Manual Floresta Segura

76
Manual Floresta Segura 1 a edição - Maio de 2010

Transcript of Manual Floresta Segura

Page 1: Manual Floresta Segura

Manual Floresta Segura1a edição - Maio de 2010

Page 2: Manual Floresta Segura

Saúde e segurança estão entre as maiores prioridades da Fibria. A valorização e o respeito pelos profissionais é um compromisso constante da Empresa.

Um dos programas normativos voltados à área de Segurança que lançamos este ano é o Floresta Segura, que tem como objetivo apresentar aos funcionários próprios e provedores, diretrizes voltada as atividades de Saúde e Segurança do Trabalho.

Os índices de afastamento por acidentes vem caindo a cada ano, demonstrando a preocu-pação da Empresa não apenas com a integridade de seus profissionais, mas também com a de prestadores de serviços, fornecedores e visitantes.

Por esses motivos, a Empresa acredita que nenhum trabalho é tão importante ou urgente que dispense cuidados com a integridade de cada um. Todos somos responsáveis pela sua segurança e pela segurança dos outros, tendo o direito de retornar para casa nas mesmas condições que chegamos para trabalhar.

O diálogo e as relações construtivas entre áreas e pessoas ainda é a melhor forma de se evitar e prevenir acidentes.

Essa é nossa maneira de ser: plantamos ideias, cultivamos relações, colhemos resultados.

Dr. Gerson Nogueira Gerente Corporativo de HSMT – Higiene, Segurança e Medicina do Trabalho

Page 3: Manual Floresta Segura

I. Apresentação 1. Objetivo................................................................................................................... 5 2. Abrangência ............................................................................................................ 5 3. Definições ............................................................................................................... 5

II. Fibria 1. Apresentação da Empresa ....................................................................................... 7 2. Nossas crenças ........................................................................................................ 8 3. Processos do Sistema de Gestão da Unidade Florestal ............................................ 9 III. Requisitos normativos 1. Compromisso da liderança Fibria ............................................................................. 11 a. A liderança da Fibria ........................................................................................... 11 b. Comitê de SST ..................................................................................................... 11 c. Diretrizes das Regras de Ouro ............................................................................. 12 d. Comitê Disciplinar ............................................................................................... 13 2. Legislação de Segurança e Saúde no Trabalho (SST) ................................................ 15 3. Responsabilidade da direção da Fibria..................................................................... 17 4. Planejamento de SST ............................................................................................... 17 a. Objetivos e metas ............................................................................................... 17 b. Reconhecimento ................................................................................................. 17 5. Comunicação e investigação de acidentes e incidentes ............................................ 19 6. Provedores .............................................................................................................. 26 a. Qualificação de provedores ................................................................................. 26 b. Gestão de provedores ......................................................................................... 27 7. Programa Estrada Segura ........................................................................................ 32 8. Veículos e direção .................................................................................................... 33 a. Veículos de carga ................................................................................................ 33 b. Veículos leves ..................................................................................................... 34 c. Veículos de transporte de pessoas no trabalho rural ........................................... 35 9. Treinamentos de SST ................................................................................................ 35 a. Admissional ........................................................................................................ 36 b. De integração ..................................................................................................... 36 c. De primeiros socorros ......................................................................................... 37 d. De formação de socorristas ................................................................................. 37 e. De membros da Brigada de Incêndio .................................................................. 38 f. De membros do comitê de ergonomia ................................................................ 38

Índice

Page 4: Manual Floresta Segura

g. Direcionado ........................................................................................................ 38 h. Periódico ........................................................................................................... 40 i. Ginástica laboral ................................................................................................ 40 10. Gerenciamento de riscos.......................................................................................... 41 a. Diálogo Diário de Segurança (DDS) ..................................................................... 41 b. Observação de Riscos no Trabalho (ORT) ............................................................. 41 c. Análise Preliminar de Riscos (APR) ...................................................................... 42 d. Pocket ................................................................................................................ 42 e. Avaliação de risco ............................................................................................... 43 11. Manutenção preventiva e preditiva ......................................................................... 46 12. Produtos agrotóxicos ............................................................................................... 48 13. Implementação operacional de SST ......................................................................... 50 a. Veículos e direção ............................................................................................... 51 b. Trabalho em altura .............................................................................................. 52 c. Substâncias perigosas ......................................................................................... 52 d. Proteção de maquinário ...................................................................................... 53 e. Movimentação de cargas .................................................................................... 53 f. Isolamento de energia ........................................................................................ 54 g. Espaço confinado ............................................................................................... 56 h. Instalações elétricas e equipamentos elétricos .................................................... 56 i. Trabalho a quente ............................................................................................... 57 j. Animais peçonhentos ......................................................................................... 57 14. Prontidão para emergência e planejamento de contingência ................................... 58 15. Equipamento de proteção........................................................................................ 60 a. Equipamentos de Proteção Individual ................................................................. 60 b. Equipamentos de Proteção Coletiva .................................................................... 63 16. Gestão de recursos .................................................................................................. 64 a. Provisão de recursos ........................................................................................... 64 b. Recursos humanos .............................................................................................. 64 17. Infraestrutura .......................................................................................................... 67 18. Ambiente de trabalho .............................................................................................. 67 19. Gerenciamento de mudanças tecnológicas .............................................................. 68 20. Procedimentos e padrões de desempenho ............................................................... 70 a. Índice de Desempenho de Segurança (IDS) ......................................................... 70 b. Taxa de Frequência de Acidentes com Afastamento (TFACA) ............................... 71 c. Taxa de Gravidade (TG) ....................................................................................... 72 d. Índice de Desempenho de Saúde (IDSu) .............................................................. 72 21. Monitoramento e medição ...................................................................................... 72 a. Monitoramento de riscos .................................................................................... 73 b. Registros de dados ............................................................................................. 73 c. Avaliação dos Programas de Gestão de SST – PGSST .......................................... 73 22. Auditoria de SST ...................................................................................................... 74

Page 5: Manual Floresta Segura

1. Objetivo Apresentar aos profissionais próprios e de provedores as diretrizes prescritivas de Saúde e Segurança do Trabalho. Definir exigências contratuais de SST em suple-mentação aos requisitos legais, normativos e de boa prática. A estrita observância das normas e procedimentos de saúde e segurança é condição de emprego.

O Manual Floresta Segura é um documento normativo e integra os contratos de provedores da Fibria.

2. Abrangência Este Manual Floresta Segura aplica-se à Unidade Florestal (produção de madeira) através da contratação de serviços, de parceria, de suprimentos e qualquer forne-cimento no qual estejam envolvidas organizações externas que venham trabalhar dentro dos limites de propriedade da Fibria.

3. Definições Apresentamos a seguir a relação de siglas usadas ao longo do documento:

APR = Análise Preliminar de Riscos

ASO = Atestado de Saúde Ocupacional

CAT = Comunicado de Acidente do Trabalho

CAL = Controle de Avaliação da Legislação

CIPATR = Comissão Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho Rural

CTPS = Carteira de Trabalho e Previdência Social

I. Apresentação

45

Page 6: Manual Floresta Segura

DETRAN = Departamento Nacional de Trânsito

DHO = Desenvolvimento Humano e Organizacional

DRT = Delegacia Regional do Trabalho

EPC = Equipamento de Proteção Coletiva

EPI = Equipamento de Proteção Individual

EST = Engenheiro de Segurança do Trabalho

FISPQ = Ficha de Informação de Segurança de Produtos Químicos

GOL = Gestão On Line (Software)

GPD = Gerenciamento pelas Diretrizes

IDS = Índice de Desempenho de Segurança

LTCAT = Laudo Técnico das Condições do Ambiente de Trabalho

MTE = Ministério do Trabalho e Emprego

MFS = Manual Floresta Segura

OSHA = Occupational Safety and Health Administration

PCA = Programa de Conservação Auditiva

PCMAT = Programa das Condições do Meio Ambiente de Trabalho

PCMSO = Programa de Controle Médico e de Saúde Ocupacional

PO = Procedimento Operacional

PPR = Programa de Proteção Respiratória

PPRA = Programa de Prevenção de Riscos Ambientais

RINEM = Rede Integrada de Emergência

SENAI = Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial

SENAT = Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte

SEST = Serviço Social do Transporte

SESTR = Serviço Especializado em Segurança e Saúde no Trabalho Rural

SG = Sistema de Gestão

SGA = Sistema de Gestão Ambiental

SSMA = Saúde, Segurança e Meio Ambiente

SST = Saúde e Segurança no Trabalho

TASC = Técnica de Análise Sistêmica de Causas

THSMT = Time de Higiene, Segurança e Medicina do Trabalho

TST = Técnico de Segurança do Trabalho

Manual Floresta Segura

Page 7: Manual Floresta Segura

1. Apresentação da Empresa Criada em setembro de 2009, a Empresa Fibria surgiu da união entre a Votorantim Celulose e Papel (VCP) e a Aracruz Celulose, constituindo a maior produtora mundial de celulose, com capacidade de produzir 5,8 milhões de toneladas anuais. Detém 12% de participação do mercado, sendo 37% em celulose de eucalipto e 22% em fibra curta. Produz também papéis especiais (térmicos e autocopiativos), de imprimir e de escrever (couché, off-set e cut-size).

O Grupo Votorantim detém 29,3% das ações totais de Fibria. Sua capacidade produtiva é superior a 6 milhões de toneladas anuais de celulose e papel, e tem cerca de 15 mil profis-sionais atuantes em seis Estados do Brasil, em áreas florestais, seis fábricas e cinco escritórios comerciais localizados nos principais centros consumidores. Quase toda a celulose produzida é destinada ao mercado externo.

A alta produtividade e o padrão de qualidade são os principais atributos da Fibria. Para man-ter esse nível de excelência, a Empresa opera com elevados índices em todos os processos ao longo da cadeia produtiva – do cultivo do eucalipto à distribuição dos produtos finais.

Em março de 2009, entrou em operação uma nova fábrica em Três Lagoas (MS), que se ca-racteriza por ser a maior unidade de celulose do mundo com uma única linha de produção. Sua capacidade é de 1,3 milhão de toneladas/ano. O projeto contempla também uma área florestal com 140 mil hectares plantados com eucalipto e 80 mil destinados à preservação, cujo manejo obteve parecer favorável do Programa Brasileiro de Certificação Florestal (CER-FLOR). No total, a Empresa possui (em setembro de 2009) 1,3 milhão de hectares em seis Estados brasileiros (SP, ES, MS, MG, BA e RS), sendo 706 mil de florestas plantadas, 489 mil de matas preservadas e o restante para outros usos (estradas, instalações etc.).

Os ganhos operacionais, comerciais e em práticas de sustentabilidade elevarão a eficiência e competitividade da Fibria aos níveis mais exigentes do mercado. Seguindo também as melhores práticas de governança corporativa, a Empresa deverá migrar para o Novo Mercado.

II. Fibria

67

Page 8: Manual Floresta Segura

2. Nossas crenças

Manual Floresta Segura

Desenvolver o negócio florestal renovável como fonte sustentável da vida

Consolidar a floresta plantada como produtora de valor econômico

Gerar lucro admirado, associado à conservação ambiental, inclusão social e melhoria da qualidade de vida

Missão

Visão

Valores

•Solidezbuscar crescimento sustentável com geração de valor

•Éticaatuar de forma responsável e transparente

•Respeitorespeito às pessoas e disposição para aprender

•Empreendedorismocrescer com coragem para fazer, inovar e investir

•Uniãoo todo é mais forte

Page 9: Manual Floresta Segura

3. Processos do Sistema de Gestão da Unidade Florestal A descrição geral da interação entre os processos da Unidade Florestal que inte-gram o SG está representada nas figuras 1 e 2.

Figura 1 - Descrição Geral da Interação dos Processos do SG

89

Macro-Processos

Estratégia Fibria

Processo de apoio

Requisito de clientes

Produçãode Madeira

Produçãode Celulose

Produçãode Papel

NegócioMercado Interno

e Externo

LogísticaNacional e

Internacional

DesenvolvimentoHumano e

Organizacional

Meio Ambiente

Higiene, Saúde e Medicina do

Trabalho

Comunicação Sustentabilidade

Sistema de Gestão

Centro de

Tecnologia

Suprimentos

Diretoria Fibria

Satisfaçãode clientes

Entradas Saída

Demandade partes

interessadas

Atendimentoa partes

interessadas

Page 10: Manual Floresta Segura

Figura 2 - Macro Processo Produção de Madeira

Manual Floresta Segura

Processos Operacionais

Processos Estratégicos

Processos de Apoio

Macro Processo Produção de Madeira

DiretoriaGerência

Viveiro

MeioAmbiente

ConsultoriaSistemas de

Gestão

Logística

Comunicação

Silvicultura

Centro de Tecnologia

Poupança Florestal

Higiene, Segurançae Medicina do

Trabalho

SustentabilidadeDesenvolvimento

Humano e Organizacional

MóduloMecanizado e

Manutenção Florestal

Estradas

Planejamento eDesenvolvimento

Florestal

Suprimentos

Page 11: Manual Floresta Segura

1. Compromisso da Liderança Fibria A liderança da Fibria – Unidade Florestal acredita que:

•Nenhum trabalho é tão importante ou urgente que dispense os cuidados com a saúde e segurança;

•Cada pessoa é responsável pela sua segurança e pela segurança das outras pessoas;

•Todos os fatores de risco podem ser identificados e controlados;

•Todos têm o direito de retornar para casa nas mesmas condições de saúde com as quais chegaram para trabalhar;

•O compromisso da liderança é aferido pelo Índice de Desempenho de Segurança (IDS) das áreas de produção e de provedores.

a) A Liderança da Fibria – Unidade Florestal deve:•Promover a responsabilidade individual e assegurar que os provedores sejam

gerenciados com os mesmos critérios de SST que os funcionários diretos;

•Liderar pelo exemplo, assegurando respeito às normas de SST;

•Acompanhar pessoalmente as práticas de trabalho, não tolerar desvios e identificar oportunidades de melhoria;

•Assegurar o direito de recusa ao trabalho nas situações de risco à saúde e segurança dos funcionários próprios e de provedores.

b) Comitê de SSTAs áreas de silvicultura, colheita, manutenção, logística e provedores com mais de 50 funcionários, devem organizar e manter em funcionamento para cada

III. Requisitos normativos

1011

Page 12: Manual Floresta Segura

área e provedor um Comitê de SST que se reunirá uma vez por mês. O Comitê é constituído por:

•Coordenador de SST – designado pelo gerente ou coordenador da área;

•Membros com representatividade de cada time;

•Técnicos de Segurança do Trabalho;

•Os provedores com menos de 50 funcionários devem se organizar em comitês de SST regionais com outros provedores de mesma natureza de serviços ou participar dos comitês de SST da Fibria.

Escopo de trabalho do Comitê de SST:

•Discutir, analisar, direcionar, avaliar e implementar ações de prevenção de acidentes e doenças ocupacionais;

•Estatísticas de SST;

•Investigação de acidentes e incidentes;

•Mudanças de leiaute;

•Novas instalações, novos equipamentos, novos programas e projetos relacionados à SST;

•Condições e/ou práticas abaixo dos padrões no ambiente de trabalho;

•Observação de Riscos no Trabalho (ORT);

•Treinamento em SST da equipe operacional.

c) Diretrizes das Regras de Ouro:Diretrizes de segurança que definem as práticas a serem seguidas rigorosamente. Sua inobservância implica na aplicação de medidas administrativas.

São diretrizes para o desenvolvimento de uma cultura de segurança fundamenta-da no senso de propriedade, no comportamento seguro e nas responsabilidades dos gestores e profissionais próprios e de provedores. Essas diretrizes são focadas nos principais riscos.

A Unidade Florestal estabeleceu 7 (sete) Regras de Ouro, sendo 4 (quatro) comuns ao negócio da Fibria e 3 (três) regras específicas à Florestal, a saber:

Manual Floresta Segura

Page 13: Manual Floresta Segura

Regras comuns aos negócios da Fibria:

1. Bloqueio de equipamentos: Realizar e testar bloqueios de todas as fontes de energia (hidráulica, mecânica, elétrica e pressurização) na execução dos serviços.

2. Trabalho em altura: Trabalhar em altura utilizando todos os dispositivos de segurança.

3. Movimentação de cargas suspensas: Os operadores das máquinas de guindar devem ser certificados, autorizados e habilitados.

4. Álcool e drogas: Dirigir-se ao local sem influência ou posse de álcool ou drogas ilegais.

Regras específicas aos riscos da Unidade Florestal:

5. Distância segura de máquinas: Manter-se à distância segura durante a operação de máquinas e equipamentos mecanizados.

6. Veículos e equipamentos: Dirigir ou operar veículos e equipamentos devidamente autorizado e habilitado.

7. Ferramental adequado para operações de manutenção: Utilizar sempre a ferramenta adequada para o propósito da tarefa a ser realizada.

Regras específicas aos riscos da Logística Florestal:

8. Condução do veículo: Dirigir somente quando estiver habilitado, treinado ou autorizado.

9. Condição física: Trabalhar somente em condições físicas favoráveis.

10. EPI´s: Fazer uso dos equipamentos de proteção individual nos locais indicados.

11. Velocidade: Respeitar os limites de velocidade estabelecidos pelo órgão responsável e pela Fibria.

d) Comitê DisciplinarAs Unidades Florestais mantêm um Comitê Disciplinar para análise e gestão de con-sequências nos casos de ato faltoso, falta grave, desvios de conduta e das diretrizes de SST. O Comitê é coordenado pelo Gerente Geral ou designado e constituído por:

1213

Page 14: Manual Floresta Segura

Manual Floresta Segura

Page 15: Manual Floresta Segura

•Gerentes da Unidade Florestal

•Coordenadores das áreas

•Presidente da CIPATR

•Representante do SESTR

•Representante do provedor (quando aplicável)

A violação de qualquer uma das Regras de Ouro implicará para o provedor em multa contratual de 10% da fatura do mês e o desligamento do empregado.

Os provedores desqualificados por não atendimento aos padrões de SST da Fibria ficam impedidos de realizar negócios com outras empresas do grupo.

2. Legislação de Saúde e Segurança no Trabalho (SST) As unidades florestais recebem periodicamente, por meio eletrônico, a atualização da legislação aplicável.

O THSMT deve programar com a empresa especializada, a cada 2 (dois) anos, uma audi-toria de conformidade legal. A auditoria deve incluir, por amostragem, os provedores de serviços da Fibria.

O TST realiza a avaliação periódica do atendimento à legislação de SST, através da plani-lha de Controle de Avaliação da Legislação (CAL), no mínimo uma vez por ano.

O TST pode paralisar qualquer serviço que evidencie risco grave e eminente, que coloque em perigo a saúde e segurança de profissionais próprios ou de provedores.

Os provedores são responsáveis pelos atos, comportamentos e apresentação pessoal de seus empregados, consequências cíveis e penais decorrentes da não observância das normas de SST e requisitos legais.

Os provedores devem comprometer-se a resguardar a imagem da Fibria de todo e qual-quer ônus advindo das suas providências externas de mobilização para atendimento de contrato, inclusive do uso indevido, e vinculação da marca Fibria às suas ações.

1415

Page 16: Manual Floresta Segura

Nenhuma atividade de prestação de serviços, tais como silvicultura, colheita, trans-porte de madeira e de pessoal, manutenção, estradas, terraplanagem e construção civil pode ser iniciada dentro das propriedades da Fibria sem a homologação da Empresa, salvo autorização formal do comitê de homologação da Fibria, e apre-sentação dos seguintes documentos legais: LTCAT, PPRA, PCMSO, ASO, PCMAT (quando aplicável), ficha de registro, ficha de EPI, Carteira Nacional de Habilitação, treinamento admissional e certificado de capacitação profissional.

Treinamentos exigidos por lei para o exercício da função, tais como curso de motoserra, aplicação de defensivos agrícolas, direção defensiva, cargas perigosas e outros são requisitos mandatórios e, em casos de desvios, o profissional será afas-tado do exercício da função e a empresa será advertida por escrito com retenção de 10% do valor da fatura do mês.

Manual Floresta Segura

Page 17: Manual Floresta Segura

3. Responsabilidade da direção da Fibria A alta direção da Fibria – Unidade Florestal, constituída pela diretoria, gerência geral e gerentes, assume o compromisso com a implementação, manutenção e melhoria do Manual Floresta Segura, através das seguintes ações:

•Análise crítica do Manual Floresta Segura com periodicidade anual;

•Alocação de recursos humanos, materiais e financeiros;

•Desdobramento de metas do GPD;

•Reconhecimento das unidades, áreas, times, provedores e profissionais com elevado desempenho na gestão de SST;

•Participação nos eventos promovidos pela Fibria ou provedores;

•Acompanhamento do IDS e ações proativas na gestão de SST;

•Reunião periódica com provedores para alinhamento das diretrizes de SST.

4. Planejamento de SST

a) Objetivos e metas Os objetivos e metas de SST são definidos e aprovados pela alta direção da Fibria, considerando-se o GPD (metas quantitativas), Gerenciamento de Projetos, Política Integrada de Gestão Fibria, requisitos para realização do produto, opções tecnológi-cas, demandas de mercado, estratégia da Fibria, orçamento, mudanças que possam comprometer a saúde e segurança no trabalho, legislação, significância dos perigos e riscos, demandas de partes interessadas e outros fatores pertinentes.

A partir dos objetivos e metas, são elaborados os planos de ação conforme a necessidade, para identificar os responsáveis, meios, prazos e/ou outros parâmetros pertinentes.

b) ReconhecimentoAnualmente, o THSMT da Fibria – Unidade Florestal elege por votação os desta-ques de SST nas seguintes categorias:

1617

Page 18: Manual Floresta Segura

Manual Floresta Segura

Page 19: Manual Floresta Segura

•Unidade Florestal (benchmarking interno)

•Área de produção (silvicultura, colheita e logística)

•Provedor

•Observador de Comportamento Seguro

•Pocket com alto valor agregado

Os critérios estabelecidos para a escolha da melhor unidade, área e provedor levam em consideração:

•Número de acidentes com afastamento (30 pontos)

•Taxa de gravidade (30 pontos)

•Índice de Desempenho de Segurança – IDS (20 pontos)

•Horas homem de treinamento em SST (10 pontos)

•Ações implementadas de SST no GOL (10 pontos)

A escolha do melhor observador e pocket devem ser feitas entre os destaques do mês em cada unidade.

5. Comunicação e investigação de acidentes e incidentes A Fibria – Unidade Florestal dispõe de diversos canais de comunicação, a saber:

•Placas de identificação de cada fazenda com o número de telefone;

•Serviço de atendimento ao público via 0800-707-9810;

•Telefone único por região, de emergência, com atendimento 24 horas;

•Telefone da portaria central por região, com atendimento 24 horas;

•Telefone celular dos plantonistas A e B;

•Lista de telefones úteis em cada regional;

•Rádios de comunicação.

É de responsabilidade dos gestores da Fibria e de provedores a ampla divulgação dos canais de comunicação aos funcionários e nas comunidades vizinhas às pro-priedades.

A notificação do incidente ou acidente é feita por telefone ou rádio, em tempo real,

1819

Page 20: Manual Floresta Segura

aos gestores ou plantonistas da Fibria. É acionado o plano de emergência para o pronto atendimento nas seguintes situações:

•Incidente ou acidente pessoal

•Patrimônio (princípio de incêndio, veículos, máquinas, instalações)

•Incidente ou acidente ambiental (derramamento de óleo, disposição inadequada de resíduos)

As dimensões operação, mídia e requisitos legais devem ser considerados no processo de comunicação interna e externa da Fibria. É vedado a qualquer funcio-nário próprio ou de provedores dar entrevistas ou informações sobre incidentes ou acidentes envolvendo a Fibria. A interface com partes interessadas é de responsabi-lidade do time de Comunicação e dos seus representantes legais.

Os incidentes e acidentes pessoais seguem o critério de classificação da OHSA e são classificados em 6 (seis) níveis, de acordo com a matriz específica. Eles deverão ser analisados pela ótica de potencial de gravidade e enquadrados pelo cenário mais crítico. O enquadramento no cenário mais crítico e dimensão específica identificarão qual o nível e o prazo para a comunicação, variando de 1 (um) a 6 (seis) níveis.

Os incidentes e acidentes, uma vez classificados, serão comunicados de acordo com a matriz específica. Os relatórios de análise e investigação deverão ser distribuídos entre as unidades para fins de aprendizado.

A Fibria – Unidade Florestal incentiva a troca de informações de acidentes e inci-dentes, benchmarking interno e externo e ajuda mútua. A Fibria é parte integrante da RINEM do Vale do Paraíba.

Manual Floresta Segura

Page 21: Manual Floresta Segura

Classificação de acidentes ou quase acidentes quanto aos impactos provocados

Nível Prazo

Pessoas Patrimônio Ambiental Operação Mídia Legal

124

Horas

Atendimento ambulatorial baixa gravidade sem risco de agravamento

Até U$ 5.000,00

Impacto restrito ao equipamentoremediado naturalmente

Sem impacto no ritmo de produção

Sem impactoSem impacto

224

Horas

Lesão simples sem risco de agravamento

De U$ 5.000,00 até U$ 10.000,00

Impacto restrito a instalação remediado naturalmente

Sem impacto no ritmo de produção

Sem impactoSem impacto

324

Horas

Lesão simples sem risco de agravamento com readaptação da função

De U$ 10.000,00 até U$ 50.000,00

Impacto na unidade industrial ou local remediado tecnicamente

Baixo impacto Sem impactoSem impacto

424

Horas

Lesão ou doença com perda parcial para o trabalho e afastamento

De U$ 50.000,00 até U$ 200.000,00

Impacto na unidade industrial ou local remediado tecnicamente impacto ao ecossistema

Perda de produção de até 2 dias

Com impactoPossível impacto

56 Horas

Lesão ou doença com perda total para o trabalho gerando ou podendo gerar sequela permanente ou fatalidade

De U$ 200.000,00 até U$ 1.000.000,00

Impacto na circunvizinhança remediação técnica parcial efeitos graves sobre o ecossistema

Parada da produção de 2 a 7 dias

Repercussão nacional e possível internacional

Impacto legal

62 Horas

Múltiplas fatalidadesMaior que U$ 1.000.000,00

Impacto regional irremediável tecnicamente efeitos graves sobre o ecossistema

Parada de produção superior a 7 dias

Repercussão nacional e internacional

Grave impacto legal

2021

Page 22: Manual Floresta Segura

Classificação de acidentes ou quase acidentes quanto aos impactos provocados

Nível Classificação Consequências do evento

1 SAASimples atendimento ambulatorial sem risco de agravamento, baixa gravidade, que não impeça o acidentado de continuar exercendo sua função na totalidade.

2 SASRSem afastamento e sem readaptação, baixa gravidade, que não impeça o acidentado de continuar exercendo sua função na totalidade.

3 SACRSem afastamento com readaptação, lesão sem risco de agravamento, média gravidade que limita as atividades que podem ser exercidas pelo acidentado.

4 CASRCom afastamento sem readaptação, lesão que impossibilita o acidentado retornar à próxima jornada de trabalho.

5 CAPT Com afastamento gerando incapacidade parcial, total ou fatalidade.

6 CATF Com afastamento gerando incapacidade total ou mais de uma fatalidade.

Comunicação de acidentes ou quase acidentes em função do nível

124

Horas

Comunicação interna na unidade onde ocorreu, para público restrito, visando avaliação preventiva de condições semelhantes e que tem potencial de provocar acidentes semelhantes.

224

Horas

324

Horas

424

Horas

Público interno definido de acordo com o plano de gestão de crise de cada unidade + Gerência da área + Comunicação local e do negócio + Equipe SSMA das UNs + Diretoria do Negócio (incluindo presidente ou superintendente).

56

Horas

Público interno definido de acordo com o plano de gestão de crise de cada unidade + Gerencia da área + Comunicação local e do negócio + Equipe SSMA das UNs + Diretoria do Negócio (incluindo presidente e superintentente).Presidentes ou superintendentes comunicam Diretor Geral Vld.

62

Horas

Público interno definido de acordo com o plano de gestão de crise de cada unidade + Gerencia da área + Equipe SSMA das UNs + Comunicação local e do negócio + Equipe SSMA das UNs + Diretoria do Negócio (incluindo presidente ou superintendente).Presidentes ou superintendentes comunicam Diretor Geral Vld, Conselho Executivo e Assessoria de Comunicação do Dr. Antonio Ermínio.

Manual Floresta Segura

Page 23: Manual Floresta Segura

A notificação preliminar do acidente é feita em formulário específico no prazo máximo de 24 horas.

A investigação do acidente ou incidente de alto potencial deve ser coordenada pelo TST e/ou SESTR da Fibria ou do provedor com a participação de:

•Nível 1 a 3: Membros da CIPATR, supervisor, testemunhas e acidentado com autorização do médico do trabalho.

•Nível 4: Público nível 1 a 3 + gerente, coordenador, especialista da área.

•Nível 5: Público nível 4 + gerente geral.

•Nível 6: Público nível 5 + equipe corporativa SSMA + diretoria do negócio.

A investigação do acidente deve ser iniciada, mediante convocação formal, no prazo máximo de 5 (cinco) dias e compreende:

•Visita ao local;

•Entrevista com envolvidos (oitiva);

•Registro fotográfico;

•Relatório de comunicação do acidente ou incidente;

•Árvore de causas;

•Plano de ação no GOL;

•Apresentação da ocorrência em Power Point.

O prazo para a conclusão e entrega dos documentos de investigação dos acidentes e incidentes de alto potencial são de 10 (dez) dias úteis para nível 1 a 4 e de 20 (vinte) dias úteis para o nível 5 e 6.

Os acidentes e incidentes de alto potencial são apresentados nos seguintes fóruns de discussão:

•Comitê de SST das áreas ou de provedores: Nível 1 a 6 (responsável da área)

•Comitê Central de SST: Nível 4 e acima (EST ou TST)

•Reunião Gerencial (resultados): Nível 4 e acima (gerente ou coordenador)

•CIPATR: Nível 2 e acima (TST, supervisor ou gestor)

•Reunião específica: Nível 5 e 6 (gerente ou coordenador)

•DDS extraordinário: Nível 5 e 6 (gerente ou coordenador)

•Reunião CIPATR extraordinária: Nível 5 e 6 (EST, TST ou presidente da CIPATR)2223

Page 24: Manual Floresta Segura

Manual Floresta Segura

Page 25: Manual Floresta Segura

A saúde, a integridade física dos empregados e a proteção ao meio ambiente são prioridades para a Fibria – Unidade Florestal. Nenhuma situação de emergência, produção ou resultado econômico poderá ser adotada como justificativa para expor o empregado e/ou comunidade.

O comportamento seguro dos profissionais próprios e de provedores é o caminho certo na obtenção de indicadores de excelência, ou seja, taxa de frequência de aci-dentes com afastamento menor que 1 (um). Portanto, compete a cada um de nós a construção do valor “SEGURANÇA” em cada unidade da Florestal.

A criação de valor está centrada na gestão de pessoas, na formação da equipe de alto desempenho e na inovação.

Os gestores devem liderar pelo exemplo, não tolerar desvios e eliminar os maiores inimigos e velhos hábitos, fontes de perigos responsáveis por causar acidentes e prejudicar a gestão de SST.

A Fibria possui diversos canais de comunicação que podem ser utilizados para disse-minação de boas práticas, recomendações de saúde e segurança, recorde alcançado, destaque profissional, indicadores de desempenho e outros, a saber: site e intranet Fibria, murais "Informe-se", comunicados, jornal mural, periódico “JornalEco”, jornal "Vital", "Jornal na Estrada com Segurança" e Resumo do Plano de Manejo.

Dificuldade

Recursos

Processos

Relações

Identidade

Os maiores inimigos • Velhos hábitos• Displicência• Pouco valor a vida e dos outros• Pouca disciplina ao lidar com riscos• Improvisação• Jeitinho• Heroísmo•Não cumprimento de regras

(envolvimento das pessoas com as questões de segurança / participação / liderança leva em conta fortemente cuidados com segurança / cuidado consigo mesmo)

(riscos identificados / conhecidos / processos de trabalho consideram os riscos)

(instalações ou equipamentos)

* História / cultura / valores / crenças / hábitos e costumes

Todo empregado tem o direito e dever de paralisar qualquer trabalho que coloque em risco sua integridade física e ou de

outras pessoas

Tempo0 1 2 4 5 6Menor

Maior

2425

Page 26: Manual Floresta Segura

6. Provedores

a) Qualificação de provedoresProvedores de serviços nas instalações da Fibria devem obrigatoriamente atender aos requisitos de homologação de SST.

Classificação de provedores:

•Aprovado: resultado maior ou igual a 75%

•Aprovado com restrições: resultado menor que 75% e maior ou igual a 50%

•Reprovado: resultado menor que 50%

Provedores aprovados com restrições devem elaborar um plano de ação a ser encaminhado para o gestor do contrato da Fibria e para o THSMT com data de conclusão das ações para adequação dos requisitos legais de SST.

Provedores reprovados devem estruturar e implementar o sistema de gestão de SST e enviar para avaliação do THSMT, pela segunda vez, as evidências objetivas e documentos legais. A reprovação do provedor na segunda avaliação implicará na desqualificação do fornecedor, que ficará impedido de retornar ao processo de homologação durante o período mínimo de 1 (um) ano.

O processo de homologação do provedor deve ser acompanhado por um técnico ou engenheiro de segurança da Empresa ou assessoria técnica contratada.

A Fibria possui um comitê de homologação, na forma de colegiado, para avalia-ção de casos especiais ou de assuntos de interesse da Companhia. As decisões do comitê devem ser comunicadas para os gestores da Fibria.

O time de gestão de processos deve manter uma lista de fornecedores homologados.

O THSMT realizará avaliação de desempenho de SST, mensal, de provedores homologados e contratados pela Fibria por meio de check list. A pontuação mínima exigida é de 70 pontos. Caso o provedor não atinja a pontuação mínima, é obrigatória a apresentação de um plano de ação com a identificação da(s) causa(s) raiz(es), responsáveis e prazo de execução. A Fibria retém do provedor o valor de 10% da fatura do mês. A liberação da retenção do pagamento é feita após a comprovação da implementação do plano de ação.

Manual Floresta Segura

Page 27: Manual Floresta Segura

b) Gestão de provedores

Campanhas educativasO provedor deve disponibilizar e incentivar seus colaboradores a participarem das campanhas educativas internas deflagradas pela Fibria.

Vestuário e adornos pessoais•É vedado o uso de sandálias, chinelos, tamanco ou de outros tipos inade-

quados de calçados.

•É vedado o uso de bermudas, shorts e camiseta regata e com manga cavada.

•É vedado o uso de adornos pessoais do tipo relógios, pulseiras, correntes, brincos, anéis, alianças, colares, braceletes, brincos de argola, dentro das áreas produtivas, manutenção e almoxarifado.

•Cabelos longos deverão ser presos à altura do pescoço dentro das áreas pro-dutivas e/ou onde houver risco de contato com partes móveis e/ou carrega-das eletricamente. Deve-se usar touca protetora quando o trabalho exigir.

AlojamentosO provedor deve garantir a segurança dos funcionários e das instalações dos alojamentos.

Obriga-se a contratada a comunicar o supervisor ou técnico de segurança da Fibria a ocorrência de qualquer anormalidade nos alojamentos, que possa comprometer a integridade física dos funcionários, comunidade e imagem da Empresa.

Os alojamentos deverão ter suas instalações em conformidade com a NR-24 e NR-31 da Portaria 321-78 do MTE.

A contratada deve ter o controle do acesso dos funcionários no alojamento.

A contratada deve restringir o acesso de não funcionários aos alojamentos e proibir a sua permanência.

2627

Page 28: Manual Floresta Segura

O lazer para a força de trabalho alojado deverá ser lúdico e diversificado, devendo a contratada envidar esforços, através de ações de conscientização, objetivando prevenir práticas ilícitas.

Serviço Especializado em Segurança e Saúde no Trabalho – SESTR

O dimensionamento do SESTR obedecerá ao disposto no Quadro I:

O critério mínimo estabelecido pela Fibria para o atendimento ao item 31.6.6. da NR-31 obedecerá ao disposto no Quadro II:

Profissionais Legalmente HabilitadosNo de trabalhadores

Eng. Seg. Méd. Trab. Téc. Seg. Enf. Trab. Téc. Enf.51 a 150 - - 1 - -

151 a 300 - - 1 - 1

301 a 500 - 1* 2 - 1

501 a 1000 1 1 2 1 1

Acima de 1000 1 1 3 1 2

(*) Tempo parcial mínimo de 20 horas por semana

Quadro I

Manual Floresta Segura

Page 29: Manual Floresta Segura

O SESTR deverá ser, obrigatoriamente, local. Não será permitido sob qualquer alegação o SESTR centralizado, devendo todos os seus integrantes permanecer na locação.

A Fibria exige a participação de TST do provedor, independente do número de trabalhadores do quadro I ou II, para serviços de alto potencial de risco. O TST deve permanecer 100% do tempo na frente de trabalho, quando exigido pela Fibria e especificado na APR. Na falta ou ausência do TST a atividade deve ser paralisada.

O provedor deverá informar por escrito a composição do SESTR para o THSMT da Fibria. O SESTR deverá ser qualificado pela Empresa e ainda ser registrado no órgão regional do Ministério do Trabalho.

O registro profissional deve atender o piso da categoria. A substituição dos pro-fissionais do SESTR deverá ser previamente autorizada pelo THSMT e o substituto deve atender às mesmas exigências satisfeitas pelos substituídos.

O TST deve possuir recursos materiais para o bom desempenho de suas funções, tais como: veículo, celular, computador portátil (notebook), local para treinamen-to, projetor, faixas, cartazes, flip chart, apostilas, cartilhas, entre outros.

Quando o provedor estiver desobrigado de manter o SESTR, deverá indicar um preposto para o cumprimento das exigências legais.

Provedores com menos de 50 funcionários podem contratar assessoria técnica de HSMT, pessoa jurídica, com contrato de prestação de serviços por profissionais legalmente habilitados e autorizados pelo TST da Fibria.

O lazer para a força de trabalho alojado deverá ser lúdico e diversificado, devendo a contratada envidar esforços, através de ações de conscientização, objetivando prevenir práticas ilícitas.

Serviço Especializado em Segurança e Saúde no Trabalho – SESTR

O dimensionamento do SESTR obedecerá ao disposto no Quadro I:

O critério mínimo estabelecido pela Fibria para o atendimento ao item 31.6.6. da NR-31 obedecerá ao disposto no Quadro II:

Preposto ou profissional legalmente habilitadoNo de trabalhadores

Até 10 16 horas/mês

De 11 a 25 32 horas/mês

De 26 a 50 64 horas/mês

Quadro II

2829

Page 30: Manual Floresta Segura

Saúde OcupacionalCabe à nutricionista zelar pela qualidade de manufatura, conservação, trans-porte, entrega manuseio e distribuição, entre outros aspectos, de todo e qual-quer tipo de refeição/alimentação, mesmo que o fornecimento de refeições seja feito por terceiros. Atentando para o balanceamento e reforço energético necessário a cada tipo de atividade a ser desenvolvida pela força de trabalho, e ainda, verificar pessoalmente a habilitação dos cozinheiros. Convém ter graduação em curso ministrado pelo Serviço Nacional do Comércio – SENAC ou similar.

O provedor deve apresentar à Fibria, antes do início dos serviços, o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) do seu pessoal, com base nas informações fornecidas pela Fibria, identificadas através do seu Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA.

O provedor deverá manter disponível no local de trabalho uma via de todos os Atestados de Saúde Ocupacional (ASO) emitidos para seus empregados.

Todos os exames admissionais deverão ser realizados, analisados e aprovados ANTES do acesso do empregado às propriedades da Fibria.

O provedor deverá submeter à Fibria para análise e aprovação a relação de laboratórios para realização dos exames de saúde.

O provedor deverá manter atualizado um Mapa de Realização de Exames, onde constem TODOS os exames admissionais, demissionais, de mudança de ocupação, retorno ao trabalho e demais, em função de necessidades identifi-cadas. Fica definido a seguir o elenco básico de exames médicos admissionais mínimos obrigatórios, aplicável sem exceção, a todos os integrantes da força de trabalho:

•Hemograma completo com plaquetas.

•Glicemia de jejum.

•Machado Guerreiro.

Exames complementares deverão ser realizados de acordo com a atividade desenvolvida e exposição aos riscos.

A seleção e qualificação de profissionais para o trabalho em altura ou em área

Manual Floresta Segura

Page 31: Manual Floresta Segura

de risco de queda por diferença de nível deve levar em consideração a aptidão física e exames de eletrocardiograma, eletroencefalograma, hemograma completo e glicemia.

O provedor deve indicar e submeter à Fibria para análise e aprovação a enti-dade de saúde que dará atendimento e assistência para o encaminhamento hospitalar em caso de emergência ou para atendimento de acidentes durante a execução dos serviços.

O provedor deve disponibilizar, no caso de possuir ambulatório na área, uma unidade de socorro móvel a ser utilizada para transporte em caso de emer-gência. Essa unidade de socorro móvel deverá dispor de equipe exclusiva e independente, composta de no mínimo 1 (um) motorista e 1 (um) técnico de enfermagem do trabalho ou enfermeiro do trabalho.

O provedor deve considerar no planejamento das ações de saúde do seu pessoal a prevenção de situações endêmicas locais onde serão realizados os serviços, tais como dengue, cólera, febre amarela, malária, leishmaniose, acidentes com animais peçonhentos, entre outros, em conformidade com as instruções emanadas do Órgão de Saúde Pública da região ou da Fibria.

O provedor deve informar de imediato à Fibria a relação de empregados inap-tos para o trabalho, após a realização dos exames periódicos ou demissionais.

Os gastos decorrentes do atendimento médico, eventualmente, prestado pela Fibria aos empregados da contratada serão deduzidos da sua próxima fatura ou pagamento.

O provedor deverá prever no bojo do contrato de trabalho, Plano Privado de Saúde conforme a Lei Nº. 9.656, de 3 de Junho de 1998, no qual estejam asseguradas as definições adicionais descritas a seguir:

•Desconto simbólico por empregado integrante da força de trabalho.

•Cobertura para 3 (três) atendimentos livres, quantidade a partir da qual será necessária a retirada da respectiva guia, via provedor. Obrigando-se o prove-dor informar a Fibria o controle preventivo do empregado, com o objetivo de evitar a indevida exposição a riscos.

•O Plano de Saúde deverá contemplar o atendimento nas cidades da região do escopo de contrato.

3031

Page 32: Manual Floresta Segura

7. Programa Estrada Segura O Programa Estrada Segura da Fibria deve ser implementado pelos prove-dores de estradas, logística florestal (transporte de madeira), logística industrial (in/out bound; "de entrada ou saída do país") e transporte de pessoas. Os operadores de máquinas devem ser enquadrados nos atributos essenciais da função de acordo com o quadro III.

Atributos essenciais da funçãoATRIBUTOS ESSENCIAL DESEJÁVEL

Qualificações • C.N.H. Tipo "C"• Treinamento de Segurança na Operação

de Máquina• Carga horária: 20 horas• Reciclagem anual

• Treinamento de Certificação em Operação em Máquinas.• Carga horária: 20 horas

Habilidades e experiências

•Mais que 5 (cinco) anos operando máquinas

•Mais que 8 (oito) anos operando máquinas•Mais que 5 (cinco) anos em

atividades florestais

Antecedentes em operações com máquinas

• Não ter causados acidentes com máquinas

• Nunca ter se envolvido em acidentes com máquinas

Características pessoais

• Ser confiável e firme no caráter• Ser disciplinado• Foco na excelência operacional• Disposição para cumprir procedimentos

e normas• Segurança é prioridade

• Ter boas condições físicas

Circunstâncias pessoais

• Possuir facilidade para acesso ao local de trabalho

•Morar próximo da frente de serviço• Ligações pessoais na

localidade (ex. família)

Motivação • Vontade de trabalhar livre de incidentes • Desejo de ser o melhor no serviço

Saúde e condição psicológica

• Bons antecedentes de saúde sem restrições médicas e psicológicas para o desempenho da função

• Ter boas condições de saúde

Escolaridade •Mínimo 4a série do ensino fundamental • 2º grau completo do ensino médio

Inteligência demonstrada

•Mínimo 4a série do ensino fundamental • Não aplicável

Manual Floresta Segura

Page 33: Manual Floresta Segura

O processo de recrutamento e seleção de operadores de máquinas deve incluir:

•Teste teórico e prático;

•Exames médicos e psicológicos;

•Entrevista.

Os exames médicos na admissão de operadores de máquinas, mínimos, são:

•Exame cardiovascular;

•Exame do aparelho respiratório;

•Avaliação neurológica;

•Avaliação dos ossos, ligamentos e articulações;

•Exame de acuidade auditiva;

•Exame oftalmológico.

Os exames médicos periódicos e complementares são:

•Hemograma completo;

•Glicemia de Jejum;

•Gama GT;

•Protoparasitológico;

•Eletrocardiograma;

•Raio X de tórax;

•Audiometria.

8. Veículos e direção

a) Veículos de carga•Será vedado o acesso de todo e qualquer meio de transporte e/ou

movimentação de cargas que não atenda, obrigatoriamente, a todas as exigências a seguir definidas.

•Para os veículos de transporte cujo objetivo seja o carregamento e

3233

Page 34: Manual Floresta Segura

descarregamento de material nas instalações da Fibria, serão exigidos o uso de cinto de segurança com talabarte duplo fixado em cabo guia instalado no veículo ou trava queda ou guarda-corpo na altura da cintura.

•É vedada a permanência em cima da carroceria de veículos sem os dispositivos de segurança para trabalho em altura.

•Condução por profissional habilitado na específica categoria legalmente em vigência.

•O motorista deve ser autorizado pelo TST da Fibria e possuir curso de direção defensiva com reciclagem anual de 16 (dezesseis) horas.

•Certificado de revisão geral, atestando o satisfatório e adequado funcionamento de todos os sistemas e dispositivos mecânicos, elétricos, hidráulicos, pneumáticos e todos os outros necessários à operação a que se destinar o veículo.

b) Veículos leves•O motorista deve ser legalmente habilitado para a categoria do veículo a ser

conduzido.

•Utilizar veículos com ar condicionado, freio ABS ou similar e air bag duplo.

•Manter o veículo em boas condições de uso: freio, amortecedores, faróis, lanternas, retrovisores e pneus.

•Cumprir o período de descanso de, no mínimo, 11 (onze) horas entre jornadas.

•Durante viagens de período contínuo, realizar parada para descanso de 15 (quinze) minutos a cada 3 (três) horas.

Manual Floresta Segura

Page 35: Manual Floresta Segura

•Respeitar os limites de velocidade e sinalização.

•Não viajar após às 20h00. Prefira pernoitar e seguir no dia seguinte.

•O motorista deve ser autorizado e possuir curso de direção defensiva com reciclagem bi-anual de 08 (oito) horas.

c) Veículos de transporte de pessoas no trabalho rural•Os veículos de transporte de passageiros, ônibus ou microônibus, devem estar

cadastrados no DETRAN.

•A empresa de transporte deve ser qualificada e homologada pelo TST da Fibria.

•O motorista deve ser autorizado e possuir curso de direção defensiva com reciclagem anual de 16 (dezeseis) horas.

•Os veículos deverão ser inspecionados diariamente pelo motorista e semalmente por um profissional especializado em mecânica e elétrica.

•Certificado de revisão geral, emitido mensalmente, atestando o satisfatório e adequado funcionamento de todos os sistemas e dispositivos mecânicos, elétricos, hidráulicos, pneumáticos e todos os outros necessários à operação e segurança dos passageiros.

•É vedada a utilização de veículos do tipo van para o transporte intermunicipal e rural de funcionários próprios e de provedores a serviço da Fibria.

•Os provedores da Fibria não possuem autorização para o transporte de passageiros. A Fibria indicará a empresa credenciada para cada região.

9. Treinamentos de SST É necessária uma grade de requisitos de treinamentos de SST para cada cargo e função de funcionários próprios e de provedores.

A programação de treinamento deve ser feita anualmente pelo gestor da Fibria ou do provedor com apoio do responsável pelo DHO. O plano de treinamento e reci-clagem deve explicitar o conteúdo programático, a carga horária, o público alvo, a qualificação dos instrutores, a forma de registro e o controle dos treinamentos. O controle dos treinamentos de profissionais da Fibria será de responsabilidade do

3435

Page 36: Manual Floresta Segura

DHO. O controle de treinamento de profissionais dos provedores será de responsa-bilidade da área de Recursos Humanos da empresa. Após o atendimento da grade de requisitos, os treinamentos deverão ser avaliados quanto ao entendimento e assimilação, e os profissionais com aproveitamento mínimo de 70% receberão um certificado de capacitação profissional em saúde e segurança no trabalho.

a) AdmissionalRealizado com os profissionais próprios e de provedores, antes do início do traba-lho na Fibria. A carga horária é de 16 (dezesseis) horas e conteúdo mínimo:

•Política integrada da Fibria;

•Normas regulamentadoras;

•Informações sobre as condições e meio ambiente de trabalho;

•Riscos inerentes à sua função;

•Uso adequado dos EPIs e EPCs;

•Definições, causas, consequências e prevenção dos acidentes e incidentes do trabalho;

•Técnicas de Análise Sistêmica de Causas (TASC) de acidentes e incidentes;

•Primeiros socorros a acidentados;

•Técnicas de reanimação cárdio-respiratória;

•Prevenção e combate a incêndio;

•Pocket e Regras de Ouro;

•Ergonomia;

•Comportamento seguro;

•Direito de recusa do trabalho;

•Análise Preliminar de Riscos (APR).

b) De integraçãoÉ realizado no campo com os profissionais próprios e de provedores, com acompanhamento do responsável pela operação, de um profissional experiente designado e do TST. A carga horária é de 8 (oito) horas e conteúdo mínimo:

Manual Floresta Segura

Page 37: Manual Floresta Segura

•Identificação e avaliação dos riscos setoriais;

•Procedimentos operacionais;

•Inspeção de máquinas e equipamentos;

•Observação das práticas e condições seguras;

•Conhecimento de Pocket e ORT da frente de trabalho;

•Conhecimento dos acidentes e causas raízes;

•Observação das tarefas de alto potencial de risco;

•Lições aprendidas.

c) De primeiros socorrosÉ obrigatório para os funcionários da área operacional, próprios e de provedores, e deve ser realizado pela Fibria ou empresa provedora de serviços ou empresa credenciada.

Carga horária: 4 (quatro) horas. Conteúdo programático:

•Socorro básico de emergência;

•Parada cardiorrespiratória;

•Hemorragias;

•Ferimentos;

•Fraturas / entorses;

•Queimaduras;

•Mal súbito;

•Acidente com animais peçonhentos;

•Insolação e intermação;

•Reciclagem: a cada 2 (dois) anos.

d) De formação de socorristasNo mínimo 2 (dois) profissionais próprios ou de provedores devem ser treinados e capacitados como socorristas para cada equipe de serviço. O socorrista deve atender ao seguinte perfil profissional: liderança, pró-atividade, afinidade com situações de emergência, equilíbrio emocional e ter instrução mínima de 1º grau.

3637

Page 38: Manual Floresta Segura

Carga horária: 16 (dezesseis) horas. Conteúdo programático: idem ao de primeiros socorros.

•Instrutor: profissional com curso técnico ou superior em enfermagem.

•Reciclagem: anual (8 horas, incluindo simulado de atendimento à vítima).

e) De membros da Brigada de Incêndio•Carga horária: 16 (dezesseis) horas.

•Instrutor: TST ou bombeiro.

•Reciclagem: anual (8 horas, incluindo simulado de combate a incêndio).

f) De membros do comitê de ergonomia•Carga horária: 8 (oito) horas.

•Instrutor: consultor de ergonomia.

•Reciclagem: 2 (duas) horas a cada 2 (dois) anos para 100% dos profissionais próprios e de provedores.

•Instrutor da reciclagem: membros do comitê de ergonomia.

g) DirecionadoOutros treinamentos serão exigidos em função da formação do profissional e atendimento à legislação ou diretrizes da Fibria, como por exemplo:

Eletricista industrial (NR-10)Carga horária: 40 (quarenta) horas Instrutor: credenciado pela Fibria Reciclagem: 16 (dezesseis) horas por ano

Operadores de máquinas e equipamentos (NR- 11)Carga horária: 80 (oitenta) horas Instrutor: fabricante ou instrutor credenciado pelo fabricante Reciclagem: 16 (dezesseis) horas por ano

Operador de guindaste (NR-11)Carga horária: 16 (dezesseis) horas

Manual Floresta Segura

Page 39: Manual Floresta Segura

Instrutor: credenciado pela Fibria Reciclagem: 4 (quatro) horas por ano

Operador de empilhadeira (NR-18)Carga horária: 16 (dezesseis) horas Instrutor: credenciado pela Fibria Reciclagem: 4 (quatro) horas por ano

Operador de motosserra (NR-12)Carga horária: 8 (oito) horas

3839

Page 40: Manual Floresta Segura

Instrutor: credenciado pela Fibria Reciclagem: 4 (quatro) horas por ano

Transporte de cargas perigosas (MOPP)Carga horária: 32 (trinta e duas) horas Reciclagem: 16 (dezesseis) horas a cada 5 (cinco) anos Instrutor: credenciado pelo DETRAN

h) PeriódicoO treinamento periódico deverá ser realizado mensalmente pelo provedor, podendo ser ministrado na área de vivência, com ênfase para: início de cada nova fase de operação; ocorrência de acidentes ou incidentes de alto potencial de risco; correção de falhas de conduta; condições e práticas abaixo do padrão; e desvios das diretrizes de SST.

O provedor compromete-se a disponibilizar sua força de trabalho até o limite de 2% de todo o HH (homem hora) mensal envolvido, de forma a atender às convo-cações de treinamento a serem conduzidas pela Fibria.

i) Ginástica laboralO provedor poderá desenvolver para sua força de trabalho, opcionalmente, um programa diário de ginástica laboral durante o expediente de trabalho, envolven-do seus funcionários nos exercícios.

Manual Floresta Segura

Page 41: Manual Floresta Segura

10. Gerenciamento de riscos Ocorrerá a interrupção de qualquer frente de serviço na qual se evidencie situação limite de risco grave e iminente, que ameace a integridade das pessoas, do meio ambiente e instalações ou que também não atenda às prescrições legais ou diretri-zes de SST.

a) Diálogo Diário de Degurança (DDS)As equipes operacionais de funcionários próprios e de provedores deverão pro-gramar implantar e registrar o DDS (Diálogo Diário de Segurança), realizado por equipe, ministrado pelo supervisor, líder ou profissional designado, acompanhado pelo técnico de segurança, ocasião na qual deverão ser abordados os assuntos definidos a seguir:

•Apresentar os trabalhos do dia;

•Ressaltar os riscos das frentes de serviços e da tarefa;

•Apontar as falhas e acertos de cada atividade;

•Acidentes ocorridos e sua prevenção;

•Informação adicional da Fibria;

•Reforço de procedimentos seguros;

•Observações de comportamento seguro;

•Pockets de alto potencial;

•Regras de Ouro.

b) Observação de Riscos no Trabalho (ORT)A Fibria – Unidade Florestal implementou o programa comportamento seguro com base nas diretrizes estabelecidas no manual de gestão e no código de condu-ta da companhia.

O programa compreende 4 (quatro) fases, a saber:

•1ª | Sensibilização: conscientização e comprometimento (3 horas) - 100% da força de trabalho.

4041

Page 42: Manual Floresta Segura

•2ª | Formação de observador: capacitação de profissionais (8 horas) – 100% da força de trabalho.

•3ª | Formação de coach: qualificação de líderes em SST (8 horas) – 30% da força de trabalho.

•4ª | Reconhecimento e sinergia: alto desempenho profissional (premiação) – 1 (um) funcionário por área ou provedor por ano.

c) Análise Preliminar de Riscos (APR)É um documento legal que tem por objetivo o reconhecimento antecipado dos riscos de acidentes/incidentes. Este documento permite que todos os envolvidos estejam cientes dos riscos de acidentes reais e potenciais e que sejam tomadas as precauções necessárias para a realização do trabalho com total segurança.

A emissão de uma APR obriga os envolvidos a percorrerem os locais de trabalho onde serão realizadas as atividades.

A APR envolve serviços de rotina e serviços planejados não rotineiros, de cons-trução, operação e/ou manutenção, por funcionários próprios ou de provedores contratados, que envolvam riscos da seguinte natureza:

•Máquinas, veículos e equipamentos, produtos químicos, combustíveis e inflamáveis, energia elétrica, trabalho em altura, ambientes confinados, obras civis, terraplanagem, estradas, silvicultura, colheita, movimentação de cargas, demolições e escavações.

O preenchimento da APR é de responsabilidade da Fibria (contratante) e/ou pro-vedor (contratada), com a participação do executante, área de trabalho em que os serviços serão executados e o SESTR.

d) PocketO Pocket é uma ferramenta de gerenciamento de riscos para eliminação ou neu-tralização de fontes de perigos por meio da identificação e registro de incidentes, condição ou prática abaixo do padrão de SST.

A gestão do Pocket é de responsabilidade do Comitê de SST. Os gerentes da Flo-

Manual Floresta Segura

Page 43: Manual Floresta Segura

restal e provedores deverão aprovisionar recursos anualmente para a melhoria de máquinas, ferramentas, equipamentos e das condições do ambiente de trabalho.

A Fibria estabeleceu a meta de 1 (um) Pocket por mês por funcionário.

e) Avaliação de riscoA avaliação de risco deve ser implementada para máquinas, veículos e equipa-mentos em operação e em manutenção, instalações e ferramentas. O método de avaliação considera a consequência do acidente e a sua frequência. A condição do risco é representada na planilha de gerenciamento por meio de cores: vermelha (alto potencial), amarela (médio potencial) e verde (baixo potencial). É obrigatória a definição das condições de controle para os riscos de alto e médio potencial.

ConsequênciaCATEgORIA DESCRIçãO DESCRIçõES / CARACTERíSTICAS

I Desprezível

Sem danos ou danos insignificantes aos equipamentos, à propriedade e/ou ao meio ambiente; não ocorrem lesões / mortes de funcionários, de terceiros (não funcionários) e/ou pessoas (florestais e comunidade). O máximo que pode ocorrer são casos de primeiros socorros ou tratamento médico menor.

II Marginal

Danos leves aos equipamentos, à propriedade e/ou ao meio ambiente (os danos materiais são controláveis e/ou de baixo custo de reparo); lesões leves em funcionários, terceiros e/ou em pessoas.

III Crítica

Danos severos aos equipamentos, à propriedade e/ou ao meio ambiente; lesões de gravidade moderada em funcionários, em terceiros e/ou em pessoas (probabilidade remota de morte de funcionários e/ou terceiros); exige ações corretivas imediatas para evitar seu desdobramento em catástrofe.

IV Catastrófica

Danos irreparáveis aos equipamentos, à propriedade e/ou ao meio ambiente (reparação lenta ou impossível); provoca mortes ou lesões graves em várias pessoas (em funcionários, em terceiros e/ou em pessoas).

Categorias de Severidade das Consequências. (Fonte: MORgADO 2000).

4243

Page 44: Manual Floresta Segura

Manual Floresta Segura

Page 45: Manual Floresta Segura

FrequênciaCATEgORIA DENOMINAçãO DESCRIçãO

A Extremamente RemotaConceitualmente possível, mas extremamente improvável de ocorrer durante a vida útil do Processo/instalação

B RemotaNão esperado ocorrer durante a vida útil do Processo/instalação

C ImprovávelPouco provável de ocorrer durante a vida útil do Processo/instalação

D ProvávelEsperado ocorrer até uma vez durante a vida útil do Processo/instalação

E FrequenteEsperado ocorrer várias vezes durante a vida útil do Processo/instalação

Tabela de avaliação de frequências. (Fonte: Moragado 2000)

A planilha de gerenciamento de riscos deve apresentar o conteúdo mínimo:

Avaliação de RiscoFREQUêNCIA

A B C D E

Cons

equê

ncia IV 2 3 4 5 5

III 1 2 3 4 5

II 1 1 2 3 4

I 1 1 1 2 3

Matriz de Risco - Frequência x Consequência (Fonte: MORgADO, C.R.V.; "gerência de Riscos" Rio de Janeiro: SEgRAC - Núcleo de Pesquisa em Engenharia de Segurança, gerenciamento de Riscos e Acessibilidade na UFRJ, 2000.

Atividades de Manutenção da Forwarder - Máquina ParadaCONDIçãO ATIVIDADES RISCO AçõES DE CONTROLE

1 Troca de Pneu Prensamento Uso de Munck e PO

2 Troca de Mangueira Batida Contra Ferramenta Adequada

3 Troca de Óleo Incêndio PO e Kit de Emergência

4445

Page 46: Manual Floresta Segura

11. Manutenção preventiva e preditiva As máquinas e equipamentos a serem utilizados nas operações florestais deverão passar por uma vistoria antes de serem colocados em uso para garantir as condi-ções mínimas de segurança de funcionamento.

Deverão obrigatoriamente passar pela inspeção os equipamentos do tipo Havester, Forwarder, Clambunck, caminhão comboio, trator de arraste, caminhões, guindas-tes, geradores, máquinas de solda, furadeiras, lixadeiras, policortes e rosqueadeiras, entre outros.

As máquinas e equipamentos aprovados para serem colocados em uso deverão receber um selo de aprovação colado em seu corpo e que deverá ser mantido até a próxima vistoria. A periodicidade da inspeção deve ser definida pelo especialista no programa de manutenção preventiva.

Manual Floresta Segura

Page 47: Manual Floresta Segura

As máquinas e equipamentos que não apresentarem este selo deverão ser interdita-dos e considerados fora de uso imediatamente, até que sejam vistoriados.

As máquinas só podem ser operadas por pessoas habilitadas e treinadas e identifi-cadas por crachá. Inspeções e manutenção também só devem ser executadas por pessoas devidamente treinadas.

É responsabilidade da Fibria e dos provedores assegurar que todos os seus tra-balhadores sejam instruídos e treinados para a utilização segura e adequada de máquinas e equipamentos.

Na operação de máquinas e equipamentos com tecnologia diferente da que o operador está habituado a usar, deve ser feito um novo treinamento de modo a qualificá-lo à utilização dos mesmos.

É terminantemente proibida a operação de máquinas e equipamentos por operado-res que não estejam habilitados para tal.

As máquinas e equipamentos que ofereçam risco de ruptura de suas partes móveis, projeção de peças ou de partículas materiais devem ser providos de proteção adequada.

As máquinas e equipamentos devem ser submetidos à inspeção de acordo com as normas técnicas oficiais vigentes. Essas inspeções devem ser registradas em docu-mento específico, constando as datas e falhas observadas, as medidas corretivas adotadas e a indicação da pessoa, técnico ou empresa habilitada que as realizou.

O abastecimento de máquinas e equipamentos com motor à explosão deve ser realizado por um trabalhador qualificado, em local apropriado, utilizando-se de técnicas e equipamentos que garantam a segurança da operação.

Equipamentos pressurizados do tipo compressores, extintores de incêndio e outros devem ser inspecionados e testados de acordo com a NR-13 ou NBR 13485.

O TST executará inspeções para averiguar as condições de uso das máquinas e equipamentos utilizados pela Fibria e seus provedores.

4647

Page 48: Manual Floresta Segura

12. Produtos agrotóxicos Os produtos agrotóxicos utilizados na Florestal incluem: herbicida, formicida, inse-ticida e fungicida, que podem provocar intoxicação aguda ou crônica por meio de preparação e aplicação inadequada.

O produto deve ser aplicado na dosagem indicada no rótulo ou de acordo com instrução e orientação técnica de um especialista.

Cuidados devem ser observados na abertura da embalagem e na preparação da mistura do produto agrotóxico.

A bomba costal para aplicação deve estar em perfeitas condições de uso e os EPI devem ser higienizados.

O rótulo do produto deve estar disponível nas frentes de serviços para orientação aos usuários e prevenção de acidentes.

Evitar a aplicação dos produtos em horário de maior intensidade de calor e em dias com ventos fortes ou chuvosos.

Nunca use a boca para desentupir os bicos dos pulverizadores. Use água ou uma escova. Não fumar, comer ou beber durante a aplicação de produtos agrotóxicos. Evitar contato com o rosto e partes do corpo. Antes de comer ou beber, lavar as mãos e rosto com água abundante e sabão neutro.

Uso obrigatório de EPI:

•Luva impermeável;

•Avental de PVC;

•Óculos de segurança;

•Roupa hidro-repelente;

•Botina de segurança;

•Máscara semifacial;

•Perneira;

Manual Floresta Segura

Page 49: Manual Floresta Segura

•Boné com proteção de pescoço.

A máscara semifacial deve ser utilizada por pessoa sem barba.

Após o término do produto, submeter de imediato todas as embalagens vazias de agrotóxicos à TRIPLICE LAVAGEM. Este é o único modo seguro para tratar as emba-lagens vazias antes do descarte. Instruções:

•Adicione água até cerca de ¼ da embalagem. Feche e agite por 30 segundos e despeje a água de lavagem no tanque do pulverizador. Realize este procedimento por 3 (três) vezes.

•Na sequência, o fundo das embalagens deve ser perfurado para evitar sua reutilização. Encaminhá-las para local apropriado.

•Não danificar o rótulo.

•De maneira alguma as embalagens vazias de agrotóxicos poderão ser utilizadas para transportar alimentos para animais e pessoas, e nem para transporte de água potável.

Primeiros socorros para o caso intoxicaçãoSintomas: dor de cabeça, mal-estar e cansaço, tontura e fraqueza, dificuldade respiratória, dor de barriga e diarréia, náuseas e vômitos, saliva e suor excessivo e perturbação da visão.

Recomendações:

1. Afastar o acidentado de todas as fontes de contaminação (locais e roupas) e lavar as partes do corpo atingidas pelo produto com muita água e sabão;

2. Se a pessoa que engoliu agrotóxico estiver acordada, procure fazê-la vomitar, colocando o dedo na boca e tocando levemente a garganta;

3. Caso haja necessidade de transportar o acidentado para receber cuidados médicos, levá-lo deitado de barriga para baixo e com a cabeça virada para o lado;

4. Aguardar a vinda de um médico, ou levar a vítima imediatamente para o hospital mais próximo;

5. Levar o rótulo do produto.

4849

Page 50: Manual Floresta Segura

13. Implementação operacional de SST O foco é o alavancador dos resultados e, para isso, a eficácia dos processos deve ser continuamente monitorada. Além disso, o compro-metimento e a mobilização dos profissionais próprios e de provedores são fatores determinantes para se atingir a excelência nos processos de segurança.

O comportamento seguro fundamenta-se num processo de observações da execução das atividades nas frentes de trabalho. Na Fibria, a obser-vação de riscos no trabalho é feita com anuência do observado, não tem caráter punitivo e é anônima. É ressaltado o comportamento seguro da tarefa, é estimulado o ambiente de aprendizado e a troca de ideias, é dado feedback corretivo, é identificada a necessidade de treinamento e estimulado o comportamento autodirigido seguro.

O fator crítico de sucesso para a Fibria é a mudança de comportamento “direcionado por outro” para “autodirecionado seguro”. Apresentamos 5 (cinco) recomendações baseadas em pesquisa comportamental, a saber:

1. Diminua o controle da segurança pelos níveis superiores;

2. Aumente o sentimento de poder e autoridade para tomada de decisões;

3. Ajude as pessoas a se sentirem importantes;

4. Cuide dos sentimentos de pertencimento e da confiança pessoal;

5. Ensine e apoie a segurança autogerenciada.

Estratégias comportamentaisTipos de comportamento Estratégias de intervenção

Direcionado por outro • Institucional

Autodirecionado •Apoiativa; feedback corretivo

Autodirecionado seguro •Motivacional; incentivo/ recompensa

Manual Floresta Segura

Page 51: Manual Floresta Segura

A Fibria e seus provedores devem definir claramente, para a força de traba-lho, a sua estrutura, papéis e responsabilidades de SST.

A liderança deve demonstrar como prioriza as ações de SST frente às deman-das de qualidade, custo e produtividade.

O treinamento admissional ou de integração de funcionários próprios, tercei-ros e visitantes deve acontecer no primeiro contato com a Fibria.

As informações de produtos perigosos são disseminadas por meio da FISPQ e deve estar disponível no local, com evidências de atendimento das recomenda-ções do fabricante.

As unidades e provedores devem manter o controle de fornecimento, substituição e utilização de EPI. A utilização é estabelecida, dimensionada e padronizada a partir de uma análise sistemática de higiene ocupacional.

O sistema de gestão de EPI e EPC deve ser estruturado e contemplar: adequação, treinamento, controle de uso, manutenção, documentação, higienizaçao e descarte. O uso do EPC é prioritário sobre o EPI.

A Fibria identificou 10 (dez) riscos fatais em seu negócio, a saber:

a) Veículos e direçãoA escolha de um veículo deverá basear-se na avaliação de risco, levando-se em consideração as tarefas, a utilização específica, o meio ambiente e os índices de capotamento e incidência de colisão.

Os veículos deverão obedecer às seguintes características mínimas de segurança:

•Cintos de segurança para todos os passageiros;

•Buzinas, farol de neblina, ar condicionado, direção hidráulica;

•Limpadores de para-brisa em boas condições de uso;

•Proteção contra capotamento para todos os veículos que tenham

5051

Page 52: Manual Floresta Segura

tração nas 4 rodas;

•Air bag para motorista e passageiro (duplo);

•Radiocomunicação para veículos utilizados nas operações florestais.

b) Trabalho em alturaTodos os projetos para as instalações novas ou modificadas que envolvam qual-quer atividade acima do nível do piso, devem estar de acordo com os padrões de engenharia, normas técnicas e APR, prevendo as proteções necessárias (guarda corpos, corrimões, escadas, rampas de acesso etc.). Todas as informações deverão estar documentadas. Deve ser realizada ainda uma inspeção de segurança utilizando-se ferramentas estruturadas (check list).

c) Substâncias perigosasTodos os projetos para as instalações novas ou modificadas destinadas a armaze-nagem e os terminais de carga e descarga de materiais perigosos devem estar de acordo com os padrões de engenharia e normas técnicas, e somente podem ser instalados após aprovação do time de HSMT. Todas as informações deverão estar documentadas.

Deve ser realizada ainda uma análise de risco, utilizando-se ferramentas estrutu-radas, tais como HAZOP. Desenhos de projetos as-built (por exemplo, diagramas de processos e de instrumentação, fluxograma de processos, desenhos de layout, isometria) deverão ser atualizados como resultado destas revisões.

Os depósitos para líquidos inflamáveis em laboratórios, oficinas e salas devem ser construídos de acordo com as especificações de projeto. As instalações devem possuir sinalização adequada (“inflamáveis”, “proibido faísca” etc.), sistema de ventilação e drenagem segura, iluminação e interruptores a prova de explosão, aterramento dos sistemas metálicos (portas, tambores de transferências etc.), kits de emergência ambiental, lava-olhos/chuveiro e equipamentos de combate a incêndio, entre outros.

Manual Floresta Segura

Page 53: Manual Floresta Segura

d) Proteção de maquinárioOs equipamentos deverão ser projetados para eliminar a necessidade de proteção sempre que possível. Deve-se optar pela proteção somente quando outras medidas possíveis de contenção de risco não fornecerem proteção adequada para os empre-gados, em conformidade com as exigências determinadas pela avaliação de risco.

A proteção dos equipamentos deverá ser projetada e implementada em conformi-dade com a legislação, os códigos de conduta e as práticas industriais consagradas, reconhecidas e relevantes à atividade específica.

e) Movimentação de cargasEquipamentos para movimentação de cargas (ascensores, elevadores, guindastes, monta-cargas, etc.) devem oferecer resistência e segurança, estarem conservados e em perfeitas condições de trabalho.

Em todo equipamento/dispositivo de movimentação de cargas, deve haver indica-ção, em lugar visível, da carga máxima de trabalho permitida.

Nos guindastes e guinchos deve haver clara marcação da capacidade de carga nas diversas condições de trabalho ao longo da extensão do braço.

Empilhadeiras, máquinas operatrizes (pá carregadeira, Patrol, etc.) devem possuir buzina, alarme de ré, giroflex e operar com os faróis acesos.

Padronização das cabines de máquinas e equipamentos para áreas de risco:

•Resistentes a impacto, esmagamento e incêndio;

•Ar condicionado;

•Rádio de comunicação;

•Computador de bordo.

A inspeção (com utilização de check list cobrindo todos os itens de segurança – freios, travas, acessórios como cabos, cintas, etc.) é obrigatória em todos os equipamentos, máquinas, veículos ou transportadores industriais de qualquer natureza e as peças defeituosas substituídas.

Se houver risco de acidentes por problemas de manutenção, o supervisor ou TST

5253

Page 54: Manual Floresta Segura

deve ser imediatamente comunicado e a operação paralisada.

Os ganchos devem possuir travas em perfeitas condições de segurança (por exem-plo, abertura inferior a 15%, orifício sem alongamento ou abaulado).

Para equipamentos, dispositivos e kits de terceiros são aplicados os mesmos critérios de manutenção, inspeção e operação.

As áreas de movimentação devem estar sinalizadas e isoladas com definições claras de áreas de rolamentos/deslocamento de carga, passagem de pedestres, uso de dispositivos de sinalização, alerta e visualização.

Os carros manuais para transporte devem possuir protetores de mãos. O içamento de carga com peso superior a 2 (duas) toneladas é autorizado somente com o estudo de "rigging", APR e acompanhamento do TST.

É vedada a elevação de pessoas por meio de cabos de aço em cestas, gaiolas ou cadeiras suspensas.

f) Isolamento de energiaA aquisição e o projeto dos equipamentos deverão ser alvo de avaliação específica, além de estar em conformidade com as normas técnicas da Fibria.

O bloqueio deverá fornecer proteção efetiva e ser obtido através da utilização de dispositivos de travamento de segurança, ou pelo estabelecimento de uma barreira física ou cercas de isolamento. Sempre que possível, todas as cercas de isolamento ou barreiras físicas deverão ser providas de um dispositivo de trava-mento de segurança, de forma permanente ou temporária.

Os dispositivos de travamento pessoais deverão ter a seguintes características:

•Chaves únicas e exclusivas;

•Não poderá haver uma segunda chave mestra não autorizada;

•A chave deverá ser mantida sob o controle exclusivo de seu possuidor, sendo que a chave (ou as chaves) não deverá(ão) ser transferida(s) para outra pessoa com o fim da remoção do travamento de segurança.

Os pontos de bloqueio designados deverão ser claramente sinalizados para a

Manual Floresta Segura

Page 55: Manual Floresta Segura

identificação do circuito ou do sistema sobre os quais se aplica o seu respectivo controle direto. Estas etiquetas de sinalização deverão ser colocadas de acordo com um processo de pré-identificação de isolamento, através da utilização de listas de isolamento, desenhos em que os pontos estejam marcados etc. quando aplicadas de forma permanente, os pontos de bloqueio deverão ser inspecionados anteriormente ao efetivo isolamento e colocação de etiquetas.

Caixas de travamento de segurança, estações de travamento ou equipamentos equivalentes deverão ser fornecidos quando exigido.

Todos os equipamentos locados ou contratados deverão ser inspecionados para assegurar a conformidade com os requisitos de bloqueio do local e com as nor-mas técnicas da Fibria, anteriormente a sua utilização no local de trabalho.

Todos os pontos de bloqueio deverão ser sinalizados. O sistema de etiquetas de sinalização de bloqueio deverá assegurar que:

•Os pontos de bloqueio estejam efetivamente sinalizados;

5455

Page 56: Manual Floresta Segura

•O motivo para o bloqueio esteja claramente identificado;

•As etiquetas de bloqueio estejam externamente visíveis para impedir operações inadvertidas.

g) Espaço confinadoCada unidade deve indicar um responsável técnico (quando aplicável) pelo cumprimento da NR-33, antes da realização de qualquer serviço em espaço confinado.

O acesso a espaço confinado ocorre somente após a emissão por escrito de Per-missão de Entrada e Trabalho conforme anexo II da NR 33 e APR.

A avaliação da atmosfera dos espaços confinados deve ser feita pelo TST antes da entrada de trabalhadores para verificar se o seu interior é seguro.

É obrigatória a presença, durante a execução do serviço, do supervisor de entrada e do vigia.

Trabalhadores para serviços em espaço confinado devem ser autorizados pelo TST após a verificação do certificado de treinamento pelo SENAI ou instituição de ensino credenciada pela Fibria, com carga horária de 16 (dezesseis) horas.

h) Instalações elétricas e equipamentos elétricosAs unidades devem criar normas e procedimentos claramente redigidos para práticas seguras de serviços com eletricidade.

As normas e procedimentos devem estar prontamente disponíveis para funcioná-rios e contratadas, e incluem no mínimo:

•A obrigatoriedade do uniforme antichama para eletricista;

•Curso de eletricista por órgão de ensino reconhecido ou atestado de capacitação emitido pelo profissional legalmente habilitado;

•Curso da NR-10 pelo SENAI ou instituição de ensino credenciada pela Fibria;

•Ferramental adequado e com isolamento elétrico;

•Medidor de tensão e cadeado para bloqueio (quando necessário);

Manual Floresta Segura

Page 57: Manual Floresta Segura

•Inspeções de ferramentas e equipamentos elétricos;

•Análise Preliminar de Riscos para qualquer serviço com eletricidade.

i) Trabalho a quenteTodos os equipamentos deverão ser identificados (“taqueados”) e estar relaciona-dos em listas de controle definidas pelas unidades operacionais quanto a acesso e localização.

O trabalho a quente a ser realizado deve ser precedido de APR.

É obrigatória a utilização de anteparo (biombo) eficaz para a proteção dos trabalhadores circunvizinhos. O material utilizado nesta proteção não deve ser de material combustível e deve apresentar um bom isolante térmico.

As canetas do maçarico devem ser providas de válvulas antiretrocesso de gases e válvulas corta-chama na saída dos cilindros. Na ausência das mesmas, o trabalho não deve ser iniciado.

Os cilindros de gases inflamáveis devem ser mantidos a uma distância segura de substâncias inflamáveis e/ou explosivas e ambientes de alta temperatura, observando o nível de concentração de gases/vapores/particulados e temperatura ambiente, que permitam o trabalho a quente.

O transporte dos cilindros de gases inflamáveis deve ser realizado em veículo apropriado, mantido na posição vertical ou inclinado em até 45º e com os capa-cetes de proteção das válvulas.

O armazenamento dos cilindros deve ser feito em local ventilado, com circuitos elétricos à prova de explosão (sinalizados), mantidos na posição vertical, com tra-vamento contra queda e com os capacetes de proteção das válvulas rosqueados.

j) Animais peçonhentosA unidade deve possuir equipamentos específicos e padronizados para manuseio, captura e remoção de animais peçonhentos e venenosos.

Deve ser definido local para guarda temporária dos animais até a destinação adequada.

5657

Page 58: Manual Floresta Segura

Deve ser feito um mapeamento e classificação das áreas críticas para gerencia-mento dos riscos relacionados a animais peçonhentos.

Os locais de trabalho devem ser mantidos limpos, com vegetação baixa e/ou sem acúmulo de entulhos.

14. Prontidão para emergência e planejamento de contigênciaEmergência é toda situação anormal e imprevista que coloque em risco a vida, a saúde, o meio ambiente e o patrimônio da Fibria. Exige-se ação corretiva imediata para o controle e mitigação do evento indesejável.

Cada equipe deve ter 2 (dois) plantonistas “B” e 2 (dois) socorristas, treinados para acionar o atendimento à emergência.

É obrigatória a instalação de equipamentos de combate a incêndio em condições adequadas de manutenção e uso.

É obrigatória a obtenção do auto de vistoria do corpo de bombeiros para as edifica-ções de propriedade da Fibria com área construída acima de 750 m2.

As instalações elétricas deverão estar em conformidade com a NR-10, devendo ainda estar protegidas contra descarga atmosférica conforme NBR 5419.

Deverá haver uma área reservada, isolada e devidamente sinalizada, destinada ao armazenamento de produtos químicos, além de outra área para gases.

EmergênciaTIPO ATENDIMENTO PLANO DE CONTINgêNCIA

Incêncio Plantonista "B" Plantonista "A"

Vazamento de produto químico

THSMT / Especialista ambiental Contrato SUATRANS

Danos à propriedade THSMT / Gestor local Segurança patrimonial

Furto de madeira Segurança patrimonial Investigação particular

Acidentes com vítimas THSMT / Socorrista Sistema de Gestão SST

Manual Floresta Segura

Page 59: Manual Floresta Segura

Todo resíduo combustível ou inflamável (querosene, solvente, graxa, tintas) deve ser removido para o depósito de inflamáveis.

A comunicação em situações de emergência é feita via rádio ou telefone exclusivo da Brigada, ou telefone fixo nas portarias das fazendas da Fibria. Os telefones de emergência estão disponíveis nas escalas dos plantonistas, em adesivos, nas placas de identificação das fazendas e em listas e tabelas.

Em casos de acidentes com vítima, além da comunicação em situações de emer-gência, deve ser avisado imediatamente o supervisor, técnico de segurança e o coordenador de área da Fibria.

Os funcionários próprios e de provedores, vítimas de acidentes, devem ser encami-nhados para atendimento ambulatorial. A empresa deve providenciar a emissão da CAT e enviar uma cópia para a Fibria.

A investigação dos acidentes e incidentes deve seguir a metodologia da Técnica de Análise Sistêmica de Causas (TASC) e árvore de causas para identificação de causas raízes e plano de ação corretivo e preventivo.

Acidente fatal•No caso de ocorrência de acidente fatal, as atividades das frentes de serviços

devem ser imediatamente suspensas.

•Acionar o atendimento a emergências, comunicar imediatamente a Fibria, autoridade policial e DRT.

•Isolar o local do acidente.

•Preservar as características do local do acidente até a liberação pela autoridade competente e DRT, conforme legislação em vigor.

•Providenciar, com a máxima urgência, que os familiares sejam notificados do ocorrido, fornecendo o devido apoio social.

•Convocar reunião extraordinária da CIPATR.

Instituir formalmente em articulação com a Fibria uma comissão de investigação, em até 48 (quarenta e oito) horas após o acidente, para que no prazo máximo

5859

Page 60: Manual Floresta Segura

de 15 (quinze) dias sejam identificadas as causas, além da recomendação de medidas necessárias para evitar acidentes semelhantes.

Garantir à comissão autonomia suficiente para conduzir investigações sem quais-quer restrições.

Concluídos os trabalhos da comissão, caberá aos responsáveis da Fibria, em articulação com o THSMT, a divulgação dos resultados do relatório de modo a repassar a experiência adquirida.

15. Equipamentos de proteção

a) Equipamentos de Proteção IndividualA Fibria e os seus provedores têm responsabilidades e obrigações pelo forneci-mento gratuito dos EPIs aos seus funcionários, treinando-os para o uso adequado.

É de responsabilidade da Fibria e dos seus provedores, por intermédio do SESTR ou pessoa competente, instruir seus funcionários com relação à utilização correta dos EPIs exigidos na Unidade Florestal.

A seleção e especificação técnica dos EPIs deve ser definida pelo SESTR da Fibria ou de seus provedores, em função da avaliação dos riscos inerentes ao serviços contratados, garantindo a saúde dos trabalhadores relativa aos riscos profissionais e do ambiente de trabalho a que os mesmos estarão expostos.

A Fibria reserva-se ao direito de especificar alguns equipamentos básicos em função da qualidade e nível de proteção requerida.

Na operação de desgalhamento com machado é obrigatório:

•Chapéu com duas palhas trançadas;

•Tela de nylon na cor preta, acoplada ao chapéu para a proteção dos olhos;

•Camisa com manga comprida de algodão ou brim na cor clara;

•Luva de vaqueta ou de algodão com borracha na palma da mão;

•Perneira de fibra de vidro com metartaso acoplado a perneira de corvim;

•Botina com biqueira de aço;

•Machado do tipo “desgalhador” com cabo longo (aproximadamente 970 mm);

Manual Floresta Segura

Page 61: Manual Floresta Segura

•Lima adaptada a suporte de madeira;

•Garrafão térmico com capacidade para 5 (cinco) litros de água potável.

Uso e especificações dos EPI's

EPI´S ATIVIDADE USO ESPECIFICAçãO

Bota com biqueira Campo Geral obrigatórioCouroSolado de PU ou PVCBiqueira de aço (exceto eletricista)

Bota de borracha CampoUmidade e prod. químico

PVC

Óculos de segurança CampoGeralobrigatório

Adequado ao agente agressor

Capacete CampoGeralobrigatório

COR:Branco: Eng/Méd/Téc/Sup/EncVermelho: brigadistaOutra cor (única) livre escolha: demais funçõesObs: Os provedores deverão ainda personalizar os capacetes de seus funcionários

Colete ou fita refletivaCampoMáquinas em operação

Geralobrigatório

Vinil Tecido costurado no uniforme

Perneira CampoGeralobrigatório

Vinil com espumaCouro natural ou sintético

Protetor auricularCampo exposto a ruído + 80 dB (A)

Geralobrigatório

Tipo circum-auricularInserção (DE SILICONE)

Luvas CampoObrigatório em função do risco

Livre escolha (adequada ao risco)

Uniforme Completo CampoGeralobrigatório

Padrão da contratada (100% em tecido de algodão)

MáscaraExposição à poeira sílica

Obrigatório Livre escolha (adequada ao risco)

Cinto de segurançaparaquedista

Trabalho altura acima de 1,5 m

Obrigatório Nylon com duplo talabarte

Cinto segurançaabdominal

Trabalho elétrico acima de 1,5 m

Obrigatório Couro

OBSERVAçãO:Outros EPIs deverão ser especificados e colocados em uso em função dos riscos levantados na Análise de Riscos contida no PPRA.

6061

Page 62: Manual Floresta Segura

Os EPIs devem ter certificado de aprovação (CA) expedido pelo MTE, gravado de forma indelével no corpo do equipamento.

Os provedores deverão oferecer aos seus funcionários EPIs em quantidade sufi-ciente, mantendo estoque para pronta reposição.

Consultar a NR-6 para outras exigências legais.

Manual Floresta Segura

Page 63: Manual Floresta Segura

b) Equipamentos de Proteção ColetivaOs EPCs deverão ser especificados e terem a adequação de seu uso definida no PPRA, APR ou PO, em função das atividades desenvolvidas nas frentes de trabalho.

Os locais e áreas de risco deverão ser sinalizados, quando aplicável, e estar em conformidade com a legislação.

Nas extremidades das caixas de contenção (bocas de lobo), o balizamento deve ser executado com mourões com tarja amarela na ponta e arame liso para delimi-tar a área de risco.

Quedas e/ou torções com fonte de perigo do tipo “buraco” no terreno é um fator relevante nas operações da silvicultura e ocasionam acidentes graves com afasta-mento. Os provedores devem manter dispositivos de EPC do tipo “sinalizadores” (bambu) com 1 (um) metro de altura com tarja vermelha na ponta.

Crateras e buracos de grandes dimensões devem ser sinalizados por meio de pontaletes com tarja amarela na ponta. Convém localizá-lo por meio de geopro-cessamento e indicar no micro planejamento.

A Fibria e empresa provedora devem disponibilizar dispositivos de segurança para trabalho em altura. Exemplos: travaquedas retrátil e cabo-guia com ponto de ancoragem seguro.

É vedado qualquer trabalho a uma distância de 5 (cinco) metros da extremidade de barrancos sem os dispositivos de segurança (EPI e EPC). Deve ser utilizado costal de baixo volume ou costal convencional com no máximo 10 (dez) litros de defensivos agrícolas.

Deverão ser observadas as determinações contidas na NR-18 e NR-31 e ainda o controle de riscos identificados no PPRA, APR, mapas de riscos, arrastão de segurança e PO.

Veículos leves de apoio devem ser sinalizados com bandeirola nas operações de campo.

6263

Page 64: Manual Floresta Segura

16. Gestão de recursos

a) Provisão de recursosOs recursos necessários para a implementação e manutenção do SG, incluindo a melhoria de sua eficácia para aumentar satisfação dos clientes e para atender as demandas das partes interessadas, legislação e outros requisitos, são deliberados na análise crítica pela direção e ratificados no orçamento anual, incluindo o apoio da Diretoria da Fibria conforme a necessidade.

b) Recursos humanosToda a força de trabalho de provedores e seus pares, inclusive subcontratadas, até o nível de encarregado, técnicos e líder de equipes, deverá ter seu currículo apresentado à Fibria para análise, bem como submeter-se à entrevista técni-ca se julgada necessária, a qual será impeditiva para o início da atuação do profissional até que se conclua pela sua aceitação ou reprovação. Para cada um dos profissionais, deverá ser elaborado um currículo para ser apresentado aos representantes da Fibria, que procederá a análise e/ou entrevista, despachando no verso ou por e-mail a sua decisão de aceitar ou não o profissional proposto. O provedor compromete-se a comunicar por escrito a decisão de demitir todo e qualquer integrante da força de trabalho, explicitando detalhadamente todos os dados funcionais (cargo/admissão/exames médicos, entre outros) e a motivação pormenorizada do desligamento.

O provedor compromete-se a implementar uma sistemática para avaliar a expe-riência profissional declarada, por experiente avaliador da mesma ocupação do objeto da seleção e recrutamento, e verificar a origem e veracidade de registros em CTPS, certificados de cursos e outras informações. A escolaridade mínima para qualquer função será a 4ª série do nível fundamental.

O provedor obriga-se a prover tratamento digno às pessoas durante o processo de recrutamento, seleção, admissão e principalmente demissão de funcionários, ofertando em função da duração do processo as facilidades de acomodação abri-gada, sanitários devidamente condicionados, água potável e cafezinho. Duração acima de 3 (três) horas: lanche, almoço, jantar e pernoite (quando aplicável).

Manual Floresta Segura

Page 65: Manual Floresta Segura

Requisitos mínimos para os profissionais de provedores:

•gerente operacional - Com formação superior, preferencialmente engenheiro florestal, agrônomo ou similar, devendo comprovar experiência de no mínimo 5 (cinco) anos no campo de atuação. Participação em cursos de formação e/ou informação em SST cujo somatório das cargas horárias não seja inferior a 40 (quarenta) horas.

•gerente administrativo - Com formação superior devendo comprovar experiência de no mínimo 5 (cinco) anos em atividades de manejo florestal ou correlata nas áreas de silvicultura, colheita ou logística florestal. Participação em cursos de formação e/ou informação em SST cujo somatório das cargas horárias não seja inferior a 20 (vinte) horas.

•gerente de planejamento - Com formação superior, preferencialmente engenheiro florestal, agrônomo ou similar, devendo comprovar experiência de no mínimo 5 (cinco) anos no campo de atuação. Participação em cursos de formação e/ou informação em SST cujo somatório das cargas horárias não seja inferior a 20 (vinte) horas.

•Técnico de planejamento sênior - Profissional técnico de nível médio, registrado no respectivo conselho de classe, devendo comprovar experiência de 5 (cinco) anos no planejamento em atividades de manejo florestal ou correlata nas áreas de silvicultura, colheita ou logística florestal. Participação em cursos de formação e/ou informação em SST cujo somatório das cargas horárias não seja inferior a 20 (vinte) horas.

6465

Page 66: Manual Floresta Segura

•gerente de segurança do trabalho - Com formação em Engenharia plena, registrado no Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA), devendo comprovar experiência de no mínimo 5 (cinco) anos no campo de atuação. Participação em cursos de especialização e/ou formação em SST cujo somatório das cargas horárias não seja inferior a 160 (cento e sessenta) horas.

•Engenheiro de segurança do trabalho - Com formação em Engenharia plena, registrado no Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA), devendo comprovar experiência de no mínimo 3 (três) anos no campo de atuação. Participação em cursos de especialização e/ou formação em SST cujo somatório das cargas horárias não seja inferior a 80 (oitenta) horas.

•Supervisor de campo - Profissional técnico de nível médio (preferencialmente), registrado no respectivo conselho de classe, devendo comprovar experiência de no mínimo 5 (cinco) anos na área operacional. Participação em cursos de formação e/ou informação em SST cujo somatório das cargas horárias não seja inferior a 40 (quarenta) horas.

Manual Floresta Segura

Page 67: Manual Floresta Segura

•Técnico de segurança do trabalho - Profissional técnico de nível médio, registrado no respectivo conselho de classe, devendo comprovar experiência de no mínimo 3 (três) anos na área operacional. Participação em cursos de especialização e/ou formação em SST cujo somatório das cargas horárias não seja inferior a 40 (quarenta) horas.

•Técnico de enfermagem - Profissional técnico de nível médio, registrado no respectivo conselho de classe, devendo comprovar experiência de no mínimo 3 (três) anos na área operacional. Participação em cursos de especialização e/ou formação em SST cujo somatório das cargas horárias não seja inferior a 40 (quarenta) horas.

Competência, conscientização e treinamento

Os profissionais próprios e de provedores devem receber no mínimo 8 (oito) horas por mês de orientação de SST, incluindo: DDS, treinamentos legais, SIPATR, arrastão de segurança, campanhas educativas, palestras, acompanhamento profissional e outros.

17. Infraestrutura A infraestrura deve atender aos requisitos legais de SST. Nenhum serviço deve ser iniciado sem as condições de segurança exigidas pela operação. Em casos de dúvidas, o técnico de segurança da Fibria deve ser comunicado, e juntamente com o supervi-sor de campo, farão um levantamento da frente de trabalho e emitirão um relatório com o parecer da Empresa. Se o parecer for desfavorável, a frente de trabalho será paralisada e só reiniciará com autorização do TST da Fibria após as correções das anomalias.

18. Ambiente de trabalho O ambiente de trabalho deve atender as condições de vivência, que incluem: neces-sidades básicas para alimentação, higiene pessoal, bem-estar, primeiros socorros, descanso, água, comunicação, apoio logístico (veículos de apoio) e operacional.

6667

Page 68: Manual Floresta Segura

19. Gerenciamento de mudanças tecnológicas Alterações tecnológicas que possam ocorrer e que venham a representar risco à saúde, segurança ou meio ambiente em atividades, serviços ou produtos, devem ser gerenciadas para a eliminação ou neutralização da fonte de perigo.

Manual Floresta Segura

Page 69: Manual Floresta Segura

As mudanças tecnológicas podem ser agrupadas em:

•Equipamentos e instalações;

•Ambientes de trabalho (layout e condições ambientais);

•Material (composição, propriedades, embalagem e invólucro);

•Procedimento (operação, manuseio, transporte, manutenção e automação).

Toda mudança tecnológica deverá atender ao disposto em regulamentos legais e/ou normas técnicas vigentes e devem ter participação de especialista, TST e comitê de ergonomia para avaliação e laudo técnico.

É recomendado que se faça um plano de ação estruturado para o gerenciamento de mudanças tecnológicas.

O responsável pela área deve elaborar um procedimento específico e treinar os usuários antes da implementação da mudança tecnológica.

É obrigatório o detalhamento das atividades, lição ponto a ponto, com a identifi-cação e classificação dos riscos de operação e manutenção. As ações de controle e gerenciamento das mudanças tecnológicas devem ser identificadas por meio da planilha de perigos e riscos ou da APR.

A análise e aprovação das mudanças tecnológicas competem aos especialistas de cada área da Fibria. Registros das mudanças tecnológicas devem ser encaminhados para análise gerencial e eventual comprovação futura.

Nenhuma mudança tecnológica poderá ser iniciada sem que tenham sido tomadas as providências para a mitigação dos riscos identificados, incluindo cenários de emergência.

Durante a mudança tecnológica, todas as funções envolvidas devem ser comunicadas.

O gerenciamento de mudanças tecnológicas deve ser acompanhado por meio de verificação do atendimento legal, inspeções e auditorias.

6869

Page 70: Manual Floresta Segura

20. Procedimentos e padrões de desempenho Padrões de trabalho são regras de funcionamento das práticas de gestão de SST, podendo estar na forma de diretrizes organizacionais, políticas, procedimentos, rotinas de trabalho, normas técnicas, fluxogramas, leis, quantificação dos níveis que se pretende atingir ou qualquer meio que permita orientar a execução da prática.

É de fundamental importância que os padrões de trabalho sejam disseminados em todas as turmas da área operacional da Fibria e de provedores.

A disciplina da força de trabalho deve garantir o uso continuado dos padrões, sem lacunas ou variações.

As lideranças da Fibria e de provedores devem incentivar o uso de práticas proativas e inovadoras como forma de se atingir padrões de excelência em SST.

Os resultados devem ser relevantes para a determinação do desempenho do time, área ou provedor, com tendências favoráveis para todos os padrões de desempenho de SST.

Os principais padrões de desempenho de SST são:

a) Índice de Desempenho de Segurança (IDS)Fórmula: IDS = 20TF + 20TG + 30TI + 30CS

TF = N*1.000.000 / HHER, onde:

N = Número de acidentes com e sem afastamento;

HHER = Horas Homem de Exposição ao Risco.

TG = D*1.000.000 / HHER, onde:

D = Dias perdidos + dias debitados

TI = AI*100 / AS, onde:

AI = Ações implementadas

AS = Ações de Segurança (auditorias, Pocket e inspeções)

Manual Floresta Segura

Page 71: Manual Floresta Segura

CS = Comportamento seguro – NR*100 / NP, onde:

NR = Número de observações reais

NP = Número de observações planejadas

O IDS traduz resultados de desempenho de segurança da unidade, das áreas e de provedores.

Frequência de medição: mensal, acumulado do ano e dos últimos doze meses.

b) Taxa de Frequência de Acidentes com Afastamento (TFACA)TFACA = NCA*1.000.000 / HHER, onde:

NCA = Número de acidentes com afastamento

Inclui acidentes nível 4, 5 e 6.

Frequência de medição: mensal, acumulado do ano e dos últimos doze meses.

7071

Page 72: Manual Floresta Segura

c) Taxa de Gravidade (TG)TG = (DP + DD + DT)*1.000.000 / HHER, onde:

DP = Dias perdidos

DD = Dias debitados

DT = Dias transportados

d) Índice de Desempenho de Saúde (IDSu)IDSu = 30FRC + 30AF + 40IMC - FDOc (%), onde:

FRC = Relação colesterol total / HDL colesterol

AF = Número em % de pessoas que praticam atividade física regular / população total envolvida

FDOc (%) = Número absoluto de doenças ocupacionais registradas no período de 1 (um) ano

21. Monitoramento e medição Cada unidade e provedor devem manter PPRA e PCMSO documentados para avalia-ção e controle dos riscos ambientais, de acordo com as normas regulamentadoras NR-9 e NR-7.

Nível de ação: considera-se o nível de ação o valor acima do qual devem ser ini-ciadas ações preventivas de forma a minimizar a probabilidade de que as exposi-ções a agentes ambientais ultrapassem os limites legais. As ações devem incluir o monitoramento periódico da exposição, informações aos trabalhadores e o controle médico.

Deverão ser objeto de controle sistemático as situações que apresentem exposição ocupacional acima dos níveis de ação, conforme indicado nas alíneas que seguem:

•para agentes químicos, a metade dos limites de exposição ocupacional considerados de acordo com a alínea “c” do subitem 9.3.5.1 da NR 9;

Manual Floresta Segura

Page 73: Manual Floresta Segura

•para o ruído, a dose de 0,5 (dose superior a 50%), conforme critério estabelecido na NR-15, Anexo nº 1; item 6.

a) Monitoramento de riscosPara o monitoramento da exposição dos trabalhadores e das medidas de controle, deve ser realizada uma avaliação sistemática e respectiva da exposição a um dado risco, visando a introdução ou modificação das medidas de controle sempre que necessário.

Para riscos de poeiras, materiais particulados e/ou produtos agrotóxicos, é necessária a especificação correta das máscaras de proteção, teste de vedação e o programa de proteção respiratória (PPR) aprovado por EST ou médico do trabalho.

Para riscos de ruído que ultrapassem os limites legais, é necessária a especificação do protetor auditivo e o programa de conservação auditiva aprovado por fonoaudió-logo e médico do trabalho. O programa deve estabelecer a periodicidade do exame clínico para cada grupo homogêneo de trabalhadores com exposição ao risco.

b) Registro de dadosDeverá ser mantido pela Fibria ou provedor um registro de dados, estruturado de forma a constituir um histórico técnico e administrativo do desenvolvimento do LTCAT, PPRA, PCMSO, PPR, PCA e outros requisitos legais.

Os dados deverão ser mantidos por um período de 20 (vinte) anos.

O registro de dados que comprova o atendimento dos requisitos do MFS deverá ser mantido durante a vigência do contrato entre a Fibria e o provedor.

O registro de dados deverá estar sempre disponível aos trabalhadores interessados ou seus representantes e para as autoridades competentes.

c) Avaliação dos Programas de Gestão de SST - PGSSTOs Programas de Gestão de SST serão avaliados e atualizados periodicamente, e revisados sempre que ocorrerem modificações nos processos operacionais ou nos

7273

Page 74: Manual Floresta Segura

equipamentos, ampliações ou reformas nas instalações.

Avaliações dos PGSST: PPRA, PCMSO, PPR e PCA (anual) e LTCAT (a cada dois anos)

22. Auditoria de SST A Fibria realiza auditoria cruzada do MFS em cada uma das unidades florestais, no mínimo uma vez a cada 2 (dois) anos.

A equipe de auditoria é composta por auditor qualificado pela Fibria, EST ou TST e médico do trabalho ou técnico de enfermagem.

O processo de verificação da conformidade do Manual Floresta Segura é conduzido de forma independente e com uso de check list para determinar o índice de aderên-cia das práticas de gestão de SST e criar o benchmarking interno.

A amostra da auditoria deve contemplar, no mínimo, um provedor de silvicultura, colheita, manutenção, estrada e logística. Devem ser registradas no relatório de auditoria as boas práticas de cada time, área e de provedores.

O plano de auditorias é detalhado e ajustado pelo auditor qualificado pela Fibria (líder), com antecedência de pelo menos uma semana.

A auditoria do Manual Floresta Segura também pode ser realizada por auditor externo contratado pela Fibria, com Curso de Auditor OHSAS 18001 e experiência de no mínimo 3 (três) anos em auditoria.

Recomenda-se o envio do relatório de auditoria pelo auditor líder aos responsáveis das áreas operacionais e THSMT, no prazo de uma semana após o término.

Os responsáveis da área operacional e THSMT devem elaborar planos de ação no GOL para o tratamento das anomalias.

O THSMT deve garantir a disseminação das boas práticas nas unidades florestais e consolidar o resultado do benchmarking interno.

Manual Floresta Segura

Page 75: Manual Floresta Segura

Metas de Desempenho de provedoresOs provedores devem realizar uma autoavaliação anual do atendimento aos requisitos do MFS, atingindo pontuação mínima de 60% em 2009, 70% em 2010 e 80% em 2011.

Os resultados da autoavaliação dos provedores serão comprovados pelos audito-res da Fibria.

Os provedores com pontuação entre 60 e 80% devem estruturar um plano de ação e encaminhar para o TST da Fibria.

A partir de 2011, os provedores que não atingirem pontuação mínima de 60% serão desqualificados para a prestação de serviços na Fibria.

7475

Page 76: Manual Floresta Segura