MAQUIAGEM: UM RECURSO PARA PROMOVER A AUTOESTIMA …

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1 MAQUIAGEM: UM RECURSO PARA PROMOVER A AUTOESTIMA Jéssica Krauss da Silva Dutra ¹ Siegried Pontes ² ¹ Acadêmica do Curso de Cosmetologia e Estética na Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL ² Professora Orientadora do Curso Superior de Tecnologia em Cosmetologia e Estética da Universidade do Sul de Santa Catarina - UNISUL – 2018/1 Resumo: O presente estudo trata-se de uma análise de caso com comparação antes e depois, de questionários de autoestima e autoimagem. A intervenção foi realizada em mulheres de classe média baixa. O recurso utilizado para a melhora da autoestima, foi a maquiagem, comprada no comércio local com baixo custo. Para coleta e análise de dados foi utilizado o questionário de Rosenberg, um questionário de percepção de autoimagem e fotografias, ambos com comparação de antes e depois. Os resultados demonstram de forma numérica a eficácia deste recurso de baixo custo. Conjuntamente com a intervenção, uma pesquisa foi realizada a respeito de produtos de maquiagem que as participantes usam, o que pensam a respeito da maquiagem, e as partes do rosto que gostam de destacar ou disfarçar. Palavras-chave: Maquiagem. Autoestima. Baixa classe média. 1 INTRODUÇÃO Mesmo com o aumento efetivo de compra, da população de classe média baixa, ainda é fato que algumas necessidades dos brasileiros dessa classe social não são supridas. Por, não raras, vezes a privação de determinados recursos podem afetar a autoestima. Abraham Maslow – Psicólogo americano, criador da proposta de Hierarquia de Maslow – explica através de sua pirâmide, que quando as necessidades que estão na base (necessidades fisiológicas, necessidades de segurança e necessidades sociais) não são supridas é inviável atingir os patamares superiores, onde está localizada a necessidade de autoestima. (ABIHPEC, 2017). De modo que a autoestima está quase no topo da pirâmide, não são todos que conseguem alcança-la. Portanto a população de classe média baixa fica ainda mais suscetível a não conquistar os fundamentos básicos para uma boa autoestima. Além da autoestima ser indispensável para a sobrevivência psicológica, como afirma MCKAY (2010), se há falta de

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MAQUIAGEM: UM RECURSO PARA PROMOVER A AUTOESTIMA

Jéssica Krauss da Silva Dutra ¹ Siegried Pontes ²

¹ Acadêmica do Curso de Cosmetologia e Estética na Universidade do Sul de Santa Catarina –

UNISUL

² Professora Orientadora do Curso Superior de Tecnologia em Cosmetologia e Estética da

Universidade do Sul de Santa Catarina - UNISUL – 2018/1

Resumo: O presente estudo trata-se de uma análise de caso com comparação antes e depois, de questionários de autoestima e autoimagem. A intervenção foi realizada em mulheres de classe média baixa. O recurso utilizado para a melhora da autoestima, foi a maquiagem, comprada no comércio local com baixo custo. Para coleta e análise de dados foi utilizado o questionário de Rosenberg, um questionário de percepção de autoimagem e fotografias, ambos com comparação de antes e depois. Os resultados demonstram de forma numérica a eficácia deste recurso de baixo custo. Conjuntamente com a intervenção, uma pesquisa foi realizada a respeito de produtos de maquiagem que as participantes usam, o que pensam a respeito da maquiagem, e as partes do rosto que gostam de destacar ou disfarçar.

Palavras-chave: Maquiagem. Autoestima. Baixa classe média.

1 INTRODUÇÃO

Mesmo com o aumento efetivo de compra, da população de classe média baixa,

ainda é fato que algumas necessidades dos brasileiros dessa classe social não são supridas.

Por, não raras, vezes a privação de determinados recursos podem afetar a autoestima.

Abraham Maslow – Psicólogo americano, criador da proposta de Hierarquia de Maslow –

explica através de sua pirâmide, que quando as necessidades que estão na base (necessidades

fisiológicas, necessidades de segurança e necessidades sociais) não são supridas é inviável

atingir os patamares superiores, onde está localizada a necessidade de autoestima.

(ABIHPEC, 2017).

De modo que a autoestima está quase no topo da pirâmide, não são todos que

conseguem alcança-la. Portanto a população de classe média baixa fica ainda mais suscetível

a não conquistar os fundamentos básicos para uma boa autoestima. Além da autoestima ser

indispensável para a sobrevivência psicológica, como afirma MCKAY (2010), se há falta de

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alguma das medidas de valor pessoal a vida pode passar a ser algo lamentável. O ser humano,

devido à natureza do autojulgamento, é muito suscetível a rejeição de si, ou de partes de si,

caracterizando uma baixa autoestima. Porém, ainda segundo ele (MCKAY, 2010), quando é

possível reverter esta auto rejeição, acontece um efeito cascata em vários aspectos da vida,

trazendo a sensação de liberdade.

Então se for viável elevar a estima individual, através de algum meio, há de fato

uma melhora iminente. A maquiagem, tem o poder de alterar, camuflar e principalmente

destacar. Se usada de forma adequada consegue manipular essa parte que está sendo rejeitada,

trazendo uma melhora notória para a autoestima. Sendo assim, o ato de se maquiar não é

apenas para o embelezamento pessoal, a maquiagem é um coadjuvante quando se deseja

reforçar a personalidade, a atitude ou o estilo do indivíduo, como afirma MOLINOS (2010).

A partir daí é possível desencadear o efeito cascata citado por MCKAY (2010).

A maquiagem já foi um artigo de luxo, porém, na contemporaneidade esse

recurso está, também, disponível para as classes mais baixas na pirâmide social, sendo de fácil

acesso e com preço reduzido. A quantidade de produtos disponíveis, a concorrência de

diversas marcas e até a crise financeira do país traz uma queda no preço desses produtos.

Conforme a ABIHPEC 2017, a leve expansão prevista nesse setor para 2017 será sustentada

por produtos de baixo custo.

Baseado nisso, surgiu a questão problema deste trabalho: Qual a influência da

maquiagem sobre a autoestima das mulheres de classe média baixa? A principal proposta

deste estudo é apresentar a maquiagem de baixo custo para mulheres da classe média baixa,

mostrando a elas que há meios para promover a estima própria mesmo com um orçamento

mensal modesto. Este público foi escolhido para a pesquisa por estar inserido no universo de

convívio da pesquisadora.

2 MATERIAIS E MÉTODOS

Esta pesquisa obteve a aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa da Unisul (CEP-

Unisul), segundo o parecer 76595417.4.0000.5369. Todas as voluntárias leram e assinaram o

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e o Termo de Autorização de Uso de Imagem.

O recrutamento das amostras foi feito na primeira etapa do estudo, que

consistiu na postagem de uma publicação na rede social, Facebook, instruindo a respeito da

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pesquisa. Na publicação também foram abordados itens de grande importância para o

desenvolvimento da parte prática do estudo, tais como: critérios de inclusão e exclusão, data e

hora, local dos encontros, e o objetivo da pesquisa.

Foram recrutadas para o estudo as primeiras 8 mulheres que fizeram contato

com a pesquisadora e se encaixaram nos critérios de inclusão e exclusão. Apenas se incluíram

no estudo mulheres que não tenham o hábito de se maquiar e se encaixem na definição de

classe média baixa citada no decorrer da pesquisa. Serão excluídas do estudo, mulheres que

apresentem qualquer tipo de alergia a maquiagem, feridas, dermatites ou doenças de pele na

região facial.

Dos critérios de inclusão os principais foram: Assinar o Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido e o Termo de Uso da Imagem, somente mulheres em 35 e 65 anos e não

ter o hábito de usar maquiagem e estar socialmente incluída na classe média baixa. Dos

critérios de exclusão os principais foram: alergias de pele, feridas cutâneas na face ou cirurgia

facial recente.

A intervenção foi realizada em dois encontros presenciais, com uma semana de

intervalo. No primeiro encontro as participantes receberam os termos de uso de imagem e

consentimento livre e esclarecido, que foi lido em conjunto com a pesquisadora e

posteriormente assinado pelas mesmas, juntamente com uma ficha de registro de amostra.

Após as assinaturas as 8 mulheres receberam um espelho para fitar seu rosto em caráter auto

avaliativo e responder o questionário de satisfação pessoal, feito afim de demonstrar as áreas

do rosto de menor agrado, essas áreas são pontos específicos do Visagismo, testa, nariz, boca,

queixo.

Em seguida foi feita uma foto individual de cada participante, de acordo com o

procedimento descrito a seguir. As modelos foram posicionadas sentadas de forma ereta, em

uma banqueta com 40cm de altura à 30 centímetros de distância do tripé ajustável que

segurava a câmera. A fotografia foi transferida para o computador portátil, onde as amostras

observaram individualmente a sua foto e responderam o questionário de Rosenberg, afim de

avaliar a autoestima para uma comparação com o mesmo questionário respondido no segundo

encontro. A somatória e pontuação do questionário, que obtém valores entre 10 e 30 pontos,

foi contabilizada da seguinte forma:

Para os itens 1, 2, 4, 6 e 7:

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Concordo plenamente = 3

Concordo = 2

Discordo = 1

Discordo totalmente = 0

Para itens 3, 5, 8, 9 e 10:

Concordo plenamente = 0

Concordo = -1

Discordo = -2

Discordo totalmente = -3

A fotografia e o questionário de Rosenberg, segundo (HUTZ 2000), foram realizados

desta mesma maneira no encontro 1 e 2. Após este procedimento o primeiro encontro foi

finalizado e as participantes dispensadas.

No segundo encontro as voluntárias receberam a aplicação de maquiagem

facial, com primer, base, corretivo, iluminador, pó compacto, blush, lápis de sobrancelha,

sombra, rímel e batom de acordo com o protocolo criado pela pesquisadora. Uma maquiagem

leve, apenas para disfarçar as imperfeições realçando seus pontos fortes e preferidos. Elas

foram incentivadas a olharem seus rostos no espelho novamente para responderem o

questionário de auto avaliação. Novamente foi tirada uma fotografia facial, de mesmo modo

que a anterior, que as mulheres visualizaram para responder novamente o questionário de

Rosenberg.

Por fim foi realizado um breve questionário de satisfação, para as participantes do

estudo darem o seu parecer quanto à qualidade de todo o procedimento realizado. Neste

momento elas tomaram conhecimento de que toda a maquiagem foi feita com produtos de

baixo custo, encontrado no comércio local. Foi feito uma pequena confraternização entre as

participantes com distribuição de um batom de brinde, como agradecimento pela participação

no estudo e forma de estimular à auto maquiagem.

3 RESULTADOS

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O questionário de Rosenberg foi a ferramenta utilizada para averiguar, de

forma fidedigna, se houveram mudanças na autoestima das amostras em decorrência da

utilização da maquiagem. O questionário está de acordo com o modelo adaptado por HUNTZ

(2000). Contendo 10 questões de valores pessoais variando entre positivos e negativos, tendo

como opções de resposta: discordo totalmente; discordo; concordo; concordo totalmente.

A escala varia de 0-30. As pontuações entre 15 e 25 estão dentro do alcance

normal; as pontuações abaixo de 15 sugerem baixa autoestima. Avaliando todos os

questionários apenas uma das amostras se encontrava em estado de baixa autoestima

(Amostra 5/ figura 6), todas as outras estavam dentro do alcance normal da tabela. Está

amostra, participante 5, saiu da baixa autoestima e entrou para o alcance normal depois da

maquiagem. Ela passou do número 13 para o número 18 obtendo assim uma variação positiva

de *38,46%. Apenas duas das amostras demonstraram uma pequena queda em relação à

contagem de pontos, (Amostra 1-Figura 2 e amostra 8-Figura 9), nesses dois casos a

pontuação diminuiu em duas unidades, passou de 27 para 25, diminuindo assim apenas 7,4 %

cada amostra.

Todas as outras mulheres obtiveram resultados positivos de pelo menos um

ponto a mais na contagem, como evidencia o gráfico abaixo:

0

5

10

15

20

25

30

35

Amostra 1 Amostra 2 Amostra 3 Amostra 4 Amostra 5 Amostra 6 Amostra 7 Amostra 8

Análise do questionário de Rosenberg

Sem maquiagem Com maquiagem

Gráfico 1- Análise do questionário de Rosenberg

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O gráfico acima demostra a variação da autoestima das participantes de acordo

com a contagem de pontos do questionário de Rosenberg antes e depois da maquiagem. Para

6 das amostras a variação foi positiva, houve aumento da autoestima depois da maquiagem.

Ou seja 75% das amostras aumentaram a autoestima através do uso da maquiagem. A tabela a

seguir demonstra em número e porcentagem absoluta a variação demonstrada no gráfico

anterior:

Tabela 1- Variação de autoestima

No registro de amostra, além dos dados pessoais das participantes, também

foram abordadas questões a respeito da renda familiar, questões sobre uso de maquiagem e

questões sobre a importância da maquiagem para a vida cotidiana. Quando questionadas a

respeito da frequência com que se maquiavam as amostras foram quase uniformes na

resposta, as opções de respostas foram: apenas para eventos especiais; nunca; diariamente;

apenas nos finais de semana. Nenhuma delas se maquiava diariamente ou nos finais de

semana, 75% utilizava maquiagem apenas para eventos especiais e os outros 25% nunca

utilizavam. Na questão seguinte a abordagem era sobre quais maquiagens elas utilizavam para

eventos especiais, o gráfico a seguir detalha a resposta:

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Gráfico 2 - Maquiagens utilizadas pelas amostras em eventos especiais.

Como pode-se observar no gráfico acima todas as mulheres utilizam o batom, o

que demonstra um interesse, mesmo que subconsciente, em destacar a comunicação e a

sensualidade, de acordo com HALLAWEL (2010). Ainda outra área que ganha destaque, com

a maquiagem para eventos especiais são os olhos, que elas preferem destacar de uma maneira

pouco extravagante, o que remete a não evidenciar demasiadamente as emoções. Por fim

algumas delas fazem uso de base, pó e blush para deixar a pele mais uniforme com intuito de

não evidenciar as marcas da idade.

A terceira questão levantada foi sobre a renda média familiar de cada amostra,

com o intuito de confirmar que elas se encaixavam na classe média baixa, e as respostas

foram unanimes. Todas assinalaram a opção ‘’ de R$2.675,00 até R$4.681,00’’.

Na segunda etapa deste mesmo questionário, as mulheres deveriam assinalar

com: concordo; neutro; discordo, a respeito das frases afirmativas em questão. Como mostra o

gráfico 3:

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Gráfico 3 - Afirmações sobre a maquiagem

O gráfico 3 expõe a opinião das amostras sobre seis afirmações a respeito da

maquiagem. A maioria das mulheres discorda de que a maquiagem pode mudar o que as

pessoas alheias pensam sobre elas, e isso demonstra alguma segurança com a sua

autoimagem. 50% das participantes não acha que a maquiagem é importante para ser utilizada

em casa, 37,5% não tem uma opinião formada a respeito e apenas 12,5% concordam que é

importante. A respeito de para quem queriam ficar bonitas com a maquiagem 87,5% delas

concordam que querem ficar bonitas para si mesmas. Na visão geral elas concordam que

maquiadas as pessoas se sentem mais seguras de si. Grande parte prefere ser maquiada por

outra pessoa, apenas 25% gosta de auto maquiagem. A grande parcela, de 75% das mulheres

concorda que a maquiagem não é uma das primeiras características notadas em alguém.

Todo o questionário de auto avaliação, tanto o antes quanto o depois, foi

respondido pelas participantes enquanto elas olhavam sua imagem refletida no espelho. As

três primeiras questões eram sobre os aspectos positivos e negativos que elas podiam citar

sobre seus rostos. A primeira era referente a parte que elas mais gostavam, a segunda o que

menos gostavam e a terceira o que mudariam se fosse possível. 50% das mulheres mencionou

que a parte que mais gostam são os olhos. O restante delas prefere a boca, que tem uma

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conotação de comunicação e sensualidade. 75% relatou que não se sentem satisfeitas com o

nariz, as outras 12,5% se dividiram entre olhos e boca. Levando as respostas delas em conta, a

maquiagem foi feita em prol de suavizar, sem perder as características fundamentais, os

pontos que elas consideravam negativos e realçar os pontos fortes.

A quarta questão foi criada de forma que a participante fosse instruída a

observar pontos específicos do seu rosto através do espelho, antes e depois da maquiagem.

Elas assinalaram o sentimento que cada área observada às remetia, as respostas foram

analisadas e constatadas em forma de tabela:

Tabela 2 - Antes da maquiagem.

Partes do

rosto

Testa 50,00% 50,00% 0,00%

Olhos 62,50% 12,50% 25,00%

Nariz 0,00% 50,00% 50,00%

Boca 62,50% 25,00% 12,50%

Queixo 75,00% 25,00% 0,00% Tabela 3 - Depois da maquiagem.

Partes do

rosto

Testa 62,50% 37,50% 0,00%

Olhos 87,50% 12,50% 0,00%

Nariz 50,00% 12,50% 37,50%

Boca 62,50% 37,50% 0,00%

Queixo 87,50% 0,00% 12,50%

Observando os resultados das tabelas anteriores é possível notar diferenças

entre elas. O que mostra que os sentimentos ao ver sua imagem refletida, com e sem

maquiagem, foram diferentes. Sobrepondo a tabela 1 com a tabela 2, é possível notar grande

diferença de sentimentos em relação a própria imagem. Os índices negativos indicam a

porcentagem de mulheres que migrou de um sentimento para outro, e os positivos a

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porcentagem que aderiu a um novo sentimento. Os índices zerados representam pontos em

que não houveram mudanças.

Tabela 4 – Resultados.

Conforme mostra a tabela acima, houve uma grande mudança na percepção de

cada amostra sobre a sua autoimagem. 12,5% das mulheres passaram a gostar mais da sua

testa depois da maquiagem; 25% delas, mudaram sua percepção do olhar e passaram a achar

seus olhos bonitos; 50% das amostras saíram muito mais satisfeitas com seus narizes.

Todas as amostras responderam ao questionário com o nível máximo de

satisfação em todos os quesitos propostos. Sendo assim a satisfação foi de 100% das

participantes, nos seguintes aspectos: cordialidade do profissional; atenção dada as queixas;

explicação sobre o procedimento; confiança no procedimento; avaliação geral do

atendimento. Abaixo as fotografias do dia 1 e ao lado dia 2.

Figura 1- Amostra 1 antes e depois.

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Figura 2- Amostra 2 antes e depois.

Figura 3- Amostra 3 antes e depois.

Figura 4- Amostra 4 antes e depois.

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Figura 5- Amostra 5 antes e depois.

Figura 6- Amostra 6 antes e depois.

Figura 7- Amostra 7 antes e depois.

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Figura 8- Amostra 8 antes e depois

Em relação as imagens, é possível notar claramente a mudança nas expressões faciais

das mulheres após receberem a maquiagem. Nenhuma característica delas foi apagada de fato,

a maquiagem serviu apenas como um coadjuvante para realçar a beleza natural de cada uma

delas em particular. Nenhuma delas foi orientada a sorrir ou arrumar os cabelos em nenhum

momento. A única indicação sobre a maneira da foto foi que se sentassem de forma ereta e

olhassem para a câmera. Os formatos e estruturas presentes nos seus rostos não foram

modificados, as sobrancelhas foram apenas preenchidas sem mudar o formato, de mesma

forma com os lábios. Mantendo assim a essência, e características individuais que cada uma já

apresentava.

4 DISCUSSÃO

4.1 MAQUIAGEM

Para CEZIMBRA (2014), jornalista especializada em matérias de beleza, tanto

mulheres quanto homens dos povos considerados primitivos utilizavam misturas de barro,

minerais e extratos de plantas e até sangue de animais para pintar seus rostos e corpos para

rituais de magia ou de adoração, consagração de deuses, comemorações de fases da vida,

identificar tribos, e estabelecer classes sociais. Dentre os povos da antiguidade os egípcios

foram os primeiros a utilizarem produtos cosméticos em larga escala.

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Algo interessante a ser mencionado sobre essa época segundo SOUZA (2008), é o fato

de que diferentes cargos possuíam diferentes tipos de maquiagem e diferentes cores, por

exemplo o faraó utilizava um delineador verde e batom azul, o que lhe dava proteção contra o

sol e diferenciava sua posição hierárquica naquela civilização.

Desde de o Egito antigo até os dias atuais a maquiagem tem sido aperfeiçoada, e agora

é utilizada não só apenas por membros da classe social de maior prestígio, mas por todos os

indivíduos que tenham interesse em melhorar sua aparência. Alguns fatores têm colaborado

para a popularização da maquiagem, conforme dados da ABIHPEC (2017), a participação

constante e crescente das mulheres no mercado de trabalho, o lançamento constante de

produtos, que atendem cada vez mais as necessidades de mercado, e a utilização das mais

avançadas tecnologias, que favorecem o aumento da produtividade e consequentemente a

queda nos valores de mercado. Estes fatores têm influenciado diretamente a popularização dos

produtos de maquiagem pelas classes de poder aquisitivo não muito elevado. As maquiagens

utilizadas no estudo priorizavam esse caráter, ser de baixo custo e do comércio local.

É importante notar que a maquiagem tem em sua definição produtos de diversas cores

e formas cosméticas que tem como objetivo embelezar a pele e cobrir possíveis imperfeições

bem como valorizar as melhores qualidades da face de quem a usa (REBELLO, 2016), não é

possível limitar os benefícios da maquiagem à somente uma ferramenta utilizada pela mulher

para realçar sua beleza e aumentar seu poder de sedução, isto é subestimar a sua capacidade

de elevação da autoestima.

O principal objetivo da maquiagem como muitos pensam, não é mascarar o indivíduo

e enquadrar todos os rostos em um padrão de beleza nada natural, mas sim ressaltar as

qualidades. Exaltando os pontos fortes de cada pessoa particularmente, e logicamente também

amenizar os defeitos e imperfeições, com a intenção de causar harmonia e simetria, ou seja,

uma ordem no rosto como já mencionava Aristóteles “A beleza – será a de um ser vivo, seja

de qualquer coisa que se componha de partes – não só deve ter estas partes ordenadas, mas

também uma grandeza que obedece a certas condições” (DE SOUZA, 1951). No dicionário a

palavra maquiagem aparece com o seguinte significado: ‘’FIG. Ato de fazer pequenas

alterações em algo para tornar seu aspecto mais atrativo. ’’ (MICHAELLIS, 2015), e este é

um dos propósitos deste trabalho, mostrar que a maquiagem não é uma farsa, mas sim, uma

ferramenta para reforçar a personalidade.

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A maquiagem deve realçar as características particulares de cada ser, e não as apagar.

Segundo HALLAWELL (2010), baseado nos arquetípicos analisados pelo psicanalista CARL

JUNG (1977), no livro ‘’O homem e seus símbolos’’ há símbolos que têm significados

análogos em diferentes culturas e tempos. Esses símbolos se manifestam no subconsciente

trazendo sensações e reações emocionais. E é justamente essas formas, presentes no nosso

rosto, que a maquiagem deve valorizar. A testa representa o intelecto, os olhos e sobrancelhas

remetem às emoções, o nariz diz respeito à ação e ritmo, a boca demonstra intuição,

comunicação e sensualidade, o queixo reflete a força, estabilidade e determinação. Apagar

esses traços com a maquiagem é generalizar o indivíduo, a intenção deve ser apenas de

amenizar, ou realçar os traços já existentes em cada rosto particularmente.

4.2 AUTOESTIMA

Autoestima é um conceito pouco definido, de acordo com MAIA (2005), o termo faz

menção à opinião acerca do ser sobre si próprio (chamada autoconceito), juntamente com o

valor ou sentimento de si (amor próprio, autovalorização), adicionado a todos os outros

pensamentos e comportamentos que demonstrem segurança e confiança (autoconfiança). Não

apenas isso, mas esses conceitos (autoconceito, amor próprio, autovalorização, autoconfiança)

em conflito com as relações interpessoais e com o ambiente ao redor de si. Sendo assim ele

coloca desta forma ‘’. Então não estamos falando apenas de um sentimento que temos por nós

mesmos. Mais que isso, estamos falando de pensamentos e comportamentos que temos

relacionados a nós mesmos. ’’

ROSENBERG (1965), conceitua a autoestima como um conjunto de sentimentos a

respeito do valor próprio, competência e adequação, isto refletindo em uma atitude positiva ou

negativa em relação a si mesmo. Já COOPERSMITH (1989) enfatiza que o ponto de destaque

para a autoestima é o aspecto de valor, que guia o indivíduo a aceitar a si mesmo, e valorizar o

outro, eleger suas metas e projetar suas expectativas para o futuro (BEDNAR & PETERSON,

1995).

Em sua obra “Os antecedentes da Autoestima”, COOPERSMITH (1967), por meio de

observação controlada, buscou identificar fatores que - além da formação da identidade -

influenciam na autoestima positiva ou negativamente. Separou os conteúdos do inventário em

quatro áreas subjetivas: pais; amigos; escola; si mesmo ou o “eu” como um todo. Todos esses

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fatores apresentavam variações quanto ao sexo, idade e desenvolvimento de papéis sociais.

Segundo o autor, a autoestima expressa uma atitude de aprovação ou desaprovação que o

indivíduo faz e mantém sobre si mesmo. Esta auto avaliação inclui: (1) o quanto esse

indivíduo é valorizado pelo meio social restrito e amplo; (2) a experiência pessoal relacionada

ao ser bem-sucedido ou não; (3) o conceito pessoal em relação ao ser bem ou malsucedido e

(4) como a criança elabora seus sucessos e fracassos.

Ainda neste mesmo estudo, com o objetivo de avaliar a autoestima, em sentido

global, ROSENBERG (1983), propôs sua escala, conhecida por Escala de Autoestima de

Rosenberg (EAR). Essa escala é utilizada mundialmente como instrumento unidimensional

para classificar o nível de autoestima em baixo, médio e alto. A autoestima é citada como

julgamento de valor sobre si, confiança e competência, a média estima se caracteriza pela

inconstância entre a aprovação e rejeição de si, por último a baixa estima que é discernida

pela incapacidade e desaprovação de si. Já de acordo com COOPERSMITH (1967), uma

pessoa com autoestima alta mantém uma imagem constante de suas capacidades e de sua

distinção como pessoa. Tem maiores possibilidades para assumir papéis ativos em grupos

sociais que efetivamente expressam as suas visões. Menos preocupada por medos e

ambivalências, essa pessoa se orienta mais diretivamente e realisticamente para o êxito de

suas metas.

Segundo a teoria de ABRAHAM HAROLD MASLOW (1970), um psicólogo

americano, demonstra através da pirâmide, criada pelo próprio que para alcançar a perfeita

satisfação pessoal devemos satisfazer as necessidades básicas primeiro e à medida que essas

carências são supridas passar para o próximo nível da pirâmide até que seja possível

conquistar a auto realização. Ainda de acordo com ele, MASLOW (1970), o comportamento

humano é motivado por necessidades, e essas estão descritas em sua pirâmide como

‘’necessidades fundamentais’’.

Figura 9 - Pirâmide de Maslow

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Fonte: ABIHPEC (2017, p.11).

A dinâmica de satisfação antepõe a necessidade mais urgente, e quando esta é

realizada a seguinte então torna-se a mais urgente e assim progressivamente. Sendo assim,

torna-se uma hierarquia, de fato uma pirâmide. As necessidades de estima estão logo a baixo

do topo da pirâmide, à vista disso é necessário que os primeiros patamares desta pirâmide

sejam supridos para que se alcancem e possam ser supridas as necessidades de estima.

Seguindo esta ideia (MASLOW, 1970), dentro do nível da estima existem duas necessidades

distintas, uma menos e uma mais importante. A menos importante se refere ao

reconhecimento alheio, de atenção, reputação e dignidade dentre outros. Já a mais importante

reporta-se as necessidades de autoestima, respeito próprio e sentimentos como confiança,

realização, competência e liberdade.

As classes sociais de menor prestigio financeiro, por vezes deixam de ter acesso aos

degraus mais elevados desta pirâmide, portanto não poucas vezes deixam de suprir suas

necessidades de autoestima. Pode-se fazer uma correlação deste ponto de vista com as

mulheres de classe média baixa, como as abordadas para esta pesquisa. Muitas desta classe

social, mesmo tendo uma renda média familiar razoável, não conseguem suprir as

necessidades de autoestima, pois ainda não concluíram os primeiros degraus da pirâmide.

Tendo em vista este ponto, a maquiagem de baixo custo pode fazer uma conexão e levar,

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mesmo as pessoas que ainda não supriram as necessidades mínimas da pirâmide, à

conquistarem as necessidades de autoestima.

4.3 CLASSE MÉDIA BAIXA

Segundo TORRETTA (2009), em todas as grandes sociedades modernas existe uma

classe mediana entre os mais ricos e mais pobres, que são o coração da sociedade pois a

maioria dos indivíduos pertencem a ela, essa é chamada de classe média. Essa classe é a

responsável pela coesão social pois pode compreender tanto o extremo mais rico da sociedade

quanto o mais pobre. Uma série de mudanças na economia brasileira tem impulsionado o

aumento de renda e trabalho, juntamente com o crédito facilitado. Milhões de brasileiros

puderam aumentar seu poder aquisitivo nos últimos anos, migrando assim de uma classe para

outra. De acordo com o PORTAL BRASIL (2014), desde 2002, 36 milhões de brasileiros

saíram da situação de extrema pobreza e migraram para outras classes de poder aquisitivo

mais elevadas.

Muitos critérios são usados para definir o que vem a ser classe média e suas

subdivisões (classe média alta, média e baixa), como por exemplo a organização pessoal e o

desenvolvimento econômico entre outros critérios. As subdivisões da própria classe média

geram muita discussão. Ao levar em consideração a base de pesquisas da PNAD (2015)

(Pesquisa Nacional por Amostras de Domicilio), feita pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), é

observado que a classe média engloba famílias que recebem de R$ 1064,00 até R$ 4591,00

contabilizando a renda de todas as pessoas que residem na residência.

Porém, para a análise da pesquisa em questão foi adotado um outro método de divisão

das classes sociais, esta outra organização adotada também pela A Associação Brasileira de

Empresas de Pesquisa (ABEP) em 2015, segundo a USP, 2015 (Universidade de são Paulo).

Esta recente definição de classes foi desenvolvida em conjunto pelos professores e

pesquisadores KAMAKURA, Wagner, da Rice University, e MAZZON, José Afonso, da

Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP.

Segundo a assessoria de imprensa da FEA (2015, p.1):

‘’. Essa estratificação é inovadora em termos mundiais porque considera o impacto de

fatores geográficos e da composição familiar na sua concepção. O estudo realizado pelos dois

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professores foi premiado em 2013 pelos prestigiosos Marketing Science Institute e

International Journal of Research in Marketing. A nova estratificação, dividida em sete

estratos socioeconômicos, reconhece que o poder aquisitivo pode mudar mesmo que a renda

familiar seja a mesma, dependendo da localização do domicílio e do número de pessoas na

família. A estratificação utilizou os dados mais recentes da Pesquisa de Orçamentos Familiares

(POF), realizada pelo IBGE junto a 55 mil domicílios, baseando-se no conceito de renda

permanente, que melhor reflete o padrão de vida de um domicílio. ’’

A nova organização da classe média brasileira, feita pela SAE, adotada no ano de

2014, é dividida em três outras classes: baixa classe média, média classe média e alta classe

média. Nesta nova divisão a baixa classe média tem renda familiar em torno de R$ 2.674; a

média classe média em torno de R$ 4.681; e a alta classe média em torno de R$ 9.897 até R$

17.434, que é onde inicia a baixa classe alta. Lembrando que essa divisão se baseia também

na renda média familiar do brasileiro. Um fato interessante a ser mencionado segundo

KAMAKURA & MAZZON (2013), pesquisadores da USP, é de que a classe média baixa,

foco desse estudo, abrange 53% de toda a população brasileira, ou seja, a maior parte dos

brasileiros se encaixam na situação econômica das mulheres que esse estudo abordou.

KAMAKURA & MAZZON (2013), cita ainda que o novo critério leva em conta a

composição familiar, pois a mesma renda familiar permanente que em um domicílio permite

padrões de vida altos, em outro pode não proporcionar as mesmas condições. Isto acontece de

acordo com a quantidade de pessoas que vivem no local. Com a mesma fortuna mensal, dois

adultos conseguem manter um padrão de vida mais elevado do que um domicílio com menos

adultos que crianças. A respeito da nova ordem de classes sociais ele ressalva: “As classes

que nos quereremos mostrar têm perfis diferentes. Quando eu falo em perfil estou falando de

um padrão de vida como um todo. Se quisermos uma sociedade menos desigual, teríamos que

reduzir distâncias entre classes socioeconômicas”, avalia.

5 CONCLUSÃO

A imagem pessoal é tão importante para a autoestima quanto qualquer outro

aspecto emocional, com a melhora da imagem pessoal através da maquiagem, é possível

modificar a visão e pensamentos que alguém tem sobre si mesmo, como mostra esta pesquisa.

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Os dados levantados no estudo em questão provam por si só que a maquiagem é um agente

transformador de autoestima e do modo que as pessoas se enxergam.

A influência da maquiagem sobre a autoestima das mulheres de classe média

baixa é clara, elas obtiveram uma melhora significativa de autoestima e uma relação muito

melhor com a sua própria imagem. O grupo de mulheres estudado teve um grande índice de

aceitação da maquiagem de baixo custo, e os resultados foram percebidos não apenas pela

mudança nos questionários, mas também e principalmente nas fotos. É muito notável, na

comparação dos retratos, a diferença nos sorrisos, nos olhares e na postura de cada uma delas.

Foi gratificante realizar um procedimento que muitos consideram de cunho apenas

estético e superficial, e provar que não é apenas isso. É muito além do que está por fora e se

pode ver, trata-se muito mais de uma mudança interior, de uma nova visão e aceitação de si

mesmo. A diferença que vemos por fora nas comparações das imagens é apenas reflexo da

mudança interior delas, e essas sim podem ser comprovadas em números através da análise e

comparação dos questionários.

Esse experimento é apenas o gatilho inicial de uma nova descoberta para as

mulheres que participaram do estudo, o intuito de mostrar a elas que podem por si mesmas

elevar sua autoestima através da maquiagem foi cumprido. Além disso foi despertado nelas o

desejo de melhorar a sua autoimagem, a conhecerem melhor seu rosto e suas características

individuais. Elas puderam encontrar na maquiagem de baixo custo uma ferramenta para

trabalhar a sua estima.

MAKEUP:

A RESOURCE TO RAISE SELF-ESTEEM

Abstract: This study is a case study with previous and posterior self-esteem questionnaires. An intervention was performed with lower middle class women. The resource used to improve self-esteem, was a makeup, bought in local commerce with low cost. For data collection and analysis using the Rosenberg questionnaire and photographs, both comparing before and after. The results show an efficacy of the resource not only for an improvement of self-esteem, but also as an improvement in the image each woman has of herself. Keeywords: Makeup. Self esteem. Low income.

REFERÊNCIAS

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, que me concedeu força e fé para concluir mais

esta etapa da vida. A Ele devo a honra da conquista do título de Tecnólogo para gestão de

serviços de estética e beleza, o qual exercerei com todo zelo. Dou graças pois, Ele me

capacitou a cada dia para ser uma profissional da beleza, dando-me o dom e a sabedoria para

ajudar mulheres a aceitarem seus defeitos e exaltarem suas qualidades.

Também manifesto minha imensa gratidão aos meus pais, que tornaram

possível a realização deste curso e me incentivaram, não me deixando desistir em momento

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nenhum. De igual forma meu marido, que sempre esteve ao meu lado, me dando energia para

continuar sempre firme e em frente. Sem eles eu não chegaria até aqui. A todos que direta ou

indiretamente fizeram parte da minha formação, о meu muito obrigado.