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    GUIA PARA CONSERVAO, LIMPEZA E ESTERILIZAO DE INSTRUMENTAIS CIRRGICOS

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    NDICE

    Introduo ..................................................................................................................................................................................................3Orientaes Gerais ...................................................................................................................................................................................4

    Cuidado Apropriado e Manuteno Preventiva Programada ..................................................................................................5Matria-Prima dos Instrumentais Cirrgicos ..................................................................................................................................5Conservao dos Instrumentais Cirrgicos ....................................................................................................................................7Limpeza e Descontaminao dos Instrumentais Cirrgicos.....................................................................................................9Esterilizao ............................................................................................................................................................................................. 14Principais Causas de Manchas e Corroso nos Instrumentais...............................................................................................25Lubrificao .............................................................................................................................................................................................26Precaues, Restries e Advertncias .......................................................................................................................................... 26Manuteno ............................................................................................................................................................................................27Bibliografia ............................................................................................................................................................................................... 27

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    INTRODUO

    Na aquisio de instrumentais cirrgicos, espera-se que os mesmos cumpram com a funo a quesedestinam durante um longo tempo, pois representam um elevado investimento, tanto em hospi-

    tais como em clnicas, e se manuseados de forma inadequada podem ter sua durabilidade afetada,comprometendo sua vida til. Porm, este perodo de tempo est diretamente relacionado com aconservao dos instrumentais, e mesmo os fabricados com materiais de qualidade se danificam pre-cocemente quando no conservados adequadamente.

    Como um profissional mdico, voc deve ajudar a manter a mxima qualidade e integridade de seusinstrumentais cirrgicos. Todos os detalhes devem ser minuciosamente levados em conta para queo instrumental dure de acordo com a garantia do fornecedor, desde seu acondicionamento at sualimpeza e esterilizao.

    Para manter o compromisso da Macom Instrumental Cirrgico com a qualidade, nosso DepartamentoTcnico desenvolveu este manual com a inteno de oferecer esclarecimentos e recomendaes rea mdico-hospitalar, orientaes relativas aos cuidados necessrios com o instrumental cirrgico,tais como: uso, limpeza, proteo, armazenamento, desinfeco e esterilizao, tornando melhor oseu custo-benefcio, fazendo com que sua performance permanea a mesma independente do seutempo de utilizao, podendo, o profissional de Centro Cirrgico, identificar e resolver quaisquerproblemas que vierem a aparecer.

    As orientaes fornecidas por este Guia, sobre cuidados associados ao manuseio, limpeza e esteriliza-

    o de instrumental cirrgico, nos ambientes clnico e hospitalar tem por objetivo assegurar que os ins-trumentais permaneam livres de sujidades, oxidao ou danos que os desqualifiquem para posteriorutilizao. As orientaes dadas visam especificamente abordar os aspectos dos procedimentos demanuseio, limpeza e esterilizao, associados conservao do instrumental. So dadas orientaessobre procedimentos para recebimento, estocagem, transporte e manuseio dos instrumentais cirrgi-cos de ao inoxidvel, a partir da sada da linha de produo, incluindo a comercializao e movimen-tao hospitalar anterior ao incio de uso. Estas orientaes so dirigidas a todas as pessoas envolvidasno controle e manuseio de instrumentais cirrgicos. Porm, qualquer orientao, padronizao ouexigncia tcnica estabelecida no mbito da sade tem precedncia sobre estas orientaes. impor-tante que todo o pessoal esteja familiarizado com os procedimentos e precaues recomendadas, a

    fim de minimizar a ocorrncia de danos ao instrumental e de prejuzos sade.

    Simbologia utilizada neste guia:

    Ateno: consultar manual de instrues.Ler atentamente as instrues.

    Equipamento Esterilizvel em Autoclave.

    Ateno: Riscos potenciaispara as pessoas.

    Ateno: Dano potencial aoequipamento e s suas partes

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    ORIENTAESGERAIS

    Transporte:

    Os instrumentais devem ser transportados de forma a impedir qualquer dano ou alterao, com rela-o s condies de recebimento do instrumento e de sua embalagem.

    Verificao no recebimento:

    No recebimento, todo instrumental deve ser submetido inspeo tcnica por pessoal tcnico habili-tado, objetivando verificar o estado geral do instrumento.

    Na inspeo tcnica, deve-se proceder s seguintes verificaes:

    A embalagem, rotulagem, marcao e informaes pertinentes devem estar em perfeitas con-dies;

    Cada instrumental deve estar embalado individualmente, a m de preservar sua integridadefsica e mecnica;

    A integridade do instrumental, principalmente a anlise das caractersticas relacionadas conser-vao e funcionalidade, incluindo aspectos superficiais como manchas, oxidaes e danos diver-sos, alm de caractersticas pertinentes a cada instrumental, tais como: facilidade de articulao,

    capacidade de apreenso, capacidade de corte, alinhamento de pontas, etc.

    Vericao dos componentes e a montagem preliminar do instrumental, no caso de empacota-mento de instrumentais multicomponentes em mais de uma embalagem;

    No caso de kit de instrumentais (certo nmero de instrumentais constituindo um conjunto de usoespecfico) deve-se verificar todos os itens que o constitui.

    Os instrumentais no aprovados na inspeo tcnica devem ser enviados ao fabricante para recupe-rao ou ser descartados.

    Manuseio:

    Os instrumentais devem ser manipulados cuidadosamente, em pequenos lotes, evitando-se batidasou quedas.

    Quando os componentes estiverem sendo montados ou desmontados, as instrues do fabricantedevem ser rigorosamente cumpridas.

    Qualquer instrumental que tenha cado, sido manuseado inadequadamente ou suspeito de ter sofridoalgum dano, deve ser separado e encaminhado ao responsvel tcnico habilitado da instituio parainspeo tcnica.

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    Estocagem:

    Em todas as reas de estocagem, antes da utilizao, o instrumental tem que ser armazenado de formaa manter sua configurao e seu acabamento de superfcie e no danificar sua embalagem.

    Com relao s condies de estocagem, recomenda-se que as instrues do fabricante sejam segui-das, os instrumentais devem ser armazenados em local seco, com baixa contaminao particulada. Osinstrumentais no devem ser estocados junto com produtos qumicos que possam desprender vaporescorrosivos.

    Caso seja observada a presena de vapores nas embalagens dos instrumentos, aconselha-se que se-jam desembalados, lavados, secados, lubrificados, quando pertinente, cuidadosamente. Pode ser ne-cessria a substituio da embalagem, bem como a avaliao das condies do local de estocagem.

    Todas as juntas articuladas devem estar lubrificadas, sendo que o lubrificante empregado tem que serno corrosivo.

    Todas as pontas ou bordas afiadas devem estar protegidas adequadamente para impedir dano aoinstrumental e embalagem.

    CUIDADOAPROPRIADOEMANUTENOPREVENTIVAPROGRAMADA

    O cuidado apropriado com os instrumentais cirrgicos comea com a limpeza apropriada. Este ma-

    nual cita alguns mtodos de limpeza e esterilizao de instrumentais. O cuidado apropriado significatambm a manuteno regular dos instrumentais prevendo afiao e ajustes. No h nenhuma pro-gramao padro; a manuteno ser determinada pela freqncia de uso. Como regra geral podeseprogramar a manuteno a cada seis meses.

    MATRIA-PRIMADOSINSTRUMENTAISCIRRGICOS

    A maioria dos instrumentais cirrgicos so fabricados em ao inoxidvel, conforme especificado naNBR ISO 7.153-1:1997 ou na NBR 13.911:1997; propores que caracterizam a estrutura, proprieda-des mecnicas, o comportamento final em servio do ao inoxidvel, assim, a composio qumicapara a matria-prima (ao inoxidvel) na produo de instrumentais cirrgicos.

    Muito se diz que o ao inoxidvel um metal indestrutvel e inaltervel, que no necessita de cuidadose manuteno, porm, se no forem seguidos os cuidados necessrios, ele apresentar aspectos defragilidade e limitao, que vo desde fenmenos de corroso, fadiga mecnica, at a formao demanchas superficiais diversas, se comportaro como o ao comum.

    Aos classificados como inoxidveis so os que tm resistncia corroso superior dos aos comuns.No so inertes em todos os meios, mas no so atacados por muitos deles ou so atacados de for-

    ma significativamente mais lenta do que os aos comuns. Como os instrumentais cirrgicos exigemcondies especiais de utilizao e esterilizao, os tipos mais utilizados de aos inoxidveis so:AISI-420 e AISI-304.

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    A ttulo informativo, tendo como referncia as Normas Internacionais vigentes, transcrevemos abaixo acomposio qumica dos aos inoxidveis mais usado na fabricao dos instrumentais cirrgicos:

    CROMO: o elemento que confere ao ao a propriedade de inoxidvel. Ento, quanto mais cromo presentena liga, maior ser sua resistncia corroso. Entretanto, o carbono reduz o efeito de resistncia

    corroso, mas necessrio para produzir a dureza do ao.

    NQUEL:Sua adio provoca tambm uma mudana na estrutura do material que apresenta melhores caracte-rsticas de: ductilidade (ESTAMPAGEM); resistncia mecnica a quente; soldabilidade (FABRICAO).Aumenta a resistncia corroso de uma maneira geral. Em conjunto com o cromo constitui os ele-mentos primordiais dos aos inoxidveis. Outros elementos complementam suas funes.

    MOLIBDNIO E O COBRE:

    Tm a finalidade de aumentar a resistncia corroso por via mida.

    SILCIO E O ALUMNIO:Melhoram a resistncia oxidao a alta temperatura.

    TITNIO E O NIBIO:So elementos estabilizadores nos aos austenticos, impedindo o empobrecimento de cromo viaprecipitao em forma de carbonetos durante aquecimento e/ou resfriamento lento em torno de 700C, que provocaria uma diminuio da resistncia local corroso. Existem ainda outros elementosque modificam e melhoram as caractersticas bsicas dos aos inoxidveis, como o mangans e o

    nitrognio, o cobalto, o boro e as terras raras, porm so muito especficos.

    No existe uma composio qumica ideal que possa evitar todos os tipos de ataques que poderiamcausar manchas, falta de brilho, ou mesmo corroso. Apesar da sua composio qumica favorvel,sendo mais resistente corroso do que os outros tipos de ao, deve-se adotar mtodos adequadosde conservao e limpeza.

    Tipo de Ao C Mn Si P S Cr Ni

    Padro AISI

    304 0,08 2,00 1,00 0,045 0,030 18,00 8,00

    420 0,15 1,00 1,00 0,040 0,030 12,00 min 14,00

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    Com o intuito de reduzir a probabilidade de ocorrncias da corroso, so utilizados processos espe-ciais na fabricao dos instrumentais cirrgicos. Entre eles esto o eletropolimento e o polimento:

    Eletropolimento: processo eletroqumico, onde o instrumental submetido ao contato com solu-

    es cidas agindo sobre a superfcie, promovendo uma pelcula superficial protetora, dando, assim,a resistncia corroso do ao inoxidvel.

    Polimento: processo mecnico onde so removidas reas de possvel ataque de corroso ao produ-zir-se uma superfcie extremamente lisa e brilhante. A corroso aparece normalmente nas superfciesque no apresentam polimento correto.

    CONSERVAODOSINSTRUMENTAISCIRRGICOS

    Inimigos dos Instrumentais CirrgicosAlm do cuidado e da limpeza dos instrumentais, este guia cita diversos inimigos dos instrumentaiscirrgicos, tais como: o sangue, o tecido, em geral os resduos cirrgicos, so as causas preliminaresdos pontos de corroso por pitting, manchas e descolorao dos instrumentais. A gua e a umidadetm tambm efeitos prejudiciais, permitindo que estas substncias sequem ou embebam em seusinstrumentais causar manchas indesejveis.

    Outros inimigos usados na lavagem dos instrumentais com solues imprprias, tais como: sabo,descorantes, desinfetantes e demais solues no aconselhadas.

    Para a conservao correta dos seus instrumentais importante usar mtodos recomendados de limpeza e

    compreender as causas de efeitos indesejveis, tais como manchas. As manchas aparecem com uma desco-

    lorao alaranjada ou marrom. A idia assegurar o cuidado apropriado para limitalas ou extingui-las.

    Resduos Cirrgicos

    O sangue, o pus e outras secrees cirrgicas contm ons do cloreto, que conduzem corroso,aparecendo mais freqentemente com uma cor alaranjado-marrom. Se o instrumental permanecer porum perodo de tempo prolongado (1 at 4 horas), em contato com estes resduos, aparecero marcase manchas no instrumental, principalmente se estes secarem nele.

    Deve-se limpar e secar completamente os instrumentais aps o uso. Somente esterilize um instrumen-tal limpo. A temperatura elevada da autoclave causar reaes qumicas que podem deixar manchaspermanentes nos instrumentais.

    Estenda o ciclo de secagem de sua autoclave, principalmente quando uma bandeja carregada inteiramente. Istoajudar a reduzir a condensao nos instrumentais.

    Lembre-se: uma autoclave no limpa, somente esteriliza.

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    A GUA

    A conservao dos instrumentais cirrgicos pode ser consideravelmente influenciada pela composioda gua utilizada na limpeza e enxge destes ou aquela usada para preparao de solues. A gua

    potvel normalmente possui concentraes de sais, que dependem da procedncia da gua.

    As substncias salinas criam incrustaes, quando da evaporao da gua. As substncias mais crticasso os cloretos, que dependendo da concentrao podem provocar profundas corroses.

    O perigo de uma corroso provocada por cloretos, agrava-se com: aumento da concentrao decloretos; aumento da temperatura; diminuio do pH; tempo de aplicao muito grande; superfciessperas/foscas; secagem insuficiente.

    Junto com a gua potvel pode-se encontrar tambm xidos que geralmente so oriundos dos tubosde distribuio corrodos. Estas substncias podem provocar corroso no instrumental devido aospossveis depsitos em suas superfcies.

    Para evitar concentraes indesejveis de cloretos, aconselhvel o uso de gua DDD, ou seja, deio-nizada (isenta de substncias inicas, capazes de conduzir energia eltrica), desmineralizada (isenta desubstncias minerais/salinas) ou destilada (isenta de substncias inicas, salinas, minerais, etc., quandoobtida de uma destilao lenta), principalmente no ltimo enxge.

    O processo bsico para tratamento dos instrumentais resume-se em: Lavagem ecaz, se possvel utilizando-se gua DDD, detergente enzimtico e ultra-som; Enxge com gua DDD; Desoxidao de peas; Secagem total; Lubricao; Armazenamento seguro.

    O instrumental cirrgico deve ser mantido lubrificado para evitar futuras oxidaes. O uso de leosa base de petrleo (vaselina, silicone, lubricantes, aerossis,...) devem ser evitados, pois atacam osmateriais dos instrumentos. Lubrificantes minerais, no oleosos, podero ser aplicado em qualquerinstrumental, protegendo-o de oxidao e mantendo a elasticidade das peas de borracha.

    O ambiente de armazenamento deve ser controlado, a fim de garantir uma umidade relativa do arentre 30 a 50% e temperatura de 20oC.

    Deve-se secar imediatamente os instrumentais para evitar manchas e corroso.

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    LIMPEZAEDESCONTAMINAODOSINSTRUMENTAISCIRRGICOS

    O processo de limpeza de instrumental pode ser manual ou automtico, e envolve algumas etapas,como: limpeza prvia, descontaminao, lavagem, enxge, lubrificao e secagem.

    Os processos automticos so realizados por equipamentos especficos que executam, isoladamenteou combinadamente, com procedimentos prprios, ou seja, as instrues do fabricante devem ser ri-gorosamente seguidas, em especial quanto aos produtos e qualidade da gua a serem empregadosnas diversas etapas do processo de limpeza.

    Recomenda-se que todo instrumental seja limpo imediatamente aps o procedimento cirrgico em quefor empregado, a fim de evitar o endurecimento de sujidades. O processo de limpeza deve ter umapadronizao adequada, a fim de evitar a disseminao de contaminao e danos ao instrumental.

    O processo de limpeza dos instrumentais deve comear dentro de 10 minutos aps a cirurgia, mesmose a esterilizao ocorrer muito tarde. A limpeza dos instrumentais aps alguns minutos da cirurgia sua melhor defesa contra a corroso (em geral,por pitting) e as manchas.

    Uma limpeza eficiente do instrumental cirrgico consiste na retirada total de matria orgnica depo-sitada em todas as partes dele.

    Os instrumentais, quando pertinentes, devem ser introduzidos abertos ou desmontados. Instrumentaiscom articulao, tais como tesouras, pinas, porta-agulha, devem ser colocados em cestos furados emposio aberta. Os maiores, tipo afastadores e os instrumentais desmontveis, devem ser desmonta-dos para limpeza e lavagem e cada componente lavado isoladamente.

    O processo de limpeza escolhido no dever, em hiptese alguma, empregar palhas ou esponjas deao e outros produtos abrasivos, mesmo quando saponceos, para a remoo de sujidades remanes-centes de qualquer etapa do processo de limpeza. Deve-se, portanto, utilizar escovas com as cerdasmacias naturais ou de nylon.

    Coloque os instrumentais em cestos furados e nunca misture-os com instrumentais mais pesados. Noacumule os instrumentais em grandes quantidades, uns sobre os outros, para impedir a deformaode peas menores e delicadas.

    Ateno: A fim de reduzir o risco potencial de contaminao, todo procedimento de limpeza edescontaminao manual deve ser realizado utilizando-se Equipamentos de Proteo Individual - EPI

    apropriados, como luvas, mscaras, culos, aventais, gorros, etc.

    Ateno: Se mais tempo for necessrio para o incio da limpeza, mantenha os instrumentais contami-

    nados midos, de modo que o sangue, o tecido e o outro resduo no sequem nos instrumentais.

    Ateno: A limpeza com gua e sabo neutro ou detergente neutro essencial antes da descontaminao e esterilizao.

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    Aps o processo de limpeza, o instrumental deve ser inspecionado para assegurar ausncia de quais-quer sujidades ou outros resduos.

    LIMPEZAPRVIA

    Quando a limpeza for realizada de forma manual, o instrumental deve ser mergulhado, aberto oudesmontado, quando pertinente, em um recipiente apropriado contendo gua e detergente, prefe-rencialmente enzimtico, temperatura ambiente. A seguir, deve ser rigorosamente lavado em guacorrente, preferencialmente morna.

    A fase de limpeza deve sempre ser realizada com gua a temperaturas inferiores a 45, pois tempe-raturas mais elevadas causam a coagulao das protenas, dificultando o processo de remoo dasincrustaes do instrumental.

    Deve-se assegurar que o instrumental, bem como seus componentes, quando pertinente, estejamlivres de incrustaes de matrias orgnicas, bem como de resduos de detergentes ou produtosenzimticos. A presena de matria orgnica pode interferir com a atividade antimicrobiana dos de-sinfetantes qumicos, bem como proteger os microorganismos da ao dos germicidas, atuando comobarreiras fsicas, enquanto que os detergentes ou os produtos enzimticos podem alterar o pH dassolues desinfetantes, reduzindo a eficcia da etapa de descontaminao.

    DESCONTAMINAO

    A qualidade e a eficcia da descontaminao por imerso dependem diretamente dos seguintes fa-tores: qualificao de pessoal, tipo e concentrao de desinfetante, atividade do desinfetante, acessodo desinfetante s reas contaminadas do instrumental e, principalmente, da qualidade da fase deremoo de incrustaes e posterior enxge.

    Para a descontaminao dos instrumentais deve-se utilizar solues qumicas desinfetantes que soativas em contato com matria orgnica.

    Os detergentes enzimticos, quando em boa concentrao, ajudam a remover uma boa parte dematerial orgnico do instrumental, sem causar-lhes qualquer dano.

    Quando processada de forma manual, a descontaminao feita atravs da imerso do instrumental,aberto ou desmontado, quando pertinente, em um recipiente apropriado contendo uma soluo dedesinfetante em gua, temperatura ambiente (descontaminao qumica), ou em banho aquecido(descontaminao termoqumica). O tempo de imerso do instrumental depende tanto da temperatu-ra de operao, como da diluio e do tipo de desinfetante empregado.

    Ateno: A utilizao de substncias inicas (cidas ou alcalinas)para a limpeza de instrumentais, pode causar deteriorizao,

    seja por oxidao ou por desgaste qumico.Nunca utilizar hipoclorito de sdio (gua sanitria) nos instrumentais, pois este

    produto o maior agente causador de oxidao em materiais de ao inoxidvel.

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    O tempo de durao do procedimento de descontaminao depende diretamente da soluo utiliza-da. Em mdia pode ser de 10 a 30 minutos.

    O instrumental dever ser colocado em cestos furados para serem imersos em gua na temperatura de40 a 45C e soluo enzimtica em concentrao e tempo determinados pelo fabricante.

    Aps a descontaminao deve-se realizar a lavagem das peas para a remoo dos resduos, que podeser manual ou com equipamento apropriado.

    LAVAGEM

    Quando realizada de forma manual (fase em que as peas devem ser totalmente escovadas, comescova de cerdas macias, dando-se especial ateno s articulaes, serrilhas e cremalheiras), as arti-culaes devem permanecer abertas, sendo escovadas em ambos os lados, as serrilhas escovadas em

    ambos os sentidos na direo da prpria serrilha e as cremalheiras escovadas em ambos os sentidos nadireo dos dentes. Quando necessrio, desmontar e lavar cada componente isoladamente.

    Especial ateno deve ser dada s reas de difcil acesso, onde pode ocorrer a reteno de tecidosorgnicos e a deposio de secrees ou solues desinfetantes.

    Lavagem manual

    Deve-se realizar o escovamento individualmente sob gua morna corrente, utilizando escova comcerdas naturais e macias, sabo neutro ou detergente enzimtico.

    Limpar atentamente o encaixe dos instrumentais, onde acumulam as principais sujeiras, dando-se especial

    ateno s articulaes, serrilhas e cremalheiras (devem ser escovadas sempre na direo dos dentes).

    Ateno: Use somente solues de limpeza recomendadas. As solues recomendadasso projetadas especialmente para instrumentais cirrgicos.

    Ateno: Seguir corretamente as instrues para diluio dos produtos de des-contaminao e limpeza. Diluies incorretas podem acarretar corroso do tipoPitting. Peas de alumnio anodizadas podem ficar esmaecidas / envelhecidas.

    Ateno: Nunca utilizar materiais e produtos de limpeza abrasivos, comopalhas ou esponjas de ao, para que no danifiquem os instrumentais.

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    Lavagem por Lavadoras

    Instrumentais com articulaes devem ser dispostos com as bocas abertas, para evitar acmulo desujidade. Dispor todo instrumental de maneira que, a ao do jato de gua da lavadora alcance todos

    os instrumentais. Deve-se prender os instrumentais, principalmente os mais sensveis, para que nohaja choque entre eles.

    Quando possvel, escovar previamente as superfcies que contenham muita sujidade. O uso de umdetergente enzimtico recomendado. Use somente solues de limpeza recomendadas.

    Na limpeza atravs de lavadoras no existe a ao da escovao, desta forma, para que os instrumen-tais fiquem bem limpos, dever ser utilizada a combinao de produtos de limpeza, temperatura edurao do processo, o que resultar num maior contato do instrumental com fatores que reduzemsua vida til.

    Para evitar a coagulao de substncias orgnicas, que podem trazer problemas na limpeza, a tempe-ratura do banho no poder ser superior a 45C.

    A vantagem da limpeza mecnica sobre a manual a reduo dos riscos com o pessoal e a padroni-zao do processo de limpeza.

    Lavagem por Ultra-som:

    Para lavagem atravs de limpadores ultra-snicos ou cubas de ultra-som, os instrumentos devem ser

    colocados na posio aberta.

    Os instrumentais delicados devem ser colocados com cuidado, evitando-se contato de um com ooutro, pois as vibraes podero causar desgaste prematuro em suas pontas.

    A limpeza ultra-snica somente ser eficaz se os canais internos dos instrumentais estiverem inunda-dos com gua.

    O ultra-som s age sobre a gua, provocando micro-exploses das molculas de ar ali contidas. Esteefeito provoca uma limpeza da superfcie em contato com a gua.

    Para garantir que a gua ocupe todos os espaos internos dos instrumentais, necessrio que estaseja bombeada para dentro. Este bombeamento no pode ser contnuo e sim pulsante, pois casocontrrio a ao do ultra-som reduzida em 90%, tornando a limpeza ineficaz.

    recomendvel o uso de produtos de limpeza e/ou desinfetantes no espumantes no banho deultrasom. Deve-se observar que o detergente a ser usado dever ser enzimtico, de pH neutro e queespume o menos possvel.

    Temperaturas acima de 40C, mas sempre inferiores a 60C (neste mtodo no se vericou a coagu-

    lao de protenas), facilitam a volatilizao dos agentes de limpeza, favorecendo a ao do ultra-somno interior das peas, garantindo assim uma limpeza mais eficaz. Normalmente, 3 a 5 minutos deimerso numa freqncia de 25 a 40 kHz o suciente para limpeza dos instrumentais. Resultadossatisfatrios so obtidos de 5 a 10 minutos, quando a freqncia do banho ultra-snico de 35 kHz.

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    ENXAGUADURA

    Aps a completa limpeza de cada instrumental por lavagem manual, lavadoras ou ultra-snica, deveseproceder a um cuidadoso enxge diretamente sobre o instrumental para a completa remoo da

    espuma ou de qualquer indcio de substncia detergente ou at mesmo resduos orgnicos.

    Realizar enxge diretamente nos instrumentais, com jato de gua, sem o manuseio dos instrumentais.Se necessrio, utilizar uma pistola para auxiliar o enxge dos canais e do lmen das pinas.

    Os instrumentais articulados devem ser abertos e fechados algumas vezes durante o processo deenxge. Recomenda-se a utilizao de gua destilada ou desmineralizada e aquecida para enxgedo instrumental.

    SECAGEM

    Aps o enxge dos instrumentais, estes devem ser abertos e totalmente enxugados com compressa(tecido de algodo macio e absorvente) ou jato de ar comprimido isento de umidade. Os instrumen-tais que possuam orifcios devem ter seu interior seco. Cada componente de um instrumental desmon-tvel seja seco isoladamente

    Deve-se assegurar que os processos de secagem no introduzam depsitos de partculas ou felpas,tanto na superfcie do instrumental, como nas articulaes, serrilhas e cremalheiras.

    INSPEOELUBRIFICAO

    Aps a limpeza, enxaguadura e posterior secagem, mas antes da esterilizao, deve-se verificar se oinstrumental no apresenta qualquer irregularidade, deformidade ou resduo de sujidade. Para tanto,o instrumental deve ser colocado sobre um campo, preferencialmente de cor branca, para inspeoe posterior lubrificao.

    Todos os instrumentais deteriorados ou que apresentem indcios de corroso, devem ser separados,para evitar que o processo de corroso se alastre por contatos aos demais instrumentais ou ao equi-pamento de esterilizao, e encaminhados para relavagem ou conserto.

    Deve-se verificar as caractersticas de cada pea, tais como: a facilidade da articulao, capacidade deapreenso, capacidade de corte, alinhamento e justaposio de serrilhas.

    Nunca armazenar instrumentais limpos, em caixas cirrgicas manchadas ou com riscos severos, quepossam ser focos de contaminao para o instrumental.

    Proteger sempre a ponta dos instrumentais mais delicados. Separar os materiais pesados, dos deli-cados e de pouco peso. Todo instrumental deve ser lubrificado, empregando-se lubrificante hidros-solvel e no corrosivo, adequado aplicao mdica, devendo-se dar especial ateno s juntas deinstrumentais articulados.

    Nunca deixar o instrumental secar de forma natural para evitar manchas e corroso.

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    ESTERILIZAO

    o procedimento que visa a eliminao ou destruio de todas as formas de microorganismos presen-tes: vrus, bactrias, fungos, protozorios e esporos, para um aceitvel nvel de segurana. O processo

    de esterilizao pode ser fsico, qumico ou fsico-qumico.

    Principais requisitos para a esterilizao:

    H inmeros requisitos para que o processo de esterilizao se realize de forma correta, garantindo aefetiva esterilidade dos instrumentais cirrgicos.

    A limpeza prvia correta de todos os materiais a serem esterilizados de vital importncia, alm douso de embalagens adequadas para a esterilizao e o correto acondicionamento da carga dentro dosesterilizadores, so elementos essenciais para um processo de esterilizao efetivo.

    A presena de matria orgnica (leo, gordura, sangue, pus e outras secrees) nos materiais protegeos microorganismos contaminantes do contato indispensvel com o agente esterilizante, impedindoque o processo de esterilizao ocorra com segurana. Alm disso, depois de corretamente limpados,os materiais portam menor nmero de microrganismos, aumentando a probabilidade de que a esteri-lizao ocorra de forma efetiva.

    Antes de sofrerem qualquer processo de esterilizao todos os instrumentais cirrgicos devem ser,escrupulosamente, lavados com solues detergentes adequadas, enxaguados abundantemente emgua corrente, secados e s ento embalados para a esterilizao.

    importante lembrar que os processos de esterilizao dependem no apenas do bom funcionamen-to dos equipamentos, mas incluem tambm:

    A quantidade e a qualidade do agente esterilizante; O tipo e o mtodo de embalagem; A colocao da carga dentro do equipamento

    A esterilizao no substitui a limpeza, e nunca ser atingida com o material sujo.

    Ateno: O contato entre diferentes tipos de metais durante a esterilizao, comoao inoxidvel e material cromado, pode induzir a processo de corroso no ins-

    trumental. Assim, recomenda-se que seja evitada a esterilizao, em uma mesmaoperao, de instrumentais produzidos com materiais distintos.

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    Embalagens adequadas:

    As embalagens usadas para a esterilizao, devem permitir o contato dos artigos com o agente este-rilizante, bem como mant-los livres de microrganismos durante a estocagem.

    Cada processo de esterilizao exige um tipo diferente de embalagem, deve-se, portanto, verificar ascaractersticas do equipamento de esterilizao para a melhor seleo das embalagens.

    As caractersticas mais importantes na seleo de um invlucro para esterilizao so permeabilidadeao vapor, impermeabilidade a partculas microscpicas, resistncia ruptura e flexibilidade.

    As dimenses dos pacotes dependero, basicamente, do equipamento utilizado na esterilizao e doinstrumental a ser esterilizado. Mas, independente do equipamento e do processo utilizado, funda-mental registrar o contedo do pacote, a data de esterilizao e o prazo ou data de validade.

    Na esterilizao por vapor (autoclaves), os pacotes no devem ser compactados (frouxos), para permi-tir a penetrao do vapor. Alm disso, necessrio estar atento colocao correta dos pacotes nascmaras de esterilizao, para facilitar a sada do ar e a entrada do vapor.

    Mtodos Fsicos

    A esterilizao por mtodos fsicos pode ser realizada pelos seguintes processos em estabelecimentosde sade:

    1. ESTERILIZAO POR VAPOR SATURADO/ AUTOCLAVES

    Gravitacional Alto Vcuo Ciclo Flash

    A esterilizao a vapor realizada em autoclaves, cujo processo possui fases de remoo do ar, pene-trao do vapor e secagem. A remoo do ar diferencia os tipos de autoclaves.

    Os ciclos de esterilizao so orientados de acordo com as especificaes do fabricante.

    Um ciclo de esterilizao do tipo Flash pode ser realizado em autoclave com qualquer tipo de re-moo do ar.

    Ateno: A autoclavagem um processo seguro para esterilizao. Entretanto, se no houvercontrole nos parmetros operacionais, pode acarretar danos ao instrumental, pois a umidade

    + alta temperatura + oxignio, juntos, podem provocar corroso, que no futuro pode gerarmicro-fissura, trinca e posteriormente sua quebra.

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    COMOMONTARUMACARGANAAUTOCLAVE

    A remoo do ar da cmara absolutamente crtica para o completo processo de autoclavao. O arpode ser removido ativa ou passivamente.

    Estes dois tipos de remoo do ar caracterizam os dois tipos bsicos de esterilizadoras de vaporsaturado:a) Remoo de ar por gravidade: neste tipo de equipamento a entrada do vapor fora o ar parafora. Como o ar mais pesado que o vapor e no se mistura bem com o vapor, este ltimo formaruma camada acima que, medida de sua entrada, ir forando o ar para fora. O tempo de remoo

    do ar depender do tipo e da densidade da carga.

    importante que a carga seja organizada de forma que o vapor penetre mais facilmente, com poucosobstculos, a m de que possa drenar para baixo encontrando o local de sada (por gravidade).

    As autoclaves podem ser divididas segundo os tipos abaixo:

    TIPOS

    GRAVITACIONAL

    ALTO VCUO

    ESTERILIZAORPIDA(FLASH)

    O vapor injetado forando a sada do ar. A fase de secagem limitada, umavez que no possui capacidade para completa remoo do vapor.Desvantagem: pode apresentar umidade ao final, pela dificuldade de remo-o do ar.As autoclaves verticais so mais indicadas para laboratrios.

    Venturi - O ar removido atravs de uma bomba. A fase de secagem limita-da, uma vez que no possui capacidade para completa remoo do vapor.Desvantagem: pode apresentar umidade pelas prprias limitaes do equi-pamento de remoo do ar.

    Introduz vapor na cmara interna sob alta presso com ambiente em vcuo. mais seguro que o gravitacional devido a alta capacidade de suco do arrealizada pela bomba de vcuo.

    O ciclo pr-programado para um tempo e temperatura especficos, basea-do no tipo de autoclave e no tipo de carga (para outros ciclos se assume quea carga contm materiais porosos).De forma geral, o ciclo dividido em duas fases: remoo do ar e esteriliza-

    o. Embora possa ser programado uma fase de secagem, esta fase no estincluda no ciclo flash.Os materiais em geral so esterilizados sem invlucros. A menos que as ins-trues do fabricante permitam. Assume-se que sempre estaro midos apso processo de esterilizao. Devem, portanto, ser utilizados, imediatamente,aps o processamento, sem ser armazenados.Este ciclo no deve ser utilizado como primeira opo em hospitais. Indica-dores qumicos, fsicos e biolgicos (B. stearothermophillus).

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    b) Remoo do ar dinmica: pr-vcuo ou por pulso gravitacionalO ar ativamente removido.No incio do ciclo, o vapor introduzido na cmara com a vlvula do dreno aberta, para deixar sairo ar. Aps um perodo de tempo estabelecido a vlvula fechada. medida em que o vapor vai

    entrando, vai se misturando com ar ainda dentro da cmara, criando uma mistura de vapor e ar nocondensado e iniciando a pressurizao. O dreno ento aberto, expulsando a mistura de ar e vaporpressurizado. Com este escape repentino de gases, forma-se uma presso na linha, que cai abaixo dapresso atmosfrica, criando o pr-vcuo. O ar no todo removido, tornando ento a ser introduzidoo vapor e repetindo o processo. De forma geral, os pulsos so em nmero de quatro para remoo doar e permitir a penetrao do vapor na carga a ser esterilizada. A diferena do pr-vcuo e do pulsogravitacional que o segundo tipo no utiliza ejetores ou pumps de vcuo para acelerar a remoode ar/vapor no final de cada pulso. O pr-vcuo mais eficiente e rpido. No entanto, o pulso gravi-tacional mais eficiente do que o tipo puramente gravitacional.

    1. Preparando os artigos e carregando a autoclave

    1) Materiais articulados e com dobradias devem ser colocados em suportes apropriados de forma apermanecerem abertos;

    2) Materiais com lumns podem permanecer com ar dentro (por exemplo, endoscpios). Para evitareste problema, devem ser umedecidos com gua destilada imediatamente antes da esterilizao. Oresduo de ar se transformar em vapor;

    3) Materiais cncavos, como bacias, devem ser posicionados de forma que qualquer condensado que

    se forme flua em direo ao dreno, por gravidade;

    4) Materiais encaixados um no outro (cubas, por exemplo) devem ser separados por material absor -vente, de forma que o vapor possa passar entre eles. Lembrar que o encaixe sempre dificultar apassagem do vapor. Material cirrgico no deve ser acondicionado encaixado ou empilhado;

    5) Caixas (containers) de instrumentais devem ser colocados longitudinalmente na cesta da auto-clave, sem empilhar;

    6) Txteis devem ser colocados de forma a que os ngulos estejam direcionados aos ngulos da cesta

    ou estante da autoclave para permitir melhor passagem do vapor;

    7) Os tipos de embalagens devero ser escolhidos de acordo com a capacidade da autoclave. O pe-rodo de validade de cada embalagem para cada tipo de material definido por testes pela prpriainstituio:

    a) Alguns no tecidos, assim como embalagens de algodo, so absorventes e permitem que ocondensado se espalhe por uma rea maior para revaporizao e secagem;

    b) Coberturas feitas de materiais no absorventes, como polipropileno ou no tecidos de 100% de

    polister, no espalham a umidade. Quando usados para bandejas ou bacias, deve ser asseguradoque a disposio do material na autoclave permitir a drenagem do condensado. Se houver mate-riais pesados em bandejas, devem ser envoltos em material absorvente antes de serem colocadosnas bandejas;

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    c) Caixas (containers) metlicas agem como retentores do calor, auxiliando na secagem do ma-terial. No entanto, produzem mais condensado quando no embalados apropriadamente e noauxiliam na revaporizao final;

    d) Caixas (containers) plsticos agem como isoladores e resfriam rapidamente. O contato comsuperfcies ou ambientes mais frios provoca condensado rapidamente.Obs: tanto caixas metlicas, quanto plsticas no devem ser esterilizadas em autoclaves de gravida-de. Deve ser preferida a esterilizao por pr-vcuo ou pulso gravitacional. O ar difcil de ser remo-vido destes containers e a adio de tempo de exposio no ir auxiliar na remoo do ar;

    e) Os artigos aps a esterilizao no devem ser tocados ou movidos aps 30 a 60 minutos emtemperatura ambiente. Durante este tempo eles devem ser deixados na mquina, se no houverprateleira ou cesto removvel, ou no prprio cesto em local onde no haja correntes de ar. Se ummaterial mido ou morno for colocado em um lugar mais frio, como recipientes plsticos, o vapor

    ainda existente poder condensar em gua e molhar o pacote;Obs: No h benefcio em fechar novamente a autoclave aps a abertura, para secar melhor. Istoapenas aumentar o tempo necessrio para o resfriamento natural;

    f) Alguns containers rgidos e no tecidos secam melhor quando um papel absorvente colocadona base para absorver a umidade. Antes de comprar embalagens, teste o material com ela;

    g) Pode ser necessria a colocao de um absorvente na prateleira da mquina;

    h) Esterilizar txteis e materiais rgidos em cargas diferentes. No sendo prtico, coloque txteisacima, com materiais rgidos abaixo. No o contrrio;

    i) Os materiais e embalagens no devem tocar as paredes da cmara para evitar condensao;

    j) No preencha com carga mais do que 70% do interior da cmara;

    k) Sempre ter em mente ao preparar uma carga a necessidade de remoo do ar, da penetrao dovapor, a sada do vapor e reevaporao da umidade do material.

    2. Estufa

    Existem dois tipos de estufas segundo a distribuio de calor:1) Convexo por Gravidade;2)Convexo Mecnica (mais eciente por distribuio de calor mais uniforme).

    Exemplos de temperatura etempo necessrio de exposio:

    Tempo

    60 minutos120 minutos150 minutos180 minutos

    12 horas

    Temperatura

    171oC160oC149oC141oC121oC

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    Tempos de exposio e temperatura: variam conforme o tipo de material a ser esterilizado. O maiorproblema relacionado o fato de que a penetrao do calor difcil, lenta e distribui-se de formaheterognea.

    Embora durante muito tempo tenha sido utilizado como nica alternativa para ps e leos, estassubstncias, quando validadas, podem ser esterilizadas por vapor.

    Vantagens: a maior vantagem que tem sido preconizada de que material de corte perde maislentamente o fio do que em vapor. No entanto, estes materiais tambm podem ser esterilizados emPlasma de Perxido de H2.

    Problemas em reas especcas: pequenas clnicas de oftalmologia, que utilizam delicados materiaisde corte, tm utilizado esta alternativa pelos problemas descritos anteriormente. Outros mtodos,como o plasma de Perxido de hidrognio, no momento seriam muito onerosos, sem custo-benefcio

    para pequenas clnicas.

    Odontologia: para material clnico (espelhos e similares), sem ranhuras e detalhes pode ser umaopo j que no so densos e haver alta temperatura nas superfcies.

    Formas de uso: conforme indicao do fabricante;

    Manuteno preventiva: convencionada, no mnimo, mensal ou conforme indicao do fabricante.

    Monitorizao:Testes biolgicos: embora no exista um teste ideal o Bacillus Subtillis o mais indicado.

    Invlucros:Caixas de ao inox de paredes finas ou de alumnio;Papel laminado de alumnio;Polmeros resistentes a altas temperaturas.

    Mtodos Fsico-Qumicos (baixa temperatura)

    xido de etileno Plasma de Perxido de Hidrognio cido Peractico lquido Plasma de cido peractico Formaldedo e vapor de Formaldedo

    De forma geral, os mtodos fsico- qumicos so processos que so realizados com baixas tempera-turas. A esterilizao baixa temperatura requerida para materiais termo sensveis e/ou sensveis umidade. O mtodo ideal no existe e todas as tecnologias tm limitaes.

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    1. xido de Etileno

    O xido de Etileno um gs inodoro, sem cor, inflamvel e explosivo. A adio de estabilizantes,Dixido de Cloro ou ou Clorofluorocarbonado reduz o risco de exploso e de fogo.

    No Brasil existe legislao especfica sobre funcionamento de centrais de esterilizao por xido deEtileno. No entanto, as questes relacionadas aos ciclos, tipo de gs e aerao no esto contempla-das, embora constem os limites mximos de resduos aceitveis para os diferentes tipos de materiais.

    Os clorofluorocarbonados so usados como estabilizadores em combinao com o xido de Etileno ea Agncia de Proteo Ambiental Americana, baniu a produo dos clorofluorocarbonados. As alter-nativas menos prejudiciais ao ambiente so:

    1. 8,5% de xido de Etileno e 91% de Dixido de Carbono;

    2. Msitura de xido de Etileno com hidroclorofluorocarbonados;3. 100% de xido de Etileno

    Ao: alquilao proteica, DNA e RNA prevenindo o metabolismo celular normal e a replicaomicrobiana.

    Fatores a serem considerados: concentrao, temperatura, umidade e tempo de exposio.

    Limites operacionais: 450 a 1200mg/ L, 29oC a 65oC, 45% a 80% e 2 a 5 horas respectivamente.Dentro de certas limitaes, o aumento da concentrao do gs pode reduzir o tempo necessrio para

    esterilizar os materiais.

    Indicador biolgico: B. subtillis.

    Vantagens: podem ser esterilizados materiais sem danic-los.

    Desvantagens: alto custo, toxicidade e tempo longo do ciclo.

    Ciclo: 5 estgios, incluindo preparo e umidicao, introduo do gs, exposio, evacuao dogs e injees de ar, que requerem aproximadamente duas horas e meia excluindo o perodo de:

    1. Aerao mecnica: 8 a 12 horas a 50oC a 60oC;2. Aerao ambiental: 7 dias a 20oC;3. Monitorao: no mnimo semanal ou aps manuteno;4. Testes biolgicos, no mnimo semanal, com Bacillus Subtillis, sempre na primeira carga e aotrmino de todas manutenes preventivas e corretivas;5. Indicador qumico: identificao dos pacotes por fitas com indicador qumico.

    2. Plasma de Perxido um processo indicado para esterilizao de superfcies.

    Hidrognio Embalagem: devem ser utilizadas embalagens compatveis com o processo do tipo polipropileno,poliolefina. No deve ser utilizada embalagem de celulose pela alta absoro do perxido por estetipo de material, comprometendo o trmino do ciclo.

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    No recomendado para os seguintes materiais, pois podem car quebradios e terem problemas deabsoro (a esterilizao ecaz, mas o material degrada com o tempo):

    1. Bisphenol e epoxy ou componentes feitos de polisulfonas ou poliuretano;2. Nylon e celulose;

    3. Polymethyl-metacrylato, policarbonato e vinilacetato.

    Contra indicao : celulose, ps e lquidos e materiais de fundo cego.

    Indicao: pode ser utilizado para artigos termossensveis, principalmente, bem como outrosmateriais.

    Cateteres com no mnimo 1 mm de dimetro interno at 2 metros.

    Artigos metlicos e de corte.

    Equipamentos eltricos e de fora (com motor).

    Endoscpios Rgidos.

    Equipamentos Pneumticos.

    Aparelhos endoscpicos: requerem maiores estudos, principalmente pela sua estrutura.

    Matria orgnica: em estudo, citado por KYI e colaboradores sobre a eccia do equipamentocomparado ao xido de Etileno , na presena de sangue de ovelha o gs plasma foi mais sensvel queo xido de etileno. No entanto, em mdia, no houve diferena entre os dois sistemas. No entanto,no apenas pelas regras bsicas de esterilizao, mas pelas caractersticas da aparelhagem, devem serseguidas as recomendaes de uso.

    Recomendaes de uso => por se tratar de um aparelho extremamente sensvel fundamentalseguir os seguintes passos para evitar abortamento do ciclo:

    - Limpeza com remoo completa de resduos orgnicos;- Secagem;

    - Embalagem e selagem adequadas;- Temperatura de funcionamento do equipamento: em torno de 45;- Durao do ciclo de esterilizao: aproximadamente, 70 minutos;- Toxicidade: no requer aerao, pois no deixa resduos txicos. seguro para o ambiente eprofissionais;- Indicadores: qumicos, mecnicos e biolgicos.O fabricante recomenda indicador qumico em todas as embalagens e em todas as esterilizaes.Fitas colantes qumicas em todos os pacotesIndicador biolgico: Bacillus subtillis. Teste no mnimo uma vez por semana e em todas as manu-tenes preventivas e corretivas.

    Nome comercial: STERRAD

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    3. cido Peractico-Lquido

    Apresentao: lquida.

    Modo de uso: por submerso.

    Indicao: para uso em endoscpios, instrumentos de diagnstico e outros materiais submersveis.

    Concentrao: 35%, estabilizada que ser diluda ( a 0,2%) automaticamente em gua estril (mquina ain-

    da no disponvel no pas). Disponvel, tambm, j diludo a 0,2% (STERILIFE) para uso atravs de imerso.

    Tempo de processamento: 12 minutos a 50 a 56C ( em mquina apropriada - ainda no disponvelno Brasil STERIS SYSTEM 20) ou 10 minutos para descontaminao e 20 para esterilizao se o pro-cesso for imerso.

    Alternativa no pas: 0,2% Sterilife (ver desinfetantes neste site) e CIDEX PA (a ser lanado no pas),com tempo de contato aproximado de uma hora.

    4. cido Peractico-Plasma

    Apresentao: so dois os agentes ativos. O primeiro, o cido peractico (5%) com Perxido deHidrognio (22%) e o segundo, o cido Peractico com uma mistura de gs argnio com O2 e H2,do qual ir ser formado o plasma. As fases de plasma so alternadas com as fases de vapor.

    A partir de 35% de cido peractico, ocorre diluio em gua ltrada para 2%.

    Indicao: materiais termosensveis.

    Temperatura: 50C.

    Tempo do ciclo: 4 a 6 horas.

    Aerao: no necessria.

    Limitaes: no processa lquidos, limitado a uso de materiais de ao. Ainda no disponvel no pas.

    Embalagens: preferir polipropileno e poliolenas.

    No disponvel no Brasil.

    5. Formaldedo e Vapor de Formaldedo

    Formaldedo um monoaldedo que existe como um gs solvel em gua. Embora tenha sido usado durante muitos anos, seu uso foi reduzido com o aparecimento do Gluta -raldedo. Suas desvantagens principais estavam relacionadas a menor rapidez de ao e carcinogenici-dade. Embora, tido como carcinognico, isto , foi demonstrado a altas doses de exposio.

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    Ao: ativo apenas na presena de umidade para formao do grupo metanol. Interage com pro-tena, DNA e RNA. No entanto, difcil especificar acuradamente seu modo de ao na inativaobacteriana.

    Espectro: amplo espectro de ao, inclusive contra esporos. Ativo na presena de protenas, mas emtestes realizados a adio de 40% de protena necessitou de concentrao dobrada de formaldedo.

    Exposio mxima no ambiente: 0,1 a 0,5 ppm.

    Biodegradabilidade: 1 a 2 dias.

    Txico.

    5.1 Vapor de Formaldedo

    Gerado em mquina prpria a partir de formaldedo a 2%. mais utilizado na Inglaterra.

    Indicao: materiais termosensveis.

    Embalagens: papel grau cirrgico.

    Indicador biolgico: B. stearothermophillus

    Temperatura: 50 a 60C, conforme o ciclo a temperatura em que oferecido o aparelho atualmenteno pas. No entanto, em outros locais as mquinas funcionam a 73+ ou- 2o.C.

    Tempo do ciclo: 3 horas e meia.

    Exposio do pessoal: como existe uma fase chamada fase lquida, em que o formaldedo extradono h exposio. No entanto, devem ser seguidas as normas de segurana j que tido como umproduto que pertence a categoria de substncias perigosas.

    Indicadores

    Os indicadores que demonstram a eficcia dos mtodos de esterilizao, podem ser mecnicos, qu-micos e biolgicos. So utilizados, mais freqentemente, para mtodos automatizados.

    Indicadores mecnicos: monitores de tempo, temperatura, presso, relatrios impressos compu-tadorizados. Indicadores qumicos: existem diversos tipo de indicadores qumicos que sero descritos abaixode acordo com a ISO 11.140-1: 1995. Indicadores biolgicos: indicam que a esterilizao foi efetiva, atravs da inativao de indicado-res com contagem prvia de esporos viveis conhecida.

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    Controles Qumicos

    Externos: indicam que o vapor entrou em contato com a superfcie exposta. Devem ser colocadas emtodos os pacotes e em todos os processos.

    Interno: indicam que o vapor penetrou o interior da embalagem.

    Controles Biolgicos

    So testes utilizados para monitorizar o processo de esterilizao, consistindo em uma populaopadronizada de microorganismos viveis (usualmente, esporulados), conhecidos como resistentes aomodo de esterilizao a ser monitorizado.

    Podem ser:Tiras de papel - envelopes contendo tiras de papel impregnada com esporos dos bacilos.Autocontido ou completo - ampolas contendo os bacilos e meio cultura lquido.

    Frequncia dos testes biolgicos, as recomendaes diferem de acordo com diferentes instituies(APIC, AAMI, AORN etc), no que se refere frequncia. Pode ser diariamente, na primeira carga dodia, semanalmente ou com frequncia testada e definida pela poltica da instituio.

    consenso sua utilizao na validao e ao trmino de todas as manutenes realizadas , sejam elas

    preventivas ou corretivas.

    aconselhvel o uso sempre que houver na carga prteses ou materiais implantveis.

    Tipos de bacilos utilizados: os mais utilizados so os B. subtillis, para esterilizao a baixa temperaturae B. stearothermophillus ,para esterilizao a vapor.

    Estocagem Final

    O processo de esterilizao s se completa com o correto armazenamento do material, depois deesterilizado.

    Existem parmetros bsicos para a estocagem final dos instrumentos: Local de armazenamento deve ser de acesso restrito; Ambiente deve ser mantido limpo e seco; Temperatura deve ser mantida em torno de 25C; Umidade Relativa do ar deve ser mantida entre 40 a 60%; As embalagens devem ser mantidas ntegras e secas; O material estocado deve sofrer o menor manuseio possvel; Deve-se vericar o prazo de validade da esterilizao.

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    PRINCIPAISCAUSASDEMANCHASECORROSONOSINSTRUMENTAIS

    So via de regra, alteraes aparentes, na superfcie metlica e no se constituem de imediato em umprocesso de corroso.

    Algumas manchas podem ser eliminadas quando no oriundas de ataque qumico resultante de umprocesso de corroso.

    Tipos de manchas comuns:

    Aurolas e manchas coloridas, parecendo as cores do arco-ris e sem contornos denidos.Causas: So aurolas e manchas de gua, provenientes de ons de metais pesados ou devido a altaconcentrao de substncias minerais ou orgnicas presentes na gua.Soluo: So removidas mecanicamente, esfregando-as com escovas ou utilizando-se de limpador deao inoxidvel especfico e adequado.

    Resduos amarelos ou marrom-escuro, presentes nos lugares difceis de serem limpos. No de -vem ser confundidos com oxidao (ferrugem).Causas: Podem ser devido a resduos protticos incrustados, uso repetido de detergente que se agre-ga ao instrumental ou resduos de solues qumicas desinfetantes no renovadas.Soluo: Limpar constantemente as cubas ou cestos de lavagem e descontaminao. Os resduosdesaparecem quando esfregados ou limpos com agentes de limpeza neutros, e se no eliminados,pos determinado tempo, certamente podem produzir corroso e, conseqentemente, deteriorao

    do instrumental.

    Composio amarelada, por todo o instrumental.Causa: Superaquecimento no processo de esterilizao.Soluo: Verificar cuidadosamente o funcionamento do aparato de esterilizao, principalmente noquesito de controle e aferio de temperaturas.

    Manchas cinza-azuladas.Causa: Utilizao a frio de certas substncias degermantes.Soluo: A soluo qumica degermante dever ser descartada, freqentemente, com a anlise rgida

    do tempo recomendado pelo fabricante. Como ltima medida, poder ser substituda por outro sis-tema de esterilizao.

    As causas mais freqentes das manchas so:

    Contato prolongado com solues qumicos, resduos orgnicos e outras secrees. E ainda, longoespao de tempo entre a utilizao do instrumental e o incio do processo de limpeza; Utilizao de detergentes agressivos ao ao inoxidvel; Permanncia prolongada em solues desencrostantes ou esterilizantes; Agregao de produtos de limpeza ou desinfeco; Lavagem manual ou ultra-snica insuciente;

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    GUIA PARA CONSERVAO, LIMPEZA E ESTERILIZAO DE INSTRUMENTAIS CIRRGICOS

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    Presena de metais e minerais contidos na gua; Instrumentais secos ao natural; M qualidade da gua, tanto no processo de limpeza, quanto no processo de esterilizao (vaporda Autoclave);

    Ausncia de ltro ou ltro inadequado na entrada da linha de alimentao do vapor da Autoclave; Temperatura elevada e tempo prolongado de esterilizao; Esterilizao atravs de fervura prolongada. Esterilizao de materiais cromados com materiais inoxidveis numa mesma operao.

    LUBRIFICAO

    Uma das maneiras mais fceis e eficazes de manter instrumentais em condies excelentes de uso realizar sua lubrificao aps cada limpeza. Uma lubrificao apropriada mantm os instrumentaiscirrgicos maleveis durante o uso, alm da preveno contra a oxidao.

    Lubrifique as partes mveis, junes e as dobradias das pinas, porta-agulhas e tesouras, pinas ar-ticuladas, afastadores articulados, micro tesouras e micro porta agulhas, bem como todas as junesdos demais instrumentais, com um lubrificante no oleoso, no pegajoso, no corrosivo e sem silicone,deixando uma pelcula sobre a articulao e juntas do instrumental.

    A lubrificao dos instrumentais deve ser realizada regularmente, no somente aps cada limpeza,principalmente, quando o instrumental no muito utilizado.

    PRECAUES, RESTRIESEADVERTNCIAS

    necessrio, que as instrues de limpeza sejam corretamente seguidas. Somente gua no sufi-ciente.

    recomendado, quando do recebimento inicial de qualquer instrumental, sempre que o mesmo es-

    tiver fora de uso (a cada 15 dias), ou ainda, conforme procedimentos da Comisso de Controle deInfeco Hospitalar CCIH, realizar um procedimento de limpeza e esterilizao.

    Ateno: No recomendado o uso de banho do instrumental no lubrificante, pois orecipiente da soluo do lubrificante pode conter determinadas bactrias. Um pulverizador de

    lubrificante o mais recomendado, pois so mais seguros, custam menos, alm de garantirque no haver contaminao do instrumental.

    Ateno: Este item do Guia para Conservao, Limpeza e Esterilizaode Instrumentais Cirrgicos contm informaes extremamente impor-

    tantes para garantir a integridade dos instrumentos.O no cumprimento destas instrues pode resultar em danos graves

    para os instrumentais e paciente. Leia com ATENO!

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    MANUTENO

    Para todo tipo de manuteno, dentro ou fora da garantia, procure sempre uma Assistncia Tcnicaautorizada Maom. No deixe que terceiros sem qualificao tcnica adequada, venham a danificar ou

    mudar as caractersticas originais do seu equipamento.No recomendamos a soldagem em instrumentais danificados por quebra, devido s alteraes fsicasna rea aquecida, o que compromete a tmpera e causa futuras quebras.

    Para possveis peas de reposio entrar em contato com a Macom Instrumental Cirrgico.

    Os materiais empregados na concepo de peas, acessrios e itens de consumo e desgaste, visamgarantir a perfeita operao do instrumental de acordo com suas caractersticas originais.

    A funo e a segurana dos instrumentais fabricados pela Macom Instrumental Cirrgico somenteso garantidas, se os servios de verificao, manuteno e reparos forem realizados pela AssistnciaTcnica da Macom.

    A Macom no assume a responsabilidade por danos que, eventualmente, ocorram no equipamento, e com

    conseqncias ao paciente, em funo de manutenes imprprias, no efetuadas pela nossa Assistncia

    Tcnica, ou quando foram utilizadas numa troca peas sobressalentes / acessrios no originais de fbrica.

    Utilize sempre as peas originais Macom.

    Mande um e-mail para [email protected] (Centro de informaes MACOM), es-crevendo seu problema e sua regio, que indicaremos a empresa mais prxima de sua instituio.

    BIBLIOGRAFIA

    NBR 14174 - AGO 1998 - ABNTInstrumentais cirrgico e odontolgico de ao inoxidvel - Orientaes sobre cuidados, manuseio eestocagem.

    NBR 14332 - JUN 1999Instrumentais cirrgico e odontolgico de ao inoxidvel - Orientaes sobre manuseio, limpeza eesterilizao.

    NBR 13852 - MAI 1997Instrumentais cirrgico e odontolgico - Requisitos gerais para marcao, embalagem e rotulagem

    NBR 14175 - AGO 1998Instrumentais cirrgico e odontolgico de ao inoxidvel - Requisitos gerais

    NBR 13916 - JUL 1997Instrumentais cirrgico e odontolgico de ao inoxidvel - Acabamento e tratamento superficial

    Fundamentos Tericos, Organizacionais e EstruturaisGerenciamento da Central de Material e Esterilizao para EnfermeirosMaria Lcia Pimentel de Assis MouraSENAC-SP, So Paulo, 1996

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