Manual para Conversão de Unidades

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S I S T E M A S D E U N I D A D E S W i l s o n M i g u e l S a l v a g n i n i E s c o l a P o l i t é c n i c a d a U n i v e r s i d a d e d e S ã o P a u l o j a c k w i l l @ u o l . c o m . b r N a E n g e n h a r i a p o d e - s e p a r a f r a s e a r o g r a n d e f i l ó s o f o C h a c r i n h a : - q u e m n ã o m e d e , p a r a s e e s t r u m b i c a r p e d e E s t a m o s s e m p r e m e d i n d o a l g o , c o m p r i m e n t o , t e m p e r a t u r a , p r e s s ã o e t c . M a s o q u e é m e d i r ? M e d i r n a d a m a i s é d o q u e f a z e r u m a c o m p a r a ç ã o . Q u a n d o m e ç o o c o m p r i m e n t o d e u m d u t o , p o r e x e m p l o , 5 m e t r o s , n a v e r d a d e e s t o u c o m p a r a n d o o c o m p r i m e n t o d a q u e l e d u t o c o m u m p a d r ã o d e c o m p r i m e n t o c h a m a d o M e t r o , e n t ã o o m e u d u t o é 5 v e z e s m a i o r d o q u e o c o m p r i m e n t o d e a l g o c h a m a d o m e t r o . J á q u e m e d i r é c o m p a r a r , q u a n d o q u i s e r m o s m e d i r a l g o p o d e m o s c o m p a r a r c o m q u a l q u e r c o i s a . A s s i m , p o s s o d i z e r q u e e u t e n h o u m a a l t u r a d e 9 p a l m o s ( d e m i n h a m ã o d i r e i t a ) , m a i s 2 c a i x a s d e f ó s f o r o s , ( d e c o m p r i d o ) , e 5 l a r g u r a s d e p a l i t o s d e f ó s f o r o s , d a m e s m a c a i x a . O u t r o e x e m p l o : O r e i G e o r g e I I I d a I n g l a t e r r a d e c i d i u q u e o g a l ã o , m e d i d a d e v o l u m e p a d r ã o p a r a c o m p a r a ç ã o , d e v e r i a s e r i g u a l a o v o l u m e d o s e u u r i n o l . V e m d a í o g a l ã o i m p e r i a l . E l e e n v i o u o u r i n o l d e s u a e s p o s a p a r a a s c o l ô n i a s p a r a s e r v i r d e p a d r ã o . E v e m d a í o g a l ã o a m e r i c a n o . I s t o é u m a l o u c u r a ! C a d a u m e s c o l h e o q u e q u i s e r p a r a s e r v i r d e c o m p a r a ç ã o ! É p r e c i s o r a c i o n a l i z a r o s p a d r õ e s p a r a c o m p a r a ç ã o . C o m p r i m e n t o U m a d a s p r i m e i r a s t e n t a t i v a s f e i t a s p a r a e s t a b e l e c e r u m s i s t e m a m a i s r a c i o n a l d e m e d i d a s e q u e d e v e r i a s e r u n i v e r s a l , s u r g i u e m m e a d o s d o s é c u l o X V I I , q u a n d o o p a d r e G a b r i e l M o u t o n , v i g á r i o d a I g r e j a d e S ã o P a u l o , d e L y o n , F r a n ç a , s u g e r i u a a d o ç ã o c o m o u n i d a d e d e c o m p r i m e n t o o a r c o d e u m m e r i d i a n o t e r r e s t r e c o m p r e e n d i d o p e l o â n g u l o d e 1 ( u m m i n u t o ) c u j o v é r t i c e s e s i t u a n o c e n t r o d a t e r r a . E s t e c o m p r i m e n t o s e r i a d e a p r o x i m a d a m e n t e 1 8 5 1 , 8 m . A s s u a s s u b d i v i s õ e s d e v e r i a m s e r e m e s c a l a d e c i m a l . A s u g e s t ã o d e M o u t o n n ã o f o i a d o t a d a n a é p o c a . O u t r a p r o p o s t a s e m e l h a n t e f o i c o n s a g r a d a 1 5 0 a n o s m a i s t a r d e , q u a n d o , e m 1 7 9 0 , e m p l e n a R e v o l u ç ã o F r a n c e s a , a A c a d e m i a d e C i ê n c i a s d e P a r i s , c o m p o s t a p e l o s m a i o r e s c i e n t i s t a s d a é p o c a , f o i e n c a r r e g a d a d e e s t a b e l e c e r u m s i s t e m a d e m e d i d a s u n i f i c a d o . N a s c e u a s s i m o s i s t e m a q u e d e v e r i a s e r a d o t a d o p o r t o d o s . A u n i d a d e d e m e d i d a d e c o m p r i m e n t o , d i s s e r a m o s c i e n t i s t a s d a a A c a d e m i a d e C i ê n c i a s d e P a r i s n ã o p r e c i s a t e r c o m o r e f e r ê n c i a m e d i d a s h u m a n a s c o m o a s u n i d a d e s p r e c e d e n t e s ( b r a ç o , p é , p a s s o e t c . ) . D e v e , a o c o n t r á r i o , r e f e r i r s e a a l g u m c o m p r i m e n t o f i x o e i n v a r i á v e l d a n a t u r e z a . O q u e t e r í a m o s m e l h o r d o q u e o p l a n e t a e m q u e v i v e m o s ? É c e r t o d e q u e a T e r r a é u m p o u c o g r a n d e p a r a q u e a s u a m e d i d a s i r v a c o m o u n i d a d e , p o r é m p o d e - s e t o m a r u m c o m p r i m e n t o c a r a c t e r í s t i c o d o g l o b o p o r e x e m p l o a d i s t â n c i a e n t r e o p o l o e o e q u a d o r e d i v i d i l o p o r u m n ú m e r o s u f i c i e n t e m e n t e g r a n d e p a r a s e o b t e r o c o m p r i m e n t o f i x o , a u n i d a d e d e m e d i d a p r o c u r a d a . P o r e s t e c a m i n h o s e c h e g o u a o m e t r o , d e f i n i d o , a p r i n c í p i o , c o m o a d é c i m a m i l i o n é s i m a p a r t e d a d i s t â n c i a d o p o l o n o r t e a o e q u a d o r n o m e r i d i a n o q u e p a s s a p o r P a r i s . P o r v o l t a d e 1 8 0 0 o m e t r o p a s s o u a s e r d e f i n i d o c o m o o c o m p r i m e n t o e n t r e d o i s t r a ç o s g r a v a d o s n a s 116

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SISTEMAS DE UNIDADES

Wilson Miguel Salvagnini

Escola Politécnica da Universidade de São Paulo

[email protected]

Na Engenharia pode-se parafrasear o grande filósofo Chacrinha: - “quem não mede, para se estrumbicar pede” –Estamos sempre medindo algo, comprimento, temperatura, pressão etc. Mas o que é medir? Medir nada mais édo que fazer uma comparação. Quando meço o comprimento de um duto, por exemplo, 5 metros, na verdadeestou comparando o comprimento daquele duto com um padrão de comprimento chamado Metro, então o meuduto é 5 vezes maior do que o comprimento de algo chamado metro.

Já que medir é comparar, quando quisermos medir algo podemos comparar com qualquer coisa. Assim, possodizer que eu tenho uma altura de 9 palmos (de minha mão direita), mais 2 caixas de fósforos, (de comprido), e 5larguras de palitos de fósforos, da mesma caixa. Outro exemplo: O rei George III da Inglaterra decidiu que ogalão, medida de volume padrão para comparação, deveria ser igual ao volume do seu urinol. Vem daí o “galãoimperial”. Ele enviou o urinol de sua esposa para as colônias para servir de padrão. E vem daí o “galãoamericano”. Isto é uma loucura! Cada um escolhe o que quiser para servir de comparação! É preciso racionalizaros padrões para comparação.

Comprimento

Uma das primeiras tentativas feitas para estabelecer um sistema mais racional de medidas e que deveria seruniversal, surgiu em meados do século XVII, quando o padre Gabriel Mouton, vigário da Igreja de São Paulo, deLyon, França, sugeriu a adoção como unidade de comprimento o arco de um meridiano terrestre compreendidopelo ângulo de 1’ (um minuto) cujo vértice se situa no centro da terra. Este comprimento seria deaproximadamente 1851,8 m. As suas subdivisões deveriam ser em escala decimal. A sugestão de Mouton nãofoi adotada na época. Outra proposta semelhante foi consagrada 150 anos mais tarde, quando, em 1790, emplena Revolução Francesa, a Academia de Ciências de Paris, composta pelos maiores cientistas da época, foiencarregada de estabelecer um sistema de medidas unificado. Nasceu assim o sistema que deveria ser adotadopor todos.

A unidade de medida de comprimento, disseram os cientistas da a Academia de Ciências de Paris – não precisater como referência medidas humanas como as unidades precedentes (braço, pé, passo etc.). Deve, ao contrário,referir – se a algum comprimento fixo e invariável da natureza. O que teríamos melhor do que o planeta em quevivemos?

É certo de que a Terra é um pouco grande para que a sua medida sirva como unidade, porém pode-se tomar umcomprimento característico do globo por exemplo a distância entre o polo e o equador e dividi lo por um númerosuficientemente grande para se obter o comprimento fixo, a unidade de medida procurada. Por este caminho sechegou ao metro, definido, a princípio, como a décima milionésima parte da distância do polo norte ao equadorno meridiano que passa por Paris.

Por volta de 1800 o metro passou a ser definido como o comprimento entre dois traços gravados nas116

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extremidades de uma barra de platina depositada no instituto Internacional de Pesos e Medidas em Paris,França. Em 1870 uma nova barra, agora de Platina com Irídio, Platina Iridiada, para evitar desgaste com o tempo.Atualmente, a definição do metro data de 1960, baseada no comprimento de onda luminosa emitida por umafonte considerada padrão, o Criptônio 86.

O sistema métrico trouxe algo de muito bom com relação aos múltiplos e submúltiplos: uma escala decimal degrandezas . Raciocinar de 10 em 10 é muito mais fácil para o ser humano, que na pior das hipóteses pode usaros dedos da mão para ajudar a raciocinar.:

Milímetro (mm).........0,001 m

Centímetro (cm)............0,01 m

Decímetro (dm).............0,1 m

Metro ( m )...............1 m

Decâmetro (dam).............10 m

Hectômetro ( hm )...........100 m

Quilômetro ( km )........1000 m

Repare como o sistema métrico decimal é mais racional que o sistema anglo-saxão (inglês) de medidas decomprimento:

1 polegada (25,4 cm) deve ser igual ao comprimento de três grãos de cevada alinhados.

1 jarda (0,914 m) deve representar a distância entre a ponta do nariz e o polegar, com o braço estendido, do reiHenrique I, Século XII;

1 pé igual a 12 polegadas (0,305 m).

Sistema que os Ingleses tentaram impor ao mundo e quase conseguiram.

Massa

Se medir é comparar então, quando medimos a massa de um determinado objeto utilizando uma balança de doispratos, como mostrado na figura 1, fica evidente que medir é comparar; comparar o peso do objeto com o pesode um corpo tomado como padrão. Mas, por acaso não estamos querendo medir a massa de um objeto? Comoestamos comparando pesos? Na verdade, neste tipo de balança comparamos pesos: peso do objeto = pesopadrão. Como o peso é igual ao produto da massa pela aceleração da gravidade no local (g), podemos escrever:

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FIG. 1- Balança de pratos

massa do peso padrão . g = massa do objeto . g

cortando g

massa do peso padrão = massa do objeto

Assim comparamos as duas massas. A vantagem deste tipo de balança está no fato de que a medida é amesma em qualquer ponto da Terra, no litoral ou no topo do Evereste, onde a aceleração da gravidade da Terra émenor. Por outro lado, as balanças que medem diretamente o peso, por meio de a distensão de uma mola, ououtro dispositivo eletrônico, não apresentam a mesma medida em pontos diferentes da Terra. O pessoal que vivenos Andes recebe muito mais peixe dos que aqueles que vivem em Santos quando compram 1kg de peixe,desde que a balança tenha sido calibrada em Santos.

FIG.2 – Balança de mola

As balanças analíticas de laboratório, apesar de parecerem eletrônicas, comparam o peso de um dado objetocom pesos padrões que estão embutidos dentro da balança.

Mas qual é a massa ou o peso padrão com o qual podemos fazer comparações? Podemos eleger qualquer coisacomo um padrão de peso, por exemplo: 700 grãos de trigo que por ordem do rei Henrique VIII no século XVI, naInglaterra, seria o peso padrão ou a libra. Mas era uma unidade muito grande para ser utilizada na pesagem deouro ou prata, por isso ele dividiu a libra em 16 partes dando o nome de onça! Ainda hoje a onça é utilizada parao ouro. Definitivamente os reis da Inglaterra não gostavam de raciocinar em escala decimal.

Os franceses, na mesma época que definiram o metro, 1790, teriam elegido como o padrão de massa o grama316

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como a massa de 1 cm cúbico de água destilada à 4ºC. Apenas para construção de padrão representativo daunidade ter-se-ia adotado por convenção a massa de 1000 g; o quilograma. Estabeleceram também que ossubmúltiplos deste padrão de massa deveria obedecer a uma escala decimal, assim:

grama (g) decagrama (dag) hectograma (hg) quilograma (kg)

0,001 kg 0,01 kg 0,1 kg 1 kg

Isto é bem melhor do que utilizar a libra, a onça ou qualquer outra fera.

Tempo

Na idade média usava-se a ampulheta como medida de tempo, obviamente cada uma tinha a sua própria medida,seguramente a contagem do tempo era bem caótica. O mesmo raciocínio foi feito para a medida padrão detempo, começou-se dividindo o dia em 24 partes iguais, a hora. Verificou-se que a hora era uma medida muitogrande para boa parte dos eventos corriqueiros por isso, dividiu-se a hora em uma outra unidade de tempo 60vezes menor, chamada de mínima, o nosso minuto. Novamente, foi necessário se estabelecer uma “segunda” emenor unidade de tempo dividiu-se o minuto em sessenta partes à qual se deu o nome de segundo, devidojustamente ser uma segunda subdivisão de tempo. Foi este segundo escolhido como unidade padrão de tempo edefinido como sendo a fração 1/86400 do dia solar médio. Mas como a duração do dia tem variação ao longo dosanos (o dia tem aumentado a sua duração de 0,5 s por ano!) em 1967 se estabeleceu uma definição maisrigorosa para o segundo: “ É a duração de 9 192 631 770 períodos da radiação correspondente à transição de umelétron entre os dois níveis do estado fundamental do átomo de Césio 133”. Os relógios atômicos podem medir otempo com muita precisão fornecendo o padrão de comparação de tempo segundo muito confiavel.

Sistema Métrico Decimal

Reunindo-se os padrões de comparação para medidas de comprimento, metro; massa, quilograma; tempo,segundo e mais uma unidade de volume, o litro, igual a 1000 cm3, e utilizando múltiplos e submúltiplos desses

padrões em escala decimal tem se o chamado Sistema Métrico Decimal. Note que o sistema métrico decimaltem de permeio uma unidade de volume, o litro, que poderia muito bem ser substituído por cm3 ou m3. Mas o

sistema métrico decimal não é um sistema próprio da engenharia ou ciência mas algo voltado mais para astransações comerciais e hoje em dia ele é utilizado quase que universalmente, apesar da resistência de Inglesese Americanos.

Grandezas Fundamentais e Derivadas

A existência do litro chama a atenção para o fato de que poder-se-ia racionalizar mais os sistema de medidasque seria mais apropriado para a engenharia e para a ciência. A todo rigor não seria necessário definir o litrocomo uma unidade padrão porque ele pode ser colocado como uma unidade derivada do metro (=0,001 m3). Se o

metro é tomado como uma unidade fundamental, a unidade de área (m2) é uma unidade derivada assim como a

de volume (m3). Se o metro e o segundo são tomados como unidades fundamentais, a velocidade (m/s) e a

aceleração (m/s2) são derivadas. A idéia é estabelecer o menor número de unidades, ditas fundamentais, a partir

das quais qualquer outra unidade pode ser obtida através de relações algébricas. A escolha é arbitrária, mas obom senso estabeleceu algumas como fundamentais. Para a mecânica, qualquer grandeza pode ter a suaunidade dada pela combinação da unidade de comprimento, massa e tempo. Então escolhendo o metro, o

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quilograma e o segundo tem-se:

Velocidade (m/s), aceleração (m/s2), força (kg.m/s2), energia (kg.m2/s2), quantidade de movimento (kg.m/s),

pressão (kg/(s2.m)), etc. Este sistema foi consagrado na mecânica e recebe o nome de “SISTEMA MKS” (metro,

quilograma, segundo). Neste sistema algumas unidades derivadas recebem nomes especiais: Para a forçaNewton, para a pressão, Pascal. Para a energia o Joule.

Entretanto a coisa não é tão simples assim. Foi muito usado e ainda se encontra, principalmente na engenharia,unidades de um sistema no qual em vez da massa ser uma grandeza fundamental, a força é escolhida comofundamental. Este sistema é o MKS técnico ou MKS*. Neste sistema a grandeza fundamental é o quilograma –força. Então no MKS* tem-se metro, quilograma – força, segundo

Para entender o quilograma - grama força imagine que um corpo sofra a ação de uma força igual a 1 kgf e adquiraa aceleração de 1 m/s2, então, a sua massa é igual a 1 unidade neste sistema:

1 kgf = 1 (unidade de massa) x 1 m/s2

Assim a unidade de massa deste sistema foi batizada como Unidade Técnica de Massa o famoso utm queperdeu muito espaço para o kg (e hoje quase esquecido).

Compare com o MKS, neste sistema a força é uma unidade derivada então o Newton é definido como a força queatua em uma massa de 1kg quando este adquire uma aceleração de 1m/s2

1(unidade de força) = 1kg X 1m/s2

Esta unidade de força é o Newton.

O esquema da FIG. 3 pode ajudar a entender o Newton e o utm:

FIG. 3 utm e kg

A massa de 1kg no MKS pesa 9,8N mas no MKS* pesa 1kgf porque:

No MKS: o peso de 1kg = 1kg X9,8m/s2 = 9,8N

No MKS*: o peso de 1kgf = mX9,8 m/s2 m = 1/9,8utm.

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O fato de 1kg no MKS pesar 1kgf no MKS* foi e ainda é uma grande fonte de confusão! É muito comum se falarque uma dada massa pesa 1kg, é óbvio que se está omitindo o f do kgf. Cuidado, é muito fácil misturar sistemasde unidades diferentes com o kg e o kgf.

Nos sistemas de unidades inglesas acontece a mesma coisa ou pior. Também existe um sistema inercial ondeas unidades fundamentais são: comprimento, massa e tempo.

Comprimento: pé cuja abreviatura é ft (do Inglês feet)

Massa: libra massa cuja abreviatura é lbm (em Inglês abrevia-se lb mas chama-se pound)

Tempo: é o nosso conhecido segundo (s).

O problema é que existem 3 tipos de libra:

“pound avoirdupois” para grandezas comerciais equivalente a 0,435kg e divida em 16 onças (oz).

“pound troy” para metais preciosos equivalente a 0,373kg subdividida em 12 onças.

“pound apothecaries” (libra apotecária) para pesagem de drogas e produtos farmacêuticos também equivalente a0,373kg.

Normalmente em engenharia se utiliza a avoirdupois.

Assim a unidade de força neste sistema é definido em função das unidades fundamentais:

1 unidade de força = 1lbm X 1ft/s2

essa unidade de força é chamada de “poundal”

Portanto poundal é a unidade de força no sistema inercial de unidades inglesas.

Ao lado do sistema inercial inglês de unidades existe o ponderal onde as unidades são: comprimento, força etempo:

Comprimento: pé (ft); Força: libra força (lbf) e Tempo (s)

Usa-se como unidade fundamental a libra força. A libra força é definida como o peso de um corpo cuja massa é

1lbm. É a mesma coisa que acontece entre o MKS e o MKS*

Assim, neste sistema, a massa é uma grandeza derivada:

1lbf = 1unidade de massa X 1ft/s2 616

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Esta unidade de massa recebe o nome de “slug”

Então: 1lbf = 1slug x 1ft/s2

A aceleração da gravidade da Terra no nível do mar é, em unidades inglesas: 32,2 ft/s2.

O peso de um corpo em 1lbf será:

Peso em 1lbf = Massa em slug x 32,3ft/s2

Peso em Poudals = Massa em lbm 32,2 ft/s2

A figura 4 pode ajudar a entender o que acontece com estes sistemas:

FIG. 4 – Libra massa e slug

Sistema CGS

Ao lado do sistema de unidades MKS e MKS* ainda se usa o sistema CGS onde as unidades fundamentais sãoo centímetro, o grama e o segundo. É um sistema inercial onde a força, uma unidade derivada e definida como:

1unidade de foça no CGS = 1g x 1cm/s2

Essa unidade de força é chamada de “dina”

1kg= 1000g 1m/s2 = 100cm/s2 então 1N = 1000g x 100cm/s2 = 100000 g.cm/s2 105 dina

ou 1 N = 105dina.

O FAMIGERADO gc

Em muitas fórmulas, principalmente em livros mais antigos, se encontra o termo gc.

Este fator, aparece quando há mistura de diferentes sistemas de unidades, assim, em vez de se escrever:

F = m.a 716

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F = força em Newtons, m = massa em kg e a = aceleração em m/s2, escreve-se:

F = m.a/gc

F = força em kgf, m = massa em kg e a = aceleração em m/s2. Misturamos o MKS e o MKS* , pode se encarar

como sendo um truque para evitar o uso do utm. O valor de gc pode ser obtido sabendo que 1kg pesa 1kgf nolocal onde a aceleração da gravidade da Terra é 9,8067m/s2 então,

1kgf = 1kg x 9,8067m/(s2.gc)

daí gc = 9,8067kg.m/(s2.kgf)

Problema idêntico ocorre entre os sistemas inercial e ponderal ingleses. Deve ser utilizado o gc quando se tem a

força em lbf e a massa em lb e ele vale 32,174lb.ft/(s2.lbf)

UNIDADES DE ENERGIA

Em todos os sistemas vistos anteriormente a energia é uma grandeza derivada, Partindo da definição de trabalho,que é energia, força x deslocamento pode-se escrever:

Sistema CGS ----- dina.cm = erg

Sistema MKS ----- N.m = Joule

Sistema MKS* ----- kgf.m = quilogramagrâmetro

Inglês inercial ----- poundal.ft = sem nome especial

Inglês ponderal ----- lbf.ft = sem nome especial

Um erg é mais ou menos a energia que você gasta para dar um piscada.

E a caloria?

A caloria é uma unidade de energia, cujo uso não é recomendado mas ainda muito utilizada. Ela é definida comoa quantidade de energia necessária para elevar de 14,5°C a 15,5°C 1 g de água. Por ser 1 g é designada como“caloria-grama”. A caloria-grama eqüivale sempre , a uma quantidade de energia mecânica de 4,186J, oequivalente mecânico do calor. É interessante notar que é uma unidade definida com grandezas muitodisponíveis, 1g de água e temperatura de 14,5ºC que é a temperatura média da água lá na Europa.

Só que os Ingleses não ficaram atrás, também têm a sua unidade de energia: o BTU (british thermal unit) eeqüivale a 252 calorias – grama, note que esta unidade é muito usada em em sistemas de ar condicionado.

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Temperatura

A temperatura é uma grandeza cuja unidade não pode ser obtida por relações algébricas a partir do comprimento,massa e tempo. É desconhecida a origem de termômetro, mas de qualquer forma, em meados de 1600, otermômetro já era amplamente conhecido na Europa. E cada fabricante tinha a sua própria escala de medida. Eracomum termômetros terem no meio uma marca “l” para mostrar a situação de temperatura confortável, acimadesta marca havia 8 graus de calor e abaixo, oito graus de frio e cada grau por sua vez era subdividido em 60minutos. Como toda medida teve um começo caótico, porém, Isaac Newton já intuiu que deveria acontecer umaracionalização propondo uma escala de temperatura na qual o ponto de congelamento da água fosse tomadocomo zero e a temperatura do corpo humano como 12º. Mesmo assim, em 1800, podia-se comprar umtermômetro com 18 escalas diferentes!

O desenvolvimento de um termômetro com uma escala padronizada começou com Daniel Gabriel Faherenheit.Inicialmente Faherenheit adotou como temperaturas de referência 32º para a temperatura de congelamento daágua e 96º para a temperatura do corpo humano. Como o corpo humano é pouco confiavel (algumas pessoasapresentam sangue quente outros são pessoas muito frias) a marca de 96º não foi uma boa referência por issoele passou a usar a temperatura de ebulição da água como sendo 212º. Nesta escala a água do mar congela a100º e o corpo humano passa ater uma temperatura de 100º. Como o termômetro de Faherenheit vendeu bem,sua escala tornou-se largamente aceita.

Já na França a escala de Faherenheit não foi aceita inicialmente. Lá, Réaumur; construiu um termômetroapropriado para os fabricantes de vinho. Sua escala ia de 0º para o gelo fundente e 80º para a água em ebulição.Semelhante foi o caso do sueco Anders Celsius que propôs uma escala dividida em 100 divisões (centígrados)adotando uma escala em que a água congele a 100° e entre em ebulição a 0º. Por coincidência, Lineu, amigo deAnders, que era canhoto, utilizou o termômetro de Anders de cabeça para baixo, assinalando 0° para ocongelamento da água e 100º para a ebulição e, então, sem perceber o erro recomendou o uso desta escala.

Mais tarde William Thomson, posteriormente lorde Kelvin, imaginou uma escala de temperaturas baseado noconceito da máquina de calor ideal reversível de Sadi Carnot.

Esta escala de temperatura, que fornece a unidade de temperatura termodinâmica, o “kelvin” teve a sua definiçãoestabelecida quando se fixou convencionalmente a temperatura do ponto tríplice da água igual a 273,16 grauskelvin. Note que a escala proposta por lorde Kelvin é uma escala absoluta, esta unidade não leva o símbolo degraus como as outras unidades, assim escreve-se 273,16K e não 273,16°K. Além disso a variação de 1K é igualà variação de temperatura de 1°C.

Assim a conversão de graus Kelvin (T) para graus Celsius (t) obedece a relação:

t = T-273,15

Repare que não é 273,16 e sim 273,15, estabelecida por definição. Assim o zero absoluto se dá a –273,15ºC.

Rankine também fez uma escala de temperaturas absoluta cuja unidade é o grau rankine que estabeleceu o zeroabsoluto em –460ºF e a variação de 1ºR ser igual à variação de 1°F

A seguir são dadas as relações de conversões entre as diferentes unidades de temperatura:916

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Para transformar kelvin para celsius t = T-273,15

Para transformar celsius para kelvin T = t+273,15

Para transformar celsius para faherenheit(F) F = 1,8*t+32

Para transformar faherenheit para celsius t = (F-32)/1,8

Repare que a variação de 1°C corresponde à variação de 1,8°F; quando um corpo tem a sua temperaturaaumentada de 1°C na escala Celsius, ele tem a sua temperatura aumentada de 1,8°F na escala faherenheit. Istocostuma dar confusão, a variação de temperatura é diferente de temperatura, assim:

Para transformar variação de graus celsius em variação de graus faherenheit t = 1,8* F

E vice versa: F = 1/1,8 x t.

FIG. 5 – Variação de temperatura

ELETRICIDADE E LUZ

Completando a fauna de unidades é preciso dizer algo sobre eletricidade e luz. Para unidades na eletricidadebasta a definição de corrente elétrica.

Diversas unidades elétricas, ditas internacionais, para a intensidade de corrente elétrica haviam sido introduzidaspelo Congresso Internacional de Eletricidade, reunida em Chicago em 1893 e a definição do ampère internacionalfoi confirmada pela Conferência Internacional de Londres de 1908.

“O ampère é a intensidade de uma corrente elétrica constante que, mantida em dois condutores paralelos,retilíneos, de comprimento infinito, de secção circular desprezível e situadas à distância de 1m entre si , novácuo, produz entre estes condutores uma força igual a 2 x10-7 newton por metro de comprimento.

A unidade de intensidade luminosa “Candela” é definida como: A intensidade luminosa, numa dada direção deuma fonte que emite uma radiação monocromática de freqüência 540 x 1012 hertz e cuja intensidade energética

nesta direção é 1/638 wattt por esterradiano”. Não se preocupe com estas definições complicadas, dificilmenteum engenheiro químico trabalhará com candelas.

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Page 11: Manual para Conversão de Unidades

SISTEMA INTERNACINAL DE UNIDADES SI

Ajuntando as unidades: metro, quilograma, segundo, graus kelvin, mol, ampère e a candela, pode-se comporqualquer outra unidade de grandeza da física. Este grupo, que está sendo aceito universalmente é chamado deSistema de Unidades Internacionais ou SI. Devemos procurar sempre usar a unidade de qualquer grandeza nestesistema. A Figura 6 mostra através de um diagrama a interrelação entre os diferente sistemas de unidades:

FIG. 6 – Interrelação entre diferentes sistemas

POTÊNCIA

O conceito físico de potência, energia por tempo, é muito simples “mas”, sempre há um más; em alguns casossurgem confusões. No SI potência é joule/segundo (J/s). Se todo mundo usasse joule/segundo estaria tudoresolvido, porém aparecem coisas como cavalo vapor ( cv ou hp - horse – power em inglês) É uma unidade depotência muito usada quando se trata de motores. Esta unidade foi introduzida por James Wattt, num tempo emque o trabalho nas minas era realizado somente por homens e cavalos. Depois de muitas experiências Watttestabeleceu que, em condições normais, um cavalo poderia trabalhar sem chegar à exaustão, com a potência

necessária para levantar um peso de 330lbm (150kg) a uma altura de 100 pés (cerca de 30m) em 1 minuto: feitoos cálculos de conversão esta medida eqüivale a 0,75 quilogramawattt ou, usualmente empregado quilowattt(kW).

E por falar em quilowattt, o que é o quilowattt-hora? O quilowattt – hora não é potência é energia. Unidade muitousada na comercialização de energia elétrica. Assim é o trabalho executado por um sistema que fornece 1quilowattt de potência durante uma hora, o que eqüivale a 1000 wattts x 1 hora ou 1000 joules/segundo x 3600segundos que dá 3 600 000 joules, é muita energia!

Um chuveiro tem uma potência de 6 kw (seis quilowattt), você gasta 20 minutos (1/3 de hora) para tomar umbanho e admitindo que o quilowattt – hora custe R$ 0,30 então você vai pagar:

6 x 1/3 x 0,30 = R$ 0,60 (sessenta centavos)

Você paga por energia e não potência.

Acho que dá para tomar um bom banho até em 5 minutos.

PRESSÃO

Finalmente uma palavrinha sobre a pressão. Definida como força por área, no sistema internacional a pressão édada por newton/metro2 que recebe o nome de pascal (Pa), entretanto é muito usada a unidade atmosfera (atm),

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Page 12: Manual para Conversão de Unidades

que é a pressão atmosférica ao nível do mar. Todo mundo sabe que 1atm corresponde a pressão exercida poruma coluna de 760 mm de Mercúrio à 0ºC, assim pode-se estabelecer uma relação entre o Pa e a atm.Lembrando também que a pressão é dada pela relação P = h. .g onde P é a pressão de uma coluna de líquidocom uma altura h, com densidade e g a aceleração da gravidade da Terra. Aplicando-se para o Mercúrio tem-se: densidade à 0ºC = 13595,1Kg/m3, aceleração da gravidade da Terra ao nível do mar 9,80665ms2, então:

P = 0,76m x 13595,1 Kg/m3 x 9,80665m/s2

P = 101325 kg.m/s2x1/m2

P = 101325N/m2

Portanto 1 atm eqüivale no Sistema Internacional a 101325Pa.

Qual a altura de uma coluna de água a 4ºC que exerce uma pressão de 1 atm? Fácil:

101325N/m2 = h x1000kg/m3 x 9,80665m/s2

h = 10,33m

Apesar de ser uma unidade não recomendável usa-se muito metros de coluna de água (mca) ou centímetros decoluna de água (cca) para pressões em tubulações onde escoa ar.

10,33 mca ------------101325N/m2

0,01mca--------------X N/m2

então, X = 1cca (0,01mca) = 98,088 N/m2

Outra unidade de pressão que era muito usada e ainda é muito encontrada é a bária (bar). A bária é definidacomo dina/cm2. A milésima parte do bária, milibar, era uma unidade de pressão muito usada na meteorologia ,

hoje ela perde terreno para o hectopascal (hpa = 100Pa). As relações de conversão são: 1bar = 1*105N/m2 e

1atm = 1033mbar.

Uma unidade de pressão, muito usada e que mistura sistemas de unidades diferentes é o kgf/cm2, muito usado

em engenharia e eqüivale a 98066,5N/m2. Fazendo as contas constata se que 1,033 Kgf/cm2 eqüivale a 1atm

portanto 10m de coluna de água exercem uma pressão igual a 1kgf/cm2, por isso esta unidade é muito

conveniente. É muito mais fácil visualizar uma coluna de água com 1m de altura como pressão do que 9808,8N/m2. Muitas dessas unidades são fisicamente mais palpáveis do que as unidades das mesmas grandezas no

SI, por isso foram muito usadas e ainda andam por aí.

Para ajudar a transformar unidades, assunto normalmente não dos mais agradáveis, são fornecidas tabelas deconversão de unidades das principais grandezas da Engenharia Química. Note que essas tabelas convertemqualquer outra unidade para o sistema SI apenas multiplicando a unidade da grandeza em uma outra unidade

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Page 13: Manual para Conversão de Unidades

pelo fator dado. As tabelas são agrupadas por grandezas e não em ordem alfabética como é comum seapresentar.

COMPRIMENTO MASSA

Unidade SI Multiplicar porUnidade SIMultiplicar por

n(nano) .m10-9 .g kg0,001

(micro) .m10-6 Ton kg1000

Dm .m0,1 lbm kg0,45359237

Cm .m0,01 Slug kg14,594

.mm .m0,001 oz (onça)avoirdupoiskg28,35.10-3

Km .m1000 Grão kg6,48.10-6

Ft .m0,3048 Tonelada (inglesa) kg1016

In .m0,0254 Utm kg9,80665

yd (jarda).m0,9144 Arroba kg14,688

ÁREA VOLUME

Unidade SI Multiplicar porUnidade SI Multiplicar por

Are .m24,047.103 barril (petróleo) m30,159

Acre .m2100 cm3 m310-6

Hectare .m210000 gal (galão americano)m33,785.10-3

km2 .m2106 gal (galão imperial) m34,545963.10-3

Pé2 (ft2) .m20,06451 litro (L) m310-3

Polegada quadrada (in2).m29,290304 Pé cúbico (ft3) m30,028317

Polegada cúbica (in3)m30,00001639 1316

Page 14: Manual para Conversão de Unidades

FORÇA PRESSÃO

Unidade SIMultiplicar porUnidade SI Multiplicar por

Dina N 10-5 atmosfera (atm) Pa1,01325.105

Kgf N 9,8 Bar Pa105

libra força (lbf)N 4,45 Barie Pa0,1

Poundals N 0,13825 mm Hg Pa133,322

mca (metro de coluna de áua)Pa9,80665

Milibar Pa102

lbf/ft2 Pa

lbf/in2 Pa

VISCOSIDADE CONDUTIVIDADE TÉRMICA

Unidade SI Multiplicar porUnidade SI Multiplicar por

Centipoise (cp)kg/(m.s)10-3 Cal/(cm2.s.ºC/cm)W/(m2..K/m)418

Poise (P) kg/(m.s)0,1 BTU/(ft2.h.ºF/ft) W/(m2..K/m)1,73073

lbm/(ft.h) kg/(m.s)2,1491 Kcal/(m2.h.ºC/m) W/(m2..K/m)1,5048.105

Lbm/(ft.s) kg/(m.s)6,7197.10-4

Kg/(h.m) kg/(m.s)0,0036

DENSIDADE VAZÃO

UnidadeSI Multiplicar porUnidade SI Multiplicar por

g/l .kg/m31 L/h m3/s2,778.10-7

.kg/l .kg/m31000 ft3/h m3/s2,16.10-61416

Page 15: Manual para Conversão de Unidades

.g/cm3 .kg/m31000 gal/min (gpm)m3/s6,308.10-5

.lbm/ft3 .kg/m316,018

.lbm/in3 .kg/m32,768.104

DIFUSIVIDADE COEFICIENTE CONVECTIVO DE

TRANSPORTE DE CALOR

UnidadeSI Multiplicar porUnidadeSIMultiplicar por

cm2/s m2/s 10-4

m2/h m2/s 3600

ft2/h m2/s 2,581.10-5

m2/h cm2/s0,036

A propósito de medidas, encerramos este artigo com uma pitada de humor (infame, mas humor), recolhendoalgumas situações inusitadas de mensuração:

Estava eu pelejando para medir a altura de uma escada, mas a dificuldade é que ela era realmente muito alta esofro de vertigem das alturas. Aí veio um amigo e me disse: "Por que você não deita a escada no chão e a medeaí?" A esta asneira, eu só poderia lhe dar uma resposta à altura: "Você é muito burro mesmo! Estou tentandomedir a altura e não o comprimento!"

O Juquinha chega para a sua mãe e conta um tremenda bravata. Mãe! Hoje andei 20 metros quadrados! A mãeresponde. Puxa! é mesmo!? Estou tão orgulhosa de você.

O bêbado, bem bêbado mesmo, entra no bar e pede para o dono: “Me dá um metro de pinga”. O dono do bar nãoteve dúvidas, pôs o metro em cima do balcão, abriu a garrafa de pinga, e derramou de uma estirada em cima dobalcão exatamente 1m de pinga. Glorioso, ficou olhando para o bêbado esperando a sua reação. O bêbado, semcerimônia alguma disse: - agora embrulha que eu vou levar.

Bibliografia

Perry, J. H. Chemical Engineer’ Handbook

Si Sistema Internacional de Unidades Inmetro (1984)

Enciclopédia Conhecer 1516

Page 16: Manual para Conversão de Unidades

Rozenberg, I. M. O Sistema Internacional de Unidades – SI 2ª edição –Instituto Mauá de Tecnologia

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