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EF 6º ano | Volume 2 | Língua Portuguesa Manual do Professor

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EF 6º ano | Volume 2 | Língua Portuguesa

Manual do Professor

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língua portuguesa

Coleção EF62Coleção EF6

C689 Coleção Ensino Fundamental 6º ano: - Belo Horizonte: Bernoulli Sistema de Ensino, 2018. 140 p.: il.

Ensino para ingresso ao Nível Médio. Bernoulli Grupo Educacional.

1. Língua Portuguesa I - Título II - Bernoulli Sistema de Ensino III - V. 2

CDU - 37CDD - 370

Centro de Distribuição:

Rua José Maria de Lacerda, 1 900 Cidade Industrial Galpão 01 - Armazém 05 Contagem - MGCEP: 32.210-120

Endereço para correspondência:

Rua Diorita, 43, PradoBelo Horizonte - MGCEP: 30.411-084www.bernoulli.com.br/sistema 31.3029.4949

Fotografias, gráficos, mapas e outros tipos de ilustrações presentes em exercícios de vestibulares e Enem podem ter sido adaptados por questões estéticas ou para melhor visualização.

Coleção Ensino Fundamental 6º ano - Volume 2 é uma publicação da Editora DRP Ltda. Todos os direitos reservados. Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

SAC: [email protected] 31.99301.1441 – Dúvidas e sugestões a respeito das soluções didáticas.

ConSElho DirEtorDiretor Administrativo-Financeiro: Rodrigo Fernandes DomingosDiretor de Ensino: Rommel Fernandes DomingosDiretor Pedagógico: Paulo RibeiroDiretor Pedagógico Executivo: Marcos Raggazzi

DirEçãoDiretor Executivo: Tiago Bossi

AutoriAlíngua Portuguesa: Debora Couto, Yara Bruno

ProDuçãoGerente de Produção: Luciene FernandesAnalista de Processos Editoriais: Letícia OliveiraAssistente de Produção Editorial: Thais Melgaço

núcleo PedagógicoGestores Pedagógicos: Amanda Zanetti, Vicente Omar TorresCoordenadora Geral de Produção: Juliana RibasCoordenadoras de Produção Pedagógica: Drielen dos Santos, Isabela Lélis, Lílian Sabino, Marilene Fernanda Guerra, Thaísa Lagoeiro, Vanessa Santos, Wanelza TeixeiraAnalistas Pedagógicos: Amanda Birindiba, Átila Camargos, Bruno Amorim, Bruno Constâncio, Daniel Menezes, Daniel Pragana, Daniel Pretti, Dário Mendes, Deborah Carvalho, Joyce Martins, Juliana Fonseca, Júnia Teles, Luana Vieira, Lucas Maranhão, Mariana Campos, Mariana Cruz, Marina Rodrigues, Paulo Caminha, Paulo Vaz, Raquel Raad, Sabrina Carmo, Stênio Vinícios de Medeiros, Taciana Macêdo, Tatiana Bacelar, Thalassa Kalil, Thamires Rodrigues, Vladimir AvelarAssistente técnica em Estatística: Numiá GomesAssistentes de Produção Editorial: Carolina Silva, Suzelainne de Souza

Produção EditorialGestora de Produção Editorial: Thalita NigriCoordenadores de núcleo: Étore Moreira, Gabriela Garzon, Isabela DutraCoordenadora de iconografia: Viviane FonsecaPesquisadores iconográficos: Camila Gonçalves, Débora Nigri, Eloine Reis, Fabíola Paiva, Guilherme Rodrigues, Núbia Santiagorevisores: Ana Maria Oliveira, Gabrielle Ruas, Lucas Santiago, Luciana Lopes, Natália Lima, Tathiana OliveiraArte-Finalistas: Cleber Monteiro, Gabriel Alves, Kátia SilvaDiagramadores: Camila Meireles, Isabela Diniz, Kênia Sandy Ferreira, Lorrane Amorim, Naianne Rabelo, Webster Pereirailustradores: Reinaldo Rocha, Rodrigo Almeida, Rubens Lima

Produção GráficaGestor de Produção Gráfica: Wellington SeabraCoordenador de Produção Gráfica: Marcelo CorreaAnalista de Produção Gráfica: Patrícia ÁureaAnalistas de Editoração: Gleiton Bastos, Karla Cunha, Pablo Assunção, Taiana Amorimrevisora de Produção Gráfica: Lorena Coelho

Coordenador do PSM: Wilson BittencourtAnalistas de Processos Editoriais: Augusto Figueiredo, Izabela Lopes, Lucas Roquerevisoras: Bruna Emanuele Fernandes, Danielle Cardoso, Luísa GuerraArte-Finalista: Larissa AssisDiagramadores: Anna Carolina Moreira, Maycon Portugal, Rafael Guisoli, Raquel Lopes, Wallace Weberilustrador: Hector Ivo Oliveira

rElACionAMEnto E MErCADoGerente Geral de relacionamento e Mercado: Renata Gazzinelli

SuPortE PEDAGóGiCoGerente de Suporte Pedagógico: Heloísa BaldoAssessoras Pedagógicas Estratégicas: Madresilva Magalhães, Priscila BoyGestores de Conteúdo: Luciano Carielo, Marinette FreitasConsultores Pedagógicos: Adriene Domingues, Camila Ramos, Claudete Marcellino, Daniella Lopes, Denise Almeida, Eugênia Alves, Francisco Foureaux, Leonardo Ferreira, Lucilene Antunes, Paulo Rogedo, Soraya OliveiraAnalista de Conteúdo Pedagógico: Paula VilelaAnalista de Suporte Pedagógico: Caio PontesAnalista técnico-Pedagógica: Graziene de AraújoAssistente técnico-Pedagógica: Werlayne BastosAssistentes técnico-Administrativas: Aline Freitas, Lívia Espírito Santo

CoMErCiAlCoordenador Comercial: Rafael CurySupervisora Administrativo-Comercial: Mariana GonçalvesConsultores Comerciais: Adalberto de Oliveira, Carlos Eduardo Oliveira, Cláudia Amoedo, Eduardo Medeiros, Guilherme Ferreira, Ricardo Ricato, Robson Correia, Rossano Rodrigues, Simone CostaAnalistas Comerciais: Alan Charles Gonçalves, Cecília Paranhos, Rafaela RibeiroAssistentes Comerciais: Laura Caroline Tomé, Melissa Turci

ADMiniStrAtivoGerente Administrativo: Vítor LealCoordenadora técnico-Administrativa: Thamirys Alcântara Coordenadora de Projetos: Juliene SouzaAnalistas técnico-Administrativas: Ana Clara Pereira, Bárbara Câmara, Lorena KnuppAssistentes técnico-Administrativos: Danielle Nunes, David Duarte, Fernanda de Souza, Mariana Girardi, Priscila Cabral, Raphaella HamziAuxiliares de Escritório: Jéssica Figueiredo, Sandra Maria MoreiraEncarregado de Serviços Gerais e Manutenção: Rogério Brito

oPErAçõESGerente de operações: Bárbara AndradeCoordenadora de operações: Karine ArcanjoSupervisora de Atendimento: Adriana MartinsAnalista de Controle e Planejamento: Vinícius AmaralAnalistas de operações: Ludymilla Barroso, Luiza RibeiroAssistentes de relacionamento: Amanda Aurélio, Amanda Ragonezi, Ana da Silva, Ana Maciel, Ariane Simim, Débora Teresani, Elizabeth Lima, Eysla Marques, Flora Freitas, Iara Ferreira, Renata Gualberto, Renata Magalhães, Viviane RosaCoordenadora de Expedição: Janaína CostaSupervisor de Expedição: Bruno Oliveiralíder de Expedição: Ângelo Everton PereiraAnalista de Expedição: Luís XavierAnalista de Estoque: Felipe LagesAssistentes de Expedição: Eliseu Silveira, Helen Leon, João Ricardo dos Santos, Pedro Henrique Braga, Sandro Luiz QueirogaAuxiliares de Expedição: Admilson Ferreira, Marcos Dionísio, Ricardo Pereira, Samuel Pena

tECnoloGiA EDuCACionAlGerente de tecnologia Educacional: Alex RosaCoordenadora Pedagógica de tecnologia Educacional: Luiza WinterCoordenador de tecnologia Educacional: Eric LongoCoordenadora de Atendimento de tecnologia Educacional: Rebeca MayrinkAnalista de Suporte de tecnologia Educacional: Alexandre PaivaAnalista de tecnologia Educacional: Vanessa VianaAssistentes de tecnologia Educacional: Augusto Alvarenga, Naiara Monteiro, Sarah CostaDesigner de interação: Marcelo CostaDesigners instrucionais: Alisson Guedes, David Luiz Prado, Diego Dias, Fernando Paim, Mariana Oliveira, Marianna DrumondDesigner de vídeo: Thais MeloEditora Audiovisual: Marina Ansalonirevisor: Josélio VerteloDiagramadores: Izabela Brant, Raony Abade

MArkEtinGGerente de Marketing: Maria Cristina BelloCoordenadora de Marketing: Jaqueline Camargos

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Manual do Professor

Bernoulli Sistema de Ensino 3

Planejamento do volume*Disciplina: Língua portuguesa

ano: 6º

sEGMEnTo: eF anos FInaIs

voluME: 2

volume CAPÍTulo TÍTulo SugeSTõeS de eSTrATégiAS

2

4 • Introdução ao conto•Aula expositiva / multimídia

•Aplicação e resolução de exercícios

•Oficina de produção de texto

•Debate

•Aula prática

•Apresentação multimídia

•Discussões em grupo

5 •Conto em prosa e conto em verso

6 •Conto em prosa poética

* Conteúdo programático sujeito a alteração.

Orientações e sugestõesCapítulo 4: Introdução ao conto

Professor(a), para iniciar o estudo do gênero textual conto, faça uma análise das ilustrações que aparecem nas páginas de abertura, a fim de mostrar aos alunos que o conto é um dos gêneros textuais mais antigos da humanidade. Por meio das ilustrações, leve os alunos a perceberem o importante papel sociodiscursivo que o conto vem desempenhando na vida das pessoas. Convide seus alunos a se expressarem, comentando os contos que conhecem ou que ouviram na infância.

O conto “A cidade dos cinco ciprestes” servirá de ponto de partida para a apresentação e discussão do conteúdo. Leia-o juntamente com os alunos e, em seguida, discuta com eles as atividades orais. Direcione as respostas para os elementos contidos no texto, com o objetivo de esquematizar, mesmo que de forma preliminar, algumas características desse gênero textual. Essa estratégia visa a despertar a percepção dos alunos para os elementos principais da estrutura do conto. As atividades da seção “Interpretando” ajudarão seus alunos a fixar o conteúdo e servirão de ajuda para o estudo da teoria. Peça-lhes que façam essas atividades e corrija-as em seguida.

Professor(a), as atividades da seção “Exercícios de aprendizagem” trarão um texto-base no intuito de contextualizar os exercícios. Essa contextualização é extremamente importante, pois

É nesse momento que se criam condições propícias para o surgimento de uma linguística do texto / discurso, ou seja, uma linguística que se ocupa das manifestações linguísticas produzidas pelos falantes de uma língua em situações concretas, sob determinadas condições de produção. (Koch, 2001. p. 412)

Solicite aos alunos que leiam o texto antes de iniciarem a resolução dos exercícios. Incentive-os a voltarem ao texto sempre que necessário para uma correta interpretação.

Professor(a), esse texto apresenta algumas palavras pouco usuais na Língua Portuguesa, como “patota” e “grilo”, expressões já em desuso. Por isso utilize o vocabulário apresentado ao final dele para otimizar a compreensão da leitura e auxiliar os alunos, também, nas resoluções das atividades propostas.

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língua portuguesa

Coleção EF64

Professor(a), para iniciar o estudo do conto popular, leia, juntamente com a turma, o conto “O pastor e o lobo”. Discuta com os alunos as atividades orais. Em seguida, faça a exposição teórica das características desse tipo de conto. Peça aos alunos que resolvam as questões da seção “Exercícios de aprendizagem”, corrigindo-as em seguida.

Introduza o estudo das rodas de causos com a leitura do texto “O pescador e a caveira”. Professor(a), você pode apresentar as características dos causos à medida que avança na leitura do texto. Peça aos alunos que façam as atividades da seção “Exercícios de aprendizagem” e corrija-as.

Utilize o recurso multimídia e exiba para os alunos o vídeo indicado na seção “Tá na mídia”. O causo contado nesse vídeo é bem divertido e lhe permitirá apresentar não só os elementos estruturais do gênero, mas também sua importância social. Sugerimos que o vídeo seja assistido e discutido com a turma antes da proposta de redação na seção “Produção de texto”. Essa ordem de apresentação visa a ajudar os alunos na escrita do texto.

Assim como sugerido no volume 1, recomendamos que a atividade de produção textual seja feita em trio. Desse modo, cada aluno poderá desempenhar uma tarefa diferente na execução do trabalho: um deles irá ditar o texto (produção), outro irá redigir o que é ditado (grafia) e um terceiro irá revisar o texto (revisão). Essa estratégia, amplamente sugerida nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), permite que as dificuldades de produção sejam divididas entre os alunos, que podem, dessa forma, dedicar-se a uma tarefa específica nesse processo, cada um colaborando com o outro. Com isso, estarão se preparando para que, posteriormente, possam executar sozinhos todas as tarefas envolvidas na produção textual. No caso do conto, especificamente, trabalhar dessa maneira permitirá, ainda, que seja feita uma leitura dramatizada. Professor(a), você também poderá criar um sarau para a leitura dramatizada dos textos, ou, ainda, solicitar que os alunos façam uma filmagem de suas interpretações a fim de compartilhá-la com a turma.

Finalize o estudo dessa parte do capítulo, pedindo que os alunos façam a atividade proposta na seção “Registrando”, quando eles deverão diferenciar os tipos de contos estudados no capítulo, exercitando, assim, a produção escrita e a habilidade de síntese de informações.

O tópico de conhecimento gramatical privilegiado nesse capítulo é o estudo dos determinantes do substantivo. Você verá que esse estudo também é contextualizado, isto é, toda a parte gramatical é trabalhada a partir dos textos lidos no capítulo. Procure mostrar aos alunos o papel dos determinantes no uso diário da linguagem; leve-os a perceber a importância discursiva desses elementos linguísticos.

As seções “Exercícios propostos” e “Testes”, ao final do capítulo, devem ser trabalhadas concomitantemente à exposição de cada conteúdo, funcionando como atividades de revisão.

Capítulo 5: Conto em prosa e conto em versoProfessor(a), nesse capítulo daremos continuidade ao estudo do conto, mas direcionaremos nossa atenção

a dois subgêneros: conto em prosa e conto em verso. Relembre aos alunos que contar e ouvir histórias é um hábito antigo da sociedade. Muito antes da escrita, pessoas se reuniam para ouvir narrações, geralmente curtas e passadas de geração a geração. Reforce a importância do contar histórias na sociedade atual, que, mesmo com o avanço tecnológico, cria maneiras para perpetuar esse hábito.

Explique aos alunos que, embora esse capítulo apresente dois modos diferentes de se escrever um conto, em ambos deve-se seguir a estrutura básica de introdução, complicação, clímax e desfecho. Em seguida, conceitue texto em prosa e texto em verso. Talvez, intuitivamente, seus alunos já saibam a diferença entre essas duas modalidades, mas é importante que você reforce esses conceitos.

Professor(a), leia com seus alunos o texto “O rei que virou vaca” e discuta com eles os exercícios da seção “Atividade oral”. Em seguida, peça aos alunos que realizem as atividades da seção “Interpretando” e corrija-as.

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Bernoulli Sistema de Ensino 5

Apresente para a turma o conteúdo teórico desse tópico. Para isso, há um esquema na página 36 que sistematiza as características de um conto em prosa, utilizando como exemplo o texto inicial do capítulo.

Outro conteúdo importante a ser trabalhado nesse capítulo diz respeito aos conceitos de linguagem denotativa e conotativa. O conto “O rei que virou vaca” privilegia a linguagem denotativa, isto é, explora o sentido literal das palavras. Selecione trechos do texto para estabelecer a diferença entre esses dois tipos de linguagem, ressaltando que o conto em prosa elegerá, majoritariamente, a linguagem denotativa em sua construção. Os exercícios da seção “Exercícios de aprendizagem” serão de grande ajuda na esquematização da teoria, bem como das principais características do conto em prosa.

Professor(a), é importante também que você comente com seus alunos o papel da narração, especificamente dos contos, na construção da identidade sociocultural. Segundo instruções do Ministério da Educação (MEC),

Ao pressupormos o ser humano como agente social e produtor de cultura, evocamos a emergência de suas histórias, delineadas no movimento do tempo em interação com o movimento no espaço. Esse movimento, por sua vez, é mediado por diferentes linguagens, cujas expressões denotam traços de conhecimentos, valores e tradições de um povo, de uma etnia ou de um determinado grupo social. Nesse contexto, as imagens construídas pelos gestos, pelos sons, pela fala, pela plasticidade e pelo silêncio implicam conteúdos relevantes para a construção da identidade, pois é nesse universo plural de significados e sentidos que as pessoas se reconhecem na sua singularidade.

Seguindo essa abordagem, é importante, professor(a), que você ajude seus alunos a perceberem no conto em prosa o elemento sociocultural.

A seção “Exercícios de aprendizagem”, na página 38, traz o conto em prosa “O caso do espelho”. Por ser um conto divertido, sugerimos uma leitura dramatizada em conjunto com a turma. Escolha quatro de seus alunos e distribua entre eles o papel do narrador – ressaltando que se trata de um narrador observador –, da mulher, do homem e da velha. Dê alguns minutos para seus alunos fazerem uma leitura silenciosa. Em seguida, peça que leiam com entonação, a fim de trazer à tona a contextualização da narrativa. Desse modo, o aprendizado ficará mais prazeroso e os alunos, mais motivados.

Introduza o segundo tópico, conto em verso, apresentando o texto “A panela do diabo”, e discuta com os alunos a diferença estrutural entre contos em prosa e contos em verso. Mostre a eles que, além de estar organizado em estrofes, esse texto é constituído de versos que formam rimas e, consequentemente, musicalidade. Mencione que tais características também estão presentes no cordel e no repente, que são subgêneros de conto e nosso objeto de estudo, os quais serão discutidos mais adiante no capítulo.

Professor(a), além dos aspectos estruturais, trabalhe com seus alunos os elementos textuais do conto “A panela do diabo” que nos permitem identificar seu universo sociocultural. Aproveite para inserir uma análise da imagem presente na página 42, atentando-se para os elementos não verbais essenciais à sua interpretação – expressão facial e corporal dos dois caipiras, o cenário rural, entre outros. Discuta com a turma as atividades orais.

Como parte importante do estudo desse capítulo, recomendamos que seus alunos assistam ao filme O auto da compadecida. Se possível, utilize recurso multimídia e reserve um tempo para a transmissão do filme na própria escola. Inúmeras atividades e projetos, inclusive multidisciplinares, podem surgir a partir dessa narrativa e você pode criar discussões em grupo acerca do comportamento de Chicó e João Grilo. Podem ser trabalhados temas transversais, como a pobreza, a desigualdade social e a importância da religiosidade na vida daquelas personagens que representam grande parcela do povo brasileiro. Caso disponha de mais tempo, poderá organizar uma encenação na própria escola ou poderá, ainda, trabalhar com alguns dos causos contados por Chicó, um típico contador de histórias. O importante é não deixar de trabalhar esse filme, adaptado da rica obra literária de Ariano Suassuna – um dos maiores contadores de história de nosso país, que usou a literatura para dar voz ao caipira.

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Coleção EF66

Faça a explanação teórica dos elementos estruturais e linguísticos do conto em verso. Em seguida, peça aos alunos que façam as atividades da seção “Exercícios de aprendizagem” e corrija-as.

Para a produção textual da página 48, uma reescrita, relembre aos seus alunos a estrutura do conto em prosa. Ressalte a importância da organização em frases e parágrafos, sem rima ou musicalidade. Solicite-lhes que, antes de começarem a reescrita, identifiquem os elementos fundamentais da narrativa “A lebre e a perdiz”: tipo de narrador, personagens, conflito, clímax, etc., pois isso facilitará o trabalho de retextualização.

Apresente aos alunos o conteúdo do terceiro tópico, “Repente, desafio e cordel”, que também são narrativas em verso, uma espécie de conto popular em verso, nos quais predomina a musicalidade. Alguns alunos talvez já tenham ouvido repentistas ou duelos de MCs, propondo desafios de rimas. Utilize esses exemplos para contextualizar o conteúdo e acionar os conhecimentos prévios dos alunos.

Professor(a), utilize o recurso multimídia e convide seus alunos a ouvir alguns repentes e desafios disponíveis na Internet. No endereço <https://youtu.be/ywqpQmGY6Us>, você poderá assistir à fase final do duelo de MCs de 2014. Esses duelos constituem exemplos de desafios e estão mais próximos da linguagem dos jovens. Mas, se preferir um duelo de repentes, assista ao show de repente de Caju e Castanha, disponível em <https://youtu.be/55O8NnFm3lE>.

Ao estudar o cordel, aproveite o que foi discutido acerca dos repentes, relacionando os dois gêneros textuais, e mencione que o cordel também é escrito em verso e narra, em geral, aspectos da vida do nordestino. Hoje é encontrado em folhetos e livros, mas destaque para seus alunos a origem do nome “cordel” – uma literatura feita de forma caseira, sem a tecnologia que vemos hoje, e pendurada em cordões. Peça aos alunos que resolvam as questões da seção ”Exercícios de aprendizagem”, corrigindo-as em seguida.

O conteúdo gramatical em destaque nesse capítulo é o estudo dos pronomes. Mais do que a subclassificação dessa classe de palavras, é importantíssimo que você ajude seus alunos a entender o papel dos pronomes no estudo do texto. Leia com a turma a anedota que introduz esse tópico. Nela, há duas frases que demonstram a importante função referencial dos pronomes, pois sua utilização indevida nessas frases leva a leituras equivocadas e interpretações diversas do enunciado. Relacione esses aspectos com o efeito de humor na anedota. É importante que seus alunos reconheçam que o papel de referenciar, de retomar termos exercido pelos pronomes é de suma importância para a eficácia da comunicação.

Para introduzir o estudo dos pronomes pessoais, leia com seus alunos a tirinha da personagem Mafalda, na página 57, e ajude-os a perceber que os pronomes pessoais (eu, tu e ele) – no caso da tirinha, o pronome “eu” – servem para representar as três pessoas do discurso (aquela que fala, aquela a quem se fala e aquela sobre a qual se fala). Isso servirá de base para você ensinar a eles que o pronome pessoal tem mais de uma função na frase: pode tanto retomar um termo já mencionado antes ou indicar a pessoa do discurso.

Após se certificar de que seus alunos compreenderam as funções dos pronomes pessoais do caso reto, apresente os pronomes pessoais do caso oblíquo, ressaltando que estes exercem função sintática de complemento. Faça a explanação teórica, mostrando os empregos dos pronomes do caso reto e do caso oblíquo e apresente os aspectos básicos da colocação pronominal.

Professor(a), na abordagem dos conteúdos de emprego dos pronomes do caso reto e oblíquo, são utilizados termos como “sujeito” e “complemento”, que serão pormenorizados posteriormente. Dessa forma, uma explicação objetiva sobre esses termos auxiliará os alunos no entendimento do conteúdo.

Quanto aos pronomes de tratamento, ao estudar o quadro da página 64, reflita com seus alunos a respeito da função social do uso dessas palavras. Nossa sociedade privilegia tais formas como indicadoras de respeito ou de reconhecimento da posição que alguém ocupa. O tratamento dispensado a um juiz é diferente daquele que damos a um amigo ou aos nossos pais. O convívio social assim o exige – é a língua em uso. Explique que a norma-padrão da língua prescreve, para o sucesso da comunicação, o uso adequado dos pronomes de tratamento. Empregá-los de forma correta indica que somos falantes eficazes da língua. Aproveite essa discussão para praticar a escrita, conforme a atividade proposta na seção “Produção de texto”. Seus alunos devem ser capazes de discernir que as duas produções textuais se diferem quanto ao uso dos pronomes – a primeira, dirigida aos colegas, poderá ser menos formal do que a segunda, direcionada ao diretor.

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Manual do Professor

Bernoulli Sistema de Ensino 7

Peça aos alunos para resolverem as questões da seção ”Exercícios de aprendizagem” e corrija-as, sanando possíveis dúvidas da turma.

As seções “Exercícios propostos” e “Testes”, ao final do capítulo, devem ser trabalhadas concomitantemente à exposição de cada conteúdo, funcionando como atividades de revisão.

Capítulo 6: Conto em prosa poéticaPara iniciar o estudo desse capítulo, convide seus alunos a ler a epígrafe de Edgar Morin: “A vida é prosa

e poesia. Prosa é o prático: alimentar-se para viver, consumir. Poesia é viver na intensidade, cultivar a emoção, exaltar-se”.

Peça que seus alunos se expressem, que procurem interpretar a epígrafe, relacionando-a ao contexto em estudo. Que relação existe entre a praticidade da prosa e a linguagem denotativa, por exemplo? Ou qual é a relação entre a poesia e a intensidade da linguagem conotativa? Ajude seus alunos a entenderem, mesmo que de forma preliminar, que o conto em prosa poética nada mais é do que uma narrativa em prosa, isto é, estruturada em frases que compõem parágrafos, mas carregada de termos em linguagem conotativa, de forma a proporcionar mais de uma interpretação ou de apelar para os sentimentos do leitor.

O texto que inicia esse capítulo, “O menino que escrevia versos”, é claramente um texto escrito em prosa, pois estrutura-se em frases que compõem parágrafos. Todavia, apresenta elementos característicos da linguagem poética, como o emprego de expressões figuradas, de figuras de linguagem, entre outros. Leia esse texto com a turma e, em seguida, discuta com eles as atividades orais. Depois, peça aos alunos que façam as atividades da seção “Interpretando” e corrija-as.

Professor(a), faça a explanação teórica, mostrando os principais aspectos do conto em prosa poética. Explique aos alunos que esse subgênero do conto é aquele organizado em frases e parágrafos, mas que tem elementos próprios da linguagem poética, tornando a mensagem mais expressiva: a estrutura é de prosa, mas seu interior é imbuído de poesia.

Sugerimos que os exercícios da seção “Exercícios de aprendizagem” sejam feitos em duplas. Os componentes da dupla podem fazer, individualmente, suas produções e, em seguida, trocar entre si os textos produzidos, a fim de identificar as estratégias utilizadas. Esse exercício fará com que seus alunos relembrem e apliquem a teoria, na medida em que direcionam seu olhar para o texto do colega. Não se esqueça de corrigir todas as atividades em sala.

A produção textual que se segue é muito interessante e possibilita o desenvolvimento de habilidades de escrita relacionadas à construção de um texto a partir de outro previamente apresentado. Sugerimos que sejam trabalhadas as habilidades de produção, grafia e revisão, podendo ser feita a divisão em grupos para a execução dessa tarefa.

Professor(a), o segundo conto estudado nesse capítulo, “Fiapo de trapo”, de Ana Maria Machado, é uma narrativa em prosa, mas com características estruturais da poesia, como musicalidade, rimas e ritmo. Apresente esses elementos para os alunos, exemplificando com trechos do texto. Discuta com a turma os exercícios da seção “Atividade oral” e proponha uma leitura do conto em voz alta. Esse conto faz parte da obra Quem perde ganha, que é indicada na seção “Tá na Mídia”. Incentive seus alunos a lerem esse livro. Você poderá criar um projeto de roda de leitura na sala de aula. Cada grupo de alunos deverá ler um dos contos apresentados na obra de Ana Maria Machado e apresentá-lo à turma. Isso tomaria apenas alguns minutos de cada aula e seria muito proveitoso na fixação do conteúdo, bem como no desenvolvimento da leitura e da comunicação oral de seus alunos.

Faça a explanação teórica desse tópico e peça aos alunos para realizarem as atividades da seção “Exercícios de aprendizagem”, corrigindo-as em seguida.

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língua portuguesa

Coleção EF68

Na seção “Conhecimento linguístico”, dando continuidade ao estudo dos pronomes, esse capítulo terá como foco os pronomes possessivos e os pronomes demonstrativos. O trecho da música de Vinicius de Moraes, na página 91, traz em destaque vários pronomes possessivos. Acreditamos que a maioria dos seus alunos não terá dificuldade nesse tópico, pois, mesmo que intuitivamente, eles são capazes de reconhecer a relação de posse estabelecida pelas palavras dessa classe gramatical. Já que a relação de posse poderá ser trabalhada de forma mais tranquila, privilegie o papel de referente desempenhado pelos pronomes possessivos, mostrando à turma que tais palavras também estão diretamente relacionadas às pessoas do discurso. Assim, estude com eles o quadro da página 92 e lhes mostre que o mau uso dos pronomes possessivos pode levar a uma interpretação inadequada. É o que acontece na frase a seguir:

Encontrei João no shopping com a sua namorada.

Nessa frase, o pronome “sua” pode se relacionar de forma referencial tanto ao substantivo “João”, quanto ao interlocutor. Isso gera duas possibilidades de interpretação: (1) a namorada é de João; e (2) a namorada é do interlocutor. Essa conclusão fica implícita, pois a frase é dada sem um contexto. O leitor precisa partir do pressuposto de que a frase problemática foi expressa em uma conversa entre dois amigos que se referem a um terceiro amigo. Tal ambiguidade poderia ser facilmente resolvida: “Encontrei João no shopping com a namorada dele”. Ao final da explanação teórica, peça aos alunos para realizarem as atividades da seção “Exercícios de aprendizagem”, corrigindo-as em seguida.

Professor(a), no estudo dos pronomes demonstrativos, ressalte para seus alunos a função referencial desses termos. Ao ler a tirinha da página 97, mostre a eles que a construção do humor passa pelo reconhecimento da função referencial do pronome “este”, no primeiro quadrinho. O buraco estava perto do emissor da mensagem, por isso o emprego da forma “este”, em vez de “esse”. Mas, pelo que parece, o interlocutor não tinha conhecimento gramatical suficiente para captar a mensagem, gerando o efeito de humor da tirinha.

Explique aos alunos que os pronomes demonstrativos podem indicar a posição de um objeto ou de um ser em relação às pessoas do discurso; podem situar um objeto no tempo; e servem ainda para estabelecer a coesão textual. Tais empregos podem ser vistos no conto “Chapeuzinho Amarelo”, de Chico Buarque, que está na página 100, na seção “Exercícios de aprendizagem”. Sugerimos que esse texto seja discutido com a turma – até porque muitos alunos perceberão a relação intertextual que ele guarda com o conto infantil “Chapeuzinho Vermelho”. Ajude seus alunos a perceberem o emprego dos pronomes, principalmente seu valor referencial, e trabalhe também os elementos de linguagem figurada que aparecem no conto. Discuta com seus alunos e ajude-os a entender o porquê do título, ou atribuir significados ao LOBO (com letra maiúscula). Esse conto é muito bom para fixar a teoria do conto em prosa poética, pois sua carga emotiva é explícita, bem como as rimas e a musicalidade. Peça que os alunos resolvam as atividades “Exercícios de aprendizagem” e corrija-as em seguida.

Finalizando o volume 2, esse capítulo traz, na seção “Outros conhecimentos”, o uso dos porquês. Após aula expositiva sobre o tema, peça aos alunos que façam os exercícios da seção “Exercícios de aprendizagem”, corrigindo-as.

A seção “Exercícios propostos” traz um trecho de Indez, de Bartolomeu Campos de Queirós. Antes de pedir que seus alunos façam os exercícios propostos, pergunte a eles o significado da palavra “indez”. Provavelmente, eles não saberão que se trata de um ovo deixado no ninho para que a galinha volte a botar ali. Por instigar seus alunos, muitos ficarão curiosos e buscarão saber a relação entre o título e a personagem principal do conto, Antônio.

Professor(a), o texto “O óbito do autor”, da seção “Testes”, apresenta algumas palavras pouco usuais na Língua Portuguesa; por isso, utilize o vocabulário apresentado ao final dele para otimizar a compreensão da leitura e auxiliar os alunos, também, nas resoluções das atividades propostas sobre esse texto. Solicite, também, a resolução das demais questões dessa seção.

Professor(a), ninguém melhor do que você para conhecer o perfil de seus alunos e traçar estratégias para o ensino eficaz. Sabemos que cada aluno tem sua singularidade, cada turma tem suas necessidades. Todavia, esperamos que as sugestões que deixamos aqui possam servir de base para um excelente trabalho em sala de aula. Esperamos que nossa parceria possa despertar novas ideias e projetos, contribuindo para o seu sucesso e o de seus alunos.

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Manual do Professor

Bernoulli Sistema de Ensino 9

CAPÍTULO – 4Introdução ao conto

Atividade oral

A cidade dos cinco ciprestes

Questão 01Comentário: Nessa atividade, o aluno deve responder que o que levou o homem a largar a sua vida e partir para uma aventura foi um sonho que ele teve, em que um pássaro pousava em sua janela e dizia que havia um tesouro esperando por ele na cidade dos ciprestes.

Questão 02Comentário: Quem convenceu o homem a procurar a cidade por conta própria foi seu coração, que disse a ele que quando se quer o que ninguém conhece, é melhor ir procurar pessoalmente.

Questão 03Comentário: Para poder partir, o homem vendeu sua casa, sua horta e seus bens para comprar um cavalo, arreios e ter dinheiro para o que fosse preciso.

Questão 04Comentário: Professor(a), além de os alunos responderem que quando chegou à colina o homem encontrou cinco ciprestes, terão também que interpretar o que ele sentiu nesse momento, quando seu coração cantou “Meus ciprestes!”. Por meio dessa fala é possível inferir que seu sentimento foi de surpresa e emoção.

Questão 05Comentário: Ao chegar ao seu destino, o homem viu que não havia cidade nenhuma no local e foi dormir desapontado. Após acordar, sentindo a brisa, o ar fresco ainda da noite e a bela paisagem, ele sentiu paz e viu que aquele lugar era seu tesouro, era onde construiria a sua cidade.

Questão 06Comentário: Enterrado próximo às árvores, em meio às raízes, estava um baú de ouro.

Questão 07Comentário: Professor(a), essa resposta pode variar, mas é importante que os alunos justifiquem as respostas para a verificação da coerência da interpretação feita. Alguns poderão responder que não, o homem não encontrou o tesouro, pois estava enterrado embaixo das árvores; outros poderão responder que sim, ele encontrou o tesouro que buscava, pois a sensação de paz que o invadiu naquele lugar, que seria sua nova casa, era o tesouro que ele queria e buscava nessa aventura.

Livro do Aluno: Página 4 a 31

Interpretando

A cidade dos cinco ciprestes

Questão 01Comentário: Professor(a), nessa atividade, os alunos deverão identificar no texto os trechos que correspondem aos principais elementos encontrados em uma narrativa.

A) A introdução apresenta a personagem e revela o que aconteceu com ela. Fala sobre um homem que não era rico nem pobre e que sonhou com um pássaro que disse que havia um tesouro esperando por ele na cidade dos ciprestes. Isso pode ser encontrado nos parágrafos 1 e 2.

B) Na complicação, a personagem começa a procurar pela cidade dos ciprestes, perguntando aos vizinhos e aos conhecidos se sabiam onde era a tal cidade. Sem resposta, ele segue seu coração e decide procurar por ela. Para isso, vende a sua casa e sua horta para possibilitar a viagem em busca de seu tesouro. A complicação está nos parágrafos 3 a 7.

C) O clímax está na chegada do homem ao local que procura. Vendo que não havia cidade, ele se sentiu desapontado, mas logo percebeu a sensação de paz que tomou conta dele, fazendo com que ele percebesse que acabara de encontrar ali seu tesouro. Parágrafos 8 a 13.

D) O desfecho está nos três últimos parágrafos, em que a personagem planeja a construção da cidade e imagina como será esse novo povoado, sem saber que naquela terra há de fato um tesouro enterrado entre os ciprestes.

Questão 02Comentário: Nessa atividade, os alunos deverão identificar e transcrever dois trechos em que o narrador revela os pensamentos do protagonista. Alguns trechos que poderão ser apontados são: “Iria para o Sul”, “A terras do sol são mais propícias aos ciprestes”, “Meus ciprestes!”, “Melhor dormir, amanhã verei o que posso fazer”, “Eis que encontrei meu tesouro”.

Questão 03Comentário: O recurso utilizado para diferenciar a fala do narrador da fala da personagem é o uso das aspas.

Questão 04Comentário: Espera-se que os alunos percebam que a paisagem da cidade dos ciprestes era tão agradável que levou paz ao coração do homem, fazendo com que ele acreditasse que estar ali já seria o tesouro que ele procurava em sua jornada.

Questão 05Comentário: Professor(a), nessa atividade, os alunos deverão apresentar uma possível moral do conto. As respostas devem variar muito. É importante estar aberto às possibilidades e verificar se os ensinamentos apresentados estão de acordo com o que é contado na história. Uma das possibilidades de resposta pode estar voltada para a ideia de que um tesouro nem sempre está na riqueza, no ter, mas sim nas coisas simples e agradáveis da vida.

Comentário e resolução de questões

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língua portuguesa

Coleção EF610

Atividade oral

O pastor e o lobo

Questão 01Comentário: Professor(a), nessa atividade os alunos deverão discutir sobre o objetivo do texto e apresentar argumentos que os fizeram chegar a essa conclusão. Espera-se que eles percebam que a função desse conto é mostrar que não se deve brincar com as pessoas com coisas sérias, com o perigo. Na história, a personagem sempre finge que está passando por uma situação de perigo, mobilizando os aldeões, que, preocupados, corriam para socorrê-la, percebendo em seguida que tudo não passava de uma brincadeira. Quando a personagem realmente precisou de ajuda, os aldeões, pensando que se tratava de mais uma brincadeira, não foram socorrê-la.

Questão 02Comentário: O tempo e o espaço não são definidos, pois isso permite que a história permaneça atemporal, ou seja, adequada para qualquer época, para qualquer pessoa, sem perder seus aspectos originais.

Questão 03Comentário: Fazer com que esse conto seja narrado em primeira pessoa descaracterizaria sua ideia principal de ser uma criação coletiva. Por terem a característica de serem transmitidas de pessoa para pessoa ao longo do tempo, essas histórias vão passando por pequenas transformações à medida que são recontadas. Para adequar à cultura e à época em que a história está sendo narrada, é importante que o narrador, por meio de sua própria voz, faça adaptações que acompanhem o objetivo pretendido.

Questão 04Comentário: A resposta para essa atividade é pessoal. No entanto, é importante verificar os motivos de os alunos escolherem suas respostas. Nos contos populares, as personagens são tratadas de forma genérica para também manter o caráter de poderem ser reconhecidas por qualquer pessoa em qualquer época.

Questão 05Comentário: Espera-se que os alunos percebam que a falta de autoria dos contos populares ocorre porque não se sabe ao certo quem é de fato o criador da história, visto que a sua construção é feita coletivamente, a cada vez que ela é recontada.

RegistrandoNessa questão, o aluno deve escrever um parágrafo em que defenda a importância cultural do conto popular. Espera-se que o aluno demonstre como esses contos são elaborados coletivamente para atender às necessidades específicas de cada grupo social, instruindo seus membros e direcionando atitudes por meio dos exemplos oferecidos nas histórias.

Exercícios de aprendizagem

Questão 01Comentário: Professor(a), nas três primeiras questões dessa seção, o objetivo é que o aluno reative seus conhecimentos prévios sobre elementos típicos da narrativa. Nessa questão, espera-se que o aluno identifique que, nesse conto, o nar-rador é do tipo observador, com foco narrativo em terceira pessoa. São trechos que ilustram essa afirmação: “Os quatro jovens executivos sonhavam com um programa diferente”; “Muniram-se do necessário, desde o caniço até o sanduíche incrementado [...]”.

Questão 02Comentário: Nessa questão, objetiva-se que os alunos sejam capazes de identificar o conflito do conto lido, percebendo que, em todas as narrativas, há uma situação (conflito) que move as personagens à ação. Nesse caso, os alunos devem perceber que os homens decidem sair para uma pescaria devido ao tédio vivenciado por eles aos domingos, que são sempre iguais: praia, bar, soneca, futebol, jantar. Cansados de fazer sempre o mesmo programa, eles decidem ir pescar, como forma de relaxar do trabalho estressante da semana. Essa informação pode ser encontrada nos primeiros quatro parágrafos do texto, que correspondem à introdução do conto.

Questão 03Comentário: Nessa atividade, espera-se que o aluno seja capaz de reconhecer, no conto, o clímax da história, ou seja, o ponto de maior tensão, o qual se dá quando os amigos esperam, com suas esposas e filhos, o programa de TV ter início. Nesse momento, eles poderão aparecer na TV e mostrar aos seus familiares a história da pescaria que vivenciaram. O clímax pode ser encontrado nos parágrafos de 18 a 20.

Questão 04Comentário: Professor(a), nessa questão, o intuito é que os alunos reconheçam os elementos que contribuem para o caráter humorístico do conto analisado. Espera-se que o aluno perceba que o humor do conto se constrói a partir de uma quebra de expectativa no enredo e de um vocabulário típico. Os amigos saem para uma pescaria no domingo e são abordados por uma equipe de TV, que afirma estar filmando “aspectos do domingo carioca”. Quando reúnem os familiares para assistir ao programa, os amigos – e o leitor – esperam se deparar com cenas da cidade no fim de semana, mostrando as praias, os pontos turísticos e, claro, os quatro amigos desfrutando um momento de lazer bem merecido. Contudo, o jornal inverte os fatos e mostra a realidade da cidade durante a semana, funcionando “a mil por hora”, em contraste à figura dos homens relaxando na pescaria, como se eles estivessem naquele passeio durante a semana. Essa subversão dos fatos pelo noticiário, aliada a uma seleção vocabular próxima à fala, com gírias (como as palavras “curtindo” significando “gostando” e “barato” com o sentido de “interessante”), é a responsável por gerar o humor no conto, por apresentar uma situação inusitada e inesperada tanto para as personagens quanto para o leitor.

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Manual do Professor

Bernoulli Sistema de Ensino 11

Questão 05Comentário: O objetivo dessa questão é que o aluno reconheça que os contos podem tratar tanto de temas fantasiosos, fantásticos, mágicos, etc., como de temas verossímeis, voltados para a realidade, desconstruindo essa ideia preconcebida por muitos alunos de que os contos são apenas narrativas fantasiosas, mágicas. Os elementos apresentados na narrativa nada têm de fantasiosos ou fantásticos, sendo perfeitamente encontrados na realidade de muitas pessoas. Exemplo disso é a referência a elementos comuns como praia, futebol, pescaria no final de semana, equipe de TV, filhos, esposas, etc.

Questão 06Comentário: Nessa questão, espera-se que os alunos identifiquem a consequência da distorção feita pelos jornalistas sobre a pescaria dos executivos, relacionando as reações dos filhos e das esposas dos protagonistas. Nesse sentido, percebe-se que os filhos consideram a situação divertida e enxergam os pais de maneira diferente, como pessoas legais, o que talvez nunca tivesse acontecido, conforme demonstrado na fala de um dos filhos: “– Pai, você é um barato!”. Por outro lado, as esposas, acreditando no que foi visto na TV, assim como os filhos, se indignam com a suposta atitude dos maridos, que, em vez de irem trabalhar, vão se divertir no meio da semana.

Questão 07Comentário: Espera-se que o aluno perceba que os contos populares são narrativas contadas geralmente pela oralidade, transmitindo, de geração em geração, histórias que fazem parte da cultura de um povo. Essas histórias são narradas em diferentes épocas, por diferentes pessoas, com alterações pontuais em sua estrutura, de forma a adaptá-las para a cultura na qual está sendo inserida. É comum, portanto, que o foco narrativo dos contos populares seja em terceira pessoa, com narrador observador, tendo em vista que esse tipo de conto normalmente passa de uma pessoa para outra e relata acontecimentos, na maior parte das vezes fictícios, com o objetivo de entreter ou instruir aqueles que o ouvem. Logo, um conto popular narrado por um narrador-personagem, embora possível, não é muito coerente com a função e com as características do gênero, uma vez que uma narrativa feita em primeira pessoa alteraria o caráter “coletivo” desse tipo de conto. Essa forma de narração poderia “datar” ou “marcar” o texto, o que prejudicaria sua compreensão e, consequentemente, sua transmissão ao longo dos anos.

Questão 08Comentário: Espera-se que o aluno perceba que, nesse conto, são empregados dois tipos de linguagem – linguagem formal, padrão, e linguagem coloquial – para representar as diferentes vozes que atuam no texto: a norma-padrão, na voz do narrador; a linguagem coloquial, nas falas do marido, da esposa e do compadre. Justifica-se esse emprego, pois o narrador, uma vez que não é conhecido e não faz parte da história, apresenta uma linguagem mais formal, a qual pode ser compreendida por qualquer falante da língua, em qualquer época. Pelas falas do narrador, inferimos que ele é uma pessoa com certo grau de instrução.

Se essa história fosse narrada por outra pessoa – o que também é uma característica comum dos contos populares: a diversidade narrativa –, com um nível de instrução menor, sem conhecimento das normas da língua, a narração seria bem diferente. Já as personagens encarnam tipos específicos, nesse caso, representando pessoas de origem humilde, com pouca instrução e condição social baixa. Logo, seu falar é típico da cultura que representam, evidenciando certas reduções linguísticas, incoerências gramaticais, etc. É exemplo de trecho narrado de acordo com a norma-padrão: “A casa deles era de vara, e a mulher, cansada de passar frio, teve de encher as paredes sozinha.”. É exemplo de trecho que apresenta o modo coloquial da linguagem: “Muié, a chuva que Deus dá no roçado dá no mato também.”.

Questão 09Comentário: O objetivo dessa questão é que o aluno seja capaz de reconhecer, no conto em análise, os elementos que estudou nesse capítulo sobre narrativas populares. Espera-se que o aluno identifique, no conto “O preguiçoso”, as seguintes características, as quais estão relacionadas às narrativas populares:

• Linguagemmista: a linguagemmistura falares típicos eregionais com a norma-padrão, havendo uma miscelânea linguística, a qual não impede a compreensão do texto, ao contrário, permite que ele seja amplamente divulgado e recontado por diferentes culturas.

• Tempoeespaçoindefinidos:otempoeoespaçonãosãoprecisados nesse conto, não se sabendo nada sobre o local onde o casal vive nem mesmo sobre a época em que a história se passa.

• Personagens-tipo:aspersonagensdocontonãorecebemnomes, mas são tratadas de acordo com aquelas caracte-rísticas que as particularizam. Assim, temos “o preguiçoso”, “a mulher trabalhadeira” e “o compadre”.

Questão 10Comentário: O objetivo dessa questão é que o aluno seja capaz de aplicar um dos conhecimentos que aprendeu sobre as narrativas populares: a presença de personagens-tipo. Em contos populares, é comum a presença de personagens-tipo, as quais não são desenvolvidas com profundidade, apresentando apenas características superficiais, sendo definidas por algum traço mais marcante, como profissão, qualidade, defeito, etc. Nesse conto, o protagonista é chamado apenas de “o preguiçoso”, sendo tratado, portanto, de acordo com a característica que se sobressai em sua personalidade. Ainda, infere-se, desse texto, que essa personagem vive em uma área rural, tendo em vista que sua casa é feita de vara, a mulher pede que ele vá caçar uma paca, que vá colocar um roçado, ele dorme na rede, o compadre oferece, como “pagamento”, arroz, feijão, banana, etc. Logo, pode-se relacionar essa personagem a um homem da roça, sem muita instrução, de origem humilde e sem grande condição financeira.

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língua portuguesa

Coleção EF612

Extrapolando as informações do conto, é sabido que, na roça, os homens normalmente fazem trabalhos braçais, difíceis, uma vez que, para sua sobrevivência, precisam caçar, arar, plantar, etc. Logo, o fato de ser preguiçoso é uma característica que não condiz com a situação dessa personagem ou com o contexto em que ela está inserida, sendo, por isso, o elemento-gatilho da história.

Questão 11Comentário: Espera-se que o aluno identifique que a função do conto “O preguiçoso” é entreter o leitor / ouvinte por meio da comicidade. Exemplo disso é a situação inusitada apresentada – um homem sendo enterrado vivo, com o consentimento da esposa, devido à sua preguiça em levantar-se da rede – e o desfecho do conto, em que o protagonista demonstra preferir ser enterrado vivo a ter de descascar os itens que o compadre lhe daria de graça.

Questão 12Comentário: Professor(a), é importante que os alunos tenham sempre em mente que, embora estejam lendo contos populares, essas narrativas são simples reproduções de causos orais, logo, esse aspecto está sempre presente na construção e na leitura do texto. Como já visto no estudo dos aspectos da narrativa – principalmente no que tange ao narrador –, ao contar uma história, é possível que alguns narradores empreguem um recurso chamado “intromissão”. Isso ocorre quando o narrador, seja ele personagem, observador ou onisciente, comenta, de forma pessoal, os acontecimentos que está narrando, chamando o leitor a participar também da história. Os contos e causos populares, de modo geral, abusam desse recurso, uma vez que são narrativas originadas da oralidade. Dessa forma, os narradores fazem uso da função fática da linguagem como forma de se aproximar do interlocutor, simulando uma conversa oral. No conto “O pescador e a caveira”, ao falar “Acredita que ele até aceitou acompanhar o pescador até a praia e ver de perto a tal caveira?”, o narrador estabelece um diálogo direto com o leitor / ouvinte, comentando um fato curioso, o qual o leitor poderia achar incoerente ou mesmo impossível de acontecer. Assim, o narrador deixa entrever que ele também acha aquele acontecimento estranho, mas afirma que foi aquilo que aconteceu. Observe que, se a história tivesse sido narrada direto, sem essa intromissão, o leitor poderia não acreditar na veracidade da narrativa, uma vez que o fato narrado é absurdo (um rei sair na companhia de um pescador para ver uma caveira falante na praia). Contudo, quando o narrador se coloca lado a lado do leitor na história, ele cria uma aproximação com esse interlocutor e faz com que este fique do seu lado.

Questão 13Comentário: Essa questão tem o objetivo de evidenciar a possibilidade de os contos pertencerem a diferentes subgêneros. O causo popular em questão pode ser caracterizado como um conto de mistério. Isso se justifica, pois o texto apresenta elementos típicos desse tipo de narrativa, como:

• presençadeumenigma:emnarrativasdemistério,abuscapela resolução do enigma é o que move o enredo para o seu desfecho. Nesse causo, a curiosidade do homem em relação à natureza da caveira é o ponto principal do texto e o que o levará, como protagonista, ao seu destino.

• personagemmisteriosa:nessecauso,apresençadeumacaveira falante, por si só, já é um elemento misterioso, que desperta a curiosidade no protagonista e, conse-quentemente, no leitor.

• final inesperado:nos contosdemistério, todooenredoé construído de forma a culminar em um único ponto: a revelação do segredo / mistério que envolve determinada personagem. No causo do pescador, essa revelação se dá quando compreendemos como foi que a caveira chegou à praia e qual o significado de sua emblemática fala: “a palavra”.

Professor(a), é importante observar que os alunos ainda não estudaram os contos de mistério e suas características. Contudo, eles serão capazes de fazer essa identificação de subgênero a partir de seus conhecimentos prévios.

Questão 14Comentário: Essa questão explora a interpretação textual, não estando relacionada a aspectos particulares do gênero. Espera-se que o aluno seja capaz de relacionar o trabalho de “pescador” à caracterização prototípica usualmente atribuída a ele, ou seja, de um homem mentiroso, exagerado, que aumenta seus feitos e conta muita história. No causo “O pescador e a caveira”, ao encontrar uma caveira falante na praia, o homem rapidamente se prontifica a espalhar a notícia. Contudo, não é levado a sério justamente por essa fama de “mentiroso” e “falador” que sustenta. Ao final do conto, tem sua cabeça cortada por não ser capaz de provar que a caveira encontrada na praia, de fato, falava. O mais surpreendente, contudo, é o desfecho do conto, em que vemos a caveira se dirigir ao homem, perguntando: “Ô pescador, o que foi que te trouxe aqui, hein?”. A partir disso, inferimos que a caveira também era, possivelmente, um pescador que foi morto justamente por “falar” demais.

Questão 15Comentário: Essa é uma questão de identificação de características textuais, que exige que o aluno ative os conhecimentos adquiridos no capítulo para aplicá-los a um texto concreto. O aluno pode citar, como elementos que permitem caracterizar esse conto como um causo popular: seu caráter regional, deixando claro se tratar de uma história interiorana; o caráter humorístico, uma vez que, em rodas de causos, é comum que as narrativas tenham como objetivo despertar sentimentos fortes nos ouvintes, como riso, medo, tensão, curiosidade, etc.; a linguagem simples e com marcas de oralidade; a presença de personagens-tipo, como “o capiau”, “o motorista”, as quais não são desenvolvidas nem aprofundadas ao longo da narrativa; o tempo e o espaço imprecisos; entre outras.

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Manual do Professor

Bernoulli Sistema de Ensino 13

Questão 16Comentário: O aluno deve identificar que, no segundo parágrafo do causo “O capiau e o caixão”, o narrador diz que o capiau desejava cavar uma bêra, “que, naquelas bandas, é ‘pegar uma carona’”. Ou seja, ele explica o significado de uma expressão regional, com a qual o leitor possivelmente não está familiarizado.

Cavar bêra = pegar carona

Questão 17Comentário: Espera-se que o aluno seja capaz de reconhecer que as narrativas populares não se baseiam apenas em fantasia e acontecimentos fictícios, mas podem ter como base, sim, acontecimentos reais. Desse modo, espera-se que o aluno seja capaz de reconhecer que é possível que o causo narrado em “O capiau e o caixão” seja uma narrativa baseada em acontecimentos reais, tendo em vista que traz aspectos inerentes à realidade, não apresenta nenhum elemento fantástico ou fantasioso e, ainda, narra a história de pessoas comuns, apresentando uma reação apropriada (susto) para a situação que ocorre no desfecho da narrativa.

Questão 18Comentário: A narrativa do causo popular em questão pode ser considerada de terror, na medida em que traz elementos como: um caixão, um homem que se esconde dentro dele, outros homens que se aproximam, sem saber o que está ali dentro. Observe que, para os capiaus envolvidos nessa história, ela foi completamente assustadora, uma vez que viram “um morto se levantar do caixão”. Contudo, a narrativa também é considerada humorística, uma vez que apresenta uma situação cômica, narrando a confusão dos capiaus ao se depararem com um suposto morto – que não passava de outro caroneiro – voltando à vida.

Questão 19Comentário: Professor(a), assim como exposto no PCN do Ensino Fundamental, acreditamos que os conteúdos gramaticais devem, sempre, ser estudados a partir de textos concretos, estando a serviço da linguagem, de forma que os alunos possam “testemunhar a utilização que se faz da escrita em diferentes circunstâncias, defrontando-se com as reais questões que a escrita coloca a quem se propõe a produzi-la.”. Por isso, propomos a aplicação dos conhecimentos linguísticos por meio de textos reais, que podem ser amplamente encontrados nos meios de comunicação com os quais os alunos lidam no dia a dia. Assim, essa questão, bem como as outras apresentadas nesse bloco, tem como objetivo trabalhar com os alunos a relação determinante / determinado a partir de um texto-base, de forma que o aluno possa, a partir de um exemplo concreto, aplicar o que aprendeu sobre esse conteúdo gramatical. Espera-se que o aluno identifique que, na tirinha, há dois exemplos de relação determinante / determinado:

• A reunião = artigo definido feminino singular determinando o substantivo “reunião”.

• As mensalidades = artigo definido feminino plural deter-minando o substantivo “mensalidades”.

Questão 20Comentário: Na tirinha, há três relações determinante / determinado estabelecidas pelo uso de pronomes, a saber:

• Sua casa, Helga = pronome possessivo “sua” determinando o substantivo “casa”.

• Quecômodoéesse? = pronome demonstrativo “esse” determinando o substantivo “cômodo”.

• Nosso salão de jogos = pronome possessivo “nosso” determinando o substantivo “salão”.

Questão 21Comentário: Nessa questão, espera-se que o aluno seja capaz de preencher as lacunas da seguinte forma:

O herói empunhou sua espada, apontando-a para o inimigo. O olhar de seu antagonista era de fúria, mas ele não se intimidou. Era um guerreiro de coragem (ou corajoso) e nada temia. Em um primeiro momento, achou que o havia derrotado. Contudo, em alguns segundos, o inimigo se reergueu e com uma expressão furiosa (de fúria, de raiva) tentou atingir o herói.

Questão 22Comentário: Nessa questão, espera-se que o aluno identifique que as relações determinante / determinado se dão da seguinte forma:

• Trezehomens=numeral“treze”determinandoosubstan-tivo “homens”.

• omerecidojantar=artigodefinido“o”eadjetivo“merecido”determinando o termo substantivado “jantar”.

• suamão= pronome possessivo “sua” determinando osubstantivo “mão”.

• uma taça dourada= artigo indefinido “uma” e adjetivo“dourada” determinando o substantivo “taça”.

Questão 23Comentário: O objetivo dessa questão é que aluno relacione cada determinante ao respectivo termo determinado. Nesse caso, a resolução deve ficar da seguinte forma:

• Osubstantivodeterminado“homem”temcomodeterminantes:artigo definido masculino singular “o”; adjetivo “feliz”.

• Osubstantivodeterminado“cachorros”temcomodeter-minantes: pronome possessivo “seus”; numeral “dois”.

• Osubstantivodeterminado“tarde”temcomodeterminantes:pronome demonstrativo “naquela”; locução adjetiva “de sol”.

Exercícios propostos

Questão 01Comentário: Essa questão objetiva que o aluno aplique os conhecimentos aprendidos em sala de aula, sobre a possibilidade de as narrativas serem pautadas tanto em casos fantasiosos quanto reais. Espera-se que o aluno responda que esse conto não pode ser uma narrativa real, visto que apresenta elementos fantasiosos, como o fato de o protagonista conversar com formigas e estas o responderem. Professor(a), não desconsidere, contudo, respostas distintas dos alunos, desde que lógicas.

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língua portuguesa

Coleção EF614

Questão 02Comentário: O objetivo dessa questão é que o aluno seja capaz de identificar o uso do discurso indireto livre na narração, verificando, assim, as diferentes possibilidades de apresentação das falas das personagens nas narrativas. Assim, espera-se que o aluno observe que, no conto, há dois trechos em que o narrador reproduz a fala das personagens por meio do discurso indireto livre:

“Uma tarde entrou no quarto e viu a mancha de cimento novo na parede, brutal, incompreensível. Pra quê que o senhor fez isso? Pra quê que o senhor fez assim com minhas formigas?”

“Mas a mãe pediu para ele ter paciência: nesse tempo de chuva as crianças ficam muito excitadas porque não podem sair à rua e não têm onde brincar.”

Professor(a), o aluno ainda não conhece os tipos de discurso, logo, não saberá referenciar essa intervenção como “discurso indireto livre”. Espera-se, contudo, que ele identifique que a voz da personagem foi inserida em meio à fala do narrador sem o emprego de pontuação ou outro tipo de introdução. Ainda, espera-se que o aluno perceba que essa estratégia só foi possível por se tratar de um narrador do tipo onisciente, que conhece os pensamentos e sentimentos das personagens e, assim, pode reproduzi-los para o leitor.

Questão 03Comentário: Objetiva-se que o aluno ative seus conhecimentos prévios e seja capaz de identificar a que subgênero temático o conto em análise pertence. Espera-se, assim, que ele reconheça que essa narrativa é um drama. Nesse sentido, o aluno deve perceber que, embora apresente uma história aparentemente simples sobre um garoto que conversa com as formigas que habitam seu quarto, é na subtrama dessa narrativa que seu drama, de fato, é revelado. Pode-se perceber, assim, nos elementos secundários da história, a situação de conflito que o menino vivencia em sua residência, acostumado a ouvir “gritos e mentiras”. Além disso, o menino parece ser solitário, confinado em seu quarto devido à chuva, parecendo encontrar, nas formigas que andam pelas paredes, um escape, uma espécie de distração para a sua solidão.

Questão 04Comentário: Essa questão objetiva que o aluno ative sua habilidade de interpretar o texto a partir de elementos pré-fornecidos. Assim, espera-se que ele seja capaz de perceber a reação de espanto e tristeza que toma conta do garoto ao ver a mancha de cimento na parede, por entender que, a partir daquele momento, ele não mais poderia conversar com as formigas, que se tornaram grandes amigas. Extrapolando as informações do texto, o aluno pode identificar que essa criança é solitária e que havia encontrado, nas formigas de sua parede, as amigas que não tem no “mundo real”. Assim, ao ser privado desse contato, ele sente como se tivesse perdido um amigo de verdade. Os pais, contudo, não são capazes de entender a reação, por não saberem da relação do menino com as formigas. Para eles, possivelmente, tratavam-se apenas de insetos, enquanto, para o menino, eram companheiras que o confortavam e o distraíam nos dias chuvosos.

Questão 05Comentário: O objetivo dessa questão é que o aluno seja capaz de fazer uma análise gramatical da relação determinante / determinado a partir de um texto concreto. Assim, o aluno deve identificar que o termo “posudo” é um adjetivo que está identificando o substantivo “chefe”, apontando uma de suas características. Esse adjetivo pode ser substituído, sem perda de sentido, pelas locuções adjetivas “cheio de pose” ou “com pose”.

Questão 06Comentário: O objetivo dessa questão é que o aluno aplique, a partir de um texto concreto, os conhecimentos adquiridos sobre a relação determinante / determinado. Espera-se que o aluno empregue os seguintes determinantes na frase proposta:

Pronome demonstrativo: naquela

Artigo: a / uma

Adjetivo ou locução adjetiva: vazia / oca / de ferro / de metal

Adjetivo: gostoso / chato / desagradável

Questão 07Comentário: O objetivo dessa questão é que o aluno seja capaz de identificar as marcas linguísticas que permitem caracterizar o conto como um causo popular. Nesse caso, espera-se que o aluno perceba que, no texto, é empregada uma linguagem de acordo com a norma-padrão da língua nas falas do narrador, enquanto, nas falas das personagens, é empregada uma linguagem informal, próxima da oralidade. São exemplos disso as expressões: oia = Olhe / cumpadi = compadre / mi esprica = me explique, entre outras. O emprego dessa variedade linguística informal tem por objetivo caracterizar as personagens como pessoas simples, sitiantes, moradoras do ambiente rural. Ao mesmo tempo, essa variedade linguística serve para situar a história e suas personagens; portanto, podemos entender que esse conto se passa em alguma região simples do interior, como uma cidade rural e com poucos habitantes.

Questão 08Comentário: Nessa questão, objetiva-se que o aluno seja capaz de identificar a função do causo popular lido. Dessa forma, com base no que foi apresentado no capítulo, o aluno deve identificar que se trata de um conto com a função de entreter o leitor. Assim, conta-se uma história simples, com elementos de humor, retratando a sabedoria popular do povo interiorano, servindo como um causo de “distração”, entretenimento. Percebemos muitos elementos textuais que causam o efeito humorístico: o próprio enredo do conto, algumas expressões utilizadas – “mortinho da silva”, “Salomé” (o nome do burrico) – e vários outros elementos que podem ser enumerados pelos alunos.

Questão 09Comentário: O aluno deve ser capaz de identificar não apenas o conflito lido, mas também sua resolução. Assim, espera-se que o aluno perceba que o conflito do conto se dá quando o burrico de seu Armarino é encontrado morto, de forma que ele passa a ter uma dívida com seu compadre.

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Bernoulli Sistema de Ensino 15

CAPÍTULO – 5Conto em prosa e conto em verso

Atividade oral

O rei que virou vaca

Questão 01Comentário: Os nobres acreditavam que o rei estivesse louco porque ele dizia que era uma vaca e que desejava ser morto para que sua carne fosse distribuída ao povo.

Questão 02Comentário: Para tentar curar a loucura do rei, os nobres convocaram os médicos do reino, que deram para ele remédios e unguentos, mas sem resultados.

Questão 03Comentário: Quem solucionou o problema do rei foi o sábio, que, com a ajuda do açougueiro, acabou fazendo com que o rei se esquecesse de que pensava ser uma vaca. Isso porque o açougueiro, indicado pelo sábio, disse ao rei que ele (vaca) estava muito magro e não valeria a pena matar um animal que era somente pele e osso, e que ele deveria engordar para que sua carne fosse distribuída. Aos poucos, com a alimentação, o rei foi engordando e voltando a ficar bem, são novamente.

Questão 04Comentário: Espera-se que os alunos percebam que o açougueiro não iria cortar de fato o rei, pois sabia que ele não era uma vaca. Tudo não passou de um plano para que o rei se alimentasse e ficasse saudável novamente.

Questão 05Comentário: A resposta para essa atividade é pessoal. É importante valorizar todas as possibilidades e verificar a coerência da justificativa que fez o aluno chegar a essa conclusão.

Interpretando

O rei que virou vaca

Questão 01Comentário: O clímax do conto é quando o açougueiro entrou no quarto com uma faca na mão. Este é o momento de maior tensão na narrativa, é quando a história atinge seu ponto máximo, em que uma ação será feita para solucionar o conflito. No caso do conto, é o momento em que a loucura do rei será curada.

Questão 02Comentário: Fazem parte dos personagens-tipo da história o rei, os nobres, os médicos, o sábio e o açougueiro.

Contudo, para evitar a dívida e, ainda, lucrar com a situação, seu Pestana tem uma ideia (resolução do conflito): ele rifa o burrico, fingindo que ele ainda está vivo e, depois de vendidas as rifas, ele informa ao vencedor que o animal faleceu, devolvendo então o dinheiro da rifa ao ganhador, de forma que ele não saia no prejuízo. Assim, todos saem ganhando: seu Armarino consegue o dinheiro para pagar sua dívida e não fica devendo nada ao compadre; seu Pestana consegue se livrar do animal e ainda recupera o dinheiro gasto na compra; seu Manoel recupera o dinheiro investido na rifa, mesmo sem levar o animal.

Questão 10Comentário: O objetivo dessa questão é que o aluno seja capaz de fazer uma análise gramatical da relação determinante / determinado a partir de um texto concreto. Desse modo, deve identificar as seguintes relações:

termo determinado Determinante

criseArtigo indefinido feminino

singular: “uma”

dívidasPronome possessivo feminino

plural: “suas”

“véio”Artigo definido masculino

singular: “o”

burricoPronome possessivo

masculino singular: “seu”

Questão 11Comentário: O objetivo dessa questão é que aluno relacione cada determinante ao respectivo termo determinado. Nesse caso, a resolução deve ficar da seguinte forma:

• Osubstantivodeterminado“ano”temcomodeterminanteo pronome demonstrativo “naquele”.

• O substantivo determinado “maneira” tem comodeterminante o adjetivo “única”.

• Osubstantivodeterminado“Salomé”temcomodeterminanteo adjetivo “véio”.

• O substantivo determinado “burrico” tem comodeterminantes o pronome possessivo “seu” e a locução adjetiva “de estimação”.

Testes01. C

02. A

03. C

04. A

05. B

06. D

07. C

08. D

09. A

10. C

11. B

12. A

Livro do Aluno: Página 34 a 75

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língua portuguesa

Coleção EF616

Questão 03

Comentário: O tipo de narrador do texto é o observador, que conta a história em terceira pessoa. Esse narrador não participa da história, apenas expõe os fatos ocorridos na narrativa. Neste caso, ele não tem conhecimento do que passa no íntimo das personagens, ele apenas reproduz as ações de acordo com seu ângulo de visão.

Questão 04

Comentário: Nessa atividade, os alunos deverão identificar os elementos conflito (complicação) e resolução do conflito (desfecho) do conto, sinalizando em quais parágrafos eles se encontram.

A) O conflito da narrativa está nos parágrafos de 2 a 7, quando os nobres do reino começam a tentar curar a loucura do rei.

B) A resolução está nos parágrafos 13 e 14, quando o açougueiro foi embora e o rei começou a obedecer às suas ordens.

Questão 05

Comentário: Professor(a) a resposta para essa atividade é pessoal e pode variar muito. Os alunos poderão reescrever o final da história dizendo que o rei não se curou, que todo o reino ficou louco como e rei, etc. Valorize os desfechos apresentados, certificando-se de que estão coerentes com o desenvolvimento da história.

Atividade oral

A panela do diabo

Questão 01

Comentário: Nessa atividade, os alunos deverão identificar o principal conflito do conto, que começa quando Malasartes decide ajudar os amigos a recuperar seus pertences.

Questão 02

Comentário: Zé Trabuco enganou dois caipiras trapaceando no jogo de truco.

Questão 03

Comentário: Zé Trabuco leva dos dois caipiras todo o dinheiro e suas dezoito mulas.

Questão 04

Comentário: Para ajudar os amigos, Malasartes comprou feijão, cebola, sal e uma panelinha e foi para a estrada cozinhar.

Questão 05

Comentário: Zé Trabuco troca seus pertences pela panela porque acredita que ela era a panela do diabo, enfeitiçada, que cozinha sem fogo.

Questão 06

Comentário: Malasartes convence Zé Trabuco de que a panela é mesmo enfeitiçada, pois quando Zé o encontra na estrada, a panela está cozinhando sem nenhum fogo embaixo dela. Mas o que Zé Trabuco não sabia era que Malasartes já esperava por ele na estrada e, antes de sua chegada, estava com a panela em um braseiro. Quando o avistou, Malasartes retirou a panela do fogo, esperou Trabuco e disse que aquela panela cozinhava sem fogo.

Questão 07

Comentário: No final do conto, Malasartes engana Zé Trabuco e pega de volta os pertences dos amigos, pois Trabuco, convencido de que a panelinha era enfeitiçada, troca tudo que tem por ela.

Questão 08

Comentário: Para realizar essa atividade, os alunos deverão se reunir e discutir que lição é possível tirar desse conto. Há várias possibilidades de respostas, e é importante valorizá-las e avaliar as justificativas dos alunos para terem chegado a essa conclusão. Uma possibilidade de moral pode estar relacionada ao fato de que não vale a pena trapacear outra pessoa, pois isso também pode acontecer com você em algum momento.

Questão 09

Comentário: As palavras destacadas no trecho são pares que rimam. As rimas são importantes nesse tipo de narrativa para dar a ela ritmo e sonoridade, elementos essenciais dos versos de poemas.

Questão 10

Comentário: Os diálogos são inseridos no conto pelo uso do travessão. Essa é uma das formas de apresentar as falas dos personagens muito comum nos contos em prosa. Isso acontece para separar a fala dos personagens da fala do narrador.

Registrando

Estrutura dos contos em verso e em prosaA diferença básica entre os contos em verso e em prosa está na estrutura. O conto em prosa é apresentado em frases contínuas formando os parágrafos. Além disso, essas frases obedecem uma ordem sintática direta, linear, e sua linguagem é mais denotativa. Nos contos em versos, as frases formam as estrofes e é possível perceber a presença de rimas, que dá ritmo e sonoridade ao texto. Para que ela aconteça, por vezes é preciso modificar a ordem das palavras nos versos, a fim de que elas se encaixem e combinem na rima e na métrica desejada. Além disso, há forte presença da linguagem conotativa e denotativa. A semelhança entre esses dois subgêneros está nos elementos que compõem todos os contos: introdução, conflito, clímax e desfecho.

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Bernoulli Sistema de Ensino 17

Exercícios de aprendizagem

Questão 01Comentário: Professor(a), essa questão objetiva que o aluno seja capaz de identificar a principal característica dos contos em prosa: sua estrutura em parágrafos, bem como os discursos do narrador e das personagens. Dessa forma, o aluno deve numerar os parágrafos do texto-base apresentado e transcrever um trecho que corresponda à fala das personagens e outro que corresponda à fala do narrador. O conto “O caso do espelho” possui, no total, 36 parágrafos, podendo ser assim divididos:

Narrador: 1, 2, 3, 7, 9, 11, 12, 13, 14, 16, 21, 23, 25, 27, 32, 33 e 35.

Personagens: 4, 5, 6, 8, 10, 15, 17, 18, 19, 20, 22, 24, 26, 28, 29, 30, 31, 34 e 36.

Professor(a), é importante que o aluno perceba que, no conto em análise, as falas das personagens aparecem, em sua maioria, em discurso direto, isto é, introduzidas por dois-pontos e travessão. Entretanto, no nono parágrafo, há a ocorrência de discurso indireto livre, em que o narrador reproduz a voz do dono da loja: “Aquilo era só um espelho comum, desses de vidro e moldura de madeira.”

Questão 02Comentário: Nessa questão, espera-se que o aluno identifique a função e a importância do narrador no conto “O caso do espelho”. Dessa forma, ele deve reconhecer que o narrador, como observador, tem a função de apenas relatar aquilo que observa, sem interferir na história contada. Ele é o responsável por descrever as atitudes das personagens diante das situações enfrentadas, dando o tom do texto e permitindo a identificação e a aceitação das personagens pelo leitor, sem, contudo, aprofundar-se nas suas emoções e personalidades.

Questão 03Comentário: Nessa questão, objetiva-se que o aluno seja capaz de aplicar o conhecimento adquirido sobre ordem direta e indireta dos termos a partir de um texto concreto. Como exemplo de frase na ordem direta, o aluno pode citar: “O comerciante sacudiu os ombros e vendeu o espelho, baratinho”. Na ordem indireta, pode-se citar: “Indignada, a mulher colocou as mãos no peito”. Observa-se que o emprego da ordem direta permite uma leitura mais ágil e fácil, contribuindo para a dinâmica da narrativa. Contudo, em alguns casos, faz-se necessário o uso de certos empregos na ordem indireta, de forma a enfatizar certas situações ou ações das personagens. É o que acontece no segundo exemplo, quando o adjetivo “indignada” foi anteposto ao termo que está qualificando, de modo a enfatizar a forma como a mulher se encontrava naquele momento da história.

Questão 04Comentário: O aluno deve analisar o conto, verificando que a linguagem empregada é majoritariamente denotativa, uma vez que os termos são usados em seu sentido literal, de acordo com o dicionário, não se vislumbrando a predominância de linguagem figurada, poética ou mesmo de termos empregados fora de seu sentido usual.

Questão 05Comentário: Essa questão cobra conteúdo sobre duas características primárias dos contos: tempo e espaço. Espera-se que o aluno seja capaz de identificar que, por se tratar de uma narrativa popular, esse conto apresenta tempo e espaço indefinidos, de forma que não é possível datar ou especificar com certeza quando e onde a história se passa. Isso permite que o conto seja contado e recontado em diferentes épocas, por diferentes pessoas, alterando-se pouco de sua essência.

Questão 06Comentário: A presença da descrição se faz importante, pois permite que o leitor consiga formar uma imagem mental daquilo que está sendo narrado: nesse caso, a imagem formada no espelho. Assim, o aluno percebe que a descrição feita pela mulher corresponde ao retrato dela mesma. Da mesma forma, a descrição feita pela senhora também corresponde ao seu autorretrato, o que torna a narrativa cômica, uma vez que a velha senhora caçoa do suposto retrato da “bruaca que está com os dois pés na cova”, desconsiderando se tratar dela mesma.

Questão 07Comentário: Essa questão é de interpretação textual e tem por objetivo avaliar a leitura do conto feita pelo aluno, bem como e sua capacidade interpretativa. O aluno deve ser capaz de perceber, assim, que a confusão de ambas as personagens – homem e mulher – se deu pelo mesmo motivo: o fato de terem confundido o espelho com um retrato. Embora cada um tenha visto uma pessoa diferente no retrato – o homem viu seu pai, enquanto a esposa viu outra mulher, mais bonita, com quem pensou que o marido a estaria traindo – ambos confundem o objeto com outra coisa, acreditando estarem vendo uma foto estática, e não um espelho.

Questão 08Comentário: Assim como a questão anterior, essa também busca avaliar a capacidade interpretativa do aluno. Nesse caso, ele deve ser capaz de interpretar que cada uma das personagens viu uma pessoa diferente no retrato, pois estava diante, na verdade, de um espelho. Assim, o homem viu seu pai, pois estava vendo a si mesmo e, devido à provável semelhança entre eles, acreditou estar vendo o pai. Já a mulher viu a “amante”, pois, desconhecendo sua própria beleza, não acreditou que aquela linda mulher da foto pudesse ser ela mesma. A mãe da moça, por sua vez, viu uma mulher muito velha e feia, sem perceber que se tratava dela mesma.

Questão 09Comentário: Objetiva-se, nessa questão, que o aluno seja capaz de identificar os elementos característicos de um conto mesmo em uma narrativa em verso. Assim, o aluno deve ser capaz de analisar o conto “A lebre e a perdiz” observando os elementos: espaço, personagens e tipo de narrador.

A) Espaço: campo. Esse elemento pode ser encontrado na 4ª estrofe, no primeiro verso.

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língua portuguesa

Coleção EF618

B) Personagens: lebre, perdiz, cães, açor. Esse elemento pode ser encontrado nas estrofes 4, 5 e 16.

C) Tipo de narrador: observador de primeira pessoa. Esse elemento pode ser comprovado pela estrofe 3, verso 1, quando o narrador afirma: “O que em meus versos”, demonstrando ser um narrador de primeira pessoa. Contudo, ele não é personagem da história, como fica claro na mesma estrofe, ao dizer que apenas está citando a história contada por outra pessoa.

Questão 10Comentário: Questão de interpretação textual em que o aluno deve ser capaz de localizar uma informação no texto-base. Nesse caso, espera-se que o aluno consiga identificar que, nas segunda e terceira estrofes, o narrador do conto atribui a autoria da história que será contada a outra pessoa, Esopo, um famoso escritor de fábulas.

Questão 11Comentário: Espera-se que o aluno perceba que, ao contrário do que costumeiramente acontece, nesse conto, a moral não aparece no fim, mas sim no início da história, mais exatamente, na primeira estrofe. Essa moral pode ser assim resumida: não zombe dos outros, pois você não sabe o que lhe espera no futuro. Ou seja, a perdiz zomba da lebre por esta ter se empenhado tanto para fugir dos cães, que acabou morrendo de cansaço, caindo nas “mãos” da matilha do mesmo jeito. Contudo, a própria perdiz, ao ser perseguida pela matilha, acha que pode se salvar levantando voo, mas é pega por outro pássaro, um açor. Desse modo, a perdiz acaba sofrendo o mesmo destino de sua companheira lebre, de quem caçoava pouco antes.

Questão 12Comentário: Essa questão tem por objetivo aplicar conhecimentos relativos às características dos contos a partir de um exemplo concreto. Dessa forma, o aluno deve identificar que o conflito se dá quando a lebre passa a ser perseguida pelos cães, que conseguem encontrar a caça pelo cheiro que ela emana, o qual é identificado pelo faro apurado dos cachorros.

Questão 13Comentário: Espera-se que o aluno perceba que, no conto lido, o emprego das rimas torna a leitura mais fluida, musical, facilitando não apenas a compreensão, mas também possibilitando que essa narrativa seja mais facilmente memorizada e recontada por diferentes pessoas, em diferentes épocas e situações, o que a aproxima, assim, dos contos de origem popular.

Questão 14Comentário: Questão que exige do aluno a habilidade de retextualização. A estrofe pode ser reescrita da seguinte forma: “Para que teus pés velozes prestaram, se não te livraram dos molossos?”. Espera-se que o aluno perceba que, com essa mudança, o texto perde não apenas suas rimas, mas também seu caráter musical e sonoro, que lhe conferia um tom poético e ritmado. Dessa forma, o leitor tem uma percepção de ritmo menos harmônica e mais objetiva, o que desconstrói o propósito da narrativa.

Questão 15Comentário: O objetivo dessa questão é que o aluno identifique o recurso empregado pelo autor do texto para identificar a voz das personagens, ao mesmo tempo em que seja capaz de retextualizar as falas em prosa, empregando os sinônimos apresentados no vocabulário que acompanha o texto. Espera-se, assim, que o aluno identifique que, nesse conto, foram empregadas aspas para diferenciar a voz das personagens do discurso do narrador. Como exemplo, o aluno pode reescrever as estrofes 12 e 13 da seguinte forma:

“A companheira, por zombaria, diz:

– Pra que teus pés velozes prestaram, se não te livraram dos cães de caça?”

Questão 16Comentário: O aluno deve analisar o repente apresentado e identificar nele características próprias do gênero. Como estudado, os repentes tratam, na maior parte das vezes, da “contação” de casos que falem da própria terra, mostrando seus valores, fraquezas, etc. Assim, verifica-se que o repente em questão fala sobre a própria terra onde foi produzido, valorizando uma de suas características: ou seja, a exaltação que ocorre quando chove na região. Isso pode ser justificado pelo fato de, nessas regiões, serem comuns grandes períodos de seca, que fazem com que não apenas as pessoas, mas também os animais – como os pássaros – tenham medo, sofram e por vezes até migrem, tentando sobreviver. Igualmente, quando a região recebe chuvas, todos exaltam esse “milagre”, inclusive os animais. Desse modo, pode-se inferir que o objetivo do repentista com esses versos foi valorizar a força e a coragem dos nordestinos que, mesmo sentindo medo da seca, permanecem em suas terras, persistindo, pois sabem que dias melhores poderão chegar, trazendo chuva e, com ela, esperança.

Questão 17Comentário: Questão de identificação de características de um gênero (repente) a partir de outro gênero textual (publicidade). O aluno pode identificar, como elementos que permitem aproximar a publicidade do gênero repente: a caracterização das personagens como nordestinos, o que pode ser percebido pelo chapéu de cangaceiro usado, pela aparência física, pelos pés calçando chinelos (indicando tratar-se de pessoas simples); a presença de violas (violões), que são instrumentos costumeiramente utilizados pelos repentistas para acompanhar a construção de seus textos, atribuindo musicalidade às narrativas por eles apresentadas; a presença de rimas nas falas dos repentistas, criando ritmo e musicalidade no texto.

Questão 18Comentário: Novamente, uma questão que busca identi-ficar características próprias de um gênero, dessa vez de um cordel. Espera-se que o aluno seja capaz de perceber que a temática voltada para um assunto comum, real, bem como o emprego das rimas e da musicalidade, caracte-rizam esse texto como uma narrativa popular em verso.

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Manual do Professor

Bernoulli Sistema de Ensino 19

Nesse caso, sabemos se tratar de um cordel pela informação apresentada antes do texto e pela referência de onde este foi tirado. Assim, tendo-se em vista que sabemos de que gênero se trata, podemos inferir que esse texto foi produzido, prova-velmente, em um contexto de comunicação oral e popular e divulgado por meio de folhetos. Vemos que a história se trata de uma temática comum, que fala do relacionamento de um rapaz com seus irmãos, baseada numa narrativa bíblica.

Questão 19Comentário: Essa questão objetiva que o aluno aplique os conhecimentos gramaticais sobre pronomes aprendidos no capítulo, sendo capaz de substituir o sujeito das frases pelos pronomes pessoais de caso reto correspondentes. Nesse caso, a resolução deve ficar da seguinte forma:

A) Eles compareceram ao evento.

B) Ele está de férias.

C) Nós somos amigos de longa data. / A gente é amigo de longa data.

D) Ele venceu o jogo com facilidade.

Questão 20Comentário: Questão que busca treinar a habilidade dos alunos quanto ao emprego de pronomes adequados a cada situação. Nesse caso, as frases devem ser completadas da seguinte maneira:

A) Meu tio trouxe o livro para eu ler.

B) Meu tio trouxe o livro para mim.

C) Nós nos lavamos depois do futebol.

D) Eu me chamo Roberto.

E) Minha irmã quer ir comigo ao cinema.

Questão 21Comentário: A distinção entre a utilização da língua na formalidade e na coloquialidade é demonstrada, no poema, por meio da utilização dos pronomes oblíquos. O eu lírico apresenta duas utilizações dessa classe de palavras, nas frases “Dê-me um cigarro”, construída pelos gramáticos e estudiosos, e “Me dá um cigarro”, elaborada pelos falantes da língua no cotidiano. Nesse sentido, o poema mostra que a utilização correta do idioma não é pautada pelas regras gramaticais, mas pelo contexto de uso.

Questão 22Comentário: A construção de humor na tirinha se baseia na utilização dos pronomes. O equívoco gramatical cometido pela personagem no segundo quadrinho consiste em utilizar o pronome pessoal em caso reto “arrasar eles” quando deveria utilizar o pronome em caso oblíquo “arrasá-los”, como foi feito pela personagem do primeiro quadrinho em “massacrá-los”. Considerando o contexto coloquial e cotidiano, no entanto, a utilização mais adequada a ele poderia ser justamente aquela em que se comete o equívoco gramatical.

Questão 23Comentário: O objetivo dessa questão é que o aluno consiga aplicar adequadamente os conhecimentos que aprendeu quanto às regras de uso dos pronomes pessoais. Espera-se que o aluno perceba que, nas frases apresentadas, os equívocos consistem no emprego incorreto de pronomes de caso reto, quando deveriam ter sido empregados pronomes de caso oblíquo. Isso porque, nessas frases, os pronomes exercem a função de complemento. Assim, a resolução deve ficar da seguinte forma:

A) Encontrei ela passeando no shopping = Encontrei-a passeando no shopping.

B) Deixa eu sossegada, pois preciso descansar = Deixe-me sossegada, pois preciso descansar.

C) Entreguei o livro hoje, portanto, poderás pegar ele = Entreguei o livro hoje, portanto, poderás pegá-lo.

Questão 24 Comentário: Também nessa questão, espera-se que o aluno seja capaz de aplicar os conhecimentos adquiridos com o estudo das regras de uso dos pronomes pessoais. Nesse caso, ele deve substituir os complementos verbais destacados nas sentenças apresentadas pelos pronomes pessoais oblíquos átonos adequados. Assim, as frases devem ser reescritas da seguinte maneira:

A) Escrevi a carta à caneta. = Escrevi-a à caneta.

B) Arrumei meu quarto, pois meus pais pediram. = Arrumei-o, pois meus pais pediram.

C) Respondi ao comando na mesma hora. = Respondi-lhe na mesma hora.

D) Trouxemos para você uma surpresa. = Trouxemos-lhe uma surpresa.

Questão 25Comentário: Questão que busca treinar a habilidade dos alunos quanto ao emprego de pronomes adequados a cada situação. Nesse caso, o aluno deve se atentar para o comando do enunciado, que deixa explícito se tratar de um contexto formal de comunicação. Logo, o aluno deve reescrever as frases da seguinte forma:

A) Para mim, acreditar nele é impossível. – Como o pronome exerce a função de complemento, deve ser empregada a forma oblíqua.

B) Há várias tarefas para eu fazer quando chegar ao trabalho. – Por exercer a função de sujeito nesse caso, deve-se empregar o pronome reto.

C) Nós vamos ao cinema toda semana. / A gente vai ao cinema toda semana. – Nesse caso, o verbo deve concordar com o pronome (sujeito) a que se refere.

D) Se você quiser, pode ver o filme conosco. – Embora o pronome “você” refira-se à pessoa com quem se fala, assemelhando-se, assim, aos pronomes de segunda pessoa, ele é relativizado como de terceira pessoa, devendo, por isso, ter sua concordância feita dessa forma.

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Coleção EF620

Questão 26

Comentário: Questão que tem como objetivo avaliar os conhecimentos do aluno quanto à colocação pronominal. Nesse caso, tanto no item A quanto no item B, as segundas sentenças são as que estão de acordo com a norma-padrão:

A) Empreste-me um lápis, por favor?

B) Na semana passada, apresentei-lhes os planos da empresa.

A regra que justifica a adequação dessas sentenças é a que impede o uso de pronomes oblíquos átonos em início de frases ou após uma vírgula.

Questão 27

Comentário: Essa questão objetiva que o aluno aplique os conhecimentos gramaticais sobre pronomes de tratamento aprendidos no capítulo, sendo capaz, ainda, de identificar a forma correta a ser usada em cada caso: “Sua” ou “Vossa”. Nesse caso, a resolução deve ficar da seguinte forma:

A) Sua Excelência – pois o locutor não se dirige diretamente ao presidente, mas sim fala sobre ele com outra pessoa.

B) Vossa Alteza – pois o locutor se dirige diretamente à princesa.

C) Seu – pois o locutor está falando do avô com outra pessoa. Além disso, por ter uma relação afetiva com o avô, o locutor usa uma forma mais carinhosa para se referir a ele.

D) Vossa Magnificência – pois o locutor se dirige diretamente ao reitor.

Questão 28

Comentário: A partir de exemplos concretos – capas de revista –, espera-se que o aluno seja capaz de identificar os pronomes de tratamento adequados para se dirigir às duas personalidades apresentadas. O aluno deve identificar, assim, que, para se dirigir à rainha Elizabeth, deveria ser empregado o pronome de tratamento “Vossa Majestade”. Já para se dirigir ao papa Francisco, o pronome utilizado seria “Vossa Santidade”.

Exercícios propostos

Questão 01

Comentário: Questão que objetiva avaliar o aluno quanto à capacidade de analisar personagens de um conto com base nas suas falas e reações às mais diversas situações. No conto “A caçada”, nota-se que o amigo convidado para a caça, além de medroso, característica dada a ele pelo narrador no início do texto, também pode ser identificado como pessimista, por prever sempre as piores situações. É possível, ainda, identificá-lo como sem iniciativa, pois, ao final do conto, ele dá a entender que esperava que seu amigo o salvasse caso fossem atacados por uma onça, sem demonstrar nenhum ato de coragem e mesmo de autopreservação. É importante, professor(a), que, por fazer parte de um conto popular, o aluno consiga identificar, na personagem analisada, uma personagem-tipo, ou seja, aquela que é definida por sua característica mais aparente, no caso, o medo.

Questão 02

Comentário: Nessa questão, o aluno deve identificar o significado de uma expressão popular, relacionando seu sentido ao seu uso no conto em análise. Dessa forma, o aluno deve saber que “amigo da onça” significa “falso amigo”. No conto, o companheiro de caçada chama o amigo que o convidou de “amigo da onça”, dando a entender que esse amigo, caso uma onça os atacasse, estaria interessado apenas na própria sobrevivência, deixando o companheiro para trás, o que facilitaria o ataque da onça sobre ele. Por isso, diz que o amigo não é seu, mas da onça, pois o animal que seria beneficiado pelas atitudes dele.

Questão 03

Comentário: Professor(a), essa questão objetiva que o aluno seja capaz de identificar, em um texto concreto, as características dos contos em prosa. Nesse caso, ele pode apontar que o texto conta com uma estrutura em parágrafos, suas frases são escritas, em sua maioria, na ordem direta e com linguagem predominantemente denotativa.

Questão 04

Comentário: O conto “A caçada” aproxima-se muito de uma anedota, gênero textual em prosa que, por meio de uma linguagem simples e ágil, tem o objetivo de contar um caso cômico, que possa divertir e entreter o interlocutor. Por esse motivo, empregam-se frases na ordem direta, aproximando a narrativa de um texto “oral”, que possa ser facilmente assimilado e compreendido por aquele que o lê / escuta.

Questão 05

Comentário: Espera-se que o aluno perceba que, nesse conto, as personagens são caracterizadas como personagens-tipo, ou seja, são reconhecidas por alguma característica que se destaca em sua personalidade, não recebendo nomes ou outras qualificações. Assim, temos um caboclo trabalhador e um homem medroso. Essas personagens ainda estão inseridas em um contexto rural, como pode ser comprovado pelos elementos “Rio Negro”, “onça”, “caçada”, aproximando-se do ambiente em que normalmente circulam os textos de origem popular.

Questão 06

Comentário: Essa questão objetiva que o aluno aplique os conhecimentos aprendidos em sala de aula sobre narrativas em verso. Para isso, ele pode apontar que, no conto lido, há a presença de estrofes e versos; rimas e musicalidade; frases empregadas na ordem indireta.

Questão 07

Comentário: Essa questão tem por objetivo aplicar conhecimentos relativos às características dos contos a partir de um exemplo concreto. Dessa forma, o aluno deve identificar que o conflito do conto se dá quando Malasartes encontra seu compadre, que lhe informa que fora enganado por um fazendeiro, que havia lhe comprado porcos, mas sem jamais lhe pagar. O conflito pode ser encontrado nas estrofes de 2 a 5.

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Bernoulli Sistema de Ensino 21

Questão 08Comentário: Espera-se que o aluno seja capaz de identificar a moral do conto lido, a qual aparece no fim, na última estrofe: “Depois de tanta aventura, / Vai ficar esta certeza: / Quem não tem força e poder / Tem de usar a esperteza”. Ou seja, a moral prega que aqueles mais fracos devem usar-se de sua sabedoria, sua esperteza, para conseguirem sobreviver em meio aos fortes e poderosos.

Questão 09Comentário: Essa questão objetiva que o aluno ative sua habilidade de interpretar o texto a partir de elementos pré-fornecidos. Assim, espera-se que o aluno perceba que, nesse conto, o problema enfrentado pelo amigo de Malasartes é o fato de ter levado um “calote” de um fazendeiro, que comprou vários porcos do sitiante e nunca lhe pagou, deixando-o em apuros e com dívidas.

Questão 10Comentário: O objetivo dessa questão é que o aluno seja capaz de fazer uma análise textual do conto lido, sintetizando, com suas palavras, as ações de Malasartes para ajudar seu amigo. Nesse sentido, espera-se que o aluno descreva que, para ajudar o compadre, Malasartes precisou enganar o fazendeiro, passando-se por empregado que queria vender os porcos para o patrão. Tendo sido contratado pelo fazendeiro, o esperto caipira foi à casa do compadre e lhe devolveu todos os porcos. Em seguida, comprou duas dúzias de rabinhos de porco na venda e espetou num atoleiro perto da casa do fazendeiro, fazendo parecer que os porcos tinham caído e afundado na lama, ficando apenas com os rabos de fora. Depois, foi correndo chamar o patrão e contar o ocorrido. Este, acreditando na história de Malasartes, mandou o caipira buscar dois enxadões em sua casa, para que eles pudessem cavar o atoleiro e salvar os porcos. Contudo, ao chegar à casa do fazendeiro, o caipira falou com a mulher do patrão que ele estava pedindo dois mil pacotes (dinheiro) para pagar uma encomenda que havia acabado de chegar. A esposa, desconfiada, não acredita em Malasartes. Este, então, chamando o patrão a distância, ergueu os dedos, formando o número dois, e pediu para o fazendeiro confirmar se eram dois mesmo ou apenas um. O fazendeiro, acreditando que Malasartes se referia aos enxadões, confirmou com um gesto das mãos que eram dois. A esposa, vendo a confirmação do marido, entregou o dinheiro a Malasartes, que foi embora rapidamente, deixando o fazendeiro sem o dinheiro e sem os porcos.

Questão 11Comentário: O aluno deve ser capaz de perceber que o fazendeiro acreditou que os porcos estavam atolados, porque Malasartes comprou rabinhos de porco na venda e os espetou no atoleiro. Assim, visualmente, parecia que os porcos tinham afundado, deixando apenas os rabinhos de fora. Quando tentava puxá-los pelos rabos, estes se soltavam, e Malasartes falou que isso acontecia porque o fazendeiro estava fazendo muita força. Deve-se levar em conta, nesse sentido, a ingenuidade do fazendeiro, que, embora seja um homem poderoso, também deve provir de uma origem humilde e ter pouca instrução, de forma que consegue ser enganado facilmente pelo esperto caipira.

Questão 12Comentário: Como apontado na questão 10, o caipira consegue enganar a mulher do patrão por meio de um gesto com as mãos. Ao falar que o fazendeiro havia pedido dois mil pacotes, a esposa não acredita e se nega a entregar o dinheiro. Contudo, Malasartes chama o patrão e mostra o número dois com os dedos, fazendo um V, questionando se eram dois ou um que o patrão havia pedido. Como o fazendeiro acredita que o caipira está se referindo aos enxadões que mandou buscar, ele confirma com um gesto que eram dois e, assim, vendo o gesto do esposo, a mulher enfim acredita na história de Malasartes e lhe entrega o dinheiro.

Questão 13Comentário: O objetivo dessa questão é que o aluno aplique, a partir de um texto concreto, os conhecimentos adquiridos sobre pronomes. Na quinta estrofe, podem ser encontrados quatro pronomes pessoais que podem ser citados pelo aluno: “eu” – pronome pessoal de caso reto indicativo da primeira pessoa do singular; “ele” – pronome pessoal de caso reto indicativo da terceira pessoa do singular; “me” – pronome pessoal de caso oblíquo indicativo da primeira pessoa do singular; “te” – pronome pessoal do caso oblíquo indicativo da segunda pessoa do singular.

Questão 14 Comentário: Nessa questão, o aluno precisa identificar, no conto em análise, o sentido do desvio, em relação à norma--padrão, quanto ao uso do pronome oblíquo átono. Na frase “Me ajude a puxar os porcos [...]”, o pronome oblíquo “me” está fora do padrão normativo por aparecer em início de frase. No entanto, o aluno deve perceber que esse uso na fala do fazendeiro é proposital, pois aproxima o texto da linguagem coloquial, informal, contribuindo para a caracterização da personagem como um tipo popular. Professor(a), é importante que você esclareça aos alunos que o emprego do pronome oblíquo átono em início de frases, apesar de estar em desacordo com a norma--padrão, é aceito e amplamente utilizado na oralidade e em situações comunicativas menos formais.

Questão 15 Comentário: Nessa questão, o aluno deve identificar, em um

texto concreto, o uso de um pronome de tratamento, bem como

a justificativa para esse uso em determinado contexto. No conto

“Os porcos do compadre”, identifica-se o uso do pronome de

tratamento “você” na vigésima segunda estrofe, em uma fala

da mulher do fazendeiro dirigida à Pedro Malasartes: “Você está

enganado, / Não vou dar nenhum vintém!”. Espera-se que o

aluno perceba que o uso do “você” se dá em situações em que

os interlocutores têm algum tipo de intimidade e familiaridade.

No conto, a mulher do fazendeiro é também patroa de

Malasartes, portanto, não é necessário que dispense a ele

tratamento mais formal, sendo adequado o uso do “você”.

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Questão 16Comentário: Espera-se que o aluno faça as seguintes correções

nos enunciados apresentados:

A) Nós os vimos no cinema ontem. – O pronome pessoal do

caso reto deve ser substituído pelo pronome pessoal do

caso oblíquo, pois, nesse caso, está exercendo a função

de complemento. Além disso, deve ser inserido antes do

verbo, pois o pronome de caso oblíquo, nesse contexto,

é atraído pelo pronome pessoal de caso reto “Nós”.

B) Esse exercício é muito difícil para eu fazer. – O pronome

pessoal do caso oblíquo deve ser substituído pelo pronome

pessoal do caso reto, pois, nesse caso, está exercendo a

função de sujeito, e não de complemento.

Questão 17Comentário: Essa questão objetiva exercitar a capacidade

de retextualização do aluno, a partir de um exemplo concreto,

fazendo as substituições solicitadas. O aluno pode reescrever

o poema da seguinte forma:

Basta-nos um pequeno gesto,

feito de longe e de leve,

para que venhas conosco

e nós para sempre te levemos...

Questão 18Comentário: Para responder a essa questão, o aluno deve

aplicar seus conhecimentos sobre os gêneros populares

repente, cordel e desafio, identificando as características

pertencentes a cada um deles. As colunas podem ser assim

relacionadas:

Gênero Características

(1) Repente

(2) Desafio

(3) Cordel

(1, 2 e 3) Sua estruturação se dá em versos, com rimas e ordem indireta.

(1 e 3) Tem predominância de temas populares.

(2) Seu tema é, normalmente, o oponente.

(1 e 2) Composto na oralidade, mas pode ser registrado pela escrita posteriormente.

(2) Pode durar horas.

(1 e 2) É construído sempre por meio do improviso.

(3) Origina-se de relatos orais.

(2) Consiste no duelo entre dois ou mais autores.

(3) Era pendurado em varais para ser vendido.

(1 e 2) Pode ser acompanhado de um instrumento musical.

Testes01. C

02. C

03. A

04. C

05. A

06. A

07. C

08. A

09. E

10. C

CAPÍTULO – 6Conto em prosa poética

Atividade oral

O menino que escrevia versos

Questão 01Comentário: A mando do marido, a mãe levou o menino ao médico porque ele escrevia versos. De acordo com o pai do menino, aquilo devia ser contagioso, consequência das más companhias, e era preciso acabar com aquela vergonha familiar.

Questão 02Comentário: Ao descobrir o que doía no menino o médico ficou surpreso e parou de escrever. Além disso, ele custava a acreditar naquilo, visto que o menino era ainda tão pequeno.

Questão 03Comentário: Professor(a), essa resposta é pessoal, já que pede que o aluno extrapole o que já está explícito no texto. Uma das possibilidades de respostas está voltada para o desejo do médico em ouvir os versos do menino, que pode fazê-lo se sentir bem, também sendo para ele uma nova forma de viver. Outra possibilidade é a de que o médico aceitou tratar a “doença” do menino para proporcionar-lhe momentos em que ele poderá escrever sem as reprimendas dos pais, podendo viver a vida e expressar seus sentimentos livremente por meio do papel.

Questão 04Comentário: Quando o menino diz que escreve pedaços de vida, ele quer dizer que era escrevendo que ele vivia. Sua vida resumia-se ao que estava escrito naquele papel.

Questão 05Comentário: Os elementos que caracterizam o texto como uma prosa poética são a forma como a história é contada, com figuras de linguagem, carregada de sentimento e emoção.

Livro do Aluno: Página 78 a 111

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Interpretando

O menino que escrevia versos

Questão 01Comentário: A resposta para essa atividade é pessoal. Espera-se que os alunos percebam que os pais do menino são pessoas simples e um pouco rudes, sem muito traquejo para lidar com delicadezas e com a sensibilidade do menino. Por isso, estranham aquela atitude de escrever versos, tão diferente do que veem na vida que sempre levaram.

Questão 02 Comentário: De maneira metafórica, o autor apresenta a necessidade que o pai tem de levar o filho ao médico utilizando as palavras de seu cotidiano, ligadas às rotinas de uma oficina mecânica, comparando a cura do filho com o conserto de um carro. O uso tosco da linguagem do pai é o que dá ao texto seu caráter poético.

Questão 03Comentário: Os trechos que podem ser transcritos são: “Dona Serafina respondeu que não”, “O pai logo sentenciara: havia que tirar o miúdo da escola”, “O pai conformado exigiu: então, que ele fosse examinado”, “Já Dona Serafina aproveitava o momento: Está a ver, doutor? Está a ver?”, etc.

Questão 04Comentário: O flashback ocorre no trecho que fala sobre a noite de núpcias dos pais do menino, em que o pai diz para a mãe que ela cheirava a óleo Castrol, sendo essa a forma mais doce de tratar a mulher. Esse trecho é um recurso importante para a compreensão do texto para mostrar a rusticidade do pai do menino, que não sabe lidar com o acontecimento de maneira mais sensível e esclarecida.

Questão 05Comentário: Espera-se que o aluno compreenda que cheirar a óleo Castrol para o pai do menino é um elogio, já que ele trabalha com carros e possivelmente gosta do que faz, por ser algo que ele sabe fazer bem. Com isso, ele provavelmente quis dizer que a mulher estava cheirosa e que ele gostava daquele cheiro. Assim, é possível perceber que o pai do menino é um homem simples, bronco, sem muita cultura.

Atividade oral

Fiapo de trapo

Questão 01Comentário: O texto pode ser classificado como uma prosa poética porque, embora seja escrito em prosa, ele se desenvolve por meio de rimas, o que dá a ele a sonoridade de um poema

Questão 02Comentário: A presença do ritmo e da sonoridade proporcionados pelas rimas permite dividir as frases do texto em formato de versos.

Questão 03Comentário: O tema do conto colabora com a poética do texto porque explora sentimentos e emoções vividos pelo espantalho.

Questão 04Comentário: O espantalho tinha sentimentos porque deram a ele um coração bordado no peito, que o permitiu sentir as coisas do jeito dele.

Questão 05Comentário: Após a chuva, formou-se no céu um belo arco- -íris. O dia ficou azul, os pássaros voaram livres e alegres. Já o espantalho tinha se desmanchado, foi carregado e espalhado pelo vento. Sua palha então se misturou à terra, adubando as plantas e ajudando-as a crescer. Além disso, se transformou em ninhos para os filhotes que iriam nascer.

Questão 06Comentário: Professor(a), a resposta para essa atividade é pessoal. Cada aluno fará a sua própria leitura sobre a afirmação apresentada. É possível concordar com a afirmativa, visto que o espantalho não se sentia feliz, pois estava sozinho até então. Depois da chuva, ele passou a deixar sua marca em cada canto da plantação, protegendo os filhotes, ajudando as plantas. É possível também discordar, dizendo, por exemplo, que o espantalho deixou de ser quem era, pois fora destruído pela chuva, perdendo a sua essência e função principal na plantação.

Registrando

Definições poéticasA resposta para essa atividade é pessoal. Incentive os alunos a usarem a criatividade para criar as definições poéticas das palavras. Peça para transformarem essas palavras em um sentimento, em um símbolo ou em uma imagem metafórica que as define. Incentive-os a usarem figuras de linguagem que substituam as ideias principais contidas em cada palavra.

Exercícios de aprendizagem

Questão 01Comentário: Professor(a), essa questão objetiva que o aluno seja capaz de identificar, no trecho lido, elementos da prosa poética. Nesse caso, o aluno deve perceber que, a exemplo do que acontece no conto de Mia Couto, no trecho de Guimarães Rosa, há uma linguagem que recorre às emoções e aos sentimentos para transmitir sua mensagem. Assim, ao responder à pergunta do filho, em vez de simplesmente dar uma resposta objetiva sobre o que é o mar, a mãe o faz por meio de uma imagem poética, suspirando, o que dá ao garoto a impressão de que o mar, na verdade, “é aquilo de que se tem saudade”. Dessa forma, essa linguagem próxima da poesia, estruturada, contudo, na forma de prosa, ou seja, por meio de parágrafos, é o que dá ao texto o caráter de prosa poética.

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Coleção EF624

Questão 02Comentário: Nessa questão, objetiva-se que o aluno seja capaz de associar o contexto em que vivem as personagens ao questionamento do pequeno Miguilim. Tendo em vista o fato de a história se passar em meio à seca nordestina, entende-se que o mar, para aquelas pessoas, é quase como uma utopia, uma coisa que pode ser sonhada, mas não aproximada. Assim, o suspiro da mãe ao descrever o mar deve-se muito mais ao desejo de conhecer algo tão belo e, ao mesmo tempo, tão distante de sua realidade, do que ao fato de “sentir saudades”, como interpreta o garoto. Para ele, contudo, o mar é aquilo de que se tem saudades, pois traz à lembrança outra época, talvez, melhor do que aquela que está vivendo.

Questão 03Comentário: Nessa questão, objetiva-se que o aluno seja capaz de aplicar o conhecimento adquirido sobre linguagem conotativa em contos em prosa poética. Entre os exemplos de conotação presentes no texto lido, o aluno pode citar o trecho “Para distrair a filha, a mãe tecia e bordava seus vestidos com luares de prata”. Nesse caso, tem-se que a mãe usava algum tipo de material brilhante para bordar os vestidos da filha. Contudo, o narrador emprega essa expressão “luares de prata” para fazer uma aproximação poética com a lua, que tanto a garota desejava. Outro exemplo é a frase: “Perdeu-se nas sombras da floresta colhendo os frutos mais saborosos, fabricados pela ternura das estações”. Nesse caso, o narrador emprega a expressão “ternura das estações” para fazer referência à forma como os frutos eram produzidos, demonstrando que eles eram saborosos, doces, maduros, feitos com muito cuidado e apuro pela natureza.

Questão 04Comentário: Nessa questão, objetiva-se aplicar os conheci-mentos sobre figuras de linguagem aprendidos ao longo do capítulo. No primeiro caso, empregou-se a metáfora para fazer referência à composição da estrada, que era brilhante como se tivesse sido feita de “poeira de estrelas”. Já no segundo caso, foi empregada uma comparação, por meio do termo “como”, para fazer referência ao material com que o brilho da estrada se assemelhava: vidro.

Questão 05Comentário: Essa questão cobra conteúdo sobre interpretação textual. Espera-se que o aluno identifique que o trecho que se repete ao longo de todo o conto é: “mesmo sendo longe e fria”. Esse trecho colabora para a construção poética do texto, soando quase como uma ladainha, uma repetição que traduz a própria personalidade da personagem, que, assim como a lua, também se vê distante, fria, solitária.

Questão 06Comentário: O objetivo dessa questão é que o aluno seja capaz de identificar, no conto lido, a presença da linguagem figurada. Como exemplo, o aluno pode transcrever do conto a seguinte passagem: “Trabalhava como um cão”.

Nesse caso, empregou-se a figura de linguagem comparação para definir a forma de trabalho de João, mostrando que seu trabalho era exigente, árduo e pesado. Outro exemplo que pode ser citado pelo aluno é: “Tinha esperança na mão e um sonho no coração”. Nesse caso, emprega-se uma metáfora para dar expressividade ao que está sendo dito. Assim, a sentença “esperança na mão e sonho no coração” assume um sentido poético, mostrando a persistência de João.

Questão 07Comentário: A comparação, como apontado na questão anterior, pode ser encontrada no trecho: “Trabalhava como um cão”. A expressão em destaque serve para enfatizar o modo como João trabalhava, demonstrando se tratar de uma tarefa árdua. Já a metonímia pode ser encontrada no trecho: “Pra garantir seu ganha pão”. A expressão em destaque, nesse contexto, tem sentido de “salário”, “fonte de renda”, “aquilo que é usado para sobreviver”. Ambas as figuras de linguagem enfatizam a difícil situação do protagonista e mostram como ele precisava trabalhar duro para conseguir sobreviver. Dessa forma, pode-se entender que essas figuras foram empregadas com o objetivo de “amenizar” a situação, dando-lhe um tom poético. Perceba que, se esse texto empregasse uma linguagem objetiva, expondo cruamente a realidade de João, perderia muito de sua característica poética e, consequentemente, de seu objetivo como narrativa em prosa poética.

Questão 08Comentário: Nesse caso, o aluno deve ser capaz de interpretar que a repetição do som “ão” ao longo da narrativa atribui ao texto certa musicalidade e ritmo, por meio da rima, o que contribui para a construção poética ao aproximar o conto de uma poesia.

Questão 09Comentário: Essa questão tem como objetivo analisar a temática do conto lido, associando-a à estrutura da narrativa em prosa poética. Destaque com seus alunos, professor(a), que muitos textos poéticos são baseados em fatos cotidianos, triviais, os quais são justamente recontados por meio de uma linguagem poética, carregada de emoção, para transmitir ao leitor uma mensagem tensa e expressiva. Como falado ao longo do capítulo, “a poesia é a capacidade de se atribuir novos sentidos às coisas simples e comuns da vida.”. Dessa forma, emprega-se uma linguagem poética em certos textos para atribuir novos sentidos e ser possível falar, de forma mais amena, mas não menos expressiva e forte, sobre temas comuns, que permeiam nosso dia a dia. É isso o que acontece no conto “João”, que fala de um homem que enfrentou as desigualdades, a fome, a miséria, sem nunca deixar de lado a esperança e o sonho. Note como a temática desse texto poderia facilmente ser o conteúdo de uma notícia de jornal. Contudo, aqui, opta-se por empregar a prosa poética justamente para dar mais expressividade e emoção à narrativa.

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Bernoulli Sistema de Ensino 25

Questão 10Comentário: O objetivo dessa questão é que o aluno demonstre que aprendeu adequadamente as regras de uso dos pronomes possessivos.

A) Pronomes possessivos: seus (pais), sua (mão), seus (sonhos).

B) Personagens: seus e sua – Dona Sancha Coutinho; seus – Antônio de Saldanha e Albuquerque.

C) Pessoa do discurso: todos os pronomes referem-se à terceira pessoa do singular (ela; ele).

Questão 11Comentário: Questão simples de aplicação do conteúdo gramatical estudado no capítulo, de forma que o aluno precisa apenas preencher as lacunas com os pronomes possessivos adequados. As frases devem ficar da seguinte forma:

A) “Meu / Seu desejo de ser sincero era maior que minha / sua vontade de conquistá-la.” – Nessa frase, podem ser empregados pronomes tanto da primeira quanto da segunda ou terceira pessoa do singular.

B) “Vocês dois me matam de rir. Suas piadas são perfeitas.” – Embora se trate da segunda pessoa do discurso, o pronome correto nesse caso é “suas”, e não “tuas”, pois foi empregado, no início da frase, o pronome de tratamento “vocês”, que é relativizado como de terceira pessoa.

C) “Lucas, Paulo e Pedro encontraram suas / tuas / nossas namoradas na festa.” – Nesse caso, podem ser empregados os pronomes relacionados às três pessoas do discurso no plural, dependendo do contexto: o pronome “suas” será empregado se estiver se referindo às namoradas de Lucas, Paulo e Pedro; o pronome “tuas” será empregado se, nesse caso, o locutor estiver se dirigindo a mais de um interlocutor e estiver se referindo às namoradas desses interlocutores; o pronome “nossas” será empregado se, nesse caso, o locutor estiver afirmando que os rapazes encontraram a namorada dele próprio e a do interlocutor.

D) Seu / Teu sonho era viajar pelo mundo comigo, mas sabíamos que nossa viagem iria demorar. – Professor(a), esclareça para os alunos que, no primeiro caso, pode ser empregado o pronome relacionado à segunda ou à terceira pessoa do discurso, dependendo do contexto.

Questão 12Comentário: Questão de aplicação do conteúdo gramatical estudado no capítulo, de forma que o aluno precisa substituir os pronomes possessivos indicados por outros correspondentes. As frases devem ficar da seguinte forma:

A) Nós sempre fomos os mais espertos da turma. Nossas notas eram as melhores.

B) Se os seus olhos / Se os olhos dele brilham ao te ver, é porque muito lhe estima.

C) Teu sorriso era capaz de fazer feliz até mesmo o mais amargo dos homens.

D) Eles eram bons amigos. Sua companhia / A companhia deles me faz falta.

Questão 13Comentário: Essa questão busca treinar a habilidade dos alunos na diferenciação de pronomes possessivos e pronomes oblíquos com valor possessivo. Para isso, o aluno deve analisar as duas frases propostas, observando a função que os pronomes oblíquos exercem nos dois casos. Espera-se que o aluno perceba que, no primeiro caso, o pronome “me” tem a função de complemento, não assumindo um valor possessivo, mas tão simplesmente complementando o verbo a que está relacionado. Assim, a frase poderia ser reescrita da seguinte forma: “Deu em mim uma vontade de comer chocolate”. Desse modo, verifica-se não haver relação de posse nessa frase, mas apenas de complementação. Já no segundo caso, o pronome tem valor possessivo, atribuindo a alguém a posse de alguma coisa. Assim, ao dizer “Aquelas palavras lhe doíam o coração”, entende-se que “aquelas palavras doíam seu coração”. Nesse caso, o pronome oblíquo “lhe” tem a função de indicar de quem é o coração que doía, exercendo, assim, a função de pronome possessivo.

Questão 14Comentário: Essa questão busca treinar a capacidade inter-pretativa do aluno no que diz respeito a questões gramaticais, de forma que ele seja capaz de identificar a ambiguidade em um texto ocasionada a partir do emprego de determinado termo. Para resolver a questão, deve-se identificar que, na frase apre-sentada, a ambiguidade foi causada pelo emprego do pronome possessivo “seus”. Dessa forma, espera-se a seguinte análise:

A) As duas interpretações possíveis para a frase são:

I. Os trabalhadores se revoltaram com os patrões por causa dos salários que os empregados recebiam.

II. Os trabalhadores se revoltaram com os patrões por causa dos salários que os patrões recebiam.

B) O que ocasionou a ambiguidade na frase foi o emprego do pronome possessivo “seus”, que não deixa claro se está se referindo a “trabalhadores” ou “patrões”.

C) Entre as reescritas possíveis para se eliminar a ambiguidade, pode-se citar:

I. Os trabalhadores, por causa de seus salários, revolta-ram-se com os patrões.

II. Os trabalhadores se revoltaram com os patrões por causa dos salários que os empregados recebiam.

III. A equipe de trabalhadores se revoltou com os patrões por causa dos salários dela.

Questão 15Comentário: Questão que exige do aluno o reconhecimento do conteúdo gramatical estudado em um texto concreto. O aluno deve retirar do conto um pronome demonstrativo e indicar sua função. Assim, espera-se que o aluno identifique o pronome “aquela”, no terceiro verso, que tem a função de situar o ser (Chapeuzinho) no texto, indicando ainda sua posição em relação ao narrador: nesse caso, distante, sendo apenas referenciada.

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Coleção EF626

Questão 16Comentário: O objetivo dessa questão é aplicar os conceitos

adquiridos sobre pronomes demonstrativos, indicando se

determinado termo exerce ou não essa função, dependendo

do seu contexto de uso. Nesse caso, espera-se que o aluno

perceba que o termo “tal”, no contexto em que foi empregado,

possui, sim, a função de pronome demonstrativo, pois equivale,

na frase, ao pronome “aquele” (daquele). Assim, esse termo

está situando a personagem (lobo) no discurso.

Questão 17Comentário: O objetivo dessa questão é aplicar o conteúdo

sobre pronomes demonstrativos aprendido, empregando os

pronomes adequados a cada caso. As frases devem ficar da

seguinte maneira:

A) Marta e Danilo eram irmãos. Aquela era mais velha do

que este.

B) Esta é a verdade: eu gosto de você.

C) Sempre quis ganhar flores. Esse é o melhor presente que

poderia ter.

D) Aquele que vai lá é o homem de quem lhe falei.

E) 2013 foi um ano de mudanças para o Brasil. Esse ano vai

ficar na memória.

F) Eu me ofereci para ajudar, mas ele próprio quis fazer

a tarefa.

G) Acredita que foi ela mesma quem cozinhou aquele prato?

Questão 18Comentário: O objetivo dessa questão é aplicar o conteúdo

sobre pronomes demonstrativos aprendido, fazendo as

substituições e alterações necessárias. As frases podem ficar

da seguinte forma:

A) Os livros de que lhe falei são esses aí em cima da mesa.

B) Olhe! As minhas flores favoritas são aquelas.

C) Veja este homem: ele me lembra de meu pai.

D) O que você faz com esse álbum velho?

Questão 19Comentário: O objetivo dessa questão é que o aluno aplique os

conhecimentos adquiridos na seção, demonstrando se aprendeu

adequadamente as regras de uso dos “porquês”.

A) Espera-se que o aluno identifique que, na frase em questão,

o erro consiste no emprego de “porque”, junto, quando

deveria ser escrito separado, uma vez que tem o sentido

de “por qual motivo”, “por qual razão”.

B) Reescrita corretamente, a frase deve ficar da seguinte

forma: “Eu nunca entendi por que inventaram embalagens

de batata frita com fecho.”.

Questão 20Comentário: Questão simples de aplicação do conteúdo gramatical estudado no capítulo, de forma que o aluno precisa apenas preencher as lacunas com os termos adequados. As frases devem ficar da seguinte maneira:

A) Não sei o porquê de tanta euforia.

B) Você não compareceu à reunião por quê?

C) Os caminhos por que percorremos são tortuosos.

D) Por que não desiste dessa aventura maluca?

E) Voltamos porque estávamos com muita saudade.

Questão 21Comentário: Essa questão objetiva que o aluno aplique os conhecimentos gramaticais sobre o uso dos “porquês”, identificando, no gênero textual publicidade, a estratégia de uso provocada pelo emprego do termo. Espera-se que o aluno perceba que, nesse caso, o “porque” foi empregado como a resposta a uma pergunta, indicando causa, explicação. Isso faz parte da estratégia persuasiva da publicidade em questão, que tenta convencer o leitor mostrando as vantagens de seu produto. É como se o interlocutor estivesse perguntando: “Por que eu iria querer esse produto?”, e a publicidade respondesse: “Porque você tem o direito de viver bem, dentro e fora do escritório”.

Questão 22 Comentário: Espera-se que o aluno corrija os termos incorretos com atenção ao sentido com o qual foram utilizados na tirinha. As frases devem ser reescritas da seguinte maneira:

1. “Mãe, por que eu não posso comer a sobremesa antes da janta?”

2. “Porque faz mal.”

3. “Mas por que faz mal?”

4. “Porque eu disse que sim.”

5. “Com esse porquê não dá para argumentar.”

Questão 23 Comentário: Nessa questão, espera-se que o aluno seja capaz de reconhecer as regras que determinam o uso dos porquês nas falas da tirinha. São elas:

1. Utiliza-se “por que” separado quando tem o sentido de “por qual motivo”.

2. Utiliza-se “porque” sem acento quando ele é empregado no início da frase e não é precedido de artigo. Além disso, no contexto, ele tem sentido de explicação, causa.

3. Utiliza-se “por que” separado e sem acento quando ele é empregado no início da frase e não é precedido de artigo. Além disso, ele tem o sentido de “por qual motivo”.

4. Utiliza-se “porque” junto quando tem sentido de explicação, causa.

5. Utiliza-se “porquê” junto e com acento quando tem o sentido de “razão”, “motivo”, além de ser precedido de um pronome demonstrativo.

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Manual do Professor

Bernoulli Sistema de Ensino 27

Exercícios propostos

Questão 01Comentário: Essa questão objetiva que o aluno aplique os conhecimentos aprendidos em sala de aula sobre prosa poética, analisando um texto concreto. Espera-se que o aluno perceba que, nesse caso, foram empregadas metáforas (“sumir entre carinhos”; “escondê-lo no coração”) com o objetivo de tornar mais emotiva a mensagem que se quer transmitir. Por meio dessa linguagem, constrói-se uma prosa carregada de sentimentalismo, de poesia, deixando transparecer o carinho que o narrador tem pela personagem.

Questão 02Comentário: Essa questão objetiva que o aluno ative sua habilidade de interpretar o texto a partir de elementos pré-fornecidos. Assim, espera-se que o aluno seja capaz de enumerar, a partir do texto dado, as características que faziam de Antônio uma criança tão amada, podendo-se citar: amoroso, carinhoso, manso, receptivo, doce, entre outras.

Questão 03Comentário: Questão de interpretação textual que busca verificar a leitura que o aluno fez do conto apresentado, observando sua habilidade interpretativa. A personagem não era chamada por apelidos, pois, por todas as características que apresentava, as pessoas viam no garoto uma pessoa “perfeita”, completa, que não deveria ser modificada, “repartida em pedaços”. É como se estivessem frente a uma personalidade plena, que não precisa de alterações nem mesmo no nome.

Questão 04Comentário: O objetivo dessa questão é que o aluno aplique, a partir de um texto concreto, seus conhecimentos gramaticais sobre os pronomes. Nesse caso, o aluno deve esclarecer que:

A) Os pronomes apresentados na frase são pronomes pessoais de caso oblíquo.

B) Os pronomes têm a função de complemento verbal.

C) Os pronomes referem-se a “menino”, ou seja, à personagem Antônio.

Questão 05Comentário: O objetivo dessa questão é que o aluno aplique, a partir de um texto concreto, os conhecimentos gramaticais adquiridos no capítulo. Nesse caso, podem ser citados:

• Sua maneira de olhar – O pronome possessivo feminino singular “sua” refere-se à personagem Antônio, demons-trando que era dele “a maneira de olhar”.

• Seu jeito de se oferecer – O pronome possessivo masculino singular “seu” refere-se à personagem Antônio, demons-trando que era dele “o jeito de se oferecer”.

Questão 06 Comentário: A primeira parte dessa questão explora a capacidade do aluno de identificar termos determinados por pronomes possessivos:

A) Na frase “Nossos amigos chegaram, e os amigos deles?”, o pronome possessivo “nossos” determina “amigos”, em sua primeira ocorrência, indicando os amigos dos locutores da sentença. Por sua vez, o pronome possessivo “deles” determina “amigos” na sua segunda ocorrência, indicando os amigos daqueles sobre quem se fala.

B) Na frase “Seu gato dorme num colchão, diferentemente do nosso gato, que dorme no chão”, o pronome possessivo “seu” determina o termo “gato” em sua primeira ocorrência, indicando o gato do interlocutor. Já o pronome possessivo “nosso” determina “gato” em sua segunda ocorrência, indicando o gato dos locutores da sentença.

Na segunda parte da questão, o aluno deve ser capaz de utilizar pronomes possessivos substantivos, substituindo os pronomes possessivos adjetivos das frases apresentadas. As sentenças devem, portanto, ser reescritas da seguinte maneira:

A) Nossos amigos chegaram ou os seus? – nesse caso, o pronome possessivo “seus” está substituindo o substan-tivo “amigos”, sendo, portanto, um pronome possessivo substantivo.

B) Seu gato dorme num colchão, diferentemente do nosso, que dorme no chão. – nesse caso, o pronome possessivo “nosso” está substituindo o substantivo “gato”, sendo, portanto, um pronome possessivo substantivo.

Questão 07 Comentário: Questão sobre o uso dos pronomes possessivos com valor afetivo. O aluno deve perceber que nas primeiras frases dos itens A e B (“Meu amigo, que bom que você chegou!” e “Como está, meu comandante?”) o pronome possessivo “meu” foi utilizado com valor afetivo, indicando o sentimento de carinho, no primeiro caso, e de respeito, no segundo, que os locutores têm por seus interlocutores. Já nas frases “Meu comandante é um homem justo” e “Este é o meu amigo de quem lhe falei”, os pronomes possessivos são empregados no seu sentido comum de posse.

Questão 08Comentário: Professor(a), essa é uma questão que explora a prosa poética em um texto pertencente a um gênero textual que, usualmente, não emprega esse tipo de linguagem: a publicidade. Nesse caso, analise o texto com os alunos, buscando identificar os elementos que o caracterizam como uma prosa poética (linguagem figurada, carregada de emoção e sentimentos, etc.). Em seguida, interprete a publicidade com os alunos, mostrando a eles que, nesse caso, normalmente, seria empregada uma linguagem objetiva, direta, com o propósito de persuadir o interlocutor a adquirir o produto por meio da elevação das qualidades, preço, etc. Contudo, optou-se por empregar uma linguagem persuasiva por meio da poesia, que transmite ao leitor imagens positivas, belas, fazendo com que, inconscientemente, ele associe essas características positivas ao produto referenciado na publicidade, criando-se, assim, um laço afetivo entre o interlocutor e o produto.

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língua portuguesa

Coleção EF628

Questão 09Comentário:

A) Professor(a), espera-se que o aluno seja capaz de interpretar a mensagem transmitida pela publicidade, identificando que o slogan relaciona-se ao conteúdo apresentado por sintetizar todo o conteúdo explicitado no texto. Ao dizer “porque a vida é agora”, o slogan retoma todas as frases anteriormente expostas na publicidade, as quais valorizam ações positivas, que devem ser “vividas agora”.

B) Nesse caso, o “porque” foi empregado como a resposta a uma pergunta, indicando causa, explicação. Isso faz parte da estratégia persuasiva da publicidade em questão, que tenta convencer o leitor mostrando as vantagens de seu produto. É como se o interlocutor estivesse perguntando: “Por que eu iria querer esse produto?”, e a publicidade respondesse: “Porque a vida é agora”, ou seja, porque, com esse produto, você será capaz de adquirir todas as coisas de que precisa / quer / sonha / deseja para levar uma vida tranquila, boa, cheia de qualidades.

Questão 10Comentário: Espera-se que o aluno perceba que, na frase apresentada, foi empregado o pronome “essa”, e não “esta”, pois o pronome faz referência a um termo que já foi apresentado antes (“felicidade”), estando apenas retomando-o.

Questão 11 Comentário: Nessa questão, espera-se que o aluno consiga aplicar os conteúdos gramaticais aprendidos ao longo do capítulo, classificando o pronome demonstrativo em adjetivo ou substantivo. Dessa forma, o aluno deve identificar que nas duas frases apresentadas no enunciado da questão o pronome demonstrativo “isso” é substantivo, ou seja, ele substitui um termo dessa classe gramatical a fim de evitar a repetição. Em “Dizem que a vida é curta, mas isso não é verdade.”, o pronome demonstrativo substantivo está substituindo “vida curta”, enquanto que na frase “Infelizmente, às vezes, não percebemos isso.”, o pronome substitui “felicidade disfarçada”. Professor(a), é importante que o aluno perceba que, nas duas frases analisadas, o pronome contribui para a coesão textual, retomando informações anteriormente apresentadas, evitando a repetição de termos e mesmo de sentenças.

Questão 12 Comentário: Questão em que o aluno deve aplicar os conhe-

cimentos adquiridos no estudo dos pronomes demonstrativos

ao reconhecer a regra de emprego desses pronomes nas

frases apresentadas.

A) Em “Este carro aqui é bem veloz!”, o demonstrativo “este”

indica que o carro está próximo do locutor.

B) Em “Aquelas alunas do outro lado da sala são as mais

estudiosas do nosso colégio.”, o demonstrativo “aquelas”

indica que as alunas estão distantes tanto do locutor quanto

do interlocutor.

C) Em “Este ano está sendo muito bom até aqui.”, o demons-

trativo “este” indica o ano atual, presente.

D) Em “Naquele tempo em que os colonizadores chegaram,

os meios de transporte eram bem diferentes.”, o demons-

trativo “naquele” indica um passado distante.

E) Em “Acre e Rondônia são estados da região Norte.

A capital deste é Porto Velho, e daquele, Rio Branco.”,

o demonstrativo “deste” refere-se ao substantivo mais

próximo, no caso, “Rondônia”; enquanto que “daquele”

refere-se ao substantivo mais afastado, no caso, “Acre”.

F) Em “O que foi feito está feito!”, o pronome substantivo “o”

assume o valor do demonstrativo “aquilo”.

Testes01. A

02. C

03. D

04. A

05. B

06. C

07. A

08. E

09. A

10. A

11. B

Sugestões de leitura para o professor•BRASIL. Parâmetros curriculares nacionais: pluralidade cultural. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/

seb/arquivos/pdf/pluralidade.pdf>. Acesso em: 06 fev. 2017.

•KOCH, Ingedore. Desvendando os segredos do texto. Cortez Editora.

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