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Semelhanças e diferenças entre o Peru e o Brasil relacionadas a Iniciativa da erradicação da poliomielite [email protected] [email protected] Material apresentado e discutido no Seminário sobre a História da Erradicação da Poliomielite no Brasil e nas Américas promovido pela Casa de Oswaldo Cruz- Fiocruz em 2003

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Semelhanças e diferenças entre o Peru e o Brasil

relacionadas a Iniciativa da erradicação da poliomielite

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Material apresentado e discutido no Seminário sobre a História da Erradicação da Poliomielite no Brasil e nas Américas promovido pela Casa de Oswaldo Cruz- Fiocruz em 2003

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Semelhanças

• Política- ambos os países passaram por governos autoritários( ditaduras militar- civis)

• -Agencias internacionais [OPAS,Rotary] estimularam ação interna governamental. A OPS com o PAI e com a iniciativa de erradicação deu passos significativos no desenvolvimento de um modelo de cooperação técnica horizontaI. Buscou promover a geração de informação, formação de R.Hs, a política de tecnologia em saúde e elaborar uma metodologia de cooperação técnica em saúde pública.

• -Mudança na visão da população relacionada a imunização.[ uma “cultura da vacinação”].

• - Ambos os Ministérios da Saúde acreditaram na importância do Programa de imunização e implementaram e proveram suporte

• -Ambos os países participaram do curso internacional da erradicação da poliomielite promovido pela OPS( epidemiologistas)

• ESPM

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Diferenças

• No Brasil ,a estrutura geral de saúde já existia(muito antes de 1980). No Peru , uma pequena infra-estrutura estava começando a se desenvolver(na década de 1980) e as campanhas de vacinação serviram para a construção da infra-estrutura da imunização – enquanto a estrutura geral da saúde começou a declinar(mais a partir de 1985)

• No Peru não houve oponentes a estratégia de campanha de pólio por parte de médicos e sanitaristas, já no Brasil houve oposição[ disputa por espaço político;visão técnica; rotina X campanha;

centralização X descentralização; verticalização X horizontalização ]

• No Peru , epidemiologistas e educadores não trabalharam juntos. De fato o sistema epidemiológico entrou em colapso na segunda metade dos anos 1980 devido a crise econômica e a violência política [Sendero Luminoso;MRTA e outros.] No Brasil os educadores e epidemiologistas trabalharam em conjunto e em dupla [desde o início(1980) percorreram o país para convencer as equipes locais de V.E e de vacinação, assim como autoridades estaduais,municipais quanto a viabilidade e a necessidade de manutenção e permanência da proposta) ESPM

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Diferenças

• No Peru a guerra(“guerra suja”) contra a guerrilha

( Sendero Luminoso-1980[ maior atividade do S.L de 1985-1992), Tupac Amaru -1984,Puka Llacta) ocorreu com toda a sua força principalmente na década de 1980. O que foi um fator de grande dificuldade para a implementação da iniciativa da erradicação.

Já no Brasil na década de 1980 o país iniciava a “ abertura lenta,gradual e progressiva” , e não havia + guerrilha. ESPM

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Diferenças

-Quanto a política de saúde: No Brasil a fase de ataque para o controle da pólio iniciou (em1980) com

razoável grau de centralização e verticalização. Progressivamente ao ir avançando e ultrapassando a fase de controle em direção a iniciativa da erradicação (em 1986) foi progressivamente se horizontalizando e descentralizando.

Já no Peru a iniciativa da erradicação se manteve, com alto grau de centralização e verticalização durante todo o processo.

O Brasil tem maior tradição de programa de imunização. Em 1973 criou o PNI e em 1975 o SNVE, onde se incluem as doenças imunopreveníveis . O Peru só começa 6 anos após, em 1979 [PAI-Peru]

No Brasil processo de erradicação da poliomielite ocorreu concomitantemente ao processo de reforma sanitária.

A reforma do setor saúde no Peru só começa a ocorrer após a certificação da erradicação em 1994. ESPM

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Outras diferenças

-Quanto aos recursos humanos O Peru somente começa a capacitação/ treinamento de seus recursos

humanos para a iniciativa da erradicação da poliomielite, com o apoio da OPS, após 1985.

O Brasil com o apoio da OPS, desde 1980, teve um programa de capacitação de pessoal para vários componentes do Programa de Imunização[CBVE,CIVE,

rede de frio]

- Quanto aos recursos financeiros:

O Brasil fez grande investimento em imunização a partir de 1980, enquanto o Peru este só vai ocorrer a partir de 1986.

A iniciativa da erradicação da pólio no Brasil foi predominantemente com recursos nacionais, enquanto que o Peru teve grande apoio de recursos internacionais, predominando os fundos do Rotary Internacional e AID.

ESPM

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Outras diferenças

• Quanto a tecnologia:O Brasil produzia a OPV a partir do concentrado viral importado, que atendia

parte da demanda nacional; a outra parte era comprada diretamente em laboratórios estrangeiros [no mercado aberto].

O Peru comprava a vacina OPV através do Fundo Rotatório(OPS), com recursos disponibilizados pelo Rotary.

O Brasil tinha laboratório para o diagnóstico da poliomielite e outras doenças imunopreveníveis.

O Peru enviava suas amostras de fezes (isolamento viral) para o Laboratório de Enterovírus da Fiocruz no Brasil.

O Brasil implementou e desenvolveu a sua rede de frio, a partir de 1973 e o Peru somente a partir de 1985(maior impulso em 1982 e 1983)

O Peru utilizou dentro da estratégia de campanha prioritariamente a tática de vacinação casa-casa [operación barrido sanitario, mop-up, operações limpeza] nos DNVs (VANs,JNVs).

Já no Brasil predominou a tática de postos fixos[concentração] nos DNVS. ESPM

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Outras diferenças

Quanto a mobilização social: O Brasil ,já em 1973, no seu Programa Nacional de Imunização propunha

“informação e mobilização da comunidade para assegurar a adesão informada da população”. As estratégias e esforços para mobilização social no Peru só começam a existir a partir de 1986

( antes a atitude do governo e da população era bastante passiva) Quanto a política de recursos humanos após 1985:

O Brasil criou o GT-Pólio em 1986 sendo todos os técnicos desse grupo do Ministério da Saúde e pagos pelo país. No Peru todos os 6 técnicos de sua força tarefa (task force) foram pagos e suas atividades financiadas pela OPS.

Quanto ao alcance da meta:

Brasil, último caso em Souza na PB-1989. Peru, último caso em Junin -1991 ESPM