance mastigatória com valor do X50 reduzido em 1,81 milímetros (p < 0,001), indicando

um aumento da capacidade de trituração do alimento artificial em partículas menores. Scala, et

al., 2012, em um estudo randomizado, onde o grupo controle era a PTC e o grupo teste era PFIS,

constataram elevada satisfação nos dois grupos, porém o grupo PFIS apresentou uma satisfação

mais elevada comparada ao grupo PTC, coincindo em parte, com os achados do presente

trabalho.

Na comparação dos grupos PTC (grupo controle) e do grupo PFIS no tempo T1,

confirma-se o resultado obtido anteriormente, ficando clara a superioridade da prótese fixa

implantossuportada em relação a prótese total convencional nas variáveis estudadas. O OHIP

obtido foi de 1,29 pontos, enquanto que o grupo PTC obteve um valor de 10,52 pontos (p <

0,001), com o acompanhamento dessa redução em todos os domínios, e a performance

mastigatória apresentando uma diferença significativa, quando os grupos foram comparadas ao

grupo da PTC após a intervenção, com uma diferença média de 2,0 mm (p < 0,001). Ficou

evidente que pacientes que tiveram sua prótese total mandibular convertida em prótese fixa

implantossuportada com carga imediata, passaram a mastigar muito melhor (X50 = 4,76 mm),

quando comparado ao grupo PTC (X50 = 6,76 mm) conforme visto na Tabela 6. A melhoria

observada tanto no grupo que teve suas próteses totais convencionais convertidas em próteses

fixas, quanto na comparação com o grupo reabilitado com próteses totais convencionais, está

diretamente relacionada a retenção e estabilidade da prótese adquirida por meio da intervenção,

que favoreceu o aumento das forças oclusais (JEMT; BOOK; KARLSSON, 1993). Resultados

semelhantes foram obtidos por Vieira et al. (2014), através da avaliação pelo índice de satisfação

e da função mastigatória.

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

74

Observou-se na análise pareada do grupo PFIS e na análise entre os grupos PFIS e o

grupo controle PTC a redução estatisticamente significativa nos mesmos domínios: Função,

Disfunção física e Dor física. Isso, provavelmente, porque na transformação da PTC em PFIS

ocorreu a eliminação do contato da base da PTC com as inserções musculares e a mucosa

subjacente, onde encontra-se um osso que pode estar reabsorvido, correspondente a parede

superior do forame mentoniano, resultando em superficialidade do nervo alveolar inferior, além

disso o forame mental no topo da crista alveolar tem sido frequentemente relacionado aos relatos

de uma sensação subjetiva de dor (XIE et al., 1997), dessa forma, possíveis sensações dolorosas

poderiam ocorrer durante o uso da PTC e que provavelmente limitavam as forças oclusais,

reduzindo a capacidade mastigatória, dificultando a homogeneização dos alimentos e

promovendo uma falta de conforto, retenção e estabilidade. (MARCELO-MACHADO et al.,

2017).

Uma correlação entre a performance mastigatória e o Domínio 3 (Desconforto

psicológico), foi observada no tempo T0 do grupo PTC, indicando que a medida que a

performance mastigatória piorava, o desconforto psicológico aumentava, enquanto que no grupo

PFIS não se observou correlação, no entanto, algumas caselas apresentaram valores “zero”

(Tabela 7). Essa ausência de correlação observada, deve ser interpretada com cautela e

considerada a interpretação clínica, não significando necessariamente que não exista uma

correlação entre essas variáveis, pois os valores de escore “ zero” no questionário OHIP-Edent,

correspondem a respostas que representam ausência de desconforto, e nesse caso, essa ausência

de correlação pode apenas significar uma impossibilidade de execução do teste de correlação de

Spearman, pela ausência de variabilidade dos valores obtidos.

Concernente as perdas de seguimento, quatro pacientes deixaram de se beneficiar da

instalação dos implantes com carga imediata, mesmo apresentando condições adequadas

tomograficamente. Provavelmente, essa intercorrência aconteceu em consequência do tamanho e

diâmetro do implante que foi padronizado nesse estudo e que, para esses pacientes, por

apresentarem uma altura e largura mandibular acima da média do grupo, foi insuficiente para

atingir a cortical óssea ideal, sendo esse fator fundamental para atingir a estabilidade primária

requerida (HONG; LIM; PARK, 2012; HSU et al., 2017). Outras perdas também foram

observadas na análise de sobrevivência dos implantes, realizada 3 meses após a instalação das

próteses fixas implantossuportadas, nessa ocasião, foi constatado, em 3 indivíduos, a perda de 1

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

75

implante, sendo que em um indivíduo a PFIS era suportada por 4 implantes e nos outros dois

indivíduos a PFIS era suportada por 3 implantes. Nos casos citados, a tábua óssea vestibular se

encontrava no limite tolerável para instalação de implantes, e em um desses pacientes, a tábua

óssea vestibular chegou a fenestrar durante a cirurgia, em outro paciente houve necessidade de

inclinação do implante lingualmente para possibilitar sua instalação, implicando em alteração de

tensões, fora do eixo axial do implante, e no outro caso, a distribuição dos implantes interforames

não favoreceu a formação de um polígono de sustenção para melhorar a distribuição da força

mastigatória (COSTA et al., 2015). Somado a isso, os implantes perdidos situavam-se distalmente

e eram vizinhos a cantilevers que são mais susceptíveis a forças distais (PEÑARROCHA-OLTRA

D et al., 2014). Dessa forma, pressupõe-se ter ocorrido fenestração da tábua óssea, micro trincas

e micromovimentações, impedindo o processo de osseointegração, por encapsulamento fibroso

dos implantes instalado (GAPSKI et al., 2003; ESPOSITO et al., 2013; TETTAMANTI et al.,

2017).

Por tudo exposto, considera-se que o impacto clínico produzido por essa pesquisa, está

no preenchimento da lacuna existente entre a evidência cientifica e a prática profissional nas

modalidades restauradoras testadas, fundamentadas na percepção do usuário tanto do ponto de

vista estatístico quanto de sua significância clínica através da magnificação do tamanho do efeito

clínico Cohen’d. Assim sendo, a magnitude do efeito da intervenção nos indivíduos usuários de

PTC foi classificada como “muito grande” para a performance mastigatória, e para a qualidade de

vida, quando comparado os dois grupos, o que retrata a relevância da retenção da prótese

mandibular para a melhoria da função mastigatória. Embora, estudos prévios (VIEIRA et al.,

2014), (SCALA et al., 2012) já tenham identificado essa repercussão positiva na mastigação e na

qualidade de vida, utilizando outros instrumentos psicométricos diferentes do presente estudo, a

mensuração da magnitude desse efeito não foi informada, e isto representa um diferencial. Além

disso, a prótese fixa implantossuportada em resina com barra distal utilizada, mostrou-se como

uma opção vantajosa, comparada as próteses totais convencionais, (VIEIRA et al., 2014), sendo

de fácil confecção, com rapidez e custo reduzido quando comparado a próteses com estrutura

metálica que em algumas situações podem não apresentar ausência de passividade e inviabilizar

a instalação do carregamento imediato, principalmente em locais onde não se dispõe de

laboratórios mais sofisticados tecnicamente. Esses fatores tornam essa prótese acessível a

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

76

população usuária das próteses totais convencionais que na maioria das vezes são desfavorecidos

economicamente também.

Como limitações desse estudo está o curto período de acompanhamento, aliado a

subjetividade dos questionários e a possível interferência nas perguntas, pelas condições

socioeconômicas e culturais, além da expectativa do paciente com o tratamento (VIEIRA et al.,

2014), contudo, pacientes mais antigos dessa amostra estão em acompanhamento e permanecem

muito satisfeitos com suas próteses e motivados a reabilitar o arco superior da mesma forma.

Uma outra limitação é a falta de randomização, no entanto observa-se que muitos

estudos mostram abandono das pesquisas por alguns pacientes que não se sentem satisfeitos com

o grupo a qual foram alocados, ou que respondem aos questionários de uma forma que não

corresponda a realidade, originando o viés de preferência de tratamento (FEINE; AWAD; LUND,

1998).

Entre as perspectivas futuras está o acompanhamento em longo prazo dessas próteses

convertidas, observando possíveis intercorrências mecânicas e biológicas através da observação

da saúde periimplantar e manutenção da integridade da prótese.

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

77

7 CONCLUSÃO

A conversão da prótese total convencional em prótese fixa implantossuportada impactou

positivamente na qualidade de vida e na performance mastigatória dos usuários.

A magnitude do efeito da intervenção foi “muito grande” na qualidade de vida e na

performance mastigatória dos pacientes que converteram as próteses totais convencionais

em próteses fixas implantossuportadas.

Nos usuários de prótese total convencional, que tiveram suas próteses substituídas por

próteses totais convencionais não houve impacto positivo na qualidade de vida e na

performance mastigatória. O desconforto psicológico foi correlacionado à performance

mastigatória deficiente na condição inicial.

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

78

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Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

87

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Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

88

APÊNDICES

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

89

APÊNDICE A

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Este é um convite para você participar da pesquisa “Avaliação clínica e

radiográfica da sobrevida dos implantes, condições dos tecidos periimplantares e de

condições associadas à efetividade do tratamento em pacientes reabilitados com

prótese total fixa mandibular” PERFORMANCE MASTIGATÓRIA E IMPACTO

DA SAÚDE ORAL NA QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTES REABILITADOS

COM PRÓTESE FIXA IMPLANTOSSUPORTADA que é coordenada pela Professora

Doutora Adriana da Fonte Porto Carreiro.

Sua participação é voluntária, o que significa que você poderá desistir a qualquer

momento, retirando seu consentimento, sem que isso lhe traga nenhum prejuízo ou

penalidade. As informações obtidas de cada participante são confidenciais e somente serão

usadas com propósito científico, sem divulgar o nome do participante. O pesquisador, os

demais participantes dessa pesquisa e o Comitê de Ética em Pesquisa da UFRN terão

acesso aos arquivos dos participantes, sem, contudo, violar a confidencialidade, usando, se

necessário, um apelido ou pseudônimo, sem divulgar seu nome verdadeiro.

É bastante comum, após a colocação da dentadura, o paciente reclamar que a mesma

está machucando, que não apresenta estabilidade e não consegue se alimentar com ela. A

finalidade dessa pesquisa é avaliar os benefícios do tratamento com prótese total fixa sobre

implantes, buscando descobrir se esta oferece maior conforto e satisfação ao paciente e se

os implantes apresentam função satisfatória. Caso decida aceitar o convite, você será

submetido(a) aos procedimentos de instalação dos implantes e confecção das dentaduras

que ficam fixas sobre esses parafusos fixados no osso. Não há garantia que o implante

permanecerá estável no osso por toda vida e em uma pequena porcentagem dos casos, o

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA

Departamento de Odontologia – CCS/UFRN

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

90

implante poderá ser perdido. As cirurgias para colocação de implantes osseointegrados

podem causar dor, inchaço, área arroxeada e eventualmente ocasionar infecção, entretanto

todas essas situações podem ser controladas com uso de remédios e cuidados locais.

Você terá os seguintes benefícios ao participar da pesquisa: será reabilitado com

dentaduras superior e inferior confeccionadas de acordo como padrão estabelecido pela

disciplina de prótese da UFRN e possuirá um acompanhamento para verificação da

adaptação e controle das dentaduras.

Todas as informações obtidas serão sigilosas e seu nome não será identificado em

nenhum momento. Os dados serão guardados em local seguro e a divulgação dos resultados

será feita de forma a não identificar os voluntários.

Se você tiver algum gasto comprovado por meio de documentos que seja devido à

sua única e exclusiva participação na presente pesquisa em que tenha se deslocado até o

local de desenvolvimento da mesma e não tiver atendimento, você será ressarcido, caso

solicite.

Em qualquer momento, se você sofrer algum dano comprovadamente decorrente

desta pesquisa, você terá direito a indenização conforme previsto em lei.

Você ficará com uma cópia deste Termo e toda a dúvida que você tiver a respeito

desta pesquisa, poderá perguntar diretamente para Doutora Adriana da Fonte no endereço:

Departamento de Odontologia da UFRN – Av. Salgado Filho,1787- CEP:59056-000,

Lagoa Nova – Natal/RN.

Dúvidas a respeito da ética dessa pesquisa poderão ser questionadas ao Comitê de

Ética em Pesquisa do Hospital Universitário Onofre Lopes (CEP-HUOL) no endereço:

Avenida Nilo Peçanha 620, Petrópolis, Natal-RN, CEP 59012-300. Natal/RN ou pelo

telefone (84)3342 5003.

Consentimento Livre e Esclarecido

Declaro que compreendi os objetivos desta pesquisa, como ela será realizada, os riscos e

benefícios envolvidos e concordo em participar voluntariamente da pesquisa “Avaliação clínica e

radiográfica da sobrevida dos implantes, condições dos tecidos periimplantares e de condições

associadas à efetividade do tratamento em pacientes reabilitados com prótese total fixa

mandibular”. PERFORMANCE MASTIGATÓRIA, E IMPACTO DA SAÚDE ORAL NA

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

91

QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTES REABILITADOS COM PRÓTESE

IMPLANTOSSUPORTADA.

Autorizo a publicação do referido trabalho, de forma escrita, fotografias e resultados

de exames. Concedo também o direito de retenção e uso para fins de ensino e divulgação

em jornais e/ou revistas científicas do país e do estrangeiro, desde que mantido o sigilo

sobre minha identidade. Autorizo a Faculdade de odontologia – UFRN, por intermédio de

seus alunos e profissionais devidamente assistidos e orientados por seus professores, a

executarem o tratamento odontológico, de acordo com o planejamento proposto, qual me

foi explicado, compreendi e foi, por mim, aprovado. Estou ciente que nada tenho a exigir a

título de indenização pela minha participação na pesquisa, que deverá ser livre e

espontânea. Natal, ___ de____________ de _______ Participante da

pesquisa:

Nome:___________________________________________________

Assinatura:_______________________________________________

Pesquisador responsável: Doutora Adriana da Fonte Porto Carreiro

Departamento de Odontologia da UFRN - Av. Salgado Filho,1787- CEP:59056-000, Lagoa Nova – RN, telefone

(84) 3215-4104. Assinatura:

Comitê de ética e Pesquisa da UFRN. UFRN-Praça do Campus Universitário, Lagoa Nova.

Caixa Postal 1666, CEP 59072-970 Natal/RN telefone (84) 3215-3135.

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

92

APÊNDICE B

TERMO DE CIÊNCIA E RESPONSABILIDADE

1 – A assiduidade e pontualidade do paciente são fundamentais para a conclusão do

tratamento. Assim sendo:

1.1 – Em caso de problemas de qualquer ordem que impeçam o comparecimento à

sessão clínica, avisar com antecedência de 24 horas ao aluno para que o mesmo possa

atender outro paciente.

1.2 - A falta sem justificativa, implicará no desligamento do paciente do sistema de

atendimento da

clínica.

1.3 – A tolerância máxima permitida, em relação ao horário de atendimento, é de 15

(quinze minutos).

2 – Os casos clínicos de interesse didático poderão ser registrados, inclusive com

fotografia, resguardando a identidade do paciente.

3 – Em caso de acidente pérfuro-cortante, comprometo-me a seguir todas as normas de

prevenção de contágios, permitindo a realização de exames laboratoriais que se fizerem

necessários.

4 – O projeto também tem a finalidade de ensino e pesquisa e apresenta grande demanda

de pacientes. Por isso, o serviço é lento e é necessário que tenha paciência para aguardar a

sua vez. Além disso, a reabilitação com implantes é um tratamento de alta complexidade e

que envolve cirurgia e prótese, o que torna o tratamento mais complexo e lento.

5 – Os pagamentos referentes aos tratamentos com implantes executados no

Departamento de Odontologia da UFRN são relativos a compra de implantes, componentes

protéticos e aos trabalhos executados por técnicos em prótese dentária em laboratórios

particulares, sendo esse o motivo do pagamento. O tratamento odontológico executado na

UFRN não tem custo nenhum para o paciente. Os pagamentos dos implantes e

componentes protéticos deverão ser realizados diretamente nas empresas e dos trabalhos

laboratoriais direto nos laboratórios.

6 – Em reabilitação sobre implantes existe sempre a possibilidade do implante não

osseointegrar ou de precisar substituir algum componente da prótese. Se houver a

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

93

necessidade de alguma repetição no processo ou até mesmo a repetição de todo o trabalho

terei que arcar novamente com os custos.

– Estando consciente de que serei atendido por profissionais/alunos deste curso e que,

após esclarecido sobre o tratamento a ser realizado e dos riscos relativos ao mesmo,

aceito o que me for indicado, responsabilizando-me pelo que possa ocorrer durante o

referido tratamento.

Natal/RN, ___ / ___ / ____

____________________________________

Paciente ou responsável

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

94

APÊNDICE C

PESQUISA: Avaliação clínica e radiográfica da sobrevida dos implantes, condições dos

tecidos periimplantares e de condições associadas à efetividade do tratamento em

pacientes reabilitados com prótese total fixa mandibular PERFORMANCE

MASTIGATÓRIA E IMPACTO DA SAÚDE ORAL NA QUALIDADE DE VIDA

EM PACIENTES REABILITADOS COM PRÓTESE FIXA

IMPLANTOSSUPORTADA

ALUNO(S): ______________________________________________________________

EXAME INICIAL: ___/___/___ TRATAMENTO C ONCLUÍDO: ___/___/___

NOME IDADE

DATA DE NASCIMENTO SEXO PROFISSÃO

ENDEREÇO RESIDENCIAL FONE RESIDENCIAL

ENDEREÇO DO TRABALHO FONE TRABALHO

CELULAR CART. IDENTIDADE C.P.F.

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95

GRUPO DE

TRATAMENTO

Grupo 1 ( )

Grupo 2 ( )

GRAU DE

ESCOLARIDADE

( ) Analfabeto

( ) Ensino fundamental I

( ) Ensino fundamental II

( ) Ensino Médio( ) Ensino

Superior

( ) NÃO SABE

( ) SEM RESPOSTA

COR

( ) Branco

( ) Pardo

( ) Negro

( ) Índegena

( ) NÃO SABE

( ) SEM RESPOSTA

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

96

ANAMNESE

QUEIXA PRINCIPAL:

1 – Já teve epilepsia? SIM ( ) NÃO( )

2 – Sofre de Parkinson? SIM ( ) NÃO ( )

3 – No momento se encontra sobre algum tratamento médico de qualquer natureza? SIM ( ) NÃO ( )

Em caso afirmativo, por qual motivo?______________________________________________________

4 – Está tomando alguma medicação no momento? SIM ( ) NÃO ( )

Em caso afirmativo, qual?_______________________________________________________________

5 – Já sofreu de alguma doença grave? SIM ( ) NÃO ( )

Em caso afirmativo, qual? ______________________________________________________________

6 – Já foi operado (a) alguma vez? SIM ( ) NÃO ( )

Em caso afirmativo, de que foi operado? Qual tipo de anestesia usada? Teve alguma reação à

anestesia?___________________________________________________________________________

7 – Já foi prevenido por algum médico de ser portador de doença cardíaca?

SIM ( ) NÃO ( )

Em caso afirmativo, qual doença? Ela se encontra controlada?

___________________________________________________________________________________

8 – Sente o coração bater muito rapidamente (palpitações)?

SIM ( ) NÃO ( )

9 – Costuma ter pernas, pés e olhos inchados?

SIM ( ) NÃO ( )

10 – Sente falta de ar?

SIM ( ) NÃO ( )

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

97

11 – Já fez algum exame para verificação de sífilis?

SIM ( ) NÃO ( )

Em caso afirmativo, qual o resultado? POSITIVO ( ) NEGATIVO ( )

12 – Está grávida no momento? SIM ( ) NÃO ( )

13 – Existe algum caso de diabetes, tuberculose e câncer na família? SIM ( ) NÃO ( )

Em caso afirmativo, qual doença e grau de parentesco?________________________________________

14 – É alérgico a alguma medicação? SIM ( ) NÃO ( )

Qual?________________________________________________________________________________

15 – Já tomou anestesia local para tratar ou extrair dentes?

SIM ( ) NÃO ( )

Em caso afirmativo, sentiu alguma reação à anestesia?

SIM ( ) NÃO ( )

16 – Já tomou radioterapia? SIM ( ) NÃO ( )

17 – Já sofreu ou sofre de Osteoporose? SIM ( ) NÃO ( )

18 – Alguém na família sofre de Osteoporose? SIM ( ) NÃO ( )

19 - Possui algum hábito nocivo? ? SIM ( NÃO ( )

Qual?_________________________________________________________________________________

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

98

Consumo de álcool ( ) SIM ( ) NÃO ( ) NS ( ) NR

Quantidade ( ) NS ( ) NR

Há quanto tempo? ( ) NS ( ) NR

Tipo ( ) Cerveja ( ) Vinho ( ) Destilada ( ) Mais de uma opção

Frequência

( ) Diariamente ( ) Pelo menos uma vez por semana

( ) Nunca

( ) Duas ou três vezes na semana

( ) Mais de três vezes na semana

( ) Ex – alcoolista

Tabagismo, se SIM, qual(is)? ( ) SIM ( ) NÃO ( ) NS ( ) NR

( ) Cigarro

( ) Fumo de rolo

( ) Cachimbo

( ) Mascar fumo

( ) Charuto

( ) Outros: ___________

Frequência

( ) Pelo menos 1 vez/ dia

( ) 2 a 3 vezes/ dia

( ) 4 a 10 vezes/ dia

( ) 11 a 20 vezes/ dia

( ) > de 20 vezes/ dia

Ex-fumante ( ) SIM ( ) NÃO ( ) NS ( ) NR

Quanto tempo deixou de fumar?

20 – Você tem algum outro problema de saúde que julgue importante dizer? SIM( ) NÃO ( ) Em caso

afirmativo, qual problema?______________________________________________________________

Declaro que o respondido acima é verdadeiro.

Natal, _____ de _________________ de 20___

______________________________________

Assinatura do paciente ou responsável

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implantossuportada com carga imediata

99

HISTÓRIA DENTÁRIA

1 – Há quanto tempo perdeu os dentes?

Maxila:____________ Mandíbula: ____________

2 – Quantas e quais próteses já usou?

Maxila: ___________ Mandíbula:_____________

3 – As próteses eram feitas por dentista? SIM ( ) NÃO ( )

4 – Reação às próteses: FAVORÁVEL ( ) DESFAVORÁVEL ( )

5 – Grau de Higiene das próteses atuais: BOM ( ) MÉDIO ( ) RUIM ( )

6 – A(s) prótese(s) possui(em): RETENÇÃO ( ) ESTABILIDADE ( )

7 – Como limpa a(s) prótese(s)? ______________________________________________________

8 – Como limpa a boca? ____________________________________________________________

9 – Dorme com a(s) prótese(s)? SIM ( ) NÃO ( )

10 – Motivo para o tratamento: FUNCIONAL ( ) ESTÉTICO ( )

11 Condição Psicológica segundo FOX:

RECEPTIVO ( ) CÉPTICO ( ) INDIFERENTE ( ) HISTÉRICO ( )

Articulações têmporo-mandibulares:

a) Ruídos articulares: AUSENTE ( ) ESTALIDO ( ) CREPTAÇÃO ( )

b) Movimentos mandibulares : NORMAIS ( ) ALTERADOS ( )

c) Sintomas relacionados aos músculos do sistema estomatognático:

FADIGA ( ) DOR À PALPAÇÃO ( ) DOR-FUNÇÕES ( ) CEFALÉIA ( )

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

100

1 – Classificação de perfil mole:

CONVEXO ( ) CÔNCAVO ( )

2 – Perfil do terço inferior da face:

NORMAL ( ) PROGNÁTICO ( ) RETROGNÁTICO ( )

3 – Forma do Rosto:

OVÓIDE ( ) RETANGULAR ( ) TRIANGULAR ( )

4 – Oclusão:

a) Alteração da Dimensão vertical: SIM ( ) NÃO ( )

Em caso afirmativo, de quanto? ____________________________________________________________

b) Alteração das curvas oclusais: SIM ( ) NÃO ( )

Espaço funcional livre: _____

Prótese utilizada pelo paciente: ( ) Superior ( ) Inferior

Data da instalação:__________

( ) Realizada na Faculdade de Odontologia UFRN

( ) Realizada por CD

( ) Realizada por TPD

( ) Ausência de próteses

Qualidade da prótese utilizada:

( ) Não apresenta-se deficiente

Deficiência: ( ) estética ( ) funcional

EXAME FÍSICO EXTRA BUCAL

EXAME FÍSICO INTRA BUCAL

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

101

Rebordo alveolar:

Altura Conformação do rebordo

Maxila Mandíbula Maxila Mandíbula

Baixo

Médio

Alto

Baixo

Médio

Alto

Forma de U

Forma de V

Laminar

Forma de U

Forma de V

Laminar

Fribromucosa: ( ) Normal ( ) Patológica___________________________

Consistência:

MAXILA

Flácida Resiliente Rígida Mista

MANDÍBULA:

Flácida Resiliente Rígida Mista

Necessita nova prótese

SIM ( ) NÃO ( )

PRÓTESE TOTAL

Data de início: ____/____/____ Data da instalação: ____/____/____

Dentes de Acrílico:

Modelo:_______________ Tipo:____________ Marca:_________________ Cor: _______

Laboratório:______________________________ ____/____/____

Declaro que concordei com a cor escolhida para os dentes artificiais, bem como que estou de acordo com a

estética das futuras próteses vista na fase da prova dos dentes em cera.

________________________________________________________________________________

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

102

Cor da gengiva (escala STG): ___________________________

1o Controle: ( ) Satisfeito ( )insatisfeito

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

Data: _____/____/_______ Assinatura: ____________________________

2o Controle: ( ) Satisfeito ( )insatisfeito

_______________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________

Data: _____/____/_______ Assinatura: ____________________________

Termo de ciência:

Declaro ter recebido as próteses devidamente planejadas para minha situação clínica, e que recebi orientações

sobre como higienizá-las e conservá-las. Declaro ainda que fui esclarecido(a) das limitações do resultado do

meu tratamento.

Assinatura: ____________________________

1. Paciente encaminhado para tratamento prévio a instalação dos implantes Qual?

__________________________________________________________________

2. Paciente encaminhado para exames complementares:

Radiografia panorâmica Tomografia computadorizada

Tomografia linear Hemograma completo

Fosfatase alcalina Outros:___________________________

3. Paciente encaminhado para avaliação médica

OBS.:_____________________________________________________________________

_________________________________________________________________________

PLANEJAMENTO

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

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103

4. Seleção dos implantes

Hexágono externo _____________________ Cone Morse _____________________

Diâmetro: __________________________ Comprimento: __________________________

Componentes protéticos:

________________________________________________________________________

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

104

FASE CIRÚRGICA

Etiquetas dos implantes :

Observações:___________________________________________________________________________________

Carga Imediata: ( ) sim ( ) não

Travamento do Implante 1:__________________________

Travamento do Implante 2:__________________________

Travamento do Implante 3:__________________________

Travamento do Implante 4:__________________________

Travamento do Implante 5:__________________________

Medicação pré-operatória: Sim Não

Qual?________________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________________

Medicação pós-operatória: Sim Não

Qual?________________________________________________________________________________________

Complicações trans-operatórias Qualidade óssea

Lesão do canal mandibular

Nenhuma

Outras ________________

D1 D2 D3 D4

Complicações pós-operatórias

Nenhuma

Infecção primária da ferida

Infecção secundária da ferida

Perfuração da mucosa

Outras________________

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

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105

FASE PROTÉTICA

Prótese Definitiva: _______ Tempo de uso das próteses totais: _______ Componentes de moldagem: _______

Intermediários: Tipo: ______________ Altura: _____________ Posição: ______________

Tipo: ______________ Altura: _____________ Posição: ______________

Componentes utilizados:

Cilindros: __________________________________________________________________________________

Parafusos: ______________________________________________________________________________

Tempo após a cirurgia da instalação da Prótese sobre implantes: ____________________________________

Confecção da barra metálica:________________________________________________________________

Necessitou seccionar a barra? : Não Sim

Em caso de resposta positiva, quantas vezes?____________________________________________________

Dentes de Acrílico:

Modelo:_______________ Tipo: _______________ Marca: _______________ Cor: _______________

Laboratório:_____________________________________________________________________________

Declaro que concordei com a cor escolhida para os dentes artificiais, bem como que estou de acordo com a estética

das futuras próteses vista na fase da prova dos dentes em cera.

____________________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________

Cor da gengiva (escala STG): ___________________________

Termo de ciência:

Declaro ter recebido as próteses devidamente planejadas para minha situação clínica, e que recebi orientações

sobre como higienizá-las e conservá-las. Declaro ainda que fui esclarecido(a) das limitações do resultado do meu

tratamento.

Assinatura: ____________________________

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

106

AVALIAÇÃO DO PACIENTE COM A CONDIÇÃO ANTIGA – ANTES DE FAZER PRÓTESES TOTAIS NOVAS

Possui Dentes remanescentes? ( ) Sim ( ) Não Quais?______________________

Usa Prótese superior? ( ) Sim ( ) Não

A prótese superior é: ( ) Total ( ) Parcial removível

Usa Prótese inferior? ( ) Sim ( ) Não

A prótese inferior é: ( ) Total ( ) Parcial removível

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

107

T0

AVALIAÇÃO INICIAL – ANTES DA REABILITAÇÃO COM PRÓTESES TOTAIS CONVENCIONAIS

PERFORMANCE MASTIGATÓRIA

DATA VALOR

5.6

4.0

2.8

2.0

1.4

1.0

710

500

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

108

DATA: ____/_____/______ VALOR

5.6

4.0

2.8

2.0

1.4

1.0

710

500

AVALIAÇÃO 3 MESES DEPOIS DA REABILITAÇÃO COM PRÓTESES TOTAIS CONVENCIONAIS

PERFORMANCE MASTIGATÓRIA

T 1

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

109

PROCEDIMENTOS CLÍNICOS

DATA PROCEDIMENTO PROFESSOR PACIENTE

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

110

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

111

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

112

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

113

T0

ANTES DA REABILITAÇÃO IMPLANTOSSUPORTADA – Com PTCs Novas

PERFORMANCE MASTIGATÓRIA

DATA VALOR

5.6

4.0

2.8

2.0

1.4

1.0

710

500

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

114

DATA: ____/_____/______ VALOR

5.6

4.0

2.8

2.0

1.4

1.0

710

500

3 MESES DEPOIS DA REABILITAÇÃO COM PRÓTESES FIXAS IMPLANTOSSUPORTADAS

PERFORMANCE MASTIGATÓRIA

T 1

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

115

AVALIAÇÃO DA PERDA ÓSSEA MARGINAL

Carga imediata: ( ) Sim ( ) Não

Fazer radiografias periapicais nos implantes

*Os implantes são numerados de em sequência numérica de 1 a 4 sendo o primeiro implante

localizado no terceiro quadrante da mandíbula.

Os quesitos da tabela abaixo devem ser respondidos com as respostas: presente ou ausente.

Implante Mobilidade Radiolucidez

periimplantar

Dor Infecção

1

2

3

4

5

Após exame clínico e radiográfico do paciente existe neuropatias, parestesia ou violação do

canal mandibular? ( )Sim ( )Não

Análise do nível ósseo marginal ao redor dos implantes

Implante Distância, em milímetros, da plataforma do implante a crista óssea

marginal

Lado direito DO IMPLANTE Lado esquerdo DO IMPLANTE

1

2

3

4

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

116

EXTENSÃO DO CANTILÉVER

Medição, em milímetros (mm), com compasso de pontas secas, pela superfície basal da

prótese, da distância que corresponde à face distal do espaço que acomoda o ultimo

implante até o final do cantiléver (Figura 1).

Figura 1 – Aferição da extensão dos cantiléver direito e esquerdo na prótese fixa implantossuportada inferior

Comprimento, em milímetros.

Lado direito Lado esquerdo

Cantiléver

1. Perda óssea na região posterior (radiografia panorâmica)

Implante Medidas verticais (mm) obtidas em três distâncias pré-definidas a partir

do centro do último implante de cada lado

Lado direito Lado esquerdo

Medida em 5 mm

Medida em 10 mm

Medida em 15 mm

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

117

PRESENÇA DE CÁLCULO DA BASE DA PRÓTESE

SIM ( ) NÃO ( )

( ) Quantidade ABUNDANTE ( ) Quantidade MODERADA ( ) Quantidade REDUZIDA

PRESENÇA DE CÁLCULO DA BARRA (PARA SOBREDENTADURAS)

SIM ( ) NÃO ( )

( ) Quantidade ABUNDANTE ( ) Quantidade MODERADA ( ) Quantidade REDUZIDA

Presença de Biofilme

0 – Biofilme não detectado. 1 – Biofilme detectado em toda superfície lisa marginal do implante. 2 – Biofilme pode ser visto a olho nu. 3 – Abundante quantidade de biofilme.

No implante

implante Face= índice Face= índice Face= índice Face= índice

1 V L M D

2 V L M D

3 V L M D

4 V L M D

5 V L M D

No minipilar

implante Face= índice Face= índice Face= índice Face= índice

1 V L M D

2 V L M D

3 V L M D

4 V L M D

5 V L M D

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

118

Índice de Sangramento

0 – Sem sangramento quando se usa uma sonda periodontal. 1 – Sangramento isolado local visível. 2– Linha vermelha do fluxo de sangue em conjunto ao longo da margem da mucosa, luxuosas.

3 – Hemorragia intensa.

implante Face= índice Face= índice Face= índice Face= índice

1 V L M D

2 V L M D

3 V L M D

4 V L M D

5 V L M D

Grau de inflamação periimplantar

0 – Mucosa periimplantar normal. 1 – Inflamação leve, ligeira alteração de cor, edema leve. 2 – Inflamação moderada, vermelhidão, edema. 3 – Inflamação severa, vermelhidão acentuada, edema, ulceração.

implante Face= índice Face= índice Face= índice Face= índice

1 V L M D

2 V L M D

3 V L M D

4 V L M D

5 V L M D

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

119

Faixa de mucosa ceratinizada (mm)

implante Face= índice Face= índice

1 V L

2 V L

3 V L

4 V L

5 V L

Nível da margem da mucosa (mm)

*distância entre a mucosa periimplantar e a cinta do minipilar. Valores positivos – a margem

coronal ao mini pilar; Valores negativos - a margem apical ao mini pilar.

implante Face= índice Face= índice Face= índice Face= índice

1 V L M D

2 V L M D

3 V L M D

4 V L M D

5 V L M D

Profundidade do sulco periimplantar

implante Face= índice Face= índice Face= índice Face= índice

1 V L M D

2 V L M D

3 V L M D

4 V L M D

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

120

5 V L M D

COMPLICAÇÕES RELACIONADAS À PRÓTESES IMPLANTOSSUPORTADAS

NOME IDADE

DATA DE NASCIMENTO SEXO PROFISSÃO

CELULAR

Grupo: ( ) Sobredentadura ( ) Total fixa

Data: ___/___/______ Tipo de

Complicação:

Aluno: __________________________

PRÓTESE

MINIPILAR

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

121

IMPLANTE

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

122

ANEXOS

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

123

ANEXO A

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

124

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

125

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

126

ANEXO B

AVALIAÇÃO DO IMPACTO DAS PRÓTESES NA QUALIDADE DE VIDA DOS

USUÁRIOS

OHIP – EDENT simplificado

LIMITAÇÃO FUNCIONAL

1. Você sentiu dificuldade para mastigar algum alimento devido a problemas com seus

dentes, boca ou dentaduras? ( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Quase sempre

2. Você percebeu que seus dentes ou dentaduras retinham alimento? ( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Quase sempre

3.Você sentiu que suas dentaduras não estavam corretamente assentadas?

( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Quase sempre

DOR FÍSICA

4. Você sentiu sua boca dolorida? ( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Quase sempre

5. Você sentiu desconforto ao comer devido a problemas com seus dentes, boca ou dentaduras? ( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Quase sempre 6. Você teve pontos

doloridos na boca? ( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Quase sempre

7. Suas dentaduras estavam desconfortáveis?

( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Quase sempre

DESCONFORTO PSICOLÓGICO

8. Você se sentiu preocupado(a) devido a problemas dentários? ( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Quase sempre

9. Você se sentiu constrangido por causa de seus dentes, boca ou dentaduras? ( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Quase sempre

Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa

implantossuportada com carga imediata

127

DISFUNÇÃO FÍSICA

10. Você teve que evitar comer alguma coisa devido a problemas com seus dentes, boca

ou dentaduras? ( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Quase sempre

11. Você se sentiu impossibilitado(a) de comer com suas dentaduras devido a problemas

com elas? ( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Quase sempre

12. Você teve que interromper suas refeições devido a problemas com seus dentes, boca

ou dentaduras? ( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Quase sempre

DISFUNÇÃO PSICOLÓGICA

13. Você se sentiu perturbado(a) com problemas com seus dentes, boca ou dentaduras? ( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Quase sempre

14. Você esteve em alguma situação embaraçosa devido a problemas com seus dentes,

boca ou dentaduras? ( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Quase sempre

DISFUNÇÃO SOCIAL

15. Você evitou sair de casa devido a problemas com seus dentes, boca ou dentaduras? ( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Quase sempre

16. Você foi menos tolerante com seu cônjuge ou família devido a problemas com seus

dentes, boca ou dentaduras? ( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Quase sempre

17. Você esteve um pouco irritado(a) com outras pessoas devido a problemas com seus

dentes, boca ou dentaduras? ( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Quase sempre

INCAPACIDADE

18. Você foi incapaz de aproveitar totalmente a companhia de outras pessoas devido a

problemas com seus dentes, boca ou dentaduras? ( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Quase sempre

19. Você sentiu que a vida em geral foi menos satisfatória devido a problemas com seus

dentes, boca ou dentaduras? ( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Quase sempre