mapa Estratégico do comércio · O Mapa Estratégico do Comércio do Estado do Rio de Janeiro...
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Expediente
FECOMÉRCIOPresidente: orlando Santos Diniz
Vice-Presidências: 1º Vice-Presidente: Antônio Florêncio de Queiroz Junior2º Vice-Presidente: Júlio cezar rezende de Freitas3º Vice-Presidente: ricardo costa Garcia4º Vice-Presidente: José Essiomar Gomes da Silva5º Vice-Presidente: carla christina Fernandes Pinheiro6º Vice-Presidente: Pedro de Araújo Braz
Secretários:1º Secretário: Natan Schiper 2º Secretário: Nilton Pereira3º Secretário: orlando João Andrade Pimentel
Tesoureiros:1º Tesoureiro: Armando Bloch da cunha Valle2º Tesoureiro: Napoleão Pereira Velloso3º Tesoureiro: Luis Antonio Nogueira Feris
Vice-Presidências de conselhos de Grupos: Varejista: Gilberto Neder Amendoeira Atacadista: roberto Ferreira da SilvaTurismo e Hospitalidade: Esther Gomes Gonçalvescomércio Armazenador: Antonio Lopes caetano LourençoAgentes Autônomos do comércio: Jorge Luiz das Neves moraisSaúde: Paulo Guilherme Barroso romano
Diretor para Assuntos Sindicais: 1º Nestor Porto de oliveira Neto2º Antonio Luzia Borges 3º miguel Nelson Lasalvia4º João da Silva de Figueiredo
Diretor para Assuntos de relação do Trabalho: 1º Leôncio Lameira de oliveira2º Adelson Vargas da Silva3º Jeronimo Pereira dos Santos4º Leonardo rezende Esteves
Diretor para Assuntos Tributários: 1º Antônio José o. P. osório 2º igor Edelstein de oliveira3º marlene Neder Amendoeira4º Silvino José rodrigues de Sousa
Diretor para Assuntos de Desenvolvimento comercial: 1º Ângela maria constantino Barberio 2º Felipe Antonio Terrezo3º José Luiz Valente Pascoal4º marcelo Fiorini
Diretor para Assuntos de crédito: 1º Jorge marão Filho 2º Etevaldo Bastos 3º marco Antônio Gonçalves Torres 4º Nazra corrêa da Silva Simão
Diretor para Assuntos de consumo: 1º Antonio Silva Duarte 2º Belmiro carlos Nunes3º Edmilson Alvarenga Ladeira 4º mário Fernando da Silva Ferreira
Diretor para Assuntos de comércio Exterior: 1º Uéliton Pessanha de carvalho2º Nicolas Georges Farah Neto3º Guilherme Braga Abreu Pires Neto 4º Nelson Luciano de carvalho Teixeira
Diretor para Assuntos de Globalização: 1º rodrigo otávio carvalho moreira2º Antônio de Pádua Alpino3º Alberto dos Santos Pinto4º Andréa marques Valença
conselho Fiscal:1º José macena da Silva2º maria Aparecida de oliveira 3º Jorge irineu da costa
CONSELHO REGIONAL DO SENAC RJ Presidente da Federação do comércio Estadual: orlando Santos Diniz
Delegados da Atividade de comércio de Bens e de Serviços: Antonio Florêncio de Queiroz Juniorcarla christina Fernandes PinheiroEtevaldo BastosGilberto Neder AmendoeiraJorge Luiz das Neves moraisJorge marão FilhoJosé macena da SilvaJúlio cezar rezende de FreitasLeôncio Lameira de oliveiraNilton PereiraPedro de Araújo Brazroberto Ferreira da Silva
representante das Federações Nacionais: João Batista Porto cursino de moura
representante do ministério da Educação:rafael Almadarepresentante do ministério do Trabalho e Emprego:Antonio Henrique de Albuquerque Filho
Diretor Geral do Senac:marcelo Jose Salles De Almeida
representante do iNSS:Flávio Luis Vieira Souza
representante de centrais Sindicais:Luis Edmundo Quintanilha de Barrosmanoel martins meireles
FGV PROJETOSDiretor: cesar cunha campos
Diretor Técnico: ricardo Simonsen
Diretor de controle: Antônio carlos Kfouri Aidar
Diretor de Qualidade: Francisco Eduardo Torres de Sá
Diretor de mercado: Sidnei Gonzalez
Diretores-adjuntos de mercado: carlos Augusto costa e José
Bento carlos Amaral
coordenado-geral do Projeto: irineu Frare
Equipe Técnica: claudio de Souza osias | Felipe Fernandes de
moraes Bittencourt | Leonardo Siqueira Vasconcellos | Lucas
Farias Zarconi cavalcanti Duarte |
marcio Lago couto | maria Alice de Gusmão Veloso |
maria margarete da rocha mohelský | rogério Gutierrez Gama |
Thais Arantes Padinha
coordenadora de conteúdo e comunicação Visual:
manuela Fantinato
Diagramação: Luísa Ulhoa
revisão: Juliana Gagliardi
Sumário
Mensagem do Presidente 9
Prefácio 11
Apresentação 13
Panorama do Estado e suas Regiões de Governo 15
2.1 População e PIB 15
2.2 Renda e Trabalho 20
2.3 Educação 28
2.4 Segurança 34
2.5 Infraestrutura 36
2.6 Considerações sobre o Panorama do Estado do Rio de Janeiro 43
Importância do Setor para o Estado e suas Regiões 47
3.1 Valor Adicionado do Setor 47
3.2 Desempenho do Setor 50
3.3 Estabelecimentos e Emprego Formal 56
3.4 Desafios e Oportunidades do Setor no FuturoPróximo 60
Mapa Estratégico do Comércio do Estado do Rio de Janeiro 67
4.1 Quadro-Síntese 69
Considerações Finais 81
Notas 83
Anexo I – Comércio de Bens, Serviços e Turismo –
Classes da CNAE 85
Anexo II – Regiões de Governo e Municípios do
Estado do Rio de Janeiro – 2014 93
Mensagem do Presidente
Planejar o setor econômico mais importante do Estado do Rio de Janeiro, que gera
mais riqueza e emprega mais pessoas, é um grande desafio. Primeiramente é neces-
sário compreender a complexidade de um setor que inclui varejo, atacado, serviços e
turismo, atividades que estão distribuídas por todo território do estado, este que tam-
bém possui uma diversidade de vocações muito grande.
Para enfrentar esse desafio, dividimos o trabalho em duas etapas. A primeira, que
se consolida no presente documento – o Mapa Estratégico do Comércio do Rio de
Janeiro –, e a segunda, que discutirá propostas concretas em todas as regiões de go-
verno do estado durante o ano de 2016.
Na primeira etapa, desenvolvida ao longo de 2015, fizemos uma ampla radiografia
do setor de Comércio de Bens, Serviços e Turismo, identificando seu peso econômi-
co, o quanto emprega e gera de renda para a população fluminense. Além disso, ma-
peamos e sintetizamos informações socioeconômicas de todas as regiões, incluindo
indicadores sociais, infraestrutura e segurança, de forma a produzir uma quantidade de
conhecimento sistematizado inédito sobre o setor e as regiões de governo.
A partir desse arcabouço, definimos nove fatores-chave para o desenvolvimento do
setor: Educação Profissional; Ambiente Empresarial; Segurança; Tributação; Logística
e Mobilidade Urbana; Relações com Atores de Interesse do Comércio; Conhecimen-
to e Gestão Empresarial; Serviços Públicos de Suporte; e, Financiamento e Eficiência
Operacional. Consideramos esses fatores prioritários para embasar todas as ações do
10
Sistema Fecomércio e permitir uma agenda de mobilização e parceria com o poder
público e a sociedade.
Na segunda etapa, que se iniciará em 2016, iremos a todas as regiões do estado
discutir com sindicatos, empresários, poder público e sociedade as propostas que ma-
terializarão os objetivos aqui traçados. Também realizaremos estudos setoriais, sobre
atacado e varejo, por exemplo, além da análise de temas importantes como o papel dos
royalties e tributos, que são de interesse de todo o setor e da sociedade fluminense.
Por fim, o resultado mais importante que pretendemos alcançar com este trabalho
é protagonizar uma mudança histórica, colocando definitivamente o Comércio no cen-
tro da agenda de desenvolvimento do estado. Garantir as condições necessárias para
prover um crescimento sustentável para o setor é reconhecer sua incomparável impor-
tância para a economia e a sociedade fluminense.
Orlando Santos Diniz
Prefácio
O Mapa Estratégico do Comércio do Estado do Rio de Janeiro 2015-2020 é uma
iniciativa do Sistema Fecomércio RJ, formado pela Federação do Comércio do Estado
do Rio de Janeiro (Fecomércio RJ), que reúne 59 sindicatos patronais fluminenses e
representa os interesses de todo o setor de Comércio de Bens, Serviços e Turismo do
estado e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac RJ), que atua na
promoção da educação profissional.
Desdobramento do Mapa Estratégico do Comércio 2014-2020, lançado pela Feco-
mércio RJ em outubro de 2013, o Mapa busca refletir as realidades, demandas e espe-
cificidades do setor nas oito Regiões de Governo1 (Metropolitana, Noroeste Fluminense,
Norte Fluminense, Baixadas Litorâneas, Serrana, Centro-Sul Fluminense, Médio Paraí-
ba e Costa Verde), guardadas a coerência e o alinhamento conceitual com o primeiro
mapa, cujo enforque era nacional.
Este documento tem como objetivo ser um instrumento de mobilização de seus re-
presentados e de todos os atores de interesse do setor de Comércio de Bens, Serviços
e Turismo no estado, a fim de promover o fortalecimento do Comércio em todas as
regiões do Rio de Janeiro.
Além de apresentar o posicionamento institucional do Sistema Fecomércio RJ, o
Mapa Estratégico do Comércio do Estado do Rio de Janeiro 2015-2020 tem como
1 Lei n° 1.227/1987, que aprova o Plano de Desenvolvimento Econômico e Social 1988/1991, alterada pela Lei Complementar nº 64, de 21/09/1990; Lei Complementar nº 97 de 02/10/2001; Lei Complementar nº 105 de 04/07/2002; Lei Complementar n° 130, de 21/10/ 2009 e Lei Complementar n° 133, de 15/12/2009.
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propósito mobilizar, articular e respaldar as iniciativas técnicas das organizações que o
compõem por meio da interdependência e transversalidade dos temas propostos, com
foco nas regiões de governo, que serão o principal locus para discussão das propostas
que materializarão os objetivos deste Mapa.
Para construí-lo e dar cumprimento à sua perspectiva institucional de promover e in-
centivar o crescimento empresarial, por meio de uma ampla participação, em harmonia
com o crescimento sustentável da sociedade, assegurando um ambiente de negócios
favorável, o desenvolvimento das empresas do setor de Comércio de Bens, Serviços e
Turismo, além de ofertar educação profissional, o Sistema Fecomércio RJ contou com
o apoio da FGV Projetos, unidade de assessoria técnica da Fundação Getulio Vargas,
responsável pela aplicação do conhecimento acadêmico gerado e acumulado em suas
escolas e institutos.
Este documento está estruturado da seguinte forma: a primeira parte destina-se à
caracterização do Rio de Janeiro e de suas Regiões de Governo, com base em seus
dados socioeconômicos. A segunda parte apresenta o Mapa Estratégico do Comércio
do Estado do Rio de Janeiro 2015-2020 com seus fatores-chave, macro-objetivos,
temas prioritários, objetivos e indicadores. Por fim, são apresentados os próximos pas-
sos desse processo, apenas iniciado pelo lançamento desse documento, que preveem
diversas atividades nas oito regiões do estado e estudos técnicos e setoriais que sus-
tentarão o corpo da estratégia aqui traçada.
Boa leitura!
Apresentação
O setor de Comércio de Bens, Serviços e Turismo2 no Estado do Rio de Janeiro reú-
ne mais de 349 mil estabelecimentos,3 que respondem por 38,4% do Valor Adicionado
do Estado4 e representam 62,2% dos estabelecimentos fluminenses. Este setor gera
cerca de 2 milhões de empregos formais, que equivalem a 42,6% dos postos de traba-
lho formais no estado, e é composto por uma gama muito ampla de estabelecimentos
que contemplam comércio de varejo, comércio de atacado, serviços e turismo distri-
buídos em regiões com características muito distintas. Nesse sentido, o planejamento
de um setor tão complexo constitui-se em um desafio que deve ser vencido por meio
de ações planejadas que incorporem soluções alinhadas às vocações regionais.
O atual momento econômico do Brasil e do Estado do Rio de Janeiro desafia o se-
tor a enfrentar questões que afetam a sua competitividade, a sustentabilidade de seus
negócios, a sua imensa capacidade de geração de emprego e renda e, consequente-
mente, a sua valiosa contribuição para a melhoria do padrão de vida dos trabalhadores
e famílias fluminenses.
2 O setor de Comércio de Bens, Serviços e Turismo corresponde à definição adotada no Mapa Estratégico do Comércio 2014-2020, que engloba 219 classes da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE 2.0), filtradas segundo a natureza jurídica das empresas de forma a selecionar apenas as entidades privadas e as pessoas físicas e outras organizações legais. As 219 CNAEs estão listadas no Anexo I deste documento.
3 Posição de dezembro de 2014, de acordo com dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), publicada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
4 Tendo por base o Valor Adicionado de 2012.
14
Elementos de referência, doravante denominados fatores-chave – Educação Profis-
sional; Ambiente Empresarial; Segurança; Tributação; Logística e Mobilidade Urbana;
Relações com Atores de Interesse do Comércio; Conhecimento e Gestão Empresarial;
Serviços Públicos de Suporte; e, Financiamento e Eficiência Operacional – são focos
deste Mapa Estratégico que será apresentado nas próximas páginas.
Os próximos passos incluem aprofundar e sistematizar a visão empresarial dos de-
safios para a implementação do Mapa Estratégico do Comércio do Estado do Rio de
Janeiro 2015-2020 em cada uma das oito Regiões de Governo e para o Rio de Janeiro
como um todo. Assim, o Sistema Fecomércio RJ catalisará a discussão com seus re-
presentados, o empresariado, o poder público municipal e outros atores de interesse
do Comércio, para definir formas de implementação das propostas estratégicas que
viabilizem a consecução dos objetivos definidos, realizando reuniões presenciais em
cada uma das Regiões de Governo do estado no ano de 2016.
Essas reuniões regionais preveem a discussão e a customização da forma de mate-
rialização do Mapa em cada uma das oito regiões do estado, de maneira a identificar a
melhor estratégia para a implementação deste instrumento e a fim de se obter a con-
secução dos objetivos ora propostos.
De forma complementar a essas reuniões, serão desenvolvidos estudos setorializa-
dos que contemplarão: (1) desafios para a competitividade do atacado de todo o esta-
do; (2) gargalos e oportunidades para subsetores estratégicos da região metropolitana;
(3) impactos dos royalties e tributos nas atividades do Comércio e finanças municipais;
(4) além de pesquisas com empresários, encontros e fóruns de aproximação com as re-
giões de modo a promover reflexão e ações concretas de promoção do setor de forma
não concentrada, mas capilarizada em todo o território do estado.
Como resultados dessas atividades, além de um conjunto de ações do Sistema
Fecomércio RJ, serão produzidos oito documentos regionais, que servirão de instru-
mento mobilizador e de posicionamento institucional para os diversos atores locais de
interesse do Comércio. O desmembramento deste Mapa, sua adequação às diferentes
demandas e especificidades decorrentes das regionalidades ocorrerão durante todo o
ano de 2016.
Como instrumento de mobilização, espera-se que os setores formuladores de polí-
ticas públicas reconheçam a importância do setor e se aliem para nos apoiar na con-
templação dos anseios dos elementos que constituem o Comércio e contribuem para
a sua relevância na economia regional, estadual e nacional.
Como registrado no Mapa Estratégico do Comércio 2014-2020:
O que estamos fazendo aqui no Rio de Janeiro é apenas o início de uma grande caminhada em prol de um Comércio mais forte, mais representativo, mais respeitado e, acima de tudo, um Comércio que cumpra seu destino de motor do desenvolvimento e contribua decisivamente para que o nosso país continue a crescer com sustentabilidade.
Panorama do Estado e suas
Regiões de Governo
O Estado do Rio de Janeiro, além de ser a segunda economia mais importante entre
todas as unidades da federação e um dos principais empregadores do país, possui
especificidades que precisam ser compreendidas ao se pensar no longo prazo e na
proposição de instrumentos mobilizadores, como o Mapa Estratégico do Comércio do
Estado do Rio de Janeiro 2015-2020.
O objetivo desta seção é traçar um panorama socioeconômico do estado,5 de forma
a balizar e otimizar o esforço empreendido pelo Sistema Fecomércio RJ na elaboração
desse instrumento mobilizador, que auxilie na construção de um futuro ainda mais pro-
missor para o setor e para as Regiões de Governo.
2.1 População e PIB
Em 2014, o Estado do Rio de Janeiro contava com uma população de 16,5 milhões
de habitantes,6 o que representava aproximadamente 8% da população do país. Essa
5 Para realizar a caracterização socioeconômica do estado e discorrer sobre as principais características do setor, foram utilizadas informações provenientes de inúmeras bases de dados. A periodicidade dos dados contidos nessas bases varia de forma expressiva: há dados de coletas mensais, anuais e outras decenais (no caso do Censo, por exemplo). Além disso, os anos em que as últimas informações estão dis-poníveis também variam bastante, entre 2010 e 2015. De forma geral, quanto menor a unidade geográfica objeto da análise (no caso, município), maior o gap temporal do último dado disponível. Por essa razão, é necessário atentar para essas diferenças na leitura deste documento.
6 Fonte: estimativas populacionais para os municípios brasileiros e para as unidades da federação em 01/07/2015 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Consultado em: <http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/estimativa2015/default.shtm>.
16
população está distribuída em uma área total de 43,8 mil km2, resultando em uma den-
sidade demográfica de 376 habitantes/km2, a segunda maior do país, atrás apenas de
Brasília. O estado é formado por 92 municípios organizados, para fins administrativos,
em oito Regiões de Governo7, conforme apresentado no Infográfico Regiões de Governo
do Rio de Janeiro.
Dentre as Regiões de Governo, destaca-se a Região Metropolitana, formada por 21
municípios e que concentra mais de 70% da população do estado com 12,2 milhões de
pessoas. Esta região possui uma dimensão territorial de 6.734,3 km2, o que corresponde
a 15,4% do território de todo o estado.
Em 2012, o Produto Interno Bruto (PIB) fluminense foi de R$ 504,2 bilhões (a preços
correntes de 2012), o que representava 11,5% do PIB brasileiro e posicionava a econo-
mia do estado como a segunda maior do país, atrás apenas de São Paulo. O principal
setor econômico a contribuir com o Valor Adicionado8 gerado pelo estado é o setor de
Comércio de Bens, Serviços e Turismo, que representou mais de 38,4% do total do es-
tado. É o maior setor econômico em cinco das oito Regiões de Governo, empregando,
em todas, mais do que qualquer outro setor.
A Região Metropolitana foi a que mais contribuiu com o PIB fluminense, respon-
dendo por 61,2% do Valor Adicionado em 2012, seguida do Norte Fluminense, que
contribuiu com 16,1%.
Tabela 1Participação das Regiões de Governo no Total do Valor Adicionado
do Estado do Rio de Janeiro - 2012 (%)
Região %
Metropolitana 61,2
Norte Fluminense 16,1
Baixadas Litorâneas 7,2
Médio Vale do Paraíba 5,6
Serrana 3,8
Costa Verde 3,0
Centro-Sul Fluminense 2,1
Noroeste Fluminense 1,0
ToTAl 100
Fonte: Elaborado pela FGV a partir de dados básicos do IBGE (PIB Municipal).
7 A relação dos municípios que compõem cada região pode ser consultada no Anexo II.
8 O Valor Adicionado é definido pelo IBGE como o valor que uma atividade agrega aos bens e serviços consumidos no seu processo produtivo. Representa a contribuição ao PIB pelas diversas atividades eco-nômicas, obtida pela diferença entre o Valor da Produção e o Consumo Intermediário absorvido por essas atividades. Não inclui os impostos líquidos de subsídios sobre produtos por esses não serem identificáveis por atividade econômica.
17
Além do peso relativo de cada região no total do estado, é interessante observar
a composição do Valor Adicionado em termos de atividades econômicas, que variou
bastante de uma região para outra. Nas Baixadas Litorâneas e no Norte Fluminense,
por exemplo, predominaram as atividades industriais ligadas à Extração de Petróleo e
Indústria extrativa mineral
Indústria de transformação
Indústria de construção
Serviços industriais de utilidade pública
Comércio de Bens, Serviços e Turismo
Transportes
Financeiro
Administração pública
Agropecuária
0,4%São Paulo 31%
Rio de Janeiro 11,5%
17,7%
7,1%
5,3%2,2%
38,4%
5,5%
5,6%
17,9%
Fonte: Elaborado pela FGV a partir de dados sobre renda regional do IBGE.
Gráfico 1 Valor Adicionado do Brasil e do Rio de Janeiro – 2012
São Paulo
Espírito Santo
Minas Gerais
60-9091-110
111-130131-140141-215
216-1.815
População - 2014
16.461.17312.229.867
895.156875.542820.937
774.247323.108277.403264.913
Rio de JaneiroMetropolitana
Norte Fluminense Médio Paraíba
SerranaBaixadas Litorâneas
Noroeste FluminenseCentro-Sul Fluminense
Costa Verde
PIB - 2012 (em R$ milhões)
Rio de JaneiroMetropolitana
Norte FluminenseBaixadas Litorâneas
Médio ParaíbaSerrana
Costa VerdeCentro-Sul Fluminense
Noroeste Fluminense
504.221324.758
72.53432.07028.92617.95213.612
9.6944.675
3,602,981,870,600,510,440,400,37
Baixadas LitorâneasCosta Verde
Norte FluminenseMetropolitana
Médio ParaíbaSerrana
Noroeste FluminenseCentro-Sul Fluminense
Taxa de crescimento da população2004 a 2014 (em%)
Rio de Janeiro 0,80
ESCALA GRÁFICA
+ 7470 - 7465 - 6960 - 6455 - 5950 - 5445 - 4940 - 4435 - 3930 - 3425 - 2920 - 2415 - 1910 - 14
5 - 90 - 4
GR
UPO
S D
E ID
ADE
HABITANTES
Centro-Sul Fluminense Costa VerdeBaixadas Litorâneas Médio Paraíba Noroeste Fluminense Norte Fluminense SerranaMetropolitana
600k 450k 300k 150k 0 150k 300k 450k 600k
Paraty
Angra dos ReisMangaratiba
Rio Claro
Piraí
PinheiralVolta Redonda
Barra do Piraí
Valença
Rio das Flores
Vassouras
Paty dos Alferes
Petrópolis
Areal
Mendes
Miguel PereiraEngo Paulo de Frontin
Paraíbado Sul
Três RiosSão José do Vale do Rio Preto
Teresópolis Nova Friburgo
Bom Jardim
Sumidouro
CarmoCantagalo
Itaocara
Aperibé
Santo Antôniode Pádua
Miracema
Laje doMuriaé
Itaperuna
Italva
Campos dosGoytacazes
CardosoMoreira
São Fidélis
São Joãoda Barra
Quissamã
Carapebus
Macaé
Rio dasOstrasCasimiro
de AbreuSilva Jardim
Rio BonitoTanguá
Itaboraí
Cachoeirasde Macacu
GuapimirimMagéDuque
de Caxias
Belford RoxoSão Joãode MeritiMesquita
NilópolisItaguaí
Seropédica
Queimados
Nova IguaçuJaperi
Paracambi
MaricáNiterói
São Gonçalo
Rio de Janeiro
Cabo Frio
São Pedroda Aldeia
Arraialdo Cabo
Iguaba Grande
Saquarema
Araruama Armação de Búzios
Conceiçãode Macabu
São Franciscode Itabapoana
São Joséde Ubá
Cambuci
PorciúnculaVarre-Sai
NatividadeBom Jesusdo Itabapoana
Santa MariaMadalena
São Sebastiãodo Alto
MacucoCordeiro
Trajanode Moraes
DuasBarrasComendador
Levy Gasparian Sapucaia
Barra Mansa
Resende Quatis
Itatiaia Porto Real
NOROESTEFLUMINENSE
SERRANA
CENTRO-SULFLUMINENSE
COSTA VERDEMETROPOLITANA
MÉDIOPARAÍBA
NORTEFLUMINENSE
BAIXADASLITORÂNEAS
Ocea
no A
tlânt
ico
Pirâmide etária por região - 2010
Homem Mulher
Fontes: IBGE, Censos Demográficos e Estimativas Populacionais. Elaboração: FGV Projetos
Densidade demográfica 2014 (hab/km2)
0 15 30 60 km
55k 55k35k 35k15k 15k0 55k 55k35k 35k15k 15k0 55k 55k35k 35k15k 15k0 55k 55k35k 35k15k 15k0 55k 55k35k 35k15k 15k0 55k 55k35k 35k15k 15k0 55k 55k35k 35k15k 15k0
Regiões de goveRno do Rio de JaneiRo
São Paulo
Espírito Santo
Minas Gerais
60-9091-110
111-130131-140141-215
216-1.815
População - 2014
16.461.17312.229.867
895.156875.542820.937 774.247323.108277.403264.913
Rio de JaneiroMetropolitana
Norte Fluminense Médio Paraíba
SerranaBaixadas Litorâneas
Noroeste FluminenseCentro-Sul Fluminense
Costa Verde
PIB - 2012 (em R$ milhões)
Rio de JaneiroMetropolitana
Norte FluminenseBaixadas Litorâneas
Médio ParaíbaSerrana
Costa VerdeCentro-Sul Fluminense
Noroeste Fluminense
504.221324.758 72.53432.07028.92617.95213.612 9.6944.675
3,602,981,870,600,510,440,400,37
Baixadas LitorâneasCosta Verde
Norte FluminenseMetropolitana
Médio ParaíbaSerrana
Noroeste FluminenseCentro-Sul Fluminense
Taxa de crescimento da população2004 a 2014 (em%)
Rio de Janeiro 0,80
ESCALA GRÁFICA
+ 7470 - 7465 - 6960 - 6455 - 5950 - 5445 - 4940 - 4435 - 3930 - 3425 - 2920 - 2415 - 1910 - 14
5 - 90 - 4
GR
UPO
S D
E ID
ADE
HABITANTES
Centro-Sul Fluminense Costa VerdeBaixadas Litorâneas Médio Paraíba Noroeste Fluminense Norte Fluminense SerranaMetropolitana
600k 450k 300k 150k 0 150k 300k 450k 600k
Paraty
Angra dos ReisMangaratiba
Rio Claro
Piraí
PinheiralVolta Redonda
Barra do Piraí
Valença
Rio das Flores
Vassouras
Paty dos Alferes
Petrópolis
Areal
Mendes
Miguel PereiraEngo Paulo de Frontin
Paraíbado Sul
Três RiosSão José do Vale do Rio Preto
Teresópolis Nova Friburgo
Bom Jardim
Sumidouro
CarmoCantagalo
Itaocara
Aperibé
Santo Antôniode Pádua
Miracema
Laje doMuriaé
Itaperuna
Italva
Campos dosGoytacazes
CardosoMoreira
São Fidélis
São Joãoda Barra
Quissamã
Carapebus
Macaé
Rio dasOstrasCasimiro
de AbreuSilva Jardim
Rio BonitoTanguá
Itaboraí
Cachoeirasde Macacu
GuapimirimMagéDuque
de Caxias
Belford RoxoSão Joãode MeritiMesquita
NilópolisItaguaí
Seropédica
Queimados
Nova IguaçuJaperi
Paracambi
MaricáNiterói
São Gonçalo
Rio de Janeiro
Cabo Frio
São Pedroda Aldeia
Arraialdo Cabo
Iguaba Grande
Saquarema
Araruama Armação de Búzios
Conceiçãode Macabu
São Franciscode Itabapoana
São Joséde Ubá
Cambuci
PorciúnculaVarre-Sai
NatividadeBom Jesusdo Itabapoana
Santa MariaMadalena
São Sebastiãodo Alto
MacucoCordeiro
Trajanode Moraes
DuasBarrasComendador
Levy Gasparian Sapucaia
Barra Mansa
Resende Quatis
Itatiaia Porto Real
NOROESTEFLUMINENSE
SERRANA
CENTRO-SULFLUMINENSE
COSTA VERDEMETROPOLITANA
MÉDIOPARAÍBA
NORTEFLUMINENSE
BAIXADASLITORÂNEAS
Ocea
no A
tlânt
ico
Pirâmide etária por região - 2010
Homem Mulher
Fontes: IBGE, Censos Demográficos e Estimativas Populacionais. Elaboração: FGV Projetos
Densidade demográfica 2014 (hab/km2)
0 15 30 60 km
55k 55k35k 35k15k 15k0 55k 55k35k 35k15k 15k0 55k 55k35k 35k15k 15k0 55k 55k35k 35k15k 15k0 55k 55k35k 35k15k 15k0 55k 55k35k 35k15k 15k0 55k 55k35k 35k15k 15k0
20
de Gás e Construção. Contudo, em todas as Regiões de Governo, fica evidente a im-
portância do setor de Comércio de Bens, Serviços e Turismo.
Tabela 2Estrutura do Valor Adicionado por Regiões de Governo e Atividades
Econômicas no Estado do Rio de Janeiro – 2012 (%)
Fonte: Elaborado pela FGV a partir de dados do IBGE.
2.2 Renda e Trabalho
A renda mensal domiciliar per capita da população residente no Estado do Rio de
Janeiro em 2014 foi de R$ 1.193,9 o que posiciona o estado como o 6º com maior renda
entre todas as unidades da federação. Não se dispõe de dados recentes sobre renda
para as Regiões de Governo do estado. As informações mais recentes disponíveis são
as do Censo de 2010, apresentadas a seguir. Para efeitos de comparação, o rendimen-
to médio é apresentado como número índice em que a base 100 corresponde à renda
9 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua 2014. São considerados todos os rendimentos e todos os moradores, inclusive os moradores classificados como pensionistas, empregados domésticos e parentes dos empre-gados domésticos.
Cos
ta V
erd
e
Nor
oest
e
Flum
inen
se
Bai
xad
as
Lito
râne
as
Cen
tro
Sul
Fl
umin
ense
Méd
io V
ale
d
o P
araí
ba
Met
rop
olita
na
Ser
rana
Nor
te
Flum
inen
se
Est
ado
do
Rio
d
e Ja
neiro
Comércio de Bens, Serviços e Turismo
54,5 38,5 15,1 28,5 39,1 47,3 37,3 13,6 38,4
Indústria Extrativa Mineral + Construção
23,4 6,6 64,8 30,6 3,7 8,3 7,9 69,7 22,9
Administração Pública 11,5 35,1 11,9 16,9 17,6 21,2 23,2 7,4 17,9
Indústria de Transformação
2,9 3,4 1,2 14,2 25,9 6,7 17,3 2,2 7,1
Financeiro 1,0 3,2 0,8 1,6 2,2 8,2 3,7 0,8 5,6
Transportes 5,2 5,0 4,8 5,0 5,5 5,7 5,1 4,9 5,5
Serviços Industriais de Utilidade Pública
1,10 3,1 1,0 1,5 4,3 2,5 2,2 0,8 2,2
Agropecuária 0,4 5,1 0,4 1,6 0,7 0,1 3,2 0,6 0,4
ToTAl 100 100 100 100 100 100 100 100 100
21
média do estado.10 Observa-se que a Região Metropolitana do Rio de Janeiro é a que
apresenta maior rendimento domiciliar per capita.
Gráfico 2Rendimento Mensal Domiciliar per capita (base 100) – Regiões de Governo 2010
Fonte: Elaborado pela FGV a partir dos dados do Censo 2010.
Tendo em vista que o principal componente da renda domiciliar é a renda prove-
niente de trabalho, é importante conhecer as características do mercado de trabalho
do estado. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua
(PNAD Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), havia 7,4
milhões pessoas ocupadas no estado no 2º trimestre de 2015, sendo a taxa de desocu-
pação na mesma área e período de 7,2%, ou seja, ligeiramente superior à observada no
1º trimestre de 2015 (6,5%). Na Região Metropolitana, o índice foi de 5,1% em agosto
de 2015, segundo estudo do Mapa do Emprego, elaborado pela Fecomércio com base
em dados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE.
Essa taxa vem crescendo desde o início de 2015, indicando que o mercado de tra-
balho começou a sofrer as consequências da atual crise econômica. No entanto, a taxa
observada para o estado situa-se em patamar inferior à média nacional, que atingiu
8,3% no 2º trimestre de 2015, a maior taxa da série histórica que teve início em 2012.
10 Média ponderada pela população.
Metropolita
na
Serrana
Médio Paraíba
Baixadas Litorâneas
Costa Verde
Norte Fluminense
Centro-Sul Fluminense
Noroeste Fluminense
Estado do Rio de Janeiro
100,0108,6
81,177,376,3 75,7 72,164,2 61,7
22
Entre os trabalhadores ocupados no estado, mais de um terço não possui carteira
de trabalho (36%),11 percentual inferior à média do país, em que 45% dos trabalhadores
são informais. Desde 2012, ano inicial da série histórica, o contingente de trabalha-
dores informais tem declinado. Contudo, essa tendência pode ser revertida em 2015,
quando tem sido registrado ligeiro aumento da informalidade em comparação com o
último trimestre de 2014.
Gráfico 3Desocupados entre Pessoas de 14 Anos de Idade ou Mais, Participantes
da Força de Trabalho/RJ (em %)
Fonte: PNAD Contínua/IBGE.
Gráfico 4 Informalidade/RJ (em %)
Fonte: PNAD Contínua/IBGE.
11 Este percentual considera trabalhadores sem carteira de trabalho e pessoas que trabalham por conta própria.
2º tri 1º tri 4º tri 3º tri 2º tri 1º tri 4º tri 3º tri 2º tri 1º tri 4º tri 3º tri 2º tri 1º tri
8,5
7,2
2012 2013 2014 2015
2º tri 1º tri 4º tri 3º tri 2º tri 1º tri 4º tri 3º tri 2º tri 1º tri 4º tri 3º tri 2º tri 1º tri
39
36
2012 2013 2014 2015
23
Com relação à massa de rendimento proveniente de trabalho, o estado representa
cerca de 9% do total do país. Quando se considera o acumulado nos últimos 12 me-
ses, a massa de rendimento estadual apresentou decréscimo a partir de meados de
2014, com ligeira recuperação no 2º trimestre de 2015.
Gráfico 5Massa de Rendimento Real (em Bilhões de Reais) –
Acumulado nos últimos 12 meses/RJ
Fonte: Elaborado pela FGV a partir de dados da PNAD Contínua/IBGE.
Nota: Segundo o IBGE, utiliza o deflator do mês do meio do útimo trimestre de coleta divulgado.
O aparecimento dos primeiros sinais de que o mercado de trabalho do estado co-
meçou a ser afetado pela crise econômica do país deve implicar maior cautela da po-
pulação com relação aos seus gastos, o que deve impactar na atividade do setor do
Comércio. Essa maior cautela pode ser ilustrada pela evolução do Índice de Confiança
do Consumidor elaborado pelo Instituto Brasileiro de Economia (IBRE) da FGV.12
Conforme demonstrado a seguir, o Índice de Confiança do Consumidor têm se si-
tuado abaixo de 100 pontos desde novembro de 2014. Em junho de 2015, em particu-
lar, o índice foi de 83,9 pontos configurando-se o segundo menor valor do ano.
Já o setor de Serviços apresentou, em julho de 2015, um crescimento da receita nominal
de 2,1%, na comparação com igual mês do ano anterior; e uma taxa acumulada no ano de
2,2%. No mesmo mês, o comércio varejista nacional registrou recuo de 1% no volume de
vendas, ajustadas sazonalmente, sendo esta a sexta variação negativa consecutiva.
12 Trata-se de pesquisa mensal que procura captar o sentimento do consumidor brasileiro com relação ao estado geral da economia e de suas finanças pessoais. Parte-se do suposto de que, quando o con-sumidor está satisfeito e otimista com relação ao futuro, tende a gastar mais; quando está insatisfeito, pessimista, tende a gastar menos.
2º tri 1º tri 4º tri 3º tri 2º tri 1º tri 4º tri 3º tri 2º tri 1º tri 4º tri
57 57 57 58 59 60 60 59 58 57 58
2012 2013 2014 2015
24
Outra visão sobre o mercado de trabalho é fornecida pelos dados de estabelecimen-
tos e de vínculos empregatícios (empregos formais)13 compilados pelo Ministério do
Trabalho e Emprego (MTE).14 Segundo o MTE, o Estado do Rio de Janeiro contava com
4,6 milhões de empregos formais em dezembro de 2014, o que representava 9,4% do
total nacional e a posição de 3o maior estado da federação nesse aspecto.
Gráfico 6Índice de Confiança do Consumidor com Ajuste Sazonal/Brasil
Fonte: IBRE/FGV.
O principal setor empregador no âmbito estadual é o de Comércio de Bens, Serviços
e Turismo, que contava com 349.420 estabelecimentos,15 gerando 2 milhões de empre-
gos formais, o que representava 42,6% do total de vínculos empregatícios do estado.
Entre 2009 e 2014, o crescimento médio anual de estabelecimentos foi de 1,6% e o de
empregos formais, 4,4%.
13 São consideradas, na conformação de vínculos empregatícios, as relações de trabalho dos celetistas, dos estatutários, dos trabalhadores regidos por contratos temporários, por prazo determinado, e dos em-pregados avulsos, quando contratados por sindicatos.
14 Por meio da Rais e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Ao contrário das informações da seção anterior, que são provenientes de pesquisa realizada pelo IBGE, as informações da Rais e do Caged correspondem a registros administrativos.
15 Posição em dezembro de 2014.
60
90
120
150
2011
2012
2013
2014
2015
DezNovOutSetAgoJulJunMaiAbrMarFevJan
25
Tabela 3Quantidade de Estabelecimentos e Vínculos Empregatícios por Setores – 2014/RJ
Ind
icad
ore
s Comércio de Bens, Serviços
e TurismoIndústria*
Administração Pública**
Demais setores***
Total
Absoluto % Absoluto % Absoluto % Absoluto %
Estabelecimentos 349.420 62,2 56.695 10,1 1.383 0,2 154.186 27,5 561.684
Vínculos empregatícios
1.978.973 42,6 820.011 17,7 846.132 18,2 996.264 21,5 4.641.380
Fonte: Elaborado pela FGV a partir de dados Rais/MTE.
A distribuição dos vínculos empregatícios pelos diferentes setores de atividade varia
significativamente de região para região, mas todas têm em comum a expressiva im-
portância do setor de Comércio de Bens, Serviços e Turismo como gerador de empre-
go, conforme se observa no gráfico a seguir.
Gráfico 7Participação dos Vínculos Empregatícios (%), por Regiões de Governo,
Segundo Atividades Econômicas – 2014/RJ
Fonte: Elaborado pela FGV a partir da base de dados Rais/MTE.
0%
50%
100%
Demais setores
Administração pública
Indústria
Comércio de Bens, Serviços e Turismo
Noroeste Fluminense
Norte Fluminense
Centro-Sul Fluminense
Costa Verde
Médio Paraíba
Serrana
Metropolita
na
Baixadas Litorâneas
46,7
13,3
22,9
17,1
44,1
15,6
18,1
22,2
37,2
26,8
15,0
21,0
37,0
27,1
15,3
20,6
36,5
26,2
20,8
16,5
35,8
23,3
21,2
19,7
34,5
29,2
18,4
17,9
33,5
20,0
26,0
20,6
* A Indústria engloba as seções B, C, D, E e F da CNAE.** O setor de Administração Pública corresponde às seguintes seções da CNAE: seção O (Administração Pública, Defesa e Seguridade Social), seção P (Educação) filtrada por entidades da Administração Pública e seção Q (Saúde Humana e Serviços Sociais) filtrada por entidades da Administração Pública.*** Os demais setores correspondem a outras atividades não contempladas nos grupos anteriores, como transporte, agropecuária e atividades financeiras.
26
A participação do setor de Comércio de Bens, Serviços e Turismo na geração de
empregos atinge o ponto máximo na região das Baixadas Litorâneas, com 46,7%, se-
guida da Região Metropolitana, com 44,1%. Em todas as regiões, o setor é o que mais
emprega, respondendo sempre por mais de um terço do total de empregos.
Como pontuado anteriormente, o mercado de trabalho começa a dar sinais de desa-
quecimento em decorrência da crise econômica do país. No caso dos dados do MTE,
esse acompanhamento é possível por meio dos dados de admissão e de dispensa de
trabalhadores regidos pela Consolidação das Leis de Trabalho (CLT).
De acordo com o MTE, de janeiro a agosto de 2015, o saldo total de desligamentos
e admissões foi de perda de 107 mil vínculos no Estado do Rio de Janeiro. No gráfico
a seguir, são comparados os saldos mensais entre contratações e desligamentos e a
média móvel de 12 meses (MM12M). Observa-se que a partir de abril de 2015 o saldo
passou a ser negativo.
Gráfico 8Saldo de Movimentação de Vínculos/RJ
Fonte: Caged/MTE.
-50000 -40000 -30000 -20000 -10000 0 10000 20000 30000
Jul/15
Jan/15
Jul/14
Jan/14
Jul/13
Jan/13
Jul/12
Jan/12
27
Gráfico 9Saldo de movimentação de vínculos – Média Móvel 12 meses/ RJ
Fonte: Elaborado pela FGV a partir de dados Caged/MTE.
Os setores com maiores saldos negativos entre janeiro e agosto de 2015 foram:
} Comércio Varejista de Artigos do Vestuário e Acessórios:16 13,6 mil demissões;
} Montagem de Instalações Industriais e de Estruturas Metálicas:17 menos 6 mil
vínculos; e
} Construção de Edifícios:18 menos 5,6 mil vínculos.
Por outro lado, as atividades que mais contrataram no mesmo período foram:
} Ensino Fundamental:19 2,5 mil contratações;
} Construção de Obras de Arte Especiais:20 2 mil; e
} Cana-de-açúcar:21 1,5 mil.
No período entre de janeiro a agosto de 2015, todas as oito Regiões de Governo
apresentaram mais demissões do que admissões. As regiões Centro-Sul Fluminense e
Noroeste Fluminense tiveram os menores saldos.
16 Relativo à classe 4781-4 da CNAE.
17 Relativo à classe 4292-8 da CNAE.
18 Relativo à classe 4120-4 da CNAE.
19 Relativo à classe 8513-9 da CNAE.
20 Relativo à classe 4212-0 da CNAE.
21 Relativo à classe 0113-0 da CNAE.
-10000
-5000
0
5000
10000
15000
Jul/15Jan/15Jul/14Jan/14Jul/13Jan/13Jul/12Jan/12
28
Tabela 4Saldo de Movimentação de Vínculos, por Região do Governo,
de janeiro a agosto 2015
Região Saldo
Metropolitana -82.307
Médio Paraíba -6.937
Norte Fluminense -6.936
Baixadas Litorâneas -6.061
Serrana -2.175
Costa Verde -1.607
Centro-Sul Fluminense -810
Noroeste Fluminense -434
Fonte: Caged/MTE.
Portanto, os dados de admissões e de desligamentos reforçam a tendência dos de-
safios que o mercado de trabalho está enfrentando em 2015 e que devem persistir no
ano que vem, tendo em vista as recentes projeções de queda do PIB em 2016.22
2.3 Educação
O processo educacional no Brasil vem passando por transformações nos últimos
30 anos. Essas transformações estão associadas com a universalização da educação
básica, ou seja, à garantia de todos os brasileiros terem esse direito.
Além da universalização, há outras três variáveis importantes nesse processo que
impactam diretamente a produtividade econômica brasileira: concluir o ensino básico;
ficando a qualidade do ensino ofertado; e as formações nos níveis subsequentes ao
ensino básico, que direcionam cada indivíduo para o mercado de trabalho.
O Estado do Rio de Janeiro possui uma estrutura escolar com 11.210 estabeleci-
mentos de ensino que variam entre si quanto à atuação em cada uma das etapas de
ensino, como é possível verificar na Tabela 5. Deste total de escolas fluminenses, 72%
oferecem turmas para o ensino fundamental; 66% para a educação infantil, que com-
preende a atuação de creche e pré-escola, e 20% para o ensino médio. A educação
profissional é oferecida em 5% dos estabelecimentos de ensino do estado. Para esta
etapa de ensino, apresenta-se o Infográfico Educação, que mostra a distribuição dos
cursos pelas Regiões de Governo do Estado.
22 Boletim Macro IBRE, agosto de 2015.
29
Tabela 5 Estabelecimentos de Ensino, Etapa de Ensino e Dependência Administrativa,
Estado do Rio de Janeiro, 2014
Fonte: Microdados Censo da Educação Básica 2014/ Inep.Nota: Os estabelecimentos de ensino no Brasil, tanto público quanto privados, tem atuações diversas no oferecimento de matrículas por etapas de ensino, pois podem oferecer matrículas em um ou mais etapas de ensino. Como exemplo, há estabelecimentos que são apenas creches ou que oferecem todas as etapas da educação infantil. Por esse motivo é que os percentuais de matrículas por etapa de ensino não somam 100%.
2.3.1 Anos de Estudo
Os gráficos apresentados a seguir mostram, com base nos dados da PNAD, do
IBGE, em três anos (2001, 2007 e 2013), a percentagem de pessoas economicamente
ativas distribuídas por grupos de anos de estudos completos. Esse indicador mostra
como o nível de escolaridade avançou no Brasil, Região Sudeste, Estado do Rio de
Janeiro e Região Metropolitana.
Os grupos de anos de estudos podem ser interpretados da seguinte maneira:
} Sem instrução e menos de 1 ano: pessoas não-alfabetizadas;
} 1 a 3 anos: pessoas com o ensino fundamental I incompleto;
} 4 a 7 anos: pessoas com ensino fundamental II incompleto;
} 8 a 10 anos: pessoas com ensino médio incompleto;
} 11 a 14 anos: pessoas com ensino médio completo e superior incompleto; e
} 15 anos ou mais: pessoas com ensino superior completo.
Etapas de ensino
% de estabelecimento
por etapa de ensino
Nº de escolas por etapas de
ensino
% por dependência administrativa
federal estadual municipal privada
Educação Infantil 66 7.404 0,07 0,04 51,74 48,15
Ensino Fundamental 72 8.053 0,21 11,30 45,97 42,52
Ensino Médio 20 2.215 1,58 49,75 1,13 47,54
Educação Especial 4 467 0,64 4,28 82,66 12,42
Educação de Jovens e Adultos
14 1.587 0,95 38,94 47,20 12,92
Educação profissional
5 552 5,39 16,80 1,24 76,56
30
Gráfico 10 Comparação da População Economicamente Ativa por Grupo
de Anos de Estudo - Brasil
Fonte: PNAD/IBGE.
Gráfico 11 Comparação da População Economicamente Ativa por Grupo
de Anos de Estudo – Sudeste
Fonte: PNAD/IBGE.
0%
20%
40%
60%
80%
100%
15 anos ou mais
11 a 14 anos
8 a 10 anos
4 a 7 anos
1 a 3 anos
Sem instrução e menos de 1 ano
201320072001
17,18,1 6,9
15,8
10,1 6,7
30,2
24,519,8
13,4
18,0
17,6
16,730,2
36,4
6,4 8,8 12,6
0%
20%
40%
60%
80%
100%
15 anos ou mais
11 a 14 anos
8 a 10 anos
4 a 7 anos
1 a 3 anos
Sem instrução e menos de 1 ano
2013 2007 2001
10,0 4,4 4,2
13,77,1 4,7
32,8
22,718,0
15,8
19,217,8
19,135,2
40,3
8,5 11,2 15,0
31
Gráfico 12 Comparação da População Economicamente Ativa por Grupo
de Anos de Estudo – Rio de Janeiro
Fonte: PNAD/IBGE.
Gráfico 13 Comparação da População Economicamente Ativa por Grupo
de Anos de Estudo – Região Metropolitana do Rio de Janeiro
Fonte: PNAD/IBGE.
0%
20%
40%
60%
80%
100%
15 anos ou mais
11 a 14 anos
8 a 10 anos
4 a 7 anos
1 a 3 anos
Sem instrução e menos de 1 ano
201320072001
7,4 3,5 3,812,4
6,5 4,1
28,6
20,717,1
18,9
19,317,1
22,2
36,040,7
10,7 13,6 17,2
0%
20%
40%
60%
80%
100%
15 anos ou mais
11 a 14 anos
8 a 10 anos
4 a 7 anos
1 a 3 anos
Sem instrução e menos de 1 ano
201320072001
6,7 2,8 3,310,8
5,2 3,2
27,0
18,1 15,1
20,1
19,716,9
23,5
38,642,2
11,7 15,4 19,3
Minas Gerais
Espírito Santo
São Paulo
Número de escolas por etapas de ensino
NOROESTEFLUMINENSE
SERRANACENTRO-SULFLUMINENSE
COSTA VERDE
METROPOLITANA
MÉDIOPARAÍBA
NORTEFLUMINENSE
BAIXADASLITORÂNEAS
Educação infantil
Ensinofundamental
Ensinomédio
Educaçãoespecial
Educação de jovens e adultos (EJA)
Educaçãoprofissional
7.404 8.053
2.215467
1.587552
Oceano At lâ
n t ico
Concentração de escolas da educação profissional por região
5 a 1516 a 3031 a 45
46 a 60Mais de 60
Analfabetismo na população economicamente ativa (PEA)
Percentagem da PEA que continua os estudos após o ensino médio
BRASIL
REGIÃO SUDESTE
RIO DE JANEIRO
REGIÃO METROPOLITANA
BRASIL
REGIÃO SUDESTE
RIO DE JANEIRO
REGIÃO METROPOLITANA
2001: 17,1%
2013: 6,9%
2001: 10%
2013: 4,2%
2001: 7,4%
2013: 3,8%
2013: 3,3%
2001: 6,7%
2001: 23,1%
2013: 48,9%
2001: 27,5%
2013: 55,3%
2001: 32,6%
2013: 57,8%
2001: 35,2%
2013: 61,5%
Redução de
52%de analfabetos na população economica-mente ativa
O número passou de 32,6% para
57,8% em 2013.
Número de matrículas e principais cursos profissionalizantes no Rio de Janeiro - 2014
ExatasHumanas
Biológicas
Fontes: PNAD / INEP / MEC / Censo Escolar, 2014
Enfermagem (318)Mecânica (281)
Administração (234)Outros (844)
Mecânica (320)Enfermagem (199)
Segurança do Trabalho (126)Outros (428)
Segurança do Trabalho (1.114)Mecânica (1.007)
Enfermagem (922)Administração (753)
Logística (659)Eletrônica (588)
Eletrotécnica (477)Outros (5.192)
Enfermagem (12.250)Segurança do Trabalho (11.321)
Administração (8.295)Informática (6.492)Edificações (5.058)
Eletrotécnica (4.901)Mecânica (4.761)
Radiologia (4.686)Logística (3.757)Outros (56.238)
Enfermagem (664)Segurança do Trabalho (327)
Mecânica (262)Logística (201)Outros (1.980)
Mecânica (3.083)Segurança do Trabalho (1.306)
Logística (1.239)Enfermagem (1.177)
Eletrotécnica (945)Automação Industrial (943)
Outros (7.417)
Enfermagem (880)Segurança do Trabalho (642)
Mecânica (498)Administração (402)
Informática (366) Outros (2.616)
Mecânica (1.000)Segurança doTrabalho (925)
Enfermagem (730)Logística (638)
Edificações (437)Eletromecânica (285)
Outros (3.829)
BAIXADAS LITORÂNEAS (7.844)
CENTRO-SUL FLUMINENSE (1.677)
COSTA VERDE(1.073)
MÉDIO PARAÍBA (10.712)
METROPOLITANA (117.759)
NOROESTEFLUMINENSE (3.434)
NORTE FLUMINENSE (16.110)
SERRANA(5.404)
OFERTA POR REGIÃO
NÚMERO DEMATRÍCULAS
PRINCIPAIS CURSOS
Enfermagem
Segurança do Trabalho
Mecânica
Administração
Informática
Logística
Eletrotécnica
Edificações
Radiologia
Automação Industrial
Eletrônica
Eletromecânica
0 15 30 60 km
Curso/Área
ESCALA GRÁFICA
educação
Minas Gerais
Espírito Santo
São Paulo
Número de escolas por etapas de ensino
NOROESTEFLUMINENSE
SERRANACENTRO-SULFLUMINENSE
COSTA VERDE
METROPOLITANA
MÉDIOPARAÍBA
NORTEFLUMINENSE
BAIXADASLITORÂNEAS
Educação infantil
Ensinofundamental
Ensinomédio
Educaçãoespecial
Educação de jovens e adultos (EJA)
Educaçãoprofissional
7.404 8.053
2.215467
1.587552
Oceano At lâ
n t ico
Concentração de escolas da educação profissional por região
5 a 1516 a 3031 a 45
46 a 60Mais de 60
Analfabetismo na população economicamente ativa (PEA)
Percentagem da PEA que continua os estudos após o ensino médio
BRASIL
REGIÃO SUDESTE
RIO DE JANEIRO
REGIÃO METROPOLITANA
BRASIL
REGIÃO SUDESTE
RIO DE JANEIRO
REGIÃO METROPOLITANA
2001: 17,1%
2013: 6,9%
2001: 10%
2013: 4,2%
2001: 7,4%
2013: 3,8%
2013: 3,3%
2001: 6,7%
2001: 23,1%
2013: 48,9%
2001: 27,5%
2013: 55,3%
2001: 32,6%
2013: 57,8%
2001: 35,2%
2013: 61,5%
Redução de
52%de analfabetos na população economica-mente ativa
O número passou de 32,6% para
57,8% em 2013.
Número de matrículas e principais cursos profissionalizantes no Rio de Janeiro - 2014
ExatasHumanas
Biológicas
Fontes: PNAD / INEP / MEC / Censo Escolar, 2014
Enfermagem (318)Mecânica (281)
Administração (234)Outros (844)
Mecânica (320)Enfermagem (199)
Segurança do Trabalho (126)Outros (428)
Segurança do Trabalho (1.114)Mecânica (1.007)
Enfermagem (922)Administração (753)
Logística (659)Eletrônica (588)
Eletrotécnica (477)Outros (5.192)
Enfermagem (12.250)Segurança do Trabalho (11.321)
Administração (8.295)Informática (6.492)Edificações (5.058)
Eletrotécnica (4.901)Mecânica (4.761)
Radiologia (4.686)Logística (3.757)Outros (56.238)
Enfermagem (664)Segurança do Trabalho (327)
Mecânica (262)Logística (201)Outros (1.980)
Mecânica (3.083)Segurança do Trabalho (1.306)
Logística (1.239)Enfermagem (1.177)
Eletrotécnica (945)Automação Industrial (943)
Outros (7.417)
Enfermagem (880)Segurança do Trabalho (642)
Mecânica (498)Administração (402)
Informática (366) Outros (2.616)
Mecânica (1.000)Segurança doTrabalho (925)
Enfermagem (730)Logística (638)
Edificações (437)Eletromecânica (285)
Outros (3.829)
BAIXADAS LITORÂNEAS (7.844)
CENTRO-SUL FLUMINENSE (1.677)
COSTA VERDE(1.073)
MÉDIO PARAÍBA (10.712)
METROPOLITANA (117.759)
NOROESTEFLUMINENSE (3.434)
NORTE FLUMINENSE (16.110)
SERRANA(5.404)
OFERTA POR REGIÃO
NÚMERO DEMATRÍCULAS
PRINCIPAIS CURSOS
Enfermagem
Segurança do Trabalho
Mecânica
Administração
Informática
Logística
Eletrotécnica
Edificações
Radiologia
Automação Industrial
Eletrônica
Eletromecânica
0 15 30 60 km
Curso/Área
ESCALA GRÁFICA
34
Alguns pontos podem ser observados sobre o tema educação ao se comparar o
Estado do Rio de Janeiro com o Brasil e a região Sudeste:
} Nos anos comparados (2001, 2007 e 2013), no Brasil, na Região Sudeste e
no Estado do Rio de Janeiro houve redução da percentagem de pessoal sem
instrução. No Brasil, a população economicamente ativa passou de um per-
centual de 17,1% de analfabetos para 6,9%. Na região Sudeste, esta redução
foi de 10% para 4,2%. No Estado do Rio de Janeiro a redução do percentual
de analfabetos foi de 7,4% para 3,8% na população economicamente ativa.
Ressalta-se que em todos os anos o Rio de Janeiro apresentou uma percenta-
gem menor da população economicamente ativa analfabeta, o que indica, no
âmbito estadual, uma exigência maior quanto à escolaridade mínima para os
que ocupam vagas no mercado de trabalho;
} Considerando-se as regiões fluminenses, a Região Metropolitana reduziu de
6,7% para 3,3% o percentual de analfabetos em sua população economica-
mente ativa. Trata-se, portanto, de uma significativa redução de 50% desta
população;
} Cabe destacar a evolução do grupo entre 11 e 14 anos de estudo, composto
pelas pessoas que concluíram o ensino médio e estão avançando nos estudos,
seja cursando o nível superior ou cursos de nível técnico ou profissionalizante.
Em 2001, 16,7% da população economicamente ativa do país estava nesse
grupo; em 2013 houve um incremento para 36,4%. Na região Sudeste esse
grupo representava 19,1% e passou para 40,3% em 2013. O Estado do Rio
de Janeiro tinha, em 2001, 22,2% da população economicamente ativa nesse
grupo de anos de estudo e em 2013, passou a ter 40,7%.
} Na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, que tem uma alta influência nos
números do estado, o grupo de 11 a 14 anos de estudos era de 23,5% da po-
pulação economicamente ativa e passou, em 2013, para 42,2%.
Esses números mostram que o estado tem, na sua dinâmica de mercado de traba-
lho, uma exigência maior com relação aos níveis de escolaridade.
2.4 Segurança
A segurança pública impacta diretamente as relações econômicas do setor de Co-
mércio de Bens, Serviços e Turismo, pois seu desempenho negativo pode afetar pro-
cessos importantes da cadeia produtiva e de vendas, desde o processo logístico de
distribuição de mercadorias até os empresários e a população que circula em busca
de suas necessidades e desejos de consumo. As questões mais relevantes nesse tema
representam um desafio para a gestão de políticas públicas: o contínuo aumento da
35
sensação de insegurança, que corresponde ao aumento do número de roubos e crimes
violentos que acontecem nos entornos dos centros comerciais.
Como forma de subsidiar a formulação de estratégias do setor nesse tema, foram levan-
tados indicadores de segurança pública para o Estado do Rio de Janeiro e suas Regiões de
Governo. A categoria dos roubos é a que mais influencia a sensação de insegurança públi-
ca, pois reflete uma ação direta entre as vítimas e os executores dos delitos.
Os três tipos de roubos que têm maior impacto no setor de Comércio de Bens, Ser-
viços e Turismo são os praticados em estabelecimentos comerciais, os de carga e os
chamados “roubos de rua”23. Esse conjunto representava em 2014, 68,8% do total de
roubos no Estado do Rio de Janeiro. O Instituto de Segurança Pública (ISP), em seu
relatório do mesmo ano, destacou na seção referente aos crimes contra o patrimônio, o
seguinte cenário entre 2013 e 2014, para o registro dos delitos relacionados ao comércio:
} Os registros de roubo de cargas indicaram aumento de 66,7%, tendo ocorrido,
portanto, mais 2.356 registros de cargas roubadas em 2014, em comparação
com o ano de 2013;
} Os registros de roubo a estabelecimento comercial cresceram 11,6%, confor-
mando um aumento
} absoluto de 802 casos entre 2013 e 2014.
} Nos registros de roubo de aparelhos celulares, houve aumento de 42%, com
mais 2.293 casos em 2014 em relação ao ano anterior;
} Os registros de roubo a transeuntes apontam para um crescimento de mais de
32,7%, tendo havido o acréscimo absoluto de 19.845 casos;
} Os registros de roubo em coletivos cresceram 18,5%, conformando um au-
mento absoluto de 1.141 casos.
Gráfico 14Distribuição de Roubos (%) no Estado do Rio de Janeiro - 2014
Fonte: Balanço das Incidências Criminais e Administrativas no Estado do Rio de Janeiro, 2014. ISP
23 O termo “Roubos de rua” inclui roubos a transeuntes, em coletivos e roubos de aparelhos celulares.
Roubo a transeunte
Roubo de veículo
Roubo de aparelho celular
Roubo a estabelecimento comercial
Roubo em coletivo
Roubo de carga
Outros
49,1
19,9
4,7
4,7
4,5
3,6
13,5
36
Esses dados revelam que houve aumento no número de registro de todos os delitos
diretamente ligados ao setor de Comércio de Bens, Serviços e Turismo. Portanto, a
área de segurança deve ser vista como prioritária em qualquer plano de desenvolvi-
mento do setor.
Nesse cenário, a reversão da sensação de (in)segurança da população apresenta
desafios que extrapolam a esfera de polícia, já que a solução depende de diversos
fatores como a diminuição da desigualdade por meio do desenvolvimento de políticas
sociais integradas e mudanças estruturais na atuação do estado. Entretanto, é possível
estabelecer mecanismos que estimulem a sociedade em geral, e o meio empresarial
em especial, para construir parcerias que auxiliem o Estado na construção de soluções
mais abrangentes e complementares à atuação da polícia.
2.5 Infraestrutura
A infraestrutura é a base para a dinâmica econômica e fator impulsionador da produti-
vidade para todos os setores. Apresenta-se a seguir, em linhas gerais, o estado da arte da
infraestrutura estadual, relacionada à dinâmica do setor de Comércio de Bens, Serviços
e Turismo, analisando indicadores de distribuição de energia elétrica, telecomunicações,
abastecimento de água e esgoto, e um quadro geral da infraestrutura de transporte.
• Distribuição de energia ElétricaA qualidade do setor elétrico é avaliada por meio dos indicadores de continuidade
do serviço, ou seja, de duração e frequência das ocorrências de falta de luz (DEC e
FEC), que servem de base para o Desempenho Global de Continuidade (DGC) da dis-
tribuidora. As duas concessionárias do Rio de Janeiro, segundo o ranking de 201424 da
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), ocupam a 28ª e a 32ª posições em um
total de 36 grandes distribuidoras de todo país e, na região Sudeste, ocupam as últimas
posições. Um setor como o de Comércio de Bens, Serviços e Turismo, que depende
diretamente da continuidade do serviço, precisa garantir melhores condições para ope-
rar seus estabelecimentos.
• TelecomunicaçõesNo que se refere aos serviços de telecomunicações, o Estado do Rio de Janeiro apre-
senta indicadores de densidade do serviço melhores do que a média do país. Contudo, a
densidade varia de forma acentuada entre as várias regiões fluminenses. Em telefonia fixa,
por exemplo, a densidade do estado é a terceira maior do país, atrás apenas de São Paulo
24 Nota Técnica n° 0007/2015-SRD/ANEEL, de 04/03/2015.
37
(37 acessos/100 habitantes) e do Distrito Federal (34 acessos/100 habitantes). No entanto,
o indicador de densidade da Região Metropolitana é quase o triplo daquele observado na
Região Noroeste Fluminense (a menor densidade do estado).
Tabela 6Densidade da Telefonia Fixa – Rio de Janeiro e Regiões de Governo – julho/2015
RegiõesAcessos em serviço (mil) Densidade por
100 habitantesAutorização Concessão Total
Brasil 18.157 26.317 44.474 21,75
Rio de Janeiro 3.277 2.283 5.561 33,60
Região Metropolitana
2.539 2.147 4.687 38,17
Região Serrana 183 17 201 24,44
Região do Médio Paraíba
179 31 211 24,00
Região Centro-Sul Fluminense
54 0,4 54 19,76
Região Norte Fluminense
106 66 173 19,15
Região das Baixadas Litorâneas
128 15 143 18,16
Região da Costa Verde
43 2 45 16,94
Região Noroeste Fluminense
42 2 44 13,67
Fonte: Elaborado pela FGV a partir de dados da Anatel.
Na telefonia móvel, o estado também se destaca por ter densidade superior à mé-
dia nacional, perdendo apenas para o Distrito Federal (216 acessos/100 habitantes) e
São Paulo (154 acessos/100 habitantes). Ressalta-se que os dados de telefonia móvel
incluem os acessos de banda larga móvel e estão disponibilizados por área de nume-
ração25 e não por município.
25 Área geográfica do território nacional na qual os acessos telefônicos são identificados pelo código nacional composto por dois caracteres numéricos.
São Paulo
Minas Gerais
Espírito Santo
0 km15 30 60
Ocea
no A
t lân t
ico
Porto de AngraJacarepaguá
Resende
Porto de Itaguaí Santos DumontMaricá Saquarema
Cabo Frio
Umberto Modiano
Macaé
Bartolomeu Lisandro
Itaperuna
Antônio Carlos Jobim
Porto do RJ
Porto de Arraial do Cabo
Porto de Macaé
Porto Açu
Base Logística OFF Shore de Quissamã
Indústria Naval Base & Logística OFF Shore Niterói
485
465
354 116
393
492
383
356
484
493
40
101
120
459
ESCALA GRÁFICA
MetropolitanaMédio Paraíba
Norte FluminenseSerrana
Costa VerdeCentro-Sul Fluminense
Baixadas Litorâneas Noroeste Fluminense
Brasil 12,28
19,7213,9312,6812,4311,3910,57
9,886,03
N/D*0.1-43.343.4-7575.1-99.9100
* Informação não disponível
Metropolitana 84,4Serrana 71,7
Médio Paraíba 94,5Centro-Sul Fluminense 88,9
Norte Fluminense 75,0Noroeste Fluminense 84,2
Costa Verde 81,6Baixadas Litorâneas 95,6
Rio de Janeiro 84,7Rio de Janeiro 17,02
Melhor desempenho
Valor médio do DGCLIGHTAMPLA
0,44
0,980,99
1,53
2,09
2012 2013 2014
0,55
2,09
1,031,161,39
Pior desempenho
Banda larga fixa - Densidade de acessos por 100 habitantes julho/2015
Desempenho Global de Continuidade (DGC) das distribuidoras de energia do Rio de Janeiro
Portos Aeroportos Infraero
Aeroportos de operadoras particulares ou fechados para reformaIndústria Nuclear
Unidades de Conservação de Proteção Integral:
Mapa da infRaestRutuRa do estado do Rio de JaneiRo
Gasodutos
MineriodutoArco Rodoviário
Rodovias EstaduaisRodovias principais
Ferrovias
Estação Ecológica Parques Monumentos naturais Reservas biológicas e refúgios de vida silvestre
São Paulo
Minas Gerais
Espírito Santo
0 km15 30 60
Ocea
no A
t lân t
ico
Porto de AngraJacarepaguá
Resende
Porto de Itaguaí Santos DumontMaricá Saquarema
Cabo Frio
Umberto Modiano
Macaé
Bartolomeu Lisandro
Itaperuna
Antônio Carlos Jobim
Porto do RJ
Porto de Arraial do Cabo
Porto de Macaé
Porto Açu
Base Logística OFF Shore de Quissamã
Indústria Naval Base & Logística OFF Shore Niterói
485
465
354 116
393
492
383
356
484
493
40
101
120
459
ESCALA GRÁFICA
MetropolitanaMédio Paraíba
Norte FluminenseSerrana
Costa VerdeCentro-Sul Fluminense
Baixadas Litorâneas Noroeste Fluminense
Brasil 12,28
19,7213,9312,6812,4311,3910,57
9,886,03
N/D*0.1-43.343.4-7575.1-99.9100
* Informação não disponível
Metropolitana 84,4Serrana 71,7
Médio Paraíba 94,5Centro-Sul Fluminense 88,9
Norte Fluminense 75,0Noroeste Fluminense 84,2
Costa Verde 81,6Baixadas Litorâneas 95,6
Rio de Janeiro 84,7Rio de Janeiro 17,02
Melhor desempenho
Valor médio do DGCLIGHTAMPLA
0,44
0,980,99
1,53
2,09
2012 2013 2014
0,55
2,09
1,031,161,39
Pior desempenho
Índice médio de atendimento urbano de esgoto por município2013 (em%)
Índice médio de atendimento urbano de água - 2013 (em%)
Fontes: Anuário Estatístico Operacional – 2013, Infraero / Ministério dos Transportes / INEA, O Estado do Ambiente do Rio de janeiro, 2010 / ANEEL / Anatel / Sistema Nacional de Informações de Saneamento - SNIS, Ministério das Cidades
40
Tabela 7Densidade da Telefonia Móvel – Rio de Janeiro e Áreas de Numeração
do Estado – julho/2015
Área de numeração
linhas Móveis (mil) Densidade por 100 habitantesPós-pago Pré-pago Total
Brasil 71.465 209.984 281.450 137,66
Rio de Janeiro 7.965 16.994 24.960 150,82
21 6.308 13.135 19.443 155,62
24 747 1.724 2.471 144,94
22 909 2.135 3.045 129,57
Fonte: AnatelNotas: (1) A área de numeração 21 corresponde à Região Metropolitana; (2) A área 22 corresponde às Regiões Baixadas Litorâneas, Norte Fluminense e Noroeste Fluminense; (3) A área 24 corresponde às Regiões Centro-Sul Fluminense e Médio Paraíba; (4) A Região Serrana possui municípios que pertencem às áreas de numeração 21, 22 e 24; (5) A Região da Costa Verde possui municípios que pertencem às áreas de numeração 21 e 24.
No caso dos acessos de banda larga fixa, a densidade do estado também é signifi-
cativamente superior à média nacional, mas há grande dispersão entre as regiões com
relação a esses indicadores.
Tabela 8Densidade de Acessos de Banda Larga Fixa – Rio de Janeiro e
Regiões de Governo – julho/2015
RegiõesAcessos de banda larga
fixa em serviço (mil)Densidade por 100
habitantes
Brasil 25.098 12,28
Rio de Janeiro 2.817 17,02
Região Metropolitana 2.219 19,72
Região do Médio Paraíba 122 13,93
Região Norte Fluminense 115 12,68
Região Serrana 103 12,43
Região da Costa Verde 30 11,39
Região Centro-Sul Fluminense
29 10,57
Região das Baixadas Litorâneas
173 9,88
Região Noroeste Fluminense
21 6,03
Fonte: Anatel
41
Vale lembrar que o acesso à banda larga no país não é particularmente elevado. De
acordo com a União Internacional de Telecomunicações, o país ocupa a 68ª posição no
ranking global de 195 países, no que se refere ao acesso da população à banda larga
(fixa ou móvel), situando-se atrás, por exemplo, de Chile, Argentina e Uruguai.
Além da disponibilização do serviço para uma parcela maior da população, é impor-
tante também avançar na qualidade com que é prestado. Segundo dados da Agência
Nacional de Telecomunicações (Anatel), em todos os meses de 2015, pelo menos uma
das operadoras móveis e uma das operadoras fixas que atuam no Estado do Rio de
Janeiro não atingiram a meta de qualidade relacionada à velocidade da banda larga
estabelecida pela agência reguladora.
• Cobertura de abastecimento de água e esgotoA política de saneamento básico do Brasil é considerada, com base em princípios
constitucionais, um direito de todos brasileiros, portanto parte-se do princípio da uni-
versalização desse serviço. A cobertura de atendimento com abastecimento de água
no Estado do Rio de Janeiro atende, em média, 84,7% da população urbana, segundo
os dados do Sistema Nacional de Informações de Saneamento (SNIS), do Ministério
das Cidades. A região fluminense com maior média de cobertura para o abastecimento
de água é a das Baixadas Litorâneas, com 95,6%, e a de menor cobertura é a Região
Serrana, com média de 71,7%.
Gráfico 15Percentual médio do índice de atendimento urbano de água
por Região de Governo, 2013
Fonte: SNIS/Ministério das Cidades
Estado do Rio de Janeiro
Baixadas Litorâneas
Centro-Sul Fluminense
Costa Verde
Médio Paraíba
Metropolita
na
Noroeste Fluminense
Norte Fluminense
Serrana
71,775,084,284,4
94,5
81,688,9
95,6
84,7
42
Outro dado que avalia a condição da rede de abastecimento de água dos estados
é o percentual médio do índice de perdas na distribuição. Para o Estado do Rio de Ja-
neiro, o índice médio de perdas é de 32,6%. A região da Costa verde é a que possui o
menor índice médio de perdas.
Tabela 9Percentual médio do índice de perdas na distribuição por Região de Governo, 2013
Região de Governo Percentual médio
Costa Verde 13,6
Médio Paraíba 29,4
Metropolitana 31,0
Serrana 32,0
Centro-Sul Fluminense 33,0
Norte Fluminense 36,1
Baixadas Litorâneas 36,8
Noroeste Fluminense 38,3
Estado do Rio de Janeiro 32,6
Fonte: SNIS/Ministério das Cidades
Com relação à rede de esgotamento sanitário, há vários municípios do estado que
não divulgaram essa informação para o SNIS. Por isso, optou-se por apresentar no
infográfico com os valores percentuais do índice de atendimento urbano de esgoto.
Observa-se que poucos municípios alcançam a marca de 100% de atendimento à po-
pulação urbana nesse tema, cuja média do estado é de 43,3% de atendimento.
• Rodovias, ferrovias, portos e unidades de
conservação ambiental
O Estado do Rio de Janeiro possui uma boa cobertura rodoviária que o interliga em
direção às principais capitais da Região Sudeste: São Paulo, pela Rodovia Presidente
Dutra; Belo Horizonte, pela BR-040; e a BR-101, que chega até Vitória e conecta o esta-
do à região Nordeste. Dessas conexões, as que chegam a São Paulo e a Belo Horizonte
são concessionadas a operadoras privadas.
43
Quanto à infraestrutura portuária, o estado tem em seu território os seguintes portos:
Rio de Janeiro, Itaguaí, Niterói, Arraial do Cabo, Angra dos Reis, Porto de Macaé, base
offshore de Quissamã e Porto do Açu, em São João da Barra. Toda a operação portuá-
ria estadual é executada pela iniciativa privada.
O estado tem uma rede de aeroportos em que se destacam os dois principais, que
têm abrangência nacional e internacional: o internacional, Aeroporto Antônio Carlos
Jobim, com capacidade para 15 milhões de passageiros/ano e com o maior terminal de
cargas da América Latina, e o Santos Dumont, que opera voos domésticos. O estado
também conta com os seguintes aeroportos menores, que operam regionalmente e/ou
por agentes privados: Campos dos Goytacazes, Macaé, Angra dos Reis, Paraty, Re-
sende, Itaperuna, Búzios, Cabo Frio, Maricá e Nova Iguaçu. Existem ainda as bases aé-
reas do Galeão, Santa Cruz, São Pedro d’Aldeia e o Aeroporto de Jacarepaguá, no Rio
de Janeiro. Alguns desses aeroportos têm dificuldades de operação ou estão com suas
atividades suspensas por determinação da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).
O Rio de Janeiro também dispõe, em seu território, de uma malha ferroviária, que
é, entretanto, praticamente exclusiva para o transporte de carga, exceto em alguns
municípios da Região Metropolitana que possuem uma rede para transporte de passa-
geiros, para ligação com a cidade do Rio de Janeiro. Toda a rede existente é operada
pela iniciativa privada, inclusive o transporte de passageiros.
Por fim, apresentam-se as Unidades de Conservação de proteção integral, entendidas
como parte da infraestrutura do turismo, que podem e devem ser trabalhadas para visitação.
2.6 Considerações sobre o Panorama do
Estado do Rio de Janeiro
O panorama aqui traçado mostra que existe uma grande polaridade em torno de
uma única região do estado, tanto em termos da configuração espacial, quanto do
perfil socioeconômico. Na distribuição espacial, observou-se forte concentração de
população e da atividade econômica na Região Metropolitana, que tem a cidade do Rio
de Janeiro como polo de atração. Essa região, composta por 21 municípios, absorve
mais de 70% da população estadual e gera mais de 60% do PIB fluminense.
Com relação ao perfil socioeconômico das regiões, há grandes disparidades em
termos de composição de atividades econômicas. Contudo, um aspecto comum a
todas as regiões é a forte presença do setor de Comércio de Bens, Serviços e Turismo
na economia local. Destacam-se, ainda, os aspectos relativos ao contexto educacional
técnico e superior, chave para o direcionamento estratégico do setor.
Rio de janeiro 38,4
atividade econôMica e eMpRegoEstrutura do Valor Adicionado segundo Atividades Econômicas – 2012 (%)
Rio de janeiro
Comércio de Bens, Serviços
e Turismo
Maior contribuição em 5 regiões
Indústria Extrativa Mineral e
Construção Civil
Administração Pública
Indústria de Transformação Financeiro Transportes
Serviços Industriais
de Utilidade Pública Agropecuária
Costa Verde 54,5 23,4
Noroeste Fluminense 38,5 35,1
Centro-Sul Fluminense 28,5 30,6
Médio Paraíba 26,939,1
Metropolitana 47,3
23,2Serrana 37,3
13,6Norte Fluminense 69,7
15,1Baixadas
Litorâneas 64,8
349.420
Estabelecimentos
1.978.973
Vínculos
Informações gerais do setor de Comércio de Bens, Serviços e Turismo - 2014
1.708
Rendimento Médio Mensal (R$)
22,9
21,2
46%
Participação feminina
Metropolitana246.080 1.585.909 1.79046%
Serrana22.815 73.444 45% 1.193
Baixadas Litorâneas21.198 74.643 47% 1.318
Médio Paraíba21.022 81.442 50% 1.379
Centro-Sul Fluminense7.707 23.940 47% 1.143
Noroeste Fluminense7.589 19.952 43% 1.119
Costa Verde5.521 23.022 50% 1.242
Norte Fluminense17.488 96.981 43% 1.702
Comércio Varejista
Composição do setor de Comércio de Bens, Serviços e Turismo em termos de emprego formal - 2014 (em%)
Veículos - Comércio e serviços de manutenção
Comércio Atacadista
TurismoServiços
NoRoESTE FlUmINENSE 60 18 8 8 7
NoRTE FlUmINENSE 39 41 10 7 4
CoSTa VERdE 41 30 24 3 2
médIo PaRaíBa 44 30 13 6 8
mETRoPolITaNa 32 47 11 7 3
47 30 16 5 3BaIxadaS lIToRâNEaS
51 25 13 7 5SERRaNa
44 30 11 11 4CENTRo-SUl FlUmINENSE
Fontes: Elaboração pela FGV a partir de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE e Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE)
46
Nos municípios considerados destinos turísticos, a presença do setor de Comércio
de Bens, Serviços e Turismo tende a ser particularmente expressiva, fortalecendo-se
pelos ativos ambientais que são preservados no estado, como os parques nacionais e
estaduais, e a extensa linha de costa, que permite desenvolvimento de estratégias para
que o setor reforce a necessidade de preservação desses bens e o fortalecimento da
cadeia produtiva do turismo.
No que se refere à infraestrutura e aos investimentos, também há concentração na
Região Metropolitana, com mais de R$ 24 bilhões direcionados aos Jogos Olímpicos,
R$ 3,6 bilhões em saneamento, PAC 2, entre outros. Entretanto, a melhoria da infraes-
trutura na Região Metropolitana também gera externalidades positivas para as outras
regiões, que podem aproveitar oportunidades como melhorias dos aeroportos e das
atrações que podem motivar a ida de turistas para outras localidades. Além disso,
explorar a economia criativa em áreas como a indústria de moda e design reforça uma
vocação do Estado do Rio de Janeiro, incrementando a economia sem que depender
diretamente de grandes investimentos. Esses pontos serão explorados na seção Desa-
fios e Oportunidades do Setor no Futuro Próximo.
O Infográfico Atividade Econômica e Emprego consolida os principais resultados
apresentados para as Regiões de Governo e para o total do Estado do Rio de Janeiro.
Importância do Setor para o
Estado e suas Regiões
3.1 Valor Adicionado do Setor
O conceito de Valor Adicionado (VA)26 permite medir o valor criado por uma ativida-
de econômica. Refere-se o valor adicional que adquirem os bens e serviços ao serem
transformados durante o processo produtivo. O setor de Comércio de Bens, Serviços
e Turismo é composto por inúmeras atividades – representadas pelas categorias co-
mércio, atividades imobiliárias e aluguéis, serviços de informação e outros serviços27
– e representou 39,5% do Valor Adicionado do país e 38,4% do Valor Adicionado do
Estado do Rio de Janeiro28 em 2012.
Os gráficos a seguir apresentam a representatividade de cada uma dessas quatro
atividades na composição do VA desse setor na dimensão nacional, estadual, e para
cada uma das Regiões de Governo do Estado do Rio de Janeiro no ano de 2012.
26 O Valor Adicionado é definido pelo IBGE como o valor que uma atividade agrega aos bens e serviços consumidos no seu processo produtivo. Representa a contribuição ao PIB, pelas diversas atividades eco-nômicas, obtida pela diferença entre o Valor da Produção e o Consumo Intermediário absorvido por essas atividades. Não inclui os impostos líquidos de subsídios sobre produtos por esses não serem identificáveis por atividade econômica.
27 As informações sobre o Valor Adicionado para Brasil e para as unidades da federação (incluindo o Distrito Federal) são disponibilizadas pelo IBGE, com detalhamento para doze atividades econômicas. O setor de Comércio de Bens, Serviços e Turismo corresponde a quatro dessas doze categorias: Comércio, Serviços de Informação, Aluguéis, e Outros Serviços.
28 Com base nas contas nacionais e regionais de 2012 do IBGE.
48
Gráfico 16Composição do Valor Adicionado do Comércio de Bens, Serviços e Turismo e
Composição do Valor Adicionado Total – 2012/Brasil
Composição do VA Total – Brasil 2012
Composição do VA do Comércio de Bens, Serviços e Turismo – Brasil 2012
Fonte: Elaborado pela FGV a partir de dados do IBGE.
Gráfico 17Composição do Valor Adicionado do Comércio de Bens, Serviços e Turismo e
Composição do Valor Adicionado Total – 2012/RJ
Composição do VA Total – Estado do Rio de Janeiro 2012
Composição do VA do Comércio de Bens, Serviços e Turismo – Estado do Rio de Janeiro 2012
Fonte: Elaborado pela FGV a partir de dados do IBGE.
Demais serviços
Agropecuária
Indústria
Comércio de Bens, Serviços e Turismo
29,2%
5,3%40%
32%
7%
21%
22,9%
39,5%
Outros Serviços
Atividades Imobiliárias e Aluguéis
Serviços de Informação
Comércio
Outros Serviços
Atividades Imobiliárias e Aluguéis
Serviços de Informação
Comércio
Demais Serviços
Agropecuária
Indústria
Comércio de Bens, Serviços e Turismo
29,0%
0,4%
38,4%
32,2%
44%
24%
10%
21%
49
Esses gráficos apontam que as atividades de prestação de serviço (serviços de in-
formação e outros serviços) são as mais relevantes na composição do VA gerado pelo
setor nas dimensões nacional e estadual, representando pouco menos da metade do
setor no caso do país ou pouco mais da metade no caso do estado.
Gráfico 18Composição do Valor Adicionado do Comércio de Bens, Serviços e
Turismo por Regiões de Governo – 2012
Fonte: Elaborado pela FGV a partir de dados do IBGE.
Contudo, na análise de cada região, observa-se outra realidade. Na Região Norte
Fluminense, o comércio de bens representa mais da metade do VA do setor. Já na
Região da Costa Verde, há equilíbrio entre o comércio de bens e as atividades de pres-
tação de serviços de informação e outros serviços. Nas demais Regiões de Governo,
observa-se clara predominância das atividades de serviços, que ultrapassam 60% do
total do setor no Centro-Sul e na Região Serrana.
Além da composição do Valor Adicionado em termos de atividades econômicas, é
interessante também verificar a contribuição de cada região em separado para o VA do
setor de Comércio de Bens, Serviços e Turismo no estado.
Noroeste Fluminense
Centro Sul Fluminense
Baixadas Litorâneas
Serrana
Costa Verde
Médio Vale do Paraíba
Norte Fluminense
Metropolita
na
Serviços de informação e outros serviços
Comércio
Aluguel
56%
23%
58%
22%
19%
46%61%
50%60% 55%
13%
32%
15%
25%
10%
40%
10%
29%
45%
10%
59%
18%
22%
21%
50
Tabela 10 Valor Adicionado do setor de Comércio de Bens, Serviços e Turismo, em
R$ bilhões, valores correntes de 2012/Regiões de Governo e RJ
Região R$ bi %
Metropolitana 124,1 75,30
Norte Fluminense 9,4 5,70
Médio Vale do Paraíba 9,3 5,60
Costa Verde 7,0 4,20
Serrana 6,1 3,70
Baixadas Litorâneas 4,7 2,80
Centro Sul Fluminense 2,5 1,50
Noroeste Fluminense 1,7 1,00
Total do Estado 164,8 100,00
Fonte: Elaborado pela FGV a partir de dados do IBGE.
A Região Metropolitana concentra mais de 75% do Valor Adicionado gerado pelo
setor no estado. Considerando-se que essa região concentra 70% da população e 61%
do PIB estadual, a sua participação nessa região é particularmente importante. As de-
mais regiões respondem pelos 25% restantes do Valor Adicionado gerado pelo setor no
estado, com destaque para a Norte Fluminense, Médio Vale do Paraíba e Costa Verde.
3.2 Desempenho do setor
O setor de Comércio de Bens, Serviços e Turismo experimentou uma grande ex-
pansão até 2013, fruto do crescimento econômico do país no período e da capaci-
dade do setor de responder rapidamente à expansão da demanda. A receita bruta de
revenda de mercadorias,29 por exemplo, cresceu a uma taxa média anual de 7,2% em
termos nacionais, totalizando R$ 3,3 bilhões (já considerando a inflação do período).30
29 Ressalta-se que, nesse caso, o conceito de comércio é aquele adotado pelo IBGE, que corresponde à seção G da CNAE 2.0, segundo o qual se compõe por comércio varejista, comércio atacadista e comércio de veículos automotores e de peças e acessórios para veículos automotores, excluindo as atividades de manutenção e reparação de veículos automotores (CNAE 4520-0), de motocicletas (CNAE 4543-9) e de comércio ambulante (47.90-3)
30 Preços constantes de julho de 2015.
51
Gráfico 19Receita Bruta de Revenda de Mercadoria
(valores de julho de 2015)/Brasil - R$ bilhões
Fonte: IBGE, Pesquisa Anual de Comércio/IBGE.
Do total, em 2013, 45% eram oriundos do comércio por atacado, 43%, do varejista,
e 12%, do comércio de veículos, peças e motocicletas.
Gráfico 20Percentual de Receita Bruta de Revenda de Mercadoria por tipo de Comércio/Brasil
Fonte: PAC/IBGE.
201320122011201020092008
2351
3329
Comércio de veículos, peças e motocicletas
Comércio varejista
Comércio por atacado
201320122011201020092008
45%
40%
15%
44%
42%
14%
43%
42%
15%
45%
41%
14%
45%
42%
13%
45%
43%
12%
52
Gráfico 21Receita Bruta de Revenda de Mercadoria por tipo de comércio (valores de julho de
2015) – em R$ bilhões/Brasil
Fonte: PAC/IBGE.
A taxa de margem de comercialização31 também apresentou tendência de cresci-
mento no mesmo período, tanto no comércio por atacado, quanto no varejista. A taxa
do comércio varejista, em particular, expandiu de 34,3% sobre o custo da mercadoria
revendida, em 2008, para 40,1%, em 2013, como se verifica no gráfico a seguir.
Gráfico 22 Taxa de Margem de comercialização/Brasil (em %)
Fonte: PAC/IBGE.
31 Taxa de Margem de Comercialização: divisão da margem de comercialização pelo custo da mercadoria vendida. Expressa o quanto uma unidade monetária de custo retorna para a empresa em forma de lucro.
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
Comércio varejista Comércio por atacado
Comércio de veículos, peças e motocicletas Total
20132012201120102009
Comércio varejista Comércio por atacado Total
201320122011201020092008
25
21
34
27
23
35
2724
35
28
23
38
29
23
39
30
24
40
53
A receita operacional líquida das atividades de serviços apresentou tendência de cres-
cimento no período de 2007 a 2013. A taxa de crescimento médio anual foi de 7,9%.
Gráfico 23Receita operacional líquida em R$ bilhões/Brasil 2015
Fonte: PAS/IBGE.
Outro indicador importante refere-se ao crédito, visto que parcela significativa do
setor corresponde ao comércio de bens cujas vendas dependem da concessão de cré-
dito, como móveis e eletrônicos. O saldo das operações de crédito ao setor comercial,
como percentual do PIB, apresentou crescimento até 2012, mas nos anos seguintes
houve redução em termos de participação do PIB.
Gráfico 24Saldo das operações de crédito ao setor comercial (participação %
em relação ao PIB) – Brasil
Fonte: Bacen.
896
1,364
-
200
400
600
800
1,000
1,200
1,400
1,600
2007 2008 2009 2010 2011 2012
R$
bilh
ões
de 2
015
(jul)
2013201220112010200920082007
896
1417
2014201320122011201020092008
4,1 4,24,6
5,0 5,24,7 4,6
54
No Estado do Rio de Janeiro, o desempenho do setor no período de 2008 a 2013 se-
guiu o mesmo padrão de crescimento. A receita bruta de revenda de mercadorias teve
expansão de R$ 184 bilhões, em 2008, para R$ 273 bilhões, em 2013, apresentando um
crescimento médio anual real de 8,2% (a preços constantes de julho de 2015). Em 2013,
o estado participava com 8,2% do total nacional, atrás de São Paulo e Minas Gerais.
Gráfico 25Receita Bruta de Revenda de Mercadoria em
R$ bilhões (valores de julho de 2015)/ RJ
Fonte: PAC/IBGE.
Os indicadores mais recentes do setor apontam para o arrefecimento dessa trajetória
de crescimento. A evolução do volume de vendas das nove categorias de produtos pes-
quisadas pelo IBGE no Estado do Rio de Janeiro demonstra tendência de estagnação,
ainda que de forma desigual entre os subsetores que compõem o comércio de bens.
De forma geral, o volume de vendas por produtos, no âmbito estadual, apresentou
aumento no período de 2011 a 2014, com exceção de móveis e eletrodomésticos, e de
livros, jornais, revistas e papelaria. A partir de 2015, apenas três subsetores mantiveram
a trajetória de crescimento: artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, perfumaria e
cosméticos; equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação; e
outros artigos de uso pessoal e doméstico.
Como o setor de Comércio de Bens, Serviços e Turismo é o que apresenta maior
grau de interdependência com outros setores,32 é esperado que seja um dos primeiros
a serem afetados pela crise econômica. Contudo, como os gráficos anteriores demons-
tram, o efeito da crise econômica difere entre as várias atividades que compõem esse
setor. Algumas delas sofrem os efeitos da crise de forma mais acentuada, ao passo
que outras mantêm a trajetória de crescimento embora com menor fôlego.
32 Segundo o Mapa Estratégico do Comércio 2014 – 2020, o setor é o que apresenta maior indicador de ligação para a frente (forward linkage) de Rasmussen-Hirschman da economia brasileira. Esse indicador aponta em que grau um setor é demandado pelo resto da economia.
201320122011201020092008
185
274
55
Gráficos 26 Volume de Vendas/RJ - Índice de base fixa com ajuste sazonal
de média móvel de 12 meses (2011=100)
Fonte: IBGE, PMC/IBGE.
90
120
150
Tecidos, vestuário e calçados
Hipermercados e supermercados
Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo
Combustíveis e lubrificantes
Abr-15
Jan-15Out-1
4Jul-1
4Abr-1
4Jan-14
Out-13
Jul-13
Abr-13
Jan-13Out-1
2Jul-1
2Abr-1
2Jan-12
Out-11
Jul-11
Abr-11
Jan-11
Abr-15
Jan-15Out-1
4Jul-1
4Abr-1
4Jan-14
Out-13
Jul-13
Abr-13
Jan-13Out-1
2Jul-1
2Abr-1
2Jan-12
Out-11
Jul-11
Abr-11
Jan-1150
100
150
200
Outros artigos de uso pessoal e doméstico
Livros, jornais, revistas e papelaria
Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação
Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos
Móveis e eletrodomésticos
56
Com efeito, em um contexto de queda de renda, seja por redução de salário ou por
desemprego, o trabalhador depara-se com o desafio de adequar seu nível de consumo
a essa nova realidade. Esse processo de adequação é afetado por inúmeras variáveis,
como essencialidade do bem (necessário versus supérfluo), possibilidade de substitui-
ção por outros produtos, restrição do crédito, perspectivas para o futuro, entre outros.
Diante desse cenário, é vital reduzir custos, ganhar competitividade e atuar com
maior eficiência e flexibilidade para amenizar os efeitos da crise. Além disso, deve-se
estar atento às oportunidades que surjam com a crise, como novos nichos de mercado,
por exemplo.
3.3 Estabelecimentos e Emprego Formal
O setor de Comércio de Bens, Serviços e Turismo era responsável por 61% dos
estabelecimentos do país em 2014, o que correspondia a 5 milhões de estabelecimen-
tos, e por 38% dos vínculos empregatícios, totalizando 18,8 milhões de empregados
formais. Entre 2009 e 2014, o crescimento médio anual de estabelecimentos do país foi
de 1,4% e o de vínculos, 5,5%.
No Estado do Rio de Janeiro, o setor contava com 349.420 estabelecimentos, o que
representava, em 2014, 62% do total fluminense. Desse total, cerca de 80% correspon-
diam a microempresas. Com relação aos vínculos formais de emprego, o setor gerou
2 milhões de vínculos em 2014, o que equivalia a 43% dos vínculos formais do estado.
Entre 2009 e 2014, o crescimento médio anual de estabelecimentos foi de 1,6% e o de
empregos formais, 4,4%. Contudo, no período de janeiro a agosto de 2015, o setor de
Comércio de Bens, Serviços e Turismo no Rio de Janeiro demitiu mais do que contra-
tou: o saldo entre admissões e demissões foi de 57 mil vínculos no período em questão.
A remuneração média paga pelo setor fluminense aos seus empregados com cartei-
ra assinada foi de R$ 1.708 em 2014. Nesse ano, os vínculos do setor eram ocupados,
em sua maioria, por homens (54%) e por pessoas com ensino médio completo (53%).
Outros 24% tinham o ensino fundamental completo e 12%, o superior completo.
Quanto às características do setor em cada Região de Governo, as tabelas a seguir
apresentam algumas informações relevantes.
57
Tabela 11Informações gerais do setor de Comércio de Bens, Serviços e Turismo/RJ – 2014
Regiões de GovernoInformação
Estabelecimentos VínculosRendimento Médio (R$)
% feminina
Metropolitana 246.080 1.585.909 1.790 46
Norte Fluminense 17.488 96.981 1.702 43
Médio Paraíba 21.022 81.442 1.379 50
Baixadas Litorâneas 21.198 74.643 1.318 47
Serrana 22.815 73.444 1.193 45
Centro-Sul Fluminense 7.707 23.940 1.143 47
Costa Verde 5.521 23.022 1.242 50
Noroeste Fluminense 7.589 19.592 1.119 43
Estado do Rio de Janeiro 349.420 1.978.973 1.708 46
Fonte: Rais/MTE.
Tabela 12Escolaridade por vínculos do setor de Comércio de Bens,
Serviços e Turismo – Regiões do RJ – 2014 (%)
RegiãoFundamental Incompleto
Fundamental Completo
Médio Completo
Superior Completo
Costa Verde 19 30 45 6
Centro-Sul Fluminense 16 30 47 7
Serrana 16 30 46 8
Baixadas Litorâneas 12 26 55 7
Metropolitana 10 23 53 13
Médio Paraíba 10 27 54 9
Norte Fluminense 8 23 59 10
Noroeste Fluminense 7 24 62 7
Estado do Rio de Janeiro 11 24 53 12
Fonte: Rais/MTE.
A maior parte dos estabelecimentos do setor concentra-se na Região Metropolitana,
com 70% de seu número total e 80% do total de vínculos empregatícios, e, em todas
as regiões, a maior parte dos vínculos é preenchida por homens, com exceções da
Costa Verde e do Médio Paraíba, onde existe equilíbrio entre os números de homens
e mulheres.
58
O setor33 congrega uma ampla gama de atividades econômicas, que podem ser resu-
midas em cinco segmentos: comércio varejista, comércio atacadista, comércio de veículos
(incluindo os serviços de manutenção de veículos), prestação de serviços e turismo.34
No Estado do Rio de Janeiro, as atividades com maior quantidade de estabeleci-
mentos e que mais geram postos de trabalho formal dentro do setor são as de pres-
tação de serviços e de comércio varejista. Em particular, no que tange à geração de
empregos formais, o segmento de serviços responde por 44% do total. Caso se con-
sidere que as atividades características do turismo também são prestação de serviços,
a participação desse segmento ultrapassa 50%. Já o comércio varejista gera 34% do
total de empregos formais do setor. Com relação à quantidade de estabelecimentos,
o segmento com maior representatividade é o de comércio varejista, seguido de perto
pelo segmento de serviços.
Gráfico 27Composição do Setor de Comércio de Bens, Serviços e Turismo em termos de
emprego formal – Rio de Janeiro – 2014
Fonte: Elaborado pela FGV a partir de dados da Rais/MTE.
33 O conceito de “Comércio” é aquele adotado pelo IBGE que corresponde à seção G da CNAE 2.0, composta por comércio varejista, comércio atacadista e comércio de veículos automotores e de peças e acessórios para veículos automotores, excluindo as atividades de manutenção e reparação de veículos automotores (CNAE 4520-0) e de motocicletas (CNAE 4543-9) e de comércio ambulante (47.90-3).
34 Para este trabalho, considerou-se que, entre as atividades que compõem o setor, aquelas que seriam típicas do turismo são: hotéis e outros tipos de alojamentos; restaurantes e outros estabelecimentos de serviços de alimentação e bebidas (incluindo serviços ambulantes de alimentação); locação de automó-veis; agências de viagens, operadores turísticos e serviços de reservas; atividades de museus e de ex-ploração de lugares e prédios históricos; atividades de jardins botânicos, zoológicos, parques nacionais, reservas ecológicas e áreas de proteção ambiental; atividades de exploração de jogos de azar e apostas; e parques de diversão e parques temáticos.
Comércio de veículos e serviços de manutenção de veículos
Comércio atacadista
Turismo
Comércio varejista
Serviços
44%
3%7%
12%
34%
59
Gráfico 28Composição do Setor de Comércio de Bens, Serviços e Turismo em termos de
quantidade de estabelecimentos – Rio de Janeiro – 2014
Fonte: Elaborado pela FGV a partir de dados da Rais/MTE.
O predomínio das atividades de serviço é, na verdade, uma característica das re-
giões Metropolitana e Norte Fluminense, que são as maiores empregadoras do setor no
estado. Nas demais regiões, o predomínio cabe ao comércio varejista.
Gráfico 29Composição do Setor de Comércio de Bens, Serviços e Turismo em termos de
emprego formal (em %) – Regiões de Governo – 2014
Fonte: Elaborado pela FGV a partir de dados da Rais/MTE.
Comércio de veículos e serviços de manutenção de veículos
Comércio atacadista
Turismo
Comércio varejista
Serviços
Noroeste Fluminense
Costa Verde
Centro-Sul F
luminense
Serrana
Baixadas Litorâneas
Médio Paraíba
Norte Fluminense
Metropolita
na
47 413030 25
30
44
1111
4
3018
60
88
7
41
2432
51
137
5
47
1653
44
136
8
39
1074
32
1173
Comércio de veículos e serviços de manutenção de veículos
Comércio atacadista
Turismo
Comércio varejista
Serviços
37%
5%8%
10%
40%
60
Quando se considera a quantidade de empresas, em todas as regiões, exceto na
Região Metropolitana, o principal segmento é o de comércio varejista.
Gráfico 30Composição do Setor de Comércio de Bens, Serviços e Turismo em termos de
estabelecimentos (em %) – Regiões de Governo – 2014
Fonte: Elaborado pela FGV a partir de dados da Rais
3.4 Desafios e oportunidades do setor no
futuro próximo
Uma série de indicadores registrados nos dois primeiros trimestres de 2015 indica
que será necessário um reposicionamento do setor de Comércio de Bens, Serviços e
Turismo diante dos novos desafios e oportunidades. O PIB, medida da produção de
bens e serviços do país, decresceu 1,9% no segundo trimestre com relação aos três
Comércio de veículos e serviços de manutenção de veículos
Comércio atacadista
Turismo
Comércio varejista
Serviços
Noroeste Fluminense
Costa Verde
Serrana
Médio Paraíba
Norte Fluminense
Baixadas Litorâneas
Centro-Sul F
luminense
Metropolita
na
423531
44
1474
26
53
107
6
26
47
137
7
26
52
116
6
20
47
26
34
20
59
87
6
41
117
5
36
98
5
61
primeiros meses do ano. Comparando-se com o mesmo período de 2014, a queda foi
de 2,6%.
As vendas de todos os setores do chamado Ramo Mole (bens não duráveis) e do
Ramo Duro (bens duráveis) apresentaram resultados negativos em decorrência da crise
econômica, do aumento da taxa de desemprego e da escassez de crédito, que estão
inibindo as compras dos consumidores.
O Índice de Confiança do Consumidor, que procura captar o sentimento do con-
sumidor em relação ao estado geral da economia e de suas finanças pessoais e, con-
sequentemente, o impacto direto de seu comportamento atual de consumo, têm se
situado abaixo de 100 pontos desde novembro de 2014. Em junho de 2015, o índice
foi de 83,9, o segundo menor valor desde janeiro de 2015. Esta confiança também tem
forte relação com o alto nível de endividamento das famílias.
Nesse cenário, o Mapa do Comércio do Estado do Rio de Janeiro 2015-2020, além
de ser um importante instrumento mobilizador para o enfrentamento dos desafios que
se apresentam e para apoiar a materialização das oportunidades que se revelam, des-
taca alguns temas que merecem atenção do setor nos próximos anos. Outros serão
identificados na interação direta com os atores de interesse do comércio nas oito Re-
giões de Governo durante a realização das oficinas de trabalho.
• Desafios e oportunidades
Jogos Olímpicos Rio 2016
Os Jogos Olímpicos já proporcionam e vão proporcionar inúmeras oportunidades
para o setor de Comércio de Bens, Serviços e Turismo. Eles já induziram, devido aos
compromissos olímpicos, uma série de mudanças estruturantes na área de mobilidade,
com a implantação de Bus Rapid Transit (BRT), Bus Rapid Service (BRS) e Veículos
Leves Sobre Trilhos (VLTs), a modernização da região da Vila Militar e a implantação de
equipamentos esportivos no Recreio dos Bandeirantes. Além disso, aceleraram a re-
cuperação da área portuária e a construção de equipamentos culturais como o Museu
do Amanhã e o Museu de Arte do Rio (MAR). Os investimentos nessa área já ultrapas-
saram R$ 24 bilhões.
Os impactos para o turismo durante e após os jogos, com a vinda de 350 mil turistas
estrangeiros, conforme estimativa do Ministério do Turismo, gerará oportunidades mais
evidentes (tratadas no próximo item), que devem ser exploradas. No entanto, há inú-
meros legados relacionados ao mercado imobiliário que se desmembram em necessi-
dades de novos comércios e serviços de bairro, como mercados, padarias, farmácias,
salões de beleza, papelarias, vestuários, bares e restaurantes, dentre outros.
62
Além disso, a realização dos jogos impulsionará a demanda por capacitação de
profissionais para as milhares de vagas que serão abertas em diversas áreas, como
alimentação, licenciamento, transporte, serviços de limpeza, acomodações e hospita-
lidade. Estruturar-se para atender a essa nova demanda, além de proporcionar novas
oportunidades, contribui para a consolidação dos vetores de expansão da cidade.
O interior do estado se beneficiará de forma mais indireta, já que os jogos ocorrerão
na cidade do Rio de Janeiro, e suas oportunidades estarão mais concentradas na ativi-
dade de turismo, discutida a seguir.
Turismo
A cidade do Rio de Janeiro ainda é o principal indutor do turismo fluminense. Com
a realização dos Jogos Olímpicos, haverá um fortalecimento ainda maior desse papel,
mas que também pode ser aproveitado por todo o estado. A FGV, em pesquisa reali-
zada para a Secretaria de Turismo do Estado do Rio de Janeiro, em 2014,35 identificou
um grande desconhecimento dos mercados internacionais sobre os destinos turísticos
do interior e litoral do estado.
O Rio de Janeiro registrou 78,5 pontos no Índice de Competitividade do Turismo Na-
cional 2014,36 resultado referente ao nível 4 (em uma escala de cinco níveis, divididos
entre 0 e 100 pontos), que a posicionou em 4ª lugar no ranking do índice geral. A cidade
se destaca em algumas dimensões, como Atrativos turísticos e Capacidade Empresarial
(em ambas o destino aparece em primeiro lugar no ranking), além de Serviços e Equipa-
mentos Turísticos, Economia Local e Aspectos Culturais (2º lugar no ranking), mas não
figura entre as dez mais bem colocadas em outras, como Cooperação Regional, Políticas
Públicas, Marketing e Promoção do Destino, Monitoramento e Aspectos Sociais.
Com relação às outras quatro cidades do estado avaliadas no mesmo estudo, des-
taca-se Petrópolis, que foi o destino não capital que mais evoluiu no referido ano, al-
cançando como índice geral 70,4 pontos (nível 4). Os resultados dos demais destinos
turísticos fluminenses avaliados nesta pesquisa não ultrapassaram o nível 3 no que
se refere ao índice geral: Angra dos Reis registrou 60,4 pontos, seguido de Armação
dos Búzios, com 53,7 pontos, e, finalmente, Paraty, com 48,9 pontos. Tais resultados
mostram que, apesar do potencial desses destinos, ainda há espaço para incremento,
melhorias e maior aproveitamento da atividade turística no estado.
Esse contexto, se bem trabalhado pelos destinos do estado, cria uma oportunidade
a ser explorada em conjunto com a capital para ampliar a atração de turistas. Alguns
pontos reforçam essa oportunidade, como a desvalorização do real e a grande expo-
35 Programas Regionais de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur) / Pesquisa de Demanda Turística Nacional e Internacional do Estado do Rio de Janeiro, 2014.
36 O Índice de Competitividade do Turismo Nacional é um estudo realizado anualmente, desde 2008, pela FGV em 65 destinos turísticos brasileiros para o Ministério do Turismo e o Sebrae Nacional.
63
sição de imagem dos jogos. Por outro lado, para explorar essa oportunidade é impor-
tante ter ações planejadas que envolvam a construção de um calendário de eventos,
a qualificação da prestação de serviços de hospitalidade, a promoção da segurança
pública e da melhoria da logística intraestadual.
Economia Criativa
A economia criativa com sua natureza multidisciplinar – suas interligações econômi-
cas, sociais, culturais, tecnológicas e ambientais – oportuniza o desenvolvimento de novos
produtos e serviços, além de impulsionar a inovação e a geração de novos modelos de
negócios.
Em franco crescimento mundial e no país, a economia criativa se apresenta como
uma oportunidade estratégica para consolidar e/ou reorientar vocações territoriais nas
diversas Regiões de Governo do Estado do Rio de Janeiro e como alternativa real de
desenvolvimento para o setor de Consumo de Bens, Serviços e Turismo.
Moda, gastronomia, games, design e artesanato são alguns dos segmentoss que
podem contribuir para a geração de trabalho e renda e para o desenvolvimento de
empreendimentos econômicos solidários no estado, em convergência com outras ini-
ciativas do governo estadual, como, por exemplo, a Incubadora Rio Criativo, que é um
centro de inovação que estimula o fortalecimento e a sustentabilidade dos empreen-
dimentos da economia criativa do Estado do Rio de Janeiro e o seu desenvolvimento
econômico e social através da cultura.
Comércio eletrônico (e-commerce)
O crescimento significativo que o comércio eletrônico (e-commerce) vem tendo na
sociedade brasileira, acompanhando uma tendência mundial, também representa um
conjunto de desafios e oportunidades para o setor de Comércio no Rio de Janeiro.
O Mapa Estratégico do Comércio 2014-2020 registra que:
O rápido crescimento no faturamento tende a se tornar um componente importante na evolução do setor como um todo. Por outro lado, comércio eletrônico representa uma relevante fonte de pressão competitiva para o co-mércio tradicional, o que ao mesmo tempo pode vir a comprimir margens de lucratividade e impulsionar inovações e sinergias.
Neste momento, existem vários novos elementos que impactam este tema.
Do ponto de vista tributário, novas regras para a incidência do Imposto sobre Cir-
culação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nas operações de venda de produtos pela
internet ou por telefone estabelecem uma nova sistemática de distribuição do imposto.
Outro ponto é a tendência global de migração de marcas nascidas na internet para
lojas físicas. Nos Estados Unidos, empresas como a Warby Parker (comércio de ócu-
los), a Athleta (varejista de roupas para ginástica) e a Bonobos (de roupas e acessórios
64
masculinos), nascidas no comércio online, migraram para um novo formato e, juntas,
abriram 134 lojas nos últimos quatro anos. Até a Amazon, maior varejista online do
mundo, inaugurou seu primeiro ponto de troca e coleta de mercadorias com atenden-
tes e negocia outros.
Em São Paulo, a Oppa (comércio eletrônico de móveis) abriu a sua primeira loja, no
bairro de Vila Madalena, e hoje conta com outras seis lojas em São Paulo, Rio de Ja-
neiro e Distrito Federal, que funcionam como showroom para que o consumidor possa
“conhecer nossos móveis pessoalmente”, como explicitado em suas campanhas pu-
blicitárias. A Dafiti (empresa de comércio on-line especializada em moda), também em
São Paulo, apresentou “uma nova maneira de comprar on-line.” Na Dafiti Live, são “3
andares só com o melhor da moda e novidades toda semana para você experimentar
tudo e receber em casa no dia seguinte”, conforme material publicitário.
Essa migração busca atender uma exigência dos consumidores, que preferem uma ex-
periência mista, obtendo a conveniência de ter as vantagens dos mundos físico e virtual.
Redes de serviços públicos inteligentes
A competitividade e a sustentabilidade do setor dependem também de redes de
serviços públicos, (mobilidade urbana, segurança pública, educação, dentre outros) e
espaços urbanos social e ecologicamente inteligentes e sustentáveis. Nesse sentido,
o Sistema Fecomércio e seus representados têm papel decisivo como fomentadores
de cidades inteligentes que combinem planejamento estratégico e participativo com a
aplicação criativa e inovativa das facilidades e recursos oferecidos pelas tecnologias
da informação e comunicação.
Gestão empresarial
As facilidades e recursos tecnológicos podem e devem apoiar as empresas do setor
na melhoria de sua gestão empresarial, em especial, na otimização de seus processos
internos, nos seus mecanismos de controle, na gestão de custos e das informações
sobre os consumidores e seus hábitos de compra.
Educação Profissional
Com os novos desafios que se apresentam, o setor de Comércio de Bens, Serviços
e Turismo passa a necessitar de trabalhadores com escolaridade e formação mais
elevadas, além de precisar investir de forma mais sistemática em educação profissio-
nal, qualificação e treinamento a fim de aumentar a qualidade da prestação dos servi-
ços prestados aos consumidores, desenvolvendo uma efetiva cultura de excelência no
atendimento ao consumidor como fator decisivo para o aumento da produtividade e da
competitividade do setor. O grande desafio para o planejamento da oferta de educação
65
profissional reside na compreensão do ambiente de negócios, com suas demandas
atuais e principalmente as tendências futuras, já que em muitos casos o tempo de
formação do profissional é elevado e as mudanças ocorrem durante seu processo de
formação, muitas vezes tornando-o obsoleto.
Financiamento Coletivo
Novos modelos de financiamento têm permitido que empreendedores financiem
seus projetos através de doações coletivas. O crowdfunding, um novo modelo de
negócios para a arrecadação de fundos pela internet, conta com o suporte de uma
plataforma online e permite que projetos arrecadem os primeiros recursos financeiros
necessários para a sua viabilização, dentro de um determinado de tempo, por meio de
pequenos apoiadores que recebem uma contrapartida. Em um momento de restrição
de crédito e juros altos, esse modelo de financiamento tende a crescer.
Mapa Estratégico do Comércio do
Estado do Rio de Janeiro
Dando continuidade aos processos de articulação e organização do setor do Co-
mércio de Bens, Serviços e Turismo, iniciados pelo lançamento do Mapa Estratégico
do Comércio 2014-2020, apresenta-se o Mapa Estratégico do Comércio do Estado do
Rio de Janeiro 2015-2020. Este instrumento de mobilização e posicionamento institu-
cional busca a integração das atividades do Sistema Fecomércio RJ e o fortalecimento
do setor no Estado do Rio de Janeiro.
Tal como o Mapa Estratégico do Comércio, o Mapa do Rio de Janeiro foi construído
visando alcançar novas formulações para o objetivo geral de melhorar o nível de compe-
titividade do setor, respeitando as particularidades de diferentes subsetores e contem-
plando a sustentabilidade econômica, social e ambiental das empresas que o compõem.
A construção do Mapa do Estado do Rio de Janeiro também se baseou nos valores
que norteiam a atuação do Comércio e que representam os pontos fortes que direcio-
nam a atuação desse vital segmento econômico brasileiro. São eles:
} Empreendedorismo;
} Livre concorrência;
} Simplicidade;
} Transparência; e
} Sustentabilidade.
Competitividade e sustentabilidade permanecem como conceitos estruturantes
para as políticas e ações de fortalecimento do Comércio, a fim de incrementar a pro-
dutividade do setor.
68
A construção do Mapa Estratégico do Comércio do Estado do Rio de Janeiro 2015-
2020 se baseou na atualização e na adequação dos conceitos e fundamentos que sus-
tentam o Mapa Estratégico do Comércio às características e especificidades do estado
e economia fluminenses.
Assim, os nove fatores-chave, elementos de referência em torno dos conceitos de
competitividade e sustentabilidade, que contribuem para aumentar a produtividade do
setor de Comércio foram assim adequados:37
Quadro 1 Fatores-Chave
Mapa Estratégico do Comércio 2014-2020
Mapa Estratégico do Estado do Rio de Janeiro 2015-2020
1. Educação2. Ambiente Macroeconômico3. Eficiência do Estado4. Tributação5. Infraestrutura6. Relações de Negócios7. Conhecimento e Gestão Empresarial8. Relações de Trabalho9. Recursos Financeiros
1. Educação Profissional2. Ambiente Empresarial3. Segurança4. Tributação5. Logística e Mobilidade Urbana6. Relações com Atores de Interesse do Comércio7. Conhecimento e Gestão Empresarial8. Serviços Públicos de Suporte 9. Financiamento e Eficiência Operacional
A cada fator-chave adequado às especificidades do Rio de Janeiro é associado um
macro objetivo 2020, que sintetiza o principal resultado a ser alcançado, configurando
o desafio ao qual devem ser dirigidos o esforço e a atuação dos diferentes atores de
interesse do comércio envolvidos neste processo.
Cada macro-objetivo orienta o desdobramento dos fatores-chave em temas prioritários,
focos específicos que serão alvo de propostas estratégicas voltadas ao aprimoramento da
força competitiva e à sustentabilidade do setor do Comércio nas próximas etapas.
37 Para mais informações sobre o processo de adequação dos fatores-chave ao contexto estadual, veja nota técnica no final deste texto.
69
4.1 Quadro-síntese
4.1.1 Educação Profissional
Em linha com o Mapa Estratégico do Comércio, no âmbito estadual, dois temas
ganham especial relevância: a formação, capacitação e aperfeiçoamento dos profissio-
nais que atuam ou que venham a atuar nas atividades de Comércio de Bens, Serviços
e Turismo e a profissionalização na gestão dos negócios.
A educação dos profissionais, aqui contemplados os que atendem diretamente aos
consumidores e os supervisores e gerentes de estabelecimentos, visa contribuir para
a maior satisfação do consumidor (tema relevante no fator-chave Atores de Interesse
do Comércio), por meio de uma cultura de excelência no atendimento ao consumidor,
o aumento na produtividade e os menores custos, e, consequentemente, maior com-
petitividade do comércio.
A profissionalização da gestão, focada especificamente na qualificação e capaci-
tação de empresários, empreendedores e gestores, objetiva dar foco à formação e
treinamento em aspectos da gestão de negócios, desenvolvendo habilidades de nego-
ciação, tomada de decisão, administração das vendas e fluxo de caixa, por exemplo,
de forma a tornar cada negócio mais forte, competitivo e sustentável; e, consequente-
mente, todo o setor.
4.1.2 Ambiente Empresarial
Em consonância com o Mapa Estratégico do Comércio, políticas públicas estaduais e
municipais específicas para o setor do Comércio são determinantes e podem contribuir
para estimular a competitividade e desenvolvimento do setor. Políticas voltadas para a
simplificação e transparência da burocracia administrativa exigida para a formalização, ma-
nutenção da regularidade e baixa das empresas, por exemplo, contribuem para um ambien-
te propício, atrativo, favorável e estimulador de novas iniciativas e do empreendedorismo.
4.1.3 Segurança
Este fator representa uma grande preocupação do setor empresarial e dos consumi-
dores em geral, além de ser bastante complexo por envolver questões que vão muito
além da ação policial. Avanços na política de pacificação reforçam a percepção de que
é preciso intensificar os esforços para além da ocupação policial, por meio de aumento
70Mapa estRatégico do coMéRcio do estado do Rio de JaneiRo
Temas prioritários são os focos específicos que serão alvos de propostas estratégicas voltadas
ao aprimoramento da força competitiva e a sustentabilidade do setor nas próximas etapas.
temas prioritários
Elementos de referência, em tornodos conceitos de competitividade
e sustentabilidade, que contribuempara aumentar a produtividadedo setor de Comércio de Bens,
Serviços e Turismo.
Fatores-CHaVe
Garantir um ambiente empresarial favorável para o desenvolvimento dos setores de Comércio de Bens, Serviços e Turismo no Estado, com especial atenção à simplificação, agilidade e transparência de procedimentos burocráticos para o cumprimento de exigências legais.
a cada fator-chave é associado um MACRo-oBJETIVo 2020, que sintetiza o principal resultado a ser alcançado, configurando o desafio ao qual devem ser dirigidos o esforço e a atuação dos diferentes atores de interesse do comércio envolvidos neste processo.
2Ambiente
Empresarial
2.1.Simplificação e transparência da burocracia administrativa
2.2.Formalização de empresas,
mPEs e de empreendedores2.3. Revisão
e simplificação da legislação e
normasdo setor
2.4.Política para o
desenvolvimentodo setor
Prover as necessidades de educação profissional dos trabalhadores e de formação gerencial do empresariado do setor de Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Rio de Janeiro.
1Educação
Profissional
1.1. Formaçãoe capacitação profissional do trabalhador dos
setores que mais impactam aeconomiafluminense
1.2. Formaçãode gerentes
para osetor
1.3. desenvolvimento da capacitaçãodo empresário
Buscar a eficiente prestação de serviços públicos que impactam as atividades dos setores de Comércio de Bens, Serviços e Turismo no Estado do Rio de Janeiro.
8Serviços
Públicos de Suporte
8.1 Cobertura e oferta de
creches
8.3. Qualidade da oferta
de energia elétrica
8.2. ordenamento
urbano
8.6. Sistema de deposição
dos resíduos
8.5. atenção
básica da saúde
8.4.Qualidade
da oferta de telecomunicações
ampliar o acesso a crédito e financiamento para as empresas do setor e melhorar a gestão de custos.
9Financiamento
e Eficiência Operacional
9.3. Custo do trabalho
9.1.Financiamentode investimento
e de capitalde giro
9.2.alternativas
para redução de despesas operacionais
71Mapa estRatégico do coMéRcio do estado do Rio de JaneiRo
as propostas serão futuramente debatidas e adaptados para a necessidade de cada região.
propostas estratégiCas
Contribuir para a melhoria das condições de segurança para todos os atores de interesse do setor de Comércio de Bens, Serviços e Turismo no Estado.
dispor de infraestrutura logística e de mobilidade urbana, estadual e municipal, que suportem a dinâmica e o desenvolvimento sustentável do setor.
5.1.Redes de
logística para distribuiçãoe entrega de bens e serviços
5.2. mobilidade urbana com foco
na integração entre modais de
transporte coletivo de pessoas
5.3.Planejamento das cidades: estruturaçãodo ambiente
urbano
5Logística e Mobilidade
Urbana
3Segurança
3.2.Receptação
de mercadorias roubadas
3.5.Contribuição do segmento empresarial
para a política desegurança
3.4.Sensação de insegurança
3.3.assalto a
transeuntes
3.1. Roubo de
cargas
7.4.Utilização derecursos de
tecnologia da informação e comunicação
para aumento da produtividade e
eficiência
7Conhecimento
e Gestão Empresarial
7.1.Geração de
Conhecimento sobre o
Comércio
7.3.operações
comerciais de compra e venda
realizadaspela internet
7.2.Sistemas
regionais de inovação em
economia criativa
Catalisar e promover relações mais sinérgicas entre os atores de interesse do setor de Comércio de Bens, Serviços e Turismo.
Melhorar a qualidade da gestão empresarial por meio da geração de conhecimento e incentivo às novas formas de comercialização.
6Relações com
Atores de Interesse do
Comércio
6.1. Consumidor:Qualidade na
prestaçãodos serviços
6.2.Empresas e
órgãos de classe: Cooperação empresarial
6.3.Fornecedores:
desenvolvimento de fornecedores
locais
6.4.Trabalhador: Formalização do emprego e
Qualidadede Vida
6.5.Governo:Formaçãoda agenda
Reduzir a carga tributária e o custo administrativo das empresas para o cumprimento e pagamento de exigências tributárias estaduais e municipais, além buscar melhores condições para o pagamento de tributos.
4Tributação
4.1.Redução da
carga tributária relativa a tributos
estaduais e municipais
4.3.alongamento
de prazos para recolhimento de
tributos
4.4.Renegociação
de dívidasfiscais
4.2.Simplificação e
transparência dos procedimentos
fiscais nos âmbitos estadual
e municipal
72
dos investimentos e de novas abordagens da questão, para reduzir os índices de vio-
lência e a sensação de insegurança da população de forma a contribuir para estimular
um bom ambiente empresarial.
4.1.4 Tributação
A redução da carga tributária relativa aos tributos estaduais e municipais, bem como
a desoneração tributária e a simplificação do processo para cumprimento destas obri-
gações são questões essenciais para tornar o setor mais competitivo.
Regimes tributários diferenciados como o Simples Nacional, o regime compartilha-
do de arrecadação, a cobrança e fiscalização de tributos aplicáveis às microempresas
e empresas de pequeno porte, podem simplificar a apuração e o pagamento de tribu-
tos, além de unificar a base de cálculo e reduzir substancialmente a carga tributária.
4.1.5 Logística e Mobilidade Urbana
Uma rede de logística eficaz e eficiente para distribuição e entrega de bens e ser-
viços, bem como uma oferta em quantidade e qualidade de transporte público que
assegure a mobilidade dos consumidores são essenciais para que o Comércio consiga
crescer de forma sustentável e competitiva no Rio de Janeiro.
4.1.6 Relações com Atores de Interesse do Comércio
O fortalecimento e o aumento da competitividade, de forma sustentável, do setor
de Comércio de Bens, Serviços e Turismo no Estado do Rio de Janeiro demandam
o engajamento de clientes, empregados, fornecedores, governos, empresas e suas
organizações setoriais. Para que se compreenda e articule as suas necessidades, in-
teresses e demandas são necessárias discussões e ações sinérgicas que envolvam os
diferentes atores da cadeia produtiva do setor e que gerem benefícios para cada uma
destas partes interessadas, e o aumento do nível de competitividade do comércio, res-
peitando as particularidades dos diferentes atores e subsetores, além de contemplar a
sua sustentabilidade econômica, social e ambiental.
4.1.7 Conhecimento e Gestão Empresarial
A contínua necessidade de inovações para a melhoria do processo de comerciali-
zação e prestação de serviços requer uma combinação de aplicação de tecnologia da
informação e comunicação, redesenho de processos de negócios e práticas inovado-
73
ras de gestão a fim de propiciar ganhos efetivos de produtividade e competitividade
para o setor.
Essa combinação gera inúmeras oportunidades para ganhos de eficiência operacio-
nal de produtividade no relacionamento com consumidores e potenciais consumido-
res, no relacionamento com fornecedores, na gestão de lojas, de estoques e da cadeia
de suprimentos, por exemplo.
4.1.8 Serviços Públicos de Suporte
Para se competitivo e sustentável, o setor de Comércio de Bens, Serviços e Turismo
do Estado do Rio de Janeiro depende de uma oferta regular e de qualidade de diversos
serviços públicos de suporte necessários às suas operações. Nesse sentido, dispor
de serviços adequados e que atendam a padrões de referência e condições de regu-
laridade, continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade e modicidade
das tarifas é condição indispensável para avanços do setor nas diversas Regiões de
Governo do estado.
4.1.9 Financiamento e Eficiência Operacional
A permanente busca de maior eficiência operacional é elemento determinante e que
contribui de forma significativa para melhores desempenhos e resultados das opera-
ções do comércio. A busca para otimizar processos por meio da aplicação de novos
métodos e procedimentos para atingir alto grau de eficiência nas operações, é preocu-
pação e foco de atenção dos empresários e administradores das empresas. Em tempo
de crise e de competição acirrada, a busca por alternativas para redução de despesas
operacionais e de melhores e mais condições para o financiamento de investimento e
de capital de giro são alvos deste Mapa.
A partir do Mapa Estratégico, é apresentado o quadro-síntese dos nove fatores-cha-
ve, contendo objetivo e indicador(es) para cada tema prioritário.
O infográfico a seguir sintetiza o Mapa Estratégico do Comércio do Estado do Rio
de Janeiro.
74Mapa estRatégico do coMéRcio do estado do Rio de JaneiRo
∞ Quantidade de cursos oferecidos para este público-alvo (Fonte: Senac Rj)∞ Qualidade percebida (Fonte: Senac Rj)
1.1. Formação e capacitação profissional do trabalhador dos setores que mais impactam a economia fluminense
aumentar a qualidade da prestação de serviços no setor de Comércio de Bens, Serviços e Turismo por meio de programas de aperfeiçoamento e de formação de profissionais que gerem uma efetiva cultura de excelência no atendimento ao cliente
∞ Quantidade de cursos oferecidos (Fonte: Senac Rj)∞ Qualidade percebida pelos alunos (Fonte: Senac Rj)∞ Proporção de segmentos atendidos (Fonte Senac Rj)∞ Proporção de regiões atendidas por segmento (Fonte Senac Rj)
1.2. Formação de gerentes para o setor
melhorar a qualificação do corpo gerencial do setor
∞ Quantidade de cursos oferecidos para este público-alvo (Fonte: Senac Rj)∞ Qualidade percebida pelos alunos (Fonte: Senac Rj)
1.3. Desenvolvimento da capacitação do empresário
aumentar a qualidade da gestão empresarial por meio da qualificação dos empresários
1.Educação
Profissional
2.Ambiente
Empresarial
2.1. Simplificação e transparência da burocracia administrativa
2.2. Formalização de empresas, MPEs e de empreendedores
2.3. Revisão e simplificação da legislação e normas do setor
Estimular a simplificação e desoneração nos processos de abertura e baixa das empresas
∞ Abertura de empresas (Fonte: Doing Business/Banco Mundial - http://portugues.doingbusiness.org/data/exploree conomies/brazil/#starting-a-business)∞ Quantidade de normas editadas por ano, incluindo federais, estaduais e municipais (Fonte: Fecomércio Rj / jUCERjA)
Estimular a formalização das empresas
∞ Percentual de empresas formais (Fonte: Fecomércio Rj/ IBGE, Secretarias de Fazenda e Ministério do Trabalho e Emprego)
Promover a simplificação e centralização de processos, assegurando que o cumprimento das exigências de vários órgãos seja feito de forma unificada e coordenada
∞ Duração (tempo total para a abertura de uma empresa)(Fonte: Abertura de empresas / Doing Business/Banco Mundial - http://portugues.doingbusiness.org/data/exploree conomies/brazil/#starting-a-business)
75Temas prioritários são os focos específicos que serão alvos de propostas estratégicas voltadas ao aprimoramento da força competitiva e a sustentabilidade do setor de Comércio de Bens, Serviços e Turismo nas próximas etapas.
temas prioritáriosA cada tema prioritário é associado um objetivo e indicador(es) que servirão de métrica para monitoramento.
objetiVosTraduzem, de forma mensurável, determinado aspecto; tornando operacionalizável a sua observação, comparação ou quantificação e, consequentemente, sua avaliação.
indiCadores
∞ Número de Programas e Projetos públicos voltados para o desenvolvimento do setor de Comércio de Bens, Serviços e Turismo efetivamente implementados (Fonte: Fecomércio Rj/ Secretarias de Desenvolvimento Econômico)
∞ Número de ações efetivamente executadas (Fonte: Fecomércio Rj / Secretaria de Segurança Pública)
3.Segurança
2.4. Política para o desenvolvimento do setor
articular com o Poder Público estadual e municipal a implantação de programas de desenvolvimento para o Comércio de Bens, Serviços e Turismo, que incluam estímulos ao aumento dos investimentos públicos e privados direcionados ao setor
3.1. Roubo de cargas
3.2. Receptação de mercadorias roubadas
3.3. Assalto a transeuntes
3.4. Sensação de insegurança
3.5. Contribuição do segmento empresarial para a política de segurança
Reduzir o número de roubo de cargas
Reduzir a revenda de mercadorias de procedência não comprovada
∞ Número de Roubo de Carga (Fonte: Instituto de Segurança Pública – ISP / Resumo das Principais Incidências Criminais do Estado do Rio de janeiro)
∞ Sistema Estadual de Prevenção, Fiscalização e Repressão ao Roubo de Cargas no Estado do Rio de janeiro implementado (Fonte: Fecomércio Rj / Casa Civil e Secretaria de Segurança Pública - LEI No 7044/ 2015)∞ Número de convênios celebrados entre o Estado do Rio de janeiro e os seus Municípios (Fonte: Fecomércio Rj / Casa Civil)
Reduzir o número de roubo a transeuntes
∞ Número de Roubo a Transeunte (Fonte: Instituto de Segurança Pública – ISP / Resumo das Principais Incidências Criminais do Estado do Rio de janeiro)
Reduzir os números de roubo a estabelecimentos comerciais e de roubos de rua
∞ Roubo a Estabelecimento Comercial (Fonte: Instituto de Segurança Pública – ISP / Resumo das Principais Incidências Criminais do Estado do Rio de janeiro)∞ Roubos de Rua (Roubos a transeunte + Roubo em Coletivo + Roubo de Aparelho Celular) (Fonte: Instituto de Segurança Pública – ISP / Resumo das Principais Incidências Criminais do Estado do
apoiar a promoção de ações para reduzir a criminalidade e gerar reflexos positivos sobre o comércio de bairro
76Mapa estRatégico do coMéRcio do estado do Rio de JaneiRo
∞ Número de dias entre o fato gerador e a data de pagamento de tributos estaduais e municipais (Fonte: Fecomércio Rj/ Secretaria de Fazenda)
4.1. Redução da carga tributária relativa a tributos estaduais e municipais
diminuir a arrecadação derivada de cumulatividade dos tributos no setor de Comércio de Bens, Serviços e Turismo
∞ Pagamentos (Número de Tributos) (Fonte: Pagamento de Impostos / Doing Business/Banco Mundial - http://portugues.doingbusiness.org/data/explor eeconomies/brazil/#paying-taxes)
4.2. Simplificação e transparência dos procedimentos fiscais nos âmbitos estadual e municipal
Propor soluções para a simplificação dos regimes de apuração tributária
∞ Tempo (Número de horas investidas na burocracia fiscal) (Fonte: Pagamento de Impostos / Doing Business/Banco Mundial - http://portugues.doingbusiness.org/data/explor eeconomies/brazil/#paying-taxes)
4.3. Alongamento de prazos para recolhimento de tributos
Propor alteração nos prazos de recolhimento de tributos a fim de melhorar o fluxo de caixa das empresas
4.Tributação
5.Logística e Mobilidade
urbana
4.4. Renegociação de dívidas fiscais
5.1. Redes de logística para distribuição e entrega de bens e serviços
5.2. Mobilidade urbana com foco na integração entre modais de transporte coletivo de pessoas
Propor mecanismos de renegociação de dívidas de natureza fiscal
∞ Número de mecanismos de renegociação de dívidas fiscais implementados (Fonte: Fecomércio Rj / Secretaria de Fazenda)
apoiar o aprimoramento das políticas de mobilidade urbana no estado e municípios de modo a reduzir o tempo de deslocamento de pessoas e carga
∞ Qualidade das rodovias (Percentual de respostas “ótimo” e “bom” na avaliação do estado geral das rodovias) (Fonte: Pesquisa CNT de Rodovias)∞ Distribuição modal da matriz estadual de transportes de cargas (Fonte: Fecomércio Rj/Secretarias Municipais de Transportes ou similares)∞ Distribuição modal da matriz regional de transportes de pessoas (Fonte: Fecomércio Rj/Secretarias Municipais de Transportes ou similares)
melhorar a oferta, regularidade e conforto dos modais de transporte público
∞ Número de passageiros que utilizam a rede de transportes públicos de alta capacidade (metrô, BRT, barcas e trem) (Fonte: Secretaria de Transportes do Estado do Rio de janeiro)∞ Distribuição modal da Região Metropolitana do Rio de janeiro (Fonte: Secretaria de Transportes do Estado do Rio de janeiro)
77temas prioritáriosA cada tema prioritário é associado um objetivo e indicador(es) que servirão de métrica para monitoramento.
objetiVosTraduzem, de forma mensurável, determinado aspecto; tornando operacionalizável a sua observação, comparação ou quantificação e, consequentemente, sua avaliação.
indiCadores
∞ Proporção de municípios fluminense com Plano Diretor atualizado (Fonte: Fecomércio Rj e Prefeituras Municipais)∞ Proporção de municípios fluminense com Plano de Mobilidade Urbana atualizado (Fonte: Fecomércio Rj e Prefeituras Municipais)∞ Proporção de municípios fluminense com projetos de revitalização de infraestrutura em execução (inclui revitalização de centros históricos, ruas, projetos de eficiência energética de iluminação pública, dentre outros) (Fonte: Fecomércio Rj e Prefeituras Municipais)
∞ Número de projetos de leis ou decretos que beneficiam o setor (Fonte: Superintendência de Relações Sindicais / Fecomércio Rj)
6.Relações
com Atores de Interesse do
Comércio
5.3. Planejamento das cidades: estruturação do ambiente urbano
Estimular a utilização de sistemas de informação para a estruturação do espaço urbano e promover a qualidade de vida da população por meio de uma mobilidade inteligente
6.1.Consumidor
6.2. Empresas e órgãos de classe
6.3. Fornecedores
6.4. Trabalhador
6.5. Governo
aumentar a percepção de qualidade das empresas do setor de Comércio de Bens, Serviços e Turismo
aumentar a quantidade e a efetividade das ações de cooperação empresarial
∞ Índice de Percepção da Qualidade do setor de Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fonte: Área de Pesquisa da Fecomércio Rj)
∞ Número de ações de cooperação empresarial implementadas (Fonte: Fecomércio Rj)
desenvolver fornecedores locais para a cadeia produtiva do setor de Comércio de Bens, Serviços e Turismo
∞ Número de ações implementadas voltadas para o desenvolvimento de fornecedores (Fonte: Senac Rj)
Incentivar a formalização contínua dos contratos de trabalho e a melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores
∞ Proporção de empregados formais no comércio (Fonte: Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – Caged / MTE) ∞ Quantidade de atividades oferecidas para o bem estar do trabalhador (Fonte: Fecomércio Rj)∞ Qualidade percebida pelos trabalhadores (Fonte: Fecomércio Rj)
Promover um papel de destaque do setor de Comércio de Bens, Serviços e Turismo na formação da agenda de políticas públicas dos governos estadual e municipal
Temas prioritários são os focos específicos que serão alvos de propostas estratégicas voltadas ao aprimoramento da força competitiva e a sustentabilidade do setor de Comércio de Bens, Serviços e Turismo nas próximas etapas.
78Mapa estRatégico do coMéRcio do estado do Rio de JaneiRo
∞ Faturamento Anual do Comércio Eletrônico (Fonte: E-bit / Relatório WebShoppers - http://www.ebit.com.br/webshoppers)∞ Produção de empresas do setor que adotam o comércio eletrônico como canal de venda (Fonte: Fecomércio Rj)
∞ Número de ações implementadas (Fonte: Secretarias de Segurança e/ou Guardas Municipais)
7.1. Geração de Conhecimento sobre o Comércio
Identificar as vocações e potencialidades locais das oito Regiões de Governo do Estado com foco no setor de Comércio de Bens, Serviços e Turismo
∞ Proporção de Regiões de Governo mapeadas (Fonte: Fecomércio Rj)
7.2. Sistemas regionais de inovação em economia criativa
Fortalecer a economia criativa ligada ao setor de Comércio de Bens, Serviços e Turismo
∞ Número de iniciativas apoiadas pelo Sistema Fecomércio (Fonte: Fecomércio Rj)
7.3. Operações comerciais de compra e venda realizadas pela internet
ampliar a oferta e o volume de vendas via comércio eletrônico
7.4. Utilização de recursos de tecnologia da informação e comunicação para aumento da produtividade e eficiência
8.1. Cobertura e oferta de creches
8.2. Ordenamento urbano
difundir a importância da utilização de sistemas tecnológicos de gestão
∞ Proporção de empresas que utilizam sistemas integrados de gestão (Enterprise Resource Planning – ERP) (Fonte: Fecomércio Rj)∞ Proporção de empresas aptas para utilização do eSocial (módulo do Sistema Público de Escrituração Digital – Sped) (Fonte: Fecomércio Rj)
Incentivar e apoiar o aumento da cobertura e oferta de vagas em creches
apoiar ações de difusão de uma cultura de permanente manutenção da ordem urbana
∞ Proporção de crianças de 0 a 3 anos matriculadas em creche (Fonte: Secretarias de Educação)
7.Conhecimento
e Gestão Empresarial
8.Serviços
Públicos de Suporte
79temas prioritáriosA cada tema prioritário é associado um objetivo e indicador(es) que servirão de métrica para monitoramento.
objetiVosTraduzem, de forma mensurável, determinado aspecto; tornando operacionalizável a sua observação, comparação ou quantificação e, consequentemente, sua avaliação.
indiCadores
∞ Custo da energia elétrica para o setor (Fonte: ANEEL)∞ Custo dos serviços de telecomunicações para o setor (Fonte: ANATEL)
9.1. Financiamento de investimento e de capital de giro
melhorar e ampliar as condições de acesso ao crédito para o setor e para os consumidores
∞ Taxa média anual de juros de capital de giro (Fonte: Bacen)
9.2. Alternativas para redução de despesas operacionais (energia elétrica, serviços de telecomunicações, preço de locação de imóveis etc.)
Buscar a redução de custos operacionais a fim de garantir a vantagem competitiva das empresas
9.3. Custo do trabalho
Incentivar a adoção de medidas que visem o aumento da produtividade e a redução do custo do trabalho
∞ Proporção de empregados em jornada flexível (Fonte: Fecomércio Rj)∞ Custo unitário do trabalho no setor (Fonte: Fecomércio Rj)∞ Produtividade média do trabalho no setor (Fonte: Fecomércio Rj)
8.3. Qualidade da oferta de energia elétrica
8.6. Sistema de deposição dos resíduos
aumentar a qualidade e regularidade dos serviços de energia elétrica
∞ Indicadores Coletivos de Continuidade / ANEEL (Fonte: ANEEL)
8.4. Qualidade da oferta de telecomunicações
Aumentar a qualidade e regularidade dos serviços de telecomunicações
∞ Indicadores de Qualidade do Regulamento de Gestão da Qualidade do Serviço de Comunicação Multimídia (RGQ- SCM) / ANATEL (Fonte: ANATEL)
8.5. Atenção básica da saúde
Incentivar e apoiar ações que aumentem a atenção básica da saúde
∞ Cobertura populacional estimada pelas equipes de Atenção Básica (Fonte: Secretaria de Estado de Saúde do Rio de janeiro / Rol de Diretrizes, Objetivos, Metas e Indicadores)
Viabilizar mecanismos para coleta e restituição dos resíduos sólidos de acordo com Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS)
∞ Número de Termos de Compromisso celebrados entre o Poder Público e o setor de Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fonte: Fecomércio Rj)
9.Financiamento
e Eficiência operacional
Temas prioritários são os focos específicos que serão alvos de propostas estratégicas voltadas ao aprimoramento da força competitiva e a sustentabilidade do setor de Comércio de Bens, Serviços e Turismo nas próximas etapas.
Considerações Finais
O Mapa do Comércio do Estado do Rio de Janeiro 2015-2020 representa um esfor-
ço do Sistema Fecomércio RJ e seus representados para estabelecer diretrizes estraté-
gicas para o crescimento do setor de Comércio de Bens, Serviços e Turismo no Rio de
Janeiro e em suas Regiões de Governo de forma competitiva e sustentável. Este Mapa
apontou fatores-chave e temas prioritários que estimulam a reflexão sobre questões
que entravam o crescimento desejado.
A realização de oficinas regionais em 2016, próximo passo do projeto, oferece uma
oportunidade para aumentar a participação e a capilaridade do Mapa do Comércio nas
Regiões de Governo e possibilitar a definição das ações necessárias para a sua efetiva
implementação. O resultado dessas oficinas será a elaboração de um caderno específi-
co para cada uma das regiões, que conterá, além de dados específicos sobre a região,
as propostas de intervenção a serem desenvolvidas nos próximos 5 anos.
O atual momento socioeconômico do Brasil e do Rio de Janeiro, associado à impor-
tância do setor de Comércio de Bens, Serviços e Turismo no estado, apresenta novos
desafios e oportunidades, cuja superação e concretização dependem da capacidade
do setor de atuar sobre as questões apontadas em conjunto com a sociedade e o po-
der público.
Assim, o Mapa ora apresentado pretende ser um catalisador do processo de cres-
cimento e desenvolvimento do setor de Comércio de Bens, Serviços e Turismo para o
Rio de Janeiro.
Notas
Os nove Fatores-Chave –, elementos de referência, em torno dos conceitos de com-
petitividade e sustentabilidade, que contribuem para aumentar a produtividade do se-
tor de Comércio – foram assim adequados da seguinte forma:
Quadro Fatores-Chave
Mapa Estratégico do Comércio 2014-2020
Mapa Estratégico do Estado do Rio de Janeiro 2015-2020
DE PARA1. Educação2. Ambiente Macroeconômico3. Eficiência do Estado4. Tributação5. Infraestrutura6. Relações de Negócios7. Conhecimento e Gestão Empresarial8. Relações de Trabalho9. Recursos Financeiros
1. Educação Profissional2. Ambiente Empresarial3. Segurança4. Tributação5. Logística e Mobilidade Urbana6. Relações com Atores de Interesse do Comércio7. Conhecimento e Gestão Empresarial8. Serviços Públicos de Suporte 9. Financiamento e Eficiência Operacional
Dada à conceituação adotada, relevância e a adequação do fator-chave ao contexto
estadual, foram descartados os seguintes fatores:
} Ambiente Macroeconômico, dado que a temática de um ambiente favorável às
transações comerciais e desenvolvimento do setor passa a ser alvo do novo
fator-chave Ambiente Empresarial;
84
} Eficiência do Estado, dado que a temática da desburocratização passa a ser
alvo do novo fator-chave Ambiente Empresarial; e
} Relações de Trabalho, dado que o seu macro objetivo proposto passa a ser
incorporado ao novo fator-chave Relações com Atores de Interesse.
Foram mantidos, respeitando-se as especificidades do Estado do Rio de Janeiro, os
seguintes fatores:
} Tributação; e
} Conhecimento e Gestão Empresarial.
Os fatores-chave relacionados a seguir, derivam dos fatores propostos no Mapa Es-
tratégico do Comércio, mas tiveram sua nomenclatura ajustada para refletir com maior
precisão as especificidades do Estado do Rio de Janeiro e o foco que terão no Mapa
Estadual, a saber:
} Educação Profissional, como foco a ser dado ao fator-chave Educação;
} Logística e Mobilidade Urbana, como elementos de referência do fator Infraes-
trutura;
} Relações com atores de interesse do Comércio, com a definição do ponto de
atenção a ser dado a cada um dos stakeholders do fator Relações de Negó-
cios; e
} Financiamento e Eficiência Operacional, como referências ao fator-chave Re-
cursos Financeiros.
Foram incluídos, respeitando-se as especificidades do Estado do Rio de Janeiro e a
relevância para o segmento empresarial, os seguintes fatores-chave:
} Segurança –, elemento de referência da gestão do Governo do Estado –, pois,
as diversas formas de manifestação da insegurança têmtem impacto direto no
comércio e em sua cadeia produtiva;
} Ambiente Empresarial, pois reúne um conjunto de aspectos sob o controle e/
ou gestão local que podem garantir um ambiente empresarial favorável para
o desenvolvimento dos setores de Comércio de Bens, Serviços e Turismo no
Estado; e
} Serviços Públicos de Suporte, que destaca a necessidade de uma eficiente
prestação de serviços públicos que impactam as atividades dos setores do
comércio.
Anexo I – Comércio de Bens, Serviços e Turismo – Classes da CNAE
CNAE 2.0 (classe) Descrição
35131 Comércio atacadista de energia elétrica
35140 Distribuição de energia elétrica
41107 Incorporação de empreendimentos imobiliários
45111 Comércio a varejo e por atacado de veículos automotores
45129Representantes comerciais e agentes do comércio de veículos automotores
45200 Manutenção e reparação de veículos automotores
45307 Comércio de peças e acessórios para veículos automotores
45412 Comércio por atacado e a varejo de motocicletas, peças e acessórios
45421Representantes comerciais e agentes do comércio de motocicletas, peças e acessórios
45439 Manutenção e reparação de motocicletas
46117Representantes comerciais e agentes do comércio de matérias-primas agrícolas e animais vivos
46125Representantes comerciais e agentes do comércio de combustíveis, minerais, produtos siderúrgicos e químicos
46133Representantes comerciais e agentes do comércio de madeira, material de construção e ferragens
46141Representantes comerciais e agentes do comércio de máquinas, equipamentos, embarcações e aeronaves
46150Representantes comerciais e agentes do comércio de eletrodomésticos, móveis e artigos de uso doméstico
86
CNAE 2.0 (classe) Descrição
46168Representantes comerciais e agentes do comércio de têxteis, vestuário, calçados e artigos de viagem
46176Representantes comerciais e agentes do comércio de produtos alimentícios, bebidas e fumo
46184Representantes comerciais e agentes do comércio especializados em produtos não especificados anteriormente
46192Representantes comerciais e agentes do comércio de mercadorias em geral não especializados
46214 Comércio atacadista de café em grão
46222 Comércio atacadista de soja
46231Comércio atacadista de animais vivos, alimentos para animais e matérias-primas agrícolas, exceto café e soja
46311 Comércio atacadista de leite e laticínios
46320Comércio atacadista de cereais e leguminosas beneficiados, farinhas, amidos e féculas
46338 Comércio atacadista de hortifrutigranjeiros
46346 Comércio atacadista de carnes, produtos da carne e pescado
46354 Comércio atacadista de bebidas
46362 Comércio atacadista de produtos do fumo
46371Comércio atacadista especializado em produtos alimentícios não especificados anteriormente
46397 Comércio atacadista de produtos alimentícios em geral
46419 Comércio atacadista de tecidos, artefatos de tecidos e de armarinho
46427 Comércio atacadista de artigos do vestuário e acessórios
46435 Comércio atacadista de calçados e artigos de viagem
46443Comércio atacadista de produtos farmacêuticos para uso humano e veterinário
46451Comércio atacadista de instrumentos e materiais para uso médico, cirúrgico, ortopédico e odontológico
46460Comércio atacadista de cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal
46478Comércio atacadista de artigos de escritório e de papelaria; livros, jornais e outras publicações
46494Comércio atacadista de equipamentos e artigos de uso pessoal e doméstico não especificados anteriormente
46516Comércio atacadista de computadores, periféricos e suprimentos de informática
46524Comércio atacadista de componentes eletrônicos e equipamentos de telefonia e comunicação
46613Comércio atacadista de máquinas, aparelhos e equipamentos para uso agropecuário; partes e peças
46621Comércio atacadista de máquinas, equipamentos para terraplenagem, mineração e construção; partes e peças
46630Comércio atacadista de máquinas e equipamentos para uso industrial; partes e peças
87
CNAE 2.0 (classe) Descrição
46648Comércio atacadista de máquinas, aparelhos e equipamentos para uso odonto-médico-hospitalar; partes e peças
46656Comércio atacadista de máquinas e equipamentos para uso comercial; partes e peças
46699Comércio atacadista de máquinas, aparelhos e equipamentos não especificados anteriormente; partes e peças
46711 Comércio atacadista de madeira e produtos derivados
46729 Comércio atacadista de ferragens e ferramentas
46737 Comércio atacadista de material elétrico
46745 Comércio atacadista de cimento
46796Comércio atacadista especializado de materiais de construção não especificados anteriormente e de materiais de construção em geral
46818Comércio atacadista de combustíveis sólidos, líquidos e gasosos, exceto gás natural e gás liquefeito de petróleo (GLP)
46826 Comércio atacadista de GLP
46834Comércio atacadista de defensivos agrícolas, adubos, fertilizantes e corretivos do solo
46842Comércio atacadista de produtos químicos e petroquímicos, exceto agroquímicos
46851Comércio atacadista de produtos siderúrgicos e metalúrgicos, exceto para construção
46869 Comércio atacadista de papel e papelão em bruto e de embalagens
46877 Comércio atacadista de resíduos e sucatas
46893Comércio atacadista especializado de outros produtos intermediários não especificados anteriormente
46915Comércio atacadista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios
46923Comércio atacadista de mercadorias em geral, com predominância de insumos agropecuários
46931Comércio atacadista de mercadorias em geral, sem predominância de alimentos ou de insumos agropecuários
47113Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios - hipermercados e supermercados
47121Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios - minimercados, mercearias e armazéns
47130Comércio varejista de mercadorias em geral, sem predominância de produtos alimentícios
47211Comércio varejista de produtos de padaria, laticínios, doces, balas e semelhantes
47229 Comércio varejista de carnes e pescados - açougues e peixarias
47237 Comércio varejista de bebidas
47245 Comércio varejista de hortifrutigranjeiros
47296Comércio varejista de produtos alimentícios em geral ou especializado em produtos alimentícios não especificados anteriormente
47318 Comércio varejista de combustíveis para veículos automotores
88
CNAE 2.0 (classe) Descrição
47326 Comércio varejista de lubrificantes
47415 Comércio varejista de tintas e materiais para pintura
47423 Comércio varejista de material elétrico
47431 Comércio varejista de vidros
47440 Comércio varejista de ferragens, madeira e materiais de construção
47512Comércio varejista especializado de equipamentos e suprimentos de informática
47521Comércio varejista especializado de equipamentos de telefonia e comunicação
47539Comércio varejista especializado de eletrodomésticos e equipamentos de áudio e vídeo
47547Comércio varejista especializado de móveis, colchoaria e artigos de iluminação
47555Comércio varejista especializado de tecidos e artigos de cama, mesa e banho
47563 Comércio varejista especializado de instrumentos musicais e acessórios
47571Comércio varejista especializado de peças e acessórios para aparelhos eletroeletrônicos para uso doméstico, exceto informática
47598Comércio varejista de artigos de uso doméstico não especificados anteriormente
47610 Comércio varejista de livros, jornais, revistas e papelaria
47628 Comércio varejista de discos, CDs, DVDs e fitas
47636 Comércio varejista de artigos recreativos e esportivos
47717Comércio varejista de produtos farmacêuticos para uso humano e veterinário
47725Comércio varejista de cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal
47733 Comércio varejista de artigos médicos e ortopédicos
47741 Comércio varejista de artigos de óptica
47814 Comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios
47822 Comércio varejista de calçados e artigos de viagem
47831 Comércio varejista de joias e relógios
47849 Comércio varejista de GLP
47857 Comércio varejista de artigos usados
47890Comércio varejista de outros produtos novos não especificados anteriormente
47903 Comércio ambulante e outros tipos de comércio varejista
53105 Atividades de correio
53202 Atividades de malote e de entrega
55108 Hotéis e similares
55906 Outros tipos de alojamento não especificados anteriormente
56112Restaurantes e outros estabelecimentos de serviços de alimentação e bebidas
56121 Serviços ambulantes de alimentação
89
CNAE 2.0 (classe) Descrição
56201 Serviços de catering, bufê e outros serviços de comida preparada
59138 Distribuição cinematográfica, de vídeo e de programas de televisão
59146 Atividades de exibição cinematográfica
60101 Atividades de rádio
60217 Atividades de televisão aberta
60225 Programadoras e atividades relacionadas à televisão por assinatura
61108 Telecomunicações por fio
61205 Telecomunicações sem fio
61302 Telecomunicações por satélite
61418 Operadoras de televisão por assinatura por cabo
61426 Operadoras de televisão por assinatura por micro-ondas
61434 Operadoras de televisão por assinatura por satélite
61906 Outras atividades de telecomunicações
62015 Desenvolvimento de programas de computador sob encomenda
62023Desenvolvimento e licenciamento de programas de computador customizáveis
62031Desenvolvimento e licenciamento de programas de computador não-customizáveis
62040 Consultoria em tecnologia da informação
62091Suporte técnico, manutenção e outros serviços em tecnologia da informação
63119Tratamento de dados, provedores de serviços de aplicação e serviços de hospedagem na internet
63194Portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na internet
63917 Agências de notícias
63992Outras atividades de prestação de serviços de informação não especificadas anteriormente
68102 Atividades imobiliárias de imóveis próprios
68218 Intermediação na compra, venda e aluguel de imóveis
68226 Gestão e administração da propriedade imobiliária
69117 Atividades jurídicas, exceto cartórios
69125 Cartórios
69206 Atividades de contabilidade, consultoria e auditoria contábil e tributária
71111 Serviços de arquitetura
71120 Serviços de engenharia
71197 Atividades técnicas relacionadas à arquitetura e engenharia
71201 Testes e análises técnicas
72100 Pesquisa e desenvolvimento experimental em ciências físicas e naturais
72207Pesquisa e desenvolvimento experimental em ciências sociais e humanas
73114 Agências de publicidade
73122Agenciamento de espaços para publicidade, exceto em veículos de comunicação
90
CNAE 2.0 (classe) Descrição
73190 Atividades de publicidade não especificadas anteriormente
73203 Pesquisas de mercado e de opinião pública
75001 Atividades veterinárias
77110 Locação de automóveis sem condutor
77195 Locação de meios de transporte, exceto automóveis, sem condutor
77217 Aluguel de equipamentos recreativos e esportivos
77225 Aluguel de fitas de vídeo, DVDs e similares
77233 Aluguel de objetos do vestuário, joias e acessórios
77292Aluguel de objetos pessoais e domésticos não especificados anteriormente
77314 Aluguel de máquinas e equipamentos agrícolas sem operador
77322 Aluguel de máquinas e equipamentos para construção sem operador
77331 Aluguel de máquinas e equipamentos para escritórios
77390 Aluguel de máquinas e equipamentos não especificados anteriormente
77403 Gestão de ativos intangíveis não-financeiros
78108 Seleção e agenciamento de mão de obra
78205 Locação de mão de obra temporária
78302 Fornecimento e gestão de recursos humanos para terceiros
79112 Agências de viagens
79121 Operadores turísticos
79902Serviços de reservas e outros serviços de turismo não especificados anteriormente
80111 Atividades de vigilância e segurança privada
80129 Atividades de transporte de valores
80200 Atividades de monitoramento de sistemas de segurança
80307 Atividades de investigação particular
81117Serviços combinados para apoio a edifícios, exceto condomínios prediais
81125 Condomínios prediais
81214 Limpeza em prédios e em domicílios
81222 Imunização e controle de pragas urbanas
81290 Atividades de limpeza não especificadas anteriormente
82113 Serviços combinados de escritório e apoio administrativo
82199Fotocópias, preparação de documentos e outros serviços especializados de apoio administrativo
82202 Atividades de teleatendimento
82300 Atividades de organização de eventos, exceto culturais e esportivos
82911 Atividades de cobranças e informações cadastrais
82920 Envasamento e empacotamento sob contrato
82997Atividades de serviços prestados principalmente às empresas não especificadas anteriormente
85112 Educação infantil – creche
85121 Educação infantil - pré-escola
91
CNAE 2.0 (classe) Descrição
85139 Ensino fundamental
85201 Ensino médio
85317 Educação superior – graduação
85325 Educação superior – graduação e pós-graduação
85333 Educação superior – pós-graduação e extensão
85414 Educação profissional de nível técnico
85422 Educação profissional de nível tecnológico
85503 Atividades de apoio à educação
85911 Ensino de esportes
85929 Ensino de arte e cultura
85937 Ensino de idiomas
85996 Atividades de ensino não especificadas anteriormente
90019 Artes cênicas, espetáculos e atividades complementares
90027 Criação artística
90035Gestão de espaços para artes cênicas, espetáculos e outras atividades artísticas
91015 Atividades de bibliotecas e arquivos
91023Atividades de museus e de exploração, restauração artística e conservação de lugares e prédios históricos e atrações similares
91031Atividades de jardins botânicos, zoológicos, parques nacionais, reservas ecológicas e áreas de proteção ambiental
92003 Atividades de exploração de jogos de azar e apostas
93115 Gestão de instalações de esportes
93123 Clubes sociais, esportivos e similares
93131 Atividades de condicionamento físico
93191 Atividades esportivas não especificadas anteriormente
93212 Parques de diversão e parques temáticos
93298 Atividades de recreação e lazer não especificadas anteriormente
94111 Atividades de organizações associativas patronais e empresariais
94120 Atividades de organizações associativas profissionais
94201 Atividades de organizações sindicais
94308 Atividades de associações de defesa de direitos sociais
94910 Atividades de organizações religiosas
94936 Atividades de organizações associativas ligadas à cultura e à arte
94995 Atividades associativas não especificadas anteriormente
95118Reparação e manutenção de computadores e de equipamentos periféricos
95126 Reparação e manutenção de equipamentos de comunicação
95215Reparação e manutenção de equipamentos eletroeletrônicos de uso pessoal e doméstico
95291Reparação e manutenção de objetos e equipamentos pessoais e domésticos não especificados anteriormente
96017 Lavanderias, tinturarias e toalheiros
92
CNAE 2.0 (classe) Descrição
96025 Cabeleireiros e outras atividades de tratamento de beleza
96033 Atividades funerárias e serviços relacionados
96092 Atividades de serviços pessoais não especificadas anteriormente
97005 Serviços domésticos
Anexo II – Regiões de Governo e Municípios do Estado do Rio de Janeiro – 2014
} Região da Costa Verde: Angra dos Reis, Mangaratiba e Paraty;
} Região Centro-Sul Fluminense: Areal, Comendador Levy Gasparian, Enge-
nheiro Paulo de Frontin, Mendes, Miguel Pereira, Paraíba do Sul, Paty do Alfe-
res, Sapucaia, Três Rios e Vassouras;
} Região das Baixadas litorâneas: Araruama, Armação dos Búzios, Arraial do
Cabo, Cabo Frio, Casimiro de Abreu, Iguaba Grande, Rio das Ostras, São Pe-
dro da Aldeia, Saquarema e Silva Jardim;
} Região do Médio Paraíba: Barra do Piraí, Barra Mansa, Itatiaia, Pinheiral, Piraí,
Porto Real, Quatis, Resende, Rio Claro, Rio das Flores, Valença e Volta Redon-
da;
} Região Noroeste Fluminense: Aperibé, Bom Jesus do Itabapoana, Cambuci,
Italva, Itaocara, Itaperuna, Laje do Muriaé, Miracema, Natividade, Porciúncula,
Santo Antônio de Pádua, São José de Ubá e Varre-Sai;
} Região Norte Fluminense: Carapebus, Campos dos Goytacazes, Cardoso
Moreira, Conceição de Macabu, Macaé, Quissamã, São Francisco de Itabapoa-
na, São Fidélis e São João da Barra;
} Região Serrana: Bom Jardim, Cantagalo, Carmo, Cordeiro, Duas Barras, Ma-
cuco, Nova Friburgo, Petrópolis, Santa Maria Madalena, São José do Vale do
Rio Preto, São Sebastião do Alto, Sumidouro, Teresópolis e Trajano de Morais;
94
} Região Metropolitana: Belford Roxo, Cachoeiras de Macacu, Duque de
Caxias, Guapimirim, Itaboraí, Itaguaí, Japeri, Magé, Maricá, Mesquita, Nilópo-
lis, Niterói, Nova Iguaçu, Paracambi, Queimados, Rio Bonito, Rio de Janeiro,
São Gonçalo, São João de Meriti, Seropédica e Tanguá.