Manual sobre métodos de estudo florístico e …...Manual sobre métodos de estudo florístico e...

37

Transcript of Manual sobre métodos de estudo florístico e …...Manual sobre métodos de estudo florístico e...

Page 1: Manual sobre métodos de estudo florístico e …...Manual sobre métodos de estudo florístico e fitossociológico: ecossistema caatinga Maria Jesus Nogueira Rodal Everardo V. de
Page 2: Manual sobre métodos de estudo florístico e …...Manual sobre métodos de estudo florístico e fitossociológico: ecossistema caatinga Maria Jesus Nogueira Rodal Everardo V. de

Manualsobremétodosdeestudoflorísticoefitossociológico:

ecossistemacaatinga

MariaJesusNogueiraRodal

EverardoV.deSáBarretoSampaio

MariaAngélicaFigueiredo

Organizadores

RodalMJN.,SampaioEVSB.,FigueiredoMA.(Orgs).Manualsobremétodosdeestudoflorísticoefitossociológico:ecossistemacaatinga.Brasília:SociedadeBotânicadoBrasil-SBB.2013.

Page 3: Manual sobre métodos de estudo florístico e …...Manual sobre métodos de estudo florístico e fitossociológico: ecossistema caatinga Maria Jesus Nogueira Rodal Everardo V. de

SociedadeBotânicadoBrasil-SBB

Diretoria(2010-2013)

Presidente:CarlosWallacedoNascimentoMoura1ªVice-Presidente:AnaMariaGiuliettiHarley2ºVice-Presidente:FranciscodeAssisRibeirodosSantos1ªSecretária:CláudiaElenaCarneiro1ªTesoureira:TâniaReginadosSantosSilva2ªTesoureira:DanielaSantosCarneiroTorresSecretária-Geral:VeraTeresinhaRauberCoradinSuplentedaSecretária-Geral:GlocimarPereiradaSilva

ConselhoSuperiordaSBB

Presidente:DeniseMariaTrombertdeOliveiraVice-Presidente:KátiaCavalcantiPôrto

MembrosTitulares:MariadeLourdesdaCostaJorgeErnestodeAraújoMariathGeraldoAlvesDamascenoJr.

MembrosSuplentes:AntonioCarlosWebberGardeneMariadeSouzaLuizAntôniodeSouzaPauloTakeoSanoArnildoPott

DireitosreservadosàSociedadeBotânicadoBrasil-SCLN307-BlocoB-Sala218-Ed.ConstrolCenterAsaNorte70746-520-Brasília-DFwww.botanica.org.br

Page 4: Manual sobre métodos de estudo florístico e …...Manual sobre métodos de estudo florístico e fitossociológico: ecossistema caatinga Maria Jesus Nogueira Rodal Everardo V. de

MariaJesusNogueiraRodalEverardoV.deSáBarretoSampaio

MariaAngélicaFigueiredo†Organizadores

MANUALSOBREMÉTODOSDEESTUDOFLORÍSTICOEFITOSSOCIOLÓGICO

-ECOSSISTEMACAATINGA-

BrasiliaSociedadeBotanicadoBrasil-SBB

2013

Fichacatalográfica:BibliotecaCentralJulietaCarteado-UEFS

M251

Manualsobremétodosdeestudosflorísticoefitossiciológico[arquivolegivelpormáquina]:ecossistemacaatinga/MariaJesusNogueiraRodal,EverardoV.deSáBarretoSampaio,MariaAngélicaFigueiredoorganizadores.-Brasília:SB,2013.

1arquivodetexto

481Kb;ePUB

Page 5: Manual sobre métodos de estudo florístico e …...Manual sobre métodos de estudo florístico e fitossociológico: ecossistema caatinga Maria Jesus Nogueira Rodal Everardo V. de

ISBN:978-85-60428-03-8

Retiradodosite:HTP://ww.botanica.org.br/ebook

1.Caatinga-Floristica.2.Caatinga-Estudofitossiciológico.I.Rodal,MariaJesusNogueira,org.II.Sampaio,EverardoV.deSáBarreto,org.III.Figueiredo,MariaAngélica,org.

CDU581.9

eBookpublicadoporGN1SistemasePublicaçõesLtda

Page 6: Manual sobre métodos de estudo florístico e …...Manual sobre métodos de estudo florístico e fitossociológico: ecossistema caatinga Maria Jesus Nogueira Rodal Everardo V. de

Apresentação

Em1986oConselhoNacionaldeDesenvolvimentoCientíficoeTecnológico-CNPqfezumaavaliaçãodaBotânicanoBrasil,tendonaoportunidadecontactado57instituiçõesdeensinoepesquisadopaís.Osresultadosobtidosmostraramquenãobastavaapenasalimentarosnúcleoscapacitadoseapoiarosemergentes.HaviaanecessidadedeumProgramaIntegrado,multidisciplinar,emáreasprioritáriasdepesquisa,paranãodispersaresforçoserecursos.

Sobesteprisma,oCNPqimplantou,em1987,asLinhasdeAçãoemBotânica,comoobjetivo,entreoutros,depromoveraformaçãoderecursoshumanos,bemcomoolevantamentoemáreasdetectadascomoprioritárias,cujavegetaçãoencontrava-seseriamenteameaçadahavendoanecessidadedeestudosbotânicosbásicos,comvistasaoseuaproveitamentoracional,propiciandoomelhoramentosócio-econômicodasváriasregiõesameaçadas.

Paraalcançarumprogramaefetivoeprático,semferirconceitoscientíficosjulgadosdeimportância,considerou-sefundamentalodesenvolvimentodelinhasdeaçãoadequadasàsnecessidadesdopaís,bemcomo,àscaracterísticasregionaisaoníveldapesquisaedaformaçãoderecursoshumanos.

Comoprimeiroescopodeatividade,foramindicadososseguintesecossistemasprioritários:MataAtlântica,Restinga,MangueePantanal,comoáreassujeitasaimpactosambientaisdrásticos.Paracadaecossitemafoidefinidaumametodologiapadrãodetrabalho,detalmaneiraqueosdadosobtidosnosestudosflorísticosefitossociológicosreceberamummesmotratamento,dentrodosváriosprojetosinduzidose,conseqüentemente,dentrodeummesmoecossistemaépossivelconfrontarosresultadosalcançados,nasdiferentesregiõesdopaís.

Apartirdejaneirode1990foraminiciadososprimeiroscontatosvisandoaintegraçãodoecossistemaCaatingaàslinhasdeAçãoemBotânicadoCNPq.AexperiênciajáadquiridanaCoordenaçãoAdministrativaeCiêntíficadaslinhasdeAçãopropiciouagilizarummaiorentrosamentoentreospesquisadoresdaregiãonordestenosentidodepromoverexcursõesintegradasporcientistasdediferentesinstituições,comoobjetivodedefiniráreas-pilotoparaestudos

Page 7: Manual sobre métodos de estudo florístico e …...Manual sobre métodos de estudo florístico e fitossociológico: ecossistema caatinga Maria Jesus Nogueira Rodal Everardo V. de

botânicos,bemcomorealizarcursosteórico-práticos,quepermitiramestabelecerametodologiapadrãoparaestudosflorísticosefitossociológicosparaoecossistemaCaatinga.

Ametodologiadescritadetalhadamentenapresenteobra,foiaplicadanosprojetos"Distribuição,reproduçãoeestabelecimentodeplantasdeCaatingaemPernambuco"e"Caatinga-NordesteSetentrional",desenvolvidosdentrodaslinhasdeAçãoemBotânica-EcossistemaCaatingaeseuusoestásendorecomendadovisandoumapadronizaçãonaobtençãoetratamentodosdados,afimdequeseposssacompararacomposiçãoflorísticaeaestruturadasnossasCaatingas.

ApublicaçãodesteManualfoipossível,graçasasarticulaçõesrealizadasentreaSociedadeBotânicadoBrasil,oCNPqeaFinanciadoradeEstudoseProjetosFINEP.

ELIANANOGUEIRA THEREZINHAS.MELHEMCoordenadoraGeral CoordenadoraCientíficaLinhasdeAçãoemBotânica/CNPq

LinhasdeAçãoemBotânica/CNPq

PresidentedaSociedadeBotânica

AssessoradaPresidênciada

doBrasil SociedadeBotânicadoBrasil

LINHASDEAÇÃOEMBOTÂNICA-CNPq:ECOSSISTEMACAATINGA

CoordenadordoEcossistema:EverardoV.S.B.Sampaio-UFPE

Projetos:Foramapoiadosdoisprojetos,de1990a1992.

1)Distribuição,reproduçãoeestabelecimentodeplantasdeCaatingaemPernambuco.

Coordenadora:MariaJesusNogueiraRodal-UFRPE

Page 8: Manual sobre métodos de estudo florístico e …...Manual sobre métodos de estudo florístico e fitossociológico: ecossistema caatinga Maria Jesus Nogueira Rodal Everardo V. de

Participantes: DilosaC.A.Barbosa-UFPE EverardoV.S.B.Sampaio-UFPE IsabelC.S.Machado-UFPE MargarethF.Sales-UFRPE MariaJesusN.Rodal-UFRPE RitaC.Pereira-IPA/PE ElbaN.Ferraz-TesedeMestrado FranciscoGuedes-TesedeMestrado AguinaldoF.deLira-Bolsista EdileneBarbosadeSouza-Bolsista LuizM.Barros-Bolsista RogériaM.doNascimento-Bolsista

2)Caatinga-NordesteSetentrional

Coordenadora:MariaAngélicaFigueiredo-UFC

Participantes: AfrânioG.Fernandes-UFC EdsonP.Nunes-UFC FranciscaSoaresAraujo-UFC MariaAngélicaFigueiredo-UFC MariadaGraçasMedinaArraes-UFPI OdaciFernandesdeOliveira-ESAM/RN VeraNepomuceno-UFC FranciscaCiraB.Pinto-Bolsista

Page 9: Manual sobre métodos de estudo florístico e …...Manual sobre métodos de estudo florístico e fitossociológico: ecossistema caatinga Maria Jesus Nogueira Rodal Everardo V. de

1-Introdução

OnordestedoBrasiltemamaiorpartedeseuterritóriorevestidoporumavegetacãoxerófila,defisionomiaeflorísticavariadas,quetemmantido,desdeotempodoperíodocolonialaantigadenominaçãoindígenade"caatinga".EstavegetacãonãoabrangeoMaranhão,masextravasaaregiãonordeste,penetrandoaonortedoterritóriodeMinasGerais.Cobrenototalumaáreadecercade800.000km2.Avegetaçãoécaracterizada,primordialmente,pelacompletacaducifoliadamaiorpartedeseuscomponentesetemcomotraçocomumadeficiênciahídricaduranteamaiorpartedoano.

Adeficiênciahídricaongma-sedabaixapluviosidade,daelevadaevapotranspiracãopotencial,damádistribuicãodaschuvasaolongodoanoedabaixacapacidadederetencãodeáguadossolos,emgeralrasosepedregosos.Aevapotranspiracão,emgeral,ultrapassaos2.000mmanuaiseaáreadecaatingaestá,agrossomodo,limitadapelaisoietade1.000mm/anomasasmédiasanuaissereduzematévaloresemtornode300mm/ano.Aschuvassãoirregularesnotempoenoespaco,normalmenteconcentradasemtrêsaquatromesesdoano,ecomgrandevariacãoentreanos.Períodosdeextremadeficiência,denominadosdeseca,têmocorridocomfrequênciairregularacada10a20anos.

Associadasàvariaçãodadeficiênciahídrica,encontram-sevariaçõesdeoutrosfatores,comoaprofundidadedosolo,asdescontinuidadeslitológicasnosperfis,asalinidade,orelevoeaconstituiçãomineralógicadasformaçõessuperficiais.Elassãoresponsáveispeladiversificaçãonacomposiçãoenafisionomiadavegetação,retratadaprincipalmentenaestratificaçãohorizontaleverticaldascomunidades.Devidoaestavariabi-lidade,otermocaatingavemsendousado,pormuitos,noplural.

Osfatoresestruturais,definidosemgrandesescalas,condicionamamacrocompartimentacãodorelevoaoníveldoembasamentocristalinoebaciassedimentares.Taisdiferençaslitológicasmodificamsobremaneiraascomunidadesvegetais,emespecialsobreaschapadaseplanaltos,comonabaciageológicadomeio-norte.Osníveissuperioresdorelevo,quersedimentaresoucristalinos,emgeralcomdeficiênciahídricamenosacentuada,merecemespecialconsideraçãoporquepodemabrigarrelictosflorísticosquepoderãocontribuir

Page 10: Manual sobre métodos de estudo florístico e …...Manual sobre métodos de estudo florístico e fitossociológico: ecossistema caatinga Maria Jesus Nogueira Rodal Everardo V. de

paraacompreensãodapaleofitocenose.

Diversosautorestemtratadodamultiplicidadedascaatingas,reconhecidanavariedadedetermoslocaisaelaaplicados:agreste,sertão,cariri,seridóecarrasco,entreoutros(ANDRADE-LIMA,1960,1981;VELOSO,1966;HUECK,1972;ROMARIZ,1974;LUETZELBURG,1982;FERNANDES&BEZERRA,1990).Estetratamentorefina-seàmedidaqueabasedeinformaçõesaumentaeseapóiaemtrabalhosdecampomaissistemáticosenacoletadedadosquantitativosdafloraedaorganização.DesdeGOMES(1979),tem-setentadoencontrarparâmetrosresponsáveispelasvariadasfisionomiasdecaatinga,emáreasrestritas,relacionando-osàscaracterísticasambientais.GOMES(1979)encontrounosCaririsVelhos,PB,correlaçãonegativaentredensidadedasplantasepositivadealturacomaprecipitação,ofatormaisimportantenadeterminaçãodogradientevegetacional.RevisõessobreestestrabalhosquantitativostemsidofeitasrecentementeporARAÚJO(1990)eRODAL(1992).

Nãoexisteumalistaflorísticacompletaparaasespéciesarbustivasearbóreasdacaatinga.Ostrabalhosregionais,emgeral,incluemapenasalgumasdezenasdeespécies.Amesmaordemdegrandezatemsidoencontradanoslevantamentoscompletosemáreasrestritas.Em38trabalhosqualitativosequantitativossobreafloraevegetaçãodecaatingaforamregistradas339espéciesdeplantaslenhosas.Possivelmente,onúmerodeespéciesdeplantasherbáceaséaindamaiorporqueeletemsuperadoodelenhosasemtrabalhoslocalizados(SILVA,1985;SANTOS,1987).Dostrabalhosrevisados,observa-sequeasprincipaisfamílias,emriquezadegêneroseespécieseemabundânciadeplantassãoLeguminosaeesubfamíliasCaesalpinoideae,Mimosoideae,Faboideae,EuphorbiaceaeeCactaceae,com45,43,30,32e14espécies,respectivamente.OsgêneroscommaiornúmerodeespéciesforamCassia,MimosaePithecellobium(14,10e9espécies).Acatingueira(CaesalpiniapyramidalisTul.),asjuremas(Mimosaspp.)eosmarmeleiros(Crotonspp.)sãoasplantasmaisabundantesnamaioriadostrabalhosemáreadecaatinga.Ascactáceasebromeliáceascontribuemparaafeiçãocaracterísticadeváriasáreasdecaatingaeocorrememnúmeromuitomenoràmedidaqueseaproximadeoutrostiposvegetacionais.

Page 11: Manual sobre métodos de estudo florístico e …...Manual sobre métodos de estudo florístico e fitossociológico: ecossistema caatinga Maria Jesus Nogueira Rodal Everardo V. de

2-Atributosdacomunidade

Numaabordagemformalnoestudodavegetaçãosãolheatribuídascertaspropriedades,osatributos:composiçãoflorística;fisionomia;funcionamento;dinâmica;edistribuição(F.R.MARTINS,com.pess.).Paraumacaracterizaçãomaiscircunstanciadadossistemasecológicosnosemi-árido,RODAL(1984)consideroudefundamentalimportância,noaspectobotânicoeecológico,odirecionamentodepesquisasvoltadasparaaflorísticaeorganizaçãodascomunidadades.Destemodo,trataremosnestemanualapenasdosatributosdecomposiçãoflorísticaedaorganizaçãocomunitária.

Acomposiçãoflorísticaimplicanaproduçãodeumalistaflorísticacompletacomonomedasespéciespresentesnaáreadeestudosematribuir-lhesqualquerdiferençaecológica.Todasasespéciestemomesmopesoeopesquisadorestáinteressadonosgrupospresentes,istoé,sealgumtáxonocorrecomgrandequantidadedetáxonsinferiores(muitasespéciesdeummesmogênerooufamília)ouseunwtáxonmuitocomumemoutrascomunidadesestáausentenaáreaestudada.Acorretaidentificaçãodomaterialbotânicoeamanutençãodematerialtestemunhosãofundamentaisparaoestudodosdemaisatributosdacomunidade(F.R.MARTINS,com.pess.).

Comrelaçãoàorganizaçãodacomunidade,ROLLET(1978)admitiuqueestapodeserabordadadeduasformasdistintas:a)semconsideraraspopulacões,analisandooconjuntodetodososindivíduos,independentementedasespéciesaquepertencam,onívelarquiteturaleb)levandoemcontacadaumadaspopulaçõesquecompÍemacomunidade,onívelestrutural.

Considerandoainda,anecessidadedepadronizaçãodosdiferentestiposfisionômicosdacaatinga,sugere-seoempregodaclassificaçãopropostaporANDRADE-LIMA(1966),quedividiuavegetaçãobrasileiraemdoistipos:florestalenãoflorestal,reconhecendonesteúltimocaso,vegetaçãoherbáceo-Ienhosaepuramenteherbácea.Aqueleautorobservouqueascaatingasseenquadramnosseguintestipos:FlorestaEstacionaiCaducifóliaDicótilo-Palmácea(mataciliardecarnaúba);FlorestaEstacionaiCaducifóliaEspinhosa(caatingaarbórea)eSeridó.Destacouaindaaexistência,dentrodascaatingas,nãoapenasdasflorestasedoSeridó,comotambémáreasnaturaisdesavanase

Page 12: Manual sobre métodos de estudo florístico e …...Manual sobre métodos de estudo florístico e fitossociológico: ecossistema caatinga Maria Jesus Nogueira Rodal Everardo V. de

campos,alémdeformaçõesarbustivo-arbóreasouarbustivas,oradensas,oraesparsas.

Page 13: Manual sobre métodos de estudo florístico e …...Manual sobre métodos de estudo florístico e fitossociológico: ecossistema caatinga Maria Jesus Nogueira Rodal Everardo V. de

3-Etapasdeestudo

Aabordagemformaldoestudodosatributosdacomunidadecompreendebasicamentetrêsetapas,acoleta,oprocessamentoeainterpretaçãodosdados.Essasetapasestãoestreitamenterelacionadasesãofunçãodosobjetivosqueopesquisadordesejaalcançar.

3.1-Coletadedados

3.1.1-Seleção,análiseeinterpretaçãodedocumentoscartográficosdosetoraserestudado

Aseleçãodosdocumentoscartográficosqueindiquemavariaçãoespacialdosfatoresfísicos,comomapasdaSUDENE-DRN/CT,mosaicossemi-controladosderadar,fotografiasaéreas,imagensdesatélite,mapaspedológicos,geológicosecartasclimáticas,permitecompartimentarambientescomdiferentescondiçõesecológicasdeumdeterminadosetor(município,microrregJaohomogênea,microbacia,quadrículasdedimensõesvariáveis).Apósidentificar,emlaboratório,oscompartimentoscomdiferentescondiçõesecológicas,aquelesdevemserverificadosemcampo.

3.1.2-Definiçãoda(s)área(s)deestudodentrodosetor

Devemserconsiderados,naescolhada(s)área(s)deestudoaser(em)analisada(s)dentrodosetor,osseguintescritérios:a)representatividade-tiposfisionômicosdecaatingacommaiorextensãonoestado;b)áreasprioritárias-reservas,parques,eestaçõesecológicasouáreasdepreservaçãoambiental,comoobservaMARTlNS(1991).

A(s)área(s)deestudodeve(m)sercaracterizada(s)emtermosde:a)clima;b)geomorfologia;c)geologia;d)pedologia.

3.1.3-Escolhado(s)trecho(s)aser(em)analisado(s)dentroda(s)área(s)

Definidaa(s)área(s)deestudo,delimita(m)-sedentrodecadaumadela(s)

Page 14: Manual sobre métodos de estudo florístico e …...Manual sobre métodos de estudo florístico e fitossociológico: ecossistema caatinga Maria Jesus Nogueira Rodal Everardo V. de

trecho(s)homogêneo(s),emtermosfisionômicosedecondiçõesambientais,comocuidadodetrabalharemlocaiscomvegetaçãomenosalterada.Oregistrohistóricodavegetação,obtidoatravésdeinformaçõesdoshabitantes,apresençaounãodeumgrandenúmerodeindivíduoscomdiâmetrosealturassemelhantes,caulescortadospróximosaoníveldosoloeumagrandequantidadederebrotaspodemfornecerinformaçõessobreaaçãoantrópica.

3.1.4-Tipoedimensãodaunidadedeamostragem

Paraolevantamentofitossociológicofoiadotadoométododasparcelasmúltiplas,comdimensÍesde10x20m.Asunidadesdeamostragemdevemserinstaladasdemodosemi-permanenteedistribuídassistematicamente,interespaçadasde50mealocadascomoauxíliodeumabússolaeumatrenadefibradevidro.Cadaparceladeveserdelimitadaporquatroestacascomumbarbante,sendoaconselhávelasubdivisãodaparcelaemsubparcelas.

3.1.5-Definiçãodaunidadeamostral

Comounidadeamostraiconsiderar-se-ãoosindivíduosvivosemortos,aindaempé,excluindooscipósebromeliáceas,queseindividualizemaoníveldosoloequeatendamaocritériodeinclusão,alturatotalmaiorouiguala1mediâmetrodocauleaoníveldosolomaiorouiguala3cm.Osindivíduosqueapresentarempartedocauledentrodaparcelaeaquelesquetocarem,porfora,linhasdolimitedaparceladevemseramostradosapenasemdoisladosdaparcela,sendodesprezadosnosoutrosdoislados.Emcadaparceladevemsermedidasaalturatotaledocaule(porçãocompreendidaentreosoloeasprimeirasramificações),diâmetrodocauleaoníveldosolodosindivíduosqueatendamaocritérioeseindividualizemaoníveldosolo.Emindivíduosperfilhadoshádoiscasosaconsiderar:a)todososperfilhosnascemdeumabasecomum;b)nãoseindividualizaumabasecomum.Noprimeirocaso,mede-seabase(seestativeros3cmdediâmetroeseaalturadoindivíduoformaiorouiguala1m).Nosegundo,mede-secadaperfilhoqueobedeceraoscritériosdeinclusãoecadaumreceberáumtratamentocomosefosseumindivíduo.

3.1.6-Marcaçãodosindivíduos

Osindivíduosamostradosdevemseretiquetadosenumeradosemordemcrescente.Asetiquetaspodemserdealumínioouplástico,tomando-seprecauçõescontramaioresdanosàplanta.

Page 15: Manual sobre métodos de estudo florístico e …...Manual sobre métodos de estudo florístico e fitossociológico: ecossistema caatinga Maria Jesus Nogueira Rodal Everardo V. de

3.1.7-Coletadosdadosdediâmetroealtura

Asmediçõesdodiâmetrodocaule(D)aoníveldosolopodemserrealizadasmedindo-seoperímetro(P)edepoistransformando-oemdiâmetro(D=P/¶),oumedindo-seocaulecomauxíÍiodeumasutadendrométrica.Oanexo1mostraquatrotiposprincipaisderamificaçõesdocauleecomoestedevesermedido.

Paramediraalturadoindivíduorecomenda-seousodeumtelêmetro.Quandonãoforpossívelpodem-seutilizarcanosdealumínioencaixáveisacada1m,epintadoacada50cm.Asalturassuperioressãoentãotomadasporestimativa.Oanexo2mostraoexemplodeumafichadecampo.

3.1.8-Coletadematerialbotânico

Olevantamentoflorístico,especialmentedasespeclesqueatendamaocritériodeinclusão,deveserrealizadopercorrendotoda(s)a(s)área(s),noperíodomínimodeumano.Comauxíliodetesourasdepodamanuaisedepodaaltacoleta-sematerialreprodutivo,emquantidadesuficienteparaamontagemde10coleções,quedeverãoserintercambiadascomherbáriosdonordesteligadosàLinhadeAçãodoCNPq-EcossistemaCaatingaeoutrasinstituições.Asinformaçõesdosindivíduosdevemseranotadasemfichaseoucademetasdecampo.Oidealéqueolevantamentoflorísticosejaefetuadoantesdainstalaçãodasparcelas.

3.2-Interpretaçãodosdados

3.2.1-ComposiçãoflorÍstica

Apartirdoconhecimentodacomposiçãoflorísticada(s)área(s)deestudo,queimplicanaelaboraçãodelista(s)florístitica(s),épossívelconhecersua"estrutura"taxonônúcapermitindoassimcaracterizá-laecompará-la.Combasenalistadeespéciescoletadasqueatendamaocritériodeinclusãopode-serealizar:a)análisedesimilaridadeflorística(presença/ausência)comoutroslevantamentosdecaatingaquetenhamutilizadoomesmométodo;b)análisedonúmerodeespéciesporgêneroefamília,achamadadiversidadehierárquica(PIELOU,1975).

AsimilaridadeentreduasáreaspodesercalculadaapartirdoíndicedeSorensen(IS),oqualconsideraonúmerodeespéciescomunsemrelaçãoaototalde

Page 16: Manual sobre métodos de estudo florístico e …...Manual sobre métodos de estudo florístico e fitossociológico: ecossistema caatinga Maria Jesus Nogueira Rodal Everardo V. de

espécies,atravésdaseguintefórmula:IS=2a/2a+b+c,ondeacorrespondeaonúmerodeespéciesemcomum,becaonúmerodeespéciesexclusivasdecadaumadasduascomunidadesaseremcomparadas(MUELLER-DUMBOIS&ELLENBERG,1974).

3.2.2-Suficiênciadeamostragemflorística

AsuficiênciadeamostragemflorÍsticadeveseranalisadacombasenacurvadocoletoredacurvadamédiacorrentedeespécies(MUELLER-DUMBOIS&ELLENBERG,1974ePIELOU,1975)ecombasenasespéciesamostráveiseobserváveis(CASTRO,1987).

Acurvadocoletor(PIELOU,1975)mostraosurgimentodascategoriastaxonômicasinéditasnodecorrerdolevantamento.MARTINS(1991)recomendouquenaconstruçãodessacurvaarelaçãoentreasescalassejade1:1equenointervalodoeixoY,asespéciessejamplotadasde10em10.

Acurvadamédiacorrentedeespéciesétraçadacombasenonúmeromédioacumuladodeespéciesporárea(MUELLER-DUMBOIS&ELLENBERG,1974).Apartirdaúltimamédiaacumuladadelimita-seumafaixadevariaçãode5%(2,5%traçadosacimaeabaixodaúltimamédia).Recomenda-sequeessafaixacontenha10%dasunidadesamostrais.

Essascurvaspermitemestimarasuficiênciadaamostra,indicandoopercentualdeespéciesdolevantamentoregistradonaárea(m2)ondeocorreuaestabilizaçãodonúmerodeespéciesporárea(anexos3e4).CASTRO(1987)consideroucomosatisfatóriaumaáreaquecontenhaentre85e90%dasespéciesencontradas.

3.2.3-Organizaçãodacomunidade

3.2.3.1-Nívelarquitetural

Paracaracterizaraarquiteturadecadafitocenoseanalisam-se:a)adistribuiçãodetodososindivíduosnoespaçovertical,atravésdehistogramasaintervalofixode1mfechadoàesquerdaeabertoàdireita;b)adistribuiçãodiamétricadetodososindivíduos,atravéssdehistogramasaintervalofixode3cmfechadoàesquerdaeabertoàdireita;c)osvaloresdedensidadetotal(DT,ind.lha);d)dominânciatotal(DoT,m2lha),obtidosatravésdasseguintesfórmulas(CASTRO,1987):

Page 17: Manual sobre métodos de estudo florístico e …...Manual sobre métodos de estudo florístico e fitossociológico: ecossistema caatinga Maria Jesus Nogueira Rodal Everardo V. de

DT=N.U/AG=p2/4¶ou0,785.D2

onde:

N-númerototaldeindivíduosamostrados

U-área(1O.000m2)

A-áreaamostrada(m2)

P-perímetro(em)

D-diâmetro(em)

G-áreabasalindividual(m2)

3.2.3.2-Nívelestrutural

3.2.3.2.1-Estruturadeabundância

Paraostáxonsamostrados(espéciesefanúlias)calculam-seosseguintesparâmetrosfitossociológicos:densidade;frequência,dominância;índicesdevalordeimportânciaecobertura.

Adensidadeabsolutadotáxon(DAt,ind./ha)estimaonúmerodeindivíduosporunidadedeáreaeadensidaderelativadotáxon(DRt,%)representaaporcentagemdonúmerodeindivíduosdeumdeterminadotáxoncomrelaçãoaototaldeindivíduosamostrados.Asfórmulasempregadassão(CASTRO,1987):

DAt=nt.U/ADRt=lOO.nt/N

onde:

Page 18: Manual sobre métodos de estudo florístico e …...Manual sobre métodos de estudo florístico e fitossociológico: ecossistema caatinga Maria Jesus Nogueira Rodal Everardo V. de

nt-númerodeindivíduosdotáxonanalisado

U-área(l0.000rn2)

A-áreaamostrada(rn2)

N-númerototaldeindivíduos

Afrequênciaabsolutadotáxon(FAt,%)mostraopercentualdeunidadesdeamostragememqueocorreumdeterminadotáxonemrelaçãoaototaldeunidadesdeamostragem.Afrequênciarelativadotáxon(FRt,%)éaporcentagemdaFAtemrelaçãoàfrequênciatotal(IT,%),querepresentaosomatóriodetodasasFAt.Asfórmulasempregadassão(CASTRO,1987):

FAt=l00.nAt./NAT

FRt=100.FAt/FT

onde:

nAt-númerodeunidadesamostraiscomocorrênciadotáxont

NAT-númerototaldeunidadesamostrais

s-númerodetáxons

Adominânciaforneceumaidéiadograudeutilização,porpartedapopulação,dosrecursosdoambiente.Podeserestimadaatravésdovolume,áreadacopaouáreabasal.Nestecaso,optou-seporfacilidadedeobtenção,pelaáreabasa!.Adominânciaabsolutadotáxon(DoAt,m2/ha)estimaaáreabasalporhectare,adominânciarelativadotáxon(DoRt,%)representaaporcentagemdeDoAtcomrelaçãoaDoT.Asfórmulasempregadassão(CASTRO,1987):

DoAt=Gt.U/A

Page 19: Manual sobre métodos de estudo florístico e …...Manual sobre métodos de estudo florístico e fitossociológico: ecossistema caatinga Maria Jesus Nogueira Rodal Everardo V. de

DoRt=100.DoAt/DoT

onde:

Gt-áreabasaltotaldotáxont(m2)

nt-númerodeindivíduosdotáxont

U-área(10.000m2)

A-áreaamostrada(m2)

DoT-Σ:dasdominânciasabsolutasdotáxon

Ocálculodaáreabasaldoindivíduoqueapresenterebrotosdeveserrealizadosomando-seaáreabasaldecadaumdeles,ousomandoosquadradosdosperâmetros(oudiâmetros)edepoiscalculandoaáreabasal.

Osíndicesdevalordeimportânciaecoberturadotáxon(IVIteIVCt)permitemestabeleceraestruturadostáxonsnacomunidade,separardiferentestiposdeumamesmaformação,assimcomorelacionaradistribuiçãodasespéciesemfunçãodosfatoresabióticos(CASTRO,1987).

IVIt=DRt+FRt+DoRtIVCt=DRt+DoRt

3.2.3.2.2-Estnaturadetamanho

Nacaracterizaçãodaestruturadetamanhodaspopulaçõesdeve-secalcular:a)aalturaediâmetromáximos,médiosellÚnimos;b)adistribuiçãodonúmerodeindivíduosemclassesdealturaediâmetrocomintervalofechadoàesquerdaeabertoàdireitade1me3cm,respectivamente.Paraasdepopulaçõescommaisde100indivíduospodemserelaboradoshistogramasdealturaediâmetroquetemporobjetivoanalisaraspectossobrearegeneraçãoeestabelecimentodaspopulações.

3.2.3.3-Diversidade

Page 20: Manual sobre métodos de estudo florístico e …...Manual sobre métodos de estudo florístico e fitossociológico: ecossistema caatinga Maria Jesus Nogueira Rodal Everardo V. de

Adiversidadedeumacomunidadeestárelacionadacomariqueza,istoé,onúmerodeespéciesdeumacomunidade,ecomaabundância,querepresentaadistribuiçãodonúmerodeindivíduosporespécie.Dentreosváriosíndicesdediversidadeutilizadosrecomenda-seodeShannoneWiener(H',nats/ind.)(KREBS,1986).Oanexo5mostraosprocedimentosparaocálculodeH'.

Hmax.=InSJ=H'/Hmax.

onde:

¶-ni/N

ni-númerodeindivíduosdaespécie

N-númerototaldeindivíduos

Hmax.-entropiamáxima(nats/ind.)

In-logaritmoneperiano

S-númerototaldeespécies

J-equabilidade

Page 21: Manual sobre métodos de estudo florístico e …...Manual sobre métodos de estudo florístico e fitossociológico: ecossistema caatinga Maria Jesus Nogueira Rodal Everardo V. de

9-Referênciasbibliográficas

ANDRADE-LIMA,ContributiontothestudyofthefloraofPernambuco.Brasil.Recife,UniversidadeFederalRuraldePernambuco.154p.(Monografia,1).1954.

______.EstudosfitogeográficosdePernambuco.ArquivosdoInstitutodePesquisasAgronômicas,Recife,v.5.p.305-341.1960.

______.VEGETAÇÃO.In:INSTITUTOBRASILEIRODEGEOGRAFIAEESTATÍSTICA&CONSELHONACIONALDEGEOGRAFIA,ed.AtlasnacionaldoBrasil.RiodeJaneiro,IBGE/CNG,Folha11,1966.

______.TheCaatingadominium.RevistaBrasileiradeBotânica,SãoPaulo,v.4,p.149-53.1981.

ARAÚJO,E.deL.ComposiçãoflorísticaeestruturaemtrêsáreasdecaatinganosertãodePernambuco.Recife,1990.181p.TesedeMestrado-UniversidadeFederalRuraldePernambuco.

CASTRO,A.A.J.F.Florísticaefitossociologiadeumcerradomarginalbrasileiro,ParqueEstadualdeVaçununga,SantaRitadoPassaQuatro-SP.Campinas,1987.283p.TesedeMestrado-UniversidadeEstadualdeCampinas.

CAVASSAN,O.FlorísticaefitossociologiadavegetaçãolenhosaemumhectaredecerradonoparqueecológicomunicipaldeBauru(SP).Campinas,1990.206p.TesedeDoutorado-UniversidadeEstadualdeCampinas.

FERNANDES,A.G.&BEZERRA,P.EstudofitogeográficodoBrasil.StylusComunicações.Fortaleza,1990.205p.

GOMES,M.A.F.PadrõesdecaatinganosCaririsVelhos,Paraíba.Recife,1979.TesedeMestrado-UniversidadeFederalRuraldePernambuco.

HUECK,K.AsflorestasdaAméricadoSul.SãoPaulo,UniversidadedeBrasília,Polígono.Brasília,1972.466p.

Page 22: Manual sobre métodos de estudo florístico e …...Manual sobre métodos de estudo florístico e fitossociológico: ecossistema caatinga Maria Jesus Nogueira Rodal Everardo V. de

KREBS,C.J.Ecologia:Análisisexperimentaldeladistribuciónabundância.3a.ed.Madrid,EdicionesPirâmideS.A.,1986.782p.

LUETZELBURG,Pvon.EstudoBotânicodoNordeste.DNOCS.EdiçãocomemorativadoXXVCongressoNacionaldeBotânica.Mossoró,1982.

MARTINS,F.R.Composiçãoeestruturadeumafitocenoseflorestal-Estudoprático.mimeografado.1987.Campinas,DepartamentodeBotânica.UniversidadeEstadualdeCampinas.

______Atributosdecomunidadesvegetais.Quid.Teresina,v.9,n.1/2,p.13-17,maio/set.,1990.

MARTINS,F.R.Aestruturadeumaflorestamesófila.Campinas,EditoradaUNICAMP.1991.246p.

MUELLER-DUMBOIS,D.&ELLENBERG,H.Aimsandmethodsofvegetationecology.NewYork,JohnWiley&Sons,1974.574p.

PIELOU,E.C.Ecologicaldiversity.NewYork,JohnWileyandSons.1975.165p.

RODAL,M.J.N.FitoecologiadeumaáreadomédiovaledoMoxotó,PE.Recife,1984.143p.TesedeMestrado.UniversidadeFederalRuraldePernambuco.

______.Fitossociologiadavegetaçãoarbustivo-arbóreaemquatroáreasdecaatingaemPernambuco.Campinas,1992.238p.TesedeDoutorado-UniversidadeEstadualdeCampinas.

ROLLET,B.Organisation.In:UNESCOed.Ecosystèmesforestierstropicaux.Paris,1978.p.118-152.

ROMARIZ,D.doA.AspectosdavegetaçãodoBrasil.RiodeJaneiroIBGE,1974.60folhassoltas(empasta).

SANTOS,M.F.A.CaracterísticasdosoloedavegetaçãoemseteáreasdeParnamirim,Pernambuco.Recife,1987.230p.TesedeMestrado-UniversidadeFederalRuraldePernambuco.

Page 23: Manual sobre métodos de estudo florístico e …...Manual sobre métodos de estudo florístico e fitossociológico: ecossistema caatinga Maria Jesus Nogueira Rodal Everardo V. de

SILVA,G.C.da.FloraevegetaçãodasdepressõesinundáveisdaRegiãodeOuricuriPernambuco.Recife,1985.387p.TesedeMestrado-UniversidadeFederalRuraldePernambuco.

VELOSO,H.P.OsgrandesclímacesdoBrasil-Nordeste.BoletimGeográfico.RiodeJaneiro,v.25,n.194,p.425-40.1966.

Page 24: Manual sobre métodos de estudo florístico e …...Manual sobre métodos de estudo florístico e fitossociológico: ecossistema caatinga Maria Jesus Nogueira Rodal Everardo V. de

Anexo1-Mediçõesdodiâmetrodocaule

Nesteanexoapresentam-sequatrotiposprincipaisderamificaçõeseformacomoasmediçõesdediâmetrodevemserefetuadasnocampo.

A-aplantanãoapresentaramificaçõespróximasaosolo.

B-aplantaapresentaramificaçõespróximasaoníveldosolo,entretantopodeservisualizadaumabasecomum.

C-aplantaapresenta-se,aoníveldosolo,bastanteramificada,entretantopodeservisualizadaumapequenabase.

D-aplantaapresenta-se,aoníveldosolo,bastanteramificada,entretantocomonãopodeservisualizadaumabaseconsidera-secadaperfilhocomoumindivíduo.

Basicamente,ocorremduassituações:háounãoumabasecomum.Seháumabasecomum,mesmoaoníveldosolo(casosA,B,eCacima),mede-seodiâmetrodabase(DouP)easalturasdocaule(HC)etotal(HT),seoindivíduopreencheroscritériosdeinclusão.Senãoháumabasecomum(casoDacima),cadaeixoaéreoéencaradocomoumindivíduoindependente,sendoincluídonaamostraoeixoaéreoqueobedeceraoscritériosdeinclusão.

Anexo1(continuação)

Page 25: Manual sobre métodos de estudo florístico e …...Manual sobre métodos de estudo florístico e fitossociológico: ecossistema caatinga Maria Jesus Nogueira Rodal Everardo V. de

Anexo1(conclusão)

Page 26: Manual sobre métodos de estudo florístico e …...Manual sobre métodos de estudo florístico e fitossociológico: ecossistema caatinga Maria Jesus Nogueira Rodal Everardo V. de
Page 27: Manual sobre métodos de estudo florístico e …...Manual sobre métodos de estudo florístico e fitossociológico: ecossistema caatinga Maria Jesus Nogueira Rodal Everardo V. de

Anexo2-Modelodefichadecampo

Page 28: Manual sobre métodos de estudo florístico e …...Manual sobre métodos de estudo florístico e fitossociológico: ecossistema caatinga Maria Jesus Nogueira Rodal Everardo V. de
Page 29: Manual sobre métodos de estudo florístico e …...Manual sobre métodos de estudo florístico e fitossociológico: ecossistema caatinga Maria Jesus Nogueira Rodal Everardo V. de

Anexo3-Instruçõesparaaconstruçãodacurvadecoletor

Paraaelaboraçãodacurvadocoletorsãoadotadososseguintesprocedimentos:

a)usandoumsistemadecoordenadas,numafolhadepapelmilimetratrado,plotarnoeixoXaáreadaprimeiraparcelaenoeixoYonúmerodeespéciesregistradas.

b)observaronúmerodeespéciesinéditasdasegundaparcela,adicionaressevaloraonúmerodeespéciesdaprimeiraparcelaeplotarovalorencontradonoeixoY.NoeixodosXplotaraáreaocupadapelasduasprimeirasparcelas.

c)repetiresseprocedimentoatéaúltimaparcela.

d)unirtodosospontos.

Tabela1-Dadosparaaconstruçãodacurvadocoletor,retiradosdeumlevantamentode24parcelasde10X20mrealizadoemSerraTalhada,PE.

númerodaparcela

áreaacumulada(m2)

númeroacumuladodeespécies

1 200 12

2 400 15

3 600 15

4 800 16

Page 30: Manual sobre métodos de estudo florístico e …...Manual sobre métodos de estudo florístico e fitossociológico: ecossistema caatinga Maria Jesus Nogueira Rodal Everardo V. de

5 1000 25

0 1200 26

7 1400 27

8 1600 27

9 1800 30

10 2000 31

11 2200 31

12 2400 32

13 2600 33

14 2800 33

15 3000 34

16 3200 36

17 3400 36

18 3600 36

Page 31: Manual sobre métodos de estudo florístico e …...Manual sobre métodos de estudo florístico e fitossociológico: ecossistema caatinga Maria Jesus Nogueira Rodal Everardo V. de

19 3300 36

20 4000 36

21 4200 37

22 4400 37

23 4600 37

24 4800 37

Anexo3(conclusão)

Page 32: Manual sobre métodos de estudo florístico e …...Manual sobre métodos de estudo florístico e fitossociológico: ecossistema caatinga Maria Jesus Nogueira Rodal Everardo V. de
Page 33: Manual sobre métodos de estudo florístico e …...Manual sobre métodos de estudo florístico e fitossociológico: ecossistema caatinga Maria Jesus Nogueira Rodal Everardo V. de

Anexo4-Instruçõesparaaconstruçãodacurvademédiacorrente

Paraaelaboraçãodamédiacorrentedonúmerodeespéciesutilizam-seosseguintesprocedimentos:

a)usandopapelnúlimetrado,montarumsistemadecoordenadasplotandonoeixoXaárea(m2)daprimeiraparcelaenoeixoYonúmerodeespéciesencontradas.

b)plotarnoeixoXaáreaacumulada(m2)daprimeiraedasegundaparcelaenoeixoYonúmerodeespéciesdaprimeiraesegundaparceladivididopor2.

c)plotarnoeixoXaáreaacumulada(m2)daprimeira,segundaeterceiraparcelaenoeixoYonúmerodeespéciesdaprimeira,segundaeterceiraparcelasdivididopor3.

d)repetiresseprocedimentoatéaúltimaparcela.

e)unirtodosospontos.

f)apartirdamédiafinalacumuladadelimita-seumafaixadevariaçãode5%(2,5%traçadosacimaeabaixodaúltimamédia.

g)verificarapartirdequaláreahouveaestabilizaçãodonúmerodeespécies.

Anexo4(continuação)

Tabela2-Dadosparaaconstruçãodacurvademédiacorrente,retiradosdeumlevantamentode24parcelasde10X20mrealizadoemSerraTalhada,PE.

Page 34: Manual sobre métodos de estudo florístico e …...Manual sobre métodos de estudo florístico e fitossociológico: ecossistema caatinga Maria Jesus Nogueira Rodal Everardo V. de

Anexo4(conclusão)

Page 35: Manual sobre métodos de estudo florístico e …...Manual sobre métodos de estudo florístico e fitossociológico: ecossistema caatinga Maria Jesus Nogueira Rodal Everardo V. de
Page 36: Manual sobre métodos de estudo florístico e …...Manual sobre métodos de estudo florístico e fitossociológico: ecossistema caatinga Maria Jesus Nogueira Rodal Everardo V. de

Anexo5-Cálculodoíndicedediversidade-SchanonneWiener

ParacalcularoíndicedediversidadedeShanonneWiener(H',nats/ind.)deve-seelaboraraseguintetabela(MARTINS,1987):

Númerodeindivíduos

númerodeespécies

númerototaldeindivíduos

1 a (1.a)2 b (2.b)3 c (3.c)4 d (4.d)- - -- n -

TOTAL

Emseguidadevemserexecutadososseguintespassos:

a)dividironúmerodeindivíduosdaprimeiralinhapeloTOTAL(encontra-seovalorde¶);

b)apertarateclaX(multiplicação);

c)apertarateclaIn(logaritmoneperiano);

d)apertaratecla=(encontra-seovalorde(¶.ln(¶);

e)multiplicaroresultadopelovaloradacolunadonúmerodeespécies;

f)colocaroresultadonamemória;

g)repetirospassosdeaatéfparaasegundalinhadatabela;

h)somarovalorencontradocomovalorpreviamentearmazenadonamemória;

Page 37: Manual sobre métodos de estudo florístico e …...Manual sobre métodos de estudo florístico e fitossociológico: ecossistema caatinga Maria Jesus Nogueira Rodal Everardo V. de

i)repetirospassosatéaúltimalinhadatabela;

j)recuperarovalordamemória,queseráH'(nats/ind.)etorná-lopositivo.