MARCHA CONTRA AS REFORMAS -...

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18 a 30/05/2017 ANO XXXII - Nº 256 Avançar juntos na luta GESTÃO: 2014 / 2017 Milhares de bancários e outros trabalhadores estarão em Brasília nos próximos dias para uma vigorosa mo- bilização contra as reformas trabalhis- ta e da Previdência, que serão votadas na Câmara e no Senado. O movimen- to, organizado pela CUT e demais cen- trais sindicais, pretende reunir 100 mil pessoas na capital federal, visando pressionar os parlamentares para que rejeitem as propostas que roubam di- reitos do povo brasileiro. Os bancários de Alagoas esta- rão na linha de frente dessa marcha, cuja concentração máxima está pre- vista para quarta-feira (24/05). Direto- res do Sindicato já foram destacados para a importante tarefa, que reunirá ainda outros dirigentes sindicais de Alagoas e do país. A participação dos bancários na ocupação de Brasília também é uma orientação do Coman- do Nacional da categoria, que esteve reunido terça-feira (16/05) em Brasília. Trabalhadores ocuparão Brasília contra o roubo de direitos Algumas atividades para pres- sionar os parlamentares já vêm sendo realizadas em âmbito nacional, como manifestações em aeroportos, visitas aos gabinetes dos deputados e sena- dores, envio de e-mails para as lide- ranças partidárias e a divulgação dos traidores que apoiam tais reformas. Somadas a pressão da última Greve Geral , realizada em 28 de abril, essas iniciativas estão dando resultado, por- que vários parlamentares estão inco- modados, preocupando-se com a re- percussão das mobilizações em suas bases eleitorais. “Isso fortalece a nossa luta e a esperança de mudar os votos que pre- cisamos para reverter o roubo de direi- tos”, observa o presidente do Sindica- to, Jairo França. Ele lembra que após a Marcha à Brasília as centrais sindicais e os movimentos sociais voltarão a se reunir para programar uma nova greve geral, que poderá ser de dois dias. MARCHA CONTRA AS REFORMAS 1º de Maio foi de resistência Após a histórica Greve Geral do dia 28 de abril, que mobilizou mais de 40 milhões de trabalhadores no país, a população voltou às ruas no Dia do Trabalhador (1º de Maio) para mais um enfrentamento às reformas golpistas do governo Temer. Em Maceió houve ato público e caminhada na orla marítima, com a participação do Sindicato e de diversos bancários (Saiba mais na página 3) CONTRA A TERCEIRIZAÇÃO CONTRA A DESTRUIÇÃO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL CONTRA A DESTRUIÇÃO DA CLT CONTRA O DESMONTE DOS BANCOS PÚBLICOS CONTRA O CORTE DOS GASTOS SOCIAIS Bancários e diversas outras categorias voltarão à Brasília para pressionar os parlamentares

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18 a 30/05/2017ANO XXXII - Nº 256

Avançar juntos na lutaGESTÃO: 2014 / 2017

Milhares de bancários e outros trabalhadores estarão em Brasília nos próximos dias para uma vigorosa mo-bilização contra as reformas trabalhis-ta e da Previdência, que serão votadas na Câmara e no Senado. O movimen-to, organizado pela CUT e demais cen-trais sindicais, pretende reunir 100 mil pessoas na capital federal, visando pressionar os parlamentares para que rejeitem as propostas que roubam di-reitos do povo brasileiro.

Os bancários de Alagoas esta-rão na linha de frente dessa marcha, cuja concentração máxima está pre-vista para quarta-feira (24/05). Direto-res do Sindicato já foram destacados para a importante tarefa, que reunirá ainda outros dirigentes sindicais de Alagoas e do país. A participação dos bancários na ocupação de Brasília também é uma orientação do Coman-do Nacional da categoria, que esteve reunido terça-feira (16/05) em Brasília.

Trabalhadoresocuparão Brasília

contra o roubode direitos

Algumas atividades para pres-sionar os parlamentares já vêm sendo realizadas em âmbito nacional, como manifestações em aeroportos, visitas aos gabinetes dos deputados e sena-dores, envio de e-mails para as lide-ranças partidárias e a divulgação dos traidores que apoiam tais reformas. Somadas a pressão da última Greve Geral , realizada em 28 de abril, essas iniciativas estão dando resultado, por-que vários parlamentares estão inco-modados, preocupando-se com a re-percussão das mobilizações em suas bases eleitorais.

“Isso fortalece a nossa luta e a esperança de mudar os votos que pre-cisamos para reverter o roubo de direi-tos”, observa o presidente do Sindica-to, Jairo França. Ele lembra que após a Marcha à Brasília as centrais sindicais e os movimentos sociais voltarão a se reunir para programar uma nova greve geral, que poderá ser de dois dias.

MARCHA CONTRA AS REFORMAS

1º de Maio foi de resistência Após a histórica Greve Geral do dia 28 de abril, que mobilizou maisde 40 milhões de trabalhadores no país, a população voltou às ruasno Dia do Trabalhador (1º de Maio) para mais um enfrentamento às

reformas golpistas do governo Temer. Em Maceió houve ato público e caminhada na orla marítima, com a participação do Sindicato e de

diversos bancários (Saiba mais na página 3)

CONTRAA TERCEIRIZAÇÃO

CONTRA A DESTRUIÇÃODA PREVIDÊNCIA SOCIAL

CONTRA

A DESTRUIÇÃO

DA CLT

CONTRA ODESMONTE DOS

BANCOS PÚBLICOS

CONTRA O CORTE

DOS GASTOS

SOCIAIS

Bancários e diversas outras categorias voltarão à Brasília para pressionar os parlamentares

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Apesar das pressões vindas da diretoria e de outros setores adminis-trativos da Caixa, os funcionários da empresa não se intimidaram e deram grande exemplo de unidade e comba-tividade na greve geral do dia 28.

Em Alagoas, companheiros da capital e do interior, que fecharam as agências es-pontaneamente, fizeram questão de registrar o momento e compartilhar com os demais bancários (veja fotos).

O Sindicato fez valer no sertão alagoano a vontade geral da classe trabalhadora no dia da Greve Geral. Em Batalha, todas as agencias ban-carias ficaram fechadas em protesto contra as reformas do governo ilegí-timo de Michel Temer. Um ato popular, organizado em parceria com o Sinteal e com o apoio dos sindicatos dos tra-balhadores rurais de Belo Monte, Olho d'agua das Flores e o MLST, tendo a participação ainda de trabalhadores e estudantes, fez ressoar a opinião e os anseios da população batalhense. Pronunciamentos em praça pública

Cerca de 120 agências bancá-

rias em Alagoas ficaram sem funcionar

no dia 28 de abril, em adesão à Greve

Geral convocada pela CUT e demais

centrais sindicais. Os trabalhadores do

ramo financeiro aderiram em peso ao

movimento de protesto contra as refor-

mas trabalhista, da Previdência e a ter-

ceirização, que retiram direitos histó-

ricos da classe trabalhadora.

A adesão dos bancários à Gre-

ve Geral foi de 100% em Maceió. No

interior, mais de 70 unidades ficaram

sem operar, inclusive nas maiores ci-

dades, como Arapiraca e Palmeira dos

Índios. A greve nos bancos foi reforça-

da pelos vigilantes, que também cruza-

ram os braços.

"Assistimos a maior greve geral de Alagoas e do Brasil”, avaliou o presi-

Bancários dão exemplo de luta na Greve Geraldente do Sindicato, Jairo França. Ele parabenizou os bancários pela organi-zação, participação e espírito de luta demonstrados no movimento, e con-vocou a categoria a se engajar nas pró-ximas mobilizações. “A luta continua até que sejam retiradas do Congresso as reformas que rasgam à CLT, destro-em a Previdência pública e massa-cram a classe trabalhadora", enfatizou.

O diretor de Política Sindical do Seec-AL, Márcio dos Anjos, que con-corre à presidência da entidade no pró-ximo período, também destacou o en-gajamento da categoria na paralisação nacional. "Contribuímos para alertar e conscientizar a população alagoana sobre o desastre que são essas refor-mas golpistas, desmascarando o falso argumento de que elas vão gerar em-prego e salvar a Previdência", afirmou.

Batalha na paralisaçãodenunciaram a falta de esperança que as reformas do governo representam para os que há muito sofrem injustiça e o descaso do poder público.

A bacia leiteira fez coro junto à

voz de companheiros e companheiras

dos quatro cantos do Brasil na denún-

cia dessas medidas que claramente

penalizam os trabalhadores.

Para finalizar o protesto, popu-

lares queimaram um "Judas" que re-

presentava o atual governo, demons-

trando a traição sentida por todos nós

trabalhadores.

Sem medo de pressãoA greve geral na Caixa foi uma

resposta não só as reformas golpistas do governo Temer, mas um recado pa-ra os atuais gestores da empresa, que buscam implementar uma política de retirada de direitos e de ataque ao banco público.

O mesmo aconteceu com os bancários do BB, BNB e bancos priva-dos, que vêm enfrentando processos de reestruturação, desmonte das em-presas e muitas demissões.

Greve na Caixa de Palmeira dos Índios Greve na Caixa Jatiúca

Greve no Itaú da Rua João Pessoa Greve no Banco Safra

Greve geral fechou o prédio central do BB, onde funciona a Superintendência

Bancários fecharam agências e organizaram ato público em Batalha

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Ao longo de uma semana, por ocasião da discussão e aprovação da Reforma Trabalhista, na Câmara dos De-putados, vimos diversas entidades sindi-cais patronais, inclusive a principal delas a FIESP, através do seu representante maior Paulo Skaf, defendendo o fim do Imposto Sindical, argumentando que, em atenção à coerência, deveria cortar na própria carne, perdendo a arrecada-ção da verba, juntamente com os sindi-catos profissionais (empregados).

Apenas para contextualizar, o texto da Reforma Trabalhista acaba com o Imposto Sindical para todos os sindi-catos indistintamente, patronais (econô-micos) e de empregados (profissionais). O relator da Reforma Trabalhista, Depu-tado Rogério Marinho (PSDB-RN) can-sou de repetir, ao longo de vários dias, que não iria abrir mão da extinção do Im-posto Sindical.

Imposto Sindical

O Imposto ou Contribuição Sin-dical é um valor pago por todos os em-pregados aos respectivos sindicatos de suas categorias, em montante equiva-lente a um dia de salário por ano. Os sin-dicatos profissionais têm, basicamente, duas fontes de receitas: i) o imposto sin-dical, agora extinto pela Reforma Traba-lhista e ii) a contribuição associativa, re-centemente declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal. No ano de 2016, a receita dos sindicatos com o imposto sindical foi de R$ 2,1 bilhões. Passada a reforma trabalhista e mantido o entendimento do STF sobre a matéria, as receitas dos sindicatos profissionais serão reduzidas a quase nada.

Por outro lado, os sindicatos pa-tronais também recebem os recursos do imposto sindical. A contribuição compul-sória, recolhida sempre no início de cada ano, incide sobre o valor do capital social da empresa. Em 2016, os sindicatos pa-tronais tiveram uma receita de R$ 934 milhões com o imposto sindical. Ocorre que não é esta a principal fonte de recur-sos dos sindicatos patronais, mas sim as contribuições do chamado “Sistema S”. O imposto sindical pouco ou quase nada representa para os sindicatos patronais.

Contribuições do Sistema S

As contribuições do Sistema S (Senai, Sesi, Senac, Sesc, Senar, Sest e Senat), denominadas de contribuições de terceiros, recolhidas pelas empresas no mesmo momento do pagamento da contribuição para o INSS, são calculadas em um percentual variável (0,2% a 2,5%) e incidem sobre a folha de salário. A base de cálculo das contribuições de terceiros

Imposto Sindical x Contribuições do Sistema S

é a mesma das contribuições previden-ciárias, a folha de salários. Somente no ano de 2016 os sindicatos patronais ob-tiveram uma receita de R$ 16 bilhões com a arrecadação das referidas con-tribuições. Aí está a principal fonte de recursos dos sindicatos patronais.

Fica claro, portanto, que o dis-curso da FIESP é absolutamente de-magógico, pois os sindicatos patronais, ao abrirem mão da fonte de recursos do imposto sindical, não estão perdendo quase nada, apenas aproximadamente 6% da sua arrecadação, pois fica res-guardada quase que a totalidade das suas receitas com a significativa arreca-dação das contribuições do Sistema S.

Importante destacar, para isentar a discussão aqui apresentada de qual-quer viés político, que esse tema foi ex-posto por 3 dirigentes do setor industrial paulista, Horácio Lafer (ex-presidente FIESP), Pedro Luiz Passos e Pedro Wongtschowski em artigo publicado, na Folha de São Paulo, do dia 26/04/2017.

Se por um lado os sindicatos pa-tronais não serão afetados com o fim do imposto sindical, o mesmo não se pode dizer dos sindicatos profissionais, que terão suas receitas praticamente reduzi-das a nada. A sociedade deve se questi-onar: a quem interessa o aniquilamento dos sindicatos profissionais e a manu-tenção intacta da estrutura dos sindica-tos patronais em grave momento de mo-dificação da legislação trabalhista e previdenciária? Se a questão era retirar o caráter compulsório das contribuições recebidas pelos sindicatos (econômicos e profissionais), para que a meritocracia prevalecesse, por que as contribuições compulsórias do Sistema S não foram extintas pelas Reformas Trabalhista ou Previdenciária?

São dois pesos e duas medidas completamente diversas.

Artigo feito por: Advogado nas á-reas trabalhista e previdenciária. Mestre em direito das Relações Sociais (2003, PUC-SP) Autor de artigos e do livro “Fun-damentos da Seguridade Social “ (Ltr-2015). Ex-Professor da PUC-SP. Sócio do escritório “Fernandes Advogados”.

[email protected]

O ENGODO DO FIM DO CORPORATIVISMO

Sem ter o que comemorar e

com muita indignação dentro do peito,

trabalhadores dos quatro cantos de

Alagoas formaram uma grande onda

no 1º de maio para tentar varrer do ca-

minho as reformas trabalhista e da

Previdência. A orla marítima de Maceió

foi o palco do protesto, dando sequên-

cia às manifestações que foram rea-

lizadas na greve geral do dia 28/04.

“Um mar de gente”, definiu as-

sim o presidente do Sindicato, Jairo

França. Ele destacou a participação

dos bancários e de inúmeras outras

categorias no movimento. “A evolução

dessas manifestações está sendo fun-

damental para pressionar os parla-

mentares a não aprovar o fim da CLT e

DIA DO TRABALHADOR

do direito à aposentadoria”, enfatizou.

Organizado pela CUT, o ato do 1º de Maio começou com uma concen-tração no Posto 7, na Jatiúca, e pros-seguiu com caminhada até o Alagoas Iate Clube. Durante o percurso os tra-balhadores usaram faixas e bandeiras repudiando as reformas do governo e pedindo o “Fora Temer”.

“Temos que garimpar todas as forças necessárias para que juntos possamos construir uma nova reali-dade. Não podemos deixar que nossos direitos sejam arrancados de forma tão brutal. Temos que lutar para derrotar o governo golpista e reverter as medidas que estão sendo tomadas”, acrescen-tou o presidente do Sindicato.

1º de Maio também foide luta contra as reformas

Bancários marcaram presença na mobilização do 1º de Maio

Caminhada na orla teve o reforço do Sindicato, que denunciou os ataques aos direitos trabalhistas

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Em mais uma ação vitoriosa na Justiça, o Sindicato, através do escri-tório conveniado Souza, Abreu & Cos-ta, conseguiu fazer com que a Caixa Econômica Federal admita uma con-cursada no cargo de Técnico Bancário Novo – Carreira Administrativa. A be-neficiária, que esperava sem sucesso uma convocação da empresa, provou que a Caixa, durante o prazo de vali-dade do concurso público, estava con-tratando empregados terceirizados pa-ra exercer atribuições do seu cargo.

ANALISTAS – Os cálculos

foram homologados pela Juíza da 5ª Vara do Trabalho, mas o banco impetrou um Mandado de Segu-rança no TRT, que ainda será jul-gado, para excluir diversos substi-tuídos (representados pelo Sindica-to na ação). O Seec-AL já se pro-nunciou sobre o assunto e aguarda decisão do Tribunal.

O Processo é o de número 0000595-82.2010.5.19.0005 e cobra o pagamento da 7ª e 8ª horas extras para os ocupantes de cargos de carreira administrativa que de-sempenham funções técnicas (Ana-lista técnico rural, analista A em unidade de apoio, analista A em uni-dade tática, Analista B em unidade tática).

O TST reconheceu o direito dos bancários do Banco do Brasil em uma ação que trata sobre o adicional por tempo de serviço (anuênio). Em sua decisão, a prescrição total do processo pronunciada na 1ª instância foi trans-formada em prescrição parcial, tendo os autos de retornar à Vara do Traba-lho para prosseguir o exame do pedido de diferenças salariais decorrentes dos anuênios suprimidos.

O anuênio estava assegurado em regulamento interno e incorporado ao contrato de Trabalho. O banco está descumprindo o que estava pactuado.

O Tribunal Regional do Traba-lho da 19ª Região (TRT-AL) determi-nou que o Banco do Brasil convoque nove aprovados no concurso de 2013, sob pena da empresa pagar multa de R$ 2 mil diários para cada concursado. A decisão, em antecipação de tutela, repete sentença anterior do Poder Ju-diciário, que mandou contratar outros quatro concursados.

Em ambos os processos, houve uma contribuição significativa do Sindi-cato, que provou com documento a existência de vagas na empresa. Por causa dessa prova, usada pelos recla-mantes nas ações judiciais, uma das diretoras do Seec-AL e funcionária do BB sofreu várias reprimendas do ban-co, incluindo um inquérito administra-tivo, o afastamento das funções e a suspensão do salário, o que também foi corrigido depois por decisão da Jus-tiça.

Justiça manda convocarmais 9 concursados do BB

Na sentença que manda con-vocar os nove concursados, os desem-bargadores da 2ª Turma do TRT deram prazo de dez dias para que o banco submeta os aprovados à fase seguinte do concurso, que engloba a realização de exames médicos admissionais, a entrega de documentação, etc. A con-tratação terá que ser imediata, não de-vendo todo o processo ultrapassar 45 dias.

Dois dos convocados vão assu-mir vaga na Micro 1 (região de Maceió) e sete na Micro 2 (região de Arapiraca).

O Sindicato saúda os novos companheiros que chegam ao banco e os parabeniza pela luta em defesa dos seus direitos. A entidade continuará a-tenta e brigando pelo que é justo, além de exigir a ampliação do quadro de fun-cionários, para que acabe a sobrecar-ga de trabalho e o adoecimento de vá-rios bancários.

7ª E 8ª HORAS

Como andam as ações no BBASSISTENTES – A ação

está em fase de discussão dos cál-culos no TRT. O Sindicato acredita que, após a subida do recurso de revista para o TST, o processo prin-cipal desça para a Vara de Origem e tenha prossegui--mento.

O Processo é o de número 0084300-92.2007.5.19.0001 e co-bra o pagamento da 7ª e 8ª horas extras para os ocupantes de cargos de carreira administrativa que de-sempenham funções técnicas co-missionadas (assistente A em unidade tática, assistente A em uni-dade de negócios, assistente A em unidade de apoio, assistente B em unidade de apoio, assistente B em unidade de negócios e auxiliar ad-ministrativo).

Em relação aos processos dos analistas e assistentes, o Sindicato, através do seu departamento jurídico, fez contato com a Divisão de Pre-venção, Conciliação e Acordos Trabalhistas (CONCI/Brasília-DF) para uma possível conciliação. Tal contato foi realizado após consulta aos funcionários do BB beneficiários nas ações (substituídos).

Processo de Conciliação está aberto

Vitória também na Caixa

Decisão favorece ação do anuênio

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Dia de Combate ao Assédio Moralé lembrado com protestos em Maceió

No Dia Nacional de Combate ao

Assédio Moral, transcorrido em 2 de

maio, o Sindicato realizou manifesta-

ções em agências bancárias de Ma-

ceió para denunciar a prática que tem

se alastrado nos bancos e adoecido

milhares de trabalhadores. Os protes-

tos, em forma de apresentação teatral,

discorreram numa abordagem lúdica e

informativa como ocorre o assédio nas

instituições financeiras, que colocam

as metas acima de tudo, inclusive da

saúde dos trabalhadores.

Apoio dos clientes

Apoiado pelo Centro de Refe-

rência à Saúde do Trabalhador (Ce-

rest), a atividade do Sindicato mexeu

com a rotina das agências. Bancários,

clientes e usuários pararam para ver a

encenação. Alguns usuários chega-

ram a intervir durante a apresentação,

fazendo reclamações e criticando tam-

bém a postura dos bancos. Ao final de

cada ato, o público aplaudia a iniciativa

do Sindicato, manifestando ao mesmo

tempo solidariedade aos bancários e

repúdio à prática criminosa dos ban-

cos.

Adoecimentos

“O assédio moral tornou-se nos

tempos modernos o grande mal das

relações de trabalho. Mas é nos ban-

cos onde ele mais se manifesta e onde

mais adoece trabalhadores. Muitos

são os casos de distúrbios psicológi-

cos detectados na categoria bancária”,

disse o diretor de Saúde do Sindicato,

José Marconde, que também participa

do Cerest-Maceió e acompanhou a ati-

vidade.

Pressão das metas

O assédio moral nos bancos se

dá principalmente para o cumprimento

de metas, muitas delas inatingíveis. O

bancário, para cumprir o que estão lhe

cobrando, ultrapassa a jornada de tra-

balho, sacrifica a relação com a família

e deixa de ter uma vida própria. As

pressões e ameaças sofridas levam ao

medo de perder o emprego, afetando,

por conseguinte, seu equilíbrio mental

e psicológico.

Os bancários conquistaram há seis anos uma importante ferramenta para o combate ao assédio moral. Trata-se

da cláusula 58 da Convenção Coletiva de Trabalho, que instituiu o

Protocolo para Prevenção de Conflitos no Ambiente de

Trabalho. Além do disposto na CCT, outras ações podem

ser desencadeadas no combate ao assédio moral, mas, para isto, é importante

denunciar ao Sindicato.

Instrumentosde Combate

Gestos, palavras, comportamentos, atitudes

repetitivas contra a dignidade ou integridade psíquica ou física de uma

pessoa, ou ameaças ao seu emprego e a degradação do clima no local de trabalho.

Característicasdo Assédio Moral

Sintomasdo assediado

Depressão, estresse, síndrome do pânico, entre outros. Porém, a qualquer sinal de transtornos, como perda de sono e apetite ou

mudanças de comportamento, o trabalhador deve ficar alerta para possíveis evoluções de

doenças que causam incapacidade laboral e até

mesmo a morte.

DIGA

NÃO !

O Sindicato se reuniu com representantes nacionais do Itaú no dia 24/03 para discutir o fun-cionamento da Comissão de Conciliação Voluntária (CCV). No encontro, do qual participa-ram o gerente de relações Sindi-cais, Sr. Carlos, e sua funcioná-ria, Sra. Vânia, foram solicitados vários esclarecimentos para que a Comissão possa trabalhar de forma mais clara e transparente nos processos que envolvem os afastados (ex-funcionários) do banco.

A CCV tem atuado no sen-tido de resolver pendências tra-balhistas reclamadas pelos ex-funcionários na Justiça. O Sindi-cato solicitou que a Comissão atenda também casos de funcio-nários que estejam na ativa. Os representantes do Itaú manifes-taram dificuldade em atender o pleito, mas levaram a reivindica-ção para ser estudada pela dire-toria do banco.

Sindicato pede

mais transparência

nos processos

de conciliação

ITÁU

Representantes do Itaú durante reunião

Diretores do Seec-AL tiraram dúvidas

Diretores do Sindicato e atores denunciaram o assédio dos bancos

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Bancos nadam no lucromas querem aumentar a pilhagem

Não há crise que segure a ren-

tabilidade dos bancos... E nem escrú-

pulo! Atravessando um cenário de

recessão desde 2015 com lucro por

cima de lucro, o setor voltou a nadar de

braçada no primeiro trimestre deste

ano, registrando rendimento muito aci-

ma das outras empresas. Só os três

maiores bancos privados que operam

no país (Itaú, Bradesco e Santander)

lucraram R$ 14 bilhões de janeiro a

março, sendo que no Santander o

crescimento do lucro alcançou o pa-

tamar histórico de 37,3%.

E eles acham pouco. Além de

demitirem, fechar postos de trabalho,

digitalizar o atendimento, impor metas

inalcançáveis, cobrar tarifas extorsivas

Reformas

do governo Temer

são a nova receita

da banca

e fazer agiotagem com a dívida públi-

ca, a nova receita que adotaram para

turbinar a pilhagem são as reformas do

governo Temer. Retirando direitos tra-

balhistas, rasgando a CLT e reduzindo

despesas do Estado com a seguridade

social, eles buscam gastar menos com

mão-de-obra e fazer com que a União

tenha mais dinheiro para pagar o ser-

viço da dívida. Daí a participação, o

empenho e o financiamento do siste-

ma financeiro às reformas trabalhista e

da Previdência, que só têm chance de

passar em um governo ilegítimo e

golpista como o de Michel Temer.

Enquanto os banqueiros se

lambuzam em seu pegajoso lucro, mi-

lhares de trabalhadores perdem a fon-

te de sustento. Só no primeiro trimestre

deste ano os bancos fecharam 7.092

postos de trabalho, segundo dados do

Cadastro Geral de Empregados e De-

sempregados (CAGED) do Ministério

do Trabalho. O número representa um

aumento de 289% na comparação

com o mesmo período do ano pas-

sado.

BANCO

ITAÚ

BRADESCO

SANTANDER

LUCRO

6,2 bilhões

4,6 bilhões

2,2 bilhões

VARIAÇÃO

+ 19,6%

+ 13,0%

+ 37,3%

POSTOS TRABALHO

- 1.652

- 3.245

RESULTADO 1º TRIMESTRE

Foi o númerode agências físicasfechadas pelo Itaú,

que já abriu144 agências digitais

202Foi a participaçãodo Brasil no lucro

mundial do Santander,superando Inglaterra

e Espanha.

26%

Foi a arrecadação do Bradesco com tarifas.A receita é 25% maior do que as despesas

com pessoal.

R$ 5,8 bilhões

No caso do Bradesco, foram fechadas 3.278 vagas desde setembro/2016, após a compra do HSBC

O conchavo do governo com o sistema financeiro também visa desmontar os bancos públicos, reduzindo sensivelmente a estrutura e o papel social das instituições, cujo objetivo final é a privatização. Nesse contexto, Banco do Brasil, Caixa Econômica e Banco do Nordeste passam por reestruturações, com enxugamento de gastos e afastamento de funcionários. Das 7.092 demissões realizadas pelos bancos no primeiro trimestre, 3.626 aconteceram na Caixa, onde foi adotado o PDVE.

A Secretaria do Tesouro Nacional anunciou que serão vendidas em 24 meses as ações do Banco do Brasil no Fundo Soberano. Após essa negociação, a participação da União no capital do BB cairá de 54,4% para 50,73%.

Desmonte dos bancos públicos

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Os funcionários do Banco do

Brasil esperam que os representantes

da empresa apresentem no dia 2 de

junho uma resposta concreta sobre o

aumento do prazo na vigência da VCP

(Vantagem de Caráter Pessoal), verba

que mantém a remuneração dos que

perderam cargo devido ao processo de

reestruturação. Essa resposta deveria

ter sido dada há um mês, durante au-

diência no Ministério Público do Tra-

balho, em Brasília.

As entidades que representam

o funcionalismo reivindicam que a VCP

seja permanente, até que todos sejam

realocados em funções e salários

equivalentes. O Ministério Público re-

comendou a VCP por doze meses. O

banco informou que só terá uma res-

posta no final deste mês, depois que

adotar novas medidas para que se

tenha mais movimentações e realoca-

ções. A próxima audiência no MPT se-

rá em 2 de junho.

Na audiência passada, realiza-

da em 2 de maio, foi cobrado nova-

mente do BB um quadro geral com o

percentual de perdas salariais por ca-

da cargo e em cada Estado da Fede-

ração. Foi solicitado ao banco que os

caixas que estejam substituindo fre-

quentemente sejam nomeados e se-

jam criadas vagas de caixas em agên-

cias onde existam funcionários exer-

cendo a função de caixa.

O Banco apresentou o quadro

atual de 2.189 funcionários em VCP

total, ou seja, que perderam o cargo e

não foram realocados em nenhuma

função. Cobrado mais uma vez sobre a

incorporação da função administra-

tivamente nos moldes da Súmula 372

do TST, o banco informou que mantém

seu posicionamento de não negociar

este tema.

A Contraf já está tomando medi-

das judiciais para garantir a proteção

salarial dos funcionários que perderam

cargos, dentro do conceito de proteção

da remuneração previsto na Súmula

372 do Tribunal Superior do Trabalho.

Em audiência de mediação na Procuradoria Regional do Trabalho da 10ª Região, ocorrida em Brasília (DF), a Caixa Econômica Federal ficou obri-gada a efetuar o pagamento de horas extras com adicional de 100% para empregados convocados para traba-lhar aos sábados, em decorrência da liberação dos saques de contas inati-vas do FGTS.

A audiência ocorreu em decor-rência das denúncias de que as horas extras do trabalho aos sábados esta-vam sendo pagas com adicional de apenas 50%, quando o correto é 100. Durante a audiência, em resposta à cobrança da Contraf/CUT, Fenae, Apcef/SP e sindicatos, os represen-tantes da Caixa afirmaram que todas as horas trabalhadas aos sábados serão pagas, sem compensação, com adicional de 100%.

O banco também acatou a reivindicação da Comissão Executiva

Atingidos pela reestruturaçãocobram mais prazo para a VCP

BANCO DO BRASIL

Na última audiência, o BB adiou a resposta sobre a extensão do prazo para a VCP

Após pressão, Caixa prometehora extra de 100% aos sábados

dos Empregados (CEE/Caixa), e vai apresentar, com antecedência de cin-co dias, a listagem de agências que abrirão aos sábados, assim como a re-lação de bancários convocados.

O adicional de 100% sobre a hora extra trabalhada aos finais de semana está assegurado na cláusula 9 do acordo aditivo à Convenção Cole-tiva de Trabalho (CCT), que classifica sábados, domingos e feriados como repouso semanal remunerado.

Reunida no dia 5/05 com

representantes do Banco do

Nordeste, a Comissão Nacional

dos Funcionários voltou a cobrar

o acesso imediato ao sistema de

registros do ponto eletrônico,

que está em funcionamento há

mais de dois meses. Foi exigido

também o pagamento de todas

as horas extras prestadas no pe-

ríodo, independentemente de

dotação prévia.

Outro ponto discutido na

reunião foi a necessidade de

convocação de concursados e

da realização de novos concur-

sos, para fazer face à crescente

demanda de serviços apresen-

tados pelo Banco, que resulta na

impossibilidade do cumprimento

da jornada normal de 6h e 8h,

gerando o acúmulo de horas ex-

tras.

Concorrências

Cobrada pelas entidades

representativas dos trabalha-

dores, a Diretoria Administrativa

e de TI do BNB afirmou que os

candidatos aprovados em con-

corrências internas para ocupar

funções em comissão conti-

nuam tendo assegurada a sua

efetivação no prazo máximo de

180 dias quando a lotação da

unidade operadora estiver com

dotação suprida acima de 80%.

Casos de descumprimento se-

rão comunicados para que os

gestores tomem as providências

Entidadesdiscutem ponto,

hora extrae concorrência

com o BNB

Acesse: www.bancariosal.com.br8

Informativo do Sindicato dos Bancários e Financiários de Alagoas. Rua Barão de Atalaia, 50, Centro, CEP 57.020-510, Maceió - Alagoas. www.bancariosal.com.br / E-mail: [email protected] / Fone: PABX 82 2121-9200 e Fax: 82 2121-9220. Deptº Jurídico: 82 2121.9212. Deptº de Comunicação: Diretor Juan Gonzalez, fones: 82 2121.9215 e 2121.9216. Sub-sede de Arapiraca: Rua Monsenhor Macedo, nº 89, Centro - CEP 57.300-370. Fone/Fax: 3522-1564. Jornalista Responsável: Carlos Roberto Pereira Leite (MTE 350-AL). Tiragem: 3.300 exemplares.

Avançar juntos na lutaGESTÃO: 2014 / 2017

EDITAL DE CONVOCAÇÃO

ELEIÇÃO DELEGADO SINDICAL

Faço saber aos interessados que, no período de 31 de julho/2017 a 04 de agosto de 2017, serão realizadas as eleições em todos os bancos da capital e do interior, para delegados/representantes sindicais nas agências / unidades bancárias da base do Sindicato dos Bancários e Financiários de Alagoas, de conformidade com o Estatuto do Sindicato e o Estatuto do Delegado/Representante Sindical..

As inscrições serão efetuadas entre 01 de junho a 30 de junho de 2017, devendo ser encaminhadas à Secretária de Formação do Sindicato dos Bancários e Financiários de alagoas, através de ofício endereçados à Rua Barão de Atalaia, nº.50, Centro, Maceió/AL, e pelo o e-mail, delegado [email protected], no horário das 8h às 17h.

Maceió, 16 de maio de 2017.

Jairo Luiz de França

Os bancários que reservaram convite para o 18º forró da categoria poderão pegá-los a partir do dia 5 de junho, durante a semana da festa ju-nina. Eles estarão disponíveis na sede do Sindicato, durante o horário comer-cial. Cada convite dá direito a um acompanhante.

Para reservar o convite, o ban-cário sindicalizado deve enviar men-

Inscrições começam no dia 1º

DELEGADO SINDICAL

O Sindicato deu início ao pro-cesso para eleger os novos delega-dos sindicais, cujo mandato é de um ano. Os interessados em candidatar-se devem se inscrever de 1º e 30 de junho, encaminhando carta à Secre-taria de Formação da entidade, em

sua sede ou pelo e-mail: delegadosin

[email protected]

A eleição será de 31 de julho a 04 de agosto, nas agências bancá-rias da capital e do interior. Confira o Edital da eleição no quadro abaixo:

Convites

serão entregues

a partir do dia 5

FORRÓ DOS BANCÁRIOSsagem para o e-mail do Sindicato ([email protected]) informando seus dados e o banco em que trabalha.

O Forró dos Bancários 2017 se-rá no dia 9 de junho, a partir das 21 horas, no Acropole Hall (Jaraguá). A festa terá a animação das bandas For-rozão e Forró Pancada.

O Sindicato volta a lembrar de que não será permitida a entrada com bebidas. E para ter acesso ao clube se-rá cobrado de cada pessoa um quilo de alimento não perecível.

Garanta já o seu convite. Não deixe de participar do mais animado e descontraído forró da capital.

Manutenção do emprego seráprioridade na Campanha 2017

A Campanha Nacional dos Ban-cários de 2017 será voltada para a ma-nutenção do emprego, sem precariza-ção das relações de trabalho. Esta é a orientação do Comando Nacional dos Bancários, que se reuniu no dia 16/05, em Brasília, para definir a pauta e o ca-lendário da campanha.

Os encontros regionais e nacio-nais da categoria, que acontecerão en-tre maio e julho, devem ter como foco combater a terceirização da atividade-fim; barrar os avanços na área digital que precarizam as condições de traba-

lho; defender os bancos públicos; e de-bater os impactos das reformas traba-lhista e previdenciária.

“Na Campanha Nacional de 2016, fechamos um acordo histórico de dois anos, que nos garante aumen-to real em 2017. A nossa luta este ano tem de ser pela garantia de emprego, pela manutenção dos direitos conquis-tados depois de muita luta e contra a precarização das relações de traba-lho”, destaca o presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Na-cional, Roberto von der Osten.

AGENDA

Até 16/07: Encontros regionais e estaduais de bancos públicose privados / Conferencias regionais e estaduais por federações

1 a 3/06: 2ª Conferência Nacional dos Financiários

6 a 8/06: Encontros Nacionais de Bancos Privados

30/06 a 2/07: Congressos Nacionais dos Funcionários da CEF e BB

28 a 30 /07: 19ª Conferência Nacional dos Bancários

Tema e agenda da Campanha foram definidos em reunião do Comando, da qual participou o Seec-AL