Manual Pre Impressao 4 Edicao

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Manual de pr-iMpresso

Marcio Corra Ribeiro

Manual de pr-iMpresso

4 Edio

Colombo Corgraf Grfica e Editora Ltda 2011

Pesquisa e Texto: Marcio Corra Ribeiro Capa: Ponto Design Diagramao: Patrcia Moreira de Lima Quentin Colaborao: Carla Vanelli Meggetto, Gilson Antnio Camargo, Jos Odair S. Dantas Fotografias: Luciano Silva Tratamento de Imagens: Claudenir Lima

ISBN 978-85-64618-00-8 Todos os direitos desta obra reservados

Corgraf Grfica e Editora Ltda.Rua Honesta de Souza Rausis, 321 Centro Industrial Mau . 83413-660 Colombo . Paran . Brasil Tel. 55 41 3012 5000 . Fax 55 41 3012 5050 www.grupocorgraf.com.brRevestimento Capa: Pantone 295 sobre pantone 877, couch fosco 150g, laminao fosca e UV localizado. Capa Dura Capa: Horle 35. Miolo: Couch fosco 115g. Colagem: PUR. Revestimento Caixa: 4 cores + pantone bronze, couch fosco 150g, laminao fosca, UV localizado e texturizado. Capa Dura Caixa: Horle 35. Guardas: Pantone 877, Color Plus Azul 120g. Beros: Color Plus Azul 240g. Luva: 4 cores + pantone bronze, triplex 300g, laminao fosca, UV localizado e texturizado.

Agradecemos aos diretores do Grupo Corgraf, David Navarro e Vicente Linares, e tambm a todos que colaboraram para a criao, enriquecimento e concretizao deste material, em especial, ao Sr. Srgio Rossi Filho, ao conceder-nos o Glossrio, agregando mais conhecimento este guia.

Nos Caminhos de GutenbergGutenberg foi o primeiro europeu a usar a impresso por tipos mveis, por volta de 1439, e o inventor global da prensa mvel. Entre suas muitas contribuies para a impresso esto: a inveno de um processo de produo em massa de tipo mvel, a utilizao de tinta a base de leo e ainda a utilizao de uma prensa de madeira similar prensa de parafuso agrcola do perodo. Sua inveno verdadeiramente memorvel foi a combinao desses elementos em um sistema prtico que permitiu a produo em massa de livros impressos e que era economicamente rentvel para grficas e leitores. O mtodo de Gutenberg para fazer tipos tradicionalmente considerado ter includo uma liga de tipo de metal e um molde manual para a confeco do tipo. O uso de tipos mveis foi um marcante aperfeioamento nos manuscritos, que era o mtodo ento existente de produo de livros na Europa, e na impresso em blocos de madeira, revolucionando o modo de fazer livros na Europa. A tecnologia de impresso de Gutenberg espalhou-se rapidamente por toda a Europa e mais tarde pelo mundo. Sua obra maior, a Bblia de Gutenberg (tambm conhecida como a Bblia de 42 linhas), foi aclamada pela sua alta esttica e qualidade tcnica. A partir da, a comunicao grfica possibilitou a disseminao, em escala mais ampla, do pensamento e gnese de uma nova era, o Renascimento. Desde ento, as grficas assumiram papel significativo. A prpria histria encarregou-se de demonstrar que o nobre ofcio jamais omitiu-se de sua responsabilidade, na truculncia dos regimes de exceo, na violncia das guerras, nas crises econmicas e nas adversidades conjunturais. A palavra impressa a tudo resiste. Registra os fatos, informa, educa, ensina, perpetua memrias, comunica! Situa o homem no seu tempo e lhe outorga a cidadania. Herdeiras do engenho e arte de Gutenberg, cuja inveno mudou o mundo, as grficas - que imprimem jornais, revistas, livros, fascculos, outdoors, tales de cheques, cartes de crdito, notas fiscais, manuais de produtos, ... - interagindo no dia-a-dia com toda a populao, tm plena conscincia de seu compromisso e responsabilidade no contexto da sociedade.SCHRAPPE, Max H. G. O Legado de Gutemberg. So Paulo : EP & Associados, Parise Comunicao Empresarial, 2002.

O papel que gera conhecimentoH pouco menos de dez mil anos atrs, as primeiras formas de escrita comearam a ser desenvolvidas. J era possvel registrar as experincias e pass-las aos descendentes, fazendo assim, com que o conhecimento no se perdesse e se acumulasse de gerao em gerao. inveno da escrita, e ao livro, receptculo de todo o conhecimento humano, feito de papel, este material que no se quebra, pouco pesa e agradvel aos olhos e ao manuseio. Papel, uma simples inveno que mudou o mundo para muito melhor. A ORIGEM DO PAPEL A origem do papel data do ano 105 A. C. Foram encontradas peas em escavaes nos arredores da cidade de Hulam, na China. Presume-se que o inventor foi Tsai Lun, um alto funcionrio da corte do imperador Chien-Chu, da dinastia Han (206 A.C. a 202 D.C.) contempornea do reinado de Trajano em Roma. A transferncia da inveno chinesa para os rabes ocorreu com a captura, pelos rabes, de artesos chineses, e em Bagd no final do sculo VIII (795 D.C.) j se conhecia a fabricao de papel. A manufatura do papel artesanal acompanhou a expanso muulmana ao longo da costa norte da frica at a Pennsula Ibrica. Em Xavita, 1085 D.C., foi instalado o primeiro moinho papeleiro da Europa, ainda na regio dominada pelos mouros. S depois que a fabricao de papel se instalou em Fabriano (Itlia), em 1260, que a produo de papel se disseminou por toda a Europa. Tambm se deve ao moinho de Fabriano a primeira marca dgua no papel. A primeira mquina de fabricao de papel foi introduzida por NicholasLouis Robert, em 1797. Em 1809 John Dickinson fez a primeira mquina cilndrica, iniciando o mtodo moderno de fabricao de papel. CRONOLOGIA DO PAPEL * 105 a.C. - A inveno do papel atribuda a Tsai Lun na China, fabricado a partir de fibras de cnhamo trituradas e revestidas de uma fina camada de clcio, alumnio e slica. * 611 d.C. - Instalam-se manufacturas do papel na Coreia. * 794 - Instala-se a fabricao de papel para o comrcio, primeiro em Damasco, depois em Bagd. * 807 - Produo de papel em Kioto, no Japo. * 877 - Nota-se a existncia do papel sanitrio. * 900 - O papel fabricado no Egipto pelos rabes.

* 950 - O papel chega pela primeira vez na Espanha atravs de livros. * 998 - O papel-moeda o meio circulante da China. * 1000 - Dois rabes fazem uma escrita a respeito dos mtodos de fabricao do papel. * 1150/1151 - Os rabes chegam Espanha fixando-se numa regio de Valencia (Xavita) sendo instalado o primeiro ponto de fabricao da Europa. * 1282 - Introduo da marca dgua por Fabriano: cruzes e crculos. * 1285 - Marca dgua na Frana: flor de Liz. * 1309 - Incio da utilizao do papel na Inglaterra. * 1320 - Chegada do papel na Alemanha. * 1390 - Instalao da primeira indstria na Alemanha. * 1405 - Chegada do papel na regio de Flandres, levado por um espanhol. * 1450 - Inveno da imprensa, Johannes Guttemberg e consequente procura por papel. * 1550 - Comercializao do papel de parede proveniente da China pelos espanhis e holandeses em toda a Europa. * 1719 - O naturalista francs Reaumur sugere o uso da madeira como matria prima para o fabrico de papel, ao observar que as vespas mastigavam madeira podre e empregavam a pasta resultante para produzir uma substncia semelhante ao papel na confeco dos seus ninhos. * Meados do Sc. XIX - surge a demanda de papel para a impresso

de livros, jornais e fabricao de outros produtos de consumo, levando busca de fontes alternativas de fibras a serem transformadas em papel. * 1809 - Comea a fabricao de papel no Brasil, no Andara Pequeno, Rio de Janeiro. * 1838 - Produo de pasta de palha branqueada. * 1840 - Na Alemanha, desenvolvese um processo para a triturao de madeira. As fibras so separadas e transformadas no que passou a ser conhecido como pasta mecnica de celulose. * 1854 - patenteado na Inglaterra um processo de produo de pasta celulsica atravs de tratamento com soda custica. A lignina, cimento orgnico que une as fibras, dissolvida e removida, surgindo a primeira pasta qumica. * 1860 - Inveno do papel couch. Lanamento do papel higinico em forma de rolo. Surgem na Finlndia as primeiras leis sobre prticas de silvicultura. * 1920/1930 - Importante dcada para o desenvolvimento do papel no Brasil.

uMa GrFiCa CerTiFiCada FsCO que FSC?A certificao FSC (Forest Stewardship Council - Conselho de Manejo Florestal) uma ferramenta voluntria que atesta a origem da matria-prima florestal em um produto. A certificao garante que a empresa maneja e utiliza os recursos florestais com responsabilidade, de acordo com padres ambientalmente corretos, socialmente justos e economicamente viveis. Permitindo sociedade valorizar as iniciativas que promovem o manejo responsvel das florestas. O FSC hoje o selo verde mais reconhecido em todo o mundo, com presena em mais de 75 pases e todos os continentes. O FSC exige que o uso de uma rea verde seja feito com respeito a todas as leis vigentes, de modo que a extrao de matrias primas cause o mnimo impacto ambiental permitindo sua renovao, permanncia e proteo. As normas do FSC exigem que a matria-prima e o produto certificado tenham rigorosos procedimentos de identificao, controle, registro e rastreabilidade de acordo com os Critrios e Princpios FSC. OBJETIVO

CorGraF:

Contribuir para o uso adequado dos recursos naturais; Garantir a origem do produto; Orientar o comprador a escolher um produto diferenciado e com valor agregado; Permitir ao consumidor consciente a opo de um produto que no degrada o meio ambiente; Contribuir para o desenvolvimento social e econmico das comunidades florestais.

VOC SABIA? VOC SABIA? VOC SABIA? VOC SABIA?

Voc sabia que, no Brasil, as rvores destinadas produo de papel provm de orestas plantadas, que ajudam na absoro de gs carbnico?Voc sabia que, o papel e papelo impressos utilizados para diversos ns pertencem a um seleto grupo de produtos que so em sua grande parte reciclados, gerando renda aos coletores e colaborando para a sustentabilidade do planeta? Voc sabia que, a Indstria da Comunicao Impressa mantm 2,8 milhes de hectares de orestas nativas preservadas? Sua produo vem dos 1,7 milhes de hectares de orestas plantadas de pnus e eucaliptos?

Voc sabia que, o reorestamento combate o efeito estufa, medida que as rvores retiram da atmosfera o carbono necessrio para seu crescimento?

MUITO BOM SABER, NO ?C a m pa nha de va loriz a o do pa pe l e da c omun ic a o im p r e s s a.

www.imprimiredar vida.org.br

w w w . i m p r i m i r e d a r v i d a . o r g . b r

suMrioINTRODUO INFORMAES IMPORTANTES 1. Arquivos Digitais 2. Rip e Retculas 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. Ajuste de Layout Cores Imagens Ajuste de Registro Fontes PDF/X Compactadores 17 19 21 25 29 37 43 53 57 61 65 69 79 85 87 93 97 137 368

10. Dicas 11. Transferncia de arquivo 12. Impressoras 13. Provas 14. Instalando impressora 15. Gerando PS e PDF 16. Glossrio 17. Referncias

Manual de Pr-Impresso

inTroduooBJeTiVo

Trabalhar com as principais tecnologias ligadas pr-impresso, atualizando os profissionais envolvidos com a mdia impressa a desenvolverem artes digitais.a QueM se desTina

Profissionais ligados rea Grfica (mdia impressa), que tenham interesse em aperfeioar seus conhecimentos relacionados pr-impresso.oBJeTiVo prinCipal

Orientar sobre o envio correto de arquivos digitais para grfica, possibilitando, dessa maneira, um bom entendimento entre clientes e grfica, assim como melhorar a qualidade, evitando possveis erros.

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Manual de Pr-Impresso

inForMaes iMporTanTesAlguns smbolos foram usados nesse manual para ajudar na identificao das informaes. So eles:aTeno

Contm informaes importantes que podero comprometer a execuo do procedimento com relao ao item em questo.

inForMao

Contm informaes complementares importantes sobre o item abordado.

noTa

Contm informaes explicativas.

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Manual de Pr-Impresso

O arquivo aberto aquele em seu programa de criao nativo, como por exemplo, CorelDRAW, PageMaker, Illustrator, etc. Esse arquivo dependente de todo o contedo usado na elaborao do projeto grfico, tal como, fontes, imagens (vnculos), ilustraes, etc. Esse tipo de arquivo definido como aberto por estes motivos, ou seja, um arquivo dependente de todas as partes que o compem, possibilitando, assim, que o bureau possa edit-lo sem nenhum problema. Em geral, esses arquivos so mais complexos para os mesmos (bureau), pois como eles so transferidos para outro sistema, mesmo sendo para o mesmo sistema como Windows / Windows, por exemplo, correm um srio risco de sofrer algum tipo de alterao involuntria, sendo o mais comum deles o problema com fontes. A explicao para isso se d pelo fato de existirem inmeros fabricantes de fontes, sendo que desses fabricantes poucos so confiveis, o que ser visto com mais detalhes logo adiante. Um outro problema no que diz respeito aos vnculos do arquivo (tifs, eps, jpg, etc). O que ocorre freqentemente o esquecimento do envio dos mesmos, causando um transtorno, pois haver um atraso na execuo do material, sendo assim, o arquivo ficar parado aguardando a chegada dos vnculos faltantes. Em outras palavras, um arquivo aberto todo aquele que pode ser manipulado, alterado e/ou modificado por estar no formato em que o mesmo foi criado.1.2 arQuiVo FeChado

Entende-se por arquivo fechado os arquivos com extenses do tipo PRN, PS e EPS, que so arquivos gerados em uma linguagem de impressora muito avanada

Arquivos fechados so documentos contendo todos os dados necessrios para a impresso de um trabalho em um determinado dispositivo de sada, dados como: fontes, imagens e todas as informaes de vetor.

1. arQuiVos diGiTais

1.1 arQuiVo aBerTo

Manual de Pr-ImpressoCaptulo 1 . Arquivos Digitais

chamada Postscript (sero explicadas mais adiante), e possui em um nico arquivo digital todos os elementos e informaes necessrias para impresso remota, ou seja, informaes suficientes para gerar um fotolito ou uma impresso direto na chapa, por exemplo. Esses tipos de arquivos so chamados PostScript pelo fato de estarem totalmente fechados e protegidos de qualquer modificao no intencional por parte do Bureau, pois esses arquivos so escritos em uma linguagem de cdigos que somente os softwares especficos podem l-los, como o caso do RIP (Rasterizador e Processador de Imagem), tornando-os mais seguros, pois uma vez fechados fica impossibilitado qualquer problema de fontes ou vnculos, por exemplo. Porm, vale ressaltar que tudo gira em torno do modo em que foi fechado esse arquivo. Sendo assim, para quem se preocupa com segurana em seu arquivo digital e tem um conhecimento mais amplo sobre este assunto, pode-se afirmar que esse o melhor formato indicado. As nicas desvantagens em enviar um arquivo fechado para o Bureau pelo fato de no ser possvel a realizao de correes em textos e imagens, e o profissional que fechou o arquivo assume toda a responsabilidade sobre o material, j que o Bureau no esteve a par de todos os procedimentos usados para seu fechamento. Segundo levantamento feito, hoje no Brasil, apenas cerca de 20% dos arquivos digitais enviados aos Bureaus esto em regime fechado. As causas disso so: 1) Falta de conhecimento para gerar arquivo fechado; 2) Expectativa de que o Bureau corrija os problemas existentes; 3) Dificuldade em visualizar o arquivo aps seu fechamento;22

4) Medo da responsabilidade de gerar tal arquivo; 5) Medo de que o Bureau no verifique o arquivo no *RIP da Imagesetter ou Platesetter; 6) Tamanho do arquivo fechado, j que este ocupa grande espao, entre outros.1.3 arQuiVo pdF

O formato PDF (Portable Document Format), criado pelo Adobe Acrobat, vem se tornando o sucessor do arquivo fechado. No Brasil, ele est tomando seu espao rapidamente. Assim como o arquivo fechado, o PDF rene em um s arquivo digital todas as informaes e elementos (fontes, imagens, etc.) necessrios para impresso remota do mesmo. O PDF rene todas as vantagens dos arquivos fechados e mais algumas: - O PDF mantm toda diagramao, cores e fontes que estavam presentes no

Um arquivo PDF contm as informaes divididas em camadas, estando todas as informaes acessveis, porm cada uma delas colocada em uma camada individual.

Manual de Pr-ImpressoCaptulo 1 . Arquivos Digitais

software de sua criao, sendo tambm um formato multiplataforma, ou seja, pode ser gerado na plataforma Macintosh e lido plenamente na plataforma Windows e vice-versa. Alm de multiplataforma, ele tambm pode ser importado pelos principais aplicativos, tais como: InDesign, QuarkXPress, FreeHand e Illustrator, diferente do arquivo fechado, que no permite tal recurso; - Em geral, um arquivo PDF possui cerca de 10% do tamanho de um arquivo fechado, graas a algortimos de compactao muito eficazes e confiveis acima de tudo, sendo vivel no s para quem o gera como tambm para o Bureau que diminui o fluxo interno em sua rede e servidores; - O PDF, alm de tudo, pode ser editado para serem feitas pequenas alteraes e, para isso, usa-se o Adobe Acrobat. Este arquivo tambm precisa de cuidados no momento da impresso, pois ele s pode ser lido em software que j possuem Linguagem PostScript nvel 3. Assim, preciso certificar-se de que o Bureau possui um RIP que interprete PostScript nvel 3, podendo garantir o melhor resultado final do material.1.4 linGuaGeM de desCrio de pGina 1.4.1 pdl

Todos os meios utilizados pelos dispositivos de sada para a reproduo das imagens geradas no computador tm sua linguagem de descrio de pgina - PDL (Page Description Language). Em sua essncia, a linguagem constitui um conjunto de cdigos que possibilitam ao dispositivo desempenhar suas funes (centralizar a composio, trocar o tamanho do corpo, avanar o papel, etc). Quando as pginas so reunidas na estao de trabalho, a imagem na tela traduzida para a linguagem da impressora por meio de um driver/gerenciador de impressoras. Os printer drivers so programas especiais criados para estabelecer a comunicao entre o computador e as impressoras, traduzindo o mapa de bits (bitmap) das imagens armazenadas na memria para sua representao e visualizao correspondente nos diversos dispositivos de sada. O bitmap, ou mapa binrio, um agregado de informaes elementares dispostas sob forma de matriz de pixels, mediante a qual se forma um desenho, geralmente em pretoe-branco. O termo mapa de bits ou grfico de varredura (rasterizao) refere-se aos bits (binary digits/dgitos binrios ou algarismos), que as menores unidades de armazenamento de dados ou informaes digitais num computador. Atualmente, a tendncia padronizar os PDLs para permitir que uma variedade de impressoras aceite a informao de um nico driver.PPD tem a funo de descrever para o driver e complement-lo, de maneira especfica, as caractersticas da impressora, tais como, resoluo mxima, formatos de impresso, etc. Uma impressora PostScript sempre necessita de um PPD (PostScript Printer Descrtiption). Os Drivers e PPDs so especficos para cada bureau, pois cada um possui equipamentos diferentes. Caso necessite de um PPD, pea ao bureau o recomendado.

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Manual de Pr-ImpressoCaptulo 1 . Arquivos Digitais

1.4.2 posTsCripT

O PostScript, desenvolvido pela Adobe Systems norte-americana em 1985, foi a chave do sucesso da Apple Computers. Essa linguagem permite a elaborao de uma pgina que possa ser reproduzida tanto pelos vrios tipos de impressoras agregadas aos micro-computadores quanto pelos sistemas mais avanados, engajados na produo de filmes de seleo para mdia impressa. Os dispositivos de sada interpretam a definio da pgina na linguagem PostScript, adaptando-a para sua capacidade de resoluo. A pgina digitalizada na tela traduzida para um conjunto de instrues que compem o cdigo PostScript de definio de pgina. A seguir, essas instrues so decifradas e convertidas em uma imagem rasterizada por meio de um mapeamento que determina os pontos do gabarito que sero impressos e os que sero deixados em branco. Em suma, trata-se dos pontos que devero ser definidos um a um (aceso ou apagado) pelo feixe de raios laser. A densidade (pontos por polegada) da imagem depende do dispositivo de sada que ser utilizado. Podemos originar rascunhos de pginas numa impressora a laser de 300 dpi e ter confiana de que o filme negativo, produzido numa imagesetter de alta resoluo com 2.540 dpi, constituise- numa rplica fiel, em condies de mostrar detalhes ainda mais sutis. Portanto, pode-se afirmar que PostScript uma linguagem de programao assim como o BASIC, Fortran, ou C++. Mas, ao contrrio dessas outras linguagens aqui citadas, PostScript uma linguagem projetada para fazer uma coisa apenas: descrever de forma extremamente apurada todo o contedo de uma pgina.

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Manual de Pr-Impresso

A reticulagem um processo que transforma imagens - fotografias, por exemplo - em pontos para que sejam reproduzidas em offset de maneira perfeita, sendo essas divididas em trs grupos: AM (convncional), FM (estocstica) e Hbrida.2.1.1 reTCula aM - aMpliTude MudulaTion

Na retcula AM, os pontos esto alinhados regularmente, formando uma estrutura de distribuio uniforme, sendo a distncia entre os pontos de centro a centro constante para qualquer rea da imagem.

Para formar as tonalidades, os pontos variam em tamanho. Nas reas escuras, os pontos so de dimenses maiores e, nas reas claras, menores.

A resoluo da imagem reticulada expressa em linhas por polegadas - LPI (ou LPC). O termo linhas uma referncia distribuio regular da retcula e corresponde, exatamente, quantidade de pontos em uma unidade de comprimento linear da imagem. Desta maneira, quanto maior a lineatura empregada maior a quantidade dos pontos que formam a imagem sendo maior sua resoluo. Para uma impresso com as cores bsicas, fazem parte do processo a preta, cyan, magenta e amarela.

2. rip e reTCulas

2.1 reTCula

Manual de Pr-ImpressoCaptulo 2 . Rip e Retculas

Alm de reticulada, cada tonalidade possui uma inclinao especfica e, neste caso, de obrigatoriamente 30 de uma cor a outra, exceto o amarelo, que de 15. Quando se imprimem uma sobreposio de retculas, podem surgir manchas distribudas uniformemente, resultado da repetio de um padro de interferncia entre as linhas de retculas sobrepostas. Esse efeito conhecido como moir. Os pontos de retcula podem variar ainda quanto forma: quadrados, elpticos ou redondos. A retcula mais clssica a de pontos quadrados. So utilizadas quando no existem necessidades particulares de impresso. Retculas de pontos elpticos tm a caracterstica de restituir melhor as transies progressivas nos tons mdios do que uma retcula de pontos quadrados. J as retculas de pontos redondos evitam a tendncia de acabamento ou suavidade da imagem, o que aumenta um pouco o contraste dos trabalhos. Lineatura 150 a 200 lpi ou mais 120 a 133 lpi 80 a 100 lpi papel/mquina papel couch em mquina plana; papel offset em mquina plana; papel jornal em mquina rotativa.

2.1.2 reTCula FM - FreQuenCy MudulaTion

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Tambm conhecida como retculas estocstica. Na retcula FM os pontos esto distribudos de forma aparentemente aleatria, sem nenhum tipo de alinhamento, e basicamente apresentam pontos de mesmo tamanho. A reproduo das tonalidades obtida pela variao na concentrao dos pontos por rea da imagem. A lineatura na retcula estocstica algo inexistente por causa de sua distribuio aleatria.

Com relao retcula AM, a retcula estocstica apresenta algumas vantagens, tais como: Elimina totalmente o moir; Equilbra as cores, principalmente de tons neutros; Melhora substancialmente a reproduo de detalhes.

A variao das tonalidades d-se pela aglomerao ou no dos pontos, ao contrrio da AM em que se d pelo tamanho dos mesmos.

Manual de Pr-ImpressoCaptulo 2 . Rip e Retculas

Porm, no possui somente vantagens, existem debilidades nessa retcula: Dificuldade em reproduzir sobre as matrizes de impresso; Os pontos so extremamente finos, o que caracteriza esse tipo de retcula; Dificuldade em imprim-los dentro de limites aceitveis de ganho de ponto.2.1.3 reTCula hBrida - spekTa

Com o poder das novas tecnologias na rea grfica, foi possvel unir as melhores caracterstica das retculas AM/FM. Empresas como Screen e Agfa, lderes no mercado, investem pesado na melhoria da gerao de pontos para impresso, que conhecemos como retculas hbridas, Spekta e Sublima.

Destacar-se- a retcula hbrida Spekta da Screen. Vejamos suas caractersticas: Elimina o moir; Melhora a qualidade de impresso; Detalhe comparvel com resolues de 300 lpi ou maior, com relao s retculas convencionais; No necessita controles de impresso, normalmente associado com resolues mais altas, para retculas convencionais; A substituio dos pontos normais pelo Spekta, como retcula FM, significa o fim do problema com angulao; Spekta evita o moir que so o resultados de padres de interferncia entre ngulos e linhas; Tambm elimina o moir de roseta que pode acontecer em reas de sombra; Melhores resultados em reas de meio tom: Spekta faz um trabalho melhor de tirar a interferncia nos meio tons para cores de pele e outras reas onde a cor verdadeira requerida. Reproduo superior de detalhes: Spekta demonstra sua superioridade reproduzindo bons detalhes. Melhoram a formao de linhas que so criadas em meio-tons, porque com 175lpi AM a retcula tende a deixar linhas claras coloridas, denteadas e quebradas.27

A retcula hbrida tem caracterstica AM/FM, fazendo tanto a disperso aleatria quanto a variao no tamanho dos pontos de retcula.

Manual de Pr-ImpressoCaptulo 2 . Rip e Retculas

2.1.4 reTCula hBrida - :suBliMa

A retcula :Sublima, tambm pertence a famlia das retculas hibridas. Destaca-se como principais caractersticas: rea de sobra, meio tons e altas luzes, comporta-se como retcula convencional; Nas mnimas e mximas os pontos mantem um tamanho fixo, mudando apenas a sua distribuio e mantendo o mesmo alinhamento dos ngulos de meio tons, o que proporciona facilidade em trabalhar com altas lineaturas; Ganho de detalhes por trabalhar com mais LPI; Elimina os efeitos indesejveis de rudo nos tons lisos, como acontecem com as retculas FM; Trabalha com o melhor e mais fcil ponto de ser reproduzido no papel.

2.2 rip - rasTerizador e proCessador de iMaGeM

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Toda linguagem de programao necessita de um processador para rodar ou executar o cdigo. No caso do PostScript, o processador uma combinao de Hardware e Software os quais tipicamente vivem em uma impressora e que chamamos de RIP - ou Rasterizador e Processador de Imagem. Um RIP recebe o cdigo PostScript e o transforma em pontos em uma pgina. Assim, uma impressora PostScript um equipamento que l e interpreta programas PostScript, produzindo informaes grficas, mais especificamente um Bitmap que pode chegar a 5000dpi, dependendo do equipamento, que so compostas em papel, filme ou chapas. Essa a funo de um RIP: ler, interpretar e transformar toda uma pgina PostScript em uma imagem em altssima resoluo. tambm atravs deste software que gerado todas as retculas, configuradas lineaturas desejadas, assim como camada, etc. O Grupo Corgraf conta com um workflow encarregado do fluxo CTP (Computer to Plate), tendo como uma de suas principais caractersticas a gerao do Ponto Spekta e todo o controle dos trabalhos executados pela empresa. Todo seu fluxo baseado em PDF, sendo os arquivos PostScript e EPS aceitos perfeitamente.

Manual de Pr-Impresso

1) Logicamente, seu material possui um formato. Digamos que seu trabalho seja um papel carta 21x29,7 cm, a pgina dever ser ajustada para esse tamanho. 2) A margem de segurana consiste em um espao entre a marca de corte e o incio ou final da arte propriamente dita. Isso ajuda no acabamento do material, uma vez que o corte varia, podendo, assim, cortar elementos muito prximos ao corte final. Para evitar tais problemas, recomenda-se deixar uma rea de 3 a 5mm. 3) Sangrias, ao contrrio das margens de segurana, so objetos (imagens, fios, molduras, etc) que, por medida de segurana, devem ultrapassar os limites da pgina para evitar possveis filetes brancos ao redor desses objetos. Para evitar tais problemas, recomenda-se deixar uma rea de 3 a 5mm. 4) As marcas de corte representam ao cortador o ponto real onde dever ser executado o corte, alm de permitir ao operador de pr-impresso uma melhor preciso na imposio no caso de arquivos fechados (ps, pdf).

3. aJusTe de layouT

3.1 aJusTe de pGina

Manual de Pr-ImpressoCaptulo 3 . Ajuste de Layout

3.2 aJusTe de doBras

Para arquivos com dobra, deve-se ter um cuidado extra, alm de todos os cuidados j citados: 1) Sempre colocar no arquivo indicao de dobra (linhas tracejadas), visando facilitar o acabamento; 2) Dever ser feito uma compensao das dobras para evitar que, no momento da dobra, no ocorra o que conhecemos como encavalamento da ltima pgina. A figura abaixo ilustra uma situao: tem-se um folder com 2 dobras; a pgina da capa (1) dever ser igual segunda (2), sendo que a terceira (3) dever ter, pelo menos, 2mm menor que as demais (exemplo 1=100mm, 2=100mm e 3=98mm);

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3) O verso dever ser o oposto, visto que, na impresso do verso, h um espelhamento das dobras, ou seja, iniciar pela terceira, com relao parte da frente.3.3 FaCas

Ao contrrio do que muitos profissionais imaginam, o processo de confeco de facas especiais , de certa forma, artesanal. A confeco das facas tradicionais, utilizadas para cortar a madeira da base, a serra Tico-Tico, o que d uma certa limitao em determinadas formas que a faca poder ter. As facas a laser utilizam uma tecnologia moderna com relao ao corte da base, possibilitando o corte de formas mais complexas. Apesar de poder optar por uma tecnologia ou outra, a confeco de facas especiais limitada no que diz respeito montagem das lminas de corte, vincos e serrilhas, pois este processo s permite uma maneira de faz-lo: artesanalmente. Ento, surgem complicaes e limitaes na criao e construo das mesmas.

Manual de Pr-ImpressoCaptulo 3 . Ajuste de Layout

Ao criar suas facas, tome alguns cuidados para no ter decepo ao receber seu trabalho pronto: Detalhes muito pequenos podero no ser reproduzidos na faca; Cortes muito prximos uns aos outros podero comprometer a qualidade da faca.3.3.1 FaCa siMples

1) Como padro adotado, a marcao de dobra do material dever ser assinalada com um fio tracejados, essa marcao entendida por todas as empresas que confeccionam facas especiais; 2) A marcao de corte ser representada por uma linha contnua; 3) A faca dever estar centralizada na arte e por sua vez, arte dever estar centralizada na pgina; 4) Marcaes de microserrilhas ou picote devero ser indicadas para no se confundir com os vincos (dobras). O padro para essa indicao so linhas pontilhadas.3.3.2 FaCas CoMplexas

Muitas facas exigem um esforo extra, e os detalhes so cruciais ao criar um layout e sua faca. Muitos detalhes, as vezes, passam despercebidos, mas o resultado dessa distrao no so muito agradveis, e esses no passaro despercebidos. Um caso especial e que deve ser levado em conta so as facas com lombada, por exemplo, algumas pastas. Sempre quando usamos uma gramatura de papel maior do que a normal que sero encartadas dentro de uma pasta ou outro tipo de material, temos que levar em considerao a espessura dessas lminas juntas. Isso ser refletido na maneira pela qual criaremos a faca. Quando fazemos uso dessa tcnica, temos que tomar cuidado com alguns detalhes: 1) Dever ser criada lombada sempre que existir uma quantidade relevante de folhas encartadas no layout, e a lombada, por sua vez, dever ter uma medida que no fuja muito da espessura da quantidade de lminas; 2) Quando houver uma lombada dentro de outra, como o caso de algumas pastas, a lombada interna dever ser menor que a externa. Isso deve ser feito para evitar que haja o que conhecemos como encavalamento entre as dobras; 3) Caso haja abas de cola, estas devero ter de 1 a 1,5cm, dependendo do material.

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Manual de Pr-ImpressoCaptulo 3 . Ajuste de Layout

3.4 Verniz loCalizado

1) O arquivo do verniz dever ser feito a partir do arquivo finalizado; 2) A pgina dever ser mantida como a do documento original, sem haver deslocamento algum, evitando, assim, que o verniz saia descentralizado; 3) As cores que representaro o verniz devero ser chapadas, ou seja, tinta 100%; 4) As imagens que tiverem verniz localizado devero estar em grayscale 0. Qualquer valor acima ocasionar reticulagem do verniz, ou pode-se usar outro canal de cor CMYK 100% para represent-lo. Caso o material venha a ter mais de um tipo de verniz(textura, aroma), esses devero ser feitos em mscaras separadas, ou seja, cada verniz necessita de uma mscara distinta.

3.5 Verniz ToTal

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1) Para verniz UV Total, deve-se criar sangria como se fosse uma arte normal, pois, aps a aplicao do verniz, o material ser refilado, valendo a mesma regra do ajuste do layout; 2) Quando se aplica verniz em um material que ter dobras, deve-se reservar um espao de aproximadamente 3mm (1,5mm para cada lado da dobra). Esse espao conhecido como reserva e sua funo evitar que o verniz quebre-se ao dobrar.3.6 Verniz TexTurizado

1) Para verniz texturizado, devese eliminar a sangria e adicionar um degrad nas bordas e nas dobras para que no haja risco de quebrar ao cortar ou dobrar; 2) Esse degrad dever ter aproximadamente 5mm comeando em 100% at 0%.

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3.7 Caderno para liVro

O perfect binding o que conhecemos como cadernos para livros. As pginas so montadas em cadernos de 8, 16, 32 ou mais, dispostos um sobre o outro onde os mesmos passaro por acabamento, tal como, costura, cola e/ou grampo. Para uma maior agilidade, as pginas do documento devem ser dispostas consecutivamente, incluindo as pginas em branco. A definio de casamento entre as pginas ser feita na grfica. Nunca envie pginas casadas, por exemplo, pgina 1 e 2, 3 e 4 e assim por diante, nem pginas casadas primeira com ltima, porque poder acarretar muitos transtornos no momento da montagem dos cadernos, j que pginas casadas limitaro o trabalho do imposicionador.3.8 Caderno para reVisTa

O Saddle Stitching o que conhecemos como cadernos para revistas. As pginas so montadas em cadernos de 8, 16, 32 ou mais, dispostos um dentro do outro onde os mesmos passaro por acabamento, tal como, grampo a cavalo (grampo sobre a lombada central). Para uma maior agilidade, as pginas do documento, assim como no perfect binding, devem ser dispostas consecutivamente, incluindo as pginas em branco. A definio de casamento entre as pginas ser definida na grfica. A principal regra para esse tipo de material quanto ao nmero de pginas. Obrigatoriamente, dever ser mltiplo de quatro, pois s dessa forma ser possvel o acabamento com grampo a cavalo. O no seguimento dessa regra poder causar um problema que a intercalao de uma folha solta ao material.3.9 TaBela de ForMaTos

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Ao planejar um material que ser impresso em uma grfica, muito importante ter em mente os formatos de papis existentes e a melhor forma de aproveitar esses formatos. Por que importante saber isso? Simples, a compra do papel pela grfica feita por peso, sendo assim, um material mal planejado acarretar num desperdcio de papel, tornando o custo do material impresso alto. Conhecendo os formatos, possvel fazer a melhor escolha quanto ao formato final do impresso, possibilitando menores custos e maior satisfao por parte do cliente final. A seguir, temos uma tabela contendo os principais formatos. Para melhor utilizao dos formatos, precisamos de alguns clculos.

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Temos, por exemplo, o papel 66x96 cm, que o mais usado na indstria grfica. Digamos que a impressora offset que imprimir o material ser uma meia folha (folha inteira / 2 ou F2). Ento, algumas margens devero ser descontadas desse papel, j que essas so de uso das impressoras, tais como, pina, sangrias e aberturas. 1) Para pina, devemos descontar do papel aproximadamente 1,5 cm, dependendo do caso, pois em alguns podem ir at 3 cm; 2) Para as aberturas, devemos descontar pelo menos 5 mm cada; 3) As sangrias devem ter de 3 a 5 mm para cada lado.

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3.10 Tipos de doBras Mais CoMuns

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Manual de Pr-Impresso

A cor existe por causa de trs entidades: a luz, o objeto visualizado e o observador. Os fsicos j provaram que a luz branca composta pelos comprimentos de onda vermelha, verde e azul. O olho humano percebe as cores como sendo vrios comprimentos de onda do vermelho, do verde e do azul, que so absorvidas ou refletidas pelos objetos. Por exemplo, suponha que voc esteja fazendo um piquenique em um dia ensolarado, prestes a apanhar uma ma vermelha. A luz do sol brilha na ma e o comprimento de onda de vermelho da luz reflete-se da ma para seus olhos. Os comprimentos de onda do azul e do verde so absorvidos pela ma. Sensores em seus olhos reagem luz refletida, enviando uma mensagem que interpretada pelo seu crebro como sendo a cor vermelha. Sua percepo da cor vermelha depende da ma, da luz e de voc. Uma ma absorver mais verde e azul do que outra, assim a sua cor aparecer avermelhada. Se nuvens encobrirem o sol, o vermelho da ma aparecer mais escuro. Sua interpretao da ma tambm ser afetada por sua prpria fisiologia, por sua experincia em consumir essa fruta ou pelo fato de voc no ter comido nada naquele dia.

Para o artista grfico, pintor ou produtor de vdeo, a criao da cor perfeita essencial. Quando as cores no esto corretas, o conceito torna-se incompleto; a imagem talvez no consiga transmitir a informao; e a experincia artstica pode ser perdida.

4. Cores

4.1 o Que Cor?

Manual de Pr-ImpressoCaptulo 4 . Cores

Os comprimentos de onda do vermelho, do verde e do azul que lhe permitem enxergar a ma so a base para todas as cores da natureza. por isso que o vermelho, o verde e o azul so freqentemente chamados de cores primrias. Todas as cores do espectro so criadas por diferentes intensidades desses comprimentos de onda da luz. Quando as trs cores primrias se sobrepem, elas criam as cores secundrias: ciana, magenta e amarelo. As primrias e secundrias so complementos umas das outras. As cores complementares so as cores que mais se diferem umas das outras.4.2 reproduo e Visualizao de Cores

Um grande problema com relao reproduo de cores o fato de a exibio da mesma poder variar de um dispositivo para outro, como o caso dos monitores, que por mais calibrados que possam estar, sempre dependem de muitos fatores de interferncia. Por melhor que sejam os monitores atuais, eles jamais reproduziro corretamente as cores que sero visualizadas no impresso em uma grfica. Sendo assim, possvel afirmar que no h como ter um controle visual do material com relao ao monitor do produto final. A reproduo das cores tem sua limitao em relao ao meio fsico, tanto as cores aditivas quantos as subtrativas, ou seja, as cores que o olho humano capta tm uma gama muito maior do que as reproduzidas pelos impressos e fotografias; por exemplo, essas limitaes podem ser expressas por seus gamuts especficos.4.3 diaGraMa de CroMaTiCidade ou GaMuTs

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So faixas de cores que podem ser realmente exibidas, visualizadas ou impressas por um sistema de cor. O olho humano tem a capacidade de visualizao muito mais ampla que os outros meios. A reproduo fotogrfica, pos sua vez, possui um gamut muito maior que o de um monitor RGB ou uma cmera digital. J o sistema de reproduo CMYK baseado em tintas compostas tem um menor nmero de cores possveis de serem reproduzidas que as demais. Quando se faz um planejamento grfico profissional, esses parmetros devem ser levados em considerao para que o resultado final no venha a surpreender nas diversas mdias, ou seja, a escolha da cor deve estar dentro de todos os gamuts para que no haja variaes finais.No possvel reproduzir todas as cores visveis. Cada processo de reproduo abrange uma rea limitada de cores. A cor que vemos na natureza representa a mxima faixa da cores. No entanto, nenhum mtodo de reproduo de cores consegue mostrar essa gama de cores.

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Mtodo Olho Humano Monitor Filme Impresso4.4 Modelos de Cores 4.4.1 rGB

Gama de cor Bilhes 16 Milhes 10 a 15 Milhes 5 a 6 Mil

O modelo RGB (Red, Green, Blue) um modelo de cor aditivo, no qual so combinadas trs cores claras principais (RGB), em vrias intensidades, para produzir as demais cores. Duas cores principais, quando misturadas, produzem cores secundrias. considerado um modelo aditivo, porque, ao adicionar as trs cores primrias, cria o branco. Os modelos aditivos so utilizados em televiso, monitores de vdeo, digitalizadores, filmadoras e outros sistemas que geram cores por mistura de luz com comprimentos de onda diferentes. A tela do monitor revestida de pontos de fsforo vermelho, verde e azul. Cada ponto pode ter um brilho diferente. Como os pontos esto muito prximos, o efeito visual de um nico ponto com a mistura da luz desses trs pontos.4.4.2 CMyk

O modelo de cor CMYK um modelo subtrativo. Esse sistema produz cor quando a luz refletida de um objeto ou de sua superfcie. A cor vista o resultado dessa luz refletida. A viso da luz branca ocorre quando o objeto est refletindo todos os comprimentos de onda de luz. Quando uma cor vermelha visualizada, significa que o objeto ou superfcie reflete o comprimento de onda correspondente ao vermelho e absorve todas as outras. As trs cores principais do modelo subtrativo so cian, magenta e amarelo. Duas cores principais misturadas produzem cores secundrias verde, vermelho e azul (o oposto do RGB). A combinao dessas trs cores principais produz o preto. O Modelo CMYK utilizado em imagens para impresso profissional.Devido s impurezas dos pigmentos utilizados na fabricao das tintas, o preto puro no pode ser conseguido, na natureza, pela mistura de percentagens iguais de cian (C), magenta (M), e amarelo (Y), como pode, teoricamente, em experimentos com a prpria luz. Para solucionar o problema, o preto puro (K) adicionado ao modelo de trs cores. No processo de impresso, o preto impresso como uma s cor separadamente.

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Manual de Pr-ImpressoCaptulo 4 . Cores

4.5 GerenCiaMenTo de Cores

Para gerao de mapas de cores para impresso (Desktop Mapping), oferecido inmeros modelos, tais como CMYK, RGB, HSB, HLS, etc. Quando se pretende usar um mapa de cores para visualizao em um monitor, a mais recomendada a paleta RGB, mas, para impresso, a mais recomendada a CMYK. Com a utilizao de paletas de fabricantes, possvel programar o cdigo da cor de fabricantes a ser utilizada na impresso, atravs de sistema de correspondncia de cores, implementados nos sistemas de edio de cartas. Quando valores so passados para as grficas, consegue-se reproduzir a cor escolhida e manter a cor em impresses futuras. Os bons produtos oferecem tabelas de correspondncia de cores que permitem gerar produtos com boa visualizao de tela e com boa programao visual na impresso. A reproduo das cores em muitos ambientes sero feitas com uma certa variao, j que tem que ser levado em conta as diferentes tecnologias de fabricao de tintas, pigmentos e equipamentos. Ento, faz-se necessrio o uso de perfis de cores especficos.4.6 perFil de disposiTiVo

Antes da programao visual do produto, necessrio imprimir a paleta de cores e escolher as cores pela paleta impressa. Essa escolha s trar resultados vlidos para o dispositivo de sada testado - uma determinada impressora, plotter jato de tinta, etc. Muitos sistemas oferecem recursos de gerenciamento de cores e facilitam o trabalho de calibragem do sistema. Antes de iniciar um trabalho, deve ser gerado um perfil de sistema para cada dispositivo de sada que ser utilizado na cadeia tcnica adotada. Os sistemas perifricos, como digitalizador, monitor de vdeo, dispositivos de impresso e plotagem, devem ter seu perfil levantado.40 4.7 norMa iso 12647 e a padronizao dos proCessos de iMpresso

A pouco mais de dez anos a padronizao de processos de impresso se consolidou mundialmente atravs da norma ISO 12647. Aps sua publicao pode-se notar uma grande parcela do segmento grfico utilizando dos mtodos, aplicaes e ferramentas dessa norma. A ISO 12647-2 (para impresso offset) tem seu conceito principal focado em um nico propsito: a repetibilidade de cores, da criao ao produto final. Para que se possa atingir esse objetivo, necessrio que clientes, prestadores de servios e grficos sigam corretamente os processos de produo como especifica a norma. Podemos citar como sendo primordiais para o sucesso desse processo os seguintes itens: Gerao de arquivos (Perfis ICC corretos e PDF/X);Os perfis ICC baseados na ISO esto disponveis para download no site da Corgraf. Com eles possvel calibrar provas e monitores, alm de realizar converses de cores utilizando os softwares grficos do mercado. Para maiores informaes entre em contato com a o setor de pr-impresso.

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Insumos e calibraes adequadas para gerao de provas; A produo de formas de impresso; Papis e tintas de impresso; Processo de impresso seguindo diretrizes estabelecidas pela norma (obedecer o sistema de cores CIE LAB, Ganho de ponto e tonalidade dos papis so alguns exemplos disso). A norma ISO 12647-2 resumidamente, oferece solues prticas e seguras para todas as etapas do processo produtivo, tendo como principais benefcios o resultado previsvel das cores e a capacidade das mesmas serem repetidas. A Corgraf como sendo lder em qualidade no mercado paranaense voltado a impressos promocionais e editoriais, no poderia ser diferente, desde 2009, todos os processos e insumos foram cuidadosamente escolhidos e testados para que o impresso final seja uma reproduo fiel do arquivo, baseando-se na norma ISO 12647-2.4.8 sisTeMas de CorrespondnCia de Cores

A utilizao de um sistema de correspondncia de cores de marca assegura o uso de padres. Os sistemas de correspondncia podem ser divididos em dois tipos: cores exatas; cores compostas. As cores exatas so criadas por fabricantes de tintas. Um exemplo o sistema de cores exatas Pantone. As cores compostas so bastante transparentes. Essa transparncia torna previsvel o efeito da mistura de tintas como ciano, amarelo, magenta e preto - CMYK.4.9 separao de Cores41

Quando existe a necessidade de imprimir um material, o arquivo precisa sofrer uma separao de acordo com as respectivas cores existentes nele, pois cada cor ser impressa por uma tinta diferente. Sendo assim, cada cor ir gerar uma chapa independente contendo todas as informaes necessrias para a sua reproduo. Ao imprimirmos o material, estaremos colocando cada chapa uma sobre a outra, dando o efeito colorido que desejamos em nosso material. Toda essa separao feita pelo RIP, no tendo interferncia direta dos operadores. A grande importncia de compreender a separao de cores poder evitar alguns problemas relacionados com os modos de cores existentes e a forma com que eles sero separados, Por exemplo, uma imagem em RGB ter que sofrer uma transformao para que possa ser separada em chapas CMYK, sendo assim o resultado poder no ser o desejado. importante que todos os elementos estejam no modo de cor que ele ser reproduzido para evitar possveis transtornos, sendo o modo de cor RGB excludo de nosso trabalho.

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4.10 o uso de Cores panTones

Muitas vezes utilizamos em nossos materiais cores exatas, sendo que a separao ser em cores compostas (CMYK). Isso poder causar transtornos, pois uma cor exata no ter a mesma representao visual quando impressa em CMYK. Para evitar aborrecimentos com relao converso das cores exatas: Use cores especiais somente se elas forem realmente necessrias em seu documento; Procure saber previamente como ser o resultado da cor convertida em CMYK, evitando assim surpresas ao receber o impresso final; Evite usar facas em cores especiais sobrepostas no arquivo, pois isso poder causar inconvenientes, tal como, por algum descuido, a faca ser convertida em CMYK e impressa junto com material; Quando utilizar somente cores especiais, procure verificar se algum objeto ainda esteja na cor CMYK para evitar que esse mesmo no seja ignorado na sada da chapa.

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Manual de Pr-Impresso

Uma imagem vetorial descrita por linhas plotadas num sistema de coordenadas cartesianas (equaes matemticas). Elas permitem redimensionamento em qualquer escala sem perda de qualidade, pois somente no momento da impresso ela convertida em um bitmap adequado s caractersticas do equipamento impressoras jato de tintas, laser e outras imprimem bitmaps, porque imprimem seqncias de pontos dispostos em linhas e colunas, cuja freqncia, por sua vez, define a resoluo da impressora. A este processo de converso de vetorial para bitmap chamamos de rasterizao e executado por um RIP Raster Image Processor.5.2 iMaGeM BiTMap ou rasTer

A imagem obtida por fotografia digital ou escaneada um bitmap, ou seja, mapeada por bits. Quer dizer que a imagem est organizada em uma srie de linhas e colunas formadas por pixels. Cada pixel (picture element) possui apenas uma cor e no possui uma dimenso fixa: o tamanho ser atribudo ao pixel no momento da impresso.

5.3 MTodos de CodiFiCao de iMaGeM

Tambm conhecidos como modos da imagem, descrevem como os pixeis so organizados e representados dentro da memria do computador.

5. iMaGens

5.1 iMaGeM VeTorial

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RGB (24 bits): sistema que usa trs cores por pixel. Cada cor representada em 8 bits (1 byte), permitindo 256 nveis ou valores por cor. CMYK (32 bits): sistema que usa quatro cores por pixel. Cada cor representada em 8 bits, permitindo 256 nveis de cor. O sistema CMYK baseia-se na qualidade da luz absorvida por uma tinta impressa sobre papel. Como o modo CMYK usa 4 bytes por pixel, ele ocupa 33% mais espao em memria e em disco do que o modo RGB. o modelo indicado para a indstria grfica. Escala de Cinza (8 bits): sistema que usa 256 nveis de cinza por pixel, ou um byte por pixel. Este modo o recomendado para armazenar imagens em preto e branco, guardando tons contnuos. Preto e Branco (1 bit): tambm conhecido como Bitmap, pois cada pixel representado por um nico bit. Programas de manipulao costumam oferecer 4 modos de converso para preto e branco: linha artstica (50% Threshold), ordenado, difuso de erro e meio-tom. Dentre todos os modos, o Bitmap o que resulta em imagem com menor tamanho. Este modo usado para dar sada em duas cores. Cor Indexada (de 1 a 8 bits): tambm conhecido como 256 cores. Neste modo, cada pixel assume um valor presente numa paleta de 256 cores. Existem vrios tipos de paletas. Programas de manipulao permitem customizar uma paleta e criar uma nova, fazendo uma amostragem da imagem a ser convertida. Este modo til para aplicaes multimdia e para publicar na Web.5.4 MTodos de CoMpresso de dados

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So algoritmos matemticos (concretizados na forma de programas) que visam reduzir o tamanho original de uma imagem, usando alguma forma de codificao/ decodificao. LZW (Lempel-Ziv-Welch): foi desenvolvido em 1984 para compactar dados em discos magnticos. Hoje em dia, mtodos como este tornaram-se populares pelo seu uso em programas de microcomputadores (Doublespace, Zip, etc). O LZW funciona muito bem com imagens grficas, em que a quantidade de cores discreta e em que existem muitas reas com tons constantes. Esse mtodo de compactao visa exclusivamente a qualidade. JPEG (Joint Photographic Experts Group): foi criado em 1990 pelo comit que deu o nome a este mtodo de compresso. O JPEG foi projetado para comprimir imagens de sujeitos reais (tais como fotos) tanto coloridas quanto em escala de cinza. O JPEG tem como caracterstica intrnseca a perda de qualidade da imagem, ou seja, uma imagem descomprimida no exatamente igual original. Por outro lado, permite taxas de compresso muito mais elevadas do que mtodos sem perda. No JPEG, o grau de compresso pode ser controlado e quanto mais compresso menor o tamanho do arquivo. Porm, quanto maior a compresso maior ser a perda de informao. O JPEG muito eficiente em imagem de tons contnuos, tais como, fotografias, e menos eficiente em grficos ou line art, em que a quantidade de tons diferentes menor.

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5.5 ForMaTos de iMaGens

Quando imagens so capturadas eletronicamente por cmaras digitais, scanners, etc, ou geradas por programas, elas so sempre transferidas para um computador, onde ficam armazenadas em arquivos. Diferentes fabricantes de equipamentos digitais e programas de computador desenvolveram uma grande quantidade de formatos de arquivos. Os formatos de arquivos descrevem como as imagens so organizadas dentro do disco ou da memria do computador. GIF (Graphics Interchange Format): , provavelmente, o formato de arquivos grficos mais popular. Foi criado pela Compuserve para a transmisso de imagens do tipo bitmap pela Internet. TIFF (Tagged Image File Format): um formato de arquivos que praticamente todos os programas de imagem aceitam. Foi desenvolvido em 1986 pela Aldus e pela Microsoft numa tentativa de criar um padro para imagens geradas por equipamentos digital. O TIFF capaz de armazenar imagens true color (24 ou 32 bits) e um formato muito popular para transporte de imagens do desktop para bureaus, para sadas de scanners e separao de cores. O TIFF permite que imagens sejam comprimidas usando o mtodo LZW e permite salvar campos informativos (caption) dentro do arquivo. EPS (Encapsulated Postscript): Desenvolvido pela Adobe, o Postscript uma linguagem de descrio de pginas. Ao invs de definir pixeis, o Postscript composto por um conjunto de comandos que so interpretados por um dispositivo de sada (impressoras, por exemplo). Ele pode ser usado para armazenar grficos (vetores), imagens raster (bitmap) ou ambos. JPEG: Estritamente falando, o JPEG especifica apenas um mtodo de compactao de imagens. O mtodo de compresso usado pelo JPEG acarreta em perda da qualidade da imagem, ou seja, uma imagem comprimida em JPEG, quando descomprimida, nunca ser igual original. Por outro lado, o mtodo de compresso do JPEG permite taxas de compresso mais altas do que o LZW (usado pelo GIF e pelo TIFF), usando um mecanismo que permite ao usurio alterar um nvel de qualidade.5.6 resoluo45

Resoluo pode significar duas coisas: 1. A capacidade que um sistema de captura/reproduo de imagens tem para reproduzir detalhes. Quanto maior a resoluo mais pormenores podem ser reproduzidos por um determinado sistema de captura da imagem: ccd, lentes, software, etc. 2. A segunda definio a que nos interessa. A resoluo de uma imagem o nmero de pixels impressos ou exibidos por unidade de medida, sendo a polegada utilizada com mais freqncia. A frmula da resoluo : Resoluo = pixels/largura de impresso.

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5.7 inTerpolao

Quando possumos uma imagem com uma resoluo abaixo do ideal, podemos usar um recurso para aumentar sua resoluo, o que ameniza o serrilhado decorrente da pouca quantidade de pixel existente na imagem. A isso damos o nome de interpolao. O modo mais elegante de interpolao chama-se Bicbica, que feita de forma suave, em que o redimensionamento da imagem faz com que o software faa uma mdia dos pixels adjacentes, criando, assim, pixels intermedirios, dando uma amenizada nos degraus criados pela mudana no tamanho da imagem. Esse mtodo de interpolao o mais usado por sua qualidade, porm o mais custoso devido aos clculos realizados. J o mtodo Bilinear realiza a mdia apenas dos pixels vizinhos da vertical e horizontal, dando uma visvel diferena do mtodo anterior (para pior). A interpolao Nearest Neighbor o modo mais grosso e rpido de reduzir ou ampliar uma imagem. Esse mtodo no realiza qualquer clculo ou mdia, mas simplesmente repete a cor de pixel na borda do original. Ele pode ser de alguma utilidade apenas quando voc est aumentando o tamanho de uma imagem por uma proporo exata, como quatro vezes ou 16 vezes o tamanho original.5.8 Melhor ForMaTo de iMaGeM

Com as tecnologias existentes hoje na rea grfica, existem inmeros formatos de imagem para escolher. Certamente, cada um se encaixar perfeitamente em um determinado trabalho, porm a melhor escolha dar ao seu material resultados mais satisfatrios:46

EPS: Utilizado quando tenho imagens em duotone (em cores especiais), por exemplo, e devo dar sada nas respectivas cores, pois esse formato aceita tal recurso. Geralmente, necessitam estar encapsulado em PostScript para poder dar sada. muito problemtico quando salvo usando a codificao JPG. Ento, recomenda-se a codificao binria. PSD: Empregado quando tenho que trabalhar com camadas (layers) ou fundo transparente. O uso desse formato nem sempre o mais satisfatrio em determinados softwares, principalmente quando tem que rotacion-los. JPG: Muito utilizado quando requer o uso de pouco espao em disco. Esse tipo de imagem no preza qualidade do seu arquivo, portanto sua utilizao deve ser limitada para alguns fins, por exemplo, envio pela internet. TIFF: Atualmente, esse formato de imagem est muito avanado e suas verses mais recentes j permitem o uso de camadas. muito confivel e pouqussimos problemas ocorrem com seu uso, sendo recomendado em quase todos os tipos de materiais. Ele suporta tambm mscaras (canal alfa) e clipping path, possibilitando, assim, que suas imagens sejam importadas com fundo transparente.

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5.9 Quando usar VeTor e Quando usar BiTMap 5.9.1 usando VeTor

Os grficos vetoriais so utilizados em impresses, arte para revistas, folders, web. Uma rea em que se utiliza muito as ferramentas vetoriais a da ilustrao, tanto para quadrinhos quanto para publicidade. Com a ferramenta de ilustrao vetorial, cria-se o croqui que mais tarde trabalhado em programas de edio bitmaps para aplicao de detalhes, ou seja, para dar vida. Para utilizar seus vetores com maior qualidade em programas de paginao, exporte-os em EPS, pois esse formato permite que todas as caractersticas de sua ilustrao ou grfico sejam mantidas inalteradas.5.9.2 usando BiTMap

Os grficos bitmaps so amplamente utilizados na Web, impresses, cinema, TV, CD-ROMS, Games, etc. Usa-se imagens baseadas em pixels quando se deseja uma maior profundidade, algo que transmita mais vida para o usurio/observador. Usamos o bitmap em muitos casos, mas nem por isso o vetor deve ser banalizado, pois muitos ilustradores, com certeza, utilizam ferramentas vetoriais para criar suas obras, seja o croqui ou a arte final. Enfim, tanto os programas Vetoriais quanto os Bitmaps so importantssimos e, certamente, foram revolucionrios e responsveis pela exploso da arte digital nos dias de hoje.5.10 Gerando iMaGeM CoM Cor espeCial do phoToshop 5.10.1 duoTone

Certos materiais fazem necessrio o uso de cores especiais em suas imagens. Por exemplo, se temos uma imagem que ser impressa em duas cores especiais juntamente em um arquivo que contenha cores escalas (CMYK), isso lhe forar a convert-las (imagens) em cores especiais. Porm, a converso para esse modo cor no pode ser encarada de uma forma qualquer. muito importante seguir alguns prosseguimentos para que seu trabalho tenha o resultado desejado. Siga os seguintes passos: 1) Converta a imagem em Grayscale (Image>>mode>>grayscale); 2) Em Image>>mode escolha duotone; 3) Na janela duotone options, escolha duotone; 4) Defina os pantones clicando sobre as indicaes de cores; 5) Clique sobre a opo curvas para ajust-la; 6)V ao menu image>>mode e escolha multichannel .

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Para o PageMaker a exteno PSD no tem o mesmo resultado, o melhor formato neste caso o EPS DCS2.

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5.10.2 CMyk CoM Cor espeCial

Determinadas imagens necessitamos criar juntamente com os canais CMYK um quinto canal PANTONE. Para executar essa tarefa no Photoshop veja os procedimentos a seguir: 1) Abra a janela Channels; 2) Abra o sub-menu e escolha a opo New Spot Channel; 3) Escolha a cor especial que ser usada na imagem.5.10.3 salVando iMaGens CoM Cores epeCiais

Aps a imagem ser criada, precisamos escolher o melhor formato e sua configurao para podermos salvar essa imagem. O formato PSD o que melhor se adapta a essa caracterstica de trabalho, visto que ele importvel por todos os softwares, alm de aceitar, obviamente, esse recurso, alm de permitir salvar a imagem com fundo transparente.5.11 CoMparaTiVo enTre os ForMaTos

Formato PSD

Caractersticas Suporta camadas Textos Editveis Compresso

% com Rel. ao TIFF 100 % maior

PDF48

Suporta camadas Textos Editveis Compresso Zip Compresso Jpeg

40% a 11% menor

JPEG

No suporta camadas Textos no editveis Compresso com perda de qualidade

66% a 90% menor

TIFF

Suporta camadas Textos editveis Compresso

EPS

No suporta camadas Textos no editveis Exige impressora PS

(JPEG) 60% menor (ASCII) >178% maior (BINRIO) 14% maior

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5.12 ConVerTendo iMaGeM de rGB para CMyk

A converso de uma imagem do mode de cor RGB para CMYK, sempre um processo delicado. Dependendo do modo como realizada essa converso o resultado final na impresso pode no ser o esperado. Para realizar tal converso de forma mais satisfatria, siga os seguintes passos: 1) V ao menu Edit>>Color settings; 2) No campo Working Spaces, selecione Custom CMYK; 3) Em Black Generation escolha Light.

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No modelo 1 todas as cores esto desenhando a imagem deixando a mesma com mais contraste. No modelo 2 s o black est fazendo o desenho, deixando as outras cores saturadas, sendo assim a imagem fica sem desenho nos outros canais, criando uma barreira quando as cores chegam no black, dependendo da imagem falta at cor, ocasionando um resultado ruim na impresso.

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5.13 reCorTe de iMaGeM

Todo o recorte de imagem depende de alguns truques para que se atinja um bom resultado final. O recorte realizado com a utilizao da ferramenta MAGIC WAND (varinha mgica) deixar a imagem com as bordas toda serrilhadas, como imagem abaixo.

Siga o seguintes passos para realizar o recorte: 1) Selecione a ferramenta Pen Tool e recorte a imagem; 2) Na aba Paths clique sobre o recorte; 3) No sub-menu da aba Paths, selecione a opo Make Selection;50

4) Em Feather Radius defina 1 pixel e marque a opco Anti-aliased.

A imagem recortada com Paths e utilizando a opo Make Selection deixa o recorte mais suave.

Manual de Pr-ImpressoCaptulo 5 . Imagens

5.14 Canal alpha

Essa tcnica usada para aplicar fundo transparente em imagens, principalmente para usurios do CorelDraw. Siga os passos a seguir: 1) Recorte a imagem utilizando a ferramenta Pen Tool; 2) Na aba Paths clique sobre o recorte; 3) No sub-menu da aba Paths, selecione a opo Make Selection; 4) Em Feather Radius defina 1 pixel e marque a opco Anti-aliased; 5) No menu Select escolha a opo Save selection; 6) Salvar a imagem em TIFF com opo ALPHA CHANNELS ativada.5.15 sanGrias eM iMaGens

Para realizar sangrias em imagens nem sempre uma tarefa fcil. Dependendo da complexidade da mesma podemos gastar muito tempo para realizar essa tarefa. Para criar sangrias mais facilmente em diveros tipos de imagem siga os passos a seguir: 1) V ao menu Image selecione Canvas Size e aumente a imagem em 1cm, ficando assim a imagem com 5mm a mais para cada lado; Ex: 10x20 ficar 11x21 A imagem ficar com uma borda branca ao redor.

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Quando utilizamos a ferramenta forma no CorelDraw, em imagens com Canal Alpha e no aparamos a sobra da imagem, corremos o srio risco de que a mesma saia cortada na impresso.

Manual de Pr-ImpressoCaptulo 5 . Imagens

2) Copiar parte da imagem em uma das extremidades e criar um novo Layer para a margem que ser sangrada;

3) V ao menu Edit>>Free Transform, clique com boto direito do mouse no Windows ou comand+clique no System X, em seguida escolha a opo Flip (Horizontal ou vertical);

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4) Distorcer a imagem para os lados ou para baixo, somente nos layers da sangra, dependendo da posio da mesma.

Manual de Pr-Impresso

Quando temos uma sobreposio de um objeto com relao a outro, damos o nome de overprint. Essa tcnica utilizada largamente, por ser de grande valia para os impressores, pois auxiliam nos inconvenientes e esforos para registro de determinadas cores. Um padro da indstria grfica a sobreposio (overprint) por default da tinta preta (black). Levando-se em conta a densidade da cor, pode-se configur-la perfeitamente para sobrepor todas as outras, salvo algumas excees. Em reas e textos pretos muito grandes, onde a cor sobrepe apenas em uma parte de um outro objeto, aconselha-se a no usar overprint, evitando efeitos indesejados, tal como, parte do objeto ou texto preto com uma tonalidade da cor preta diferente do restante. Outra utilizao muito freqente do overprint no que se refere a sombras. A sobreposio nesses efeitos ajudam a evitar sombras esbranquiadas, assim como em fios muito finos e textos muito pequenos.

6.2 knoCkouT

Ao contrrio do overprint, quando temos uma reserva dos objetos ou textos com relao ao fundo, damos o nome de knockout (vazar, furar). Em determinadas situaes, o overprint no uma boa escolha, por exemplo, imagine um layuot qualquer onde sua metade vertical seja coberta por um retngulo laranja e a outra parte pela cor branca (papel), agora imagine um texto preto no corpo 50 em bold, ultrapassando de uma extremidade a outra do layout (da parte branca at a laranja). A parte onde o preto cair sobreposto no

6. aJusTes de reGisTro

6.1 oVerprinT

Manual de Pr-ImpressoCaptulo 6 . Ajustes de Registro

branco do fundo ficar um preto 100%, enquanto a outra metade cair sobre o laranja, dando um aspecto preto alaranjado por adicionar ao preto o laranja do fundo. Esse problema comumente encontrado em inmeros trabalhos impressos, sendo possvel sua correo se verificado a tempo. Em casos como esse que devemos usar o recurso Knockout e no o overprint.

6.3 TrappinG

Muitas vezes, deparamo-nos com problemas de filetes brancos em materiais impressos, problemas esses denominados de registro de impresso. Ao longo da evoluo dos softwares de editorao grfica, muito foi feito com relao a esse problema. Hoje, todos os programas possuem recursos para corrigir esse problema de encaixe. Existem at programas especficos para trabalhar com isso. Para corrigir tal problema, usamos a tcnica conhecida como trapping, que consiste em invadir os contornos das cores de primeiro plano sobre as cores de segundo plano, causando uma pequena sobre-impresso, evitando, assim, o problema citado acima. Quando usamos a tcnica knockout, quase sempre devemos utilizar o trapping, salvo alguns casos.54

O trapping tambm pode ajudar quando usamos um texto vazado sobre uma superfcie preta calada. Isso evita que surjam sombras nos textos por causa do registro. Essa tcnica consiste em reservar uma rea ao redor do texto onde o cian do calo no possa avanar, ou seja, em um contorno ao redor do texto somente a cor preta se faz presente. O exemplo mostra um objeto sem o trapping, podendo ser visto claramente o filete por falta de registro na impresso.

Manual de Pr-ImpressoCaptulo 6 . Ajustes de Registro

A segunda figura mostra o mesmo objeto com trapping aplicado.

Texto vazado em uma superfcie preta sem trapping.

Texto vazado em uma superfcie preta com trapping.

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6.4 Calo

Na indstria grfica, algumas tcnicas so empregadas para que o resultado final de um material impresso seja o melhor possvel. O calo nada mais que uma dessas tcnicas empregadas. Quando uma arte possui uma superfcie muito grande, coberta pela cor preta 100%, devemos ter alguns cuidados quanto a isso. No momento da impresso, essa superfcie tem que sofrer uma presso muito maior para haver uma cobertura total, mas isso muitas vezes no possvel, visto que poder conter na pgina algumas porcentagens da cor que, ao forar o preto 100%, poder influenciar diretamente nelas. Por exemplo, um preto 90%, ao forar o chapado (100%), poder haver um ganho de ponto e entupimento da retcula. Sendo assim, o recurso para corrigir esse problema e deixar o preto com uma aparncia mais intensa o calo, Como usar essa tcnica? Simples, em toda a superfcie 100% de preto, adicione 30% a 40% de cian, 1% de magenta e 1% de amarelo. Essas porcentagens so usadas pelo seguinte motivo: ao adicionar cian,

Manual de Pr-ImpressoCaptulo 6 . Ajustes de Registro

a impresso de que o preto fique com uma intensidade muito maior, dando um poder de cobertura tambm maior do que somente a cor mencionada. J as cores magenta e amarela tendo 1% pelo fato de que, na indstria grfica, a cor preta, por padro, dever ser sobreposta (overprint). Dessa forma, quando um objeto preto cair sobre um objeto vermelho, por exemplo, poder haver uma marcao na superfcie, deixando a rea de sobreposio mais escura, mesmo tendo cian como calo.

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Manual de Pr-Impresso

Fontes so arquivos que contm informaes para que o servidor grfico exiba o texto na tela e para que o servidor de impresso imprima o seu texto. Cada arquivo de fonte contm, portanto, uma famlia tipogrfica inteira (maisculas, minsculas, algarismos, pontuao, alguns smbolos e letras acentuadas).7.2 FonTes BiTMap (rasTer)

Tambm conhecidas como mapa de bits, trata-se de um tipo de imagem formada pela alternncia entre pontos iluminados (branco) e escuros (preto). Em uma fonte do tipo bitmap, cada um dos caracteres corresponde a uma imagem monocromtica. Para cada tamanho de letra, necessrio um conjunto completo de caracteres. Para economizar espao no sistema de arquivos, as fontes bitmap contm s os tamanhos mais usados. O que gera o principal problema destas fontes: quando se tenta usar um tamanho inexistente no arquivo, o tamanho imediatamente menor esticado, produzindo imperfeies. Apesar da desvantagem, as fontes bitmap ainda so teis porque seu uso implica em ganho de performance do sistema: elas consomem menos memria que as fontes vetoriais.7.3 FonTes VeToriais

Enquanto uma imagem raster contm uma alternncia de pontos pretos e brancos, uma imagem vetorial no formada por pontos, mas por frmulas matemticas que descrevem a localizao e o formato das retas e curvas do desenho. O processo de exibio destas fontes (renderizao) mais lento, mas a qualidade grfica melhor, j que as fontes do tipo vetorial podem ser ampliadas em qualquer tamanho sem apresentarem deformaes.7.4 FonTes posTsCripT

Criado pela Adobe nos anos 80, as fontes so compostas por dois arquivos: um para visualizao na tela (bitmap) e outro que vai para a impressora (outline). Os

7. FonTes

7.1 o Que so FonTes

Manual de Pr-ImpressoCaptulo 7 . Fontes

dois precisam estar instalados juntos para funcionarem corretamente. As fontes Postscript merecem destaque devido sua qualidade. D preferncia a elas, pois consomem menos memria e imprimem melhor. H vrios tipos de fontes Postscript, mas o formato Type1 o mais usado, a ponto de ter se tornado, praticamente, sinnimo das fontes da Adobe. As fontes OpenType so tambm baseadas na tecnologia Postscript. Uma fonte Type1 consiste em um arquivo que contm a fonte propriamente dita (outline), outro contendo as medidas (metrics) e outras instrues destinadas a facilitar a exibio da fonte na tela. O arquivo de fonte pode ser um arquivo de texto com a extenso pfa (Postscript Font ASCII) ou um binrio, nesse caso com a extenso pfb (Postscript Font Binary). O arquivo de mtrica um arquivo texto com a extenso afm (ASCII Font Metrics).7.5 FonTes TrueType

Formato criado em conjunto pela Apple e Microsoft para driblar os custos (carssimos) de licenciamento do padro PostScript, o objetivo era oferecer aos seus sistemas operacionais (Macintosh e Windows) fontes escalonveis sem terem que pagar uma fortuna pelo licenciamento da tecnologia da Adobe. Existem dois tipos distintos, o de PC (com extenso TTF) e o de Mac. Antigamente, as fontes TTF de PC no funcionavam no Mac e vice-versa. Mas o OS X aceita qualquer fonte TTF de Windows. Os PCs ainda no conseguem usar TrueType de Mac sem converso. A principal vantagem das fontes TrueType que todos os dados esto armazenados em um nico arquivo, de extenso *.ttf.58

A principal desvantagem apresentada pelo sistema TrueType que ele oferece menos detalhes sobre cada glifo, tridimensional em Postscript e bidimensional em TrueType, e por causa disso no imprimem to bem.7.6 FonTes openType

Padro criado pela Microsoft e Adobe, combinando caractersticas dos dois anteriores. multiplataforma: os mesmos arquivos funcionam no Mac e no Windows. Vem se difundindo ligeiramente por estas caractersticas.7.7 proBleMas CoM as FonTes

Um dos maiores obstculos para pr-impresso, hoje em dia, com certeza, so as fontes. A proliferao de fontes customizadas e no padro tem sido uma ddiva para os designers e uma maldio para os operadores de pr-impresso [Publish A sutileza da fonte]. Fontes problemticas tm provocado cada vez mais dor de cabea para muitos profissionais. Embora muitos pensem que a fonte que est usando perfeitamente saudvel, enganam-se e muito. Com o nmero de fontes disponveis no mercado hoje, sem o mnimo de controle de qualidade, aumentam as estatsticas

Manual de Pr-ImpressoCaptulo 7 . Fontes

de erros causados pelas fontes problemticas. Muitas vezes tais problemas s so vistos ao final de todo o processo (impresso propriamente dita). Podemos definir como sendo grandes problemas os seguintes: 1) Arquivos de fontes corrompidos, principalmente fontes PostScript, por terem arquivos para visualizao e impresso separados. A falta de um deles acarretar srios problemas; 2) Fontes sem procedncia: no espere muita coisa adquirindo um cd de fontes na banca da esquina. Fontes de qualidade e com padro custam caro, mas ajudam seu material a custar mais barato; 3) Por mais absurdo que possa parecer, as fontes apodrecem com o tempo, e ningum sabe explicar o porqu. como se o Windows ou o Macintosh OS cansassem das fontes instaladas e passassem a substitu-las por outras, ou at mesmo por nenhuma, dando, assim, srios problemas de impresso. Para isso, deve-se, de tempo em tempo, desinstalar e instalar as fontes novamente; 4) Evite usar fontes iguais de padres diferentes, ou seja, uma fonte PostScript com uma TrueType ou OpenType. Isso poder gerar conflitos entre elas, ocasionando muitos problemas, como por exemplo, textos normais ficarem itlicos, ou at mesmo no aparecerem na tela e nem na impresso; 5) Evite usar mais de um gerenciador, o que, com certeza, poder gerar conflitos; 6) Ao instalar uma fonte, tome o cuidado de verificar se toda a famlia foi instalada corretamente. Muitos aplicativos tm a caracterstica de italizar ou negritar as fontes, mesmo se essas no estejam com a famlia completa. Nas impressoras a jato de tinta e laser, podero ser impressas normalmente, mas, em impressoras profissionais, elas sairo normais de acordo como esto instaladas; 7) No Macintosh, evite jogar as fontes diretamente no diretrio fonts do sistema, pois poder gerar alguns problemas, j que elas no esto tendo gerenciamento algum; 8) Evite usar o boldfique e o italize pelas paletas de controles ou menus. Use sempre as fontes que contenham esse estilo em sua famlia; 9) Por mais prtico que possa ser, evite usar muitas fontes instaladas em seu sistema, por mais que isso possa facilitar sua vida, porque, por outro lado, pode complic-la. O recomendado ter, no mximo, dezenas. No Windows, isso pode chegar at 400 fontes sem ter muitos riscos. No Macintosh, um pouco menos, lembrando que o recomendado seria dezenas e no centenas. Voc pode ter milhares de fontes disponveis em seu computador, mas no instadas. Faa isso apenas quando for us-las; 10) No Windows, quando o nmero de fontes ultrapassarem as 400, procure desinstalar todas, se possvel at mesmo deletar os atalhos que se encontram na pasta fontes do painel de controle, mas cuidado para no deletar as fontes de sistema.59

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Porttil, o formato PDF (Portable Document Format) uma evoluo do formato PostScript desenvolvido pela Adobe Systems Incorporated no incio da dcada de 80 e, provavelmente, ser o seu sucessor no fluxo de trabalho digital da indstria grfica. Graas sua estabilidade, confiabilidade e tamanho compacto, o PDF hoje o formato mais moderno, prtico e eficiente para envio de arquivos eletrnicos para uso grfico, um padro adotado pela maioria dos sistemas de fluxo de trabalho dos principais fabricantes mundiais. O PDF traz todas as informaes de pgina contidas no PostScript. Mas, ao contrrio deste, pode ser aberto e visualizado para conferncia e at mesmo sofrer pequenas edies e modificaes sem que seja necessrio recorrer ao aplicativo original. Alm disso, o PDF independe do sistema operacional no qual foi gerado (Mac, PC, Unix, etc), inclui todos os elementos vetoriais, imagens e fontes usados no documento e um formato extremamente compacto. Na sua evoluo, o PDF incorporou recursos especficos para uso grfico profissional e diversos aplicativos novos surgiram para aproveitar e estender sua funcionalidade. Existem diversas maneiras de produzir arquivos PDF. As verses mais modernas dos aplicativos de editorao eletrnica oferecem a opo salvar ou exportar as pginas em PDF. H ainda sistemas baseados em impressoras virtuais que possuem o recurso de imprimir para arquivo (print to file) no formato PDF. Esses sistemas, no entanto, no apresentam a confiabilidade e a preciso necessrias para a criao de um arquivo PDF destinado ao uso grfico profissional. Tambm, dada a sua versatilidade de uso, o PDF tem capacidade de incorporar elementos multimdia (sons, filmes, animaes, etc), funes de formulrios (menus automticos, campos para preenchimento, etc.), recursos de internet e bancos de dados (hiperlinks e catalogao automtica), sem contar anotaes e comentrios de reviso. Todas essas ferramentas so desnecessrias em um PDF destinado impresso e podem causar erros no processamento dos arquivos. Por isso, foram definidos alguns padres restritivos (subsets), especficos para uso grfico (conhecidos como PDF/X), no qual esses recursos so eliminados e os arquivos so construdos conforme normas rgidas.

8. pdF/x

8.1 inTroduo

Manual de Pr-ImpressoCaptulo 8 . PDF/X

O subset PDF/X-1a um desses padres internacionais, normalizado pela ISO. No momento, o Organismo de Normalizao Setorial de Tecnologia Grfica, ONS27, no mbito da Associao Brasileira de Tecnologia Grfica, est preparando a traduo da norma para sua aprovao no Brasil. O padro PDF/X-1a prev arquivos seguros e confiveis, montados a partir de informaes genricas e universais, permitindo seu uso por todos os sistemas de fluxo de trabalho grfico que suportam o formato PDF, independente do aplicativo e da plataforma em que os documentos originais foram criados. O objetivo final garantir um intercmbio de arquivos no modo conhecido como troca cega (blind exchange): O criador do arquivo no precisa obter nenhuma informao sobre o sistema de trabalho do fornecedor destinatrio (bureau de servios, grfica, editora, etc), e este tambm no necessita de informaes adicionais sobre o processo de gerao do arquivo PDF/X-1a.8.2 Criao de arQuiVos pdF-x/1a

Para que possam ser adequadamente convertidos para PDF/X-1a, os arquivos PostScript necessariamente devem possuir algumas caractersticas particulares. As informaes abaixo so genricas. Eventualmente, alguns valores podem ser modificados conforme instrues especficas do fornecedor destinatrio do arquivo (bureau de servios, grfica, editora, etc).8.2.1 CaraCTersTiCas Que os arQuiVos posTsCripT deVeM Ter

1) Devem ser do tipo composto (composite); 2) Devem ser criados usando a descrio de impressora (PPD) do Acrobat Distiller, verso 4 ou 5, do tipo genrico (no vinculado a dispositivo);62

3) Documentos com mais de uma pgina podem ser salvos em arquivos individuais para cada pgina, ou em um nico arquivo PostScript, com as mltiplas pginas includas na seqncia direta da numerao. No segundo caso, as pginas em branco (blank pages) devem ser colocadas no documento de paginao da obra e includas no arquivo PostScript; 4) Todos os elementos das pginas (inclusive imagens e ilustraes) devem utilizar somente cores CMYK; 5) Verses definitivas de alta resoluo (hires) das imagens devem ser incorporadas integralmente aos arquivos PS; 6) As marcas de corte (crop marks ou trim marks) devem necessariamente ser incorporadas no arquivo. Em programas que ofeream opo de personalizao das marcas, elas devem estar posicionadas, no mnimo, 10 pontos tipogrficos (3,5 mm) da borda do documento; 7) O formato do papel (paper size ou media size), definido na sada do PostScript, deve ter, no mnimo, uma polegada (2,54 cm) maior que o tamanho de corte do documento nas duas dimenses a fim de abrir espao para as marcas de corte e informaes de pgina. Por exemplo: documentos com 21 X 28 cm podem ser fechados em papis 23,54 X 30,54 cm ou maiores. O documento e as marcas de

Manual de Pr-ImpressoCaptulo 8 . PDF/X

corte devem estar centralizados no papel (horizontal e verticalmente); 8) Elementos grficos posicionados junto s bordas do documento devem possuir sangria (bleed) de, no mnimo, 3mm para alm da linha de corte. Nos aplicativos em que a extenso da sangria precisa ser definida no fechamento do arquivo, a mesma deve ser acertada para, no mnimo, 3mm; 9) Os documentos devem ser fechados com marcas de corte completas nos quatro cantos, sem o uso de pginas faceadas (spreads); 10) Todas as fontes tipogrficas utilizadas no documento preferencialmente do padro PostScript Nvel 1 devem ser incorporadas no arquivo PostScript. Fontes especiais (True Type, Open Type, etc) podem ser convertidas para curvas ou incorporadas ao PostScript conforme instrues do fornecedor.8.2.2 CaraCTersTiCas Que os arQuiVos posTsCripT no podeM Ter

1) Separao prvia de cores (PostScript pr-separado); 2) Descries de impressora (PPD) de dispositivos especficos (imagesetters, platesetters ou RIPs); 3) Elementos com cores RGB, CIE-Lab ou cores indexadas (indexed colors), como as encontradas em imagens do tipo GIF. Essas imagens devem ser convertidas para CMYK antes do fechamento; 4) Cores especiais (spot colors) ou cores Pantone, ainda que na forma de cores adicionais ao CMYK (quinta cor); 5) Imagens do tipo duotone, criadas no Photoshop, com uso de cores especiais. Duotones elaborados com uso de cores CMYK so aceitos desde que criados em Photoshop verso 5.5 ou mais recente; 6) Imagens pr-separadas, salvas no formato EPS DCS 1 ou DCS 2; 7) Imagens de baixa resoluo para posterior substituio em sistemas de OPI; 8) Perfis de cor (ICC Profiles) incorporados. Tanto as imagens CMYK includas no documento quanto o prprio arquivo PS no devem possuir perfis incorporados (embeded); 9) Diviso de pginas em mltiplas folhas de papel. A opo de uso de ladrilhos (tiling) deve ser desabilitada no fechamento; 10) Pginas posicionadas lado a lado (facing pages) unidas numa nica folha (spread), exceto se o material for destinado montagem em formato revista ou a ser impresso explicitamente dessa maneira;

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Os ajustes de encaixe entre as tintas (trapping), definidos nos aplicativos de paginao, so desconsiderados na gerao do PDF do tipo composto (composite). No entanto, as informaes de sobreposio de cor (overprint) so preservadas e devem ser especificadas pelo criador do arquivo.

Manual de Pr-ImpressoCaptulo 8 . PDF/X

11) Marcas de sangria (bleed marks) junto das marcas de corte. Nos aplicativos que oferecem essa opo no fechamento, as marcas de sangria no devem ser incorporadas; 12) Fontes tipogrficas padro PostScript Tipo 3, mesmo que incorporadas ao PS. (Textos Retirado do Guia Como produzir arquivos PDF/X-1a da revista Professional Publish.)

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Manual de Pr-Impresso

Os compactadores so programas que usam algortimos capazes de reduzir o tamanho de um determinado arquivo consideravelmente. Isso muito importante quando nos deparamos com uma situao em que devemos enviar nossos arquivos pela internet, por exemplo, e-mail ou FTP. Alm do mais, conseguimos, atravs desses programas, organizar todos os arquivos que compem nosso trabalho, tais como, fontes, links e o prprio documento em um s arquivo. Os sistemas operacionais, como o Windows e o System X da Apple, possuem utilitrios para que possamos compactar nossos arquivos. sempre importante darmos aos nossos arquivos compactados uma nomenclatura clara para, assim, ser mais facilmente identificado pelo bureau, caso esse venha ser enviado pela internet. Para isso, sempre renomeie seus arquivos da seguinte forma: TipoNomeTrabalhoCliente.zip, que ficaria da seguinte forma: FolhetoGralhaAzulAgenciaX.zip. Procure enviar seus arquivos apenas nessas extenes. Ao comprimir seus arquivos, atente a uma questo: o algoritimo de compactao. Por exemplo, em Windows, aceitamos arquivos com extenes .ZIP ou .JAR, j no System X, aceitamos as .SIT e .ZIP.9.2 CoMpaCTando no WindoWs

Como realizar esse procedimento no Windows: 1) Clique sobre o aquivo com o boto direito do mouse; 2) V at a opo: para>Pasta compactada; Enviar

3) Ao comprimir o documento, renomeie-o.

9. CoMpaCTadores

9.1 o Que so CoMpaCTadores

Manual de Pr-ImpressoCaptulo 9 . Compactadores

Alguns aplicativos so mais rpidos para compactar e descompactar que o utilitrio do prprio Windows, como o caso do Winzip, WinRar e FilZip, por exemplo. O FilZip um compactador gratuito que muito utilizado. Ele permite compactar seus arquivos em .Zip, .Jar, .Tar, etc. Para executar esse procedimento utilizando esse aplicativo, siga os passos: 1) Abra o FilZip; 2) Clique no menu Arquivo; 3) V ao submenu Novo Arquivo; 4) D o nome para o arquivo; 5) Ao Abrir a janela de adio, inclua todos os arquivos desejados e conclua a operao.

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Manual de Pr-ImpressoCaptulo 9 . Compactadores

9.3 CoMpaCTando no sysTeM x

O sistema operacional da Apple, o X, tambm possui utilitrio para realizar compactao de arquivos em .Zip. Para comprimir um arquivo, bem simples: 1)Selecione o arquivo ou diretrio que deseja compactar; 2)V at o menu Arquivo do Finder; 3)Escolha o submenu Criar Arquivamento de arquivo. possvel realizar compactao utilizando um aplicativo chamado DropStuff, pois ele cria arquivos .sit, que tambm largamente utilizado e o bureau est apto a receber esse tipo de arquivo. Para realizar a compactao dos arquivos ou diretrios, muito simples: 1)Clique sobre o menu Ir; 2)Escolha o submenu Aplicativos; 3)Abra a pasta utilitrios; 4)D dois cliques sobre o aplicativo DropStuff; 5)Ao abrir o programa, arraste seu arquivo ou diretrio sobre a janela indicada Drag your files here.67

Sempre procure usar a nomenclatura especificada para agilizar a identificao do arquivo.

Manual de Pr-Impresso

1) Verificar sempre os textos em pargrafos, pois estes podem se omitir atrs da moldura; 2) Verificar sangrias; 3) Verificar se existem imagens com crop (corte) do prprio Corel, que pode implicar em problemas serssimos no momento do fechamento do arquivo, como por exemplo, imagens faltando pedaos, etc; 4) Checar os copy/paste, no Corel. Eles tambm tm grande importncia no fechamento de arquivo, e objetos incorporados de outros programas atravs do copiar e colar podem apresentar certos problemas, sendo um deles a no impresso correta do objeto em questo; 5) Verificar a resoluo das imagens. Dependendo do tipo e detalhamento da imagem, at 220 DPI tolervel; 6) Checar as imegens e verificar se alguma possa estar em RGB (ou em outra paleta diferente da CMYK ou GRAYSCALE). Assim como qualquer outro software grfico, o Corel tambm pode vir a apresentar resultados indesejveis no momento da converso para CMYK. Um exemplo disso que, algumas vezes, as imagens podem sair lavadas, sem vida, em outros casos pode at vir a sair P/B; 7) Cuidado ao converter textos em curvas. Bloco de textos muito grande, quando convertido em curvas, gera um nmero de pontos demasiadamente grande, tendo problemas no momento em que o arquivo PostScript enviado para o RIP, problemas estes que podem ocasionar linhas indesejveis, por exemplo; 8) Lentes, quando falamos em lentes, devemos ter muito cuidado. Alm de deixar o arquivo quase que impossvel de se trabalhar, elas causam problemas srios quando aplicadas sobre textos, por exemplo, podendo vir a deixar os textos serrilhados. Nas quatro cores, tal conseqcia deve-se ao fato de que a lente converte tudo o que est por baixo em uma imagem;

10. diCas

10.1 CoreldraW

Manual de Pr-ImpressoCaptulo 10 . Dicas

9) Cuidado com as Sombras, procure sempre colocar um calo nas sombras em preto (C 50, M 50,Y 50, K 100), evitando, assim, que elas fiquem esbranquiadas, dando um aspecto plido ao material; 10) Degrads, o Corel no trabalha muito bem com degrads, possivelmente esse efeito criado no Corel pode apresentar estrias no material impresso; 11) Cuidado com PSD (exteno do Adobe PhotoShop), imagens com essa exteno, com fundo transparente e rotacionadas no Corel, podem sofrer srios problemas, tais como, apresentar detalhes serrilados e faltar pedaos da imagem so os mais comuns; 12) Cuidado tambm com Overprint (impresso sobreposta). Ela muito til quando bem usada, porm, ao contrrio, pode causar danos gigantescos. Por exemplo, um objeto ou um texto configurado com overprint de contorno ou preenchimento tende a sobrepor a tudo o que est por baixo. Agora, imagine que o objeto que est por cima esteja na cor banca com overprint e por baixo esteja um objeto na cor preta; quando o