Manual_intervalos.pdf

30
Ouvido Perfeito Versão 1.0 - 2014

Transcript of Manual_intervalos.pdf

Page 1: Manual_intervalos.pdf

Ouvido Perfeito Versão 1.0 - 2014

Page 2: Manual_intervalos.pdf

2

Conteúdo

Apresentação ................................................................................................................................ 4

Introdução ..................................................................................................................................... 4

O Ouvido absoluto..................................................................................................................... 4

É possível adquirir um ouvido desses?...................................................................................... 5

Ouvido Relativo ......................................................................................................................... 6

Mas é muita coisa para treinar, não tem como simplificar não? .................................................. 6

Intervalos de segunda ................................................................................................................... 7

Aspectos que podem confundir ................................................................................................ 7

Como utilizar este conhecimento para tirar músicas? .............................................................. 8

Aprendendo com referências populares................................................................................... 9

Intervalos de 2º ascendentes .................................................................................................... 9

Intervalos de 2º Maior descendentes ....................................................................................... 9

Intervalos de 2ª Menor ascendente ........................................................................................ 10

Intervalos de 2ª Menor descendente ..................................................................................... 11

Intervalos de Terça .................................................................................................................. 11

Terça maior Descendente ....................................................................................................... 13

Terça menor Ascendente ........................................................................................................ 14

Terça menor Descendente ...................................................................................................... 14

Intervalos de quinta e sua importância................................................................................... 16

Um pouquinho de teoria ......................................................................................................... 17

Intervalos de quarta ................................................................................................................ 19

Exemplos de utilização ........................................................................................................ 20

O Heavy Metal ......................................................................................................................... 21

Ferramentas online ................................................................................................................. 23

Theta Music ......................................................................................................................... 23

Page 3: Manual_intervalos.pdf

3

Trainear ............................................................................................................................... 24

Easy Ear Training ................................................................................................................. 25

Gnu Solfege ......................................................................................................................... 26

Music Theory ....................................................................................................................... 28

Meus contatos ......................................................................................................................... 30

Page 4: Manual_intervalos.pdf

4

Apresentação

Olá tudo bem? Me chamo Cézar Antônio. Sou um analista de sistemas apaixonado por música. Criei em 2013 o site Ouvido Perfeito e acredito que seja de lá que você baixou este e-book. Criei este manual a pedido de um dos usuários do site, que achou os exercícios legais, mas não tinha a menor noção do que eram intervalos e acordes. Apesar de achar que se este não seja o usuário padrão que chega ao site, achei legal mostrar a minha visão sobre o assunto. Estou o escrevendo em maio de 2014, então pode acontecer de alguns links estarem quebrados. Caso isso aconteça, fique a vontade para me informar. Na última página estão listados dos os meus endereços de contato. Tudo que está aqui foi concluído através de pesquisas na internet e está publicado também no meu blog.

Introdução

Antes de qualquer coisa, gostaria de te perguntar: você sabe o que é ouvido absoluto? Digo isso porque, durante muito tempo imaginei que somente pessoas com essa habilidade poderiam tirar músicas de ouvido, sem cifras, tablaturas ou qualquer coisa que o fosse. E hoje, após pesquisar um pouquinho sobre o assunto e através de argumentos que irei apresentar abaixo, conclui que isso não é verdade. Caso você já passou por esta dúvida alguma vez na vida, recomendo ler o conteúdo abaixo.

O Ouvido absoluto

Certo tempo atrás, um vídeo chamado “cachorro com ouvido absoluto” fez um relativo sucesso no youtube. No vídeo, o pobre animal sinalizava num sintetizador as notas aleatórias que sua dona emitia através de alguns apitos. Não cheguei a pesquisar se este vídeo é uma fraude (não é o foco aqui). Mas ele mostra bem um exemplo de identificação de notas de forma absoluta. Explicando um pouco mais, ouvido absoluto é a capacidade que um ser humano tem

de identificar sons, sem ter um ponto de referência.

Page 5: Manual_intervalos.pdf

5

Um cachorro, que não sabe absolutamente nada de teoria musical (pelo menos eu

acredito que não) só pode identificar um som guiando-se por frequências mais agudas ou frequências mais graves.

Segundo o livro Música e Tecnologia “Damos o nome de frequência de um som a quantidade de ciclos de oscilação por segundo”. No caso do diapasão, (este instrumento mostrado na figura acima), essa vibração periódica ou frequência é de 440 Hz ou 440 ciclos por segundo. Quanto maior a frequência de um determinado som maior a sua altura, isto é, o som é mais agudo. Inversamente, quanto menor a frequência de som, mais grave ele é. Afinadores de piano são um exemplo de profissional que necessitam ter um ouvido apurado. Um instrumento de diapasão, pode ser um dos poucos “pontos de apoio” que eles utilizam para identificar frequências mais agudas e frequências mais graves. Neste vídeo Leandro Gardini e o afinador de piano Elias explicam como fazer se um maestro (sádico), diz que o lá da orquestra será em 442htz.

É possível adquirir um ouvido desses?

Pessoas como Beethoven, que identificou o ronco de um porco como sol sustenido e o assombroso pianista cego Derek Paravicini, já possuíam um ouvido afinadíssimo desde criança. Inclusive neste site, também é possível ver uma lista de outras pessoas que possuem este dom. Porém nas pesquisas que eu fiz, não consegui encontrar um consenso se esta habilidade pode ser alcançada com treinamento ou não. No site EasyEarTraining , por exemplo, a autora Sabrina Peña Young sugere treinar o ouvido a se acostumar com a frequência de 440htz por meio uma diapasão e começar a “cantar” esta frequência durante o seu dia-a-dia para começar a obter bons resultados. Já este artigo do blog Scientific American questiona até mesmo o ouvido absoluto, com um experimento interessante onde pessoas com ouvido absoluto são submetidas a

Page 6: Manual_intervalos.pdf

6

escutar uma música que tem o seu tom alterado em poucos hertz durante a sua execução.

Ouvido Relativo

Antes de começar a falar de ouvido relativo eu recomendo que assista a esse vídeo. Mesmo se já tiver visto, assista de novo! Apesar dele ser uma demonstração da escala pentatônica, podemos usá-lo como exemplo de “relatividade”. O que Bobby fez foi demonstrar onde estavam as primeiras notas e o público, a partir destas referências, conseguiu encontrar todas as outras. Wilson Simonal também fez isso de forma brilhante com “Meu limão meu limoeiro”. Ouvido relativo é isso. A capacidade de você identificar notas em relação a outras. Seria como você adivinhar qual palavra o seu instrumento falou. Mas aqui você sabe que ele só vai falar palavras sobre um assunto pré-determinado. No ouvido relativo, você tem argumentos que conseguem te ajudar a entender as “tendências” de uma música de acordo com certo “contexto”. A intenção do ouvido relativo é te treinar para um conjunto de situações e combinações que pode acontecer dentro de uma música. Quando estas situações acontecem, você já está preparado para identificá-las.

Masémuitacoisaparatreinar,nãotemcomosimplificar

não?

A música, assim como todas as outras matérias que compõem as Artes Liberais, possui muitos tópicos para serem estudados, e toda essa amplitude exige que um determinado foco seja dado ao seu estudo. Não acredito que exista uma resposta definitiva de quais disciplinas sejam essenciais para um aluno que pretende estar com o ouvido afinado para reconhecer acordes e melodias, mas o plano de estudos que eu considero mais razoável para seguir é o seguinte: - Aprender a identificar intervalos - Aprender a identificar acordes - Aprender campo harmônico - Aprender escalas - Aprender modos gregos (mais avançado)

Page 7: Manual_intervalos.pdf

7

A quantidade de conteúdo a ser estudada continua sendo imensa, mas eu acredito que esta separação por tópicos ajuda muito a ter um pouco mais de foco. Sempre lembrando que sou um pesquisador, mas não possuo formação em Música. Então tudo que estou propondo aqui é baseado em minhas experiências no meu aprendizado. Se você é um professor e possui uma metodologia diferenciada, não pense duas vezes em entrar em contato comigo para que possamos dividir experiências. Pretendo abordar todos os tópicos listados acima nos materiais oferecidos pelo Ouvido Perfeito. Mas para começar, gostaria de dar algumas dicas para aprender a identificar os intervalos mais comuns.

Intervalosdesegunda

Pelo menos no início, pode ser mais interessante enxergar a divisão de intervalos como uma prova de salto a distância.

Imagine que a primeira nota é a linha de onde o atleta dá o salto e o lugar onde ele faz a “aterrizagem” é a segunda nota. Isso é um intervalo musical. Dependendo da distância percorrida, o intervalo ganha um nome, o que ajuda bastante a identificá-lo. Falando em termos práticos, imagine que no seu instrumento você tocou a nota “Dó” e logo depois tocou a nota “Ré”. Logo, você percorreu uma distância do “Dó” até a segunda nota da escala: o “Ré”. Desta forma este intervalo recebe o nome de intervalo de segunda. Baseado neste raciocínio, os intervalos recebem estas nomenclaturas, intervalo de segunda, terça, quarta….

Aspectos que podem confundir

É preciso tomar certo cuidado com os semitons, que podem confundir um pouco as coisas. Entre o dó e o ré há um semitom chamado de dó sustenido, se a escala estiver sendo lida de forma ascendente ou ré bemol se a escala estiver sendo lida de descendente. Faria sentido alguém classificar a distância do dó para o dó sustenido como um “intervalo de primeira“, pois ela é a primeira nota depois do dó. Ou se a pessoa

Page 8: Manual_intervalos.pdf

8

contando com o dó, classificar a distância entre o dó e o ré como “intervalo de

terceira”, pois o ré neste caso é a terceira nota.

Só que “intervalos de primeira” não existem. E assim como nos acordes, intervalos também podem ser classificados como menores e maiores. Desta forma, da nota Dó até a nota Ré nós ainda temos um intervalo de segunda. E da nota Dó até o seu semitom Dó Sustenido, nós temos um intervalo de segunda menor.

Como utilizar este conhecimento para tirar músicas?

A explicação acima sobre intervalos parece ser um pouco superficial né? Ela não possui tabelas, demonstrações de áudio, demonstrações dos intervalos na clave de fá e na clave de sol…não engloba a construção de intervalos diminutos,

aumentados, trítonos…

Isso acontece porque o nosso foco não é aprofundar na questão de teoria musical. Apesar de acreditar que é muito complicado a pessoa entender bem intervalos musicais sem passar por todo o formalismo da educação musical formal, eu também acredito que é possível adotar metodologias específicas para objetivos específicos.

Como o nosso objetivo é tirar músicas de ouvido, vou utilizar duas estratégias a partir de agora para chegar ao nosso objetivo:

• Usar referências conhecidas

• Solfejo

Page 9: Manual_intervalos.pdf

9

Aprendendo com referências populares

Uma alternativa para aprender intervalos é procurar pelos mais famosos em músicas. O mais poderoso deste método é que você pode treiná-lo em qualquer lugar. Ao escutar uma música, você já consegue compará-la com outra música que você já conhece. E pense que legal se um intervalo te fizer lembrar um personagem, um filme ou uma situação que você já tenha passado?

Intervalos de 2º ascendentes

Como dito lá em cima, intervalos podem ser maiores ou menores. Além disso, eles também podem ser ascendentes ou descendentes. Há um intervalo de segunda maior que está presente na sua vida antes mesmo de você aprender a andar.

As duas primeiras notas de “Parabéns a você” são um bom exemplo de intervalo de segunda ascendente. O solfejo de “Pa-ra-bê….” pode ser interpretado num piano como “Dó-Dó-Ré”. Mais algumas músicas que contém intervalos de segunda ascendente:

• Rock with you – Michael Jackson (“Oh Night….”)

• Cidade Maravilhosa – Vários (“Che-ia de encantos mil”)

• Aquarela do Brasil – Toquinho (“Bra-sil, meu Brasil Brasileiro”)

Intervalos de 2º Maior descendentes

Page 10: Manual_intervalos.pdf

10

Se você torce por algum time de futebol, você já usou o intervalo de segunda maior descendente muitas vezes na sua vida. O canto de quase todas as torcidas segue utiliza o intervalo de segunda maior. (“Zêêêêê-roooooo…Gaaaaaaaa-lôôô…Meeeen-gôôô….”)

Mas se você não é tão fã de futebol assim, há outras boas referências do intervalo de segunda maior sendo aplicado de forma descendente:

• Noite Feliz (Silent Night) – (“Noite Fe-Liz“)

• Don’t Worry, Be Happy – Bobby McFerrin (“Be-Happy“)

• Yesterday – Beatles – (“Oh Yes….ter-daay“…no final do Refrão)

Intervalos de 2ª Menor ascendente

O intervalo de 2ª menor ascendente está presente na trilha de um dos filmes de suspense mais famosos que já foram feitos. Se você sentiu pavor ao assistir este filme quando criança, este intervalo será muito fácil de ser lembrado.

Ele é um dos meus preferidos, porque ele consegue passar tensão de uma forma muito simples. Não é a toa que ele é muito utilizado no rock e em filmes de suspense como o nosso querido Tubarão. Alguns exemplos de músicas utilizando o intervalo de 2ª:

Page 11: Manual_intervalos.pdf

11

• Contrabaixo no início de “Killing in the name” – Rage against the machine

• Primeiros acordes de “Eu quero ver o oco” – Raimundos

• Início do Tema da Pantera Cor de Rosa

Intervalos de 2ª Menor descendente

O intervalo de 2ª menor não é muito agradável para muitas pessoas. Principalmente pra quem já precisou ligar para um telemarketing e foi obrigado a escutar “Für Elise” do grande gênio da música Beethoven.

Preste atenção nos primeiros minutos da música, o intervalo é repetido várias vezes, antes do pianista começar a fazer os acordes. Apesar de um serem pouco mais complicados de perceber, aqui embaixo há alguns exemplos de onde estes intervalos estão presentes:

• No Woman No Cry – Bob Marley – (“No…Woman No-Cry“)

• Andança – Beth Carvalho – (“Me-leva..amor”)

• Dream on – Aerosmith – (“Refrao: Dream-on..“)

Intervalos de Terça

Estes intervalos, juntamente com os intervalos de quinta são um pré-requisito para quem futuramente quer entender como são construídos os acordes.

Page 12: Manual_intervalos.pdf

12

Terça maior Ascendente Para falar de forma mais prática, vamos visualizar a escala musical tradicional.

A partir do Dó, o Mi é a terceira nota da escala (Ignorando os semi-tons representados por teclas pretas). Sendo assim:

• Mi é a terça maior de Dó

• Ré sustenido é a terça menor de Dó

Novamente, nós iremos utilizar músicas conhecidas para ilustrar o conceito. Mas para melhorar ainda mais o entendimento, irei utilizar uma ferramenta adicional: o solfejo. Há dois detalhes importantes a se considerar no solfejo: Como não vou utilizar partituras, que ajudam a indicar o tempo do solfejo, faça um exercício mental de solfejar como um tenor, estilo Pavarotti. De forma bem caricata.

2 – Os sustenidos e bemóis serão obviamente ignorados no solfejo. Começe cantando para sí mesmo as 3 notas: “Dóóóó-Réééé-Miiiiii“. Continue repetindo, bem afinado, como se estivesse no palco. (Do-Ré-Mi – Do-Ré-Mi – Do-Ré-Mi)

Page 13: Manual_intervalos.pdf

13

Agora faça a mesma coisa, subtraindo o ré. (Do-Mi – Do-Mi – Do-Mi) Ok, temos aqui um solfejo de terça maior. Interessante não é? Agora, para entender este intervalo sendo aplicado numa música faça o seguinte: cante o solfejo abaixo da música Eu sei que vou te amar composta por Antônio Carlos

Jobim. Solfejo: (Do-Mi).. (Mi-Mi)..(Mi-Mi) (Ré-Mi-Fá-Mí-Ré)…(Fá)..(Fá-Fá)..(Fá-Fa) Veja que o intervalo de terça, “Dó-Mi” está presente na parte “Eu-sei…” Há outros exemplos que encontrei na internet, não eles não me agradaram muito, pois são de músicas muito desconhecidas.

Terça maior Descendente

Provavelmente você já viu algum tenor aquecendo a voz com o clássico “Fí-ga-rô”. Para solfejar um intervalo de terça descendente é só cantar “Mi-Ré-Dó” na mesma cadência de “Fí-ga-rô”.

Depois é só retirar o Ré e solfejar “Mi-Dó”. (Mi-Dó)..(Mi-Dó) Pronto. Você já tem um intervalo de terça descendente. O melhor exemplo de encontrei deste intervalo na música brasileira é a música “De volta pro aconchego” da cantora Elba Ramalho. “Esss-tou“..de volta pro meu aconchego….

Page 14: Manual_intervalos.pdf

14

Terça menor Ascendente

Para explicar o intervalo de terça menor, vou ter que recorrer a uma bandinha muito

esforçada dos anos 70: Led Zeppelin.

O mesmo conceito nas segundas menores também é aplicado nas terças. Se uma terça maior é composta por “Dó” e “Mi” a terça menor é composta por “Dó” e “Ré sustenido” ou seja diminuímos um tom da segunda nota do intervalo. Para ver este intervalo na prática, escute a música “Wholla Lotta Love” do Led. O contrabaixo no início realiza um intervalo de terça menor muito legal. Solfejo:”Lá-Dó-Lá-Dó-Ré“. Na música brasileira, um trecho que foi muito marcante para mim foi o violino acompanhando o contrabaixo na música “A montanha” do Engenheiros do Hawaii. Logo após o trecho “…Que um dia chego lá..” é executado um intervalo de terça menor e um de terça maior. Solfejo: (“Lá-Dó-Mí“) – (“Ré-Fá-Lá..Sol“)

Terça menor Descendente

Pra este intervalo há duas notícias, uma boa e uma má.A noticia ruim é que eu não consegui encontrar muitos bons exemplos de músicas com uma terça menor descendente.A única que possui um intervalo realmente visível é “Star Spangled

Banner” o hino nacional dos Estados Unidos. Ou seja, algo bem longe da nossa realidade.

Page 15: Manual_intervalos.pdf

15

Veja que no trecho “Ohhh…Say….” há uma terça menor descendente. A notícia boa é que, por causa deste intervalo, eu tenho um pretexto para te apresentar esta mesma música acima mais uma vez. Só que agora tocada num contrabaixo pelo gênio Jeff

Berlin. Vale a pena conferir, mesmo se você não for um baixista.

Intervalos de Terça

Quantos baixistas de samba são necessários para trocar uma lâmpada? Resposta: (um..ou..ciiiinco) (um..ou..ciiiinco…)

Se você faz parte do grupo que não entendeu, não se preocupe. A explicação desta piada tem tudo a ver com o tema deste artigo: como reconhecer intervalos de quinta justa de ouvido.

Page 16: Manual_intervalos.pdf

16

Intervalos de quinta e sua importância

A esta altura você já deve estar se perguntando: Cézar…você já falou dos intervalos de terça, dos intervalos de segunda e já está indo para os intervalos de quinta? E os intervalos de quarta?

Na grande maioria dos artigos que eu vejo pela internet, o autor segue a sequência numérica dos intervalos sem muito critério. Isso é excelente. O importante é ensinar. Porém eu gosto de tentar fazer uma curadoria do conteúdo que estou apresentando. Adiantando um pouco o assunto de formação de acordes, algumas alterações em acordes (maiores, menores, diminutos, aumentados) irão depender de pequenas intervenções nas terças e quintas. Principalmente em acordes mais populares. Então eu acredito que, é muito mais lógico aprender bem a identificar intervalos de terça e de quinta ANTES dos intervalos de quarta. É uma decisão baseada em minha experiência e observação. E claro que não é nada irretocável. Outra coisa que você deve ter percebido é que as palavras “baixista” e “contrabaixo” foram começaram a aparecer bastante neste artigo. Há algum motivo para os artigos estarem sendo tão focados para este instrumento?

Page 17: Manual_intervalos.pdf

17

Uma parte se deve pelo fato do contrabaixo ter sido o instrumento onde eu aprendi boa parte de tudo que eu sei. Mas isso não será uma constante. No caso específico dos intervalos de quinta é muito comum contrabaixistas realizarem a condução de sambas tocando a tônica da nota e a sua quinta. Este movimento é feito como numa escadinha, sendo a quinta marcada um pouco mais forte e com algumas ghost notes no meio para temperar. Simplificando BASTANTE, seria algo como “Dó..Sol-Sol“. E digo bastante em maiúsculo porque esse tipo de marcação é um troço bem complicado de se fazer. Pegue um bom fone de ouvido e entenda. Um baixista que sabe falar muito bem disso é o Adriano Giffoni. Pra quem quiser aprender sobre esta técnica de acompanhamento com uma riqueza maior de detalhes e apuro acadêmico eu recomendo muito o manual Música Brasileira para Contrabaixo (link afiliado) deste mesmo autor.

Um pouquinho de teoria

Ao contrário de intervalos de segunda e terça, os intervalos de quinta não são divididos entre maiores e menores. Alterações em intervalos de quinta geram quintas diminutas e quintas aumentadas, que não é serão nosso foco, pelo menos por enquanto.

Olhando na escala, a partir do Dó a quinta nota de nossa escala é o Sol. Sendo assim:

Page 18: Manual_intervalos.pdf

18

Sol é a quinta JUSTA de Dó, Lá é a quinta JUSTA de Ré e por assim vai…. Como eu já expliquei onde encontrar este intervalo no samba, agora vamos mudar da água pro vinho.

É incrível pensar que uma banda tão pauleira como o Linkin Park conseguiu emplacar nas rádios uma introdução de piano tão simples. Como exemplo de quinta justa o ínicio da música “In the End” é perfeito. O solfejo desta introdução é o seguinte: “(Ré)-(Lá-Lá)-(Fá-Fá)-(Fá-Fá)-(Fá-Fá-Ré)” Outros grandes hits do rock também utilizam a quinta justa de forma bem evidente: Contrabaixo de Bilie Jean. Dedilhado da primeira guitarra de One Apesar da ideologia das letras do Ozzy não ser agradável para todo mundo, vale a pena dar uma conferida em como o riff inicial da música Crazy Train se parece um pouquinho com a introdução da música “In the End”, que apresentei ali em cima. Uma das partes mais legais de se estudar intervalos é a de que estes trechos semelhantes vão ficando cada vez mais fáceis de se identificar. Na função de gerar frases e riff’s o intervalo de quinta é muito importante para a música em geral. Mas quando o assunto é acordes, ele é simplesmente indispensável. Ele é a base para construção dos power chords, por exemplo, que estão presentes numa grande variedade de músicas de Rock que nós conhecemos tanto hoje.

Page 19: Manual_intervalos.pdf

19

Intervalos de quarta

Antes de falar dos intervalos de quarta gostaria de fazer um parêntese:

Sou da turma que acredita a seguinte premissa: Nos lugares apropriados e com argumentos certos, dá pra discutir religião e futebol sim. Este e-book não trata nenhum destes assuntos, mas é muito complicado falar de trítono sem entrar um pouquinho no assunto Religião. Da mesma forma que te convidei nos meus outros artigos a comentar a respeito do tema apresentado, aqui a situação não será diferente. Mas por favor, gostaria de pedir para não caírmos na armadilha de “a minha crença é melhor porque….bláblá…“. Com alguns sacrifícios acho que dá elaborarmos uma discussão bem sadia. O Trítono Durante a idade média, os religiosos responsáveis por ensaiar canto gregoriano nos mosteiros e catedrais acreditavam que a música tinha o poder de acalmar o ouvido para prepará-lo para a devoção. Melodias complexas, dissonantes e “lascivas” não eram bem vindas, pois desafiavam o ouvinte a “sair do transe” que a música sacra proporcionava. A coisa era tão séria que em 1322, o Papa João XXII chegou até a fazer um documento a respeito. A Dacta sanctorum patrum considerava que inovações musicais, faziam com que o canto deixasse de exercer a sua função de oração, e que deveriam ser direcionadas a músicas “profanas” e afastadas da música sacra.

Page 20: Manual_intervalos.pdf

20

Neste contexto histórico tão doutrinador,foi descoberto um intervalo musical que era tão dissonante e difícil de escutar que foi chamado pelos monges de “intervalo do

diabo“: o trítono. Tecnicamente, o trítono é composto por 3 tons inteiros. Ex: Fá e Si ou a partir do Dó caminhando até o F#. Sem entrar muito em detalhes, mas talvez o intervalo seja considerado imperfeito porque está presente entre uma quinta perfeita (C – G) e uma quarta perfeita (C – F). Veja uma gravação do trítono feita pelo estudante de música Jonh Byrne:

Exemplos de utilização

É claro que um potencial tão grande não ia passar impune na mão de compositores sádicos e criativos. Após o período negro de proibição deste intervalo, ele pode ser usado em tudo que precisasse soar “tenso” em peças musicais.O Resultado sempre é algo pertubador. O primeiro exemplo é de uma Suite do compositor Gustav Holst, chamada The Planets que possui 7 movimentos, sendo cada um deles representando um planeta.

Page 21: Manual_intervalos.pdf

21

Apesar da música em homenagem ao planeta plutão (Mars, the Bringer of War) possuir trítonos muito sutis, achei importante citá-la porque ela tem um papel importantíssimo para um outro grupo de rapazes irei descrever logo abaixo. O segundo exemplo de trítono na música erudita merece muito respeito, é impossível de não ser percebido. Ele está presente de forma estratégica na representação musical da alegoria teatral “Danse Macabre”, onde o som (cabuloso!) de um violino é caracterizado de forma a representar a chegada da morte numa noite de Halloween. Dê o play utilizando um fone de ouvido e tente identificar este momento. Mas que pobres compositores inocentes, não sabiam o que estava por vir alguns anos mais tarde….

O Heavy Metal

Saindo da idade média e chegando na Inglaterra dos Anos 70. Temos um grupo de malucos que gostavam de escutar blues e ficar fazendo experimentações musicais numa garagem velha que, com a ajuda dos compositores citados acima, mudariam para sempre a história do Trítono (e de muitas outras coisas também).

Page 22: Manual_intervalos.pdf

22

No intervalo de um dos ensaios da banda, que ainda não tinha o nome de Black

Sabbath, o baixista Geezer Butler começou a tocar em seu instrumento o tema de Gustav Holst citado acima: Mars, the Bringer of War A melodia chapou imediatamente o guitarrista da banda Tommy Iommi, que fez um riff para acompanhamento e a partir daí o resto é história. A música “Black Sabbath” com sons de chuva, sinos e trovões batizou o primeiro disco, a banda e imortalizou de vez o trítono como recurso musical para dar medo. Utilizando crucifixos, roupas pretas e letras sobre ocultismo, religião e muita coisa macabra Ozzy e seus companheiros deram o pontapé inicial ao estilo musical que mais tarde seria conhecido como “Heavy Metal”. Como se não bastasse toda essa mística em torno do intervalo, em 1985 a famosa pesquisadora musical Diana Deutsch descobriu que o mesmo gerava uma ilusão sonora muito interessante chamada “Tritone Paradox”. Mas apesar de ser muito sinistro, o Trítono é utilizado em muitas trilhas de filmes e em músicas famosas que estamos acostumados a escutar.

• Robot Fight do filme Dune de 1984

• Purple Haze do Mago Jimi Hendrix

• The Simpsons – Trítono famoso, mas muito sutil. Há ainda mais alguns intervalos importantes, para te apresentar. Mas aprender bem os intervalos de segunda, terça, quarta e quinta já é um bom começo. Uma dica para começar a praticar, é baixar o despertador para tabblets e smartphones totalmente gratuito que eu desenvolvi. Todos os dias você irá ser acordado por um intervalo diferente, a medida que for acertando você vai progredindo até chegar aos intervalos de sétima! Caso você não tenha smarthphone, também pode acessar os joguinhos online que eu desenvolvi. Link’s abaixo: http://migre.me/jfaU7 - Mais fácil, para começar. http://migre.me/jfaW8 - Um pouquinho mais hardcore. Em breve estes joguinhos estarão com ranking e você poderá desafiar outros oponentes, aguarde e confira! Apesar de ter me esforçado muito para fazer estes aplicativos, eles ainda estão bem básicos. Caso você queria conhecer outras ferramentas já consolidadas no mercado te recomendo ler a listagem que faço logo abaixo.

Page 23: Manual_intervalos.pdf

23

Ferramentas online

Acredito fielmente que os americanos são os que têm melhores ferramentas para este tipo de treinamento. Então, grande parte das ferramentas para este tipo de treinamento está em inglês, mas não é nada que comprometa. A linguagem da música é universal e os sites que eu vou listar são bem didáticos. Além do conteúdo, também vou analisar a qualidade dos aplicativos no que diz respeito a: usabilidade, relevância do conteúdo e curva de aprendizado. Alguns sites oferecem ao usuário exercícios escritos em notação musical erudita, o que pode afastar muitos usuários que querem apenas um treinamento básico.

Theta Music

O primeiro dos sites que eu gostaria de listar é um dos mais completos: Theta Music. Apesar do nome bem estranho, é um site que possui treinamento para várias disciplinas de aprendizado musical. Só de categorias de jogos há 11 listadas: por instrumento, áudio, afinação, escalas, intervalos, melódicos, acordes, progressões, ritmo, notação musical e teoria musical.

Além dos jogos, o site oferece também cursos completos. O acesso é gratuito para jogar mas, caso o usuário tenha vontade de acessar os níveis mais avançados, ele precisa pagar uma taxa de $ 49,00 dólares por ano. Os jogos, são super didáticos, não exigem conhecimento de notação musical (claves, armaduras) e tem uma opção muito interessante do usuário escolher a dificuldade. As principais vantagens do site são: - Boa usabilidade - É muito didático e abrange muitos tópicos. - Tem vários níveis de dificuldade para cada jogo - Os jogos são desafiantes e tem uma boa jogabilidade

Page 24: Manual_intervalos.pdf

24

- A curva de aprendizado para utilizar o site é muito pequena. As poucas desvantagens do site são: - Exige login para poder jogar - Os jogos são feitos em Flash e algumas vezes são lentos para carregar. - Os exercícios não tem muita conexão com o “mundo real”. Faltaram músicas populares para reconhecer intervalos e acordes.

Trainear

Se a falta de conexão com o mundo real é um dos problemas no Theta, no trainear isto foi muito bem resolvido. O site utiliza Star Wars, Silent Night e outras músicas bem conhecidas para forçar o usuário tentar adivinhar os intervalos mostrados.

Outro ponto muito positivo é a quantidade de opções que o usuário possui para poder treinar. São mais de 26 disciplinas de aprendizado musical que o usuário pode escolher para treinar no programa: intervalos utilizando músicas, intervalos com solfejo, acordes, comparação de notas, tríade randômica (!), identificar notas na escala de fá, identificar notas na escala de sol, identificar escalas pela quantidade de sustenidos, identificar escalas por número de bemóis, identificar notas tocadas no piano e até cálculo matématico de intervalos. É louvável o esforço de uma pessoa desenvolver tanta coisa. No site inclusive há um gráfico muito legal com imagens de evoluções que o desenvolvedor foi agregando ao site. Porém, em alguns pontos o aplicativo deixou a desejar, como a usabilidade e design. E para piorar, a grande quantidade de informação é apresentada de forma tão sem critérios, que fazem o software ficar muito confuso, infelizmente. Em alguns pontos chega a dar uma certa canseira visual pela quantidade de números e letras que “pedem atenção” do usuário.

Page 25: Manual_intervalos.pdf

25

A intensa quantidade de anúncios também atrapalha, deixando a ruim impressão de que o site foi abandonado ou invadido por hackers. Principais vantagens - O sistema é muito didático e democrático. - Possui interface erudita e popular no mesmo conjunto - Possui muitas opções de treinamento - O conteúdo e os links para outros sites são muito úteis. - Treinamento de intervalos utilizando músicas famosas Desvantagens - Layout confuso - Passa a impressão de não receber atualizações há um bom tempo - As opções são apresentadas de forma confusa para o usuário - Não há uma sequência lógica de treinamento - Grande quantidade de propaganda

Easy Ear Training

Durante esses mais de 6 anos que trabalho com informática sempre notei que pessoas que lidam com T.I tem uma forte queda para serem músicos (amadores ou não). Isso é muito bom, porque quem trabalha nesta área, precisa ler muitos artigos em inglês e acaba ficando muito confortável com o idioma. Pra quem está nesta situação, o Easy Ear Training é um achado e tanto.

Uma de minhas maiores inspirações, este site possui características que me agradam muito. A usabilidade dele é excelente,há muito conteúdo de qualidade, a linguagem é simples, o layout do site é bonito e ele está sempre antenado com a atualidade (há vários aplicativos de treinamento desenvolvidos pela equipe do site, tanto para serem usados em smartphones quando para serem usados em desktop). Além da quantidade de material ser imensa, toda esta informação possui muita credibilidade. O time responsável pelo site é composto por músicos bem experientes, engenheiros de som, pesquisadores e até um artista de hip-hop.

Page 26: Manual_intervalos.pdf

26

Os quizes também são muito didáticos. E uma das coisas mais legais que eu percebi neste site é a sua postura em relação a “o que ensinar”. Há algumas divisões de categorias que fazem todo o sentido para mim. Eles dividem, por exemplo, as categorias “Perfect pitch Training” e “Play by Ear” em duas coisas distintas. O site também encara com uma grande seriedade o treinamento auditivo para produtores musicais, dj’s e tem até um treinamento para “reconhecimento de frequências” que parece ser muito completo. Pra quem possui ainda mais intimidade com o inglês, há uma infinidade de podcasts super específicos. Só para ter uma idéia, consegui encontrar um podcast falando apenas de tipos de efeitos para se utilizar na equalização de um contrabaixo. Ou seja, sem sombra de dúvidas, o Easy Ear Training é parada obrigatória para quem deseja saber cada vez mais sobre técnicas para treinar ouvido e poder atingir sua independência musical. A única desvantagem do site é que, como a quantidade de conteúdo é imensa, algumas vezes temos dificuldade em encontrar informações nele. Em termos técnicos, a Arquitetura da Informação não está conseguindo acompanhar a quantidade de conteúdo. Isso é muito comum em um site que procura abordar tantos assuntos, mas há algumas ferramentas que poderiam ajudar muito o usuário que procura conteúdo. Uma destas ferramentas seria uma funcionalidade de busca (se ele já possui está bem escondida). E isso faz com que o usuário perca um pouco de tempo em re-encontrar uma informação que tenhamos encontrado e por ventura não tenhamos guardado o link. A minha dica é favoritar tudo que você encontrar neste site. Vale muito a pena e fica mais fácil de achar depois.

Gnu Solfege

Manual em português, baixa curva de aprendizado, abrangência de exercícios e interface clara e objetiva. O Gnu solfege é um dos melhores softwares para treinamento auditivo existentes no mercado.

Page 27: Manual_intervalos.pdf

27

Inclusive, quando ouvi falar do Gnu Solfege,o próprio nome do projeto já me convenceu que poderia ser um produto de qualidade. A palavra Gnu remete ao Projeto Gnu que é um projeto muito conhecido por sua filosofia inovadora de software livre, por ter uma comunidade muito forte e por ter sido criado por uma pessoa super importante no mercado de software: Richard Stallman. O que mais surpreendeu foi a facilidade para instalação do sistema, sua facilidade de uso e a grande quantidade de material em português disponível para utilizá-lo. Alguns softwares de código aberto exigem um conhecimento intermediário de informática para serem utilizados, instalação de plugins, configuração de placas de som e tal, mas esse não é o caso do Gnu Solfege. Pra quem utiliza windows, basta baixá-lo no site http://www.solfege.org/download/ e instalar. Já usuários de outros sistemas operacionais como Linux, talvez tenham que rodar alguns scripts porque o sistema é feito na linguagem python, mas não acredito que seja algo muito complexo. As disciplinas abordadas pelo programa são: Intervalos, Acordes, Ritmo, Escalas, Teoria e Outros (Progressões harmônicas, Ditado, Notas, Cadências e até entonação!). Como se não bastasse todo este conteúdo, para os usuários mais avançados é possível até criar exercícios complexos. Realmente o Gnu é um software acima da média e a sua fama é justificável. Porém, em dois aspectos, o Gnu Solfege deixa a desejar: portabilidade e exemplos façam parte do “dia-a-dia” do usuário. No caso da portabilidade não é algo tão prejudicial. Seria muito bom se o sistema tivesse uma versão web ou que pudesse ser utilizada em smartphones e tablets. Já na questão dos exemplos, em comparação com os outros softwares, o Gnu é o que mais está desconectado com o dia-a-dia do aluno:

• O Trainear utiliza músicas conhecidas para explicar intervalos (Star Wars, Trilhas de filmes).

Page 28: Manual_intervalos.pdf

28

• O Theta Music utiliza figuras do cotidiano bem didáticas (maçãs, pêras…) para fazer o usuário estudar o conteúdo abordado.

• O Easy Ear Training ofereçe aplicativos para smartphones e tablets e está muito antenado com as novas tecnologias.

• Já o Gnu Solfege apresenta o seu conteúdo de forma meio acadêmica, muito formal, muito orgânica.

E apesar dos seus conteúdos serem apresentados como jogos, eles não tem um apelo forte para o usuário utilizar o site de forma tão forte quanto os outros softwares citados.

Music Theory

Por último, mas não menos importante o Music Theory. Uma das coisas que me chamaram a atenção, é que o responsável pelo site é um cara que não tem muitas meias palavras. As frases na seção de contato são impagáveis. Uma dica: só entre em contato com os caras se precisar muito.

Falando um pouco mais sério, o Music Theory agrada no layout, na usabilidade, no conteúdo, na facilidade de encontrar os conteúdos (mesmo não tendo ferramenta de busca também) e na portabilidade (tem versões web e aplicativos para dispositivos móveis). O Music Theory teve sucesso em vários pontos que os outros softwares citados falharam. Ele é quase perfeito. O principal ponto negativo dele, é que ele não direciona muito o aluno. E eu acho que isso é meio prejudicial porque deixa o aluno meio sem rumo. Como diria aquele ditado, para quem não sabe onde quer chegar, qualquer caminho serve. Links úteis Como eu disse lá em cima, eu te recomendo ir com muita calma. Começe nos intervalos e depois vá para os acordes e assim por diante. Durante minhas pesquisas, encontrei muito material interessante que não irá te ensinar teoria musical

Page 29: Manual_intervalos.pdf

29

diretamente, mas que ajuda bastante a abrir a mente em relação ao treinamento auditivo. http://migre.me/jf7Ft - Curiosidades sobre campo harmônico http://migre.me/jf7Ig - Vídeo engraçado sobre a sequência musical de Cannon in D menor http://migre.me/jf7JQ - Vídeo falando sobre o plágio e sequências harmônicas nas músicas atuais. http://migre.me/jf7L1 - Artigo falando sobre acordes maiores e menores e o quanto eles influenciam no resultado final de uma música. http://migre.me/jf7Oc - Artigo excelente sobre intervalos

Page 30: Manual_intervalos.pdf

30

Meus contatos

Caso tenha se interessado pelo conteúdo apresentado, queira fazer um contato para reclamar, fazer uma sugestão, trocar uma ideia...eu gostaria de deixar abaixo os links de todos os meus contatos. Fique a vontade, quero cada dia mais montar uma comunidade de pessoas interessadas em melhorar seu aprendizado musical cada vez mais! Meu facebook: https://www.facebook.com/cezar.a.desouza Meu email: [email protected] Ouvido Perfeito no Facebook: https://www.facebook.com/pages/Ouvido- Perfeito/690946940972462?fref=ts Aquele abraço