Manual para a Aquisi..o de Indicadores de Projeto · Sigla Souza Andrade Vega Goiânia 2004....

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COMUNIDADE DA CONSTRUÇÃO GOIÂNIA PROGRAMA DE MELHORIAS 2 Programa de Melhoria da Comunidade da Construção – Projeto Sistema de Indicadores de Projeto Coordenação da atividade: Profª Drª Rejane Tubino Conenge EBM Eletroenge Empresa Nacional de Engenharia FR Incorporadora MB Engenharia Moreira Ortence Orca Incorporadora Pontal Engenharia Prumus Sigla Souza Andrade Vega Goiânia 2004

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COMUNIDADE DA CONSTRUÇÃO GOIÂNIA PROGRAMA DE MELHORIAS

2

Programa de Melhoria da Comunidade da Construção – Projeto

Sistema de Indicadores de Projeto

Coordenação da atividade:Profª Drª Rejane Tubino

Conenge EBM Eletroenge Empresa Nacional de Engenharia FR Incorporadora MB Engenharia Moreira Ortence Orca Incorporadora Pontal Engenharia Prumus Sigla Souza Andrade Vega

Goiânia 2004

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SISTEMA DE INDICADORES

01. Requisitos do indicador:

• Seletividade: etapas críticas do processo; • Simplicidade: fácil compreensão e aplicação; • Baixo custo: coleta, processamento e avaliação benefício • Acessibilidade: dados de fácil acesso; • Representatividade: representar satisfatoriamente o processo ou

produto; • Estabilidade: perdurar ao longo do tempo; • Rastreabilidade: documentação; • Abordagem experimental: testar indicadores considerados

necessários.

02. Medição e gestão da qualidade: • Medição para visibilidade: demonstram o desempenho atual; • Medições para controle: visam controlar o processo; • Medições para melhoria: comparação com a meta estabelecida.

Ex.: benchmarks como referencia.

03. Coleta de dados ! Objetivo: Obter valores reais para estudar possibilidade de melhora, chegando ao “benchmark” para o serviço proposto.

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4. Percentagem da área do pavimento tipo ocupada pela

área de circulação ! Objetivo: As áreas destinadas à circulação vertical e horizontal têm a função de promover o acesso de pessoas e bens, agregando pouco valor ao imóvel. São também relativamente caras em função dos seus revestimentos. Com este indicador pretende-se verificar a otimização da relação entre estas áreas e a área do pavimento tipo. ! Roteiro para o cálculo

Fórmula )(100

AsfApavtAcircI +

×=

Variáveis Critérios Área do pavimento

tipo (Apavt) • Medida em planta pela face externa das paredes • Não inclui a área de sacadas e floreiras

Área de sacada e floreira no

pavimento tipo (Asf)

• Medida em planta no pavimento tipo • Inclui a área de projeção das muretas de proteção • Não pode existir sobreposição desta área com a

área do pavimento tipo

Área de circulação de uso comum

(Acirc)

• Área da caixa do elevador, escada, corredor e hall no pavimento tipo da edificação, medidas em plantas segundo o critério da NBR 12721:

a) pela face externa da parede quando fizerem divisa com o exterior;

b) pela face interna da parede quando fizerem divisa com uma unidade autônoma;

c) pelo eixo da parede quando fizerem divisa com outra área de uso comum.

Periodicidade: calculado por projeto construído ou em construção

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Planilha 1a Dados sobre o projeto arquitetônico – exemplo de preenchimento

Nome da empresa JJ ENGENHARIA LTDA Imóvel Endereço do imóvel

(x) Residencial ( ) Misto ( )Comercial Tipo: Rua Paulo Soares, 123 Porto Alegre-RS

Execução do Projeto ( ) Pela empresa (x) Fora da empresa – Nome do arquiteto: Arq. Alberto Silva

Forma do terreno Dimensões do terreno

(x) Irregular ( ) Regular Largura (média): 25,00 m Profundidade (média): 35,00 m [ ] jk [ ] 1 dormitório sem dormitório de empregada [ 6 ] 2 dormitório sem dormitório de empregada [ ] 2 dormitório com [ ] dormitório de empregada [ 6 ] 3 dormitório sem dormitório de empregada [ ] 3 dormitório com [ ] dormitório de empregada [ ] 4 dormitório sem dormitório de empregada [ ] 4 dormitório com [ ] dormitório de empregada

Nº total de unidades (segundo o nº de

dormitórios sociais e o nº de dormitórios de

empregada)

[ ] 5 dormitório sem dormitório de empregada [ ] 5 dormitório com [ ] dormitório de empregada

Apavt (m2) Areal (m2)

213,11 1686,75

Asf (m2)–sacada/floreira Pp (m) – perímetro paredes externas

37,73 83,71

Nº pavimentos Nº unidades autônomas por pavimento

[0] Subsolo [1] Térreo [6] Tipo [1] Cobertura [0] Outro [0] Subsolo [1] Térreo [6] Tipo [1] Cobertura [0] Outro

Número de elevadores Área circulação vertical

1 Caixa do elevador: 3,79 m2 Escada: 17,50 m2

Área circulação horizontal

Corredor: 11,17 m2 “Hall”: 0,00 m2

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Planilha 1b Dados sobre o projeto arquitetônico – exemplo de preenchimento

PAREDES INTERNAS PAREDES EXTERNAS Nº do trecho

Comprimento (m)

Espessura (m)

Ap int (m2)

Nº do trecho

Comprimento (m)

Espessura (m)

Ap ext (m2)

Valor transferido --- Valor transferido --- 1 7,62 0,15 1,14 1 7,87 0,32 2,52 2 6,40 0,15 0,96 2 0,70 0,25 0,18 3 2,85 0,15 0,43 3 0,92 0,25 0,23 4 2,85 0,15 0,43 4 1,00 0,25 0,25 5 1,95 0,15 0,29 5 1,00 0,25 0,25 6 1,90 0,25 0,48 6 1,00 0,25 0,25 7 2,85 0,25 0,71 7 3,15 0,25 0,79 8 2,00 0,25 0,50 8 1,00 0,25 0,25 9 3,85 0,15 0,58 9 3,05 0,25 0,76

10 1,40 0,25 0,35 10 0,60 0,25 0,15 11 5,65 0,15 0,85 11 3,20 0,25 0,80 12 1,55 0,15 0,23 12 0,60 0,25 0,15 13 2,60 0,15 0,39 13 2,50 0,25 0,62 14 4,00 0,15 0,60 14 0,60 0,25 0,15 15 1,40 0,15 0,21 15 7,85 0,25 1,96 16 1,00 0,15 0,15 16 3,25 0,25 0,81

TOTAL Ap (interna) Valor a transferir 8,3 TOTAL Ap (externa)

Valor a transferir 10,12

Ap = área de projeção das paredes externas e/ou internas VALORES MÉDIOS I = percentagem da área do pavimento tipo ocupada pela área de circulação (%) ! Objetivo:

• Verificar a otimização das áreas destinadas ao acesso de pessoas e bens, relacionando-as com a área do pavimento tipo;

• Quanto < o valor + racional foi a solução adotada.

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Com elevador Sem elevador Localização Média

(%) DP (%)

CV (%)

Média (%)

DP (%)

CV (%)

RS 10,49 3,97 37,8 8,07 3,65 45,2 PR 10,49 4,42 42,2 7,39 2,34 31,7 PE 17,11 10,75 62,9 10,81 3,49 32,3 MG 13,20 2,83 21,5 --- --- --- RN 10,36 3,28 31,6 --- --- --- Residencial 9,84 2,74 27,8 7,98 3,03 38,0 Comercial 18,05 7,53 41,7 --- --- --- Misto 12,64 5,26 41,7 8,77 2,87 32,7

5. Análise dos indicadores Este relatório foi produzido com as planilhas enviadas pelas empresas, nos

meses de março/1994 a maio/1998. Procurou-se dar uma maior confiabilidade

à análise através da eliminação de valores espúrios e conseqüente redução

dos coeficientes de variação (CV). Considera-se que as amostras com CV

menores que 30% são homogêneas, sendo a média representativa do

comportamento geral do indicador. Este procedimento foi possível para as

amostras que apresentaram um número relativamente grande de dados.

Também não foram apresentados resultados de amostras com menos de três

elementos.

5.1. Projeto arquitetônico ! Índice de Circulação:

O Índice de Circulação avalia o grau de otimização das áreas comuns de

circulação no pavimento tipo.

Os imóveis da amostra foram divididos em imóveis com e sem elevador, uma

vez que estas áreas ocasionam uma mudança significativa no valor do

indicador.

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a) Quanto à localização

Os Gráficos 1 e 2 apresentam as médias do Índice de circulação, para imóveis

com e sem elevador, localizados nos diferentes Estados, conforme o tipo de

ocupação (residenciais, comerciais e mistos).

Observando os dados do Gráfico 1, o Índice de Circulação médio dos imóveis

residenciais com elevador localizados nos estados RS, RN e PR apresentaram

um resultado similar. Nestes estados a média do Índice de Circulação está em

torno de 9,0%.

Gráfico 1: Índice de Circulação – imóveis com elevador, segundo tipo de ocupação, por

localização

9,0

14,5

12,4

9,6

16,9

9,4 9,5

11,5

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

PR MG RS RN PA

Residenciais comerciais Mistos

Icirc

(%) -

Val

ores

méd

ios

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Gráfico 2: Índice de Circulação – imóveis sem elevador, segundo tipo de ocupação, por localização

Gráfico 3: Índice de Circulação, segundo tipo de ocupação

A amostra por estado é composta por 22 imóveis localizados no estado do

Paraná, três imóveis em Minas Gerais, 63 no Rio Grande do Sul, oito no Rio

Grande do Norte, seis imóveis em Santa Catarina e oito no estado do Pará.

6,06,62

7,56

8,8

5,6

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0Ic

irc (%

) - V

alor

es m

édio

s

RS SC

Residenciais comerciais Mistos

12,211,5

1313,9

14,915,4

2,7

4,7

2,6

5,5

9,1

3,1

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

Residencial c/ elev Comercial c/ elev Misto c/ elev Residencial s/ elev Comercial s/ elev Misto s/ elev

Icirc(%)

Máximo Mínimo

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b) Quanto ao tipo de ocupação

Observando o Gráfico 3, verifica-se que o Índice de Circulação médio dos

imóveis residenciais com elevador é cerca de 30% maior que nos imóveis sem

elevador.

Numa análise estatística mais detalhada, verificou-se que não existe uma

diferença significativa entre as médias dos imóveis residenciais e mistos.

6. Índice de Compacidade ! Objetivo:

Os planos verticais correspondem a uma significativa parcela do custo total das

edificações. As fachadas em geral tem um custo por metro quadrado superior

ao das divisórias internas pelas funções desempenhadas, tais como proteção

das intempéries, iluminação e ventilação natural, incorporando elementos

relativamente caros (esquadrias, revestimentos especiais, pintura de alto

desempenho, etc.). O índice de compacidade indica o quanto o projeto afasta-

se da forma mais econômica no que diz respeito ao perímetro das paredes

externas (um círculo).

! Roteiro para o cálculo

Fórmula 10014,32

××

=Pp

ApavtIc

Variáveis Critérios Área do pavimento

tipo (Apavt) • Medida em planta pela face externa das paredes • Não inclui a área de sacadas e floreiras

Perímetro das paredes externas

(Pp)

• Medida em planta, pelo eixo das paredes, no pavimento tipo

• Não são consideradas paredes externas as proteções (mureta e guarda-corpo) de sacadas e terraços

• Ao medir o perímetro não descontar os vãos das aberturas (portas e janelas)

Periodicidade: calculado por projeto construído ou em construção

“” E VALORES MÉDIOS Ic = Índice de compacidade (%) ! Objetivo:

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• Permite verificar o quanto o projeto se aproxima da forma mais econômica no que diz respeito às fachadas (paredes externas);

• Ic compara perímetro externo do prédio ao perímetro de um circulo de área igual;

• Quanto + próximo a 100% mais otimizada a forma da planta baixa; • Critérios de avaliação: < 60% - ruim;

65% - 70% - bom > 75% -ótimo

Localização Média (%)

DP (%)

CV (%)

RS 66,07 10,58 16,0 PR 66,78 10,46 15,7 PE 52,73 14,78 28,0 MG 50,90 3,73 7,3 RN 65,96 13,55 20,5 Residencial 64,62 11,32 17,5 Comercial 65,65 10,56 16,1 Misto 68,33 9,46 13,8

7. Densidade de paredes ! Objetivo:

Os planos verticais correspondem a aproximadamente 40% do custo das

edificações e, pelo seu peso, podem elevar o custo da estrutura. Este indicador

tem o objetivo de verificar o grau de otimização da compartimentação do

pavimento tipo.

! Roteiro para o cálculo

Fórmula Apavt

ApDP =

Variáveis Critérios Área do pavimento

tipo (Apavt) • Medida em planta pela face externa das paredes • Não inclui a área de sacadas e floreiras

Área de projeção das paredes

externas e internas (Ap)

• Perímetro das paredes, medido no pavimento tipo, multiplicado pela espessura das respectivas paredes

• Ao medir o perímetro não descontar os vãos das aberturas (portas e janelas)

Periodicidade: Calculado por projeto construído ou em construção.

VALORES MÉDIOS

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DP = Densidade de paredes (m2/m2) ! Objetivo:

• Verificar se a compartimentação dos pavimentos foi feita de forma racional

• Quanto menor a densidade de paredes maior a área útil do pavimento.

Localização Média (%)

DP (%)

CV (%)

RS 13,73 2,88 21,0 PR 11,58 1,67 14,4 PE 12,28 1,26 10,2 MG 12,14 0,88 7,3 RN 11,71 1,09 9,3 Residencial 12,54 2,44 19,5 Comercial 12,72 3,37 26,5 Misto 12,93 1,60 12,4

8. Relação entre o comprimento das tubulações hidráulicas e o número de pontos

! Objetivo:

Este indicador tem o objetivo de verificar a eficiência do projeto arquitetônico

quanto ao grau de concentração de pontos hidráulicos e do projeto hidráulico

quanto ao traçado das tubulações, relacionando o comprimento das tubulações

ao número de locais de atendimento. Também gera informações para

estimativas expeditas de custo.

! Roteiro para o cálculo

Fórmula PthCtIh =

Variáveis Critérios Comprimento das tubulações (Ct)

• Comprimento das tubulações de água fria e água quente, medida em planta horizontal e vertical, independente do diâmetro

Número de pontos hidráulicos (Pth)

• São considerados pontos os locais listados a seguir (um ponto de água fria e um ponto para água quente): torneira, válvula de descarga, caixa de descarga, chuveiro, bebedouro, caixa d’água e outras esperas

Periodicidade:Calculado por projeto construído ou em construção.

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9.1. Relação entre comprimento das tubulações e o número de pontos hidráulicos

a) Quanto à localização

Observa-se pelo gráfico 4, que os índices médios nos estados do PR, RS e

RN encontram-se em torno de 3,0 m/ponto. A amostra de projetos foi

composta por treze imóveis do Paraná, dezessete imóveis do Rio Grande

do Sul e cinco do Rio Grande do Norte.

b) Quanto ao tipo de ocupação

Quanto ao tipo de ocupação (gráfico 5), a média do índice hidráulico

mantém-se em torno de 3,30 m/ponto. Os imóveis comerciais apresentam a

menor diferença entre máximos e mínimos (CV = 32%), denotando uma

maior concentração de pontos em relação aos imóveis residenciais (CV =

37%).

Gráfico 4: Relação entre o comprimento das tubulações e o número de pontos por localização

Gráfico 5: Relação entre o comprimento das tubulações e o número de pontos por tipo de ocupação

5,6

4,46

3,99

1,25

2,12

2,86

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

6,0

PR RS RN

Ih (m

/pon

to)

Máximo Mínimo

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9. Relação entre o comprimento dos eletrodutos e o número de pontos

! Objetivo:

Este indicador tem o objetivo de verificar a eficiência do projeto elétrico quanto

ao traçado dos eletrodutos, relacionando o comprimento dos mesmos ao

número de locais de atendimento. Este indicador pode fornecer informações

para estimativas de custo.

! Roteiro para o cálculo

Fórmula PteCeIe =

Variáveis Critérios Comprimento dos eletrodutos (Ce)

• Comprimento dos eletrodutos horizontais e verticais, independente do diâmetro, medido no projeto

Número de pontos elétricos (Pte)

• São considerados pontos: interruptores, luminárias, tomadas, tecla de campainha, sirene de campainha, tomada para ar condicionado, chuveiro elétrico, centro de distribuição e quadro geral

• Os interruptores simples, duplo, triplo equivalem a um ponto; assim como cada interruptor tipo hotel

Periodicidade:Calculado por projeto construído ou em construção.

VALORES MÉDIOS

5,6

3,87

5,06

1,25

2,462,24

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

6,0

Residenciais Comerciais Mistos

Ih (m

/pon

to)

Máximo Mínimo

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Ie = relação entre o comprimento dos eletrodutos e o número de pontos (m/pontos)

! Objetivo:

• Medir a eficiência do projeto elétrico quanto à otimização do traçado dos eletrodutos;

• Relaciona: comprimento dos eletrodutos aos locais de atendimento.

Localização Média (%)

DP (%)

CV (%)

RS 2,71 0,99 36,4 PR 3,31 1,38 41,6 RN 3,71 1,19 32,1 Residencial 3,16 1,24 39,2 Comercial 2,61 0,66 25,2 Misto 2,38 0,91 38,5

Planilha 2 Instalações hidráulicas e elétricas – exemplo de preenchimento

Execução do projeto ( ) Pela empresa (X) Fora da empresa Nome do projetista: Eng. Joaquim Silva

Nº de prumadas hidráulicas (colunas

de distribuição) 6*

Comprimentos (m)

[1700*] Eletrodutos (Ce) [ 443* ] Tubulação de água fria (Cf) [ 149* ] Tubulação de água quente (Cq) [ 592* ] Total da tubulação hidráulica (Ch = Cf+Cq)

Nº total de pontos elétricos (Pte)

[ 80 ] Nas áreas de uso comum [ 468 ]Nas áreas privativas

Nº total de pontos hidráulicos (Pth)

Nas áreas de uso comum [ 8* ] Água fria [ 0 ] Água quente Nas áreas privativas [ 112 ] Água fria [ 48 ] Água quente

Nº total de compartimentos nas

áreas privativas

[ 60 ] Áreas molhadas (cozinha, banheiro, área de serviço, lavabo, banheiro de empregada, sacada)

[ 54 ] Áreas secas (sala, copa, despensa, quartos, escritório, quarto de empregada, corredor, hall)

Estes valores foram arbitrados para o exemplo OBS.: para este exemplo considerou-se:

• Somente nos banheiros existe água quente e fria; • Na cobertura existem 12 pontos elétricos e 4 pontos hidráulicos e no térreo existem 20

pontos elétricos.

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VALORES MÉDIOS

Ih = relação entre o comprimento das tubulações hidráulicas e o número de pontos (m/pontos)

! Objetivo:

• Medir a eficácia do projeto hidráulico; • Relaciona: comprimento das tubulações ao número de pontos atendidos; • Pode ser utilizado para estimativas expeditas de custo.

Localização Média (%)

DP (%)

CV (%)

RS 3,73 1,16 31,0 PR 3,26 1,15 35,2 RN 3,63 0,45 12,3 Residencial 3,58 1,07 30,0 Comercial 3,31 0,67 20,3 Misto 3,48 1,22 34,9

10. Relação entre o volume de concreto e a área construída ! Objetivo:

A estrutura é responsável em média por 21% do custo da construção. Este

indicador tem o objetivo de detectar o super-dimensionamento das lajes, vigas

e pilares quanto ao volume de concreto, ou má distribuição de cargas no

projeto arquitetônico.

! Roteiro para o cálculo

Fórmula Areal

VconcIconc =

Variáveis Critérios Volume de concreto

(Vconc) • Volume de concreto, obtido no projeto estrutural • Não inclui as fundações (nem vigas de fundação)

Área real global (Areal)

• Área de toda a edificação, obtida segundo os critérios da NBR 12721/92

Periodicidade:Calculado por projeto construído ou em construção.

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11. Relação entre a área de fôrmas e a área construída ! Objetivo:

A estrutura é responsável em média por 21% do custo da construção. Este

indicador mede a racionalidade do dimensionamento da estrutura quanto a

área de fôrmas. ! Roteiro para o cálculo

Fórmula ArealAfôrmIfôrma =

Variáveis Critérios

Área das fôrmas (Afôrm)

• Área das fôrmas, medida no projeto estrutural pela face de contato com as peças de concreto armado

• Não inclui as fôrmas das fundações (nem vigas de fundação)

• Fazer na planilha uma descrição do sistema estrutural utilizado

Área real global (Areal)

• Área de toda a edificação, obtida segundo os critérios da NBR 12721/92

Periodicidade:Calculado por projeto construído ou em construção.

12. Relação entre o peso de aço e a área construída

! Objetivo:

A estrutura é responsável em média por 21% do custo da construção. Este

indicador tem como objetivo detectar o super-dimensionamento da armadura

ou a má distribuição de cargas no projeto arquitetônico.

! Roteiro para o cálculo

Fórmula ArealPaçoIaço =

Variáveis Critérios

Peso do aço (Paço) • Peso da armadura, obtido no projeto estrutural • Não inclui a armadura das fundações (nem vigas

de fundação) Área real global

(Areal) • Área de toda a edificação, obtida segundo os

critérios da NBR 12721/92

Periodicidade:Calculado por projeto construído ou em construção.

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Planilha 3 Projeto estrutural !Esta planilha deve ser enviada juntamente com a planilha 1 a .

Execução do projeto

( ) Pela empresa ( ) Fora da empresa Nome do projetista:

Local Fck Volume de concreto Vconc (m3)

Peso armadura Paço (kg)

Área fôrmas Afôrm (m2)

Laje Viga Pilar

Total

!Identifique abaixo o tipo de sistema estrutural

Paredes de alvenaria portante ( ) Sim ( ) Não

Pilares ( ) Concreto armado moldado no local ( ) Concreto pré-moldado ( ) Outro:

Vigas ( ) Concreto armado moldado no local ( ) Concreto pré-moldado ( ) Outro:

Lajes ( ) Concreto armado moldado no local ( ) Concreto pré-moldado ( ) Outro:

VALORES MÉDIOS Iaço = relação entre peso do aço e a área construída (kg/m2) ! Objetivo:

• Detectar o super dimensionamento da armadura ou; • A má distribuição de cargas no projeto arquitetônico através da relação

do peso do aço com a área construída.

Observações:

fck adotado = 15 MPa fck projetos estudados: 15, 18 e 21 MPa Dados para estrutura não convencional – elementos pré-moldados, alvenaria portante, etc.

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Localização Média (%)

DP (%)

CV (%)

RS 8,12 0,99 36,4 PR 6,35 1,38 41,6 15 MPa 7,26 3,36 46,3 Geral 8,13 4,09 50,4

VALORES MÉDIOS Ifôrma = relação entre a área de fôrmas e a área construída (m2/m2) ! Objetivo:

• Verificar a otimização das áreas de fôrmas em relação à área construída.

Localização Média (%)

DP (%)

CV (%)

RS 1,91 0,52 27,3 PR 1,75 0,37 21,1 RN 2,07 0,25 12,3 15 MPa 1,83 0,54 29,6 18 MPa 1,86 0,30 16,3 21 MPa 1,99 0,61 30,6 Geral 1,91 0,48 25,0

13.1. Projeto estrutural

Os projetos foram analisados separadamente segundo o valor do fck. Adotou-

se para a análise dos indicadores do projeto estrutural o fck das lajes. Também

foram analisados separadamente os projetos com estrutura convencional e

não-convencional.

Por estrutura convencional entende-se uma estrutura de concreto armado com

elementos (vigas, lajes e pilares) moldados in loco. Os outros tipos de estrutura

(pré-laje, alvenaria portante e outros) foram classificados nesta análise como

estruturas não-convencionais.

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13.2. Índice de aço Este indicador permite detectar o super dimensionamento da armadura ou a

má distribuição de cargas no projeto arquitetônico.

a) Quanto à localização

Apenas os imóveis do PR, RN e RS apresentaram amostra suficiente para

análise do indicador (mais de 3 valores). Os valores médios do Índice do Aço

nestes estados variam de 16 a 20 kg/m2.

Entre os estados, a amostra divide-se em 8 imóveis do Paraná, 20 do rio

Grande do Sul e 5 do Rio Grande do Norte.

b) Quanto ao tipo de sistema estrutural

Considerando-se apenas o tipo de sistema estrutural, no gráfico 6 observa-se

que o Índice de Aço para sistema estrutural pré-laje é 40% menor que o

sistema convencional.

Os dados da amostra compreendem 49 imóveis com estrutura convencional e

11 sistema pré-laje.

Gráfico 6: Índice de aço, por tipo de sistema estrutural

16,2

9,3

7,1

3,2

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

Convencional Pré-laje

Iaço

(kg/

m2 )

Máximo Mínimo

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c) Quanto ao fck

Apresenta-se no gráfico 7 as variações do indicador para os imóveis

residenciais segundo o valor do fck.

Gráfico 7: Índice de aço, imóveis residenciais por fck, sistema convencional

O Índice do Aço tende a diminuir conforme aumenta o valor do fck, embora

esta variação não tenha se mostrado significativa na análise estatística.

Para os imóveis mistos, obteve-se uma média de 10,1 kg/m2 (fck = 15 MPa) e

os imóveis comerciais apresentaram em média 12,9 kg/m2 (fck = 15 MPa).

No que se refere ao fck, a amostra divide-se em 18 projetos com fck = 15 MPa,

14 projetos com fck = 18 MPa, 7 com fck = 20 MPa e 8 projetos com fck = 21

MPa.

13.3. Índice de concreto Este indicador tem o objetivo de identificar o super dimensionamento da

estrutura através da relação do volume de concreto com a área construída.

a) Quanto à localização

De uma forma geral os projetos apresentaram médias em torno de 0,15 m3/m2,

para os estados do RS, RN e PR.

A amostra apresenta 7 dados do Paraná, 19 do Rio Grande do Sul e 5 do Rio

Grande do Norte.

b) Quanto ao tipo de sistema estrutural

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

15MPa 18MPa 20MPa 21MPa

Iaço

(kg/

m2 )

Máximo Mínimo

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No gráfico 8, observa-se que para o sistema estrutural pré-laje (CV = 39%), o

Índice do Concreto é 40% menor que para o sistema convencional (CV = 19%).

Na amostra utilizou-se 49 projetos com sistema convencional e 12 com sistema

estrutural pré-laje. Gráfico 8: Índice do concreto, por sistema estrutural

c) Quanto ao fck

Observando-se o gráfico 9, verifica-se que o Índice de Concreto para imóveis

residenciais, tende a aumentar conforme aumenta o fck, embora esta

correlação não tenha se comprovado estatisticamente.

Quanto ao fck a amostra divide-se em 16 projetos com fck = 15 MPa, 15 com

fck = 18 MPa, 5 projetos com fck = 20 MPa e 8 com fck = 21 MPa.

Gráfico 9: Índice do concreto, por fck, sistema convencional

0,2

0,13

0,1

0,03

0,00

0,10

0,20

0,30

Convencional Pré-laje

Icon

c (m

3 /m2 )

Máximo Mínimo

0,17

0,20,21

0,25

0,10,11

0,130,12

0,00

0,10

0,20

0,30

15MPa 18MPa 20MPa 21MPa

Icon

c (m

3 /m2 )

Máximo Mínimo