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O Oráculo e as 22 Lições

O Oráculo e as 22 Lições 2

Índice

AS 22 LIÇÕES- Lição Nº. 01 - Os Cinco Minutos 03- Lição Nº. 02 - O Resto não Importa 04- Lição Nº. 03 - O Rei e a Frase 05- Lição Nº. 04 - A Doação 06/08- Lição Nº. 05 - O Empurrão 09- Lição Nº. 06 - Amor Verdadeiro 10- Lição Nº. 07 - Papel ao Vento 11- Lição Nº. 08 - Pedras na Praia 12- Lição Nº. 09 - Interpretação de um Sonho 13- Lição Nº. 10 - Fazer a Diferença 14/15- Lição Nº. 11 - Milho Bom 16- Lição Nº. 12 - Rito de Passagem 17- Lição Nº. 13 - Coração Perfeito 18- Lição Nº. 14 - A Semente da Verdade 19- Lição Nº. 15 - Encontro com um Anjo 20/22- Lição Nº. 16 - O Cavalinho e a Borboleta 23/25- Lição Nº. 17 - As Colheres do Cabo Comprido 26- Lição Nº. 18 - O Trem da Vida 27- Lição Nº. 19 - Pedra no Caminho 28- Lição Nº. 20 - O Eterno Descontente 29

- Lição nº. 21 - Qual é a nossa verdadeira idade? 31

- Lição nº. 22 – A Aranha e o testemunho 32/33

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O velho sábio vivia embrenhado nos confins do mundo, para localizá-lo somente com muita persistência e fé. Era um homem recluso, nãogostava de aparecer, existia muita lenda sobre a sua figura, paraalguns um louco, para muitos um profeta, um ser divino, alguémiluminado por Deus.Era uma pessoa sem estudos não sabia ler nem escrever, mas falavacomo um tribuno, trazia nos olhos o brilho do conhecimento, nasmãos as marcas da maestria, nas palavras o poder de acalmar aspiores dores e medos que uma pessoa pode imaginar.Ele sempre insistia que não detinha poder algum, que falava para aspessoas, apenas o que conseguia enxergar nelas mesmas.A cada dia que passava, falar com o velho oráculo se tornava mais emais difícil, parecia que de quando em quando ele desaparecia comoque por encanto; chegava-se a cogitar da sua morte, isso ocorreumuitas vezes. Muitas pessoas o teriam avistado, nos mais diversospontos, pelo mundo afora.Dele conhecia-se pouco, era nômade sempre morou sozinho, nãotinha pelo que se sabia: Família, amigos nem religião, tampoucoseguidores, apenas os animais e as plantas, tinham lugar cativo efreqüentavam livremente, seu ambiente.Quem teve a oportunidade e o prazer de ficar frente a frente comele, jamais esquecerá do brilho penetrante dos seus olhos, que comoum raio -X, por segundos pareciam decifrar o código das pessoasnum DNA irresistível.Da sua boca não se ouvia palavras de desesperanças, rancor oumedo; quando falava, parecia que a vida não tinha segredos, tudo setornava tão simples, tão fácil, as lições dadas por ele, pareciam serobvias, que as pessoas saiam da entrevista, muitas vezes rindo,pensando: poxa, como não percebi isso antes?Algumas das lições deixadas por ele, foram passadas de geração parageração, por alguns poucos privilegiados que receberam a dádiva deo terem conhecido.O paradeiro dele ninguém sabe, se está vivo ou morto, ou em queparte do planeta ele esteja; mas, não devemos duvidar de quem sabeele possa estar entre nós, neste exato momento.

Eis algumas lições do Oráculo:

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Lição nº 1

OS CINCO MINUTOS:

Certa vez num parque, uma mulher sentou-se ao lado de umhomem.Ela disse:- Aquele ali é meu filho, o de suéter vermelho deslizando noescorregador.- Um bonito garoto - respondeu o homem. E completou: - Aquela deVestido branco, pedalando a bicicleta, é minha filha.Então, olhando o relógio, o homem chamou a sua filha.- Melissa, o que você acha de irmos?- Mais cinco minutos, pai. Por favor. Só mais cinco minutos!O homem concordou e Melissa continuou pedalando sua bicicleta,para alegria de seu coração.Os minutos se passaram, o pai levantou-se e novamente chamou suafilha:- Hora de irmos, agora?Mas, outra vez Melissa pediu:- Mais cinco minutos, pai. Só mais cinco minutos!O homem sorriu e disse:- Está certo!- O senhor é certamente um pai muito paciente - comentou a mulherao seu lado.

O homem sorriu e disse:- O irmão mais velho de Melissa foi morto no ano passado por umMotorista bêbado, quando montava sua bicicleta perto daqui.Eu nunca passei muito tempo com meu filho e agora eu dariaqualquer coisa por apenas mais cinco minutos com ele.Eu me prometi não cometer o mesmo erro com Melissa.Ela acha que tem mais cinco minutos para andar de bicicleta.Na verdade, eu é que tenho mais cinco minutos para vê-la brincar...

Mensagem do Mestre:

“Em tudo na vida estabelecemos prioridades.Quais são as suas?Lembre-se:nem tudo o que importante é prioritário, e nemtudo o que é necessário é indispensável!Dê, hoje, a alguém que você ama mais cinco minutos de seutempo.”

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Lição nº 2

O RESTO NÃO IMPORTA

Era uma vez um pedreiro famoso e seu filho, cuja especialidade eraconstruir muros de castelos. Certo dia faltou à massa especial parapôr o último tijolo no alicerce de um muro, o pedreiro mandou entãoo filho prepará-la. Meu pai, disse o rapaz, há massa sobrando dasuperestrutura, o senhor podia aproveitá-la. O velho explicou ao filhoque aquela massa tinha uma consistência inferior á usada no alicerce.Mas pai, retrucou o filho, quem é que vai saber, daqui a milênios queo senhor colocou um só tijolo a tal profundidade com massa maisfraca? Duas pessoas vão ficar sabendo e morrerão de vergonha,respondeu o velho. Quem? Indagou o rapaz. Você e eu, respondeu ovelho.

Mensagem do Mestre:

“Quando atrás das palavras, se esconde o exemplo, então elasse tornam irresistíveis.”

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Lição nº. 3

O REI E A FRASE

Conta a velha lenda que um rei muito poderoso ao enfrentar umoutro rei tão poderoso quanto ele, quase perdeu tudo.Foram necessários alguns anos para que o rei conseguisse de novoacumular fortuna, com muito trabalho nos campos e a conquista deoutros lugares. Assim, meditando na sorte e no azar, na riqueza e napobreza, o rei chamou seus sábios consultores e pediu que elesdefinissem em uma única frase esses dois momentos tão opostos, eque desse força para que ele superasse a falta de recursos, osproblemas e dificuldades, e quando na riqueza não esquecesse dosmais pobres, das dificuldades do povo que ele comandava.Essa frase vencedora,daria honras e glórias ao seu criador e seriaescrita na bandeira daquele reino, e seria inserida no brasão real dorei, por isso os gênios de todos os cantos mandavam sugestões,enviando frases que mais pareciam histórias.Um dia, o rei em um dos seus passeios pelos arredores do seucastelo, teve sede e parou perto de um casebre na estrada e um dosseus soldados bateu palmas. Um senhor bem sorridente o atendeu elogo trouxe água para o rei em uma caneca simples mas muito limpa,o que impressionou o rei, que também ficou impressionado com apureza e o frescor da água. Curioso, o rei desceu e resolveu entrar nocasebre e se surpreendeu com a paz do ambiente, com a limpeza eas pequenas flores em cada canto daquele cômodo humilde.O rei então perguntou ao camponês como ele conseguia ser feliznaquele lugar tão longe de tudo e vivendo em tamanha simplicidade.O camponês contou que no passado tivera bens e posses, era alfaiatee tinha uma grande freguesia, chegou a ter muito dinheiro, masperdeu tudo com o ataque de um rei muito poderoso naquela região eele teve que mendigar pelas ruas para comer. Andou muito,conheceu muitas vidas e muitas realidades, até encontrar esse lugarque hoje ele chama de "pedacinho do céu", e mostrou ao rei umatabuleta onde ele mandou gravar a frase da sua vida, para que ele selembrasse sempre, na alegria ou na tristeza, na saúde ou na doença,na pobreza ou na riqueza que ele podia superar tudo, desde que selembrasse dessa verdade escrita na tabuleta. Lá estava a frase que orei tanto buscava, lá estava escrito em apenas uma linha toda afilosofia que seus sábios não souberam explicar, lá estava escrito:"Tudo passa!"

Mensagem do Mestre:

“E agora eu te ofereço essa tabuleta, leve-a com você poronde for, na certeza de que esse momento que você vive,seja ele de muita alegria ou de dor, vai passar e você deveráseguir em frente, sem olhar para trás, rumo a felicidade, naconquista do seu "pedacinho de céu", porque tudo passa, masvocê é eterno.”

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Lição nº 4

DOAÇÃO

No dia que nasceu a filha daquele casal, o marido, não sentiu grandealegria.Por que a decepção que sentia, parecia ser maior do que o grandeconhecimento em ter uma filha.Ah !!!Eu queria um filho homem!Lamentava!Em poucos meses ele se deixou cativar pelo sorriso da linda filha epela infinita inocência de seu olhar fixo e penetrante, foi então queele começou a amá-la com loucura.Seu rostinho, seu sorriso não se apartavam mais dele.Ele fazia planos sobre planos, tudo seria para a filhinha !Numa tarde estavam todos reunidos em família, quando a filhaperguntou a seu pai:Papi,... Quando eu completar quinze anos, qual será meu presente?Ele lhe respondeu:Meu amor, você tem apenas sete aninhos, não lhe parece que faltamuito tempo para essa data?Ela lhe respondeu:Bem papi,... tu sempre dizes que o tempo passa voando, ainda queeu nunca o haja visto por aqui.Ela já tinha quatorze anos e ocupava toda a alegria da casa,especialmente o coração de seu papi.Num Domingo passeando, ela tropeçou, e seu pai de imediatoagarrou-a para que não caísse...Sentado, ele viu como ela foi caindo lentamente e quase perdeu aconsciência.O pai levantou-a e a levou imediatamente para o hospital.Alí permaneceu por dez dias e foi então que os informaram que elapadecia de uma grave enfermidade que afetava seriamente seucoração.Os dias foram passando, seu pai renunciou a seu trabalho paradedicar-se a ela.Todavia, sua mãe, decidiu trabalhar, pois não suportava vê-lasofrendo tanto.Numa manhã, ainda na cama,a filha perguntou a seu papi:Papi ? Os médicos te disseram que eu vou morrer ?Respondeu seu pai:Não meu amor... não vais morrer, Deus que é tão grande, que nãopermitiria que eu perca o que mais tenho amado neste mundo.Quando a gente morre vai para algum lugar?Podem ver lá de cima sua família?Sabes se um dia podem voltar?Bem filha,..na verdade ninguém regressou de lá e contou algo sobre

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isso, porém se eu morrer, não te deixarei só, onde eu estiverbuscarei uma maneira de me comunicar contigo, e em últimainstância utilizaria o vento para te ver.O vento?E como você faria?Não tenho a menor idéia filhinha, só sei que se algum dia eu morrer,sentirás que estou contigo, quando um suave vento roçar teu rosto euma brisa fresca beijar tua face.Nesse mesmo dia à tarde, foram informados pelos médicos que suafilhinha necessitava de um transplante de coração, pois do contrárioela só teria mais vinte dias de vida.

UM CORAÇÃO! ONDE CONSEGUIR UM CORAÇÃO?UM CORAÇÃO! ONDE, DEUS MEU?

Nesse mesmo mês,ela completaria seus quinze anos.E foi numa sexta-feira á tarde quando conseguiram um doador.Foi operada e tudo saiu bem.Ela permaneceu no hospital por quinze dias e em nenhuma vez seupai foi visitá-la.Todavia, os médicos lhe deram alta e ela foi para sua casa.Ao chegar em casa com ansiedade ela gritou:Papi! Papi!... Onde tu estás?Sua mãe saiu do quarto com os olhos molhados de lágrimas e disse-lhe:- Aquí está uma carta que seu papi deixou para você.

"Filhinha do meu coração:No momento em que ler minha carta, já deverás ter quinze anos eum coração forte batendo em teu peito, essa foi a promessa que mefizeram os médicos que te operaram.Não podes imaginar nem remotamente quanto lamento não estar ateu lado.Quando soube que morrerias, decidi dar-te a resposta da perguntaque me fizeste quando tinhas sete aninhos e a qual não puderesponder.Decidí dar-te o presente mais bonito que ninguém jamais faria porminha filha...Te dou de presente minha vida inteira sem nenhuma condição, paraque faças com ela o que queiras.Viva filha!!Te amo com todo meu coração!!Foi quando ela chorou por todo o dia e toda a noite.No dia seguinte foi ao cemitério e sentou-se sobre o túmulo de seupapi; chorou tanto como ninguém poderia chorar.e sussurrou:

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"Papi,... agora posso compreender quanto me amavas. Eu também teamava e ainda que nunca tenha dito, agora compreendo aimportância de dizer: "Te Amo" e te pediria perdão por haverguardado silêncio tantas vezes".Nesse instante as copas das árvores balançavam suavemente, caíramalgumas folhas e florzinhas, e uma suave brisa roçou a face de nossafilhinha, que olhou para o céu, tentou enxugar as lágrimas de seurosto, se levantou e voltou para casa.

Mensagem do Mestre

“Nascemos sozinhos,Morremos sozinhos,Compartilhe da companhia dos que estão próximos,Durante este magnífico e efêmero passeio chamado VIDA.Mas enquanto passeia, não permita que o céu, o sol, asestrelas e, os livros passem despercebidos aos olhos, Dos quecontigo passeiam...”

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Lição nº 5

O EMPURRÃO

Como sempre fazem, a águia empurrou gentilmente seus filhotespara a beirada do ninho.Seu coração se acelerou com emoções conflitantes, ao mesmo tempoem que sentiu a resistência dos filhotes a seus insistentes cutucões.Por que a emoção de voar tem que começar com o medo de cair?Pensou ela.O ninho estava colocado bem no alto de um pico rochoso.Abaixo, somente o abismo e o ar para sustentar as asas dos filhotes.E se justamente agora isto não funcionar?Apesar do medo, a águia sabia que aquele era o momento.Sua missão estava prestes a se completar, restava ainda uma tarefafinal o empurrão.A águia encheu-se de coragem. Enquanto os filhotes não descobriremsuas asas não haverá propósito para a sua vida.Enquanto eles nãoaprenderem a voar não compreenderão o privilégio que é nasceráguia. O empurrão era o maior presente que ela podia oferecer-lhes.Era seu supremo ato de amor.Então, um a um, ela os precipitou para o abismo. E eles voaram!

Mensagem do Mestre:

“Às vezes, nas nossas vidas, as circunstâncias fazem o papelde águia. São elas que nos empurram para o abismo.E quem sabe não são elas, as próprias circunstâncias, que nosfazem descobrir que temos asas para voar.”

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Lição nº 6

AMOR VERDADEIRO

Certa vez, durante um passeio uma garota perguntou a um garoto seele achava ela bonita, ele disse...não.Ela perguntou se ele queria ficar com ela pela eternidade.... e eledisse não.Então ela perguntou a ele, se ela fosse embora ele iria chorar, e maisuma vez ele respondeu com um não.Ela já tinha ouvido demais. Assim que ela estava indo embora,lágrimas caíam da sua face.o rapaz agarrou seu braço e disse:- Você não é bonita você é linda.- Eu não quero ficar contigo para sempre. Eu PRECISO ficar com vocêpara sempre.- E eu não iria chorar se você fosse embora...eu iria morrer...

Mensagem do Mestre

“Não basta amar as pessoas, é preciso que elas saibam disso”

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Lição nº 7

PAPEL AO VENTO

Um senhor há muito tempo, tanto falou que seu vizinho era ladrãoque o rapaz acabou preso! Dias depois, descobriram que erainocente. O rapaz foi solto, e processou o homem. No tribunal, ovelho diz ao juiz:- Comentários não causam tão mal.E o juiz responde:- Escreva os comentários num papel, depois pique e jogue os pedaçosno caminho de casa.Amanhã, volte para ouvir a sentença.O senhor obedeceu e voltou no dia seguinte.Antes da sentença, o juiz diz:- Terá que catar os pedaços de papel que espalhou ontem.Respondeu o velho:- Não posso fazer isso. O Vento deve te-los espalhado, já não seionde estão.O Juiz então diz:- Assim, desta maneira, um simples comentário pode destruir a honrade um homem, a ponto de não podermos mais consertar o mal.

Mensagem do Mestre:

“Se não se pode falar bem de uma pessoa, é melhor que nemse diga nada. Sejamos donos de nossa boca, para não sermosescravos de nossas palavras.”

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Lição nº 8

PEDRAS NA PRAIA

Certa vez, um homem caminhava pela praia, numa noite de luacheia. Ele pensava desta forma:"Se tivesse um carro novo, seria feliz; se tivesse uma casa grande,seria feliz; se tivesse um excelente trabalho, seria feliz; se tivesseuma companheira perfeita, seria feliz..."Até que ele tropeçou em uma sacolinha cheia de pedras. Por contadisso, ele começou a jogar as pedrinhas, uma a uma, no mar, cadavez que dizia: "Seria feliz se tivesse..."Assim o fez até que ficou com uma pedrinha na sacolinha e decidiuguardá-la.Ao chegar em casa, percebeu que aquela pedrinha, tratava-se de umdiamante muito valioso. Você imagina quantos diamantes ele jogouao mar, sem parar para pensar?Assim são as pessoas... jogam fora seus preciosos tesouros porestarem esperando o que acreditam ser perfeito ou sonhando edesejando o que não têm, sem dar valor ao que tem em suas mãos.Se olhassem ao redor, parando para observar, perceberiam quãoafortunadas são. Muito perto de si está sua felicidade.

Mensagem do mestre:

“Cada pedrinha deve ser observada... ela pode ser umdiamante valioso. Cada um de nossos dias pode serconsiderado um diamante precioso e insubstituível.”

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Lição nº 9

A INTERPRETAÇÃO DE UM SONHO

O poderoso sultão sonhou que havia perdido todos os dentes.Logo que despertou, mandou chamar um adivinho para queinterpretasse seu sonho.- Que desgraça, senhor! Exclamou o adivinho. Cada dente caídorepresenta a perda de um parente de vossa majestade.- Mas que insolente - gritou o sultão, enfurecido. Como seatreve a dizer-me semelhante coisa? Fora daqui! Chamou os guardase ordenou que lhe dessem cem chicotadas.Mandou que trouxessem outro adivinho e lhe contou sobre o sonho.Este, após ouvir o sultão com atenção, disse-lhe:- Excelso senhor! Grande felicidade lhe está reservada. O sonhosignifica que havereis de sobreviver a todos os seus parentes.A fisionomia do sultão iluminou-se num sorriso, e ele mandou darcem moedas de ouro ao segundo adivinho.Quando o segundo adivinho saía do palácio, um dos cortesãos lhedisse admirado:- Como é possível? A interpretação que você fez foi idêntica a doseu colega. No entanto ao primeiro ele puniu com cem chicotadas ea você pagou com cem moedas de ouro.- Lembre-se meu amigo - respondeu o adivinho:

Tudo depende da maneira de dizer.

Mensagem do Mestre:

”A verdade pode ser comparada a uma pedra preciosa. Se alançarmos no rosto de alguém pode ferir, provocando dor erevolta. Mas se a envolvemos em delicada embalagem e aoferecemos com ternura, certamente será aceita comfacilidade.”

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Lição nº 10

FAZER A DIFERENÇA

Uma professora, decidiu homenagear cada um dos seus formandosdizendo-lhes da diferença que tinham feito em sua vida de mestra.Chamou um de cada vez para frente da classe. Começou dizendo acada um a diferença que tinham feito para ela e para os outros daturma.Então deu a cada um uma fita azul, gravada com letras douradasque diziam:'Quem Eu Sou Faz a Diferença'.Mais adiante, resolveu propor um Projeto para a turma, para quepudessem ver o impacto que o reconhecimento positivo pode tersobre uma comunidade.Deu aos alunos mais três fitas azuis para cada um, com os mesmosdizeres, e os orientou a entregarem as fitas para as pessoas de seuconhecimento que achavam que desempenhavam um papel diferente.Mas que deveriam poder acompanhar os resultados para ver quemhomenagearia quem, e informar esses resultados à classe ao fim deuma semana.Um dos rapazes procurou um executivo iniciante em uma empresapróxima, e o homenageou por tê-lo ajudado a planejar sua carreira.Deu-lhe uma fita azul, pregando-a em sua camisa.Feito isso, deu-lhe as outras duas fitas dizendo:Estamos desenvolvendo um projeto de classe sobre reconhecimento,e gostaríamos que você escolhesse alguém para homenagear,entregando-lhe uma fita azul, e mais outra, para que ela, por suavez, também possa homenagear a uma outra pessoa, e manter esteprocesso vivo. Mas depois, por favor, me conte o que perceber teracontecido. 'Mais tarde, naquele dia, o executivo iniciante procurou seu chefe,que era conhecido, por sinal, como uma pessoa de difícil trato. Fezseu chefe sentar, disse-lhe que o admirava muito por ser um gêniocriativo. O chefe pareceu ficar muito surpreso. O executivo subalternoperguntou a ele se aceitaria uma fita azul e se lhe permitiria colocá-lanele. O chefe surpreso disse: 'É claro. ' Afixando a fita no bolso dalapela, bem acima do coração, o executivo deu-lhe mais uma fita azuligual e pediu: 'Leve esta outra fita e passe-a a alguém que vocêtambém admira muito.' E explicou sobre o projeto de classe domenino que havia dado a fita a ele próprio.

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No final do dia, quando o chefe chegou a sua casa, chamou seu filhode 14 anos e o fez sentar-se diante dele. E disse:A coisa mais incrível me aconteceu hoje. Eu estava na minha sala eum dos executivos subalternos veio e me deu uma fita azul pelo meugênio criativo. Imagine só! Ele acha que sou um gênio! Então mecolocou esta fita que diz que 'Quem Eu Sou Faz a Diferença'. Deu-meuma fita a mais pedindo que eu escolhesse alguma outra pessoa queeu achasse merecedora de igual reconhecimento. ' Quando vinhapara casa, enquanto dirigia, fiquei pensando em quem eu escolheria epensei em você. Gostaria de homenageá-lo. 'Meus dias são muitocaóticos e quando chego em casa, não dou muita atenção a você.Às vezes grito com você por não conseguir notas melhores na escola,e por seu quarto estar sempre uma bagunça. Mas por alguma razão,hoje, agora, me deu vontade de tê-lo à minhafrente. Simplesmente, sabe, para dizer a você, que você faz umagrande diferença para mim. Além de sua mãe, você é a pessoa maisimportante da minha vida. Você é um grande garoto filho, e eu teamo.O menino, pego de surpresa, desandou a chorar convulsivamentesem parar. Ele olhou seu pai e falou entre lágrimas:Pai, poucas horas atrás eu estava no meu quarto e escrevi uma cartade despedida endereçada a você e à mamãe, explicando porque haviadecidido suicidar e lhes pedindo perdão'. Pretendia me matarenquanto vocês dormiam. Achei que vocês não se importavamcomigo. 'A carta está lá em cima, mas acho que afinal, não vouprecisar dela mesmo. ' Seu pai foi lá em cima e encontrou uma cartacheia de angústia e de dor.O homem foi para o trabalho no dia seguinte completamentemudado. Ele não era mais ranzinza e fez questão de que cada um dosseus subordinados soubesse a diferença que cada umfazia. O executivo que deu origem a isso ajudou muitos outros aplanejarem suas carreiras e nunca esqueceu de lhes dizer que cadaum havia feito uma diferença em sua vida... Sendo um deles o filhodo próprio chefe.A conseqüência desse projeto é que cada um dos alunos queparticipou dele aprendeu uma grande lição. De que 'Quem Você É Fazsim, uma Grande Diferença, para alguém.

Mensagem do Mestre:

“Continue a sua vida como você acha que está bom para você.Por outro lado, se quiser, pode enviar para aquelas pessoasque significaram ou significam algo para você, sejam quantasforem.

Aqui está sua fita azul.”

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Lição Nº 11

MILHO BOM

Todo ano, aquele fazendeiro entrava com seu milho na feira eganhava uma tira dourada. Uma vez um repórter de jornal oentrevistou e aprendeu algo interessante sobre como ele cultivou omilho.

O repórter descobriu que o fazendeiro compartilhava a semente domilho dele com seus vizinhos. "Como pode você se dispor acompartilhar sua melhor semente de milho com seus vizinhos quandoeles estão competindo com o seu em cada ano?", perguntou orepórter.

"Por quê?" disse o fazendeiro, "Você não sabe? O vento apanha pólendo milho maduro e o leva através do vento de campo para campo. Semeu vizinhos cultivam milho inferior, a polinização degradarácontinuamente a qualidade de meu milho. Se eu for cultivar milhobom, eu tenho que ajudar meus vizinhos a cultivar milho bom".

Ele era atento às conectividades da vida. O milho dele não podemelhorar a menos que o milho do vizinho também melhore.

Mensagem do Mestre:

“Aqueles que querem viver bem, têm que ajudar os outrospara que também vivam bem. E aqueles que querem serfelizes têm que ajudar os outros a achar a felicidade, pois obem-estar de cada um está ligado ao bem-estar de todos.”

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Lição N º 12

RITO DE PASSAGEM

Numa ilha do pacífico, o pai leva o filho para a floresta durante o finalda tarde, venda-lhe os olhos e deixa-o sozinho.O filho se senta sozinho no topo de uma montanha toda a noite e nãopode remover a venda até os raios do sol brilharem no dia seguinte.Ele não pode gritar por socorro para ninguém.Se ele passar a noite toda lá, será considerado um homem.Ele não pode contar a experiência aos outros meninos porque cadaum deve tornar-se homem do seu próprio modo, enfrentando o medodo desconhecido.O menino está naturalmente amedrontado.Ele pode ouvir toda espécie de barulho.Os animais selvagens podem, naturalmente, estar ao redor dele.Talvez alguns humanos possam feri-lo.Os insetos e cobras podem vir a picá-lo.Ele pode estar com frio, fome e sede.O vento sopra a grama e a terra sacode os tocos, mas ele se sentaestoicamente, nunca removendo a venda.Segundo os índios daquela tribo, ,este é o único modo dele se tornarum homem.Finalmente...Após a noite horrível, o sol aparece e a venda é removida.Ele então descobre seu pai sentado na montanha perto dele.Ele estava a noite inteira protegendo seu filho do perigo.

Mensagem do Mestre

“Apenas porque você não vê Deus, não significa que Ele nãoesteja do seu lado.Nós precisamos caminhar pela nossa fé, não com a nossavisão material.”

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Lição N º 13

CORAÇÃO PERFEITO

Existia um jovem rapaz, que em praça pública se gabava e exibia atodos os que passavam, o seu belo coração; dizia que não existiano mundo um coração tão belo como o dele, pedia para as pessoasolharem, apalparem e dizerem se não era mesmo verdade.As pessoas paravam e admiravam, a beleza incomum daquelecoração; mas, certo dia enquanto o jovem fazia uma de suasapresentações, uma voz rouca e cansada ecoou do meio damultidão, todos pararam para ver quem estava chamando pelojovem; quando a multidão se abriu, formando um corredor, lá dofundo, um senhor de idade avançada, se aproximou do jovem edisse, meu filho o meu coração é muito mais belo que o seu; Ojovem se aproximou do idoso, olhou seu coração e começou agargalhar; ora, disse ele: o seu coração está velho, cheio deburacos por todo lado, veja o meu, lisinho, não está faltandonenhum pedaço, como pode o senhor dizer que o seu é maisperfeito que o meu?O ancião se aproximou e disse: meu jovem o meu coração estácheio de buracos, porque para cada pessoa que eu amei, deixei umpedaço dele; muitas pessoas apenas pegaram um pedaço do meucoração e foram embora para nunca mais voltar, mas outras emretribuição me davam um pedaço do seu próprio coração, os quaiseu ia tapando os buracos que estavam abertos.Ouvindo isso o jovem baixou a cabeça, colocou a mão em seu peitoe retirou um pedaço do seu coração e entregou ao velho andarilho.Agora, seu coração não estava mais perfeito, mas o jovem saiucantando de alegria, exibindo seu coração com cicatriz.

Mensagem do Mestre:

“Que o seu coração seja cheio de cicatrizes, e se quiser taparalgum buraco nele, conte com a ajuda dos verdadeirosamigos.”

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Lição N º 14

A SEMENTE DA VERDADE

O Imperador precisava achar um sucessor.Sem filhos nem parentespróximos, ele decidiu chamar todas as crianças do reino.Thai foi uma delas.Ele era um ótimo menino. Dedicava-se ao jardimde sua casa e cada planta tocada por ele crescia viçosa e forte.No dia marcado, dirigiu-se até o palácio, onde havia milhares depequenos súditos.O imperador disse: - Crianças, preciso escolher omeu sucessor entre vocês. Vou lhes dar uma tarefa. Aqui estãoalgumas sementes e quero que vocês a cultivem. O trono serádaquele que me trouxer, daqui a um ano a planta mais bonita.Thai era um excelente jardineiro e com certeza faria muito bem o queo imperador pediu. Porém, por mais que se esforçasse a sementenão brotava. O menino fez de tudo o que podia, mas seus esforçosnão adiantaram.Até o dia de apresentar a planta ao imperador, a semente de Thainão havia brotado e o menino estava tão preocupado que não queriaenfrentar as outras crianças; porém seu avô disse:-Você é HONESTO . Vá até o imperador e diga a verdade. Suadedicação foi máxima, mas a semente não brotou. Thai obedeceu aoavô e foi ao palácio. Entretanto, ao chegar lá, ficouassustado, pois era a única criança que não levava consigo umabelíssima planta.O imperador chamava as crianças e examinava os vasos. Não sorria enem esboçava contentamento.Thai estava muito nervoso, pois se oimperador não havia até agora aprovado aquelas plantasmaravilhosas, o que não diria de seu vaso sem nada?Thai foi ficando para trás e quando se deu conta era o último da fila.Mas sua vez chegou e ele não poderia mais adiar o encontro com oimperador.- Vejamos meu jovem, o que tem aí para mim? Thai não pôde maisevitar as lágrimas. Com a cabeça baixa, mostrou o vaso ao imperadore disse: - Senhor, sou um jardineiro e uma das minhas virtudes é aperseverança, mas por mais que eu tenha me esforçado, a sementenão brotou. Meu avô ajudou a pensar sobre o que fazer e optei pordizer a verdade, contar meu esforço e pedir-lhe perdão.-Não se envergonhe, criança! Você fez o certo! A sua grande virtudefoi dizer a verdade, pois eu havia queimado todas as sementes enenhuma poderia germinar.Portanto você foi o único que, de fatoplantou a semente de verdade.

Mensagem do Mestre:

”Algumas vezes a verdade não é tão bonita, quanto umaflor,.mas precisamos encará-la com coragem para vencer osgrandes desafios”

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Lição N º 15

ENCONTRO COM UM ANJO

O homem estava sentado numa sala de espera, aguardando a suavez para ser atendido.Estava muito distraído, quando adentrou uma menina, linda, magra,muito branquinha e aparentemente, de uns sete anos de idade. Suasroupas que denunciavam a origem pobre, mas que tambémmostravam um cuidado materno especial, uma vez que estavammuito limpas e cheirosas.Era uma criança impossível de não ser notada, sorriso aberto,carisma a flor da pele e trazia numa das mãos um cartão de loteriainstantânea.Era como se ele soubesse que algo especial, estava para acontecer.- O senhor compra pra ajudar? É dez real...- Reais, ele disse para ver a reação dela.- É mesmo. Minha mãe sempre me corrige: dez reais. Mas o senhorcompra?A vontade dele era comprar o cartão, mas não queria acabar logocom a conversa e continuou:- Depende... Pra ajudar o quê?- É pra ajudar a gente lá em casa. Meu pai tá desempregado e aminha mãe tá muito doente. Eu tô vendendo esse bilhete aquipra poder comprar leite pro meu irmãozinho

A essa altura, ele já tinha certeza de que compraria o cartão.Era puro encantamento, com aquela menina...- Como é o seu nome?- Amanda...Nossa! Como o senhor ficou vermelho!- É que eu tive uma filha que se chamava Amanda, respondeu...A última lembrança que eu tenho dela, ela era assim como você...Sabe? Em todo lugar que eu vou eu sempre encontro uma Amanda.Onde tá a sua filha agora? - Ela morreu num acidente faz algumtempo.Talvez ela esteja "vendendo cartões" no céu pra ajudar lá em casa..- O senhor ficou triste, né? Desculpa.. - Não, não estou triste.Mas o que é que a sua mãe tem?- Eu não sei dizer não senhor. Mas o meu pai vive chorandoescondido.Ele bem que tenta disfarçar. Eu também finjo que não noto, mas eusei que ele tá chorando.Eu não gosto de ver meu pai chorando...O senhor vai comprar, não vai? Eu vou contar um segredo: este

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cartão aqui está premiado, sabia?- É ? Onde você conseguiu este cartão? E como você sabe que eleestá premiado?- Foi um anjo que desceu lá do céu e me deu ele pra eu vender.Ele disse que é um cartão premiado.- Um anjo??- É ! Por quê? O senhor não acredita?- Acredito sim.Mas se o anjo lhe deu o cartão e disse que é premiado, por que vocêo está vendendo? Por que você não raspa ele e fica com o prêmio?Assim você vai poder ajudar toda a sua família, a sua mãe...- Mas eu não posso ficar com ele não senhor.- Por que não?- O anjo me disse que era pra eu vender por dez real.- Reais!- É. Por dez reais. E que não era pra eu raspar ele senão eu estariasendo gananciosa.Eu não sei o que quer dizer essa palavra "gananciosa", o senhorsabe?- Eu também não sei não. Esse anjo fala muito difícil... Mas eu tenhocerteza que você não é isso não...- Ele falou que eu tinha de dar a sorte pra alguém que euencontrasse e que eu gostasse, e eu gostei do senhor. O senhorcompra?- Como você sabia que era um anjo de verdade?- Ele tinha duas asas bem grandes e desceu voando lá do céu.- Como era o nome dele?- Ele não falou o nome dele não senhor.- E você não perguntou?- Se o senhor visse um anjo o senhor ia ficarfazendo pergunta? Eu fiquei foi mudinha.- E por que esse anjo apareceu logo pra você?- É que eu estava rezando pro menino Jesus, pedindo pro meu paiarranjar um emprego e pedindo pra Ele curar a minha mãe, então oanjo apareceu pra mim.Ele disse que se eu vendesse esse cartão que ele me deu, por dezreal...- Reais!- É, reais...Se eu vendesse, Jesus já tinha autorizado ele a curar a minha mãe ea arranjar um emprego pro meu pai, mas, que se eu ficasse com ocartão só ia acontecer coisa ruim.- Então se eu comprar o cartão que o anjo deu pra você, só vai meacontecer coisa ruim?- Não.O senhor não entendeu. Eu é que não posso ficar com o cartão.

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A pessoa que comprar ele, vai tá sendo boa e vai tá acreditando noanjo.Então, pra quem comprar, só vai acontecer coisa boa.O senhor vai receber o prêmio e não vai mais ser triste.- Quem disse pra você que eu sou triste?- O seus olhos e o seu jeito de falar.O senhor parece uma pessoa triste, sabia?- Sabia...Tá bom.Eu compro o seu cartão.Deixando escapar um breve suspiro, Amanda agarrou os dez "real" e,num gesto que o deixou surpreso e muito feliz, lhe deu um beijono rosto.Ela parou na sua frente e ficou olhando ele guardar o cartão nobolso, com um sorriso bobo nos lábios.Um tanto decepcionada ela perguntou:- O senhor não vai raspar pra ver se está mesmo premiado?- Não. Eu tenho certeza de que está, respondeu.- Mas se o senhor não raspar não vai poder receber o prêmio.- Eu já recebi quando você entrou aqui, disse.Eu não entendi o que o senhor quis dizer.Mas o seu anjo entendeu, minha filha.O seu anjo entendeu, meu anjo...Ela foi embora meio que desconfiada, olhou pra trás algumas vezes eele nunca mais a viu.Sempre que volta ao local para alguma coisa, corre os olhos pelascalçadas. Tem certeza de que um dia a verá mais uma vez.Quer saber se sua mãe está melhor e se seu pai já "arranjou" umemprego.Quanto ao cartão, ele ainda não atreveu a raspá-lo eprovavelmente nunca o fará.

Mensagem do Mestre:

“É provável que seja o único homem no mundo que ganhouum cartão de loteria premiado, dado por um anjo e trazidopor outro.Quanto ao prêmio, não pode haver um mais valioso do que terencontrado aquela criança.”

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Lição N º 16

O CAVALINHO E A BORBOLETA

Esta é a história de duas criaturas de Deusque viviam numa floresta distante hámuitos anos atrás.Eram elas, um cavalinho e uma borboleta.Na verdade,não tinham praticamente nada em comum,mas em certo momento de suas vidas seaproximaram e criaram um elo.A borboleta era livre,voava por todos os cantos da florestaenfeitando a paisagem.Já o cavalinho, tinha grandes limitações,não era bicho solto que pudesse viverentregue à natureza.Nele, certa vez,foi colocado um cabresto por alguémque visitou a floresta e a partir daí sualiberdade foi cerceada.A borboleta, no entanto,embora tivesse a amizade de muitosoutros animais e a liberdade de voarpor toda a floresta,gostava de fazer companhia ao cavalinho,agradava-lhe ficar ao seu lado e não era por pena,era por companheirismo, afeição,dedicação e carinho.Assim, todos os dias, ia visitá-lo e láchegando levava sempre um coice,depois então um sorriso.Entre um e outro ela optava por esquecero coice e guardar dentro do seu coração o sorriso.Sempre o cavalinho insistia com a borboletaque lhe ajudasse a carregar o seu cabrestopor causa do seu enorme peso.Ela, muito carinhosamente,tentava de todas as formas ajudá-lo,mas isso nem sempre era possível por serela uma criaturinha tão frágil.Os anos se passaram e numa manhã de verãoa borboleta não apareceu paravisitar o seu companheiro.

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Ele nem percebeu,preocupado que ainda estava em selivrar do cabresto.E vieram outras manhãs e mais outrase milhares de outras,até que chegou o inverno e o cavalinhosentiu-se só e finalmente percebeu aausência da borboleta.Resolveu então sair do seu canto e procurar por ela.Caminhou por toda a floresta a observarcada cantinho onde ela poderia ter seescondido e não a encontrou.Cansado se deitou embaixo de uma árvore.Logo em seguida um elefante se aproximou e lhe perguntou quemera ele e o que fazia por ali.-Eu sou o cavalinho do cabresto e estou aprocura de uma borboleta que sumiu.-Ah, é você então o famoso cavalinho?-Famoso, eu?-É que eu tive uma grande amiga que medisse que também era sua amiga e falavamuito bem de você.Mas afinal,qual borboleta que você está procurando?-É uma borboleta colorida, alegre,que sobrevoa a floresta todos os dias visitandotodos os animais amigos.-Nossa,mas era justamente dela que eu estava falando.Não ficou sabendo?Ela morreu e já faz muito tempo.- Morreu? Como foi isso?-Dizem que ela conhecia, aqui na floresta,um cavalinho,assim como você e todos os dias quandoela ia visitá-lo,ele dava-lhe um coice.Ela sempre voltava com marcas horríveis e todos perguntavam a elaquem havia feito aquilo,mas ela jamais contou a ninguém.Insistíamos muito para saber quem era o autordaquela malvadeza e ela respondia que só iafalar das visitas boas que tinha feito naquelamanhã e era aí que ela falava com amaior alegria de você.

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Nesse momento o cavalinho já estava derramandomuitas lágrimas de tristeza e de arrependimento.- Não chore meu amigo,sei o quanto você deve estar sofrendo.Ela sempre me disse que você era um grande amigo,mas entenda,foram tantos os coices que ela recebeudesse outro cavalinho,que ela acabou perdendo as asinhas,depois ficou muito doente,triste e sucumbiu e morreu.-E ela não mandou me chamar nos seus últimos dias?-Não, todos os animais da floresta quiseramlhe avisar, mas ela disse o seguinte:"Não perturbem meu amigo com coisas pequenas,ele tem um grande problema que eu nuncapude ajudá-lo a resolver.Carrega no seu dorso um cabresto,então será cansativo demais pra ele vir até aqui."

Mensagem do Mestre:

“Você pode até aceitar os coices que lhe deremquando eles vierem acompanhados de beijos,mas em algum momento da sua vida,as feridas que eles vão lhe causar,não serão mais possíveis de serem cicatrizadas.”

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Lição N º 17

AS COLHERES DO CABO COMPRIDO

Certa vez, Deus convidou um homem para conhecer o céu eo inferno.Foram primeiro ao inferno.Ao abrirem uma porta, o homem viu uma sala em cujo centro haviaum caldeirão de substanciosa sopa e à sua volta estavam sentadaspessoas famintas e desesperadas.Cada uma delas segurava uma colher, porém de cabo muitocomprido, que lhes possibilitava alcançar o caldeirão mas nãopermitia que colocassem a sopa na própria boca.O sofrimento era grande.Em seguida, Deus levou o homem para conhecer o céu.Entraram em uma sala idêntica à primeira: havia o mesmo caldeirão,as pessoas em volta e as colheres de cabo comprido.A diferença é que todos estavam saciados.Não havia fome, nem sofrimento."Eu não compreendo", disse o homem a Deus, "por que aqui aspessoas estão felizes enquanto na outra sala morrem de aflição, se étudo igual?"Deus sorriu e respondeu:"Você não percebeu? É porque aqui eles aprenderam a dar comidasuns aos outros."

Mensagem do Mestre:

“Egoísmo: as pessoas no "inferno" estavam altamentepreocupadas com sua própria fome, impedindo que sepensasse em alternativas para equacionar a situação.”

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Lição N º 18

O TREM DA VIDA

Há algum tempo atrás, ouvi uma historia que comparava a vida auma viagem de trem.Isso mesmo, a vida não passa de uma viagem de trem, cheia deembarques e desembarques.... alguns acidentes, surpresasagradáveis em alguns embarques e grandes tristezas em outros...deparamos com algumas pessoas que julgamos, estarão semprenessa viagem conosco: Nossos país, por exemplo... infelizmente, issonão é verdade; em alguma estação da vida eles descerão e nosdeixarão órfãos de seu carinho,amizade e companhia insubstituíveis.Mas, isso não impede que, durante a viagem, pessoas interessantesque virão a ser super especiais para nós embarquem. Chegam nossosirmãos, amigos e amores maravilhosos... muitas pessoas tomam estetrem apenas a passeio, outros encontrarão nessa viagem somentetristeza.... ainda circularão pelo trem, prontos a ajudar a quemprecisa... muitos descem e deixam saudades eternas.......Já outros tantos passam por ele de uma forma que, quandodesocupam seu assento, ninguém nem sequer percebe. Curioso éconstatar que alguns passageiros que nos são tão caros, acomodam-se em vagões diferentes dos nossos; portanto, somos obrigados fazereste trajeto separados deles, o que não impede é claro, que duranteo trajeto, atravessemos com grande dificuldade nosso vagão echeguemos ate ele... só que infelizmente jamais podemos sentar aoseu lado, pois já terá alguém ocupando aquele lugar.Não importa é assim a viagem, cheia de atropelos, sonhos, fantasias,espera, despedidas... porém jamais retornos.O grande mistério, afinal é que jamais saberemos em qual paradadesceremos, muito menos nossos companheiros de viagem, nemmesmo aquele que está sentado ao nossos lado; fico, pensando equando descer, deste trem sentirei saudades?... acredito que sim. meseparar de alguns amigos, que fiz será no mínimo dolorido. Deixarminha família, continuarem a viagem sozinhos com certeza serámuito triste, mas me agarro na esperança que em algum momento,estarei na estação principal e terei a grande emoção de velos chegarcom a bagagem que não tinham quando embarcaram.... e o que vaime deixar feliz, será pensar que eu colaborei para que a viagemtenha sido maravilhosa e se tornado valiosa.

Mensagem do Mestre:

“A nossa vida é uma grande viagem, a qual nunca chegamosao destino imaginado. A vida segue sua própria rota.”

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Lição N º 19

PEDRA NO CAMINHO

Em tempos bem antigos, um rei colocou uma pedra enorme no meiode uma estrada. Então, ele se escondeu e ficou observando para verse alguém tiraria a imensa rocha do caminho. Alguns mercadores ehomens muito ricos do reino passaram por ali e simplesmente derama volta pela pedra.Alguns até esbravejavam contra o rei dizendo que ele não mantinhaas estradas limpas, mas nenhum deles tentou sequer mover a pedradali.De repente, passa um camponês com uma boa carga de vegetais.Ao se aproximar da imensa rocha, ele pôs de lado a sua carga etentou remover a rocha dali. Após muita força e suor, ele finalmenteconseguiu mover a pedra para o lado da estrada. Ele, então, voltou apegar a sua carga de vegetais, mas notou que havia uma bolsa nolocal onde estava a pedra.A bolsa continha muitas moedas de ouro e uma nota escrita pelo reique dizia que o ouro era para a pessoa que tivesse removido a pedrado caminho. O camponês aprendeu o que muitos de nos nuncaentendeu: “Todo obstáculo contém uma oportunidade paramelhorarmos nossa condição”.

Mensagem do Mestre:

“Muitas vezes desviamo-nos do nosso caminho para nãoencarar a realidade pela sua dificuldade e com isso não sópassamos o problema para outros por não termos assumido anossa parte da responsabilidade, como também podemosestar nos privando de muitas coisas boas, no mínimo asatisfação de ter realizado um grande feito.”

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Lição N º 20

O ETERNO DESCONTENTE

Um homem descontente com a sorte queixava-se de Deus. Deus diziaele dá aos outros as riquezas e a mim dá coisa alguma. Como é queeu hei de poder fazer o meu caminho nesta vida, sem nada possuir?Um velho ouviu estas palavras e disse-lhes:- Acaso és tu tão pobre quanto dizes? Deus não te deu, porventura,saúde e mocidade?- Não digo que não e até me orgulho bastante da minha força e doverdor dos meus anos.O velho então pegou na mão direita do homem e perguntou-lhe:- Deixa cortar-te essa mão por 10 mil reais?- Nem por cem mil!- E a esquerda?- Também não!- E por um milhão de reais consentirias em ficar cego por toda vida?- Nem um olho dava por tal dinheiro!- Vê observou o velho que riqueza Deus te deu e tu ainda te queixas?

Mensagem do Mestre:

“Sentir gratidão e não demonstrá-l, é como embrulhar umpresente e não entregar”.

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Lição N º 21

Qual é a nossa verdadeira idade?

Conta a lenda, que um viajante ao chegar ao um pequeno lugarejo,viu diversas pedras coloridas espalhadas sobre o chão, e cada pedracontinha o nome de uma pessoa e o tempo em que viveu, entãopercebeu que aquilo era um cemitério; mas, ficou impressionado como tempo de vida de cada um, o primeiro viveu 2 anos e 05 meses, osegundo 3 anos e 08 meses, e ai foi observando todas as pedras atéchegar ao último que viveu 11 anos e 26 dias.Preocupado, foi indagar a um senhor de idade que estava sentadodebaixo de uma árvore, porque a maioria das pessoas daquele lugarmorriam tão cedo; então, o ancião disse que naquela pequenacidade, as pessoas ao nascer recebiam um bloco de papel e que nodecorrer da vida, iam anotando os momentos felizes que tiveram,quanto tempo durou o beijo da pessoa amada, os momentos ao ladode pessoas queridas, o nascimento de um filho, enfim todos osmomentos em que ele considerou que valeu a pena viver, então aomorrer seus familiares pegavam o bloco de papel e somavam quantotempo de momentos felizes ele teve durante a vida, e registravam napedra.Por isso, a cada dia que passa procuro mais motivos que justifiquem,eu pegar o meu caderno da vida e anotar alguma coisa; imagino,como foi feliz aquele que viveu realmente 11 anos e 26 dias.E você quanto tempo viveu até agora?

Mensagem do Mestre:

“O que realmente importa é como vivemos nossa vida.A quantidade de dias vividos não tem muita importância.”

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Lição N º 22

A Aranha e o Testemunho

Conta a lenda, que um homem ao morrer foi ter-se com Deus noportal do Céu. Ao pedir o passaporte para entrar, Deus lhe pergunteio que havia feito de bom durante sua estada nesse mundo, quejustificasse sua entrada? O homem pensou, pensou durante longosminutos baixou a cabeça e disse: Olha, por mais que eu tentenão consigo lembrar de nada de bom que eu tenha feito para alguém.Fui um egoísta, sempre pensei em mim em primeiro lugar, num mepreocupei com as pessoas.Certo de que não seria aceito no céu, cabisbaixo e já se dirigindopara o caminho do inferno, ele ouviu uma voz que parecia um travão,mas ao mesmo tempo era suave e tranqüilizadora.Ao virar-se para ver quem era, ele pode observar a presença de Deusao seu lado, que lhe indagou: Vamos, filho de Adão não desista penseum pouco mais, entenda que para entrar na casa do seu pai, nãoprecisa de muito, te darei o tempo que precisar, afinal aqui é aeternidade.O homem sentou-se mais uma vez, baixou a cabeça e foi no fundo dasua alma, tentar resgatar algo de bom que tenha feito.De repente, entre a alegria e a incerteza ele chamou: Deus, ondeestás? Então as nuvens se dissiparam e a luz se fez presente, eraDeus.O homem, quase que murmurando falou: Deus, lembrei de algo bempequeno que fiz quando ainda era criança, espero que valha paraalguma coisa.Então disse Deus, vamos diga o que foi de bom que fizeste? Bem,certa vez quando tinha de 8 para 9 anos de idade, estava pescandocom meu pai a beira de um lago e vi uma pequena aranha sendolevada pela água, e que certamente iria morrer afogada. E o que vocêfez? Disse Deus. Bem, eu joguei um "graveto" na água ela seagarrou a ele, e saiu pelo capim que margeava o lago.Deus sorriu para ele e disse, para mim serve, no entanto preciso dotestemunho da aranha. O homem desesperado falou: o Sr. deve estarbrincando comigo, onde vou achar essa aranha, que já deve termorrido a muito tempo. Então Deus, como que num vídeo gametrouxe a sua presença a aranha da historia, e foi taxativo com ela.

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- Então aranha, você ouviu o que este homem falou, é verdade oumentira o que ele disse: A aranha se aproximou do homem e de Deuse disse: É verdade Deus, este homem me salvou da morte com seugesto de caridade; portanto testemunho em seu favor.Autorizada porDeus, num gesto brusco a aranha levou até ele sua teias, as quais elepode se agarrar e entrar no céu.

Mensagem do Mestre:

“Veja você que Deus que quer todos entrem no céu, basta quefaçamos pouco, pouco mesmo para termos o passaporte.”

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REPRODUÇÃO:

É proibida a reprodução total ou parcial desta obra, dequalquer forma ou por qualquer meio. A violação dosdireitos do autor (Lei 9.610/98) é crime estabelecido peloartigo 184 do Código Penal Brasileiro.

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