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MÓDULO ONDULAÇÃO,PERMANENTE E DESFRISAGEM

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  • MDULO

    ONDULAO,PERMANENTE E DESFRISAGEM

  • NDICE CAPTULO I

    1. Ondulao, permanente e desfrisagem .1 1.1. Uma breve histria sobre a ondulao permanente ......2 1.2 A forma nos dias de hoje ...........................................3 1.3 Algumas regras importantes para a execuo de uma forma ....3 1.4 Avaliao do estado do couro cabeludo e cabelos ...4 1.4.1 O diagnstico ......5 2. Processo da forma permanente 6 2.1 Aco qumica ...7 2.2 Aco fsica ...7 2.3 Aco mecnica ....7 3. O que significa ento forma? ..................................................................................................7

    3.1Composio qumico do redutor e do neutralizante ...8 3.2 Qual a funo e composio do redutor e do neutralizante ..9 3.2.1 O efeito do suporte de tratamento no cabelo ..9 3.2.2 Os dois factores mais importantes antes de se executar um trabalho tcnico ..10 4. Os mtodos de se execuo de uma forma 10 4.1 A proteco dos cabelos ..11 4.2 O papel de pontas 11 4.3Os mtodos de enrolagem 12 4.4 a importncia dos tempos de pose ...12 4.5 a neutralizao .12 4.6 outras tcnicas .13 4.7 nomes tcnicos de alguns servios ..13 5. Loo, redutor ou loo da forma permanente ..14 5.1 a escolha dos produtos adequados .. 14 5.1.2os tipos de redutores mais vulgarmente usados .14 5.1.3 os protectores 14 5.1.4 o redutor ...15 5.1.5 o neutralizante ...15 6. Tipos de forma ...16 7. A execuo da ondulao permanente ...16 7.1 a lavagem .16 7.2 divises 18 7.3 o enrolamento da forma clssica....18 7.3.1 a aplicao do redutor......19 7.3.2 a neutralizao.....20 7.3.3. A finalizao...20 8.Osprincipais utenslios utilizados na execuo da permanente e tambm da desfrisagem...21 9. Desfrisagem......23 9.1 Como feita a desfrisagem....23 9.2 A neutralizao.......23 9.3 A finalizao.......24 9.4 A visualizao dos passos na desfrisagem.....25

  • 1.ONDULAO, PERMANENTE E DESFRISAGEM

    Ondulao e permanente so os dois nomes mais conhecidos deste

    trabalho tcnico, tendo outro que forma. Os trs querem se referir ao

    mesmo trabalho pois servem todos para dar forma ao cabelo. As clientes

    procuram muitas vezes este servio, pois se o cabelo for tratado

    devidamente o penteado dirio bastante fcil, principalmente para quem

    tenha uma vida muito agitada e pouco tempo a perder. Este tipo de clientes

    gostam de cabelos com volume, podem tambm ter o problema de razes

    muito oleosas e o redutor da permanente ajuda a retirar parte da oleosidade

    existente no couro cabeludo.

    Podem ser feitas de muitas maneiras: com mais ou menos caracol, s com

    ondas, s na raiz, entre outros. Tudo depende do servio que a cliente

    deseja.

    Desfrisagem como se fosse um trabalho oposto ao anterior pois a normal

    funo deste retirar os caracis, ondulao ou o extremo volume que a

    cliente tenha e que a desagrada. Tambm utiliza o mesmo tipo de produtos,

    bastante agressivos. Por isso a sua aplicao tem que ser bastante cautelosa

    em relao proximidade do couro cabeludo e ao tempo de pose por causa

    das pontas. Se este tempo no for respeitado pode dar origem a cabelos

    quebradios ou em casos extremos queimados. No um trabalho

    procurado com muita frequncia nos sales de cabeleireiro.

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  • 1.1 UMA BREVE HISTRIA SOBRE A ONDULAO

    PERMANENTE

    Esta comeou a ser feita por volta do ano 1906 sendo depois remodelada

    por volta do ano 1940,preparando-se para a evoluo. Eram realizadas com

    determinados aparelhos, apropriados na poca para o efeito. Estes

    aparelhos eram muito grandes e pesados, tanto um como outro, atingiam

    grandes temperaturas, por isso era necessrio o dobro do cuidado com as

    queimaduras. Estas podiam ser no profissional e na cliente.

    Eram bastante demoradas e por vezes dolorosas, pelo peso que era

    colocado na cabea das clientes.

    Para que possam ter uma noo mais real do que seriam, reparem nestas

    imagens:

    ANO DE 1906 ANO DE 1940

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  • 1.2 A FORMA NOS DIAS DE HOJE:

    Neste momento a forma j feita com outros mtodos. Os materiais utilizados so os seguintes: bigoudins (que podem ser de

    diversos tamanhos), papeis (para ajudar no enrolamento), pente, molas,

    touca, baguetes (utilizadas para proteger o cabelo dos elsticos) e os

    produtos escolhidos anteriormente atravs do diagnstico. Este um dos

    passos essenciais a execuo de qualquer trabalho tcnico. Sem um

    diagnstico bem feito previamente, os trabalhos no tem os resultados

    desejados, nem para o profissional nem para a cliente.

    Hoje em dia este um dos trabalhos feitos por qualquer pessoa,

    independentemente da idade ou estatuto social enquanto antigamente s era

    feito por um nmero muito restrito de pessoas.

    1.3 ALGUMAS REGRAS IMPORTANTES PARA A

    EXECUO DE UMA FORMA:

    *Fazer um diagnstico minucioso ao cabelo e couro cabeludo

    *Os bigoudis devem ser enrolados paralelamente ao couro cabeludo e as

    madeixas bem esticadas

    *A largura ou comprimento de cada mecha deve ser de acordo com o

    comprimento do bigoudi

    *A espessura da mecha deve ser igual ao dimetro do bigoudi

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  • *O bigoudi deve ser enrolado com a parte de fora da madeixa na

    perpendicular e deve assentar nas razes

    *Os elsticos devem assentar na curva da madeixa sem pressionarem o

    cabelo nem fazerem quebras.

    *Ao atingir o primeiro tempo de pose deve-se desenrolar uma madeixa

    de cabelo para termos a certeza do sucesso do trabalho.

    Estas regras so relacionadas com o trabalho em si, as seguintes

    esto relacionadas com as normas de segurana

    * Aplicar um creme protector nas nossas mos para evitar qualquer tipo de irritao ou at alergia aos produtos, visto estes serem muito fortes.

    * Proteger os olhos com uma mscara ou ter o mximo cuidado.

    * Usar luvas finas para que mantenhamos a mesma sensibilidade

    * Verificar a ventilao do estabelecimento devido libertao de cheiros

    que podem provocar alergias a nvel respiratrio.

    Todas estas regras sendo cumpridas contribuem para a nossa segurana,

    tanto no que diz respeito ao servio que estamos a prestar como nossa

    prpria segurana.

    1.4 AVALIAO DO ESTADO DO COURO CABELUDO E

    CABELOS

    Antes de se serem executados devemos fazer um diagnstico minucioso ao

    cabelo e ao couro cabeludo. Isto porque como com qualquer trabalho

    tcnico, onde se v trabalhar com produtos qumicos devemos ter uma certa

    ateno, isto para no ferir tecidos capilares nem cabelos. Este o primeiro

    passo a ser dado antes de se fazer uma ondulao. Tambm o nosso

    conselho importante para a cliente, pois por vezes pede um destes

    trabalhos e tem o cabelo debilitado demais para o suportar.

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  • 1.4.1 O DIAGNSTICO

    Iremos ouvir falar sempre muito nele, pois a base de todos os trabalhos a

    mesma. S depois que avanamos com o trabalho que iremos executar.

    Nada mais do que um exame muito profundo. Este exame pode ser em

    relao cliente ou ao cabelo e couro cabeludo. Neste caso iremos explorar

    o diagnstico ao couro cabeludo e cabelo.

    Existem diversos factores visveis a olho nu que podem de uma forma ou

    outra interferir no nosso trabalho. Devem ser detectados antes de se dar

    inicio prestao do nosso servio, avaliando a situao e tomando as

    devidas precaues. Alguns exemplos: feridas, caspa, vermelhes,

    irritao, eczema, falta de gordura ou excesso, entre outros. Isto no que diz

    respeito ao couro cabeludo.

    No que diz respeito ao cabelo a anlise a mesma, se so grossos, finos ou

    mdios, pintados ou descolorados, naturais, duros, moles ou flexveis,

    fragilizados ou porosos. Estes normalmente podem ter muitos estados, ou

    seja, podem ser mais ou menos porosos mediante vrios factores. Por vezes

    j uma caracterstica prpria de cada um, mas no entanto tambm existem

    diversos factores que contribuem para que assim sejam.

    Desde o tratamento que se d ao cabelo at mesmo a questes fora do

    nosso alcance, como por exemplo, o clima. Porm um dos pontos mais

    visualizados antes de se fazer uma forma, pois consoante estiver a

    porosidade do cabelo, estar ele mais ou menos receptivo a receber ou no

    os produtos com que iremos trabalhar, dependendo tambm o sucesso do

    nosso trabalho.

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  • Alguns exemplos da porosidade dos cabelos:

    Sem porosidade Pouco poroso

    Muito poroso Demasiado poroso

    2. PROCESSO DA FORMA PERMANENTE

    O processo de desenvolvimento da forma permanente dividido por trs

    aces: aco qumica, fsica e mecnica.

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  • 2.1 ACO QUMICA

    uma aco de reduo, ou seja, liberta oxignio por adio de hidrognio.

    O produto a aplicar, o redutor, da forma permanente actua sobre a cutcula,

    abrindo-a de forma a poder penetrar no cabelo e actuar sobre as ligaes

    intra moleculares, rompendo-as, diminuindo desse modo, parcialmente, a

    resistncia do cabelo.

    2.2 ACO FSICA

    Assim se chama aco desenvolvida pelo calor do couro cabeludo como

    catalizador da reaco qumica

    2.3 ACO MECNICA

    a aco que obriga as molculas do cabelo, depois de quebrada a sua

    resistncia, a procurar outra disposio de acordo com a forma dos

    bigoudis, ou outro tipo de material nele colocado.

    3. O QUE SIGNIFICA ENTO FORMA?

    uma reaco qumica que leva a que o cabelo que se encontra no estado

    liso, onde suas cadeias qumicas esto intactas, por meio de rupturas no seu

    interior passe a um estado mais ondulado.

    Estes trabalhos, no que dizem respeito alterao da forma dos cabelos

    podem ser fixas ou no, existindo por isso a Mise en Plis que uma

    alterao de forma temporria.

    Como a haste capilar se divide em trs partes: cutcula, crtex e medula,

    sendo a medula o canal central rodeada por clulas queratinizadas que

    formam o crtex e as clulas corticais que esto cobertas superfcie por

    uma camada de escamas que assim formam a cutcula.

    A queratina nas suas propriedades fsico qumicas, possibilita a deformao

    do cabelo. A trabalharmos na queratina sabemos que deformar o cabelo ou

    dar-lhe outra forma romper algumas ligaes qumicas e dar uma nova

    forma ao cabelo e reconstituir novas ligaes.

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  • Exemplo da mise en plise

    3.1 COMPOSIO QUMICA DO REDUTOR E DO

    NEUTRALIZANTE Aqui podem se ver as Micro fibrilas e as Protofibrilas

    Aqui podem se ver as cadeias de enxofre (s-s)

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  • 3.2 QUAL A FUNO E COMPOSIO DO REDUTOR E

    DO NEUTRALIZANTE

    Redutor cido triogliclico, amonaco e suporte de tratamento

    Funo - cido triogliclico rompe as cadeias de enxofre

    -amonaco abre as escamas do cabelo -suporte de tratamento acalma a agressividade destes dois agentes

    Neutralizante oxidante (que contem o2 para fixar as ligaes do cabelo) ou gua oxigenada a 6v e suporte de tratamento.

    3.2.1 O EFEITO DO SUPORTE DE TRATAMENTO NO

    CABELO

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    ANTES DA

    APLICAO APS

    APLICAO A LIGAO DAS CADEIAS

    ALTERNADAMENTE DEPOIS

    DA APLICAO DO OXIGNIO

  • 3.2.2 OS DOIS FACTORES MAIS IMPORTANTES ANTES DE

    SE EXECUTAR UM TRABALHO TCNICO

    Em primeiro lugar o contacto com a cliente e em segundo, no menos

    importante, o diagnstico. Depois de passar estas duas fases vamos incidir

    mais, naturalmente no diagnstico, que nos dir tudo aquilo que queremos

    saber para que o sucesso do nosso trabalho seja completo: qual o tipo de

    forma desejado, a data da ltima forma, quantas vezes por semana costuma

    lavar o cabelo e quando foi a ltima, o estado do cabelo, e s depois, ento

    decidir qual a tcnica, produto e material que iremos utilizar.

    4. OS MTODOS DE SE EXECUO DE UMA FORMA

    Existem dois mtodos de executar uma forma. Sendo eles:

    O mtodo directo, que consiste em fazer a aplicao do redutor antes

    da enrolagem

    O mtodo indirecto, que consiste em fazer a aplicao do redutor aps

    enrolagem

    Exemplos

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  • 4.1 A PROTECO DOS CABELOS

    Em cabelos sensibilizados, com trabalhos tcnicos variados ou at mesmo

    por motivos externos (sol, uso de produtos inadequados, pouca manuteno

    de pontas, etc.), devemos aplicar um produto estruturante para proteger os

    cabelos da agressividade por vezes excessiva dos redutores. Estes produtos

    so aplicados nas pontas dos cabelos ou at zona onde esto menos

    saudveis. Para melhor penetrao, o acto de pentear bem ou ento de

    fechar as escamas do cabelo (movimentos que se fazem com as mos,

    como se estivssemos a ajudar o cabelo a crescer, puxando-o), ir ajudar

    bastante, pois teremos a certeza de que o produto penetrou totalmente no

    interior do cabelo, garantindo-lhe mxima proteco. Existem tambm

    produtos naturais, como o leite por exemplo, que pode ser utilizado para

    proteco dos cabelos. Tambm o papel celofane pode ajudar. Em

    determinados casos e depois de um diagnstico feito com precauo

    podemos aconselhar tambm a cliente a retirar umas pontas aos cabelos,

    aparando simplesmente o necessrio, para no alterar em demasia o visual

    desejado.

    4.2 O PAPEL DE PONTAS

    Este papel, normalmente usado, serve para depois das pontas do cabelo

    bem juntas, coloca-lo volta ou por trs, para que ajude na enrolagem.

    Assim sendo, teremos a certeza de que as pontas ficaro devidamente

    enroladas, no correndo o risco de se partirem.

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  • 4.3 OS MTODOS DE ENROLAGEM

    A enrolagem deve ser sempre perpendicular ao couro cabeludo, sendo o

    comprimento da mecha inferior aos dos bigoudis, e a sua espessura deve

    ser a do dimetro do bigoudi.

    Todos os elsticos dos mesmos devero ser levantados com a ajuda das

    baguetes para que no haja marcaes feitas pelos elsticos na raiz, o que

    pode levar a grandes quebras de cabelos. Estas existem algum tempo no

    mercado, as nem todos os profissionais as usam, que faz com que correm

    srios riscos no trabalho.

    4.4 A IMPORTNCIA DOS TEMPOS DE POSE

    O tempo de pose varia conforme natureza do cabelo; cabelos virgens ou

    naturais 15m, cabelos sensibilizados de 5 a 10m, cabelos descolorados ou

    muito sensibilizados at 5m. No existe um tempo certo, depende sempre

    de cada situao.

    4.5 A NEUTRALIZAO Esta uma das partes mais importantes da forma permanente, pois nesta

    fase que se consegue fazer com que o cabelo fixe a forma que lhe demos.

    Mais ou menos encaracolada depende do diagnstico feito anteriormente e

    do desejo da cliente. tambm nesta fase que se algo correr mal

    poderemos ainda salvar parte do nosso trabalho.

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  • 4.6 OUTRAS TCNICAS

    Por exemplo a pr-saturao que a aplicao do redutor antes da

    enrolagem. Este mtodo utilizado quando os cabelos so: muito grandes,

    muito gordurosos e com muitos cabelos brancos. Nesta tcnica utiliza-se

    um redutor com uma fora inferior quela com que estamos a trabalhar,

    este far uma prvia preparao do cabelo para quando receber o produto

    anteriormente escolhido.

    4.7 NOMES TCNICOS DE ALGUNS SERVIOS

    SATURAO significa a aplicao do redutor sobre os cabelos, antes e depois da enrolagem, ou seja, o mtodo directo e indirecto. Esta aplicao

    pode ser feita com o mesmo em forma lquida ou em espuma, dependendo

    do tipo de cabelos com que estamos a trabalhar.

    RINAGE a passagem por gua nos cabelos de forma a retirar o redutor.

    ESSORAGE o acto de enxugar os cabelos, ou retirar o excesso de gua existente.

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  • 5. LOO, REDUTOR OU LOO DA FORMA

    PERMANENTE

    5.1 A ESCOLHA DOS PRODUTOS ADEQUADOS

    Ondulao, Permanente Conforme os cabelos com que vamos trabalhar e os objectivos que queremos atingir, fazendo um trabalho

    perfeito, iremos seleccionar os produtos com que iremos trabalhar. Para

    isso devemos conhecer bem o cabelo e o couro cabeludo. Existem no

    mercado diversas empresas com uma variedade de produtos muito grande,

    o que d para escolher o que ser mais apropriado para o nosso trabalho.

    A escolha do lquido feita tendo em conta as caractersticas bsicas do

    cabelo, ou seja, o tipo, o estado e a textura.

    Existem vrios tipos de lquidos, especficos para cada cabelo: natural,

    pintado, difcil, entre outros. Isto porqu? Com o aparecimento de novas

    empresas no mercado os tcnicos que os fabricam tem sempre a

    necessidade de evoluir cada vez mais procurando assim colocar nos seus

    produtos algo sempre melhor. Naturalmente quem ganha com a situao

    somos ns e as clientes, pois os produtos adquirem sempre mais

    qualidades.

    5.1.2 OS TIPOS DE REDUTORES MAIS VULGARMENTE

    USADOS

    Cabelos naturais, cabelos naturais difceis, cabelos sensibilizados, havendo

    certas marcas que j tm alm destes os: especiais madeixas, cabelos finos.

    Com o passar dos tempos e tendo em conta as necessidades dos

    profissionais e das clientes vo sempre aparecendo produtos novos, com

    outras caractersticas.

    5.1.3 OS PROTECTORES

    A fora de cada redutor determinada pelo seu valor de pH.

    Os cabelos que estejam sensibilizados precisam de um protector, este

    aplicado antes do enrolamento. Isto depois da escolha do produto

    apropriado. Existem muitos produtos que referem o tipo de cabelos a que

    so destinados, esses tm o nome de foras. Desde cabelos normais, secos,

    sensibilizados, finos a pintados, existem outros, depende da marca com que

    vamos trabalhar.

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  • No mtodo directo a fora escolhida sempre mais fraca do que a que se

    ir aplicar depois, isto porqu? O papel deste primeiro ser o de preparar o

    cabelo abrindo-lhe as escamas para receber o produto mais forte. Esta

    situao d-se quando so cabelos ou muito grossos ou muito compridos.

    5.1.4 O REDUTOR

    O redutor de forma pode ser aplicado com uma esponja, sempre limpa, nos

    dois mtodos, ou com um aplicador no mtodo directo.

    Enrolam-se os bigoudis fazendo-se posteriormente a pr-saturao.

    Devemos ter sempre em conta um factor muito importante, a nossa prpria

    proteco. Todos os produtos utilizados em trabalhos tcnicos no

    dispensam de forma alguma a utilizao de luvas, ou at mesmo, para que

    tiver problemas de sade, a utilizao de mscaras protectoras das vias

    respiratrias.

    5.1.5 O NEUTRALIZANTE

    a introduo de oxignio no cabelo que vai neutralizar o hidrognio

    gerado pelo redutor da forma, provocando assim o endurecimento da

    queratina.

    O neutralizante vai reconstruir as ligaes intra moleculares de enxofre do

    cabelo, dando-lhe novamente resistncia e vai fixar as molculas na

    posio que lhes foi dada pelos bigoudis. Terminando o tempo de pose

    passa-se gua morna em abundncia e enxuga-se com uma toalha.

    Humedece-se, cautelosamente, todos os bigoudis com 2/3 do neutralizante.

    Aguardam-se 7 minutos, ou mais dependendo do comprimento e do tipo de

    cabelo. Seguidamente desenrolam-se os bigoudis tento sempre o cuidado

    de no esticar o cabelo, e massajam-se as razes e as pontas com o

    neutralizante que restou. Aguarda-se mais 2 ou 3 minutos. Passa-se por

    gua.

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  • 6. TIPOS DE FORMA

    Existindo vrios tipos de montagem de forma devemos escolher o mais

    apropriado, tendo em conta o tipo e a textura do cabelo, assim como a

    criatividade e imaginao para obtermos o trabalho desejado.

    EXEMPLOS DE TIPOS MENOS UTILIZADAS

    Com touca (50%), espiral ascendente ou descendente, montagem dupla ou

    tripla, com pinas, em rabos-de-cavalo, entre outras. Os mtodos mais

    utilizados so o clssico e a direccionada, que a mais utilizada em salo

    de cabeleireiro.

    Embora no seja o mtodo mais utilizado o mais rigoroso, isto no que diz

    respeito enrolagem clssica. Tanto a nvel de divises como de tcnica de

    enrolamento.

    7. A EXECUO DA ONDULAO PERMANENTE

    7.1 A LAVAGEM

    O champ a ser utilizado antes de um trabalho tcnico (caso haja

    necessidade de lavar antecipadamente), deve ser neutro.

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  • A funo deste ser de limpar o cabelo de forma a este estar preparado para

    receber um produto qumico. Deve ser uma lavagem suave, massajando o

    cabelo sem ferir o couro cabeludo para que este no fique sensibilizado ao

    receber o produto. Antes da lavagem devemos sempre fazer o diagnstico

    ao cabelo e couro cabeludo, estabelecendo assim um contacto mais directo

    com a cliente e tendo a certeza dos passos que vamos dar.

    No podemos esquecer que este trabalho feito normalmente para durar,

    por isso o seu sucesso ser to desejado por quem o deseja fazer.

    Estas imagens j foram vistas anteriormente, a diferena entre elas

    exactamente os champs que so utilizados neste tipo de servio ou em

    outros, onde podem ser aplicados champs de vrios tipos e neste s se

    deve aplicar um tcnico e neutro. Todos os outros cuidados so os mesmos

    ou ainda mais importantes, nomeadamente no que diz respeito massagem

    sem a colocao das unhas que so prejudiciais em qualquer destes

    trabalhos

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  • 7.2 DIVISES

    As divises normalmente so feitas em 9 partes.Com a ajuda de um pente e

    de molas. Exemplo:

    Esta a apresentao normal de uma cabea com as divises para a

    Forma clssica

    7.3 O ENROLAMENTO DA FORMA CLSSICA

    Depois de todos estes pontos devidamente esclarecidos vamos iniciar o

    enrolamento propriamente dito da permanente clssica pelo mtodo directo.

    Dividimos a cabea em 9 partes e iremos comear pela parte de trs. As

    mechas devem estar de acordo com o tamanho dos bigoudis, enroladas num

    ngulo de 180 graus para que a raiz fique bem levantada e ao pousar

    encaixe na prpria raiz. Esse enrolamento acontece com o apoio do papel

    de pontas cuja funo unir todo o cabelo de forma a que se enrole com

    facilidade. Com um pente de cabo de plstico que esta operao acontece,

    no podemos usar material que no seja assim. Devemos ter cuidado com

    os elsticos que devem ser pousados em cima do cabelo e no junto raiz,

    pois corre o risco de se partir o mesmo. ara evitar acidentes com as

    borrachas dos bigoudis existem as baguetes que so colocadas entre o

    cabelo e as borrachas.

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  • Esta montagem exige que cada mecha seja bem penteada e tenha 180 graus

    de elevao, assim como a inclinao da mecha tem de estar de acordo com

    a morfologia do crnio, jogando com o formato dos bigoudis, s assim se

    obter uma cabeleira limpa, e tendo como resultado final ondas e caracis

    nas pontas, sendo assim a verdadeira permanente clssica.

    7.3.1 A APLICAO DO REDUTOR

    Depois de tudo pronto, vamos proteger a cliente passando com uma tira de

    algodo a toda a volta da cabea, impedir que o lquido escorra. O redutor

    aplicado com a ajuda de uma esponja que ir fazer espuma, (o que

    bastante mais seguro na aplicao pois no ir escorrer produto com tanta

    facilidade), comeando pela parte de trs da cabea, sendo a parte mais fria

    da cabea. Dado o tempo de pose previamente decidido iremos, com

    cuidado desenrolar um bigoudi para ver como se est a desenvolver e como

    est a ficar o caracol. Em certos casos colocamos uma touca plstica para

    fixar mais o calor. Acabado o tempo de pose que pode ser de 15minutos

    dependendo das marcas e do diagnstico que fizemos ao cabelo, vamos

    voltar a desenrolar para termos a certeza de que o cabelo est com a forma

    que desejamos. Passaremos ento neutralizao.

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  • 7.3.2 A NEUTRALIZAO

    A passagem por gua deve ser abundante, h necessidade de retirar todo o

    redutor existente no cabelo, pois o neutralizante no pode entrar em

    contacto com o este, pois como sabemos se estes dois qumicos se

    misturarem provocam uma reaco exotrmica que pode provocar

    queimaduras a nvel do couro cabeludo.

    Aps termos a certeza que o cabelo est limpo aplicaremos o neutralizante

    tambm com a ajuda de uma esponja fazendo espuma. Numa primeira fase

    deixamos estar em tempo de pose 10 minutos, retiramos os bigoudis com

    delicadeza e sem esticar o cabelo. Depois de todos retirados voltamos a

    aplicar mais neutralizante para prevenir que no nos tenha escapado

    nenhum bigoudi e para reforar o que j estava. Apertamos as pontas para

    ajudar na fixao. esta segunda fase deixamos novamente o neutralizante

    durante mais 10 minutos, findos os quais, passa-se muito bem por gua

    7.3.3. A FINALIZAO

    Tambm estes cabelos precisam de hidratao e de revitalizantes no fim. A

    secagem recomendada ser o mais natural possvel, ou manual ou com

    difusor.O cabelo no deve ser esticado nem lavado nas primeiras 48horas,

    assim como devem ser tratados com produtos hidratantes e finalizantes

    apropriados (espuma por exemplo).

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  • Os resultados possveis depois de uma forma permanente:

    A- Bons resultados B- Ondulao insuficiente C- Ondulao em excesso D- Pontas porosas E- Enrolamento inadequado

    8. OS PRINCIPAIS UTENSLIOS UTILIZADOS NA

    EXECUO DA PERMANENTE E TAMBM DA

    DESFRISAGEM

    Bigoudins (que podem ser de diversos tamanhos) Papeis (para ajudar no enrolamento), Pente de cabo de plstico Molas Touca Baguetes (utilizadas para proteger o cabelo dos elsticos) Algodo Produto escolhido aps diagnstico Penteador Toalhas Taa Trincha

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    1

    A B C D E

  • Nesta pequena listagem so poucos os materiais que no so utilizados na

    desfrisagem, sendo eles: bigoudins, papeis, baguetes.

    Alguns exemplos dos materiais utilizados para a execuo da forma

    permanente:

    Outros tipos de enrolamento

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  • 9.DESFRISAGEM

    A desfrisagem uma forma de retirar os caracis ou ondas existentes no

    cabelo tornando-o assim num cabelo liso. Como tambm como a forma

    um processo que leva produtos qumicos devemos ter os mesmos cuidados

    que temos ao executar uma permanente.

    9.1 COMO FEITA A DESFRISAGEM

    Em primeiro lugar, protege-se a cliente colocando um penteador e uma

    toalha, divide-se o cabelo em quatro partes para que consigamos ter bem a

    noo de onde estamos a trabalhar e de no corrermos riscos. Colocamos o

    creme desfrisante na taa e com o apoio da trincha iremos aplicar o produto

    comeando pela parte de trs da cabea.

    Sendo esta a parte mais fria da cabea ser tambm a parte onde o

    produto, que precisa de calor, ir demorar um pouco mais a actuar. do

    cabelo. Durante esse tempo o cabelo dever ser penteado em diversas

    direces, sendo sempre esticado com uma fora moderada. Nessas

    direces devemos deixar que repouse para Esta aplicao dever ser a uma

    distncia de 1 cm do couro cabeludo ou razes do mesmo. Ser estipulado

    um tempo de pose por parte do profissional aps verificar o estado e a

    textura que ajude a ganhar essa forma. Sendo o tempo de pose estipulado

    de 20 minutos iremos pentear todo para um lado, depois para o outro, para

    a frente e depois todo para trs. Findo este tempo de pose e depois de

    vermos que est como pretendemos, passaremos neutralizao.

    9.2 A NEUTRALIZAO

    Encaminhamos a cliente at calha de lavagem e instalamo-la

    confortavelmente, pois ainda ir l passar uns minutos.

    Com a gua temperada iremos molhar o cabelo de forma abundante e sem

    esquecer nenhuma parte, pois esta operao consiste em retirar o produto

    aplicado para posteriormente ser aplicado outro.

    Depois de termos a certeza que no cabelo no existem vestgios do produto

    enxugamos bem com uma toalha, mas com suavidade.

    Depois do cabelo estar bem enxuto passamos aplicao do neutralizante

    por todo o cabelo tentando sempre mant-lo o mais liso possvel.

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  • 9.3 A FINALIZAO

    Na parte final da desfrisagem devemos analisar bem o cabelo para ver se o

    resultado o pretendido.Com a vasta gama de produtos que temos no

    mercado iremos seleccionar uma gama que seja hidratante e revitalizante.

    Para a secagem aconselhamos um servio que estique o menos possvel os

    cabelos, pois ainda se encontram muito sensibilizados, por exemplo uma

    mise de rolos.

    9.4 A visualizao dos passos na desfrisagem

    1 passo 2 passo 3 passo

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