MANUTENÇÃO DO POTENCIAL DOADOR

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MANUTENÇÃO DO POTENCIAL DOADOR

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MANUTENÇÃO DO POTENCIAL DOADOR

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OBJETIVOS

Objetiva otimizar a perfusão tecidual, assegurando a viabilidade do órgão

• Diminui o risco de evolução para parada cardíaca

• Mantém o órgão em melhores condições

• Afeta indiretamente a qualidade de vida dos receptores

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Cerca de 25% dos órgãos são perdidos durante o processo de manutenção do doador

De 10 a 20% dos doadores progridem para parada cardíaca durante esse período

MINIMIZAR RISCOS

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Am J Transplant 2011:1517-21 www.saude.sp.gov.br/transplante

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FISIOPATOLOGIA

injúria neuronal edema cerebral

fluxo sanguíneo cerebral PIC

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PRINCIPAIS PROBLEMAS

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COMPLICAÇÕES •Hipotensão:81%

•Diabetes Insipidus:53%

•CIVD:28%

•Arritmias:27%

•Parada Cardíaca:25%

•Edema Pulmonar:19%

•Hipoxemia:11%

•Acidose:11%

Nygaard, Trauma,1990

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SUPORTE HEMODINÂMICO

• Metas

– PAM > 65 mmHg

– Débito urinário > 0,5 a 4,0 ml/kg/h

– DVA < 10µg/kg/min

– FE > 45%

Instabilidade hemodinâmica ocorre em 80% dos doadores e é sustentada em 20%

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SUPORTE HEMODINÂMICO • Volume

– Ringer lactato ou solução fisiológica

– Colóides?

– Cuidados

• Soluções aquecidas

• Atentar para função pulmonar

• Atentar para hiperglicemia e hipernatremia

• Droga vasoativa

– Noradrenalina, dobutamina, dopamina, vasopressina

• Reposição hormonal

– Controverso para os que persistem instáveis após intervenções

– Aumentou em 22,5% o número de doadores

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SUPORTE VENTILATÓRIO

• Fatores de risco – História ocupacional

– Doenças infecciosas

– Tabagismo

• Novas agressões – Ressucitação volêmica

– Barotrauma/volutrauma

– Pneumonia nosocomial

– Intensa resposta inflamatória

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SUPORTE VENTILATÓRIO

• Conduta

– Corrigir hipocapnia

– FiO2 40%

– Ventilação protetora

– Clearance de secreções

– Uso de antimicrobianos

– Broncoscopia – avaliar anatomia/corpo estranho

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SUPORTE RENAL

• Fatores de risco

– Hipovolemia

– Hipotensão

– Síndrome compartimental

– Rabdomiólise

• Manejo

– Diurese entre 0,5 e 4ml/kg/h

– Retorno da creatinina ao basal

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OUTROS DISTÚRBIOS

• Distúrbios hidro-eletrolíticos

• Hiperglicemia

• Diabetes insipidus

• Anemia

• Hipotermia

• Alterações Hormonais

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CONTROLE ELETROLÍTICO/ÁCIDO-BÁSICO

• Correção de hipernatremia

• Coletar eletrólitos a cada 6 horas

• Correção de acidose

•Glicemia 6/6HS

– Alvo: glicemia 140 - 180mg/dl

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DIABETES INSIPIDUS

• Tríade

–Diurese > 4 ml/kg/h

–Osmolaridade urinária > 200

–Hipernatremia

• Etiologia

– Deficiência do hormônio antidiurético

• Tratamento

–DDAVP: 1-2μg EV ou 0,5-1ml VN a cada 4 hs

–Vasopressina se necessário (1U bolus + 0,5- 2,4U/h)

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ALTERAÇÕES HEMATOLÓGICAS

• Manter Hb≥ 10

• Hb<10 + hipotensão transfusão

• Hb entre 7-10: observar

• Hb<7 transfundir sempre

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HIPOTERMIA

• Perda do controle do centro termo regulador

–Vasodilatação sistêmica

–Redução da contratilidade miocárdica

–Hipotensão

–Arritmias

–Parada cardíaca

–Disfunção rim/fígado

–Acidose

–Coagulopatias

• Tratamento

–Manta Térmica

–Fluidos Venosos 43⁰C

–O2 respirador 42 a 46⁰C

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ALTERAÇÕES HORMONAIS

• Metilprednisolona: 15 mg/kg 24/24 hs

• T3: 4μg bolus+ infusão contínua 3μg/h

• T4: 20μg bolus+ infusão contínua 10μg/h

• Levotiroxina: 1-2μg/kg SNE 24/24hs

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DÚVIDAS...

• Alimentar?

• Sondagem vesical?

• Cateter venoso central?

• Coleta de exames?

• Culturas?

• Antimicrobianos?

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MANUTENÇÃO DO

POTENCIAL DOADOR

• Estabilidade hemodinâmica

• Oxigenação adequada

• Manutenção do equilíbrio ácido-base

• Manutenção do equilíbrio hidro-eletrolítico

• Temperatura > 35 C

• Prevenir ou tratar infecções

• Manter pálpebras fechadas

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EM CASO DE PARADA CARDÍACA = RCP

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Os cuidados com o potencial

doador deverão ser mantidos

durante todo processo

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