Manual Grupos Familiares

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MANUAL DE TREINAMENTO PARA LÍDERES DE GRUPOS FAMILIARES 1

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MANUAL DE TREINAMENTO PARA

LÍDERES DE GRUPOS FAMILIARES

JUNHO/09

MISSÃO DO LÍDER DE GRUPOS FAMILIARES

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Amar as ovelhas.

Pastorear o rebanho mostrando o propósito de Deus para elas.

Cuidar, orar e dialogar com todas as ovelhas.

Treina-las para serem líderes.

PROPÓSITO DOS GRUPOS FAMILIARES

A Igreja local é formada por pessoas de todas as idades, sexo, cor e raça.

Estas pessoas prestam culto, adoram, ao Senhor Deus nos lares ou na igreja. Nos

lares se reúnem semanalmente nos Grupos Familiares. Cada Grupo Familiar

possui um orientador ou líder, que pode ser um casal ou uma pessoa

devidamente designada para esta função. Nos cultos familiares o líder orienta o

grupo à Comunhão, Edificação, Evangelismo e Celebração.

Deus usa os Grupos Familiares para conduzir as pessoas ao crescimento

espiritual através do conhecimento dos princípios bíblicos, da trocas de

experiências e aplicação cotidiana da revelação de Deus. Isto condiciona as

pessoas à descoberta de seu lugar no Corpo de Cristo e desenvolvimento dos

talentos que Deus tem dado a cada uma.

O Grupo Familiar é, portanto o coração da Igreja. Ela não é formada por

Grupos Familiares ela é Grupos Familiares.

Os grupos familiares foram o modelo da igreja primitiva: “E perseveravam

na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações.

Diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam pão de casa em casa, e

tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus

e contando com a simpatia de todo o povo. Enquanto isso acrescentava-lhes o

Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos”. (Atos 2:42,46,47).

A palavra “oikos” (casa - no Novo Testamento) aparece 107 vezes, das

quais seis vezes, referindo-se a um Culto nos Lares, usando uma casa para

reunir-se periodicamente.

Atos 5.42: A casa do convertido era usada como local de Adoração e

Ensino, identificando-o como cristão na sua comunidade.

Atos 20.20: Um programa equilibrado contém tanto a reunião de um grande

grupo (templo), quanto a de um grupo pequeno reunido no lar.

Romanos 16.5: Priscila e Áquila tiveram cultos em sua casa. A igreja cristã de

Roma era composta destes vários cultos nos lares. I Coríntios 16.19: Aqui temos

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Áquila e Priscila em Éfeso, com uma igreja em sua casa novamente. Durante a

semana a igreja se reunia nas casas e no dia do Senhor a grande celebração da

festa do amor.

Colossenses 4.15: Uma parte da igreja da cidade de Colossos se reunia na

casa de Ninfa. Esta foi a fase da igreja cristã, onde houve o maior crescimento.

Creio que uma das razões era que a mensagem não estava desassociada da vida

cotidiana dos seus membros.

CULTOS NOS LARES

o Os Grupos Familiares se reúnem semanalmente nos lares de membros da

Igreja (em forma de rodízio) em dias e horários previamente definidos pelos

participantes de cada grupo. O grupo pode ser formado por um número de

4 a 16 pessoas. Este é o número mínimo e o máximo para haver uma boa

comunicação e ajuda mútua.

o A reunião deve ser conduzida de forma agradável no sentido de cumprir o

programa descrito abaixo com seqüência e forma dirigidas pelo Espírito

Santo de Deus:

o Inicie a reunião com uma oração conjunta (de mãos dadas de preferência)

pedindo a presença de Deus.

o Reserve uns 10 (dez) minutos para o louvor e adoração. Você pode usar

CD's, harpa cristã, hinários ou outros recursos. Se houver alguém que toca

algum instrumento no grupo, dê a ele uma oportunidade de conduzir o

louvor.

o Estabeleça um tempo para compartilhar as bênçãos de Deus e testemunhar

as respostas das orações da semana anterior ou ainda, formular novos

pedidos.

o Mensagem: neste tempo o líder deve aplicar a mensagem recebida no culto

de domingo anterior na Igreja, com amor e convicção. Se o líder entender

que o Grupo Familiar necessita estudar por duas ou mais semanas algum

tema especifico, ele deve acertar detalhes com o coordenador do seu

grupo, apresentando a ele o material a será estudado.

o Um momento de oração deve ser feito após a mensagem. Todos devem

participar certos de que o Senhor Jesus tem poder para atender o clamor

dos Seus servos.

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o Antes do encerramento o líder deve passar alguns avisos da programação

geral da Igreja.

o Oração final e benção apostólica.

Observação: caso seja uma decisão do grupo, os membros podem

participar de um delicioso tempo de comunhão. Não se deve preparar um

banquete, mas sim um lanche simples, de acordo com a condição de cada

membro do grupo. No entanto, não se deve impedir que alguém devido a uma

ocasião especial sirva um jantar como gratidão a Deus. O líder deve estar atento

para que a duração da reunião não exceda duas horas.

VANTAGENS DO CULTO NOS LARES

o Flexibilidade: O grupo pode mudar o seu procedimento rapidamente para

suprir as necessidades dos seus membros.

o Mobilidade: O grupo pode se reunir numa casa ou mesmo num escritório.

Não está limitado a um prédio.

o É inclusivo: Você faz falta se não vier. Está aberto a todos os tipos de

pessoas.

o É pessoal: O Culto nos Lares cria uma possibilidade de atingir as minhas

necessidades e as de outros.

o É desafiador: O Culto nos Lares às vezes nos coloca em uma posição de

risco: de nos conhecermos através de conflitos, confrontação e cuidados.

Isto, quando bem trabalhado, nos ajuda a crescer. Deus trabalha em nossas

vidas através relacionamentos.

o É excelente para evangelizar: O fato de o grupo ser inclusivo, pessoal e

amoroso, produz um testemunho e um ambiente ideal para a

evangelização e futuro discipulado.

DIFICULDADES DO CULTO NOS LARES

o É diferente: A tendência moderna é de relacionamentos superficiais, em

constante mudança. O desafio será de regatar os valores de

relacionamentos profundos fundamentados na Palavra de Deus.

o Depende de um facilitador motivado: O Facilitador do Culto nos Lares

precisa estar convicto do seu “Chamado Divino” para o trabalho e a sua

motivação deverá vir de Deus.

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o Produz relacionamentos abertos: Entrar na vida de outros e permitir que os

outros entrem em nossas vidas é complicado. A coerência e transparência

de vida é mais observada que a palavra ministrada.

o Pode fechar: Os membros podem suprir somente as suas necessidades

deixando de serem inclusivos. O grupo pode no futuro não mais multiplicar.

o Revela compromisso ou a falta dele: O Culto nos Lares expõem cada

pessoa que dele participa, revelando o nível de compromisso de cada

membro.

COMEÇANDO CULTOS NOS LARES

o PROPÓSITO DO CULTO NO LAR

Inicialmente o líder pode ter um propósito básico para o grupo. Após a

formação do grupo, deve-se aprimorar este propósito ou modifica-lo um pouco,

mas o importante é que o propósito seja bastante claro de todo o grupo. Alguns

Cultos nos Lares começam e acabam logo, por falta de um propósito claro. O

propósito geral é crescer movendo as pessoas para a maturidade. De não

convertido para freqüentador convertido depois para convertido batizado depois

para batizado membro e finalmente para membro comprometido (ganhador de

almas).

o PARTICIPANTES DO GRUPO

Uma vez estabelecido um propósito procure pessoas que tenham afinidade

com este propósito, ou se sintam desafiadas a atingirem este propósito. Assim,

grupos específicos poderão ser formados: grupo de mulheres, jovens,

adolescente, crianças e outros. Forme um grupo entre 4 e 16 pessoas. Grupos

maiores que 16 geralmente geram um novo tipo de pessoas: Os expectadores.

o PRIMEIRA REUNIÃO

A primeira reunião é fundamental. Prepare um ambiente agradável. Escolha

um local que tenha o mínimo de distração. Arranje as cadeiras de tal forma que

todos possam ter um bom contato visual. Você líder vai conduzir toda a reunião.

Comece com uma conversa de integração. Depois adoração, compartilhar e

oração. Estudo Bíblico e conversa sobre a missão do grupo (momento de discutir

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sobre os propósitos). Controle o tempo de tal maneira que nunca passe de 2

horas.

o DIVIDINDO O GRUPO - MULTIPLICANDO

No início do grupo a necessidade maior será de comunhão e ambiente

adequado para o crescimento. À medida que o tempo passa, haverá um equilíbrio

entre ambiente, estudo e missão. Se o grupo crescer espiritualmente, ele

alcançará outras pessoas que virão para o grupo, aumentando o número de

pessoas e diversificando as necessidades. Quando o número exceder a 16

pessoas prepare-se para dividir o grupo. Cuidado! O envolvimento das pessoas

poderá ser tão grande, que não desejarão dividir. Maturidade implica em

reprodução – divisão multiplicadora. Fale sobre esta possibilidade desde o início,

com todo o grupo e comece a investir em um futuro facilitador.

ALIANÇAS E COMPROMISSOS QUE PRECISAMOS FAZER DENTRO

DOS GRUPOS FAMILIARES

o AMOR INCONDICIONAL

Eu decidi amá-los, edificá-los e aceitá-los em amor.

Posso não concordar com suas ações mas vou amá-los.

o CONVERSA CONFIDENCIAL

O que for compartilhado á nível de debilidade pessoal, no grupo, morre no

grupo.

O líder tem autonomia para envolver os seus superiores (supervisor e

pastor) na situação quando for necessário.

o SER TRANSPARENTE

Empenhar-me-ei o máximo para tornar-me mais aberto.

Meus sentimentos, minhas lutas, minhas alegrias e minhas dores eu

compartilharei com o meu discipulador.

o PRESTAÇÃO DE CONTAS

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Aceito ser desafiado, questionado e confrontado em amor pelos meus

líderes.

Preciso de sua correção e repreensão para me aperfeiçoar.

o SENSIBILIDADE

Serei sensível às pessoas e a suas necessidades.

Coloco-me à disposição para ajudar e tirá-los do desânimo e isolamento.

o DISPONIBILIDADE

O que tenho: Tempo, energia, bens estão á disposição do grupo, se

precisar.

o HONESTIDADE

Serei sincero em relação aos meus sentimentos a respeito de vocês.

Não deixarei que as frustrações mútuas se tornem em amarguras.

o ASSIDUIDADE

Não faltarei às reuniões.

Se isso acontecer avisarei o meu líder com antecedência e ainda falarei o

motivo.

o ALCANÇAR OUTROS

Vou me sacrificar para conquistar os que estão fora da comunhão.

Farei o que puder para trazer duas ou mais pessoas ao grupo.

o UMA ALIANÇA DE ORAÇÃO

Comprometo-me a orar por vocês de forma regular.

Serei um participante espiritual e não um ouvinte passivo.

MOTIVAÇÃO DO GRUPO FAMILIAR

Definição de motivação: ”É força ou impulso que leva as pessoas a agirem

de uma forma específica, no objetivo que o grupo tem como meta”.

o DISCUTIR E CONCORDAR

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É preciso dar oportunidades às pessoas para que elas discutam as metas e

os objetivos e façam comentários e sugestões. As pessoas merecem ser tratadas

de igual maneira, que se mostre algum respeito pelo que elas sentem, pensam e

dizem.

o INCENTIVAR E RECONHECER

Cada avanço dos seus liderados deve ser reconhecido e todos os seus

êxitos devem ser elogiados. Incentive seus liderados a melhorarem os seus

pontos fracos. Ajude-os nas suas dificuldades e ensine-os que é possível superar

as debilidades.

o REAVALIAR E CORRIGIR

Ao trabalhar com o seu grupo, você deve avaliar e reavaliar

constantemente suas metas e objetivos à luz da capacidade, de trabalho e de

desempenho de seus liderados.

o CONHEÇA AS PESSOAS QUE TRABALHAM COM VOCÊ

É importante que você não compare os membros de sua equipe da mesma

maneira. São todos indivíduos com personalidades e gostos diferentes, desejos e

necessidades em constante mudança. Cada um tem o seu jeito de ser, e é assim

que eles devem ser aceitos.

Existem pelos menos quatro tipos de pessoas que consideramos

peritos na obra e precisamos contar com eles.

o O PENSADOR

Pode ser também chamado de “cheio de idéias”. Está sempre preocupado

com a visão, de como vão ser realizados os objetivos. Sempre tem uma série de

idéias e sugestões.

o O ORGANIZADOR

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Esse pode trabalhar lado a lado com o pensador. Ele sempre fica atento aos

detalhes, organizando e coordenando as tarefas. Sua tendência é ser calmo,

disciplinado, metódico e eficiente.

o O REALIZADOR

Esse é o que faz as coisas acontecerem, é aquele do estilo “vamos por a

mão na massa”. É uma pessoa extrovertida, uma pessoa de ação, impulsiva,

impaciente com indecisões e demoras. Com freqüência, o idealizador domina o

grupo. Ele faz primeiro e pensa depois é sempre temperamental.

o O ANALISADOR

É aquele que quase sempre está isolado da equipe. Um pouco alheio ou

distante. Tem tendência de analisar todas as idéias, sugestões e ações de modo

cuidadoso e objetivo.

MEMBROS DOS GRUPOS FAMILIARES (anfitrião e participantes)

Visando o crescimento de cada pessoa que compõe o Grupo Familiar, os

membros devem freqüentar regularmente as reuniões. Partindo da premissa

básica de que Jesus está presente na reunião (Mt 18:20), cada pessoa deve estar

presente para participar do crescimento e cooperar no crescimento dos outros.

Isto inclui chegar no horário. Devemos ser abertos, seguros e transparentes, pois

abençoamos e somos abençoados à medida que compartilhamos as bênçãos e

necessidades. Uma benção não compartilhada é uma oportunidade a menos de

se glorificar a Deus. Uma necessidade não compartilhada é uma oportunidade a

menos da intervenção sobrenatural de Deus.

QUALIDADES DOS ANFITRIÕES (donos da casa onde está se realizando a

reunião)

o Ser sensível.

o Ter afinidade com o Grupo Familiar.

o Ser amoroso.

o Ser educado.

o Ser hospedeiro.

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FUNÇÕES DO ANFITRIÃO

o Convidar seus vizinhos e visitantes que vieram na igreja no culto público.

o Ter um bom testemunho com os de fora.

o Receber as pessoas que durante outros dias procurem o grupo.

o Participar ativamente do grupo.

o Receber bem as pessoas em sua casa com alegria e satisfação.

TIPOS DE ANFITRIÃO

o O ANFITRIÃO INDIFERENTE

Não participa da reunião.

Não recebe as pessoas calorosamente.

Não se envolve com a reunião e muito menos com os participantes.

Apatia em relação ás necessidades das pessoas.

o O ANFITRIÃO FALANTE

Não dá oportunidade para o líder e nem para os membros do GRUPO

Tende a monopolizar todas as atenções.

Fala o que não deve.

Torna-se inconveniente.

o O ANFITRIÃO CONSTRANGEDOR

Não dá Liberdade para o uso da casa.

Restringe áreas essenciais.

Mostra descontentamento com incidentes durante as reuniões.

o O ANFITRIÃO CONTROLADOR

Veio ao grupo familiar tem que andar na minha cartilha.

“Cuida” da vida dos membros do grupo mais do que da sua própria casa.

É bisbilhoteiro.

Tenta manipular o líder.

o O ANFITRIÃO MAL-HUMORADO

Nunca sorri.

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O dia que o Senhor fez está sempre ruim.

A alegria da salvação ele ainda não conhece.

Tira a liberdade do convidado.

o O ANFITRIÃO IDEAL

É gentil no acolhimento.

É espontâneo nos relacionamentos.

É educado para dar orientação quanto ao uso da casa.

Participa intensamente da reunião.

É paciente para tratar dos incidentes.

LÍDER DO GRUPO FAMILIAR

O líder do Grupo Familiar alcança o seu propósito quando ele compartilha e

multiplica o caráter de Cristo na vida dos membros do grupo. Para que isto

aconteça, o caráter de Cristo deve ser uma realidade na vida do líder. O papel

central do líder é servir os membros do Grupo Familiar, para que os mesmos

encontrem a Cristo. Por sua vez cada membro do Grupo Familiar deve se habilitar

para ser um servo, ou seja, um futuro líder de Grupo Familiar. O líder deve formar

novos líderes, ou seja, ceifeiros para a grande colheita desta última hora. O líder

não deve tomar decisões pelos liderados, mas deve trazer luz as situações para

que com a graça de Deus os membros possam decidir segundo o padrão das

escrituras. Liderar Grupos Familiares é a posição mais nobre da Igreja e o que

existe de mais caro e sublime está mãos dos lideres: as vidas.

Para se tornar um líder, deve-se ter:

o Um chamado de Deus.

o Pertencer a um Grupo Familiar de líderes.

o Deve estar em dia com os aspectos primários da vida cristã, tais como:

o Ser batizado nas águas;

o Ser dizimista;

o Ser batizado no Espírito Santo;

o Ter nascido de novo.

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O líder deve levar toda necessidade de pastoreio dos membros do Grupo

Familiar ao Pastor e participar da reunião mensal com seu Coordenador.

O PREÇO DE SER UM LÍDER

A verdadeira liderança sempre exige um alto preço do líder, e quanto mais

eficaz a liderança, maior será o preço a ser pago. Se você aceitou o desafio de

ser um líder para impactar a sua geração, deve se preparar para aceitar e

enfrentar o custo, que vem com a responsabilidade da liderança.

Os desafios que os verdadeiros líderes devem suportar:

o SACRIFÍCIO PESSOAL

Os verdadeiros líderes estão sempre dispostos a dar a sua vida por

objetivos que são maiores do que seu próprio bem-estar. Você jamais terá

um grande trabalho na igreja, se não estiver disposto a pagar o preço pela

conquista. “Quem acha a sua vida perdê-la-á: quem, todavia, perde a vida

por minha causa achá-la-á.” (Mt 10:39).

o REJEIÇÃO

Se você quiser aceitar o chamado para ser líder, deve estar preparado para ser

rejeitado e incompreendido por alguns. Ex: Jesus Cristo e o apóstolo Paulo.

Rejeição nem sempre significa que você está errado, mas indica sim, que você

está desafiando outros a mudar.

o CRÍTICA

A crítica é o maior teste de maturidade de um líder. Se você não estiver

pronto e aberto para receber a crítica, não estará pronto para ser um líder.

Se você não quer ser criticado, então é melhor não fazer nada.

o SOLIDÃO

Os grandes líderes que têm mudado o mundo e impactado sua geração,

eram almas solitárias e visionárias. Se você não está disposto a

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permanecer convicto e solitário na sua visão, poucos estarão inclinados a

ficar com você.

o PRESSÃO

O Senhor Jesus Cristo experimentou este preço no jardim do Getsêmani,

quando lutou com a decisão que afetaria o futuro do mundo inteiro.

Qualquer líder deve estar preparado para enfrentar as pressões da vida. E

elas vêem de todos os lados.

o FADIGA

A liderança faz pesadas exigências ao líder. Não há meio de se tornar um

líder eficaz sem ser às vezes afetado pelo estresse, e o cansaço físico e

mental. Todo líder deve cuidar bem da saúde para suportar as caras que

exige uma liderança eficaz.

OS PERIGOS DA LIDERANÇA

O apóstolo Paulo escreveu a respeito dos perigos da liderança (1Co 9:27)

pois ele mesmo estava consciente dos riscos que um líder corre ao se

colocar diante dessa tarefa tão nobre e árdua. “Mas esmurro o meu próprio

corpo e o reduzo à escravidão, para que tendo pregado a outros, não venha

eu mesmo a ser desqualificado” (1Co 9:27).

o POPULADRIDADE

A liderança por sua natureza peculiar, conduz ao desenvolvimento do

“Culto da personalidade”. O verdadeiro líder se resguardará desta tentação,

canalizando a afeição dos seus seguidores para o Senhor Jesus Cristo e para a

visão para qual eles foram chamados.

o ORGULHO - (Pv 16:5; 2Cr 26:)

A posição de liderança eleva naturalmente o indivíduo, a posição de

proeminência e importância aos olhos de muitos. O orgulho é muito ilusório e

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difícil de detectar por aquele que o possui. Os verdadeiros líderes estão sempre

conscientes de que são privilegiados em servir e devem cada parcela do sucesso

ou realização a Deus e a cooperação de outros.

Os autênticos líderes nunca se esquecem de onde vieram, e vivem para

traze outros ao ponto de onde estão.

o ACREDITAM QUE SÃO INDISPENSÁVEIS

Um dos maiores perigos para os líderes é a convicção de que eles são

indispensáveis, insubstituíveis. E que o sucesso de tudo depende somente deles.

Pelo contrário os verdadeiros líderes reconhecem que receberam o privilégio e a

breve oportunidade de servir a sua geração com os dons que receberam e tem a

obrigação de preparar outros para substituí-los.

o CIÚME

Há uma tentação de medir o próprio sucesso em comparação com êxito dos

outros. Isto é perigoso, pois é o início do nascimento de um espírito ciumento. O

verdadeiro líder não mede o seu sucesso, comparando-se aos outros, mas com a

sua visão e propósito.

Deus não recompensará você pela competição, mas sim pela obediência a sua

própria visão.

DICAS PRECIOSAS PARA OS LÍDERES

o Você trabalhará bem melhor se você aprender a planejar suas atividades.

Planeje as atividades de seu grupo no começo de cada mês.

o Líderes que fizeram um bom curso de treinamento são mais seguros e

ousados para avançar com seu grupo.

o Estimule todos os seus discípulos, para que participem do Curso de

Treinamento de Líderes.

o Tenha uma atitude positiva e confiante em Deus! As pessoas desejam

andar com vencedores, os quais onde eles colocam as mãos, tudo vira

ouro, e que também possuem uma atitude de pisar na cabeça do diabo,

desfazendo assim as obras do inimigo.

o Líderes que oram e visitam, incomodam o inferno.

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o Aprenda a suportar as pressões.

o Nunca se deixe intimidar pelo inferno.

o Se você estiver entusiasmado, o seu grupo avançará (motivação

contagiante).

o Líderes entusiasmados com o Senhor levantam grupos fortes.

o Valorize a reunião do seu grupo familiar! Ore para que ele seja forte e

inspirador.

o Delegue funções e responsabilidades para cada membro do seu grupo,

mesmo que seja algo bem simples.

o O nosso Deus é especialista naquilo que é humanamente impossível! Não

olhe para seus próprios recursos, mas dependa de Deus e você multiplicará

o seu grupo.

o O poder dos líderes está no poder dos seus sonhos e na capacidade de

comunicá-los.

o Um verdadeiro líder de grupo tem um coração de pastor. Ele não desiste

das ovelhas que abandonam o grupo.

o O segredo da multiplicação é fechar a porta detrás do grupo.

o O bom líder de grupo familiar, não é um mestre, um profeta ou um grande

pregador. O bom líder é aquele que é expert na arte de relacionar-se com

as pessoas.

o Para o líder bem sucedido, o fracasso é o começo, trampolim da esperança.

(Aprenda com os seus próprios erros).

o Não recrute pessoas para um trabalho, mas para um sonho.

o Sonhe leves as pessoas de seu grupo a sonharem também junto com você.

o Você nunca poderá levar os outros a níveis que você nunca atingiu.

o Jogue fora a idéia de que o serviço do líder se limita a uma noite por

semana.

CARACTERÍSTICAS DE UM GRUPO FAMILIAR MODELO

o É UM GRUPO FAMILIAR QUE POSSUI UM LÍDER FORTE

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O líder forte é aquele que ora, jejua e se alimenta da Palavra de Deus e se

enche constantemente do Espírito Santo.

Líder forte é aquele que é determinado e perseverante.

A vida de oração do líder é o fator mais importante para saúde e multiplicação

do grupo.

o NUM GRUPO FORTE O GRUPO É MOBILIZADO PARA O SERVIÇO

O trabalho no grupo é um trabalho de equipe. Num grupo familiar saudável,

a pescaria é feita em grupo e todos se preocupam com a consolidação.

Quanto mais o grupo estreitar seus vínculos de amor e amizade, mais forte

ele será.

o UM GRUPO FAMILIAR FORTE POSSUI ALVOS CLAROS

Muitos grupos estão falhando, porque não oferecem aos membros um alvo

claro e nem lembram dele constantemente. Seu grupo vai crescer se você

instalar na sua mente alvos definidos. Se você está mirando em nada,

certamente acertará em nada.

Grupo forte faz contato com pessoas novas (evangelização). Num grupo onde não

há convidados, acaba por se definhar ou voltar-se para si mesmo. Os novos

convertidos trazem mudanças, e desafios e crescimento, por isso um grupo

familiar forte sempre tem novos filhos na fé.

o UM GRUPO FAMILIAR FORTE FAZ VISITAS CONSTANTEMENTE

Se as pessoas vão ao grupo e não recebem uma visita dentro das próximas

24 horas, dificilmente elas voltarão ao grupo. Não pense que apenas os novos

convertidos devem ser visitados, os membros também devem ser visitados.

o UM GRUPO FAMILIAR FORTE SE MULTIPLICA

O maior e mais evidente sinal de saúde de um grupo familiar é o seu

crescimento e consequentemente a sua multiplicação. Um grupo familiar que não

se multiplica, revela que seus membros estão espiritualmente enfermos.

o AMBIENTE DE UM GRUPO FAMILIAR SAUDÁVEL

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Um grupo familiar saudável é aquele onde existe um ambiente diretivo, ou seja, o

líder diz o que deve fazer, demonstra como fazer e leva cada membro a fazer o

que ele mesmo fez. Tem um ambiente descontraído e não ameaçador. O grupo é

um lugar de descontração. Não possui qualquer tipo de formalidade.

As pessoas se sentem em casa. Quanto mais livres forem, mais

descontraídas serão.

COORDENAÇAO DOS GRUPOS FAMILIARES

Os coordenadores têm como função auxiliar os líderes de grupos no que se

refere à estrutura, dinâmica e funcionamento dos Grupos Familiares. Qualquer

alteração de horário, transferência de pessoal, cancelamentos de reuniões ou

programas, deverão ser efetuadas com o consentimento do coordenador. Todos

os líderes devem se reunir com o seu coordenador uma vez por mês para

tratarem de assuntos pertinentes a estrutura dos grupos.

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