Mar Cad Ores Tumorais Final
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8 Curso de Anlises Clnicas e de Sade Pblica 3 Ano 2010/2011
Bioqumica Clnica II - Terica
Marcadores TumoraisDocente: Doutor Lus Oliveira Discentes:Cludia Ferreira ([email protected]); Diana Matela ([email protected]); Marta Salvado ([email protected]); Patrcia Jegundo ([email protected]); Sara Bernardino ([email protected]); Sofia Garcia ([email protected]) Vera Vicente ([email protected])2 Semestre 30 Maio 2011
Introduo
Os avanos recentes na gentica e na biologia molecular permitiram a identificao de genes e protenas, produzidos ou com um aumento de expresso pelos tumores.
Marcadores tumorais
2
Utilizados como ferramentas de diagnstico e prognstico; Tm um papel importante no desenvolvimento de novas modalidades de tratamento, direccionadas a quebrar o ciclo biolgico da progresso tumoral. Substncia usada como indicador de malignidade, que pode estar presente nas clulas tumorais, ou ser libertada pelo tumor ou ainda ser produzida pelo organismo
Marcadores TumoraisDo ponto de vista bioqumico
Macromolculas presentes no tumor, no sangue ou em outros lquidos biolgicos, cujo aparecimento e/ou alterao nas suas concentraes esto relacionados com a gnese e o crescimento de clulas neoplsicas.
Caracterizados ou quantificados por meios bioqumicos ou imunohistoqumicos e por testes genticos.
So geralmente protenas ligadas a hidratos de carbono ou a lpidos, que podem comportar-se como antignios celulares (ex. CA 125), hormonas (ex. calcitonina), enzimas (ex. NSE) ou protenas sricas (ex. imunoglobulinas monoclonais).
teis no seguimento clnico dos pacientes com cancro: -diagnstico, -estadiamento, -avaliao da resposta teraputica, -deteco de recidivas e prognstico.Auxiliam no desenvolvimento de novas modalidades de tratamento.
Indicadores da presena de cancro!3
Caractersticas Marcador IdealDeve ser especfico do respectivo tumor; Os seus nveis devem ser proporcionais ao tamanho tumoral; Os seus nveis devem ser mensurveis mesmo na presena de
uma pequena quantidade de clulas;Diagnstico precoce de neoplasias e sua origem; Estabelecimento da extenso da doena; Monitorizao da resposta teraputica e deteco precoce de recidiva; Ser rgo - stio especfico; Ter semi-vida curta, permitindo acompanhar temporariamente as mudanas do tumor; Deve permitir a seleco do tratamento.
Ainda no existe! A maioria dos marcadores disponveis peca pela falta de especificidade e sensibilidade!4
O marcador ser tanto mais especfico quanto mais baixa for a probabilidade de fornecer resultados falsos-positivos, e tanto mais sensvel, quanto maior for a probabilidade de fornecer resultados positivos nos casos confirmados de tumor.
Finalidades do uso de Marcadores Tumorais Triagem populacional; Diagnstico diferencial em pacientes sintomticos; Estadiamento clnico; Estabelecimento do diagnstico; Monitorizao da eficincia teraputica; Localizao de metstases; Tratamento (imunorradioterapia); Deteco precoce da recidiva (grande utilidade).
Fig.: Marcadores tumorais Fonte: http://catalogohospitalar.com.br/img/produtos/467/imagemde-marcador-tumoral_g.jpg
A baixa especificidade e sensibilidade dos marcadores tumorais, limita a sua aplicao clnica! Na prtica, os marcadores tumorais so utilizados para: Diagnstico de tumores localizados e na localizao do tumor primitivo, excepcionalmente, nos casos de adenocarcinormas metastizados. Prognstico, exceptuando-se alguns marcadores estritamente celulares (receptores do estradiol e da progesterona no cancro da mama). Avaliar a evoluo do tumor antes e sobretudo aps a instituio da teraputica5 mdica
ou cirrgica, para avaliar a sua eficcia.
Glicoprotenas
Enzimas e protenasMarcadores tumorais dividem-se em:
Glicoprotenas mucinas
Molculas do sistema imune
Hormonas
6
Uso dos marcadores tumorais nos variados tipos de tumores. Os dimetros dos crculos indicam o grau de importncia do marcador no caso individual de um cancro.
Fonte: http://www.labmed.pt/NotasTecnicas06.asp
7
Entre os principais marcadores tumorais tem-se:1. -HCG(gonadotrofina corinica humana)
6. CEA(antignio carcionoembrionrio)
7. PSA 2. AFP (alfafetoprotena) (antignio prosttico especfico)
11. NSE (Enlaseneuro-especfica)
3. Ca 125
8. Cyfra 21.1 12. ProGRP (Pr 9. Ca 72.4 10. SCCpeptdeo libertador de gastrina)
4. Ca 15.3
13. LDH(desidrogenase lctica)
5. Ca 19.9
8
1. -HCG(GONADOTROFINA CORINICA HUMANA)9
o
Glicoprotena, com peso molecular de
aproximadamente de 46.000 daltons;o
Sintetizado e secretado pelas clulas do trofoblasto da placenta.Figura : Clulas do trofoblasto da placenta (Fonte: http://www.lookfordiagnosi s.com/images.php?term= Coriocarcinoma&lang=3&f rom=48&from2=60)
2 subunidades
FSH; LH e TSH10
partilhada por outras hormonas hipofisrias
especifica, com meia-vida de 18-36h
-HCG
o Normalmente encontrado no soro e na urina durante a gravidez; o 10% dos pacientes com doena inflamatria intestinal, lcera duodenal e cirrose heptica;Figura : Concentrao de HCG durante a gravidez (Fonte: http://www.obfocus.com/question s/qanda7.htm)
o 100%
dos
pacientes
com
tumores
trofoblsticos; o 10%-40% em pacientes com tumores noDetecta uma gravidez normal 7 dias aps a implantao
germinativos, como carcinoma do pulmo, da mama, trato gastro-intestinal e ovrio.Estimula a secreo daprogesterona pelo corpo lteo na faseFigura : Local de secreo da progesterona. (Fonte: http://www.unifesp.br/dmorfo/hist ologia/ensino/ovario/ciclo.htm)
inicial da gravidez.
11
HCG analisado com o AFP
Tumor Trofoblstico gestacional
til na deteco de seminomas
Origem nas vilosidades corinicas da placenta
Tumor germinativo do testculo, originando-se no epitlio germinativo dos tbulos seminiferos
12
Figura : Estrutura dos testiculos. (Fonte: http://bio12ciencia.blogspot.com/2010_09_01_archive.ht ml)
Diagnstico laboratorial
Amostra
Urina; Sangue.
Ensaio imunoenzimtico
Figura : Ensaio imunoenzimtico. (Fonte: http://www.rapidtest.co m/picture/ELISAPictureCatagories/Fertility%20 ELISA%20kits/B-HCGTOTAL-.jpg.php)
Tabela : Valores de referncia (Fonte: http://www.questdiagnostics.com/hcp/intgui de/EndoMetab/EndoManual_AtoZ_PDFs/hc G_Total_Quant.pdf)
13
Tabela : Causas para o aumento e diminuio da -HCG. (Fonte: http://www.questdiagnostics.com/hcp/intg uide/EndoMetab/EndoManual_AtoZ_PDF s/hcG_Total_Quant.pdf)
2. AFP(ALFAFETOPROTENA)14
Protena produzida no saco vitelino e no fgado Apresenta funes de transporte plasmtico e manuteno da presso onctica (semelhante albumina) Em crianas e adultos saudveis (exepto grvidas) s detectvel em nveis baixos[ ] : recm nascidos (decilna no 1 ano) grvidas
Valor normal = 5 - 15ng/mL vida mdia 5-7 dias Ajuda no diagnostico e monitorizao da teraputica de cancros e doenas crnicas do fgado. Tambm se pode fazer para pesquisa de problemas no feto durante a gravidez
15
>500 ng/mL malignidade >1000 ng/mL neoplasia
AFP:Cancro fgado, ovrio ou das clulas germinativas dos testculos Cancro estmago, clon, pulmo, mama e linfoma Doenas crnicas do fgado (cirrose e hepatite) (Nem todos os cancros produzem AFP.)
Teste AFP
AFP total (EUA)
Existem vrias variantes.
AFP-L3 (Japo)
16
% L3 risco de carcinoma hepatocelular e pior prognstico (cancros mais agressivos)
Leses hepticas alguns cancinomas
Recm nascidos Grvidas
doenas crnicas hepticas (hepatite, cirrose)
regenerao das clulas hepticas
[ ] AFP Falsos positivos
Logo, nem sempre um marcador tumoral
Teste AFP no diagnstico mas sim um indicador. Deve ser utilizado em conjunto com histria clnica e estudos imagiolgicos17
3. CA 125
18
Anualmente, so diagnosticados 23000 casos de mulheres com carcinoma do ovrio (EUA) Cerca de 13900 iro falecer devido a esta patologia Apesar dos avanos actuais no tratamento, 70-80% dos pacientes diagnosticada com uma patologia j muito avanada Taxa de cura muito relacionada com o estadio da patologia, ao diagnstico -90% no estadio I -Utilizao de quimioterapia e cirurgia - Poucos pacientes conseguem um diagnstico precoce - Diagnstico precoce aumento da sobrevida geral19
Ca 125 - glicoprotena de alto peso molecular Produzido pelo epitlio das mucosas, trompas de Falpio, endomtrio e endocrvix No expresso pelo ovrio em situaes no patolgicas nem noutros tecidos A sua antigenicidade deriva principalmente da sua poro de carbohidrato Antignio tumoral -Utilizado como cancro do ovrio; marcador tumoral do
20
- Devem existir cuidados na sua aplicao como teste de rastreio.
Marcador de primeira escolha para tumores do ovrio Utilizado tambm para: Endometriose - Cancro do endomtrio Sensibilidade varivel consoante o estadio da doenaEstadio II 90% Estadio I 50%
Sensibili dade
Estadio IV 94%
21
Estadio III 92%
Seguimento da terapia aps diagnsticoAvaliao prognstica do cancro do ovrio Monitorizao da Resposta ao Tratamento Cirrgico Monitorizao na Resposta Quimioterapia Diferenciao pr-operatria de massas plvicas
1. Avaliao prognstica do cancro do ovrio: Os nveis de Ca 125 so um factor de prognstico de sobrevida dos pacientes; Nveis inferiores esto relacionados com uma maior sobrevida;
Nveis superiores a 65U/ml correspondem a 5% de sobrevida em 5 anos; Nveis superiores a 35U/ml aps 3 ciclos de quimioterapia tambm revelam baixa sobrevida (17% em 2 anos).22
2. Monitorizao da Resposta ao Tratamento Cirrgico Avaliao de doena residual aps remoo cirrgica; 95% dos tumores residuais apresentam nveis elevados de Ca 125; A elevao dos nveis sricos do marcador, pode preceder os sintomas clnicos em cerca de 11 meses (deteco precoce de tumor residual); O doseamento de Ca 125 2 a 3 semanas aps a cirurgia tem funo de prognstico; Nveis elevados aps cirurgia, indicam alta probabilidade de ter doena residual contudo anlises negativas tambm no excluem por completo a presena de tumor residual.23
Deteco de tumor residual precocemente
3. Monitorizao na Resposta Quimioterapia Identifica a actividade da doena durante quimioterapia psoperatria; A combinao de Ca 125, exame clnico e ginecolgico detecta a progresso da doena adequadamente em cerca de 90% dos casos.
Eficcia de 91%
4. Diferenciao pr-operatria de massas plvicas 82% dos casos malignos tm nveis de Ca 125 superiores a 35U/ml; Apenas 3% dos pacientes com massas plvicas no malignas mostram nveis igualmente elevados; Ao associar estes nveis do marcador a uma ecografia transvaginal, principalmente na ps-menopausa, so potentes indicadores de malignidade.24
O Ca 125 no deve ser usado como teste de rastreio- [Ca 125] podem elevar-se 12 meses antes de sinais clnicas da doena
- Ainda tem uma sensibilidade muito baixa;- A maior parte dos tumores do ovrio causa poucos sintomas especficos;- O marcador pode estar associado a condies benignas; - Baixa prevalncia do tumor; - Teste dispendioso para ser alargado a toda a populao.
-Condies Benignas que elevam [Ca 125]: - Cirrose;- Hepatite; -Pancreatite: - Quistos do Ovrio;25
- Endometriose.
Endometriosedoena que se caracteriza pelo crescimento das placas de tecido endometrial, que normalmente s se encontra no revestimento interno uterino, fora do tero
O tecido endometrial pode crescer:
- cavidade abdominal;- ureteres; - superfcie externa dos intestinos; - bexiga; - pleura ou pulmes;
O tecido endometrial fora do lugar responde s mesmas hormonas a que responde o que se encontra dentro do tero:
- Pode sofrer hemorragias durante a menstruao;- Provocando cibras abdominais, dor, irritao e a formao de tecido cicatrizado; - medida que a doena avana, formam-se aderncias (faixas fibrosas) que podem obstruir ou interferir no funcionamento dos rgos. 26
Ca 125 o nico marcador tumoral utilizado para diagnstico de endometriose:-Importante nos estadios III e IV; - O grau de elevao varia consoante a gravidade da doena; - Positivo em 8% dos estadios I; - 88,6% dos estadios IV; - O nvel do lquido peritoneal descrito como um marcador mais sensvel que o nvel srico, tendo valores superiores nos estadios iniciais;
Cancro do Endomtrio Doseamento til no pr-operatrio; Valores superiores a 35U/ml so fortemente indicativos de tumores do endomtrio com acometimento extra-uterino.
Os nveis de Ca 125 tambm podem estar elevados em pessoas saudveis, durante a gravidez ou mesmo pequenos aumentos durante a menstruao (1-2% das mulheres) 27
Doena Inflamatria plvica Em conjunto com CEA, pode predizer mau prognstico e maior potencial de agressividade tumoral Estudos recentes: uso de Ca 125 em crianas portadoras de linfoma noHodgkin Associada uma elevao significativa na doena e diminuio deste marcador aps quimioterapia, com correspondncia com as remisses completas28
Abcessos tubo-ovarianos Quistos, miomas, ascites, pleurisias Carcinoma gstrico Doena Trofoblstica Gestacional Linfoma de Hodgkin
Prev a evoluo e seguimento psteraputico Elevao persistente de aps quimioterapia tem mau prognstico e indica presena de tumor residual
Valores Normais:- < 35 U/ml considerado negativo - entre 35-65 U/ml so considerados elevados (alerta) - superior a 65 U/ml esto relacionados com neoplasia e possivelmente com presena de uma massa plvica
- No se eleva no cancro do ovrio do tipo mucinoso - negativo em 20% dos casos de cancro do ovrio
4. CA 15.3(ANTIGNIO DO CANCRO 15.3)29
Glicoprotena semelhante mucina
Peso molecular: 300-450 kD
Produzido pelas clulas epiteliais glandulares
Marcador tumoral, por excelncia, do cancro de mama, pois o mais sensvel e especfico
Anticorpos utilizados na medio: DF3 (fraco de membranas de metstases hepticas de carcinoma mamrio) e 115D8 (membrana do glbulo de gordura do leite)
Valor de referncia: 25U/mL
30
CA 15-3 no sensvel ou especfico o suficiente para ser considerado como uma ferramenta til para o rastreamento de cancro.Assim
Utilizado para: Monitorizar o tratamento de pacientes com cancro da mama, principalmente os com doena metasttica;Contudo
Deteco de recidivas.
Precedendo os sinais clnicos em at 13 meses.
Encontra-se, ainda, elevado em outros tipos de cancro, tais como: pulmo, pncreas, fgado, ovrio e cancro colorectal.
31
A determinao do CA 15-3 pode ser requisitada juntamente com outros exames tais como, estrognio, progesterona, Her2/neu e testes de expresso do gene do cancro da mama para ajudar a determinar as caractersticas do cancro (ex. carga tumoral) e as opes de tratamento!Contudo
Ca 15.3 s pode ser utilizado como marcador se o cancro produzir elevadas quantidades de Ca 15.3!Assim
Ca 15.3 no solicitado quando o cancro detectado precocemente, uma vez que no incio o seu nvel no suficientemente elevado!
32
Apenas 23% dos casos apresentam este marcador elevado!
Condies no malignas como: Hepatite crnica, Tuberculose, Lpus.
1,3% da populao saudvel.Cancro do fgado e pncreas; doenas benignas da mama.
Elevaes ligeiras a moderadas
Quanto maior o valor, mais avanado o cancro da mama, logo maior a carga tumoral!
Valor normal
Significad o do resultado do teste
Valor elevado
No significa que a pessoa no tem cancro.33
Constante elevao do nvel
O paciente no est a responder ao tratamento! ou Sinal de recidiva do tumor!
Elevao do Ca 15.3 varia consoante o estadio da doena: I 5 a 30%
Correlao entre as mudanas dos nveis de Ca 15.3 com a evoluo da doena Deve mudar pelo menos 25% acima ou abaixo do valor anterior
II 15 a 50%
III 60 a 70%
Aumento 25%: Progresso da doena em 80% a 90% dos casos
Diminuio 25%: Regresso da doena em 70% a 80% dos casos
SensibilidadeIV 65 a 90%34
Varia de acordo com a massa tumoral e o estadiamento clnico
88% a 96% na doena disseminada
Comparao entre Ca 15.3 e CEA no cancro de mama metastticoCa 15.3 70 a 90% dos pacientes tm nveis elevados CEA 50 a 60% dos pacientes tm nveis elevados
Ca 15.3 apresenta uma maior correlao dos seus nveis com a actividade da doena do que o CEA!A ASCO considera que, actualmente, no h dados suficientes para recomendar o CA 15.3 para rastreamento, diagnstico, estadiamento ou acompanhamento aps tratamento primrio do cancro de mama.35
5. CA 19.9
36
Originalmente isolado de uma linhagem de clulas malignas de um cancro do clon humano; uma glicoprotena da superfcie celular (mucina);
Peso molecular entre 200 a 1000 kD; Directamente relacionado com o antignio a do grupo sanguneo Lewis.Indivduos com fentipo Le (a- b-) so incapazes de expressar Ca 19.9 nas suas clulas
O Ca 19.9 indetectvel em cerca de 5% da populao; A maior sensibilidade possvel para este marcador de 95%.37
detectvel durante a vida fetal nas clulas epiteliais do estmago, clon, intestino delgado, pncreas e fgado Em adultos, est presente em baixas concentraes:
Mucosas do tracto gastrointestinal; Saliva; Lgrimas; Lquido amnitico; Secrees gstricas, pancreticas, duodenais e brnquicas; Fluido seminal; Endomtrio. No aparece na corrente sangunea em situaes normaisUtilizado como marcador para neoplasias mas tambm pode estar elevado numa variedade de processos benignos
38
til na avaliao de pacientes com sinais e sintomas de doena pancretica
17% destes pacientes tm cancro do pncreas confirmado
Ca 19.9 - Marcador de primeira escolha para:- Tumores do pncreas e tracto biliar; - Tumores colo-rectais. Diferente sensibilidade consoante a localizao do tumor39
O Ca 19.9 pode ter sensibilidade varivel consoante a localizao do tumor:60-79% dos tumores dos ductos biliares 22% dos cancros esofgicos 40-60% dos tumores gstricos 30-50% dos carcinomas hepatocelulares 30-40% dos tumores do clon
Tumores Pancreticos- Sensibilidade entre 70 a 94% - Especificidade de 81 a 94%.
Diagnstico diferencial entre cancro do pncreas e pancreatite
Ca 19.9 est elevado em 99% dos casos de tumores pancreticos40
Elevado em apenas 4 a 10% nas pancreatites crnicas e 23% das pancreatites agudas
Permite a distino entre tumores do pncreas e da vescula (difcil distino por imagiologia convencional) Valores superiores a Quanto mais Maior probabilidade 300 U/ml probabilidade elevadas [Ca de ser carcinoma do 92% 19.9] pncreas Localizao do Tumor Pancretico: Cabea ou cauda - elevaes de magnitude semelhante; Tamanho do Tumor: Mais de 3 cm - sensibilidade de 90%; Entre 2-3cm - sensibilidade de 50%;
Menos de 2 cm - sensibilidade de 30%;
Variante Histolgica do Tumor : Pouco diferenciado - menor expresso de Ca 19.9;41
Bem diferenciado.
Situaes benignas que causam elevao dos nveis sricos de Ca 19.9
Cirrose Heptica; Colangite Aguda; Cancro da Mama;Nveis mantm-se inferiores a 120 U/ml
Os nveis diminuem rapidamente com a descompresso do ducto biliar
Tumores da Cabea e Pescoo;
Doena Inflamatria Intestinal; Doenas Auto-imunes; Pseudoquistos Pancreticos; Colecistite; Fibrose Pulmonar e Bronquictasias, tuberculose, asbestiose; Doenas reumticas.Aumentos Discretos
42
Doseamento de Ca 19.9 - No deve ser usado para diagnstico isoladamente - Existem outras patologias com nveis ligeiramente elevados;- Em estadios iniciais o marcador pouco sensvel;
- Doena avanada - Nveis muito elevados, contudo em estadios iniciais, no se detectam logo aumentos significativos;Principais Aplicaes Clnicas - Avaliar a resposta dos pacientes quimioterapia (doseamento seriado); - Estabelecer o prognstico dos pacientes; - Monitorizar a recidiva aps tratamento cirrgico.
As tcnicas de imagiologia no revelam grande sensibilidade para este fim
43
O marcador eleva-se at 6 meses antes de existirem achados clnicos ou evidncias na TAC
Pacientes com doena avanada
Dosear Ca 19.9 prev eficazmente a sua sobre vida - Nveis mais elevados - menor sobrevida
Ca 19.9 como marcador pr-cirrgico Em conjunto com TAC, arteriograma e CPREPossibilidade de resectar o tumor e avaliao de metstases
Valores elevados no pr-operatrio e que normalizam logo aps cirurgia Bom prognstico Nveis superiores a 1000 U/ml - indica tumor com mais de 5 cm, em que apenas 5% so possveis de extrair e sem metstases44
Nova aplicao:
- Deteco do colangiocarcinoma em pacientes com colangite esclerosante [Ca19.9] aumentam 15% nestes pacientes que no tm cancro e 90% nos que tm tumores pancreticos-ELISA sandwich;
Doseamento
- Anticorpos monoclonais fixados na fase slida reconhecem o eptopo sialillacto-N fucopentose (Ag Lewis); - Presente nos glicolipdeos e glicoprotenas tipo mucina dos tumores;
Amostra: Soro ou Plasma45 Intervalo de Referncia: 0-55 U/ml
- Usa um isoluminol;
conjugado
derivado
do
- Reaco de Quimioluminescncia.
6. CEA(ANTIGNIO CARCINOEMBRIONRIO)46
Glicoprotena que contm 50% de glcidos
Peso molecular: 200kDa
Faz parte da famlia das imunoglobulinas
Identificado em 1965, tem sofrido extensivos estudos uma vez que considerado o prottipo do marcador tumoral
A famlia gentica do CEA possui 29 genes diferentes que tm vrias funes, sendo expressos em diversas clulas e tecidos como: clulas da mucosa pilrica, clon, fgado, rim, entre outros.
Valor de referncia: 3,5ng/mL em no fumadores e, 7ng/mL em fumadores
47
Utilizado para: Monitorizar o tratamento de pacientes com cancro; Deteco de recidivas.Principalmente cancro do clon (85%)!Contudo
tambm utilizado como marcador para outros tipos de cancro, tais como: pulmo (52% a 77%), mama (30% a 50%), trato biliar (80%), pncreas (61% a 68%), trato gastrointestinal (40% a 60%), entre outros. Onde tem valores elevados!48
Condies no malignas como: inflamao, cirrose, colite ulcerativa, enfisema, outras. Tumores mais avanados ou tumores que se espalharam por todo o corpo!Valor normal ou ligeirame nte elevado
Valor elevado
Aps a terapia: significa que a maioria ou a totalidade do tumor produtor do CEA foi removido!
Significad o do resultado do teste
Valor a diminuir
Tumores menores e em estadio inicial!Constante elevao do nvel
1 sinal de recidiva do tumor!
49
Cancro colo-rectalA sensibilidade oscila em torno de 40% a 47%
A especificidade entre 90% a 95%
Cancros recorrentesA sensibilidade oscila em torno de 80% a 84%
50
A especificidade entre 95% a 100%
7. PSA(ANTIGNIO PROSTTICO ESPECFICO)51
Glicoprotena com actividade enzimtica proteoltica.
Produzido no citoplasma das clulas acinares prostticas e no epitlio ductal.
Encontrado em tecido prosttico normal, benigno e maligno, e no fludo seminal.
Marcador de eleio para diagnstico, acompanhamento da evoluo clnica e avaliao da resposta teraputica no carcinoma da prstata.
Peso molecular Localizao do gene Actividade enzimtica Controlo da sntese
33 kD Regio q13.2 q13.4 Serina protease Androgneos
Especificidade 90%
Sensibilidade 68%
Liquefaco do cogulo seminal. Aco fisiolgica marcador tumoral PSA. Tabela: Caracterizao do Possvel factor de crescimento.
52
Valor de referncia: < 5,0 g/L
Os nveis de PSA correlacionam-se directamente com o volume da prstata, com a fase do cancro e com a resposta ao tratamento.
A - PSA detectado com um reagente ideal
B - PSA detectado com os reagentes actualmente disponveis
Fig.: A Por no haver sobreposio das curvas com o reagente ideal, permitiria 100% de especificidade e de
sensibilidade.B H interseco das duas curvas, o que acarreta a possibilidade de se obterem resultados falsos-positivos ou falsos-negativos.
53
O carcinoma de prstata a nica forma de cancro em homens nos quais PSA detectvel no soro. Por isso, a dosagem de PSA recomendada, em combinao com o exame rectal digital, para investigao do cancro da prstata. Apesar de ser um dos poucos marcadores especficos de rgo, no indica s situaes de malignidade. Pode encontrar-se elevado em:
Hipertrofia benigna da prstata; Prostatite; Aps algumas formas diagnsticas como o toque rectal, a cistoscopia e a coloscopia. Como tambm se encontra nas glndulas parauretrais, frequente existirem nveis baixos de PSA nas mulheres.54Fonte:
O rastreio do cancro da prstata controverso.
Algumas organizaes recomendam, a realizao de toque rectal e o doseamento do PSA (antignio especfico da prstata), a partir dos 50 anos.
Factores pr-analticos Estabilizadores utilizados na preparao dos calibradores; Composio em PSA livre e combinado dos calibradores; Tempo de incubao; Anticorpos utilizados.
Procedimento Toque rectal
Grupo de pacientes CaP / HBP
Efeito na [PSA] Nenhum ou pontual
Ecografia EcografiaMassagem Cistoscopia Bipsia 55
CaP / HBP ProstatiteHBP Patologia prosttica Patologia prosttica
Nenhum ou pontual Aumento (x1,3)Aumento (x1,9) Aumento (x4,1) Aumento (x57)CaP: carcinoma da prstata. HBP: hiperplasia benigna da prstata.
Tabela: Relao entre procedimentos invasivos de diagnstico e o doseamento de PSA.
Velocidade do PSA Mnimo 3 medies de PSA para calcular a velocidade; Variao biolgica pode modificar a concentrao de PSA em ausncia de neoplasia; Variabilidade do teste a longo prazo. Densidade do PSA Normalizao da [PSA] em relao ao volume prosttico (obtido por meio de ecografia transrectal); Cariabilidade no clculo do volume prosttico; Desvantagem: menor taxa de deteco de carcinoma em glndulas maiores. Cut-off ajustado para idade Valor de referncia Idade PSA 40-49 50-59 60-69 70-79 0-2.5 0-3.5 0-4.5 0-6.5
tPSA cPSA(act)
fPS A
cPSA(mg)
Tabela: Valores de referncia do PSA por idade em indivduos de raa branca.
Formas moleculares do PSA; 56 Redes neuronais.
O doseamento de PSA fundamental para um estadiamento do paciente com carcinoma da prstata. Vrios estudos mostram: cerca de 80% dos pacientes com [PSA] menor do que 4ng/mL apresentam tumor restrito prstata; metade dos pacientes com [PSA] superior a 10 ng/mL apresentam extenso extra-capsular; a maioria dos pacientes com [PSA] superior a 50 ng/mL
apresenta metstases em gnglios linfticos plvicos
Contudo o doseamento do PSA, isoladamente, no suficientemente preciso para estadiar os pacientes.57
O diagnstico do carcinoma da prstata estabelecido com base no exame prosttico (toque rectal), no PSA e na bipsia prosttica. Podero ser
Diagnstico de carcinoma da prstata usando a %fPSA
TR e PSA anual
realizados outros exames no caso domdico considerar adequado.TR normal
TR anormal
PSA total
Bipsia
PSA < 2ng/ml
PSA 210ng/ml
TR e PSA anualFonte: http://www.imunostar.com/pic/produtos/Teste_PSA_4c3af3ddbc0d7.jpg 58 http://www.prodimol.com.br/arquivos//Produtos/AconPSA.jpg
% fPSA(bipsia)
TR: toque rectal
8. CYFRA 21.1
59
Natureza qumica
Fragmento da citoqueratina 19, encontrado no soro.
Local de sntese Valor de referncia
Vrios tecidos, especialmente pulmes. 0,25-3,3 g/L
Este marcador tem alta sensibilidade para carcinoma de clulas escamosas (entre 38% e 79%, de acordo com o estadio da doena), e um factor de
mau prognstico no carcinoma de clulas escamosas do pulmo.
Aumenta inespecificamente em algumas patologias benignas pulmonares, gastrointestinais, ginecolgicas, urolgicas e da mama, podendo gerar falsos-positivos.Fonte:http://www.carregal-digital.pt/imagens.php?src=artigosbin_imagem_jpeg_0825401001210582040-417.jpeg&x=228 http://3.bp.blogspot.com/_HIPrm9Vj07Y/SW8_IbEkQNI/AAAAAA AAABE/IX31MvUs9DY/s320/240px-Gray1223%5B1%5D.png
60
Cyfra 21.1
Marcador tumoral para:
Neoplasias epiteliais do crvix
Carcinoma brnquico de clulas no pequenas.
Neoplasias do endomtrio
Carcinomas da bexiga, nomeadamente nas formas msculoinvasivas.
Adenocarcinomas; Carcinomas escamosos;
A sensibilidade de cyfra 21.1 muito semelhante nos dois tipos de neoplasias epitelias do crvix, isto devido ao facto deste marcador tumoral no apresentar qualquer relao com o tipo histolgico.
Marcador pouco sensvel em situao de pr-tratamento e durante o tratamento, mas em situao de recidiva, entre os marcadores SCC e CEA, o mais sensvel.
A sua sensibilidade pode ser aumentada quando conjugado com outros marcadores, como CEA e SCC.61
Cyfra 21.1
Marcador tumoral para:
Neoplasias epiteliais do crvix
Carcinoma brnquico de clulas no pequenas.
Neoplasias do endomtrio
Carcinomas da bexiga, nomeadamente nas formas msculoinvasivas.
Cyfra 21.1 permite separar doenas benignas de doenas malignas do pulmo com uma especificidade de 95%.
Cyfra 21-1 utilizado para a dosagem quantitativa de fragmentos de Citoqueratina 19 no soro de pacientes com carcinoma de clulas escamosas dos pulmes.
62
Cyfra 21.1
Marcador tumoral para:
Neoplasias epiteliais do crvix
Carcinoma brnquico de clulas no pequenas.
Neoplasias do endomtrio
Carcinomas da bexiga, nomeadamente nas formas msculoinvasivas.
Apesar
de
no
existirem
marcadores
tumorais especficos para estas neoplasias, Cyfra pode ser utilizado conjuntamente com outros marcadores, com maior sensibilidade que este.
63
9. CA 72.4
64
Ca 72.4 ou TAG-72Glicoprotena mucnica de elevado peso molecular ( 400 000 daltons)
O seu doseamento reflecte: a) Extenso da patologia (estgio) b) A sua progresso (prognstico)
[] sangunea
65
Pancreatite Patologias renais crnicas Pancreatite Cirrose Patologia benigna do tubo digestivo
Especificade : Ausncia de sensibilidade dirigida a um rgo alvo
Sensiblidade do Ca 72.4 para cada orgo: 66
Clon: 55% Estmago: 50% Pncreas e tracto biliar: 45% Ovrio: 63% Pulmo
Funo de follow up de recidivas no tracto gastro-intestinalValor de referncia 6U/ml
Complementariedade com: CEA Ca 125 Ca 19.9 Ca 5067
o Gstrico (sensibilidade acrescida para esta patologia) o Clon o Pncreas o Tracto biliar
10. SCC
68
Antignio associado a patologias de clulas escamosas
[] sangunea Enfermidades benignas da pele Insuficincia renal Psorase Eczemas Pnuemopatias Endometriose
Pulmo Crvix Laringe nus Cabea Pele Urogenitais
Utilidadeo Monotorizao da teraputica e do estadio da patologia o Deteco precoce de recidivas de cancro de clulas escamosas
Limitaoo especificidade o sensibilidade em estgios precoces o Impossibilita a deteco precoce e diagnstico dos tumores
69
SCC Doseado por imunoensaio de micropartculas Secretado naturalmente em: Suor Saliva Fluidos corporais
Peso molecular 48000 daltons Ponto isoelctrico: 6.62 Inibidor da protease de serina
Falsos positivosContaminao da amostra com fludos secretados naturalmente
Referncia