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2 Coleção EM1Coleção EM1

C689 Coleção Ensino Médio 1ª série: - Belo Horizonte: Bernoulli Sistema de Ensino, 2018. 118 p.: il.

Ensino para ingresso ao Nível Superior. Bernoulli Grupo Educacional.

1. História I - Título II - Bernoulli Sistema de Ensino III - V. 2

CDU - 37CDD - 370

Centro de Distribuição:

Rua José Maria de Lacerda, 1 900 Cidade Industrial Galpão 01 - Armazém 05 Contagem - MGCEP: 32.210-120

Endereço para correspondência:

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Fotografias, gráficos, mapas e outros tipos de ilustrações presentes em exercícios de vestibulares e Enem podem ter sido adaptados por questões estéticas ou para melhor visualização.

Coleção Ensino Médio 1ª série – Volume 2 é uma publicação da Editora DRP Ltda. Todos os direitos reservados. Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

SAC: [email protected] 31.99301.1441 - Dúvidas e sugestões a respeito das soluções didáticas.

ConSElho DirEtorDiretor Administrativo-Financeiro: Rodrigo Fernandes DomingosDiretor de Ensino: Rommel Fernandes DomingosDiretor Pedagógico: Paulo RibeiroDiretor Pedagógico Executivo: Marcos Raggazzi

DirEçãoDiretor Executivo: Tiago Bossi

AutoriAhistória: Edriano Abreu, Regiani Mouton

ProDuçãoGerente de Produção: Luciene FernandesAnalista de Processos Editoriais: Letícia OliveiraAssistente de Produção Editorial: Thais Melgaço

núcleo PedagógicoGestores Pedagógicos: Amanda Zanetti, Vicente Omar TorresCoordenadora Geral de Produção: Juliana RibasCoordenadoras de Produção Pedagógica: Drielen dos Santos, Isabela Lélis, Lílian Sabino, Marilene Fernanda Guerra, Thaísa Lagoeiro, Vanessa Santos, Wanelza TeixeiraAnalistas Pedagógicos: Amanda Birindiba, Átila Camargos, Bruno Amorim, Bruno Constâncio, Daniel Menezes, Daniel Pragana, Daniel Pretti, Dário Mendes, Deborah Carvalho, Joyce Martins, Juliana Fonseca, Júnia Teles, Luana Vieira, Lucas Maranhão, Mariana Campos, Mariana Cruz, Marina Rodrigues, Paulo Caminha, Paulo Vaz, Raquel Raad, Sabrina Carmo, Stênio Vinícios de Medeiros, Taciana Macêdo, Tatiana Bacelar, Thalassa Kalil, Thamires Rodrigues, Vladimir AvelarAssistente técnica em Estatística: Numiá GomesAssistentes de Produção Editorial: Carolina Silva, Suzelainne de Souza

Produção EditorialGestora de Produção Editorial: Thalita NigriCoordenadores de núcleo: Étore Moreira, Gabriela Garzon, Isabela DutraCoordenadora de iconografia: Viviane FonsecaPesquisadores iconográficos: Camila Gonçalves, Débora Nigri, Eloine Reis, Fabíola Paiva, Guilherme Rodrigues, Núbia Santiagorevisores: Ana Maria Oliveira, Gabrielle Ruas, Lucas Santiago, Luciana Lopes, Natália Lima, Tathiana OliveiraArte-Finalistas: Cleber Monteiro, Gabriel Alves, Kátia SilvaDiagramadores: Camila Meireles, Isabela Diniz, Kênia Sandy Ferreira, Lorrane Amorim, Naianne Rabelo, Webster Pereirailustradores: Reinaldo Rocha, Rodrigo Almeida, Rubens Lima

Produção GráficaGestor de Produção Gráfica: Wellington SeabraCoordenador de Produção Gráfica: Marcelo CorreaAnalista de Produção Gráfica: Patrícia ÁureaAnalistas de Editoração: Gleiton Bastos, Karla Cunha, Pablo Assunção, Taiana Amorimrevisora de Produção Gráfica: Lorena Coelho

Coordenador do PSM: Wilson BittencourtAnalistas de Processos Editoriais: Augusto Figueiredo, Izabela Lopes, Lucas Roquerevisoras: Bruna Emanuele Fernandes, Danielle Cardoso, Luísa GuerraArte-Finalista: Larissa AssisDiagramadores: Anna Carolina Moreira, Maycon Portugal, Rafael Guisoli, Raquel Lopes, Wallace Weberilustrador: Hector Ivo Oliveira

rElACionAMEnto E MErCADoGerente Geral de relacionamento e Mercado: Renata Gazzinelli

SuPortE PEDAGóGiCoGerente de Suporte Pedagógico: Heloísa BaldoAssessoras Pedagógicas Estratégicas: Madresilva Magalhães, Priscila BoyGestores de Conteúdo: Luciano Carielo, Marinette FreitasConsultores Pedagógicos: Adriene Domingues, Camila Ramos, Claudete Marcellino, Daniella Lopes, Denise Almeida, Eugênia Alves, Francisco Foureaux, Leonardo Ferreira, Lucilene Antunes, Paulo Rogedo, Soraya Oliveira

Analista de Conteúdo Pedagógico: Paula VilelaAnalista de Suporte Pedagógico: Caio PontesAnalista técnico-Pedagógica: Graziene de AraújoAssistente técnico-Pedagógica: Werlayne BastosAssistentes técnico-Administrativas: Aline Freitas, Lívia Espírito Santo

CoMErCiAlCoordenador Comercial: Rafael CurySupervisora Administrativo-Comercial: Mariana GonçalvesConsultores Comerciais: Adalberto de Oliveira, Carlos Eduardo Oliveira, Cláudia Amoedo, Eduardo Medeiros, Guilherme Ferreira, Ricardo Ricato, Robson Correia, Rossano Rodrigues, Simone CostaAnalistas Comerciais: Alan Charles Gonçalves, Cecília Paranhos, Rafaela RibeiroAssistentes Comerciais: Laura Caroline Tomé, Melissa Turci

ADMiniStrAtivoGerente Administrativo: Vítor LealCoordenadora técnico-Administrativa: Thamirys Alcântara Coordenadora de Projetos: Juliene SouzaAnalistas técnico-Administrativas: Ana Clara Pereira, Bárbara Câmara, Lorena KnuppAssistentes técnico-Administrativos: Danielle Nunes, David Duarte, Fernanda de Souza, Mariana Girardi, Priscila Cabral, Raphaella HamziAuxiliares de Escritório: Jéssica Figueiredo, Sandra Maria MoreiraEncarregado de Serviços Gerais e Manutenção: Rogério Brito

oPErAçõESGerente de operações: Bárbara AndradeCoordenadora de operações: Karine ArcanjoSupervisora de Atendimento: Adriana MartinsAnalista de Controle e Planejamento: Vinícius AmaralAnalistas de operações: Ludymilla Barroso, Luiza RibeiroAssistentes de relacionamento: Amanda Aurélio, Amanda Ragonezi, Ana da Silva, Ana Maciel, Ariane Simim, Débora Teresani, Elizabeth Lima, Eysla Marques, Flora Freitas, Iara Ferreira, Renata Gualberto, Renata Magalhães, Viviane RosaCoordenadora de Expedição: Janaína CostaSupervisor de Expedição: Bruno Oliveiralíder de Expedição: Ângelo Everton PereiraAnalista de Expedição: Luís XavierAnalista de Estoque: Felipe LagesAssistentes de Expedição: Eliseu Silveira, Helen Leon, João Ricardo dos Santos, Pedro Henrique Braga, Sandro Luiz QueirogaAuxiliares de Expedição: Admilson Ferreira, Marcos Dionísio, Ricardo Pereira, Samuel Pena

tECnoloGiA EDuCACionAlGerente de tecnologia Educacional: Alex RosaCoordenadora Pedagógica de tecnologia Educacional: Luiza WinterCoordenador de tecnologia Educacional: Eric LongoCoordenadora de Atendimento de tecnologia Educacional: Rebeca MayrinkAnalista de Suporte de tecnologia Educacional: Alexandre PaivaAnalista de tecnologia Educacional: Vanessa VianaAssistentes de tecnologia Educacional: Augusto Alvarenga, Naiara Monteiro, Sarah CostaDesigner de interação: Marcelo CostaDesigners instrucionais: Alisson Guedes, David Luiz Prado, Diego Dias, Fernando Paim, Mariana Oliveira, Marianna DrumondDesigner de vídeo: Thais MeloEditora Audiovisual: Marina Ansalonirevisor: Josélio VerteloDiagramadores: Izabela Brant, Raony Abade

MArkEtinGGerente de Marketing: Maria Cristina BelloCoordenadora de Marketing: Jaqueline Camargos

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Planejamento do volume*Disciplina: HISTÓRIA

sÉRiE: 1ª

sEGMEnTO: EM

vOluME: 2

FRENTE CAPÍTULO TÍTULO SUGESTÕES DE ESTRATÉGIAS

A

4 •Absolutismo e mercantilismo •Aula expositiva•Aplicação de exercícios•Resolução de exercícios•Aula prática•Debate•Aula Multimídia•Discussão em grupos•Filmes

5 •Renascimento

6 •Reforma e Contrarreforma

B3 • Implantação do sistema colonial no Brasil

4 •Povos africanos

* Conteúdo programático sujeito a alteração.

Orientações e sugestõesCapítulo A4: Absolutismo e mercantilismo

Na passagem da Idade Média para a Idade Moderna, constituiu-se aquilo que vários historiadores chamam de Modernidade. Trata-se de uma época em que o homem passou a controlar melhor a natureza, valorizando a razão e desenvolvendo um espírito crítico e mais científico. Podemos identificar como um dos elementos fundamentais dessa mudança de mentalidade a redefinição do que se entendia, até então, por política, e a maneira como se deu a construção do Estado Moderno. Dessa forma, o objetivo fundamental desse capítulo é levar o aluno a compreender como os diferentes setores – social, econômico, religioso e político – interligaram-se, contribuindo para a formação do Estado Nacional e o fortalecimento do poder do rei. O aluno deve identificar esses fatos e estabelecer uma relação entre eles. Ao compreender como se deu o processo de hipertrofia do poder real, ele poderá identificar e conceituar o absolutismo monárquico como a expressão máxima da concentração do poder político nas mãos dos reis e a continuação da sociedade estamental, que também caracterizou o Antigo Regime.

Ao descrever a sociedade estamental do Antigo Regime, professor, dê ênfase à questão das bases sociais do Estado absolutista, analisando a posição da burguesia, que, apesar de beneficiada pela centralização, não obteve participação política, uma vez que a classe dominante continuou sendo a nobreza. Assim, o Estado absolutista deve ser entendido como uma maneira de a nobreza permanecer no poder.

A análise das concepções políticas que fundamentaram o mundo moderno tem como base as ideias dos teóricos absolutistas apresentadas no texto do capítulo. Estas devem ser discutidas e compreendidas de acordo com o contexto temporal em que foram criadas.

O capítulo estuda os modelos absolutistas francês e inglês, retomando, do ponto de vista histórico de cada um dos países, os fatos que contribuíram para a consolidação do Estado Nacional e para o fortalecimento do poder monárquico. Sob esse aspecto, o aluno deve saber explicar por que a França constituiu um exemplo típico de monarquia absolutista; identificar os monarcas cuja atuação foi fundamental para a organização do Estado francês moderno; relacionar as guerras de religião com as crises da monarquia francesa e explicar por que, sob a dinastia Bourbon, a monarquia francesa atingiu o seu apogeu. O estudo enfatiza o governo de Luís XIV, reconhecido como o símbolo do absolutismo.

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Aspecto importante que deve ser considerado no estudo sobre o estabelecimento da monarquia absolutista inglesa é a relação entre a Guerra dos Cem Anos e a Guerra das Duas Rosas e, consequentemente, a ascensão da dinastia Tudor, cujos reis agiram no sentido de fortalecer os seus poderes. Não deixe de enfatizar, professor, que, na Inglaterra, houve um maior confronto do Parlamento com os reis, os quais, em diversos momentos, agiram de forma a cercear o seu poder. A análise da situação sociopolítica da Inglaterra sob o reinado de Henrique VIII e de sua filha Elizabeth I permite ao aluno identificar os fatores que contribuíram para o fortalecimento do poder real, especialmente no que diz respeito à Reforma Anglicana e às leis de cercamento (enclosures), que contribuíram para o desenvolvimento do capitalismo inglês. Ao fim do tópico sobre o modelo absolutista inglês, utilize a videoaula para comparar o absolutismo praticado na França e na Inglaterra.

Continuando o estudo da mudança da mentalidade que ocorreu no Mundo moderno, o item 4 do capítulo trata do mercantilismo. Sua adoção pelas monarquias europeias representou a valorização daquilo que passou a significar riqueza para o homem – os metais preciosos – e a busca pela acumulação de ouro e prata passou a ser o objetivo maior a ser alcançado. A utilização dessa riqueza e as medidas adotadas para a sua obtenção modificaram as relações econômicas entre as nações, determinando comportamentos e atitudes essencialmente capitalistas.

Ao trabalhar esse conteúdo, certifique-se de que o aluno será capaz de:• explicarcomooMercantilismomodificouafinalidadedaeconomia,quepassouabuscaroaumento

do poder e da riqueza do rei, deixando de lado sua finalidade social de produzir e distribuir riqueza;• identificareexplicarasprincipaispráticasmercantilistas(ênfasenometalismo;abalançadecomércio

favorável; no protecionismo alfandegário; no Pacto Colonial);• determinarosdiferentestiposdemercantilismoesuaspeculiaridades,estabelecidasdeacordocom

a realidade econômica de cada Estado.

Capítulo A5: RenascimentoÉ comum usarmos a expressão “isso é medieval” quando queremos dizer que algum pensamento, atitude

ou objeto é muito antigo e, portanto, ultrapassado. Porém, é inegável que a cultura medieval ainda é muito forte no Ocidente. Em toda a Europa Ocidental, ainda é possível encontrar sinais da Idade Média, como os grandes vitrais coloridos das catedrais da França, as altas muralhas da Espanha, as pontes da Itália, as casas de vigas expostas da Alemanha, os silenciosos mosteiros de Portugal e os misteriosos castelos da Inglaterra. Agricultores de todo o mundo adotam o sistema de rotação de culturas usado pelos camponeses medievais, os holandeses continuam a ganhar terras ao mar, enxugando-as com os característicos moinhos de vento, diques e canais de drenagem, como se fazia na época medieval. Há também as obras dos mestres da Teologia, dos mestres da Arquitetura e da Música polifônica, das obras da pintura e da escultura, e a invenção da imprensa com tipos móveis de metal, entre tantos outros exemplos.

Esses argumentos podem ser usados para a introdução ao capítulo, que pode ser feita com a seguinte questão:• AIdadeMédiafoidefatoumafaseestériledeestagnaçãoculturaloufoiumperíodoquedeixou

heranças importantes e traços profundos na evolução cultural da Europa?O aluno deve compreender que, a partir do século XII, surgiram novas circunstâncias que modificaram a

mentalidade do povo europeu, como o Humanismo, que levou o indivíduo a ter uma nova postura diante da vida, diferente daquela que se tinha quando do Teocentrismo.

Certifique-se de que o aluno compreendeu as características do Renascimento. A análise das imagens das Três Graças apresentadas na seção “Leitura complementar” facilita a compreensão da visão de vida e de mundo na Antiguidade e na Idade Média, tornando concreto o classicismo renascentista.

No estudo desse capítulo, são também importantes duas estratégias: a organização de um quadro geral da cultura renascentista, contando ideias, personalidades e obras produzidas, e a análise do significado do Renascimento como expressão do processo de transição do feudalismo para o capitalismo, uma vez que representou a revisão dos valores medievais, a ascensão da burguesia, o crescimento econômico e o acúmulo de riquezas, e a defasagem entre as elites eruditas e as massas populares, as quais foram mantidas à margem do processo do avanço cultural. Para esse momento, sugerimos a videoaula que trata desse momento histórico. Explore com os estudantes os principais pontos evidenciados no vídeo. Nesse sentido, devem ser possibilitadas reflexões críticas sobre o papel da arte e da ciência para a sociedade. Seria muito enriquecedor que essa reflexão se fizesse também, a título de comparação, em relação à atualidade, especialmente em relação aos avanços científicos, por meio do seguinte questionamento: até que ponto os avanços científicos atingem e beneficiam as camadas populares?

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Capítulo A6: Reforma e ContrarreformaProfessor, faça a introdução do capítulo com a leitura das citações de Martinho Lutero e de João Calvino

apresentadas na página de abertura. Proponha uma reflexão com base nas seguintes premissas:

• Todasassociedades,dasmaisprimitivasàsmaissofisticadas,buscamencontrarrespostasparaaorigem e para o destino do homem;

• NodecorrerdaHistória,temosverificadoqueasreligiõessãoutilizadas,muitasvezes,paraoprimiro homem e para justificar o jugo político e econômico.

Se quiser, proponha outras premissas. Conclua a reflexão pontuando que, no século XVI, a hegemonia da Igreja Católica no Ocidente foi rompida em decorrência do surgimento de novas propostas de pensar e compreender a religião.

A questão básica no estudo desse capítulo é a relação entre religião e sociedade, que pode ser desdobrada nos seguintes aspectos: a religião como organizadora das relações entre os homens (indivíduos e / ou classes sociais); a relação entre religião e política; a relação entre religião e economia.

É importante que o aluno compreenda a situação da Igreja Católica no início da Idade Moderna e os motivos que provocaram o início da reação que resultou no movimento reformista. O texto dá ênfase à Reforma Luterana e à Reforma Calvinista, além de analisar o Anglicanismo e seus motivadores políticos. Assista junto com os alunos à videoaula sobre a crise do catolicismo e a ascensão do protestantismo. Aborde as principais razões que proporcionaram essa diferenciação religiosa.

Verifique se o aluno compreendeu a ideia da doutrina da justificação pela fé de Lutero e a da predestinação pregada por Calvino. Faça o paralelo com a doutrina católica, que prega a fé com boas obras.

Enfatize a reação da Igreja Católica com o movimento da Contrarreforma e seus principais aspectos.

Os procedimentos adequados para o estudo do capítulo serão aqueles que estimularem a crítica e o questionamento das colocações feitas, procurando desvendar o posicionamento diante da questão religiosa que elas refletem, explícita ou implicitamente.

Capítulo B3: Implantação do sistema colonial no Brasil Nesse capítulo, analisamos os primeiros anos da colonização portuguesa. Inicie o estudo lembrando a

presença dos povos indígenas do Brasil, destacando a importância do contato cultural entre europeus e índios, além de analisar o processo de domínio exercido pelos portugueses sobre as comunidades nativas. Apresente as principais características dos grupos indígenas, estimulando o aluno a refletir a respeito dos traços culturais dos primeiros habitantes de nosso país. Cabe, como experiência de fixação, buscar apresentar os hábitos indígenas e traços linguísticos que ainda permanecem na maior parte do Brasil, ressaltando a influência cultural dos povos nativos na contemporaneidade. Busque também refletir a respeito das condições dos indígenas nos dias de hoje, tanto no âmbito da legislação, quanto nas reservas garantidas aos índios pelo governo brasileiro. Após essa fase, descreva os primeiros contatos entre portugueses e indígenas, destacando o processo de exploração do pau-brasil. Seria estimulante lembrar a funcionalidade da madeira para os europeus no passado e nos dias de hoje. O texto da seção Cotidiano, na página 63, pode contribuir com esse objetivo. Na fase final do capítulo, deverá ser trabalhada a estrutura administrativa do Brasil colonial, enfatizando o sistema de capitanias hereditárias, a presença da Coroa portuguesa por meio do Governo- -Geral e o funcionamento das câmaras municipais. A videoaula sobre a atuação da Coroa portuguesa em sua colônia aborda pontos referentes à implantação das capitanias hereditárias e do Governo-Geral. Discuta-os com os alunos. Ressalte que o modelo de capitanias não pode ser confundido com a ideia de propriedade fundiária, sendo, na realidade, uma unidade administrativa, lembrando que a origem de nossos latifúndios estaria, portanto, vinculada ao sistema de sesmarias. Finalmente, professor, você pode discutir, por meio do texto“O diabo e a Terra de Santa Cruz”, na página 64, a origem do termo “Brasil”, estimulando os alunos a opinar a respeito do tema antes da leitura.

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Capítulo B4: Povos africanosNesse capítulo, será analisada a África e sua importância nas relações com o Brasil, principalmente

no Período Colonial. Na fase inicial, devem ser realizadas duas abordagens: lembre o vínculo do Brasil Colonial com a África em virtude do tráfico de escravos e apresente as principais características da África contemporânea. O texto da seção Para refletir, na página 75, representa um bom estímulo para o aluno na discussão da África atual e sua relação com o passado. Em seguida, destaque os reinos africanos. Professor, você poderá utilizar a técnica de divisão da sala em grupos que deverão apresentar cada um dos três reinos em painéis, mas ressaltamos que você deve acompanhar a execução da apresentação e completar as lacunas existentes na abordagem dos grupos. Após essa fase, deverão ser trabalhadas as características das relações escravistas existentes no Brasil colonial e imperial. É de grande importância ressaltar as regiões africanas de onde partiam os escravos, a opressão do sistema, as formas de resistência e as variações de modalidade do trabalho escravo. A videoaula sobre a introdução da mão de obra africana no Brasil pode ser um ponto de partida para tratar de temas como o tratamento dado aos negros e a evolução das condições de trabalho no país. Aprofunde as discussões em sala de aula. Solicite como atividade extra-classe para discussão na aula seguinte uma pesquisa em torno da existência de formas atuais de escravidão dentro e fora do Brasil, além da maneira como os mais variados governos abordam a escravidão contemporânea. Para encerrar o capítulo, você pode trabalhar o texto do box da página 82, que contém uma análise da alforria, tema estimulante para os alunos e responsável por propiciar interessantes debates em sala.

Comentário e resolução de questõesCAPÍTULO – A4Absolutismo e mercantilismo

Exercícios de aprendizagem

Questão 01Comentário: Na economia, o renascimento do comércio, das moedas e das cidades, ocorrido na Baixa Idade Média, trouxe a necessidade de a burguesia não italiana quebrar o monopólio italiano no Mediterrâneo, o que resultou no expansionismo marítimo e na adoção do mercantilismo, além da acumulação de riquezas pelas monarquias da primeira fase da Idade Moderna. Na política, o temor dos senhores feudais diante das revoltas camponesas os levou a formarem uma aliança com o rei, resultando na centralização do poder e na formação dos

Estados absolutistas nos primeiros séculos da Idade Moderna.

Questão 02Comentário: À medida que os monarcas aumentavam seus poderes, a participação de outros setores sociais na administração e na política diminuía, até que os parlamentos chegaram a desaparecer quase totalmente. Nesse contexto, as leis se tornaram atribui ção exclusiva dos soberanos e de seus ministros dentro dos limites impostos pelos costumes e tradições de cada cultura. Os reis absolutistas centralizaram em si todos os poderes do Estado Nacional, nomeando governadores regionais e juízes, além de terem retirado, à custa de muitas lutas e alianças, o poder da antiga aris tocracia feudal.

Questão 03Comentário: Além de decretar e fazer cumprir as leis, os reis absolutistas estipulavam os impostos, mantinham um exército permanente e nomeavam funcionários que zelavam pela administração pública em seu nome.

Questão 04Comentário: Os reis absolutistas não tinham poderes ilimitados e não eram déspotas que faziam as leis de acordo com seus caprichos momentâneos. Os amplos poderes dos reis absolutistas eram limitados pelos costumes e pelas tradições seculares de sua cultura, que delimitavam a legitimidade de suas ações. Nas sociedades do Antigo Regime, os privilé gios consolidados pelo costume não podiam ser facilmente retirados pelo monarca, pois tal ação poderia desencadear revoltas tanto do povo quanto da nobreza. Assim, os reis absolutistas tinham certos limites ao seu poder. No entanto, muitos deles souberam “jogar” politicamente com os cercea mentos tradicionais e ampliar consideravelmente seu poder. Além disso, os reis absolutistas deviam obediência à lei moral e à lei natural ordenada por Deus conforme a doutrina da Igreja Católica.

Questão 05Comentário: Segundo Hobbes, no início, todos os homens viviam no estado natural, sem estarem sujeitos a qualquer lei que não fosse o brutal interesse próprio. Assim, em seu estado natural, “o homem é o lobo do homem”, ou seja, vivia-se em uma condição de total sofrimento em que todos faziam guerra a todos e o forte dominava o fraco.

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Questão 06Comentário: Segundo Hobbes, visando obter a paz e a segurança, os homens se uniram e formaram a sociedade civil, na qual os indivíduos cederam seus direitos a um soberano que deveria protegê-los contra a violência. A sociedade civil não é o resultado do contrato entre o soberano e seus súditos, mas entre indivíduos que decidem dar a si próprios um soberano.

Questão 07Comentário: Refere-se à teoria do direito divino dos reis. Acreditava-se, na época, que os reis eram escolhidos por Deus como seus representantes na terra. Por isso, encontravam-se mais próximos de Deus, assim como as pessoas que frequentavam a Corte Real. A autoridade do governante vem de Deus e aos súditos cabe a obediência passiva. O povo não pode se rebelar contra o soberano, pois isso significa revoltar-se contra Deus. Por outro lado, se o rei recebeu o poder de Deus, ele não está preso a nenhuma lei feita pelos homens. Deve obediência somente à lei moral e à lei natural ordenada por Deus.

Questão 08Comentário:

A) Podem-se citar:

• concentraçãodostrêspoderes:Legislativo,ExecutivoeJudiciário nas mãos do rei (hipertrofia do poder real);

• ausênciadeparticipaçãopolíticadopovo;

• existênciadasociedadeestamentalcaracterizadapelavigência de um regime de privilégios;

• ausênciadeliberdadedepensamentoeexpressão.

B) Afiguraapresentadanaquestãoencontra-senapáginadeabertura do livro de Thomas Hobbes, O Leviatã, e sintetiza a concepção hobbesiana de Estado. A imagem do rei simboliza a ideia de que uma multidão constitui uma só pessoa desde que ocorra o consentimento individual de todos aqueles que a compõem (contrato). Por isso, o Leviatã tem a aparência de um gigante cujo corpo é formado por todos aqueles que nele delegaram o cuidado de defendê-los. A interpretação que se faz da imagem é a de que o Estado é gigantesco, porémconservaumafigurahumanarelativamentecordial,que é o conjunto dos interesses particulares e deve defender o cidadão. Além disso, o Estado é simultaneamente “eclesiásticoecivil”,por issoafiguradorei traznamãodireita o gládio (a espada de dois gumes, símbolo de poder eforça)enaesquerdaumacruzepiscopal.Assim,ficamgarantidos o poder e a unidade do Estado. Não há lugar para corpos intermediários, para partidos ou facções.

Questão 09Comentário:

A) Ao dizer tais palavras, Luís XIV fazia referência à grande concentração de poderes que realizou em torno de si. Com a morte de Mazzarino em 1661, Luís XIV passou a exercer pessoalmente o governo, não admitindo qualquer contestação à sua autoridade. Ele concentrou todo o poder em suas mãos, acumu lando as funções de rei e de ministro e cuidando pessoalmente de todos os negócios do Estado. Por isso, os governadores das províncias se encarregavam de executar as ordens que saíam do Palácio de Versalhes.

Levou ao extremo o absolutismo de direito divino e a ideia de completa identificação entre o soberano e o Estado,sendo considerado o maior de todos os reis absolutistas.

B) Segundo o pensamento de Bossuet, o poder do rei lhe foi conferido por Deus (teoria do direito divino dos reis), portanto,ircontraoreisignificavaircontraDeus.Assim,o monarca, que é o representante de Deus na Terra, deve ser reverenciado e respeitado como um semideus.

Questão 10Comentário: A) Conjunto de práticas que permitiram ao Estado controlar

todasasatividadeseconômicas,afimdeobtergrandesquantidades de ouro e prata para a nação.

B) Pode-se escolher duas das seguintes práticas mercantilistas para explicar:

Intervenção do Estado na economia: O governo régio passou a exercer o controle do comércio, da produção, dos preços, da entrada e saída de metais da nação.

Obtenção de uma balança comercial favorável: O Estado procurava exportar mais mercadorias de valor e importar menos (apenas o que fosse necessário), recebendo o saldo em ouro e prata.

Adoção de uma política alfandegária protecionista: O Estado restringia as importações por meio da imposição de pesadas taxas aos produtos estrangeiros, ou até proibindo que certos artigos fossem importados.

Obtenção de colônias: Controladas e monopolizadas pelas metrópoles, exploradas de acordo com o Pacto Colonial, as colônias transformavam-se em mercados consumidores para as exportações das manufaturas metropolitanas e fontes de abastecimento de matérias-primas e metais preciosos.

C) Metalismo ou Bullionismo: Adotado por Portugal e Espanha, consistia, basicamente, em acumular ouro e prata provenientes de suas colônias na América.

Comercialismo: Adotado pela Inglaterra e, em menor escala, pela Holanda. Possuindo poderosas marinhas mercantes, os dois países adotaram o comercialismo como uma maneira de atingir a balança comercial favo rável, exercendo a atividade internamente na Europa e entre as colônias e as metrópoles, obtendo lucros com os fretes cobrados.

Industrialismo ou Colbertismo: Por meio de uma severa inter venção estatal, a França concentrou-se no estímulo às manufaturas, especialmente das “manufaturas de luxo”(tecidosfinos,sedas,porcelanas,vinhos,perfumes,pratarias) para exportar. Como estratégia, foi adotada uma política protecionista para estimular a produção manufatureira para exportação. Foram abolidos os impostos aduaneiros internos, a vinda de mão de obra especializada foi incentivada, os impostos de importação foram elevados com o objetivo de afastar a concorrência, além de se estabelecer um severo controle da qualidade e do preço da produção.

Cameralismo: Desenvolveu-se na Alemanha, adquirindo forma peculiar. Como, nessa época, a Alemanha não constituía ainda um Estado Nacional, a preocupação fundamental dos cameralistas eramais política. O objetivo concentrava-se na necessidade de unir economicamente a nação para melhor aproveitar suas riquezas e, dessa forma, obter o desejado engrandecimento nacional.

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Exercícios propostos

Questão 01 – Letra BComentário: O desenvolvimento dos Estados Modernos foi caracterizado, diferente do que afirma a alternativa incorreta, letra B, pela crescente centralização dos poderes dos monarcas. Esse processo de centralização dos Estados Nacionais atingiu seu ápice com a consolidação do poder absolutista dos reis. As demais alternativas apontam características corretas da Idade Moderna, como o antropocentrismo no contexto do Renascimento; a divisão da Cristandade Ocidental com o advento da Reforma Protestante; a teoria do direito divino dos reis, que justificava a prática absolutista; e os avanços tecnológicos, como a bússola e o astrolábio, que impulsionaram a Expansão Marítima.

Questão 02 – Letra CComentário: O absolutismo foi um regime político vigente na Idade Moderna caracterizado pela concentração de poderes nas mãos dos reis, que centralizaram em si os poderes do Estado Nacional, reduzindo ou suprimindo as atribuições dos Parlamentos e nomeando governadores regionais e juízes. Desse modo, é comum alguns estudiosos considerarem esse tipo de poder do Antigo Regime como autoritário, conforme destaca a alternativa C.

Questão 03 – Letra BComentário: Durante o processo de formação dos Estados Nacionais, os reis, interessados em garantir o apoio da aristocracia feudal, garantiram muitos privilégios a essa classe, que, entretanto, passou a ocupar uma posição diferente daquela que ocupava durante o período medieval. De acordo com o historiador Perry Anderson, a nobreza passou a ser parasitária do Estado, ocupando altos cargos burocráticos, militares, diplomáticos e eclesiásticos, além de ser isenta do pagamento de impostos nacionais e de manter o privilégio de apropriar-se da renda da terra – conforme é destacado na alternativa B. Portanto, de acordo com essa mesma linha historiográfica, o grupo social dominante – econômica e politicamente – nesse contexto, permaneceu o mesmo da época medieval: a aristocracia feudal ou fundiária.

Questão 04 – Letra DComentário: A questão refere-se aos teóricos do absolutismo, em especial a Jacques Bénigne Bossuet que defendia a Teoria do Direito Divino dos Reis. A base dessa teoria é a ideia de que a autoridade do governante vem de Deus e aos seus súditos cabe a obediência passiva.

O povo não pode se rebelar contra o soberano, pois isso significa revoltar-se contra Deus. Como o rei recebeu o poder de Deus, ele não está submetido a nenhuma lei feita pelos homens, devendo obediência somente à lei moral e à lei natural ordenada por Deus.

Questão 05 – Letra AComentário: Somente a afirmativa I contém dados pertinentes ao mercantilismo. A afirmativa II apresenta um conceito errado sobre o protecionismo alfandegário, que, na verdade, consiste na restrição das importações pela imposição de pesadas taxas aos produtos estrangeiros, ou mesmo proibindo que determinados artigos fossem importados. Outra característica da política mercantilista é o estímulo à exportação em detrimento da importação, a fim de manter uma balança comercial favorável, fato que contraria a afirmativa III. Por fim, a afirmativa IV, erra ao afirmar que o bulionismo ou metalismo, típica dos reinos ibéricos, era uma prática comum dos Países Baixos, que se destacavam pelo comercialismo.

Questão 06 – Letra EComentário: O mercantilismo foi um conjunto de medidas adotado pelos Estados Modernos para obter recursos e riquezas necessários à manutenção do poder absolutista. Conforme é destacado na letra E, esses Estados adotavam políticas intervencionistas, como o controle do comércio, da produção, dos preços, da entrada e da saída de riquezas do reino, além de buscar exportar mais mercadorias de valor e importar menos (apenas o que fosse necessário), recebendo o saldo em ouro e prata – para atingir uma balança comercial favorável.

Questão 07 – Letra EComentário: É exemplo de “imunidade” ou privilégio típico do Antigo Regime europeu a isenção de alguns tributos concedida aos nobres. Tal situação, por sua vez, pode ser associada à grave crise econômica que o Estado francês atravessou na segunda metade do século XVIII e, consequentemente, à eclosão da Revolução Francesa.

Questão 08 – Letra AComentário: Muitos títulos foram conferidos aos senhores feudais no período de formação do Estado Moderno, mas não ocorreu alteração no status quo da nobreza feudal, acostumada a regalias econômicas, políticas e sociais ao longo da Idade Média. Segundo o historiador Christopher Hill, “a monarquia absoluta foi uma forma de monarquia feudal diferente da monarquia dos Estados medievais que a precedera; mas a classe dominante permaneceu a mesma”.

Questão 09 – Letra DComentário: A afirmativa incorreta é a letra D, já que os pensadores citados não são defensores do regime absolutista. Montesquieu, Quesnay e Adam Smith, pelo contrário, criticam o Antigo Regime e fazem parte da corrente iluminista. As demais alternativas apresentam informações corretas a respeito do absolutismo, como o contexto histórico formado (fase de transição entre o feudalismo e o capitalismo), a política econômica adotada pelos Estados absolutistas (mercantilismo), a defesa dos interesses da nobreza e do grupo mercantil emergente e o fato de a teoria do direito divino dos reis ser a justificativa utilizada para legitimar a concentração de poderes dos monarcas.

Questão 10Comentário:A) Balançacomercialfavorávelsignificaexportaçõesmaiores

queimportações.Balançacomercialdesfavorávelsignificaimportações maiores que as exportações.

B) A Inglaterra, tanto na primeira metade do século XVIII (anterior à Revolução Industrial), quanto na segunda (pós-Revolução Industrial), apresenta, segundo as informações fornecidas pelos gráficos, uma balança comercial mais favorável que a França, indicando o significativopapeleconômicodopaísenquantopotênciaque se direcionava às práticas mercantilistas. No caso daFrança,ográficoapontaparaumabalançacomercialtendenteaodéficitdurantetodooséculoXVIII–déficiteste configurado nitidamente ao final do período. Porsua vez, a influência francesa internacional é maior nos campos da cultura e da política, com a difusão do Iluminismo – conjunto de teses contrárias aos fundamentos do Antigo Regime (mercantilismo, absolutismo e sociedade estamental). Assim, as ideias iluministas, de origem francesa, fundamentaram as independências no continente americano, inclusive a independência dos EUA. Em contrapartida, a Inglaterra, a partir da Revolução Industrial, exerceu forte controle sobre as economias das ex-colônias ibéricas.

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9Bernoulli Sistema de Ensino

Questão 11 – Letra AComentário: O trecho apresenta as ideias de Maquiavel, o autor da obra O Príncipe, que apresenta lições sobre como o governante deveria agir para conquistar e manter o poder. Os conceitos de fortuna e de virtude podem ser identificados no seguinte trecho: “duas maneiras de tornar-se príncipe o homem comum, as quais não podem ser inteiramente atribuídas ou à sorte ou ao merecimento, e não me parece que deve deixá-las de lado”. Ou seja, de acordo com o pensador, para um príncipe conquistar e se manter no poder, ele deverá ser calculista. Esse tipo de ação, racional e planejada, está vinculado à virtù (virtude), que pode ser definida como esse conjunto de capacidades do governante. A atuação virtuosa possibilitaria ao príncipe estar preparado para o imprevisível, o acaso, a chamada fortuna. O político com grande virtude, de acordo com Maquiavel, vê justamente na fortuna a possibilidade de construir uma estratégia e alcançar determinada finalidade.

Questão 12 – Letra EComentário: O trecho citado da obra de Maquiavel, “todos os profetas armados triunfaram, os desarmados arruinaram-se”, evidencia o elemento central do Estado moderno, que é a formação de um Exército nacional a serviço do príncipe soberano. Segundo o pensador, o poder político só se mantém com um Estado armado, ou seja, deve ser militarmente forte, contando com um Exército preparado.

Questão 13 – Letra CComentário: As afirmativas que apresentam dados incorretos sobre as monarquias absolutistas são a II e a III. A segunda afirmativa indica que os monarcas absolutos buscavam promover “o desenvolvimento cultural das camadas populares”, o que não é coerente com os fatos históricos, já que não existia esse tipo de preocupação. O uso da arte como veículo de propaganda estava relacionado à legitimação do poder real. Diferentemente do que é afirmado no item III, Luís XIV foi considerado um dos principais representantes do absolutismo monárquico, tanto que a centralidade do seu poder fez com que ficasse conhecido como “rei Sol”. Logo, ele não é considerado um precursor do despotismo esclarecido, que está relacionado à corrente iluminista.

Questão 14 – Letra DComentário: De acordo com o texto, a necessidade de recorrer ao recrutamento de mercenários estrangeiros está relacionada à dificuldade em treinar todos os súditos e mantê-los“obedientes às leis”. Desse modo, o autor se refere à estratégia de manter os camponeses e trabalhadores – que compunham a maioria da população dos Estados modernos – sob controle do poder soberano, logo, sem fornecer-lhes armas e treinamento, uma vez que essa medida poderia contrariar os interesses do próprio Estado absolutista.

Questão 15Comentário: O modelo político que motivou a construção do Palácio de Versalhes e que passou a ser representado por essa construção foi o absolutismo monárquico ou, ainda, a sociedade de Corte do Antigo Regime. Dentre os objetivos políticos dos governantes absolutistas europeus ao construírem palácios grandiosos como o de Versalhes, podem ser citados:

• ostentaçãodopodermonárquico;

• reforçodaautoridadedomonarca;

• representaçãodacentralizaçãopolítica;

• adoçãodomodelodesociedadedecorte.

Questão 16Comentário: Em relação às características políticas, o rei exerce todos os instrumentos de poder – justiça, comando do exército e administração, caracterizando o absolutismo. No aspecto econômico, há o incentivo do Estado ao comércio e à acumulação metalista, por meio de medidas protecionistas e monopolistas, visando proporcionar maiores recursos ao Estado e caracterizando o mercantilismo.

Questão 17Comentário:

A) Segundo o autor, o Estado Absolutista não representa uma mudança drástica, pois preserva os tradicionais privilégios da sociedade feudal. Para a nobreza, a metamorfose de uma aristocracia feudal e guerreira para uma nobreza de corte,aindaquetenhasidomarcadaporconflitos,foiumamaneira de conservar sua posição social privilegiada.

B) Para o autor, a classe dominante é a nobreza, responsável pelo controle dos principais cargos políticos. Nesse tipo de sociedade, o fundamento da diferenciação social era o privilégio,nessecaso,odeorigem. Issosignificavaquesomente aquele nascido em família nobre poderia usufruir dos privilégios herdados da sociedade feudal ou concedidos pelo rei.

C) O absolutismo, que atingiu o seu apogeu no século XVII, caracterizou-se pela ausência de participação política do povo, pela desigualdade de direito diante da lei, pela ausência de liberdade nas atividades econômicas e grande intervenção estatal na economia (mercantilismo), pela ausência de liberdade de pensamento e expressão e pela intolerância religiosa (ausência de liberdade de escolha da religião).

Questão 18Comentário:

A) A sociedade na Península Ibérica apresentava suas hierarquiassociaisejurídicasqueeramjustificadaspelareligião. Cada grupo social era tratado conforme seu status político e jurídico.

B) A aristocracia agrária exercia o governo, sob o comando do rei, além da defesa militar da sociedade. Ao campesinato cabia o sustento material dos súditos como, por exemplo, a produção de alimentos.

Questão 19Comentário:

A) Adoção pelo Estado de uma severa legislação econômica e de um rígido controle que tolhiam a iniciativa particular. Houve um aumento gradativo na carga dos impostos, desviando a maior parte dos lucros para o tesouro real. Aeconomiapassouatercomofimoaumentodopoder e do tesouro do próprio rei.

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B) Por meio do mercantilismo, o Estado pode impor o Pacto Colonial às áreas exploradas fora da Europa (colônias americanas),afimdepermitiromaioracessodoEstadoàs riquezas ultramarinas. Foi adotado o monopólio do Estado sobre o comércio das colônias, que somente podiam comprar da metrópole e vender para a metrópole.Ascolôniasficavam,assim,sujeitasarelaçõeseconômicasdesvantajosas com a metrópole e a balança comercial esteve sempre favorável aos países colonizadores. As colônias americanas transformaram-se assim em um mero instrumento enriquecedor das metrópoles.

Seção EnemQuestão 01 – Letra AEixo cognitivo: I

Competência de área: 3

Habilidade: 11

Comentário: Evidenciando sua teoria contratualista, Hobbes pensa o ser humano em dois níveis: o pré-sociedade civil e o pós-sociedade civil. O autor identifica o estado de natureza como o local de plena liberdade humana. Por esse motivo, acontecem a competição, a guerra, o caos e a destruição. Para Hobbes, o conflito é a marca central da condição humana quando não há a mediação do Estado. Somente este poderia controlar o conflito surgido no estado de natureza.

Questão 02 – Letra BEixo cognitivo: I

Competência de área: 3

Habilidade: 11

Comentário: Para a construção de sua teoria política, Hobbes partiu da ideia de estado de natureza, no qual os indivíduos, buscando a satisfação dos seus desejos, e não havendo nenhum poder superior que os controlasse, viviam em uma permanente guerra de todos contra todos, reinando o medo constante da morte violenta. A única maneira encontrada pelos indivíduos para afastar a possibilidade de aniquilamento mútuo e preservar a vida, segundo Hobbes, era estabelecendo um pacto social, um contrato no qual os sujeitos abririam mão de sua liberdade natural em favor de uma entidade maior. Portanto, a proposta de organização da sociedade defendida por Hobbes se baseava na abdicação dos interesses individuais em favor de um governante, conferindo legitimidade a ele, o que valida a alternativa B.

Questão 03 – Letra CEixo cognitivo: IV

Competência de área: 3

Habilidade: 14

Comentário: No trecho, Maquiavel chama a atenção para o fato de que a razão influencia na deliberação de ações, ainda que, nele, tal deliberação apareça como não sendo completamente independente das influências do acaso. Assim, o acaso, segundo Maquiavel, é uma fortuna que deve ser aproveitada e manipulada de acordo com as intenções do governante. O que prevalece sempre no governo e nos atos do governante é sua vontade e objetivo. O filósofo defende a autonomia da razão, sendo essa uma das características mais elogiadas pelo humanismo.

Questão 04 – Letra EEixo cognitivo: IV

Competência de área: 3

Habilidade: 14

Comentário: Segundo Maquiavel, o melhor para o governante é ser amado. No entanto, se ele não conseguir, é bom que ele seja temido, pois isso fará com que ele consiga exercer o poder de forma mais justa e sem grandes oposições. Dessa maneira, os fins justificariam os meios, e o príncipe poderia ser tirânico em certa medida para conseguir algo maior para a nação, não cabendo, nesses momentos, ações pautadas em análises da consciência moral do governante.

Questão 05 – Letra BEixo cognitivo: IV

Competência de área: 3

Habilidade: 14

Comentário: Thomas Hobbes é o teórico da origem contratual do Estado Absolutista. Segundo ele, no início, todos os homens viviam no estado natural, sem estarem sujeitos a qualquer lei que não fosse o brutal interesse próprio. Muito longe de ser o ideal, o estado natural gerou uma condição de total sofrimento em que todos faziam guerra a todos, e o forte dominava o fraco. Para Hobbes, o estado natural é uma situação de guerra e de anarquia. Para se verem livres dessa condição, visando manter a paz e a segurança, os homens acabaram se unindo e estabelecendo entre eles um contrato, transferindo mutuamente certos direitos para o Estado, tornando-o suficientemente forte para protegê-los contra a violência. Surge daí a sociedade civil que, segundo Hobbes, significa o estado de paz. O autor do texto II questiona a justiça ou injustiça da guerra ou da paz, já que, para ele, as duas situações são relativas.

CAPÍTULO – A5Renascimento

Exercícios de aprendizagemQuestão 01Comentário:A) O desenvolvimento do comércio resultou no enriquecimento

da burguesia e na mudança de sua mentalidade, tornando-a interessada pela cultura e pela valorização do saber, com uma visão de mundo caracterizada pelo otimismo, pela posse de bens materiais e pela valorização da vida terrena.

B) Os mecenas eram ricos senhores que se tornavam protetores dos artistas, garantindo-lhes o sustento, promovendo-lhes os estudos e facilitando seus trabalhos como escultores e pintores. Muitos reis e papas também passaram a adotar a prática do mecenato. A maioria dos mecenas era formada de ricosmercadoresquefinanciavamosartistas,nãosomenteem busca de autopromoção, mas também de propaganda e difusão de novos hábitos, valores e comportamentos. Além de sua imagem, que podia ou não aparecer nas obras, oqueelesgostavamdeverrefletidaseraumavisãoracional,dinâmica, progressista, otimista e opulenta da sociedade.

C) O contato dos europeus com as civilizações orientais permitiu a introdução de inovações importantes como o uso do papel e a técnica de impressão, que deu origem à imprensa, facilitando a divulgação do conhecimento.

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11Bernoulli Sistema de Ensino

D) O contato dos europeus com os bizantinos de Constantinopla permitiu-lhes retomar a cultura greco-romana da Antiguidade, o que serviu de inspiração para a cultura renascentista.

Questão 02Comentário: O humanismo foi uma nova postura do indivíduo diante da vida, compondo um movimento intelectual de valorização da Antiguidade Clássica, não no sentido de apenas copiar as suas realizações, mas de buscar nelas inspiração. O humanismo pode ser entendido como a glorificação do humano e do natural em oposição ao divino e ao extraterreno. O humanista (da palavra latina humanus, polido, culto) era, antes de tudo, um sábio, um estudioso que deveria se preocupar com o conhecimento, principalmente das letras. A base dessa nova concepção de vida era a profunda valorização do homem, tornado como centro de todas as indagações e preocupações, capaz de modificar suas atitudes frente ao conhecimento e, sobretudo, frente à vida. Os humanistas criticavam o teocentrismo medieval e sua preocupação excessiva com a eternidade. Contudo, essa crítica não significou o abandono, por parte dos renascentistas, do lado espiritual; apenas refletiu uma sociedade burguesa que estava também interessada em aspectos terrenos, uma sociedade prática, ambiciosa e individualista.

Questão 03Comentário: Uma característica que podemos observar nas duas imagens é o naturalismo, isto é, a valorização da natureza, dos fenômenos naturais, das coisas que cercam o homem. A valorização da natureza é um reflexo da valorização do homem, pois ele vive na natureza que merece ser estudada, conhecida e dominada em seu benefício. Outro aspecto que podemos identificar, principalmente na segunda imagem, é o classicismo, ou seja, a valorização da cultura greco-romana, uma vez que, representando filósofos, valoriza um saber criado e privilegiado na Grécia Antiga.

Questão 04Comentário:A) Oantropocentrismosignificouacolocaçãodohomemcomo

o centro de todos os fenômenos importantes da cultura, ao lado das realizações humanas que estão acima de todas as coisas. Em oposição ao teocentrismo medie val, nessa concepção, o homem é colocado como o centro de todas as atenções. O entendimento dos fenômenos terrestres passa a ser feito a partir da raciona lidade do ser humano.

B) O teocentrismo, durante a Idade Média, corresponde ao antropocentrismo renascentista. No Período Medieval, devido àenormeinfluênciadaIgrejaCatólica,ostemasdesenvolvidospela cultura europeia eram profundamente religiosos: as preocupações com Deus, Jesus Cristo, os santos, a salvação do homem, a vida após a morte, o céu e o inferno. Assim, a mentalidade europeia no período foi baseada no teocentrismo, que foi substituído, progressivamente a partir da Baixa Idade Média, pelo antropocentrismo.

Questão 05Comentário: O Renascimento incorporou um certo número de ideias e de atitudes que marcaram a mentalidade do mundo moderno. Destacam-se entre eles: • ohedonismo,ouavalorizaçãodavidaedaalegriadeviver,

do prazer. • oracionalismo:aaceitaçãoconformadadasverdadeseda

realidade impostas pela Igreja, na primeira fase da Idade Média, foi substituída pela valorização das possibilidades da razãohumana,deatingiraverdadenasáreascientíficasereligiosas, promovendo o desenvolvimento do espírito crítico.

Questão 06Comentário: O campo mais fértil para o início do movimento renascentista foi a península italiana, em decorrência da maior riqueza da sua burguesia, dos maiores intercâmbios culturais com as civilizações bizantina e muçulmana e pelo fato de a Itália ter sido, no passado, a sede do Império Romano.

Questão 07Comentário: Florença destacou-se como um dos grandes centros irradiadores da cultura renascentista e sustentou, ao longo de vários anos, a vanguarda desse movimento.

Sugestão de nomes para pesquisa: Leonardo da Vinci, Michelangelo e Rafael Sânzio.

Questão 08Comentário: Deve-se pesquisar sobre a vida e a obra de dois autores do Renascimento literário, fora da Itália. A abertura da questão já menciona um desses autores: Shakespeare. Outras sugestões: Miguel de Cervantes, Luís de Camões.

Questão 09Comentário: A) A grande preocupação dos artistas renascentistas em estudar

e conhecer a natureza levou-os a se interessar pela anatomia, comopropósitodereproduzirfielmenteocorpohumano. A prática da dissecação de cadáveres passou a ser considerada como a única fonte legítima de conhecimento anatômico.

B) Naturalismo:avalorizaçãodanaturezacomoumreflexodavalorização do homem, pois ele vive na natureza, que merece ser estudada, conhecida e dominada em benefício dele.

Humanismo: a recolocação do gênero humano como o centro principal dos interesses culturais.

Questão 10Comentário:

A) No primeiro sistema de representação do cosmo, a Terra aparece no centro do Universo e os demais planetas giram em seu redor (geocentrismo), conforme os dogmas da Igreja Católica durante a Idade Média, que reproduziam os ensinamentosdefilósofoseastrônomosdaAntiguidade,como Aristóteles e Ptolomeu. No segundo sistema, o Sol aparece no centro do Universo e os demais planetas, inclusive a Terra, giram em seu redor (heliocentrismo ou teoria heliocêntrica), conforme as observações dos astrônomos humanistas do início da Idade Moderna.

B) No período Medieval, a medida da Ciência era a autoridade religiosa e a fé, que não podiam ser contestadas. No Renascimento, a Ciência deslocou as suas medidas para a razão e a comprovação pela experiência. Para os cientistas humanistas da Renascença, deixou de importar seumaautoridade,religiosaou leiga,tinhafirmadoumaverdade. Um dado somente ganharia status de verdade se tivesse sido testado pela razão e pela experiência. O método experimental contribuiu para a renovação no campo da Arte e da Ciência, como na Astronomia, com Nicolau Copérnico, cuja teoria heliocêntrica foi completada por Galileu Galilei, Kepler e Isaac Newton. Seus estudos contribuíram para a evolução do conhecimento do Sistema Solar e sobre o Universo.

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12 Coleção EM1

Exercícios propostos

Questão 01 – Letra DComentário: As afirmativas que apresentam dados incorretos sobre o movimento renascentista são os itens I e IV. Apesar de a arte renascentista apresentar temáticas religiosas, não se pode afirmar que essa seja sua característica principal, conforme é informado no item I, uma vez que elementos humanísticos, naturalistas, entre outros não relacionados à religiosidade também eram bastante explorados. Já o item IV afirma erroneamente que os renascentistas defendiam a teoria teocêntrica. Na verdade, eles combatiam esse tipo de visão medieval e defendiam o antropocentrismo.

Questão 02 – Letra DComentário: Os itens 1 e 2 são os que apresentam afirmativas incorretas sobre o movimento renascentista. Diferentemente do que é abordado no item 1, a inovadora técnica da pintura a óleo, recorrente no período, contribuiu com a produção de obras dotadas de realismo, característica típica do movimento. Foi comum o incentivo financeiro para a produção das obras do Renascimento. Diversos grupos sociais, especialmente a burguesia, desejavam ver seus valores representados pelos artistas do período.

No caso da burguesia, essa necessidade estava vinculada ao desejo que a classe tinha de ascender a um novo status social em meio a uma Europa ainda marcada pela presença de valores aristocráticos. Sem dúvida, esse movimento artístico contribuiu para fortalecer os valores burgueses e marcar sua presença na sociedade. Desse modo, é incorreto afirmar que esse grupo não adquiriu prestígio social, como é indicado no item 2.

Questão 03 – Letra CComentário: Os renascentistas encontraram na cultura greco-romana um suporte seguro, no qual acabaram encontrando argumentos estéticos e filosóficos, contrários a alguns valores da cultura medieval. Os renascentistas não eram pagãos; sua vontade era temperar o cristianismo com os novos valores da burguesia, voltados para o material e para o gozo da vida, e a cultura greco-romana oferecia muitos argumentos nessa direção.

Questão 04 – Letra BComentário: O termo Renascimento está relacionado ao fato de a cultura renascentista ter se inspirado nos valores, nos ideais e na cultura dos gregos e romanos da Antiguidade Clássica, recolocando o gênero humano como o centro dos interesses culturais e desprezando a cultura medieval. Essa característica renascentista é conhecida como classicismo.

Questão 05 – Letra EComentário: O desenvolvimento científico promovido pelo Renascimento resultou no confronto entre a fé e a razão. No século XVII, a Igreja Católica manifestou sua opinião contrária às novas teorias acerca do Sistema Solar, especialmente aquela que colocava o Sol como o centro do universo e a Terra na condição de um entre muitos planetas que giravam em torno dela (heliocentrismo). Esse conceito contrariava a doutrina das Sagradas Escrituras e dos grandes teólogos e filósofos que constituíam a base do pensamento católico, como São Tomás de Aquino, Ptolomeu e Aristóteles, cujas ideias voltavam-se para o geocentrismo, ou seja, a Terra como o centro do Universo, pensamento que vigorou durante toda a Idade Média.

Questão 06 – Letra DComentário: A valorização das atividades humanas veio acompanhada da postura antropocêntrica. Buscando se opor ao teocentrismo medieval, o homem do Renascimento acreditava ser o centro das atenções e o sujeito fundamental para a explicação dos elementos que o rodeavam. Desse modo, para os renascentistas, o entendimento dos fenômenos terrestres passa a ser feito com base na racionalidade do ser humano, cujas realizações estavam acima de todas as coisas. Essa exaltação ao homem pode ser identificada no texto apresentado, que afirma que a capacidade de entendimento humano é como a de Deus.

Questão 07 – Letra EComentário: A postura humanista e antropocêntrica fez com que os renascentistas considerassem o uso da razão como a marca definidora do homem. As verdades, antes buscadas principalmente com base no viés religioso, poderiam agora ser alcançadas por meio da análise racional. Essas ideias conduziram ao nascimento da ciência experimental, generalizando-se o costume de observar os fenômenos da natureza, explicando-os racionalmente. Toda essa postura de valorização do homem e da sua capacidade racional contribuiu com a chamada Revolução Científica.

Questão 08 – Letra DComentário: Se na época medieval as medidas da ciência eram a autoridade religiosa e a fé, no Renascimento, a ciência deslocou as suas medidas para a razão e a comprovação pela experiência. Desse modo, a alternativa que apresenta corretamente informações sobre a Revolução Científica é a letra D.

Questão 09 – Letra DComentário: Os renascentistas inspiravam-se nos valores greco-romanos, especialmente no que se refere aos valores antropocêntricos, ou seja, ao homem, que se tornou o centro de todas as indagações e preocupações na época. Desse modo, os homens do Renascimento criaram uma imagem negativa a respeito do Período Medieval, uma vez que acreditavam estar retomando o que consideravam um momento de glória e esplendor cultural da humanidade, a Antiguidade Clássica. Assim, a ideia de Renascimento contém uma noção negativa da Idade Média, que chegou a ser chamada de “Idade das Trevas” no que se refere às realizações culturais.

Questão 10 – Letra CComentário: O Renascimento Cultural se caracterizou por resgatar e valorizar a cultura greco-romana da Antiguidade Clássica. Baseando-se nessa inspiração e na exaltação da capacidade racional humana, grandes trabalhos científicos se destacaram na época, como os de Leonardo da Vinci. Como cientista, pintor, escultor, inventor, anatomista, enfim, como estudioso de modo geral, Leonardo é considerado um dos nomes que personificaram o espírito renascentista.

Questão 11 – Letra CComentário: O humanismo pode ser entendido como a glorificação do humano e do natural em oposição ao divino e ao extraterreno. O humanista era, antes de tudo, um estudioso que deveria se preocupar com o conhecimento, principalmente das letras. A base dessa nova concepção de vida era a profunda valorização do homem, tornado o centro das indagações e preocupações, capaz de modificar suas atitudes frente ao conhecimento e, sobretudo, frente à vida.

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13Bernoulli Sistema de Ensino

Questão 12 – Letra AComentário: O texto evidencia o pensamento renascentista, caracterizado pela valorização da capacidade racional humana: “os modernos são os primeiros a demonstrar que o conhecimento verdadeiro só pode nascer do trabalho interior realizado pela razão”. Ou seja, as verdades, antes buscadas principalmente com base no viés religioso, poderiam agora ser alcançadas pela análise racional. Desse modo, conforme indica corretamente a letra A, a formação do mundo moderno caracterizou-se por essa nova postura frente ao conhecimento.

Questão 13 – Letra EComentário: Nos séculos XIV e XV, teve início o processo de formação dos Estados Nacionais europeus, que resultou no surgimento de França, Inglaterra e Espanha, sendo que Portugal já era uma monarquia centralizada desde 1139. As duas exceções foram o Sacro Império Romano Germânico e a Península Itálica, que se mantiveram fragmentados em numerosos Estados, alguns deles bastante pequenos. Somente no século XIX, esses países passaram por processos de unificação política e territorial, que deram origem à Alemanha e à Itália. Isso não impediu que as grandes fortunas burguesas financiassem a realização de grandes obras de arte. Ricos senhores, conhecidos como mecenas, tornavam-se protetores dos artistas, garantindo-lhes o sustento, promovendo-lhes os estudos e facilitando seus trabalhos como escultores e pintores.

Questão 14 – Letra BComentário: Desde os tempos medievais, as línguas europeias vinham passando, lentamente, por transformações que as diferenciavam cada vez mais, apesar das raízes comuns, quer fossem as línguas latinas ou as línguas anglo-saxãs. Não havia ainda línguas oficiais nacionais. Sobre isso pesava a universalidade do latim (a língua franca dos europeus, imposta pela Igreja), a dificuldade de comunicação e o isolamento feudal. Um dado importante é que o Renascimento, em toda a Europa Ocidental, ajudou fortemente na fixação de um padrão linguístico oficial para cada um dos países que influenciou.

Questão 15 – Letra CComentário: Ao contrário do que é afirmado na alternativa C, o pensamento aristotélico é fortíssimo na escolástica medieval, tendo sido lido, relido e comentado inúmeras vezes por autores como Avicena, Averrois e Tomás de Aquino. Além de ser um componente fundamental do currículo das universidades medievais, o trabalho de Aristóteles era uma referência tão forte que muitas vezes seu nome sequer precisava ser mencionado, sendo chamado apenas de “o Filósofo”. Por outro lado, a retomada do platonismo e do neoplatonismo é uma característica importantíssima da Filosofia do Renascimento e pode ser percebida em autores conhecidos e relevantes do período, como Marsilio Ficino e até mesmo o próprio Nicolau Copérnico.

Questão 16Comentário:A) Os artistas renascentistas, em especial os pintores e os

escultores, desenvolveram uma aguda sensibilidade, que chegava a captar minuciosamente os detalhes do rosto e da roupa e a penetrar psicologicamente no sujeito retratado. Além disso, possuíam uma grande preocupação em reproduzir o ambiente natural e o corpo humano com extremafidelidade.

B) Os escritores desenvolveram um acentuado espírito crítico, valorizando as possibilidades da razão humana em atingir averdade.Suasobrascontribuíramparaafixaçãodeumidioma nacional nos seus países de origem.

C) Os cientistas desenvolveram grande interesse pelo estudo e pela observação da natureza, acompanhado de experimentos e de pesquisa empírica. Criaram um método experimental ou indutivo, contribuindo para a renovação do conhecimento na Astronomia, na Medicina, na Física, na Química, entre outros.

Questão 17Comentário:

A) 1. A partir do século IX, houve o aumento da circulação da ciênciaefilosofiavindasdeBagdá,ocentrodaculturaislâmica, em direção ao reino muçulmano instalado no Sul da Espanha.

2. Essa corrente de conhecimento foi divulgada e fortaleceu-se, tornando-se a base do Renascimento Cultural no mundo ocidental.

B) A Península Italiana foi o campo mais fértil para o início do movimento renascentista, em decorrência da maior riqueza de sua burguesia, dos maiores contatos com as civilizações bizantina e muçulmana e do fato de a Itália ter sido, no passado, a sede do Império Romano. Por isso, ao incorporar certo número de ideias e de atitudes, o Renascimento ficoumarcado por características quesão próprias, como o classicismo, que é a inspiração na cultura clássica greco-romana, e o racionalismo, ou seja, a valorização das possibilidades ilimitadas da razão humana em atingir a verdade nas áreas científica e filosófica,promovendo o desenvolvimento do espírito crítico.

Questão 18Comentário:

A) RevoluçãoCientíficaouRenascimentoCientífico.

B) Podem ser citados como características do Renascimento Científico: o racionalismo, empirismo, a observação eo antropocentrismo. A mentalidade renascentista foi caracterizada pelo interesse no estudo e na observação da natureza, acompanhados de experimentos e de pesquisa empírica, o que fundamentava um comportamento de caráter científico. Esse novo modo de conceber o conhecimento se contrapunha ao modo de pensar medieval, marcado pelo dogmatismo, em que a medida da ciência era a autoridade religiosa e a fé.

C) As novas concepções de mundo e do próprio homem, baseadas nesse novo modo de conceber o conhecimento científico, entraram em choque com as concepções teocêntricas da Igreja Católica. Por contestarem vários pontos da explicação religiosa, muitas obras foram censuradas, e diversos intelectuais foram condenados e executados pela inquisição.

Questão 19Comentário:

A) Na formação do mundo moderno, o Renascimento introduziu algumas importantes transformações que incidiam sobre a concepção do mundo dos homens daquela época. Colocou nocentrodesuaspreocupaçõesohomem,oqueficariaconhecido como antropocentrismo. O humanismo, o estudo da natureza e o desenvolvimento do espírito crítico, em conjunto, colaboraram para a ampliação dos horizontes em vários campos do conhecimento que, difundidos, transformaram a concepção do homem sobre o mundo.

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B) Com o Renascimento e a difusão de seus princípios, as dúvidas sobre o corpo humano tornaram legítimas, por parte dos médicos, a investigação empírica; daí a prática de dissecação de cadáveres. Ainda assim, a narrativa do médico, ao revelar que as suas atividades eram feitas em segredo, indica que, apesar das mudanças produzidas pelo Renascimento, tais novidades provocavam conflito,posto que não eram consensuais. Na verdade, nesse mesmo período, a Igreja Católica condenava práticas como a dissecação de cadáveres, pois o corpo humano era considerado sagrado e não deveria ser violado.

Questão 20Comentário: A partir do século XII, foi possível observar mudanças na realidade cultural europeia. O crescimento do comércio, o contato pacífico com civilizações mais ricas e desenvolvidas, como os bizantinos de Constantinopla e os árabes de Alexandria, a nova e progressista classe burguesa, tudo influenciou para que a cultura europeia começasse a tomar novas feições. A burguesia era rica e dinâmica, interessava-se em adquirir cultura, saber ler e escrever; tinha valores bem diferentes daqueles da Igreja medieval, pois o burguês valorizava o dinheiro e os prazeres que ele podia comprar, os bens materiais, a vida na Terra. O contato com as civilizações orientais permitiu aos europeus adquirirem certas invenções e utilizá-las para a divulgação da cultura, como o papel e a imprensa. O contato com os bizantinos de Constantinopla abriu, para os europeus, o horizonte da cultura grega da Antiguidade. Aos poucos, os próprios europeus foram redescobrindo a antiga cultura romana. A essa nova postura do indivíduo diante da vida, chamamos humanismo, que pode ser visto como a glorificação do humano e do natural em oposição ao divino e ao extraterreno. O humanismo foi o coração e a alma de um movimento mais amplo conhecido como Renascimento.

Seção Enem

Questão 01 – Letra EEixo cognitivo: I

Competência de área: 1

Habilidade: 1

Comentário: O pensamento de Galileu Galilei se insere em um contexto de profunda transformação científica na Europa. Ele é marcado por uma valorização da racionalidade humana juntamente com uma crítica, ainda que de maneira mais controlada, aos dogmas da Igreja. No trecho da questão, conclui-se que as Escrituras não podem ser tomadas e analisadas literalmente e que não se pode basear em suas passagens para as discussões naturais. Estas necessitam de ideias mais lógicas e diretas, sem possibilidade de duplas interpretações, como ocorre na Bíblia. Desse modo, a única resposta plausível é a letra E.

Questão 02 – Letra BEixo cognitivo: IV

Competência de área: 4

Habilidade: 19

Comentário: Os grandes artistas do Renascimento produziram obras de arte perfeitas, no que se refere ao estudo anatômico.

Assim como a medicina passou por um importante desenvolvimento, provocado pelo espírito de observação e de livre interpretação que conduziram aos métodos de pesquisa e da prática de dissecação dos cadáveres, também os artistas transformaram-se em anatomistas. Leonardo da Vinci, por exemplo, dissecou mais de trinta cadáveres e fez centenas de desenhos como ensaios para a elaboração de suas obras de arte.

Questão 03 – Letra EEixo cognitivo: I

Competência de área: 4

Habilidade: 16

Comentário: A questão faz referência ao desenvolvimento científico provocado pela mentalidade renascentista que promoveu o estudo, a observação da natureza, acompanhados do método experimental ou indutivo, para o qual colaborou decisivamente o inglês Francis Bacon, que conseguia intuir o avanço das ciências nas várias áreas de conhecimento. Apesar de ser contemporâneo à Idade Média por ter vivido no século XIII, Roger Bacon, como pode ser comprovado no texto proposto pela questão, foi um homem que apresentou inovações para o pensamento científico. De acordo com a alternativa correta, letra E, enquanto a maior parte dos homens medievais se mantinha apegada às explicações advindas do clero, Bacon propunha a utilização de máquinas que pudessem auxiliar os homens em suas tarefas cotidianas, ideia esta que seria essencial ao Renascimento.

Questão 04 – Letra CEixo cognitivo: I

Competência de área: 4

Habilidade: 16

Comentário: Os artistas renascentistas preocupavam-se em retratar com fidelidade a natureza e suas características. Com isso, foram introduzidas novas técnicas de pintura, como o movimento, a perspectiva e o claro / escuro, observadas na imagem O nascimento de Vênus, apresentada na questão.

Questão 05 – Letra DEixo cognitivo: I

Competência de área: 4

Habilidade: 16

Comentário: A partir do século XII, a burguesia emergente tornou-se cada vez mais rica e dinâmica, interessada em adquirir cultura, saber ler e escrever. Ainda no século XI, haviam começado a aparecer escolas leigas na Europa Ocidental e seu número cresceu nos séculos seguintes. Em geral, elas eram frequentadas pelos filhos dos burgueses que vinham dos lugares mais distantes em busca do saber. A cultura renascentista é uma cultura essencialmente urbana, uma vez que se desenvolveu em grandes cidades que, então, estavam crescendo, ligadas ao comércio e à burguesia mercantil. Nessas cidades, havia a influência dos mecenas, protetores das artes, que financiavam os artistas, não somente em busca de autopromoção, mas também da propaganda e da difusão de novos hábitos, valores e comportamentos.

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15Bernoulli Sistema de Ensino

CAPÍTULO – A6Reforma e Contrarreforma

Exercícios de aprendizagemQuestão 01Comentário:

A) Do ponto de vista religioso, os abusos morais do clero católico provocaram grande indignação, principalmente porque os fiéis eram obrigados a seguir uma condutaque os próprios padres não seguiam. Muitos deles eram ignorantes e sem escrúpulos, chegando mesmo a serem proprietários de tabernas, casas de jogos e de prostituição. Ao mesmo tempo, a mercantilização de dogmas da fé por meio da venda de indulgências e relíquias, comércio que rendia grandes somas para a Igreja, desmoralizava ainda mais as autoridades católicas, aumentando a insatisfação da população contra a Igreja.

Com relação a política, os reis, em meio ao processo de centralização dos Estados Nacionais, viam na interferência direta da Igreja nos assuntos internos de seus Estados um obstáculo à consolidação de seu poder. Por isso, desejavam reduzir o poder dessa instituição, se possível submetendo-a a autoridade leiga. Uma maneira seria a adoção de uma religião reformada, como fizeram os príncipes alemães e o rei da Inglaterra.

Sob o aspecto econômico, a doutrina do justo preço da Igreja Católica condenava o comércio lucrativo e a prática da usura, o que desagradava aos comerciantes e banqueiros que viam nessa doutrina um entrave às práticas mercantilistas nascentes, pois ela os tornava pecadores sujeitos a toda forma de sanções.

Do ponto de vista social, tanto a nobreza quanto os camponeses e as camadas populares urbanas apoiaram a Reforma. A primeira, porque via nela a oportunidade de ampliar suas propriedades territoriais e as outras classes porque desejavam se livrar da servidão e da opressão.

No domínio da cultura, o próprio Renascimento contribuiu para o movimento reformista porque promoveu o desenvolvimento do espírito crítico e a contestação das verdades estabelecidas pela autoridade da Igreja. A invenção da imprensa facilitou a divulgação das obras humanistas e da Bíblia, que passou a ser traduzida para a língua nacional de cada país.

B) A Reforma foi um amplo movimento de contestação à Igreja Católica que provocou repercussões políticas, econômicas esociais.Essemovimentosignificouarupturadaunidadeda Igreja Católica, pois dele surgiram diversas igrejas reformadas que são denominadas protestantes.

Questão 02Comentário:

A) Segundo Lutero, para alcançar a salvação, o homem precisa terfé,oquesignificaquedevesesubmeteràvontadedivina.

B) Luterodesenvolveusua teoriada justificaçãopela féaoestudar a Epístola de São Paulo aos Romanos, em que encontrou a resposta para sua angústia existencial na ideia de que “o justo viverá pela fé”, ou seja, “o homem sejustificapelasuafésemprecisarrealizarobras”.Paraele,issosignificaqueohomemsósetornamerecedordabondade divina por meio da sua absoluta submissão a Deus.

Lutero baseia-se nesse raciocínio para afastar-se da doutrina católica para a salvação. O catolicismo defende a ideia de que, além da fé, o homem deve praticar boas ações e receber os sacramentos para alcançar a salvação. Para Lutero, o fato de um indivíduo ter fé já é sinal de salvação, o que não o impede de realizar boas obras.

Questão 03Comentário: Ao tomar conhecimento da venda de indulgências em Wittenberg, com o propósito de angariar recursos para construir a Basílica de São Pedro, em Roma, Lutero indignou-se com o fato. Assim, resolveu tornar públicas as suas críticas à Igreja, fixando na porta do templo da cidade um documento conhecido como as 95 Teses, posicionando-se contra a venda de indulgências e a situação geral da Igreja Romana.

Questão 04Comentário:

A) Segundo Lutero, o papa só pode estabelecer o perdão das penas que ele mesmo impôs, e não todas as penas em geral. Por isso, Lutero considera que os pregadores das indulgências erram quando dizem que as indulgências do papa absolvem o homem de todo tipo de pena.

B) Na Tese de número 64, Lutero considera que as indulgências são as redes com as quais se pescam as riquezas dos homens. Elas têm o mérito maior de dar uma boa renda para a Igreja (tese 67). O verdadeiro tesouro da Igreja seria, de acordo com ele, o santíssimo Evangelho da glória e da graça de Deus (tese 62).

Questão 05Comentário: A Paz de Augsburg orientou-se pela máxima “a religião do povo é a religião do seu governante”, ou seja, caberia aos nobres, de acordo com sua posição religiosa, a definição da religião de seus súditos. Assim, grande parte da Alemanha do Norte aderiu aos novos princípios luteranos e a Alemanha do Sul, mais ligada culturalmente à Itália, permaneceu fiel ao domínio da Igreja Católica.

Questão 06Comentário: A ideia central da doutrina calvinista é a predestinação, ou seja, a providência divina teria predestinado alguns homens à salvação e condenado o resto da humanidade ao inferno. Antes mesmo de nascer, as almas já estariam marcadas com a bênção da salvação ou com a maldição divina. A santidade da vida era considerada como marca da predestinação.

A teoria da predestinação difere do princípio de Lutero, que se baseava na ideia de que “o justo viverá pela fé”. Em outras palavras, o reformador alemão desenvolveu sua doutrina da justificação pela fé, segundo a qual o homem só se torna merecedor da bondade divina por meio da sua absoluta submissão a Deus.

Questão 07Comentário: O desenvolvimento do capitalismo no século XVI esteve ligado à ética protestante pregada por Calvino. A ideia central de sua doutrina era a predestinação, que determinava que a eleição ou reprovação dos homens para a salvação eram atos de Deus, livres de qualquer interferência humana. A santidade da vida era considerada como marca da predestinação. Sua doutrina da providência não era um convite à passividade resignada.

Por essa razão, a doutrina calvi nista estimulava o lucro e o trabalho honesto, considerados agradáveis a Deus. Somente os predestinados conseguiam vencer na vida e a miséria era a fonte de todos os pecados, um sinal da condenação eterna.

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O calvinismo deu grande impulso ao nascente capitalismo, porque comerciantes, banqueiros, industriais e outros passaram a acreditar que trabalhavam para a glória de Deus e, ainda, livraram-se da doutrina católica do justo preço. Ao combater a doutrina do justo preço imposta pela Igreja Católica e afirmar que emprestar dinheiro com juros não era pecado, Calvino incentivou seus fiéis a se dedicarem às atividades lucrativas com a permissão de Deus. Assim, os devotos dessa fé passaram a fundar bancos e a investir em novas economias, principalmente no comércio e na indústria têxtil.

Questão 08Comentário: A) A Reforma anglicana foi comandada pelo rei da Inglaterra,

Henrique VIII, que solicitou ao papa a anulação de seu casamento com Catarina de Aragão alegando não ter herdeiro masculino para suceder-lhe ao trono e perpetuar a dinastia dos Tudors. Esse fato era ainda mais grave para a política inglesa porque a rainha era espa nhola e, sem um herdeiro masculino, o trono inglês poderia vir a ser ocupado por um nobre ligado ao reino espanhol, ameaçando a soberania da Inglaterra, em um contexto em que a Espanha era a maior potência europeia. Como o papa recusou-se a atender sua solicitação, Henrique VIII obteve do Parlamento o título de defensor da Igreja inglesa, sendo reconhecido como chefe religioso. O Ato de Supremacia de 1534 transformou Henrique VIII no chefe supremo da Igreja da Inglaterra.

B) Pelo Ato de Supremacia, Henrique VIII obteve o direito de fazer todas as nomeações eclesiásticas e o clero passou a jurarlealdadeaeleenãoaopapa,ficandoaIgrejaAnglicanasubmetida exclusivamente à autoridade real. Ao mesmo tempo,areformaanglicanasignificouofimdaintervençãodo papa nos assuntos ingleses e o acesso às suas terras e aosseusbens,queforamconfiscadaspelamonarquia,que,com isso, ampliou seus recursos e pôde obter o apoio da pequena nobreza e da burguesia, interessadas em comprar asterraseclesiásticasconfiscadas.Dessaforma,opoderabsolutista da monarquia na Inglaterra foi consolidado.

Questão 09Comentário: A) Foram decisões do Concílio de Trento:

• considerou que a fé é necessária à salvação,masreafirmou a importância das boas obras e dos sete sacramentos;

• confirmoucomoelementosessenciaisdocatolicismoa crença no purgatório, a invocação dos santos e o celibato dos padres;

• reafirmouaBíbliacomoaverdadeirafontedafécristã,podendo ser interpretada somente pela Igreja;

• confirmouainfalibilidadedopapa;• manteveolatimcomoalínguaoficialdaIgreja;• proibiuavendadeindulgências,instituiuoíndicede

livros proibidos e determinou a criação de seminários visando à preparação dos padres.

B) A criação da Companhia de Jesus com o objetivo de atuar na área da educação e catequização, desenvolvendo uma importante obra missionária em várias regiões, inclusive no Brasil. Os jesuítas, portanto, atuaram tanto para alargar o rebanho católico por meio da atividade missionária de catequização das populações nativas dos novos territórios a que chegaram os europeus durante a Expansão Marítima dosséculosXVeXVI,quantoparapurificarafédosfiéiscatólicos da Europa por meio de sua ação na educação das populações europeias católicas.

A reorganização do Tribunal do Santo Ofício da Inquisição com a missão de vigilância e repressão. Seu objetivo era obrigarosfiéisaobservaremaortodoxiacatólicaepunirosque dela se afastassem, considerados hereges. O Santo Ofício foi ativo particularmente nos países ibéricos, onde se voltou principalmente para a perseguição aos cristãos-novos e aos judeus ou seus descendentes convertidos ao catolicismo.

C) A Igreja Católica tomou uma atitude defensiva ao desenvolver a Contrarreforma, visto que já havia um processo de grande expansão do protestantismona Europa, o que dificultouumaaçãomaisagressivaemvistadaperdademuitosfiéis. Por isso a imagem de “cidade sitiada”. A Igreja Católica estava rodeada de várias religiões protestantes com a quais precisou conviver,demaneiratensaeconflituosa,apartirdessaépoca.

Questão 10Comentário:

A) Aartebarrocavisavaintensificarapiedadeeadevoçãodosfiéis,eproduzirumefeitosobreseupúblico,envolvendo-opelaemoção.ConsideravaqueaglorificaçãodeDeusexigiatodo o esplendor que fosse possível, o que é visível nas obras de Caravaggio. Os artistas buscavam obter efeitos com a luz e a cor, transmitindo os extremos da emoção humana.

B) Muitas das manifestações artísticas do século XVI foram influenciadaspeloConcíliodeTrento,queestimulouumaarte religiosa visando revitalizar o catolicismo e deter a expansão do protestantismo. O Barroco serviu a esse propósito tornando-se um instrumento da Contrarreforma.

Outra relação possível entre os dois fenômenos históricos mostra como os artistas barrocos usavam a habilidade que possuíam para exprimir a confusão emocional própria do homem ocidental no momento da Reforma e da Contrarreforma. As rebuscadas e detalhistas obras barrocas expressavam a men talidade de homens que, não tendo abandonado totalmente a Idade Média e seus anseios pela salvação após a morte, deslumbraram-se com as possibilidades apresentadas pelo Renascimento para a vida terrena e a exploração dos seus prazeres inumeráveis. O homem ocidental nos séculos XVIIeXVIIIviveu,dessaforma,umgraveconflitomental,pois, por um lado, a Renascença mostrou que ele poderia viver e expandir-se na terra, usando seu intelecto para decifrar as leis da natureza, e, por outro lado, a Reforma e a Contrarreforma reforçaram a tradição medieval de abandono da vida terrena para maior dedicação à salvação eterna. Por essa razão, todas as obras de arte barrocas desenvolveram a capacidade de transmitir os extremos da emoção humana, representando o amor gélido e o amor ardente, a arrogância e o terror servil, a ambição sublime e a humildade total, jogando sempre com opostos e paradoxos que expressavam a grande contradição entre vida presente e a eterna, entre razão e fé, que assolava a mentalidade e a cultura ocidental nesse momento da modernidade.

Exercícios propostos

Questão 01 – Letra BComentário: A doutrina calvinista, assim como afirma corretamente a alternativa B, estimu lava o lucro e o trabalho, atendendo aos anseios da burguesia. De acordo com sua teoria da predestinação, somente os predestinados conseguiam vencer na vida e a miséria era fonte de todos os pecados, um sinal da condenação eterna. Com a legitimação do lucro e do trabalho, a burguesia se livrava da doutrina católica do justo preço, impulsionando, assim, o nascente capitalismo.

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Manual do Professor

17Bernoulli Sistema de Ensino

Questão 02 – Letra DComentário: Na América Portuguesa, os representantes da Inquisição ou Tribunal do Santo Ofício eram as autoridades religiosas locais, que tinham autorização para identificar casos de desobediência à fé católica e investigar os suspeitos de terem cometido alguma heresia. Além dessas ações, conforme destaca corretamente a letra D, a Inquisição se fazia presente por meio das visitações, encarregadas de prender os considerados hereges, que eram enviados para a metrópole, onde o processo inquisitorial era concluído.

Questão 03 – Letra DComentário: Apenas o item IV apresenta informações incorretas sobre o processo reformista protestante. As propostas reformistas de Calvino e de Lutero influenciaram diversas regiões europeias, levando à formação de outros movimentos religiosos, como os anabatistas e puritanos, que, diferentemente do que é apresentado na afirmativa, possuíam uma visão radical a respeito da Reforma, sem apresentar convergência com os poderes locais. Liderados por homens como Thomas Müntzer, os camponeses anabatistas, por exemplo, eram críticos da propriedade privada, rebelando-se e promovendo invasões de propriedades da nobreza por todo o Império germânico. Já os puritanos enfrentaram um embate com a Coroa Inglesa, anglicana.

Questão 04 – Letra EComentário: Durante quase quarenta anos, católicos e protestantes se enfrentaram em uma guerra civil intermitente, que quase levou a França à desintegração. Durante uma de tantas pazes provisórias – a de Saint Germain, estabelecida em 1570 –, planejou-se o casamento de Margarida de Valois (católica) com Henrique de Bourbon, rei de Navarra (protestante). Um dia após o casamento, a população católica comemoraria o tradicional Dia de São Bartolomeu. Antes do amanhecer, sobreveio a explosão de violência, que terminaria por levar à morte cerca de 30 000 protestantes em todo o país. Por isso, o episódio ficou conhecido como a Noite de são Bartolomeu.

Questão 05 – Letra EComentário: Uma das medidas adotadas pelo alto clero católico no contexto da Contrarreforma para rebater as críticas sofridas pelos reformadores, foi o reconhecimento da Companhia de Jesus, ordem religiosa criada em 1534 por Ignácio de Loyola com o propósito de expandir o catolicismo, convertendo fiéis a essa religião, além de desempenhar um papel muito importante na esfera da educação. Como exemplo disso, os jesuítas fundaram colégios e seminários e chegaram a assumir a direção de universidades. Desse modo, essa ação proporcionava uma maior aproximação entre os membros católicos e o fiéis.

Questão 06 – Letra AComentário: De acordo com a doutrina luterana, a Bíblia era considerada a única fonte de autoridade religiosa e a única regra em que o fiel deve acreditar. A livre interpretação dos textos bíblicos eliminava a necessidade e o valor da hierarquia eclesiástica. Para isso, Lutero produziu uma tradução da Bíblia, de modo a torná-la diretamente acessível aos crentes e, ao mesmo tempo, defendeu um projeto educacional para que essa prática de leitura fosse possível. Assim, o acesso direto ao texto sagrado convertia-se em um forte instrumento de contestação da autoridade espiritual e temporal da Igreja Católica.

Questão 07 – Letra AComentário: A Contrarreforma desencadeada pelo Concílio de Trento completou-se com a reorganização do Tribunal do Santo Ofício da Inquisição, que atuava na Europa, principalmente na Espanha e em Portugal, desde a Idade Média, julgando e punindo aqueles que fossem suspeitos de heresia, ou seja, que não observassem a ortodoxia católica ou questionassem as “verdades estabelecidas”.

Questão 08 – Letra BComentário: A primeira afirmativa destaca a fé como fonte de salvação. Essa teoria, opondo-se à salvação pelos sacramentos e pelas boas obras, defendida pela Igreja Católica, constitui o ponto fundamental da doutrina luterana. Já a segunda afirmativa destaca o Ato de Supremacia, determinado em 1534 na Inglaterra. Por meio dele, o rei passou a ser considerado o chefe supremo da Igreja inglesa. Por fim, a terceira afirmativa prega a teoria calvinista da predestinação. De acordo com os calvinistas, a eleição ou a reprovação dos homens para a salvação era um ato de Deus, livre de qualquer interferência humana.

Questão 09 – Letra BComentário: Max Weber, em sua mais famosa obra A ética protestante e o espírito do capitalismo, estabeleceu uma importante relação entre economia e religião, especificamente entre os valores calvinistas e os fundamentos do capitalismo. Segundo o pensador alemão, a salvação, desígnio primordial do homem medieval, não residia na fé ou nas boas ações, como pregava o catolicismo, mas já estaria predestinada, isto é, o destino da alma de cada indivíduo já seria determinado antes mesmo de seu nascimento, não dependendo, portanto, de seu comportamento mundano. Embora fosse impossível reconhecer quem estaria destinado à danação, alguns sinais poderiam identificar aqueles que estariam provavelmente salvos, especialmente o da prosperidade, cuja busca provocou a consagração do trabalho, da disciplina, da contenção e do lucro, que se constituíram em valores calvinistas fundamentais para o desenvolvimento do capitalismo.

Questão 10 – Letra EComentário: O caso apresentado de Menocchio, vítima da investigação do Tribunal do Santo Ofício – revigorado pela Igreja na Contrarreforma – representa o crescimento das críticas em relação ao catolicismo, consequência do contexto marcado pelo surgimento de doutrinas reformadoras. O desenvolvimento da imprensa de tipos móveis por Gutenberg, ainda no século XV, colaborou para a expansão das ideias reformistas. A ampliação do público leitor, já que os livros anteriormente eram acessíveis a uma minoria, permitiu o acesso de um maior número de pessoas aos textos bíblicos e aos textos dos reformadores. Com essa invenção, as leituras individuais se tornaram mais comuns, reforçando, portanto, o individualismo e o surgimento de novas interpretações religiosas e até mesmo filosóficas.

Questão 11 – Letra DComentário: A atitude reformista de Lutero, apoiada pela nobreza alemã, teve repercussão também em segmentos mais radicais, que viram a oportunidade de fazer reivindicações de caráter social e político. Um grande exemplo foi o surgimento dos anabatistas, seguidores do professor humanista Thomas Müntzer. Segundo este, a concentração de bens e riquezas gerava miséria e, portanto, ia na contramão dos princípios cristãos originais, como a solidariedade e a partilha. Assim, o verdadeiro cristianismo só se consolidaria com o fim da propriedade privada e o surgimento de uma sociedade igualitária.

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18 Coleção EM1

Questão 12 – Letra DComentário: A questão refere-se à venda de indulgências em Wittenberg, com a permissão do papa Leão X, que desejava angariar recursos para construir a Basílica de São Pedro, em Roma. No início do século XIII, os teólogos eclesiásticos desenvolveram a Doutrina do Tesouro do Merecimento, pela qual Jesus e os santos, devido aos atos de amor do qual deram prova na terra, acumulariam no céu um excesso de merecimento. O papa teria o poder de sacar desse tesouro de graças em benefício dos homens na terra. A princípio, as indulgências eram concedidas como prêmio por boas obras realizadas. Foram os papas do período renascentista que iniciaram a venda de indulgências, tornando-a um negócio lucrativo.

Questão 13 – Letra EComentário: O resultado mais evidente e imediato da Reforma foi a quebra da unidade da cristandade ocidental. Como reflexo dessa ruptura, durante quarenta anos, a Europa foi palco de diversos conflitos religiosos, em que grupos cristãos disputavam entre si a exclusividade de ser o verdadeiro porta-voz do cristianismo. Portanto, a afirmação da letra E, por indicar união e não disputa, é falsa.

Questão 14 – Letra DComentário: A alternativa que apresenta uma informação errada sobre a Contrarreforma é a letra D. A Igreja Católica adotou um conjunto de medidas para conter a expansão do protestantismo e reafirmar os dogmas católicos, ou seja, os clérigos confirmaram como elementos essenciais do catolicismo, por exemplo, a crença no purgatório, a invocação dos santos e o celibato dos padres.

Questão 15 – Letra CComentário: O contexto reformista religioso, sem dúvida, foi influenciado por outros acontecimentos transformadores na Europa, como a formação dos Estados Modernos, o fortalecimento da burguesia, a crescente valorização da razão e do individualismo e o aperfeiçoamento da imprensa. A dificuldade da Igreja em satisfazer às necessidades de indivíduos com uma espiritualidade cada vez mais complexa também proporcionou um ambiente para as críticas dos reformistas. Desse modo, todo esse cenário europeu contribuiu para a formação de novas doutrinas cristãs que buscavam traduzir os novos anseios sociais, conforme a interpretação apresentada na alternativa C.

Questão 16Comentário:A) O movimento reformista está relacionado aos novos anseios

da sociedade europeia. A busca por lucros e a cobrança de juros, atividades fundamentais para os burgueses, tornaram-se cada vez mais frequentes, contrariando a doutrina do justo preço e a condenação à usura defendidas pela Igreja. A Igreja também se confrontava com o fortalecimento dos reis e a formação das monarquias nacionais. Essa conjuntura prejudicou as ambições da Igreja de ser um poder universal, uma vez que, dentro de cada país, o rei não admitia poderes acima dos seus. Além disso, o desenvolvimento da ciência ao longo do chamado RenascimentoCientíficofoicrucialnosentidoderetirardaIgreja Católica o monopólio do saber, colocando em xeque muitos dos conhecimentos tradicionalmente estabelecidos.

Também podem ser citadas a crença na capacidade do homem de interpretar a palavra de Deus por meio da leitura individual da Bíblia, sem auxílio de intermediários; a condenação à venda de indulgências pela Igreja; a crítica à infalibilidade papal e a denúncia contra os clérigos que se valiam da Igreja apenas para enriquecer.

B) A partir da década de 1970, nos Estados Unidos, surge o chamado neopentecostalismo, baseado na Teologia da Prosperidade, que defende que a felicidade e uma vida bem- -sucedida são alcançadas por meio da fé. No Brasil, a partir da década de 1990, contexto marcado por crise econômica, essa corrente religiosa ganhou força, fato que pode ser explicado justamente por essa promessa de uma vida de sucesso e felicidade em meio a um cenário de recessão.

Questão 17Comentário:

1. A Reforma Protestante.2. A) Quanto aos aspectos econômicos, podemos destacar a

dinamização das transações mercantis e o fortalecimento daburguesiaatreladaaofimdacondenaçãodausura,sobretudo nas monarquias protestantes.

B) Quanto às questões religiosas, podemos destacar o questionamento do poder do papa como autoridade maior da cristandade; a divisão da cristandade e o surgimento de diferentes igrejas protestantes; o incentivo à livre interpretação da Bíblia no mundo protestante; o acirramento dos conflitos religiosos, culminando com o fortalecimento da Inquisição nas monarquias católicas.

Questão 18Comentário: A Reforma Protestante, na Inglaterra, foi motivada pelo interesse do rei Henrique VIII em fortalecer a sua autoridade real e consolidar a dinastia Tudor. O rompimento com a Igreja Católica significaria o fim da intervenção do Papa nos assuntos ingleses. Além disso, o acesso às terras e aos bens da Igreja era cobiçado pelo Estado, e a imposição de pesados impostos pela Santa Sé causava o descontentamento entre vários grupos sociais. Outro fator desencadeador da Reforma inglesa foi a não concessão da anulação do casamento do rei Henrique VIII com Catarina de Aragão pelo Papa Clemente VII. Em relação à consequência econômica do anglicanismo, pode ser indicada a obtenção de recursos por parte do Estado por meio do confisco de bens da Igreja Católica, fator que contribuiu com o posterior desenvolvimento do capitalismo inglês.

Questão 19Comentário:A) Lutero considerava que a humanidade é pecadora por

natureza, mas que Deus escolhe alguns para a vida eterna e lhes dá a possibilidade de levarem uma existência justa que, sustentada pela fé, lhes possibilita a graça e a misericórdia da salvação.

B) A Igreja Católica reagiu à Reforma Protestante convocando o Concílio de Trento, que estabeleceu a orientação dogmática que os católicos deveriam seguir, confirmando osmaisimportantes aspectos da doutrina e estabelecendo novas condutas para o clero.

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19Bernoulli Sistema de Ensino

Questão 20Comentário:

A) A Contrarreforma Católica instituiu o Index Librorum Proibitorum, uma lista de livros proibidos aos católicos, que deixou uma marca de intolerância da Igreja, a que não escaparam católicos nem protestantes.

Ainda hoje, os autores católicos que escrevem sobre pontos de doutrina submetem as suas obras à revisão eclesiástica para o nihil obstat (“nada obsta”) e o imprimatur (“imprima-se”), que atestam a sua ortodoxia, ou seja, a sua conformidade com a doutrina católica. Outra prática católicarefere-seàreafirmaçãodaBíbliacomoverdadeirafonte da fé cristã, que só a Igreja tem o direito exclusivo de interpretar, assim como a tradição dos ensinamentos apostólicos e a infalibilidade do papa.

B) Ao reativar o Tribunal do Santo Ofício, julgando e punindo aqueles que fossem suspeitos de heresia, a Igreja tinha comoobjetivo a vigilância dos fiéis e a repressãoa movimentos ou comportamentos que estivessem em desacordo com a doutrina católica.

Seção Enem

Questão 01 – Letra EEixo cognitivo: III

Competência de área: 2

Habilidade: 8

Comentário: A questão refere-se à continuidade da perseguição aos judeus de Portugal pela Inquisição ainda que tivessem se convertido ao catolicismo e se transferido para a colônia. O texto afirma que o Estatuto da Pureza de Sangue criou empecilhos aos cristãos-novos para se integrarem à sociedade onde viviam, justamente porque continuavam trazendo as suas “qualidades de sangue”, ou seja, o sangue judeu.

Questão 02 – Letra DEixo cognitivo: I

Competência de área: 1

Habilidade: 1

Comentário: A doutrina calvinista esteve associada mais intimamente aos ideais do novo capitalismo. Segundo suas concepções, todo trabalho, desde que honesto, é agradável a Deus, e somente os predestinados conseguiam vencer na vida. Para ele, a miséria era a fonte de todos os pecados e o sucesso material do indivíduo era prova da benevolência de Deus. Assim, aquele que é pobre não tem fé e será condenado.

Questão 03 – Letra BEixo cognitivo: IV

Competência de área: 3

Habilidade: 14

Comentário: A partir de uma comparação entre as doutrinas católica, luterana e calvinista – expressas pelos trechos apresentados na questão –, é possível perceber uma grande exaltação ao poder divino, responsável pela condução das questões mundanas. É importante ressaltar, entretanto, que principalmente os luteranos e os católicos consideravam válidas as ações terrenas para que o fiel pudesse alcançar a

salvação, enquanto Calvino, em uma postura mais radical, apegava-se à predestinação divina, muito embora dispensasse um certo livre-arbítrio às ações humanas no plano terreno. Dessa forma, a alternativa correta é a B, que, apesar de reconhecer a grande importância do poder divino para as doutrinas apresentadas, leva em consideração a parcela de liberdade concedida por Deus aos homens.

Questão 04 – Letra DEixo cognitivo: I

Competência de área: 4

Habilidade: 16

Comentário: A Reforma promoveu o desenvolvimento do capitalismo, principalmente com o calvinismo, que condenou a doutrina do justo preço adotada pela Igreja Católica e afirmou que emprestar dinheiro com juros não era pecado. Assim, as atividades lucrativas deixaram de ser consideradas pecado e passaram a ser exercidas com o aval de Deus, como pode ser percebido no texto de Calvino exposto na questão.

Questão 05 – Letra DEixo cognitivo: I

Competência de área: 1

Habilidade: 1

Comentário: As imagens podem ser interpretadas como o reflexo de concepções diferentes de culto, após o movimento reformista: os cultos protestantes propõem a relação direta e íntima do indivíduo com Deus. A Igreja Católica, pelo contrário, e principalmente após o Concílio de Trento, defendeu uma religião triunfalista, a exteriorização e a teatralização do rito, a representação dos santos e o culto das imagens. Essa diferença é bem nítida quando comparamos o templo católico e o templo de uma religião reformada. O primeiro tem o interior faustoso, repleto de imagens e pequenos altares em homenagem aos santos, além do altar-mor; o segundo tem um ambiente simples, no qual não existe lugar para imagens de santos ou outras manifestações exteriores de fé. A alternativa D, portanto, é a correta, afinal, a segunda imagem se associa aos ideais da Reforma Protestante, que, em vez de valorizar a importância dos anjos e santos, confere a Jesus Cristo o papel exclusivo de purificação.

Questão 06 – Letra CEixo cognitivo: IV

Competência de área: 3

Habilidade: 14

Comentário: As propostas de Lutero tiveram grande repercussão entre os camponeses do Sacro Império Germânico. A expansão dessas ideias levou ao surgimento de grupos mais radicais, como o dos anabatistas, que possuíam uma visão radical a respeito da Reforma. Liderados por homens como Thomas Müntzer, os camponeses se levantaram e promoveram invasões a propriedades da nobreza por todo o Império. Lutero saiu em defesa dos nobres, incentivando-os a reprimir as revoltas camponesas com pulso de ferro. O resultado, como era de se esperar, foi que os nobres voltaram-se com violência contra os camponeses, matando tanto os que resistiam como as pessoas indefesas, sufocando a rebelião.

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20 Coleção EM1

Questão 07 – Letra EEixo cognitivo: V

Competência de área: 3

Habilidade: 15

Comentário: Desde o início, Lutero questionou o poder do papa e da Igreja Romana que, segundo ele, mostrava-se arrogante e hipócrita. Enfrentou a excomunhão e a ameaça de prisão, que não aconteceu, porque os nobres que apoiavam sua conduta ofereceram-lhe proteção. Muitos Estados alemães aderiram à religião luterana e passaram a não aceitar a submissão à Igreja Católica. Essa posição crítica diante da Igreja Católica refletiu na Inglaterra, quando o rei Henrique VIII, em razão, principalmente, da necessidade de fortalecimento do poder real, separou formalmente a igreja inglesa do controle romano, usando como pretexto o divórcio de sua mulher.

CAPÍTULO – B3Implantação do sistema colonial no Brasil

Exercícios de aprendizagem

Questão 01Comentário:

A) Os padres jesuítas vieram para o Brasil devido ao processo de colonização portuguesa e à catequese dos indígenas no quadro da Reforma e da Contrarreforma.

B) O jesuíta Manoel da Nobrega defendia o aproveitamento de alguns costumes indígenas, tais como cantos, instrumentos musicais e a própria língua, como estratégias para convertê-los ao cristianismo.

Questão 02Comentário:

A) Das características dos indígenas que viviam no Brasil, pode-se mencionar que eram nômades ou seminômades; viviam em organizações sociais não muito complexas; praticavam a caça, a pesca e o plantio para a subsistência; desconheciam o princípio de propriedade privada, uma vez que havia a partilha comunitária dos bens adquiridos e produzidos pela comunidade; dividiam suas tarefas em função do sexo, ficando os homens responsáveis pela caça e as mulheres pela coleta, por exemplo; eram ágrafos (ou seja, não praticavam a escrita); tinham uma relação próxima com a natureza e eram aguerridos, sendo o ritual de antropofagia um elemento simbólico que fortalecia sua identidade guerreira.

B) A conversão religiosa dos indígenas por meio da catequese foi a estratégia encontrada pelos portugueses para fazê-los abandonar suas antigas crenças, consideradas “hereges” aos olhos dos europeus.

C) Pode-se citar o ritual de antropofagia, que foi bastante condenado pelos padres jesuítas que chegaram ao Brasil. Pode-se mencionar também suas instituições, como o casamento, modos de vestir, de se alimentar, de lutar e de cultuar seus deuses.

D) Apesar da violência sofrida pelos povos nativos, o legado cultural indígena está presente na sociedade brasileira em diversas esferas, como no hábito de dormir em redes, nos hábitos alimentares (baseados em frutas, peixes, batatas e milho), bem como na inserção de inumeráveis palavras de seu vocabulário na língua portuguesa falada no Brasil.

Questão 03Comentário: O pau-brasil era utilizado no período colonial como corante vermelho para a produção de tecidos. Atualmente, a madeira é usada como matéria-prima para elaboração de instrumentos musicais, como o violino.

Questão 04Comentário: Nos primeiros anos após a descoberta do Brasil, os portugueses realizaram poucas atividades em continente americano. Não foi empreendido nenhum esforço colonizador além da permanência de alguns degredados nas praias brasileiras. A exploração econômica se restringiu à extração do pau-brasil, com o uso do trabalho indígena por meio do sistema de escambo.

Questão 05Comentário:

A) Os motivos que explicam o desinteresse dos portugueses em colonizar o Brasil são:

• os altos lucros obtidos pelos portugueses no comércio com as Índias Orientais;

• a escassez de capital para ocupação do território por parte da Coroa;

• o fato de não terem sido encontrados, nesse período, metais preciosos na nova terra;

• a escassez demográfica de Portugal nesse período.

B) A situação se modificou quando os lucros portugueses na região asiática reduziram drasticamente, ao mesmo tempo em que a Coroa lusitana percebeu a ameaça de ocupação das regiões coloniais por outras forças europeias.

Questão 06Comentário: A expedição de Martin Afonso de Souza visava iniciar o processo de ocupação portuguesa no território colonial americano. As pretensões de enriquecimento dos portugueses que participaram da expedição também foram impactantes para o deslocamento dos lusos para a América.

Questão 07Comentário: O sistema de capitanias hereditárias foi implantado no Brasil após o relativo sucesso de sua aplicação na região da costa africana pelos portugueses. Seu principal fundamento seria a opção pelo uso do capital privado para o desenvolvimento do sistema colonial, reduzindo os investimentos que a Coroa portuguesa deveria aplicar nas colônias.

Questão 08 Comentário: Podem ser apontados como motivos para o fracasso do sistema de capitanias hereditárias o desinteresse da ocupação das terras na América por parte de alguns donatários e a falta de um estímulo do Estado português para a boa aplicação do modelo proposto.

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21Bernoulli Sistema de Ensino

Questão 09Comentário:

A) A criação do Governo-Geral pelo Estado português teve como objetivo estimular o sistema de capitanias hereditárias que apresentava resultados pouco satisfatórios e garantir a atuação mais direta da Coroa portuguesa nas terras americanas.

B) A falta de uma estrutura central organizada no Brasil colonial contribuiu para que as câmaras municipais fossem fundamentais para a prática política vigente na América Portuguesa, já que atuavam no âmbito local e poderiam compreender melhor as ansiedades regionais.

Questão 10Comentário: Pode-se citar duas destas prerrogativas das Câmaras Municipais coloniais:

• participardaadministraçãodajustiça;

• inspecionaroabastecimentodegêneros;

• supervisionarosterrenoseviaspúblicas;

• negociarjuntoàmonarquiaosinteressesdaregião;

• administrartributosespecificamentelocaisegerarposturasmunicipais em alguns conselhos.

Exercícios propostos

Questão 01 – Letra AComentário: Conforme indica a letra A, texto da questão é um documento do século XVI, cujo objetivo seria a implantação do Governo-Geral. As orientações apresentadas visavam à orientação dos governadores-gerais para a organização do Brasil Colonial e o incentivo às capitanias hereditárias, tendo em vista as dificuldades dos primeiros donatários de introduzirem o modelo colonizador conforme pretendiam as autoridades lusitanas. O documento ficou conhecido como o Regimento de 1548 e orientava, de modo direito, o primeiro Governador Geral: Tomé de Souza.

Questão 02 – Letra DComentário: A questão aborda o período conhecido como pré-colonial (1500-1530), já que não existia um empenho na ocupação do Brasil pelos portugueses. A exploração limitava-se à extração do pau-brasil na região litorânea, utilizando o trabalho indígena pelo sistema de escambo. O pau-brasil visava o mercado europeu, que utilizava a madeira para a tintura de tecidos. A exploração se fundamentava no sistema de estanco, ou seja, monopólio real que concedia a um terceiro o direito de exploração mediante o pagamento de compensações. Assim, compreende-se a opção D como verdadeira.

Questão 03 – Letra AComentário: O texto de introdução apresenta um aspecto presente nas reduções jesuíticas: a organização dos grupos indígenas em agrupamentos de defesa. Essa estrutura se justificava pelos constantes ataques realizados pelos bandeirantes aos indígenas, com a intenção principal de escravizar os nativos. Portanto, um sistema de defesa organizado seria fundamental para a sobrevivência das missões jesuíticas, justificando a opção A como verdadeira.

Questão 04 – Letra DComentário: O texto trata das motivações mercantilistas que levaram Portugal ao processo de expansão marítima e, consequentemente, à colonização do Brasil, apontando o interesse dos colonos no enriquecimento rápido proporcionado pela exploração colonial. Logo, as atividades econômicas desenvolvidas em territórios coloniais visavam a acumulação de capitais pela Coroa portuguesa. Além disso, a instituição do Governo-Geral marcou não apenas a presença efetiva da Coroa na colônia, mas também o início da ação dos jesuítas. Estes, movidos pelo espírito da Contrarreforma, muito se beneficiaram da colonização portuguesa do Brasil, uma vez que puderam empreender a catequização dos povos nativos.

Questão 05 – Letra CComentário: Durante o governo de Tomé de Souza, chegou ao Brasil a primeira missão jesuítica, chefiada pelo padre Manuel da Nóbrega. Também foi criado o primeiro bispado na América Portuguesa em 1551, tendo como líder o bispo dom Pero Fernandes Sardinha, conforme é destacado corretamente na letra C.

Questão 06 – Letra AComentário: A fragilidade do sistema das capitanias hereditárias e a permanência das incursões estrangeiras na região brasileira levaram a Coroa portuguesa a instituir o Governo-Geral em 1548. Ao centralizar a administração, a metrópole também buscava promover o desenvolvimento da produção açucareira, uma vez que esse era o principal empreendimento colonial luso.

Questão 07 – Letra CComentário: A chegada dos portugueses à América não assinalou a efetivação imediata do processo de ocupação pelos portugueses. Apesar do temor em relação às invasões estrangeiras, os portugueses só efetivaram o projeto colonial trinta anos depois, diante do receio de perder o território para outros europeus. Antes desse projeto se efetivar, no chamado Período Pré-Colonial (1500-1530), a Coroa promoveu viagens de reconhecimento da costa brasileira e empreendimentos ligados à extração do pau-brasil. Essa atividade econômica se caracterizou pela prática de escambo, ou seja, os índios realizavam o trabalho de extrativismo e, em troca, recebiam objetos dos portugueses, como miçangas, espelhos, facas, etc.

Questão 08 – Letra BComentário: O texto de introdução ressalta a ação do jesuíta no Brasil colonial. A opção correta, letra B, amplia a abordagem do texto, caracterizando os objetivos dos membros da Companhia de Jesus na associação com os colonizadores. Destaca-se, nesse sentido, o esforço da catequese, a fundação de escolas e a expansão da fé católica e da ação missionária.

Questão 09 – Letra CComentário: As capitanias hereditárias não garantiram a plena ocupação do território brasileiro. Constantes ataques indígenas, longas distâncias, falta de recursos e de comunicação podem ser citados como elementos que contribuíram para a fragilidade do sistema. Apenas duas capitanias apresentaram relativo sucesso no início do século XVI: São Vicente e Pernambuco, fato que invalida a alternativa C.

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Questão 10 – Letra AComentário: Durante o Período Pré-Colonial, a Coroa portuguesa estabeleceu o chamado direito de estanco – monopólio real – sobre o comércio do pau-brasil, concedendo a exploração da madeira a particulares, mediante o pagamento de taxas. O primeiro explorador a ganhar o direito de extrair o recurso no início do século XVI na América Portuguesa foi o cristão-novo Fernando de Noronha, conforme destacado na afirmativa da letra A.

Questão 11 – Letra DComentário: Os missionários católicos, como os jesuítas, eram responsáveis pelo planejamento, pela catequese dos indígenas e pela fundação de núcleos educacionais nas colônias. Conforme destaca a primeira afirmativa, o objetivo não era enviar os nativos para a metrópole. Já a afirmativa IV, apresenta um dado incorreto sobre a chamada guerra justa, que, na realidade, foi utilizada para justificar o aprisionamento e a escravização dos povos nativos.

Questão 12 – Letra CComentário: Durante o Período Pré-Colonial, a Coroa portuguesa enviou expedições ao Brasil com o objetivo de reconhecer a costa brasileira e avaliar a potencialidade da região. Além disso, foram fundadas as feitorias, entrepostos comerciais no litoral, fortificados e protegidos por guardas, onde produtos coloniais, como o pau-brasil, eram estocados. Depois disso, esses produtos eram exportados para o continente europeu, onde seriam comercializados.

Questão 13 – Letra CComentário: Para responder à questão, basta interpretar o texto apresentado. De acordo com o padre Manuel da Nóbrega, para executar o projeto de catequização indígena, ou seja, para que os nativos “conheçam o seu Criador, a Jesus Cristo”, “poucas letras bastam”. Conforme é destacado na afirmativa correta, letra C, isso quer dizer que não era necessária uma educação erudita para exercer esse papel, mas ter zelo e comprometimento com essa tarefa de conversão indígena.

Questão 14 – Letra BComentário: No decorrer do processo colonizador do Brasil e do desenvolvimento da economia açucareira, a mão de obra de origem africana ganhou força em relação à indígena. Vários fatores podem justificar esse fato, como a oposição dos jesuítas à exploração indígena, considerada inibidora do projeto da catequese. Além disso, deve-se destacar o grande lucro proporcionado pelo tráfico negreiro e a escassez da mão de obra indígena, provocada, sobretudo, pelas constantes fugas e pelo alto índice de mortandade desses povos. Desse modo, a escravidão indígena, embora não tenha sido extinta, não atendeu à crescente expansão da produção açucareira, fazendo com que a Coroa portuguesa optasse pela importação de trabalhadores cativos.

Questão 15Comentário: A colonização da América pelos portugueses se dá no contexto da expansão do mercantilismo como sistema econômico; entre suas bases está a ideia de acumulação de riqueza, sobretudo metais preciosos. Por essa razão, Caminha cita, na carta que enviou ao rei de Portugal, ainda não terem visto metal precioso algum ou mesmo sinal dele:

“Nela, até agora, não pudemos saber que haja ouro, nem prata, nem coisa alguma de metal nem de ferro; nem lho vimos.”

Porém, ainda que não houvesse ouro nas terras recém-achadas, encontraram populações desconhecidas e que pareciam viver em estado de barbárie, devendo, por “obrigação cristã”, ser salvas por meio da catequese e do trabalho. Esse objetivo constava das intenções coloniais, uma vez que a igreja católica era apoiadora e legitimadora das navegações. Por isso, o escrivão cita a “salvação” da gente encontrada:

“Porém o melhor fruto, que nela se pode fazer, me parece que será salvar esta gente. E esta deve ser a principal semente que vossa alteza em ela deve lançar.”

Questão 16Comentário:

A) Entre as características da sociedade portuguesa em vigor no Brasil, pode-se citar a forte religiosidade católica. Essa religião, ainda predominante em Portugal (81% da população), tornou-se a mais praticada no Brasil, colaborando para consolidar a nossa identidade.

B) Presença do escravismo como base da sociedade, ao contrário do que ocorria na Europa, que tinha em sua base o trabalho dos camponeses. Além disso, havia a forte miscigenação, que, embora seja um elemento comum em todas as sociedades, mesclou no Brasil elementos culturais deformamaisdiversificada.

Questão 17Comentário: Uma das ações consistiu na criação de missões (ou reduções), aldeamentos onde os jesuítas incutiam os valores do cristianismo nos indígenas, além de os fazerem realizar atividades econômicas lucrativas. A outra forma de ação era o desenvolvimento de uma política contrária à escravização dos índios pelos colonos.

Questão 18Comentário:

A) Escravos e índios.

B) Os latifundiários no Brasil colonial exerciam as funções políticas e administrativas em virtude do poder econômico originado da posse da terra. A ação administrativa se fundamentava na manutenção dos privilégios dos setores mais abastados, empreendendo esforços para abafar qualquer empenho de ruptura social e política perante o domínio português na América.

Questão 19Comentário:

A) Os chamados “homens bons” eram pessoas abastadas e normalmente de origem portuguesa.

B) Podem ser citados: administrar as vilas, analisar assuntos relacionados ao cotidiano da população e harmonizar as regras portuguesas com o universo regional da colônia.

Questão 20Comentário: As capitanias hereditárias apresentaram várias dificuldades para a sua implementação no Brasil colonial, como a grande extensão territorial, a descentralização administrativa, os ataques indígenas e a falta de condições econômicas dos donatários. A criação do Governo-Geral em 1548 tinha como uma das intenções estimular o modelo de capitanias hereditárias pela presença da administração portuguesa no Brasil.

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23Bernoulli Sistema de Ensino

Seção Enem

Questão 01 – Letra BEixo cognitivo: I

Competência de área: 1

Habilidade: 1

Comentário: A Igreja Católica, durante o Período Colonial, valeu-se de ícones religiosos e de seus sacramentos para ampliar o número de fiéis. A imagem de São Benedito, apresentada no item, é um exemplo desse processo, já que a utilização de um santo negro na catequização dos povos afro-brasileiros atenderia ao projeto de divulgação da Santa Sé.

Questão 02 – Letra CEixo cognitivo: I

Competência de área: 1

Habilidade: 1

Comentário: Os trechos evidenciam a percepção etnocêntrica dos europeus sobre a população nativa americana no contexto colonizador. No primeiro trecho, por exemplo, há uma referência a documentos do século XVI, em que os nativos são denominados por termos pejorativos. No segundo trecho, há um verbete de dicionário histórico, no qual o conceito de “índio” é genérico, marcado por um desinteresse do europeu pela diversidade cultural do nativo americano.

Questão 03 – Letra DEixo cognitivo: I

Competência de área: 1

Habilidade: 1

Comentário: O texto do século XVI ressalta a visão eurocêntrica vigente nas relações entre europeus e povos indígenas nos primeiros anos da colonização na América. A posição de incompreensão do cronista português destaca a ausência de percepção de alteridade, pois não dimensiona os traços culturais indígenas, distintos daqueles dos povos europeus.

Questão 04 – Letra C Eixo cognitivo: I

Competência de área: 3

Habilidade: 11

Comentário: Nos primeiros séculos da colonização portuguesa na América, as atividades econômicas da Colônia se concentraram, sobretudo, na região litorânea do Nordeste brasileiro. O maior desenvolvimento econômico das áreas costeiras e a maior facilidade de escoamento da produção pelos portos para a Europa, em relação ao interior da Colônia, foram fundamentais para que houvesse uma maior concentração da população, desejosa de enriquecimento rápido, nas regiões litorâneas do Brasil, o que torna válida, portanto, a alternativa C. O caráter rural e a rígida estrutura social das sociedades estabelecidas nas regiões litorâneas dificultaram a maior variação no perfil populacional e cultural dessas áreas, o que invalida a alternativa A. Mesmo que, em função da produção açucareira, tenham surgido algumas cidades de destaque na região Nordeste, o universo dessa região era marcadamente rural e voltado para a exportação, não havendo grande concentração monetária, o que contraria a alternativa B.

A alternativa D não se relaciona diretamente com o texto; além disso, eram os portugueses, e não os naturais da Colônia, que eram favorecidos na concessão de títulos nobiliárquicos pela monarquia. Por fim, é historicamente sabido que as relações na sociedade açucareira do litoral nordestino eram marcadamente desiguais e baseadas na mão de obra escrava, o que invalida a alternativa E.

Questão 05 – Letra E Eixo cognitivo: I Competência de área: 3 Habilidade: 11 Comentário: As diferenças linguísticas entre indígenas e europeus constituiu-se numa barreira para o processo de colonização, sobretudo na evangelização e aculturação dos povos nativos. O padre Antonio Vieira chega a comparar a diversidade de línguas verificada na região Norte do Brasil com a história bíblica de Babel, que explica mitologicamente a origem dos diferentes idiomas falados no mundo. Desse modo, para tornar possíveis os objetivos da catequese, fixados pela Igreja Católica e pela Companhia de Jesus, os jesuítas promoveram adaptações na língua indígena, de modo a torná-la gramaticalmente mais simples para o exercício da catequese.

Questão 06 – Letra EEixo cognitivo: VCompetência de área: 3Habilidade: 15Comentário: A atuação dos jesuítas na América ibérica colonial foi de suma importância na imposição do domínio europeu no Novo Mundo. As missões jesuíticas recorreram a inúmeras estratégias para a catequese dos ameríndios, inclusive ao aprendizado da língua falada pelos nativos. Vale registrar a importância da Companhia de Jesus na tradução da língua geral dos indígenas no Brasil.

Questão 07 – Letra A Eixo cognitivo: IV Competência de área: 1 Habilidade: 4 Comentário: O item propõe uma percepção distinta do pau-brasil entre os europeus e os indígenas. Essa abordagem se inicia com um texto de introdução em que um nativo desconhece o motivo que levava os europeus a virem tão longe para buscar lenha. Entretanto, sabe-se que a madeira era utilizada pelos europeus para tingir tecidos e não como lenha. Dessa forma, deve-se marcar a alternativa A, que aborda a utilização distinta da madeira pelos europeus e pelos nativos da América.

Questão 08 – Letra B Eixo cognitivo: ICompetência de área: 3Habilidade: 11Comentário: A alternativa correta, letra B, expõe caracterizações verossímeis das tribos tupis-guaranis, demonstrando como as guerras com tribos rivais desempenhavam papel unificador e legitimador da comunidade, sendo dotadas de uma ritualística que conferia um caráter de celebração social para todo o movimento de conflito. Complementarmente, a assertiva também afirma a feição semissedentária das sociedades tupi-guaranis, colocando em pauta o incipiente assentamento dessas sociedades, assim como o constante deslocamento pelo território brasileiro em busca de condições mais propícias para o seu desenvolvimento.

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24 Coleção EM1

CAPÍTULO – B4Povos africanos

Exercícios de aprendizagem

Questão 01 Comentário: O continente africano apresenta um profundo quadro de diversidade cultural. As variações geográficas do continente (Deserto do Saara, Rio Nilo, florestas e continente banhado por vários mares e oceanos) contribuíram para a construção de experiências econômicas distintas que foram impactantes para estruturas sociais e culturais diversas. O contato histórico com a religião islâmica no norte da África e experiências econômicas com os europeus na costa do Atlântico podem ser compreendias como elementos históricos também impactantes para a constituição de uma África múltipla. A esse universo somaram-se os vários povos locais, como bantos, sudaneses, koikoi, nilotas e outros, que, reunidos em diversos reinos locais, construíram uma diversidade cultural extraordinária.

Questão 02Comentário: Entre os vários grupos étnicos que compõem a África, podemos destacar:

Bantos: Predominantes na região sul da África, representam o grupo mais numeroso do continente, apesar de ser possível dividi-los em centenas de subgrupos.

Pigmeus: Caracterizados por apresentarem pele negra e pequena estatura, os pigmeus se concentram na região da África Equatorial.

Sudaneses: Dedicados à agricultura, os sudaneses habitam as savanas localizadas entre a região do Atlântico até o vale do Rio Nilo. Chegaram a apresentar um elevado estágio de civilização no contexto das Grandes Navegações.

Nilotas: Habitam a região sul do Rio Nilo e são caracterizados por apresentarem pele negra e elevada estatura.

Questão 03Comentário:

Gana: Seu território se concentra nas atuais regiões de Mali e Mauritânia. A prática comercial e a extração de ouro representaram a base do modelo econômico, estimulados por um regime monárquico responsável pelo controle da região.

Mali: o reino de Mali se constitui nos atuais territórios da República de Mali, Senegal e Guiné. Os imperadores do Mali, conhecidos por Mansas, dominavam o território na Bacia do Rio Níger, garantindo intensa atividade comercial com outros povos da região, com destaque para os árabes do norte do continente.

Songhai: O território Songhai se estendia da costa do Atlântico aos territórios entre a Bacia do Rio Níger e o Lago Chade. A estrutura política do império girava em torno do imperador, responsável pelo controle de uma numerosa Corte. A economia se orientava pelo trabalho escravo. Calcula-se que uma terra com duzentos escravos fosse capaz de produzir, aproximadamente, 250 toneladas de arroz por ano. O ouro e o sal eram comumente utilizados como referência monetária, mas a principal moeda era o cauris, conchas de moluscos utilizadas como moeda, da África à China, até meados do século XIX.

Questão 04Comentário:

Gana: Formado a partir do século III da Era Cristã, o reino de Gana se destacou por desenvolver-se em uma área distante do litoral Atlântico e fora do gigantesco Deserto do Saara. O apogeu dessa civilização ocorreu entre os séculos VII e IX, quando as atividades de extração de ouro e o comércio de vários produtos, como sal, tecidos, tâmaras, e mesmo cavalos, permitiram a integração econômica do reino com as regiões do norte da África, Egito e Sudão. O monarca do reino de Gana garantia seu poder por meio da exploração do ouro, que era escoado para os comerciantes árabes empreenderem a cunhagem de moeda. A desestruturação do reino ocorreu a partir do século XIII, com o progressivo esgotamento da produção aurífera e as sublevações dos povos dominados. Foi nesse contexto que o território passou a ser dominado pelo reino de Mali.

Mali: Desenvolvido entre os séculos XIII e XVI, o reino teve seu apogeu durante o reinado do Mansa Mussa, marcado pela expansão das fronteiras do império, ocupando as regiões da costa do Atlântico até o Rio Níger. Após a morte do Mansa Mussa, o reino de Mali entrou em lento declínio por conta da dificuldade de seus sucessores em manterem o controle de tão extenso território. No século XV, o poder de Mali já havia desaparecido frente à força dos Songhai.

Songhai: Fundado por Sonni Ali Ber, o Grande, no contexto do declínio do reino de Mali em torno do século XV. Em torno do século XVI, o império de Songhai começou a sofrer a opressão dos Estados muçulmanos, como o reino de Marrocos, que buscava as minas de sal e de ouro em regiões vizinhas. O avanço europeu pela costa africana em busca de escravos e de riquezas contribuiu para a decadência da região.

Questão 05Comentário:

A) Tráficodeescravos.

B) 1ª Estrofe – O trato do escravo como objeto de negócio.

2ª Estrofe – O elevado lucro proveniente da atividade dotráfico.

Questão 06Comentário:

A) Os quilombos foram comunidades construídas por escravos fugidos ou, nos quilombos de maior longevidade, também pelos nascidos na região. Os quilombolas, muitas vezes, provinham de diferentes etnias africanas e não possuíam sempre o mesmo passado cultural. Por essa razão, reinventavam e co-criavam tradições de origem africana, forjando novas identidades na América Portuguesa. Os quilombolas não viviam apartados da sociedade colonial; desenvolveram laços profundos com ela, não obstante as contínuas tentativas dos representantes da Coroa de destruí-los.

B) Palmares se relacionava com a sociedade colonial por meio decontatospacíficoscomseusdiversossetoressituadosnavizinhança imediata do quilombo. Havia, também, relações de hostilidade com a sociedade colonial em seu sentido mais amplo, por ser dominada pela elite agrária prejudicada com a fuga de escravos.

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Questão 07Comentário:

A) Eram duas as formas de trabalho do escravo urbano: a escravidão doméstica, que se voltava para o atendimento das diversas demandas dos senhores em relação à casa e à família; o escravo de ganho, que recebia uma cota dos rendimentos auferidos na prestação de seus serviços (comércio, artesanato, dentre outros), podendo, assim, juntar recursos para a compra de sua alforria.

B) Segundo Alencar, a representação do escravo como demônio decorre da posição ambígua que ele ocupava no seio da família: partilhava da vida íntima dos senhores e, ao mesmo tempo, produzia intrigas. Essa ambiguidade levava à associação do escravo com a metáfora do demônio, na medida em que ele colocava em risco os valores morais vigentes.

Questão 08Comentário: A escravidão urbana no Brasil surgiu com a formação das primeiras vilas que cercavam a região mineradora, no início do século XVIII, se arrastando até a abolição em fins do século XIX. Caracterizou-se por formas de convivência aparentemente mais flexíveis e menos violentas se comparadas aos espaços rurais, uma vez que, devido aos novos ambientes e atividades econômicas, surgiram relações de sociabilidade marcadas por negociação entre senhores e escravos, especialmente os escravos de ganho. Nesses casos, os escravos percorriam a cidade, trabalhando para os seus próprios senhores ou contratados por terceiros para serviços eventuais. Negros escravos, libertos, livres e mulatos se misturavam aos brancos, provocando anseios ainda maiores de liberdade, miscigenação e mobilidade social.

Muitos escravos sequer moravam nas senzalas ou dormitórios destinados a eles pelos senhores. Os escravos de ganho tinham que entregar certa quantia de dinheiro aos seus senhores, podendo permanecer com o restante e usá-lo, até comprar sua liberdade, como muitos fizeram. Alguns escravos, depois de libertos, chegaram a se tornar homens de negócios e tornavam-se eles próprios senhores de escravos. Além das áreas mineradoras, essas características foram comuns em Salvador e no Rio de Janeiro. A imagem de Debret apresenta como destaque o comércio de ambulantes, em especial, as negras de tabuleiro.

Exercícios propostos

Questão 01 – Letra AComentário: No contexto escravista brasileiro, o uso do sapato indicava a condição social do indivíduo e também poderia significar liberdade. Era comum proibir os escravos de usar calçados, tanto que, assim que eram alforriados, os negros libertos buscavam adquirir sapatos para se diferenciar dos escravos. Escravos de ganho, por exemplo, apresentavam-se bem-vestidos nos meios urbanos, contudo, sem os sapatos. Desse modo, a conclusão apresentada na primeira e segunda afirmativas a respeito da fotografia do casal negro, provavelmente livre, está correta. Considerando esse fato, é possível excluir a terceira e quarta afirmativas, que apresentam informações imprecisas sobre o uso das fotografias na sociedade colonial, bem como deixam a entender que a imagem destacada retrata um casal de escravos.

Questão 02 – Letra CComentário: A questão aborda o universo escravocrata vigente no Brasil Colônia. A única opção incorreta é o item IV, já que contraria a realidade colonial marcada por considerável resistência à escravidão, representada pelas fugas de negros e a formação de vários quilombos. As opções I, II e III se apresentam verossímeis, sendo a opção correta a letra C.

Questão 03Comentário: O erro das visões apresentadas no texto consiste em seu viés simplista acerca da escravidão no Brasil. Ao contrário do que diz a historiografia tradicional, houve inumeráveis casos em que os escravos estabeleceram relações sociais que iam além da senzala. É o caso, por exemplo, dos laços de compadrio, que os integrava às famílias extensas do senhor de escravos. Além disso, os escravos não constituíam um grupo homogêneo; havia diferenças não apenas étnicas, mas também sociais entre eles no Brasil. E essas diferenças sociais não eram definidas apenas pelas tarefas que executavam, podendo a distinção se basear na antiguidade do seu grupo parental nas fazendas – escravos oriundos da África eram menos favorecidos do que os grupos que tinham laços de parentesco já consolidados aqui.

Questão 04 – Letra CComentário: Distante do continente de origem, a população negra enviada para o Brasil realizava várias ações de resistência à escravidão, além de manter esforços para a preservação dos elementos culturais herdados da África. As práticas de ritos religiosos africanos eram rejeitadas pela Igreja Católica, por considerá-las ameaçadoras às crenças cristãs. Apesar disso, o avanço da cultura africana no Brasil e sua miscigenação foi intenso.

Questão 05 – Letra BComentário: A presença escrava no Brasil mostrou-se diversa. O violento tráfico de escravos ocorreu em várias regiões da África, conforme a canção de introdução da questão propõe, possibilitando o contato cultural diverso no Brasil com os povos africanos.

Questão 06 – Soma = 14Comentário: Durante todo o Período Colonial brasileiro, os negros escravizados adotaram diversas estratégias de resistência à escravidão, como revoltas, fugas, suicídios, sabotagem da produção, entre outras. Esse fato invalida a afirmativa de número 01. Já a afirmativa de número 16 apresenta um dado errado a respeito do posicionamento da Igreja sobre a escravidão. Os religiosos condenaram apenas a escravidão indígena, uma vez que, segundo a Igreja, eles deveriam ser convertidos. Contudo, não houve condenação da escravidão negra africana; pelo contrário, foi comum utilizarem argumentos bíblicos para justificá-la. As demais afirmativas (02, 04 e 08) apresentam informações corretas sobre a América Portuguesa.

Questão 07 – Letra DComentário: Os africanos bantos que vieram para o Brasil eram originários de várias regiões do sul da África. No entanto, grande parte deles chegou ao país vinda do porto de Angola. No Brasil, a maioria dos escravos tinha essa origem, e sua presença se fez marcante por todo o território brasileiro, de modo que sua cultura, muito antiga, se misturou com a dos portugueses e com a dos nativos. Portanto, a afirmativa D está correta ao afirmar que a região de Angola foi importante fornecedora de pessoas escravizadas, enviadas compulsoriamente ao Brasil.

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Questão 08 – Letra BComentário: A questão trata da escravidão de ganho, comum nos meios urbanos brasileiros durante a vigência do regime escravocrata. Sobre esse assunto, as afirmativas I, III e IV apresentam dados incorretos. Não é possível afirmar que os escravos de ganho viviam em plena liberdade, uma vez que o fato de circularem nos meios urbanos não retirava sua condição de cativo e de obediência ao seu senhor, conforme indicam as afirmativas I e III. Já a afirmativa IV está errada, pois as boas roupas utilizadas pelos escravos de ganho não eram capazes de romper o estigma de cativo, uma vez que eram proibidos de utilizar sapatos, fato que indicava sua condição de escravo.

Questão 09 – Letra EComentário: Normalmente, o mulato, por ser mestiço, frequentemente expressava o desejo de uma identidade nova, uma vez que não se equiparava nem com o pai branco, nem com a mãe negra. Em relação ao pai, era rejeitado pelo fato de não ser branco, sendo sempre lembrado pela sua herança africana. Já em relação à mãe, buscava se afastar de qualquer referência negra ou das raízes africanas de seus antepassados, por considerá-los dominados. Assim, buscava se revestir de signos diferenciadores, vestindo-se e comportando-se de maneira distinta dos negros escravos. Quando livres, era muito comum os mulatos trabalharem como capatazes e feitores para os grandes senhores. Dessa forma, como dizia o padre Antonil, a colônia poderia ser um paraíso para os mulatos, em oposição ao inferno dos negros.

Questão 10 Comentário: As formas de resistência do negro à escravidão durante o Período Colonial que podem ser citadas são:

• Fugasdasáreasdeengenhosindividuaisoucoletivas,desdeos séculos XVI e XVII, e, posteriormente, na extensão da colonização às áreas interioranas (fazendas), formando as comunidades de quilombolas.

• Assassinatos de senhores, feitores e capitães-do-mato,por estrangulamento, enforcamento, envenenamento, esfaqueamento,asfixiaegolpesdecapoeira.

• Suicídio,porinanição,asfixia,enforcamento,envenenamento, comer areia, etc., causando prejuízos aos proprietários com a sua morte e tornando-se livres de futuros maus-tratos.

• Abortoparaevitartrazeràluzfilhosquesofreriamtodaaviolência do sistema e para prejudicar o investimento dos senhores em suas “crias”. O aborto era provocado pela ingestão de chás ou introdução de objetos nas genitais pelas próprias escravas.

• Resistência e negligências no trabalho, não cumprindoordens dadas ou causando danos aos instrumentos de trabalho (sabotagens).

• Raptos e furtos de outros escravos de fazendas paralugares muito distantes das vilas coloniais, sedes do poder colonizador português.

• Formação de quilombos, reunião de escravos foragidos,organizados em associação com outras populações dominadas, tais como mestiços e índios, submetidos à escravidão. Tinham governo local próprio. O mais famoso era o Quilombo dos Palmares, em Alagoas, que, sob a liderança de Zumbi, resistiu durante anos aos cercos das autoridades coloniais, constituindo-se marco histórico da resistência à escravidão no Brasil.

• Insurreiçõesnaformadeenfrentamentopelasarmas,comoé o caso da revolta dos Malês, na Bahia.

• Aliançascomapopulaçãodeorigemindígenaemestiçosque porventura também estivessem submetidos ao sistema de aprisionamento para escravidão.

• Preservação da identidade cultural – participação emirmandades católicas, como de São Benedito e N. S. do Rosário; manter viva sua cultura e seu sistema de crenças.

Questão 11 Comentário:

A) A dispersão de diversas culturas africanas nos domínios coloniais europeus.

B) Entreoutrasmanifestaçõesculturais,podemosidentificarasinfluênciasafricanasnamúsica,expressaparticularmenteno samba, e na religião, com a umbanda e o candomblé.

C) O preconceito racial direcionado aos afrodescendentes, decorrendo daí a discriminação contra os negros nas mais variadas situações.

Questão 12 – Letra BComentário: O candomblé é uma recriação das tradições dos ancestrais africanos dos iorubás e se baseia na crença nos orixás. Estes são deuses ligados às forças da natureza, e sua influência deve servir de guia para as atitudes dos homens. O texto ressalta essa característica de recriação da cultura de origem africana: “na Bahia, o candomblé se caracterizou por um movimento crescente de mistura cultural, étnica, racial e social”. Desse modo, conforme é destacado na alternativa B, o candomblé é uma das expressões religiosas do Brasil que expressa muito bem a cultura afro-brasileira.

Questão 13Comentário: O gráfico mostra que houve uma oscilação no número de escravos aparentados entre 1789 e 1807, enquanto, no mesmo período, o percentual de escravos de origem africana cresceu significativamente, especialmente entre os escravos com 15 anos ou mais. Esses dados se explicam pela necessidade de aumentar a mão de obra escrava para trabalhar na nascente produção de café.

Questão 14 Comentário:

• OposiçãodaIgrejaCatólicaàutilizaçãodoindígenacomoescravo.

• Dificuldadedeapresamentodosindígenas,emfunçãodesua migração / fuga para o interior.

• Lucratividade do tráfico internacional de escravos,semelhante à de uma grande empresa, favorecendo traficanteseaCoroaportuguesa.

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• “Faltadebraços”paraa lavouradosprincipaisprodutoscoloniais, devido a um ciclo de doenças ocorridas na segunda metade do século XVI, responsável pela morte de milhares de indígenas.

• Caráterfortementehierárquicodasociedadeportuguesadesse momento, marcada pelo uso legitimado da escravidão.

Questão 15 – Letra AComentário: Nesse continente havia a presença de Estados organizados, como o Reino do Congo, e a exploração de escravos, mas não é possível afirmar que existia uma sociedade escravista. O fato de haver um comércio de escravos, realizado pelas lideranças locais e que se intensificou no contexto colonial, não significa que as sociedades africanas faziam uso desses escravos como os europeus, que formaram uma sociedade escravocrata nas suas colônias. Ou seja, a escravidão não era a base da mão de obra nem fazia parte da principal atividade econômica dessa sociedade, como ocorreu na América, durante o Período Colonial.

Questão 16 – Letra CComentário: O Reino do Congo, fundado no século XIV na África Central, era constituído por povos que falavam línguas do grupo banto. A região tornou-se um grande centro comercial de escravos. Aliás, a América Portuguesa recebeu milhões desses escravos. Desse modo, as caraterísticas apresentadas no texto se relacionam ao Reino do Congo.

Seção Enem

Questão 01 – Letra CEixo cognitivo: IV

Competência de área: 2

Habilidade: 9

Comentário: A questão aborda a história da África, destacando a importância da cidade de Tombuctu, pertencente ao Império Mali. Como mostra o texto, a cidade era um grande centro comercial e intelectual, que interligava os principais povos do Saara Ocidental, situação descrita corretamente pela alternativa C.

Questão 02 – Letra BEixo cognitivo: I

Competência de área: 3

Habilidade: 11

Comentário: O texto de Luiz Gama, conhecido apologista da causa da abolição da escravidão no século XIX no Brasil, narra a vida da própria mãe. A história de Luiza Mahin destaca a indisposição da mãe de Luiz Gama de integrar-se aos elementos culturais portugueses, como as questões religiosas cristãs. Assim, o texto enfatiza a estratégia de resistência cultural como pilar da atuação de Luiza Mahin, conforme assinala a alternativa B.

Questão 03 – Letra CEixo cognitivo: I

Competência de área: 3

Habilidade: 11

Comentário: O trecho apresentado no item enfatiza a atuação de mulheres no comércio da África Ocidental. A partir do que é exposto, é possível relacionar esse trabalho ao ofício das negras de tabuleiros, por exemplo, que, sendo escravas ou alforriadas, cumpriam um importante papel vendendo variados tipos de produtos nos centros urbanos brasileiros entre os séculos XVIII e XIX.

Questão 04 – Letra BEixo cognitivo: II

Competência de área: 1

Habilidade: 2

Comentário: O texto apresenta uma crítica à produção cinematográfica hollywoodiana, que, quando se trata da África, mostra mais o exótico e menos os aspectos culturais relevantes. Dessa forma, a África é apresentada como um continente selvagem, violento e atrasado. Essa visão etnocêntrica é um legado do processo de dominação colonial que atingiu os africanos durante séculos.

Questão 05 – Letra EEixo cognitivo: III

Competência de área: 1

Habilidade: 3

Comentário: O congado, como uma festa afro-brasileira, evidencia uma ressignificação cultural na medida em que reafirma as tradições e a identidade dos povos africanos do reino do Congo no contexto colonial brasileiro.

Questão 06 – Letra AEixo cognitivo: I

Competência de área: 1

Habilidade: 1

Comentário: A resposta do item se orienta no texto da questão. O autor busca enfatizar a existência de uma percepção de identidade africana nos escravos que migraram para o Brasil durante os períodos Colonial e Imperial. Essa identidade, segundo o texto, permitia o fortalecimento dos grupos enviados para o Brasil, criando condições para a formação de uma noção de unidade, apesar de serem originados de áreas distintas da África. Assim, a alternativa A atende de modo satisfatório ao item.

Questão 07 – Letra EEixo cognitivo: V

Competência de área: 1

Habilidade: 5

Comentário: O item se orienta no texto de introdução que apresenta a Lei 10 639 que ressalta a necessidade do estudo dos elementos culturais afro-brasileiros nas escolas nacionais. O objetivo é dimensionar a seriedade desse estudo para a sociedade brasileira, enfatizando o reconhecimento da pluralidade étnico-racial existente no país, conforme propõe a opção apropriada, a alternativa E.

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Sugestões de leitura para o professorLivros

•1434 – o ano em que uma magnífica frota chinesa velejou para a Itália e deu início ao Renascimento.

Gavin Menzies. Bertrand Brasil.

•A bolsa e a vida – economia e religião na Idade Média. Jacques Le Goff. Civilização Brasileira.

•A etiqueta no Antigo Regime. Renato Janine Ribeiro. Brasiliense.

•A feitiçaria na Europa Moderna. Laura de Mello e Souza. Ática.

•A Inquisição. Anita Novinski. Brasiliense. Coleção Tudo é História.

•Da Reforma à Contrarreforma – o cristianismo em crise. Fernando Seffner. Atual.

•Dicionário do Brasil Colonial e Dicionário do Brasil Imperial. Ronaldo Vaifas. Objetiva

•Galileu: pelo copernicanismo e pela Igreja. Annibale Fantoli. Loyola.

•História da riqueza do homem. Leo Huberman. Livros Técnicos e Científicos.

•História da vida privada – da Renascença ao Século das Luzes. Philippe Ariès e Roger Charrier.

Companhia das Letras.

•O absolutismo – política e sociedade na Europa moderna. Marcos Antônio Lopes. Brasiliense.

•O banco Medici – poder, dinheiro e arte na Florença do século XV. Tim Parks (org.). Record.

•O problema da incredulidade no século XVI. Lucien Febvre. Companhia das Letras.

•O tempo do Renascimento. Luiz Marques (coord.). Duetto Editorial.

•Os pioneiros presbiterianos no Brasil (1859-1900): missionários, pastores e leigos no século XIX. Alderi

Souza de Matos. Ed. Cultura Cristã.

•Reformas religiosas. Flávio Luizetto. Contexto.

•Renascimento e humanismo: o homem e o mundo europeu do século XIV ao século XVI. Teresa Van

Acker. Atual.

•Vida de Michelangelo Buonarroti. Giorgio Vasari. Unicamp.

Sites

•<www.operamundi.com.br>. Organizado pelo grupo UOL, o site apresenta vários textos jornalísticos

que tratam de temas contemporâneos do Brasil e do Mundo. A qualidade da produção, a elaboração de

reportagens especiais e a reunião dos principais assuntos dos mais destacados jornais do mundo são

algumas de suas qualidades.

•<cafehistoria.com.br>. Plataforma de divulgação de artigos de História para o público leigo e especialista.

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