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Colecção Formação Modular Automóvel

Título do Módulo Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigató-ria em Veículos Ligeiros

Suporte Didáctico Guia do Formando

Coordenação Técnico-Pedagógica CEPRA - Centro de Formação Profissional da Reparação AutomóvelDepartamento Técnico Pedagógico

Direcção Editorial CEPRA - Direcção

Autor CEPRA - Desenvolvimento Curricular

Maquetagem CEPRA - Núcleo de Apoio Gráfico

Propriedade CEPRA – Centro de Formação Profissional da Reparação AutomóvelRua Francisco Salgado Zenha, 32685 - 332 PRIOR VELHO

Edição 1.0 Portugal, Lisboa, 2007/11/02

Depósito Legal 264604/07

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Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

Índice

ÍNDICE

DOCuMENTOS DE ENTrADA

ObjECTIVOS gErAIS ............................................................................................................ E.1

ObjECTIVOS ESPECÍfICOS .................................................................................................. E.1

COrPO DO MÓDuLO

INTrODuçãO ....................................................................................................................... A.0.1

A - EquIPAMENTOSA.1 – frENÓMETrO DE rOLOS ......................................................................................A - 1.1

A.1.1 - INSPECÇÃO COM O AUXÍLIO DO FRENÓMETRO DE ROLOS .................. A - 1.1A.1.2 - ASPECTOS A MERECER ESPECIAL ATENÇÃO .......................................... A - 1.2A.1.3 - PROCEDIMENTOS OPERATIVOS (GENÉRICO) DO FRENÓMETRO ........ A - 1.2

A. 2 – DESACELErÓgrAfO .............................................................................................A - 2.1A.2.1 - INSPECÇÃO COM O AUXÍLIO DO DESACELERÓGRAFO ......................... A - 2.1A.2.2 - PROCEDIMENTOS OPERATIVOS (GENÉRICO) DO DESACELERÓ- GRAFO ........................................................................................................... A - 2.1

A. 3 – bANCO DE SuSPENSãO .........................................................................................A -3.1A. 3.1 - INSPECÇÃO COM O AUXÍLIO DO BANCO DE SUSPENSÃO .................... A - 3.1A. 3.2 - ASPECTOS A MERECER ESPECIAL ATENÇÃO ......................................... A - 3.2A. 3.3 - PROCEDIMENTOS OPERATIVOS (GENÉRICO) DO BANCO DE SUSPENSÃO ...............................................................................................................A - 3.2

A. 4 – rIPÓMETrO .............................................................................................................A - 4.1A. 4.1 - INSPECÇÃO COM O AUXÍLIO DO RIPÓMETRO ........................................ A - 4.1A. 4.2 - ASPECTOS A MERECER ESPECIAL ATENÇÃO ......................................... A - 4.1A. 4.3 - PROCEDIMENTOS OPERATIVOS (GENÉRICO) DO RIPÓMETRO ........... A - 4.2

A.5 – DETECTOr DE fOLgAS ..........................................................................................A - 5.1A. 5.1 - INSPECÇÃO COM O AUXÍLIO DO DETECTOR DE FOLGAS .................... A - 5.1A. 5.2 - ASPECTOS A MERECER ESPECIAL ATENÇÃO ......................................... A - 5.1A. 5.3 - PROCEDIMENTOS OPERATIVOS (GENÉRICO) DO DETECTOR DE FOLGAS ........................................................................................................................A - 5.2

A.6 – OPACÍMETrO ............................................................................................................A - 6.1A. 6.1 - INSPECÇÃO COM O AUXÍLIO DO OPACÍMETRO EM VEÍCULOS EQUIPADOS COM MOTORES DE IGNIÇÃO POR COMPRESSÃO ........... A - 6.1A. 6.2 - ASPECTOS A MERECER ESPECIAL ATENÇÃO ......................................... A - 6.1A. 6.3 - PROCEDIMENTOS OPERATIVOS (GENÉRICO) DO OPACÍMETRO ......... A - 6.2

A.7 – ANALISADOr DE gASES DE ESCAPE ...................................................................A - 7.1A. 7.1 - INSPECÇÃO COM O AUXÍLIO DO ANALISADOR DE GASES DE ESCAPE EM VEÍCULOS EQUIPADOS COM MOTORES DE IGNIÇÃO POR FAÍSCA .................................................................................................. A - 7.1A. 7.2 - ASPECTOS A MERECER ESPECIAL ATENÇÃO ......................................... A - 7.1

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A. 7.3 - PROCEDIMENTOS OPERATIVOS (GENÉRICO) DO ANALISADOR DE GASES DE ESCAPE ..................................................................................... A - 7.2

A.8 – SONÓMETrO ............................................................................................................A - 8.1A. 8.1 - INSPECÇÃO COM O AUXÍLIO DO SONÓMETRO ...................................... A - 8.1

A.9 – rEgLOSCÓPIO .........................................................................................................A - 9.1A. 9.1 - INSPECÇÃO COM O AUXÍLIO DO RIPÓMETRO ........................................ A - 9.1A. 9.2 - ASPECTOS A MERECER ESPECIAL ATENÇÃO ......................................... A - 9.1A. 9.3 - PROCEDIMENTOS OPERATIVOS (GENÉRICO) DO REGLOSCÓPIO ...... A - 9.1

b - PONTOS A VErIfICArb.0 - INSPECçãO ...............................................................................................................b - 0.1

B.0.1 - PERIODICIDADE DE INSPECÇÃO ................................................................. B - 0.2B.0.2 - DOCUMENTOS A APRESENTAR .................................................................... B - 0.3B.0.3 - OBSERVAÇÕES E VERIFICAÇÕES ............................................................... B - 0.3B.0.4 - CLASSIFICAÇÃO DE DEFICIÊNCIAS ............................................................. B - 0.4B.0.5 - DOCUMENTOS A EMITIR PARA COMPROVAR A REALIZAÇÃO DA INSPECÇÃO .............................................................................................. B - 0.5B.0.6 - REPROVAÇÃO DO VEÍCULO ......................................................................... B - 0.6

b.1 - SISTEMAS DE TrAVAgEM .......................................................................................b - 1.1B.1.1 – ESTADO MECÂNICO DE FUNCIONAMENTO .............................................. B - 1.1

B.1.1.1 - VEIOS DE EXCÊNTRICOS DOS TRAVÕES E ALAVANCA DO TRAVÃO (PEDAL DE TRAVÃO) ....................................................... B - 1.1B.1.1.2 - ESTADO E CURSO DO PEDAL DE TRAVÃO ................................. B - 1.1B.1.1.3 - BOMBA DE VÁCUO OU COMPRESSOR E DEPÓSITO ................ B - 1.2B.1.1.4 - INDICAÇÃO DE PRESSÃO (MANÓMETRO OU INDICADOR) ...... B - 1.3B.1.1.5 - VÁLVULA MANUAL DE TRAVAGEM ............................................... B - 1.3B.1.1.6 - TRAVÃO DE ESTACIONAMENTO, ALAVANCA DE COMANDO, E DISPOSITIVO DE BLOQUEIO ..................................................... B - 1.4B.1.1.7 - VÁLVULA DE TRAVAGEM (DE COMANDO, DE DESCARGA RÁPIDA, REGULADORAS DE PRESSÃO, ETC.) .......................... B - 1.4B.1.1.8 - CABEÇAS DE ACOPLAMENTO PARA OS TRAVÕES DE REBOQUE E SEMI-REBOQUE ........................................................ B - 1.5B.1.1.9 - DEPÓSITOS DE PRESSÃO ............................................................ B - 1.5B.1.1.10 - DISPOSITIVO DE ASSISTÊNCIA À TRAVAGEM E BOMBA CENTRAL (SISTEMAS HIDRÁULICOS) ........................................ B - 1.6B.1.1.11 - TUBAGEM RÍGIDA DOS TRAVÕES .............................................. B - 1.7B.1.1.12 - TUBAGEM FLEXÍVEL DOS TRAVÕES ........................................ .B - 1.7B.1.1.13 - CINTAS/CALÇOS DOS TRAVÕES ................................................ B - 1.8B.1.1.14 - TAMBORES E DISCOS DOS TRAVÕES ...................................... .B - 1.8B.1.1.15 - CABOS DOS TRAVÕES E COMANDOS ....................................... B - 1.9B.1.1.16 - CILINDROS DOS TRAVÕES (INCLUINDO TRAVÕES DE MOLAS E CILINDROS HIDRÁULICOS) ...................................... B - 1.10B.1.1.17 - COMPENSADOR AUTOMÁTICO DE TRAVAGEM EM FUNÇÃO DA CARGA .................................................................. B - 1.10B.1.1.18 - ALAVANCAS EXCÊNTRICAS DE AFINAÇÃO AUTOMÁTICA ..... B - 1.11

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B.1.1.19 - SISTEMAS RETARDADORES (PARA OS VEÍCULOS EQUIPADOS COM ESTE TIPO DE DISPOSITIVO ...................... B - 1.11B.1.1.20 - SISTEMA ABS (SISTEMA DE TRAVAGEM ANTIBLOQUEIO) .... B - 1.12

B.1.2 – DESEMPENHO E EFICIÊNCIA DO TRAVÃO DE SERVIÇO ....................... B - 1.13B.1.2.1 COMPORTAMENTO FUNCIONAL (AUMENTANDO A FORÇA DE TRAVAGEM PROGRESSIVAMENTE ATÉ AO VALOR MÁXIMO)......B - 1.14B.1.2.2 - EFICIÊNCIA ................................................................................... B - 1.14

B.1.3 – DESEMPENHO E EFICIÊNCIA DOS TRAVÕES DE EMERGÊNCIA (SE EXISTIR UM SISTEMA EM SEPARADO) .................................................. B - 1.15

B.1.3.1 - DESEMPENHO .................................................................................. B - 1.15B.1.3.2 - EFICIÊNCIA ....................................................................................... B - 1.15

B.1.4 – DESEMPENHO E EFICIÊNCIA DO TRAVÃO DE ESTACIONAMENTO .......... B - 1.16B.1.4.1 - DESEMPENHO .................................................................................. B - 1.16B.1.4.2 - EFICIÊNCIA ....................................................................................... B - 1.16

B.1.5 – DESEMPENHO DO RETARDADOR OU DO TRAVÃO DE ESCAPE ...................B - 1.17B.1.6 – ENSAIO COM DESACELERÓGRAFO ....................................................................B - 1.17

b.2 - DIrECçãO E VOLANTE ............................................................................................b - 2.1B.2.1 - ALINHAMNTO DA DIRECÇÃO........................................................................ B - 2.1B.2.2 - VOLANTE E COLUNA DE DIRECÇÃO ........................................................... B - 2.1B.2.3 - CAIXA DE DIRECÇÃO .................................................................................... B - 2.2B.2.4 - BARRAS DE DIRECÇÃO, TIRANTES E RÓTULAS ....................................... B - 2.3B.2.5 - DIRECÇÃO ASSISTIDA .................................................................................. B - 2.4

b.3 - VISIbILIDADE ............................................................................................................... b.3.1B.3.1 - VISIBILIDADE ................................................................................................. B - 3.1B.3.2 - VIDROS ........................................................................................................... B - 3.2B.3.3 - ESPELHOS RETROVISORES ........................................................................ B - 3.4B.3.4 - SISTEMA DE LIMPA-VIDROS......................................................................... B - 3.5B.3.5 - LAVA-VIDROS ................................................................................................. B - 3.5

b.4 - EquIPAMENTOS DE ILuMINAçãO, LuZES, rEfLECTOrES E EquIPAMEN- TOS ELÉCTrICOS ......................................................................................................b - 4.1

B.4.1 - LUZES DE ESTRADA (MÁXIMOS) E DE CRUZAMENTO (MÉDIOS)............ B - 4.1B.4.2 - LUZES DE PRESENÇA, DELIMITADORAS, DE MUDANÇA DE DIRECÇÃO, DE CHAPA DE MATRÍCULA, DE TRAVAGEM, AVISADORES DE PERIGO E SINALIZAÇÃO LATERAL ............................................................................. B - 4.3B.4.3 - LUZES DE NEVOEIRO À FRENTE E RETAGUARDA ................................... B - 4.4B.4.4 - LUZES DE MARCHA-ATRÁS.......................................................................... B - 4.6B.4.5 - LUZES DO PAINEL DE INSTRUMENTOS...................................................... B - 4.7B.4.6 - REFLECTORES E PLACAS REFLECTORAS ................................................ B - 4.7B.4.7 - HOMOLOGAÇÕES (TODAS AS LUZES E REFLECTORES INCLUÍNDO AS PLACAS REFLECTORAS) ......................................................................... B - 4.8B.4.8 - INSTALAÇÃO ELÉCTRICA ............................................................................. B - 4.8B.4.9 - LUZES DE TRABALHO ................................................................................... B - 4.9

b.5 - EIXOS, SuSPENSãO, rODAS E PNEuS, TrANSMISSãO .....................................b - 5.1B.5.1 - EIXOS TRASEIRO E DIANTEIRO .................................................................. B - 5.1

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B.5.2 - MOLAS E BARRAS DE TORÇÃO ................................................................... B - 5.1B.5.3 - AMORTECEDORES ........................................................................................ B - 5.3B.5.4 - BRAÇOS DE SUSPENSÃO, BARRAS ESTABILIZADORAS ......................... B - 5.4B.5.5 - SISTEMAS PNEUMÁTICOS E HIDROELÁSTICOS ....................................... B - 5.5B.5.6 - ENSAIO DE EFICIÊNCIA PARA VEÍCULOS LIGEIROS................................. B - 5.6B.5.7 - jANTES ........................................................................................................... B - 5.6B.5.8 - PNEUS ............................................................................................................ B - 5.8B.5.9 - ROLAMENTOS DAS RODAS ....................................................................... B - 5.10B.5.10 - TRANSMISSÃO........................................................................................... B - 5.11

b.6 - quADrO E ACESSÓrIOS DO quADrO .................................................................b - 6.1B.6.1 - QUADRO E CHASSIS ..................................................................................... B - 6.1

B.6.1.1 - ESTADO GERAL ................................................................................... B - 6.1B.6.1.2 - RESERVATÓRIOS E TUBAGENS DE COMBUSTÍVEL ....................... B - 6.2B.6.1.3 - DISPOSITIVOS ANTIENCASTRAMENTO (LATERAL E RETAGUARDA) .................................................................................... B - 6.2B.6.1.4 - SUPORTE DA RODA DE RESERVA .................................................... B - 6.3B.6.1.5 - DISPOSITIVO DE REBOQUE............................................................... B - 6.4

B.6.2 - CABINA E CARROÇARIA ................................................................................... B - 6.5B.6.2.1 - ESTADO GERAL .................................................................................. B - 6.5B.6.2.2 - FIXAÇÃO .............................................................................................. B - 6.6B.6.2.3 - PORTAS E FECHOS ............................................................................ B - 6.6B.6.2.4 - FIXAÇÃO DA BATERIA ........................................................................ B - 6.7B.6.2.5 - FIXAÇÃO DO MOTOR ......................................................................... B - 6.7B.6.2.6 - PISO DO HABITÁCULO E DO COMPARTIMENTO DE CARGA ........ B - 6.8B.6.2.7 - ANTEPARA ........................................................................................... B - 6.8B.6.2.8 - BANCOS .............................................................................................. B - 6.9B.6.2.9 - DEGRAUS E ESTRIBOS ................................................................... B - 6.10

b.7 - EquIPAMENTOS DIVErSOS ....................................................................................b - 7.1B.7.1 - CINTOS DE SEGURANÇA.............................................................................. B - 7.1B.7.2 - EXTINTOR....................................................................................................... B - 7.3B.7.3 - DISPOSITIVOS ANTI-ROUBO ........................................................................ B - 7.5B.7.4 - TRIÂNGULO DE PRÉ-SINALIZAÇÃO ............................................................ B - 7.6B.7.5 - CAIXA DE PRIMEIROS SOCORROS ............................................................. B - 7.7B.7.6 - CALÇOS DE RODA ......................................................................................... B - 7.8B.7.7 - CAIXA DE FERRAMENTAS ............................................................................ B - 7.8B.7.8 - AVISADOR SONORO...................................................................................... B - 7.9B.7.9 - VELOCÍMETRO E CONTA-QUILÓMETROS .................................................. B - 7.9B.710 - TACÓGRAFO ............................................................................................... B - 7.10B.7.11 - LIMITADOR DE VELOCIDADE ................................................................... B - 7.10B.7.12 - HOMOLOGAÇÃO DE TODOS OS EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS .... B - 7.10

b.8- PErTurbAçÕES .......................................................................................................b - 8.1B.8.1 - DEFICIÊNCIAS GERAIS (DISPOSITIVOS DE ESCAPE E SILENCIADORES) ........................................................................................... B - 8.1

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B.8.2 - EMISSÕES DE ESCAPE PARA MOTORES DE IGNIÇÃO POR FAÍSCA (MOTOR OTTO) ............................................................................................... B - 8.2B.8.3 - EMISSÕES DE ESCAPE PARA MOTORES COM IGNIÇÃO POR COMPRESSÃO (GASÓLEO) ........................................................................... B - 8.5B.8.4 - EMISSÕES RELATIVAS AO ÓLEO DE LUBRIFICAÇÃO ................................ B - 8.7B.8.5 - RUÍDO .............................................................................................................. B - 8.7

b.9 - CONTrOLO SuPLEMENTAr DE VEÍCuLOS DE TrANSPOrTE PÚbLICO..........b - 9.1B.9.1 - SAÍDAS DE EMERGÊNCIA ............................................................................ B - 9.1B.9.2 - VENTILAÇÃO E AQUECIMENTO ................................................................... B - 9.1B.9.3 - BANCOS ......................................................................................................... B - 9.1B.9.4 - ILUMINAÇÃO INTERIOR ................................................................................ B - 9.2B.9.5 - PUBLICIDADE ................................................................................................. B - 9.2B.9.6 - LIMPEZA ......................................................................................................... B - 9.3B.9.7 - RODA DE RESERVA ....................................................................................... B - 9.3B.9.8 - CORTINAS OU DISPOSITIVOS EQUIVALENTES ......................................... B - 9.4B.9.9 - SINALIZAÇÃO ACÚSTICA OU LUMINOSA PARA PARAGEM ....................... B - 9.4B.9.10 - SINALIZAÇÃO INFORMATIVA INTERIOR .................................................... B - 9.4

b.10 - IDENTIfICAçãO DO VEÍCuLO .............................................................................b - 10.1B.10.1 - CHAPA DE MATRÍCULA ............................................................................. B - 10.1B.10.2 - NÚMERO DE QUADRO .............................................................................. B - 10.2B.10.3 - LIVRETE ...................................................................................................... B - 10.4

bIbLIOgrAfIA ...........................................................................................................C.1DOCuMENTOS DE SAÍDA

PÓS-TESTE ................................................................................................................S.1COrrIgENDA DO PÓS-TESTE ............................................................................... S.11

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DOCuMENTOSDE

ENTrADA

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Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

Objectivos Gerais e Específicos

E.1

ObjECTIVOS gErAIS E ESPECÍfICOS

ObjECTIVO gErAL

Proceder a uma inspecção periódica de um veículo ligeiro, fazendo as observações e verificações previstas na legislação e classificando as deficiências encontradas.

ObjECTIVOS ESPECÍfICOS

Identificar e interpretar as normas gerais de procedimentos, métodos e critérios de deficiência de inspecções periódicas de veículos ligeiros e sua regulamentação

Identificar, consultar e interpretar a legislação aplicável às inspecções periódicas de veículos ligeiros

Identificar, consultar e interpretar a legislação aplicável aos centros de inspecção de categoria A

Verificar os elementos de identificação do veículo

Identificar os tipos de deficiência

Classificar os graus de deficiência observados

Propor medidas correctivas para esclarecimentos das situações que põem em causa a identificação

Identificar a função e descrever os princípios de funcionamento de um frenómetro

Descrever os métodos de utilização de um frenómetro

Descrever a metodologia de manutenção de um frenómetro

Utilizar e manter o frenómetro operacional

Identificar a função e descrever os princípios de funcionamento de um desacelerógrafo

Descrever os métodos de utilização de um desacelerógrafo

Utilizar e manter o desacelerógrafo operacional

Identificar e descrever os métodos e procedimentos de inspecção do sistema de travagem

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Objectivos Gerais e Específicos

E.2

Identificar os componentes do sistema de travagem a inspeccionar e a sequência de inspecção

Verificar o desempenho e eficiência dos travões no frenómetro

Verificar o desempenho e eficiência dos travões no desacelerógrafo nos veículos onde não é exequível o ensaio no frenómetro

Verificar visualmente os componentes do sistema de travagem

Verificar o estado e o curso do pedal de travão

Verificar o estado e funcionamento da válvula manual de travagem

Verificar o estado e funcionamento da alavanca de comando e dispositivo de bloqueio

Verificar o estado e funcionamento do dispositivo de assistência à travagem (servo-freio) e da bomba central

Verificar o estado e fugas nas tubagens rígidas e flexíveis

Verificar a existência e estado dos calços

Verificar o estado dos discos e tambores dos travões

Verificar o estado de funcionamento dos cabos e dos travões e comandos

Verificar o estado, funcionamento e fugas dos cilindros dos travões

Verificar o funcionamento do compensador automático de travagem em função da carga

Verificar o estado e funcionamento das alavancas excêntricas de afinação automática

Verificar o funcionamento e montagem do sistema de travagem anti-bloqueio (ABS)

Verificar o funcionamento do indicador luminoso do sistema de travagem anti-bloqueio

Ler e interpretar as informações dadas pelo frenómetro

Ler e interpretar as informações dadas pelo desacelerógrafo

Identificar os valores padrão estabelecidos por lei

Comparar os valores obtidos com os valores padrão em função de um critério uniforme e tendo em conta as tolerâncias permitidas

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Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

Objectivos Gerais e Específicos

E.3

Interpretar os resultados obtidos

Interpretar os tipos de deficiência

Classificar os graus de deficiência observados

Propor medidas correctivas adequadas à reposição do veículo em boas condições de circulação

Identificar a função e descrever os princípios de funcionamento de um ripómetro

Descrever os métodos de utilização de um ripómetro

Descrever a metodologia de manutenção de um ripómetro

Utilizar e manter o ripómetro operacional

Identificar a função e descrever os princípios de funcionamento de um detector de folgas

Descrever os métodos de utilização de um detector de folgas

Descrever a metodologia de manutenção de um detector de folgas

Utilizar e manter o detector de folgas operacional

Identificar e descrever os métodos e procedimentos de inspecção do sistema de direcção

Identificar os componentes a inspeccionar e a sequência da inspecção

Verificar os componentes dos sistema de direcção com o detector de folgas

Verificar visualmente os componentes do sistema de direcção

Verificar o sistema de direcção no ripómetro

Ler e interpretar as informações dadas pelo ripómetro

Identificar os valores padrão estabelecidos por lei

Comparar os valores obtidos com os valores padrão em função de um critério uniforme e tendo em conta as tolerâncias permitidas

Interpretar os resultados obtidos

Identificar os tipos de deficiência

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Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

Objectivos Gerais e Específicos

E.4

Classificar os graus de deficiência observados

Propor medidas correctivas adequadas à reposição do veículo em boas condições de circulação

Identificar e descrever o método e procedimentos de inspecção

Identificar os componentes a inspeccionar e a sequência da inspecção

Verificar os elementos que afectem ou interfiram no campo de visibilidade do condutor de veículo

Verificar a existência, estado e funcionamento dos vidros, espelhos retrovisores, sistema de limpa-vidros e lava-vidros

Identificar os tipos de deficiência

Classificar os graus de deficiência observados

Propor medidas correctivas adequadas à reposição do veículo em boas condições de circulação

Identificar a função e descrever os princípios de funcionamento de um regloscópio

Descrever os métodos de utilização de um regloscópio

Descrever a metodologia de manutenção de um regloscópio

Utilizar e manter o regloscópio operacional

Identificar e descrever os métodos e procedimentos de inspecção

Identificar os componentes a inspeccionar e a sequência da inspecção

Verificar com o regloscópio a orientação e intensidade luminosa das luzes máximos, mí-nimos e de nevoeiro

Verificar a existência, estado, funcionamento, montagem, fixação e homologação de todas as luzes do veículo

Verificar o estado e colocações de reflectores

Verificar visualmente o estado da cablagem da instalação eléctrica e da bateria

Identificar os tipos de deficiência

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Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

Objectivos Gerais e Específicos

E.5

Classificar os graus de deficiência observados

Propor medidas correctivas adequadas à reposição do veículo em boas condições de circulação

Identificar a função e descrever os princípios de funcionamento de um banco de teste de suspensões

Descrever os métodos de utilização de um banco de teste de suspensões

Descrever a metodologia de manutenção de um banco de teste de suspensões

Utilizar e manter o banco de teste de suspensões operacional

Identificar e descrever os métodos e procedimentos de inspecção

Identificar os componentes a inspeccionar e a sequência da inspecção

Verificar o estado e fixações ao chassis dos eixos traseiro e dianteiro

Verificar o estado, dimensões, sentido de montagem, marcações, estrutura e compatibili-dade com o livrete dos pneus

Verificar as folgas e fugas de lubrificante dos rolamentos das rodas

Verificar a existência, estado, funcionamento, montagem e fixação das molas, amortece-dores, braços de suspensão e barras estabilizadoras

Verificar o estado e funcionamento de sistemas pneumáticos e hidroelásticos

Efectuar o ensaio de eficiência

Verificar o estado dos elementos do sistema de transmissão

Ler e interpretar as informações dadas pelo banco de teste de suspensão

Identificar os valores padrão estabelecidos por lei

Comparar os valores obtidos com os valores padrão em função de um critério uniforme e tendo em conta as tolerâncias permitidas

Interpretar os resultados obtidos

Identificar os tipos de deficiência

Classificar os graus de deficiência observados

Page 18: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

Propor medidas correctivas adequadas à reposição do veículo em boas condições de circulação

Identificar e descrever os métodos e procedimentos de inspecção do quadro e acessórios do quadro

Identificar os componentes a inspeccionar e a sequência da inspecção

Identificar a sequência da inspecção

Verificar o estado geral do quadro e chassis

Verificar o estado, montagens, fixações e fugas no reservatório e tubagens de combustível

Verificar o estado, ligação e montagem do dispositivo de engate de reboque

Verificar o estado geral da cabine e carroçaria

Verificar o estado dos pára-choques

Verificar os elementos de ligação ou fixação

Verificar o funcionamento dos sistemas de fecho e abertura das portas, tampa da bagageira e capot do motor do veículo

Verificar as fixações da bateria e do motor

Verificar o estado do piso do habitáculo e do compartimento de carga

Verificar a existência e estado das anteparas

Verificar o estado e fixação dos bancos e funcionamento dos seus mecanismos

Identificar os tipos de deficiência

Classificar os graus de deficiência observados

Propor medidas correctivas adequadas à reposição do veículo em boas condições de circulação

Identificar e descrever o método e procedimentos de inspecção dos equipamentos diversos

Identificar os pontos a inspeccionar e a sequência da inspecção

E.6

Page 19: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

Verificar a existência, estado, fixações e funcionamento dos cintos de segurança

Verificar a existência, estado, fixação e prazo de validade do extintor de incêndios

Verificar a existência da caixa de primeiros socorros quando regulamentada

Verificar a existência e funcionamento do avisador sonoro

Verificar a existência, funcionamento e escala do velocímetro e conta quilómetros

Identificar os tipos de deficiência

Classificar os graus de deficiência observados

Propor medidas correctivas adequadas à reposição do veículo em boas condições de circulação

Identificar a função e descrever os princípios de funcionamento de um analisador de gases de escape

Descrever os métodos de utilização de um analisador de gases de escape de acordo com as normas vigentes e com as limitações do fabricante

Identificar e descrever as regras de segurança a aplicar na utilização de um analisador de gases de escape

Descrever a metodologia de manutenção de um analisador de gases de escape

Utilizar e manter o analisador de gases de escape operacional

Identificar a função e descrever os princípios de funcionamento de um opacímetro

Descrever os métodos de utilização de um opacímetro de acordo com as normas vigentes e com as limitações do fabricante

Identificar e descrever as regras de segurança a aplicar na utilização de um opacímetro

Descrever a metodologia de manutenção de um opacímetro

Utilizar e manter o opacímetro operacional

Identificar a função e método de utilização de um extractor de gases de escape

Identificar e descrever as regras de segurança a aplicar na utilização de um extractor de gases de escape

E.7

Page 20: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

Descrever a metodologia de manutenção de extractor de gases de escape operacional

Utilizar e manter o extractor de gases de escape operacional

Identificar a função e método de utilização de um sonómetro

Identificar e descrever as regras de segurança a aplicar na utilização de um sonómetro

Utilizar e manter o sonómetro operacional

Identificar e descrever os métodos e procedimentos de inspecção

Identificar a sequência da inspecção

Verificar o teor de CO e o valor lambda em motores a gasolina com o analisador de gases de escape

Verificar o valor da opacidade em motores Diesel

Verificar emissões relativas ao óleo de lubrificação

Verificar o estado, funcionamento e montagem dos componentes do sistema de escape

Efectuar a medição do ruído do veículo com o sonómetro

Ler e interpretar as informações dadas pelo analisador de gases de escape e pelo opacímetro

Ler e interpretar as informações dadas pelo sonómetro

Identificar os valores padrão estabelecidos por lei

Comparar os valores obtidos com os valores padrão em função de um critério uniforme e tendo em conta as tolerâncias permitidas Identificar os tipos de deficiência

Classificar os graus de deficiência observados

Propor medidas correctivas adequadas à reposição do veículo em boas condições de circulação

Verificar conformidade de ventilação, aquecimento, bancos, iluminação interior, publicidade, limpeza, roda de reserva e sinalização

Identificar os tipos de deficiência

Classificar os graus de deficiência observados

E.8

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COrPODO

MÓDuLO

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Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

INTrODuçãO

O automóvel é um meio de transporte cada vez mais utilizado. Como tal, devido ao elevado número de veículos que circulam diariamente nas estradas há que assegurar que as suas condições de funcionamento são as necessárias de modo a garantir a segurança dos seus ocupantes e dos outros utilizadores da via pública.

A inspecção dos veículos surge assim como um meio de controlar pontos chave dos veículos, em função de parâmetros pré-estabelecidos assegurando que estes apresentam condições para circular na via pública.

Neste módulo pretende-se que o inspector faça as observações e verificações de uma inspecção periódica a um veículo ligeiro, previstas na legislação, e classifique as deficiências encontradas.

Este manual encontra-se dividido em duas partes fundamentais:

A – EquipamentosB – Pontos a verificar

Na parte A são descritos os equipamentos utilizados em Centros de Categoria A, o seu princípio de funcionamento, procedimentos operativos e aspectos a ter em atenção por influenciarem os resultados. Pretende-se que o inspector esteja familiarizado com os equipamentos e sua utilização, suscitando-lhe um espírito crítico sobre os resultados e suas influências.

A parte B está estruturada de acordo com o Despacho 5392/99 (2ª série) havendo correspondência dos capítulos com os pontos do referido despacho. Deste modo, pretende-se que seja utilizado para apoio ao inspector no esclarecimento das suas dúvidas durante a classificação de deficiências observadas na inspecção.

Introdução

A - 0.1

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A - EquIPAMENTOS

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A.1 - frENÓMETrO DE rOLOS

A.1.1 - INSPECçÕES COM O AuXÍLIO DO frENÓMETrO DE rOLOS

O frenómetro para veículos ligeiros é um aparelho para medir a força, o equilíbrio e a eficiência de travagem dos veículos ligeiros.

A força de travagem de uma roda é uma força tangencial a essa roda aplicada no ponto de contacto da roda com o solo e que se opõe ao movimento da roda sem que provoque o deslizamento desta sobre o solo.

O frenómetro tem como objectivo medir a força de travagem de cada uma das rodas de um dado eixo.

Uma vez que o frenómetro mede forças, a unidade utilizada é o Newton ( N ). (9,81 N = 1 kg)

A partir destas forças o processador central do frenómetro calcula a diferença percentual entre a força medida em cada uma das rodas esquerda/direita e, conhecida a tara do veículo (ou peso bruto se apli-cável), a eficiência de travagem (%) ou desaceleração (m/s2).

Cálculo matemático do valor da eficiência de travagem

A eficiência de travagem deve estar relacionada com a massa máxima autorizada ou, no caso dos semi-reboques, com a soma das cargas máximas autorizadas por eixo. A determinação do valor da eficiência de travagem é baseada na seguinte expressão matemática:

E(%) = F x 100

_______ P x 9,81

E = valor da eficiência em percentagemF = soma das forças máximas de travagem medidas em cada roda durante o ensaio (Newton)P = massa do veículo no momento do ensaio (kg)

No caso de veículos ligeiros cuja tara ou peso bruto não ultrapassa 2800 kg, a massa do veículo é medida no banco de suspensão. Para os restantes veículos, a massa é medida por roda, no frenómetro equipado com captores e sistema de medição de forças verticais.

A - 1.1

frenómetro de rolos

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Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

resultados do ensaio

No registo do ensaio de travagem impresso pelo frenómetro devem constar:

a. Força de travagem máxima por roda;

b. Diferença relativa de forças de travagem entre rodas de cada eixo;

c. Força vertical em cada roda;

d. Taxa de flutuação das forças de travagem (variação percentual da força de travagem em cada roda, quando o travão é mantido a uma pressão constante, em relação ao valor máximo da força de travagem no ensaio);

e. Eficiência global do travão de serviço e eficiência global do travão de estacionamento.

A.1.2 - ASPECTOS A MErECEr ESPECIAL ATENçãO

• Desequilíbrio antes de iniciar a travagem.

• Comportamento da evolução das forças de travagem, quer em valor absoluto quer em valor relativo.

• Análise das flutuações das forças de travagem (empenos/ovalização).

• Análise do ponto de bloqueio (caso ocorra) e do comportamento do repartidor de trava-gem.

• Desempenho e eficiência dos diferentes circuitos de travagem.

• Análise funcional dos sistemas de travagem auxiliares ou de emergência (se possí-vel).

A.1.3 - PrOCEDIMENTOS OPErATIVOS (gENÉrICO) DO frENÓ- METrO

• Ligar o interruptor principal do equipamento assegurando-se que o veículo se encontra fora dos rolos e que nenhum dos sensores do banco de rolos se encontra activado.

• Deixar o frenómetro executar o seu procedimento de auto-verificação e acertar os ze-ros.

O inspector deve certificar-se que a impressora está também operacional e com o papel correctamente instalado.

• Colocar o primeiro eixo nos rolos. O veículo deve ser colocado nos rolos o mais direito possível, de modo a que quando as rodas iniciarem o movimento, o veículo mantenha a sua posição, para não ter tendência a saltar dos rolos o que pode danificar algum dos sensores do equipamento ou algum dos órgãos do veículo (pneus, jantes ou braços de suspensão).

• Desengatar a transmissão colocando-a em ponto morto (para caixa de velocidades manual) ou em neutro (para caixa de velocidades automática).

frenómetro de rolos

A - 1.2

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Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

frenómetro de rolos

• Retirar de imediato o pé do travão e desligar o travão de estacionamento.

• Aguardar que os rolos entrem em funcionamento. Se necessário deve-se segurar ligei-ramente o volante de modo a manter o veículo estável (principalmente no eixo direccio-nal).

• Aguardar que o frenómetro efectue as leituras correspondentes à resistência ao rola-mento do eixo em teste após o que irá indicar ao inspector que pode iniciar a trava-gem.

• Iniciar a aplicação da força de travagem, de forma lenta e uniforme.

• Caso pretenda executar o teste de ovalização de tambores ou empeno de discos, man-ter estável a pressão no pedal de travão pelo menos durante uma volta completa do rodado. O momento em que tal ensaio deve ser efectuado e a sua duração são, em alguns modelos de equipamentos, indicados ao operador por mensagens disponíveis no monitor ou indicadores luminosos existentes na consola.

• Continuar a travar lentamente até que os rolos parem (bloqueio total), ou seja, até que se atinja o valor de escorregamento pré-determinado.

• O inspector deverá analisar visualmente o comportamento da evolução da força de tra-vagem ao longo do período de tempo em que pressiona o pedal de travão. Esta análise permitir-lhe-á detectar eventuais anomalias em fases intermédias do ciclo de travagem, não reproduzidas na impressão dos resultados finais, que se baseiam apenas nas lei-turas de valores máximos atingidos.

• O inspector deve também analisar o comportamento da evolução do indicador dife-rencial (esq.\dir.) de travagem, afim de verificar qual a tendência de desequilíbrio das forças de travagem ao longo de todo o ensaio.

• Atingido o final do ensaio, o equipamento memoriza automaticamente o resultado ou o inspector deverá dar essa ordem, normalmente através de um comando à distância. A memorização é geralmente indicada ao operador pelo regresso a zero dos indicadores de força.

• Esperar que os rolos arranquem novamente para engatar a primeira velocidade e retirar o eixo dos rolos. Só com os rolos em movimento o eixo do veículo em teste deve ser retirado dos rolos. Nunca usar a tracção, sob pena de originar graves problemas no frenómetro.

• Nos casos em que no ensaio não se tenha atingido o bloqueio total das rodas, ao retirar o veículo dos rolos, o frenómetro memoriza automaticamente o valor máximo medido.

• Repetir o procedimento atrás referido para cada um dos eixos do veículo.

A - 1.3

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Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

• No(s) eixo(s) que estiver(em) equipados com o travão de estacionamento dever-se-á fazê-lo actuar lentamente (dente a dente nos travões mecânicos e accionando devagar o manípulo nos travões pneumáticos), até os rolos pararem ou seja atingida a máxima força possível. Dar indicação ao frenómetro que o ensaio executado é o de um travão de estacionamento para o distinguir do ensaio efectuado nesse mesmo eixo para o travão principal.

• Uma vez ensaiados todos os eixos e todos os tipos de sistemas de travagem aplicados a cada eixo, retirar definitivamente o veículo dos rolos. Em seguida dar indicação ao frenómetro que o ensaio foi terminado.

• Caso o frenómetro não esteja equipado com balanças automáticas para pesagem do veículo, o inspector deve informar o equipamento da tara nominal do veículo (atenção às unidades em que essa tara é expressa).

• Com esta informação ou por indicação do operador o frenómetro está em condições de calcular a eficiência de travagem e proceder à impressão dos resultados de forma automática.

frenómetro de rolos

A - 1.4

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Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros A - 2.1

A.2 - DESACELErÓgrAfO

A.2.1 - INSPECçãO COM AuXÍLIO DO DESACELErÓgrAfO

São sujeitos a inspecção alguns veículos que pelas suas características técnicas não podem ser ins-peccionados no frenómetro. São exemplos:

• Veículos de tracção integral permanente sem possibilidade de desacoplamento entre eixos.

• Veículos multi-eixos com dois ou mais eixos tractores permanentes e sem possibilidade de desacoplamento.

• Veículos cuja dimensão das rodas não garantam o perfeito contacto do pneu com os rolos do frenómetro.

• Reboques com eixos multi-rodas ou estruturas de chassis de perfil muito baixo para transportes especiais.

Nestes tipos de veículos o inspector deverá fazer uso do desacelerógrafo para poder avaliar a eficiên-cia do sistema de travagem.

O objectivo do desacelerógrafo é permitir ao inspector calcular o valor da desaceleração do veículo sujeito a uma travagem real, isto é, uma travagem após o veículo ter sido animado de movimento recorrendo ao seu motor propulsor.

A unidade de medida utilizada é m/s2 (metro por segundo quadrado)

Uma vez que o desacelerógrafo mede exclusivamente a desaceleração sofrida num dado tempo, os restantes factores de análise do sistema de travagem não podem ser medidos ou então terão de ser calculados manualmente pelo inspector.

A.2.2 - PrOCEDIMENTOS OPErATIVOS (gENÉrICO) DO DESACE- LErÓgrAfO

• Verificar se o conjunto de baterias de alimentação está devidamente instalado no desa-celerógrafo e se estão devidamente carregadas. Para tal ligar o aparelho e verificar se a sequência de auto-verificação se faz e não aparece qualquer tipo de mensagem de erro. Desligar e levar o desacelerógrafo para o veículo a testar.

• O veículo deve estar numa zona do parque do centro de inspecções onde seja possí-vel deslocar-se livremente (preferencialmente em linha recta), sem obstáculos no solo, atingir uma velocidade de 40 km/h, aproximadamente, e com espaço suficiente para travar em zona de boa aderência dos pneus ao solo.

Desacelerógrafo

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• Caso estas condições não sejam possíveis de reunir dentro das instalações do centro e o inspector decida fazer o ensaio noutro local, chama-se especial atenção para a res-ponsabilidade civil e danos a terceiros que possam não estar cobertas pelo seguro do centro, em caso de qualquer acidente durante o teste.

• Colocar o desacelerógrafo firmemente solidário com o fundo interior do habitáculo do veículo (normalmente é colocado sobre a protecção de borracha ou material sintético existente debaixo dos tapetes no lugar ao lado do condutor). Ter em atenção a seta orientadora do sentido do movimento do veículo.

• Nivelar correctamente o desacelerógrafo.

• Ligar o desacelerógrafo e esperar que este faça a sua auto-verificação.

• Após alguns segundos o desacelerógrafo está pronto a ser configurado de acordo com os opcionais que eventualmente tenha instalado. No entanto, e dadas as exigências legais não preverem outro tipo de análise, não deverão existir na maioria dos centros opcionais instalados no desacelerógrafo pelo que este deverá ser utilizado em modo sequencial automático.

• Iniciar o movimento da viatura acelerando progressiva e continuamente até à velocida-de a que se quer efectuar o ensaio. Nunca desacelerar bruscamente, travar ou mesmo hesitar nas mudanças de caixa pois qualquer quebra de velocidade após o início do movimento poderá activar o início da medição efectuada pelo desacelerógrafo antes do pretendido.

• Uma vez atingida a velocidade de teste pressionar o pedal da embraiagem para desen-gatar a transmissão ao mesmo tempo que inicia a travagem.

• A travagem uma vez iniciada deve ser feita de modo contínuo e permanente até à imo-bilização total do veículo.

• A travagem deve ser o mais violenta e enérgica possível sem contudo provocar o blo-queamento e derrapagem das rodas. Daí o factor de aderência pneu/solo no local de ensaio dever ser tido em conta.

• Logo que o veículo se imobiliza, o desacelerógrafo inicia automaticamente a impressão dos resultados (e gráfico se desejado) do ensaio efectuado.

• Os resultados apresentados pelo desacelerógrafo e impressos são os respeitantes à desaceleração máxima ocorrida durante o ensaio, podendo no entanto também ser analisado o gráfico do comportamento da variação ao longo do tempo do ensaio a partir da desaceleração máxima. O inspector deverá calcular pelas fórmulas matemáticas conhecidas, a eficiência da travagem do veículo. Alguns equipamentos possuem sub-rotinas próprias para efectuar estes cálculos.

Desacelerógrafo

A - 2.2

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Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

• Dado que existem diversos factores condicionantes do ensaio aconselha-se os inspec-tores a efectuarem um primeiro ensaio para analisarem as condições de funcionamento do sistema de travagem do veículo, as condições de aderência ao solo e mesmo os espaços necessários para a realização do teste. Só após este ensaio prévio, deve ser efectuado o ensaio tomador de resultados conclusivos.

• Em face destas limitações, o uso do desacelerógrafo deve ser exclusivamente limitado aos casos em que não seja possível, por razões de ordem técnica, utilizar o frenómetro para o ensaio do veículo.

Desacelerógrafo

A - 2.3

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A.3 - bANCO DE SuSPENSãO

A.3.1 - INSPECçãO COM O AuXÍLIO DO bANCO DE SuSPENSãO

O banco de suspensão é um equipamento que serve para calcular a eficiência do sistema de suspen-são dos veículos ligeiros. Actualmente estes equipamentos simulam a progressão do veículo por um terreno irregular, submetendo-o a uma oscilação vertical. Este tipo de ensaio designado por EUSAMA, dá a percepção do estado dos órgãos da suspensão na sua globalidade, sem desmontar qualquer componente.

Neste ensaio, o veículo é submetido a uma oscilação vertical obtida através de um excêntrico, com uma frequência de 1 a 25 Hz ou de 1 a 16 Hz colocado sob uma plataforma na qual assentam as rodas, e onde está um sensor de força.

Estes sensores permitem determinar a carga ou peso estático (carro em repouso) e a carga dinâmica (peso por roda durante o ensaio).

Os veículos com suspensão inteligente não efectuam o ensaio no banco de suspensão, por estes estarem munidos com sistemas electrónicos que controlam a suspensão, e normalmente dispõem de sistemas de auto diagnóstico.

• resultado dos ensaios

- Aderência ao solo para a roda esquerda e direita expressa em %- Diferença de aderência expressa em %- O peso estático expresso em kg- A classificação da suspensão em três categorias: Fraca (L), Média (M) e Dura (H)

• Cálculo matemático do valor de eficiência (aderência com o veículo em movimento)

A eficiência é obtida pela seguinte expressão:

A = Fd x 100

___ Fe

A. Eficiência (aderência com o veículo em movimento) fd. Força variável em cada roda resultante da vibração induzida durante o ensaio fe. Força que corresponde ao peso do veículo, por roda

Quando a roda salta e perde totalmente o contacto com o solo, a aderência é mínima 0%, sendo o seu valor 100% quando o veículo está parado (Fd = Fe).

banco de Suspensão

A - 3.1

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Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

A.3.2 - ASPECTOS A MErECEr ESPECIAL ATENçãO

• Pressão dos pneus - Após a realização do teste em três situações distintas, ou seja, com a pressão recomendada pelo fabricante, outra com mais 0,5 bar e por fim com menos 0,5 bar, verifica-se que a aderência é afectada. A pressão é inversamente pro-porcional à aderência, ou seja, quanto maior é a pressão, menor é a aderência e vice versa.

• Temperatura do amortecedor - Verifica-se que com o aumento de temperatura a ade-rência diminui, visto que a capacidade de amortecimento depende da temperatura do óleo no interior do tubo, dado que o amortecimento é feito pela resistência oferecida pelo óleo, quanto este passa nas válvulas do êmbolo. E com o aumento da tempera-tura, diminui-se a viscosidade do óleo, o que se traduz numa menor capacidade de amortecimento.

• Descentralização dos pneus na plataforma – Este facto pode provocar uma leitura errada do peso estático e, consequentemente, os valores de aderência não serão os mais correctos.

• Travões e mudanças – O travão de serviço e o travão de estacionamento não deverão ser utilizados na realização do teste, o veículo deverá estar destravado e em ponto morto ou neutro.

A.3.3 - PrOCEDIMENTOS OPErATIVOS (gENÉrICO) DO bANCO DE SuSPENSãO

• Verificar o peso máximo suportado pela máquina, sendo que os veículos com suspen-são inteligente (com sistemas electrónicos de controlo da suspensão) não efectuam este teste.

• Verificar a pressão dos pneus.

• Ligar o interruptor principal do equipamento assegurando-se que o veículo se encontra fora das plataformas.

banco de Suspensão

A - 3.2

Pressão Aderência

Correcta 70%

Mais 0,5 bar 61%

Menos 0,5 bar 79%

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Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

• Seleccionar o tipo de teste e o eixo do veículo que se pretende testar.

• Aguardar que o equipamento indique que pode efectuar o ensaio.

• Colocar o veículo centrado nas plataformas para medição do peso estático das rodas do eixo a ensaiar.

• Medição da aderência das rodas do eixo (vibração das plataformas que permite ava-liar o comportamento da suspensão).

• Após o ensaio, o equipamento apresenta os valores de aderência numerica e grafica-mente.

• Ensaio do segundo eixo, seguindo os mesmos procedimentos.

• Apresentação e impressão dos resultados finais.

banco de Suspensão

A - 3.3

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A.4 - rIPÓMETrO

A.4.1 - INSPECçãO COM AuXÍLIO DO rIPÓMETrO

O ripómetro tem como objectivo medir a tendência de desvio de um dado eixo em relação à trajectória teórica desse eixo. Assim, dado que o ripómetro calcula, em metros, o desvio ( para a esquerda ou para a direita ) que um dado eixo terá ao fim de um km percorrido, a unidade de medida utilizada é o m/km.

De todos os ângulos mensuráveis num sistema de direcção, o valor da convergência é o que mais influencia o comportamento do ripómetro.

Se os valores limite máximo admissíveis para o ripómetro forem atingidos poderá ser uma indicação de que o alinhamento da direcção não está correcto. No entanto outros factores como folgas em rolamen-tos ou rótulas, elementos mecânicos da suspensão em mau estado e mesmo incorrecta pressão dos pneus podem ser a origem de valores do ripómetro fora dos limites previstos legalmente.

A.4.2 - ASPECTOS A MErECEr ESPECIAL ATENçãO

• Volante e coluna de direcção: Fixação do volante à coluna e folga axial.

• Ligações dos diferentes elementos ao longo da coluna, com particular atenção aos cardans.

• Folga rotacional do volante: Avaliar o ângulo que o volante roda sem alterar a orientação das rodas. A existência de demasiada folga rotacional poderá indiciar outros problemas ao nível da caixa de direcção, rótulas ou mangas de eixo.

• Sistema regulador da posição do volante: Verificar o seu correcto funcionamento e blo-queamento.

• Limitadores (batentes): Verificar o seu estado, rigidez e real funcionalidade. A direcção deve terminar o curso de encontro aos limitadores, sem forçar os limites da caixa de direcção.

• Barras de direcção e/ou tirantes: Não devem ter fissuras ou soldaduras, não devem ter folga axial ou transversal nem apresentar sinais de deformação ou corrosão.

• Rótulas direccionais e outras articulações: Avaliar as folgas e o sentido das mesmas (nota: uma rótula tem que ter a folga correcta, pois sem folga também não está correc-ta). Não devem em caso algum ter os guarda-pós danificados ou ressequidos.

• Direcção assistida: Verificar o seu correcto funcionamento ao sentir que a direcção fica mais leve quando o motor entra em funcionamento. Verificar a existência de fugas de fluído.

• Amortecedor de direcção: Verificar a sua correcta fixação e o seu comportamento fun-cional

ripómetro

A - 4.1

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Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

ripómetro

A.4.3 - PrOCEDIMENTOS OPErATIVOS (gENÉrICO) DO rIPÓME- TrO

• Ligar o interruptor principal do equipamento assegurando-se que nada se encontra so-bre a placa instalada no solo.

• Deixar o equipamento efectuar a sua rotina interna de auto-verificação/ calibração, após o que o ripómetro dará a informação que o ensaio pode ser efectuado (em alguns modelos esta informação é dada pela ausência de qualquer indicação no mostrador digital).

• Alinhar o veículo com a linha de inspecção a uma distância suficientemente grande que não obrigue a qualquer manobra ou desvio da direcção logo que o veículo inicie o movimento para o ensaio.

• Iniciar o movimento com o veículo engatado em primeira velocidade (para veículos pesados pode ser utilizada outra mais apropriada) de modo a que este siga uma linha recta em movimento estável e uniforme.

Não deve ser sujeito a fortes acelerações, nem deve ser mudada a caixa durante todo o ensaio.

• Fazer passar de maneira estável e precisa a roda dianteira esquerda por cima da placa do ripómetro, o mais ao centro possível. Durante esta passagem é imprescindível que o condutor do veículo mantenha o volante livre de forma a que o veículo siga o seu trajecto rectilíneo natural.

• Logo que o eixo abandona a placa, o ripómetro indica os valores da leitura efectuada.

• Paralelamente a esta indicação numérica, o ripómetro pode estar equipado com indi-cadores luminosos que se acendem de acordo com o nível de desvio atingido. Esses níveis definidos pela legislação são pré-programados no equipamento.

• Mantendo o movimento uniforme do veículo, fazer passar o segundo eixo respeitando os mesmos cuidados definidos anteriormente.

• Uma vez terminado o ensaio, o ripómetro imprime automaticamente os resultados de cada eixo ensaiado e fica automaticamente preparado para receber o veículo seguinte desde que este tenha o mesmo número de eixos do anterior. De notar que só existe limite de desvio fixado legalmente para o eixo direccional.

A - 4.2

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Detector de folgas

A - 5.1

A.5 - DETECTOr DE fOLgAS

A.5.1 - INSPECçãO COM AuXÍLIO DO DETECTOr DE fOLgAS

O detector de folgas facilita a verificação do estado das juntas e articulações (folgas, estado das articu-lações de borracha e casquilhos).

A verificação destas articulações é indispensável para a detecção de deficiências provocadas por des-gastes progressivos, que podem pôr em risco a segurança do veículo.

Este equipamento é responsável por aplicar um conjunto de forças sobre as rodas, no sentido transver-sal e longitudinal, facilitando a detecção de possíveis folgas existentes nos órgãos.

A análise das folgas deverá ser feita com o carro elevado e num local com boa iluminação.

A.5.2 - ASPECTOS A MErECEr ESPECIAL ATENçãO

É muito importante verificar os seguintes componentes:

• rótulas – Normalmente aparecem folgas, que são visíveis quando se aplica um es-forço na roda. Folgas ou perdas de massa de lubrificação da rótula por desgaste ou guarda-pós requerem a substituição da rótula.

• Amortecedores – Na inspecção visual dos amortecedores deverá ter-se em conta a existência de fugas de líquido e o estado geral do amortecedor, nomeadamente:

- Suportes- Deformações- Casquilhos de suporte- Haste do êmbolo

• Articulações dos braços oscilantes – Aplicando forças que provocam movimento nos braços oscilantes, verifica-se o estado dos silent block (casquilhos elásticos) e a necessidade de os substituir, caso estejam deteriorados.

• Silent blocks – Os silent blocks ou casquilhos elásticos não necessitam de manuten-ção, contudo, é preciso verificar se estão expostos a salpicos de óleo ou gasolina que aceleram a degradação das borrachas.

Com o tempo os silent blocks endurecem e por isso devem ser substituídos periodica-mente. Quando gastos, tornam a suspensão ruidosa.

• fixação das barras – deverá ter-se em atenção as fixações dos extremos da barra ao braço oscilante e o estado dos silent blocks.

• Molas – deve-se verificar se as molas estão partidas, soldadas, pasmadas ou mal po-sicionadas sobre os suportes .

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Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

A.5.3 - PrOCEDIMENTOS OPErATIVOS (gENÉrICO) DO DETEC- TOr DE fOLgAS

• Colocar as rodas do veículo em ensaio sobre as placas deslizantes do detector de fol-gas.

• Ter o cuidado de garantir que o veículo está centrado em relação ao eixo da fossa.

• Oscilar os pratos individualmente ou em conjunto, em movimentos sucessivos longi-tudinais e transversais de maneira a que as folgas dos elementos da suspensão e da direcção sejam evidenciadas.

• Afim de fazer realçar eventuais oscilações não permitidas aos componentes fixos das rodas, travões, cubos das rodas, manga de eixo etc., dever-se-ão efectuar os movimen-tos das placas com os travões do veículo bloqueados.

• Afim de melhor analisar, no eixo direccional, eventuais folgas nos órgãos de direcção, dever-se-ão efectuar sucessivas e rápidas rotações do volante ao mesmo tempo que se desloca uma das placas transversalmente ao eixo da fossa.

• As duas condições atrás referidas implicam a presença de alguém dentro da viatura, uma vez que o inspector executa a verificação das folgas e o comando do detector a partir do interior da fossa.

• Dado que o detector de folgas não é um equipamento de medição absoluta fica ao crité-rio e técnica do inspector a avaliação e qualificação das folgas verificadas. Ter em aten-ção que dadas as inúmeras soluções construtivas usadas pelos fabricantes automóveis e os métodos de instalação característicos de cada um, é necessário que o inspector possua uma apurada capacidade de análise das reais condições de funcionamento dos órgãos em teste.

Detector de folgas

A - 5.2

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Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

A.6 - OPACÍMETrO

A.6.1 - INSPECçãO COM AuXÍLIO DO OPACÍMETrO EM VEÍCuLOS EquIPADOS COM MOTOrES DE IgNIçãO POr COMPrESSãO

O opacímetro é um aparelho destinado a medir o grau de opacidade dos gases de escape emitidos pe-los motores diesel. Através da medida da opacidade poder-se-à avaliar qual o nível de “fumos negros” saídos para o exterior resultantes de uma má combustão ou combustão incompleta do gasóleo.

Como opacidade dever-se-à entender a maior ou menor dificuldade que um dado volume de gases de escape diesel tem em ser atravessado por uma fonte luminosa conhecida.

Para normalização do procedimento e uniformização dos resultados foi estabelecida como unidade de medida da opacidade o coeficiente característico de absorção - Valor K .

A.6.2 - ASPECTOS A MErECEr ESPECIAL ATENçãO

• O motor deve estar quente, ou seja, a temperatura do óleo do motor deve ser de, pelo menos 80ºC ou a temperatura normal de funcionamento, caso seja inferior.

• Deve ser efectuada uma inspecção visual das partes relevantes do sistema de escape do veículo para verificar que não há fugas.

• O sistema de escape deve ser purgado pelo menos durante três ciclos de aceleração livre ou por um método equivalente.

• O motor e qualquer dispositivo de sobrealimentação (turbocompressor) instalado de-vem estar em marcha lenta sem carga antes do início de cada ciclo de aceleração livre, pelo que deve aguardar-se alguns segundos entre ciclos de aceleração.

• Verificar se o tipo e tamanho da sonda de captação são os indicados para o tubo de escape do veículo em teste.

• O opacímetro deverá ter efectuado correctamente e com êxito a rotina de auto-calibra-ção.

• Deverão ser efectuados pelo menos três ciclos de aceleração livre para obter um valor final resultante da média dos vários ciclos.

Opacímetro

A - 6.1

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Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

A.6.3 - PrOCEDIMENTOS OPErATIVOS (gENÉrICO) DO OPACÍMETrO

• Ligar o opacímetro e esperar que este faça o pré aquecimento e a rotina de auto-verifi-cação e calibração inicial.

• Esta rotina, dependente do modelo do opacímetro, poderá ter de ser repetida em parte ou no todo sempre que o opacímetro for activado.

• Verificar se a câmara de captação dos gases está devidamente limpa e desobstruída assim como a sonda metálica de captação caso esta tenha sido utilizada.

• Verificar se os cabos extensores e/ou tubos de borracha estão devidamente ligados assim como a impressora.

• O veículo em teste deverá ter o motor a funcionar ao ralenti e já estar à temperatura normal de funcionamento.

• Desligar todos os opcionais do veículo que possam provocar alterações ou sobre car-gas no regime do motor durante o ensaio. São exemplos disso os sistemas de ar condi-cionado, as máquinas frigoríficas de congelação, etc. Ter em atenção que também não deverá tocar no volante para não accionar a bomba da direcção assistida.

• A maioria dos opacímetros possui um indicador digital que vai informando o utilizador da sucessão de operações e ou teclas que deve pressionar, guiando-o assim ao longo do procedimento do teste.

• Escolher o tipo de sonda mais adequado ao diâmetro do tubo de escape do veículo (para os casos em que o opacímetro possua mais do que um tipo de sonda ou forma de captação da amostra).

• O inspector deverá ter em atenção o tipo de motor diesel que vai testar (normalmente aspirado ou turbo comprimido) afim de dar esta indicação ao opacímetro antes de ini-ciar o ensaio.

• Introduzir a sonda seleccionada na saída do sistema de escape. Nos casos em que o veículo possua mais do que uma saída do sistema de escape, o inspector deverá veri-ficar o modo como estas estão dispostas. Se as diferentes saídas tiverem ao longo do sistema de escape pelo menos um ponto comum é indiferente qual a saída escolhida.No caso de o veículo possuir dois sistemas de escape completamente separados (por exemplo motores em V ou cilindros opostos), o inspector deverá executar o teste em cada um dos sistemas. Acelerar o motor (3 ou 4 vezes) para limpar as eventuais acu-mulações de gases existentes no escape (purga). Deixar o motor voltar ao ralenti.

• Dar indicação ao opacímetro que vai iniciar o teste. O opacímetro informa o inspector da contagem decrescente de tempo ao fim da qual mostra a ordem para acelerar.

Opacímetro

A - 6.2

Page 45: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

• O inspector deverá acelerar rápida e continuamente o motor até ao fim do curso do pedal do acelerador (em menos de um segundo), mas não de forma violenta, de modo a obter o débito máximo da bomba injectora.

• O inspector deverá ter cuidado para não esforçar demasiado o motor, devendo para tal retirar o pé do acelerador assim que o motor atinja o regime máximo.

• Em veículos com transmissões automáticas, durante cada ciclo de aceleração livre, o motor deve atingir a rotação especificada pelo fabricante ou, se tal dado não estiver disponível, dois terços da rotação de corte, antes de libertar o acelerador. Isto pode ser verificado, por exemplo, por monitorização da velocidade de rotação do motor.

• Uma vez que as condições de execução do ensaio (rapidez da aceleração e curso do pedal do acelerador utilizado) podem influenciar os resultados captados, o cálculo de opacidade não é baseado nos resultados de um único ensaio mas sim na média de pelo menos três ensaios. Alguns opacímetros estão programados para executar três, cinco ou mesmo mais ensaios por veículo. Para tal repetir a sequência atrás referida segundo as instruções dadas pelo opacímetro.

• Terminados os ensaios, o opacímetro efectua os cálculos necessários dando como re-sultado final a média calculada dos valores máximos medidos em cada ensaio efectua-do.

• Este valor é memorizado e fixado no mostrador do opacímetro após o que o inspector poderá dar ordem para a impressão (caso esta não se faça automaticamente).

• Retirar a sonda do tubo de escape do veículo.

Opacímetro

A - 6.3

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Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

A.7 - ANALISADOr DE gASES DE ESCAPE

A.7.1 - INSPECçãO COM AuXÍLIO DO ANALISADOr DE gASES DE ESCAPE EM VEÍCuLOS EquIPADOS COM MOTOrES DE IgNI- çãO POr fAÍSCA O analisador de gases de escape permite efectuar a medição directa da quantidade de determinados compostos químicos resultantes da combustão de motores de ignição por faísca (vulgo motores a ga-solina ou a GPL) e libertados no sistema de escape. Esses compostos são:

• CO - monóxido de carbono Medido em %

• HC- hidrocarbonetos Medido em p.p.m

• CO2 - dióxido de carbono Medido em %

• O2 - oxigénio Medido em %

Com base nos valores directamente medidos, os analisadores de gases poderão ainda calcular o valor de lambda, o valor de CO corrigido e o de óxidos de azoto (NOX) estimados.

Deverão ainda estar equipados com sistemas para leitura do número de rotações do motor e da tem-peratura do óleo.

A.7.2 - ASPECTOS A MErECEr ESPECIAL ATENçãO

• O motor deverá estar à normal temperatura de funcionamento.

• O analisador de gases deverá ter efectuado correctamente e com êxito a rotina de auto calibração.

a. Em veículos que não possuam qualquer sistema avançado de controlo de emissões:

- A medição do teor de CO (monóxido de carbono) emitido nos gases de escape deverá ser feita com o motor em marcha lenta (ralenti) e devidamente estabilizada.

b. Em veículos que estão equipados com sistemas avançados de controlo de emissões, tais como ca-talisadores de três vias em circuito fechado controlados por sonda lambda:

- A medição do teor de CO (monóxido de carbono) emitido será num primeiro ensaio efectuada em marcha lenta e estabilizada.

- Com o motor moderadamente acelerado (rotação mínima de 2000 r.p.m.) será efectu-ado um segundo ensaio onde para além do teor de CO emitido será também medido o valor de lambda calculado.

Analisador de gases de Escape

A - 7.1

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Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

Dado que os centros ITV utilizam analisadores que efectuam a medida de outros poluentes emitidos nos gases de escape, o inspector deverá, aquando da análise dos parâmetros obrigatórios acima refe-ridos, prestar atenção aos outros valores indicados pelo analisador, pois através deles poderá deduzir melhor qual o real estado de conservação do motor e o seu contributo na poluição do meio ambiente.

A.7.3 - PrOCEDIMENTOS OPErATIVOS (gENÉrICO) DO ANALISA- DOr DE gASES DE ESCAPE

• Ligar o analisador de gases de escape e esperar o tempo que este tem pré-programado para atingir as condições normais de funcionamento (aquecimento, estabilização do emissor de infravermelhos, auto calibração, verificação dos zeros).

• Este período de espera é somente necessário a primeira vez no dia em que o anali-sador de gases vai ser utilizado, dado que durante o dia este se mantém ligado e em posição de funcionamento.

• Uma vez terminado o período de aquecimento, a auto calibração e a verificação dos ze-ros, o analisador de gases disponibiliza os zeros nos indicadores digitais, o que significa estar pronto a ser utilizado.

• Dado existirem analisadores de gases com diversos tipos de opcionais complementa-res, o inspector deverá certificar-se da correcta configuração do analisador para o tipo de motor e combustível que vai ensaiar.

• A bomba do analisador de gases deverá estar em funcionamento. Caso existam acu-mulações significativas de gases de escape na zona onde está a ponteira da sonda, é perfeitamente natural que os indicadores acusem leituras (normalmente muitíssimo baixas) em alguns dos compostos. É aconselhável manter sempre a sonda limpa e em local arejado. O tubo de borracha que liga a sonda ao conjunto de filtros na entrada do analisador deve estar completamente desobstruído. Caso isso não aconteça, alguns analisadores de gases apresentam uma mensagem de erro que impede a análise.

• O veículo em teste deverá ter o motor em marcha lenta (ao ralenti) e já estar à tempera-

tura normal de funcionamento. Desligar todos os opcionais do veículo que possam pro-vocar alterações no regime do motor durante o ensaio (por exemplo o ar condicionado). Dever-se-á ter em atenção e não tocar no volante dos veículos que possuam direcção assistida já que a entrada em carga da bomba de direcção provoca também alterações no regime do motor.

• Ligar ao veículo a sonda captadora do regime de rotação do motor. Para motores equipa-dos com certos tipos de ignição poderá ser necessário utilizar um adaptador externo.

• Introduzir a sonda metálica do analisador de gases (cerca de 15 a 20 cm conforme o tipo) na extremidade de saída do sistema de escape do veículo.

Analisador de gases de Escape

A - 7.2

Page 49: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

• Nos casos em que o veículo possua mais do que uma saída do sistema de escape o inspector deverá verificar o modo como estas estão dispostas. Se as diferentes saídas tiverem ao longo do sistema de escape, pelo menos um ponto comum, é indiferente qual a saída escolhida.

No caso de o veículo possuir dois sistemas de escape completamente separados (por exemplo motores em V ou de cilindros opostos) o inspector deverá executar a análise de gases a cada um dos sistemas.

• Uma vez introduzida e fixa a sonda metálica de captação, o analisador inicia de imedia-to as leituras. Deixar estabilizar o fluxo de gases de escape captado, ou seja, esperar cerca de 15 segundos até que as leituras se tornem estáveis para o regime do motor em análise.

• Efectuar a leitura (rotações e CO), pressionar a tecla que permite fixar os resultados e imprimi-los.

• Para veículos equipados com sistema avançado de controlo de emissões fazer nova medição com o motor moderadamente acelerado. Para tal, elevar lentamente o regime do motor até ao valor mínimo de 2000 rpm. Estabilizar a rotação do motor e esperar cerca de 20 segundos para que o fluxo normal de gás seja captado pelo analisador e as leituras estabilizem.

• Efectuar a leitura (rotações, CO e valor lambda calculado) e imprimir.

• Desacelerar o veículo até ao regime de ralenti e retirar a sonda metálica do escape.

• Para cada leitura efectuada e impressa, o inspector obterá no respectivo relatório não só os valores lidos como os calculados.

• Embora a legislação só preveja limites (e sanções) para os valores de CO e lambda, a análise dos restantes pode auxiliar o inspector na procura e justificação de anomalias detectadas em outras fases da inspecção.

• Se existir uma fuga excessiva no sistema de escape que nao permita a verificação do valor de CO, deve o inspector registar essa informação no relatório de inspecção e cer-tificado de inspecção (Exemplo: “Na reinspecção realizar teste de gases”). O objectivo deste procedimento é garantir que na reinspecção seja verificado o valor de CO de forma satisfatória.

Analisador de gases de Escape

A - 7.3

Page 50: manual de procedimentos de inspecção
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A.8 - SONÓMETrO

A.8.1 - INSPECçãO COM AuXÍLIO DO SONÓMETrO

• Num centro de inspecções o sonómetro tem como objectivo medir o ruído emitido pelo funcionamento do motor do veículo, visando a análise do correcto funcionamento do silenciador (vulgo panela) do sistema de escape.

• O ruído é medido em DB (décibel).

• A utilização do sonómetro de forma correcta e credível implica a necessidade de se reunirem um conjunto de condições físicas (espaço e ambiente envolvente) que de uma forma genérica não são fáceis de reunir nos centros de inspecções.

• O nº 2 do artigo 80º do Código da Estrada proibe o trânsito de veículos a motor que

emitam ruídos superiores aos limites fixados.

• O Decreto-lei nº 292/2000 de 14 de Novembro aprova o regulamento geral do ruído e estabelece, no seu artigo 16º, que a circulação de veículos com motor cujo valor do nível sonoro do ruído global de funcionamento exceda os valores fixados no livrete, considerando o limite de tolerência de 5 dB(A), é proibida e sancionada nos termos do Código da Estrada e respectivo regulamento.

• Não sendo sujeito a um regulamento específico próprio de outra entidade competente, fica-se assim obrigado ao cumprimento da norma portuguesa NP 2067.

Esta norma define o conjunto de condições técnicas que deverão ser reunidas para que se possa efectuar a medição do nível de ruído. Da sua leitura (que se aconselha a todos os inspectores) conclui-se não serem facilmente reuníveis estas condições num centro de inspecções.

• Assim não faz sentido falar em procedimentos de ensaio e utilização do sonómetro se

não temos devidamente regulamentadas e reunidas as condições para efectuar o en-saio.

• Só após a publicação de um regulamento específico que defina as condições de uso do sonómetro nos centros de inspecções será possível estabelecer um procedimento de ensaio válido.

Sonómetro

A - 8.1

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Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

A.9 - rEgLOSCÓPIO

A.9.1 - INSPECçãO COM AuXÍLIO DO rEgLOSCÓPIO

O alinhamento preciso dos faróis é imprescindível para a segurança de quem circula de noite ou em más condições de visibilidade.

O regloscópio é o equipamento que permite a verificação do alinhamento e intensidade luminosa das luzes de médios (simétricas e assimétricas), de máximos e de nevoeiro.

Para verificar o alinhamento dos faróis, o écran de controlo do regloscópio tem uma linha de referência que deverá coincidir com o limite da zona iluminada (divide a zona clara / escura).

Este equipamento dispõe também de um luxímetro que permite verificar se a diferença de intensidade luminosa entre faróis é superior a 50%, detectando-se possíveis problemas nos faróis, lâmpadas, etc.

A.9.2 - ASPECTOS A MErECEr ESPECIAL ATENçãO

• Nivelamento do veículo

- Verificação da pressão dos pneus

- Verificação da distribuição da cargas

• Nivelamento do piso• Posição do regulador de faróis (caso exista)

• Limpeza da lente do regloscópio

• Estado geral dos faróis

• Alinhamento do regloscópio com o farol

A.9.3 - PrOCEDIMENTOS OPErATIVOS (gENÉrICO) DO rEgLOS- CÓPIO

• Puxar o regloscópio para a zona da linha de inspecção onde se efectua o controlo das luzes do veículo. Esta zona deve permitir o deslocamento do regloscópio transversal-mente ao eixo da linha e possuir o chão devidamente liso e nivelado.

• O veículo deverá estar parado numa zona lisa e horizontal, possuir a suspensão à altura correcta de funcionamento (no caso das suspensões pneumáticas ou hidráulicas, colo-car em funcionamento o veículo durante alguns minutos) e possuir os pneus à pressão especificada pelo fabricante.

• Ligar os faróis do veículo na posição de médios.

• Verificar se o regulador interior da altura de faróis (se existente) está na posição mais elevada (carga normal).

regloscópio

A - 9.1

Page 54: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

• Efectuar o alinhamento do regloscópio com o veículo e colocar o equipamento a uma distância de 20 a 50 cm do farol.

• Regular a horizontalidade do grupo óptico do regloscópio através da bolha de nível e regular a altura do mesmo de modo a que a lente frontal coincida com o centro do farol do veículo. Regular o manípulo ajustador de inclinação do alvo de projecção para o valor definido na lei para o farol em ensaio.

• Desbloquear o travão da coluna e colocar o regloscópio no centro do veículo, tomando como referência dois pontos simétricos na zona frontal do veículo. Com o auxílio do dis-positivo de centragem, alinhar o feixe luminoso de ambos os faróis com o grupo óptico. Bloquear a coluna e grupo óptico mantendo a capacidade de deslocação do regloscó-pio no sentido transversal ao movimento do veículo.

• Alinhar o grupo óptico com um dos faróis e projectar o feixe luminoso no alvo existente no seu interior.

• Observar se a linha de demarcação entre a zona iluminada e a zona escura coincide com as marcas traçadas no alvo para o tipo de farol em teste (faróis simétricos - linha horizontal, faróis assimétricos - linha horizontal e linha oblíqua a 15 graus).

No caso dos regloscópios electrónicos bastará analisar a informação dada pelos indica-dores luminosos de controlo (indicador verde acesso: Está correcto. Indicador vermelho acesso: Está errado no sentido por este indicado).

• Verificar a intensidade da luz através da informação fornecida pela célula fotoeléctrica e respectivo indicador.

• O inspector deve também controlar a qualidade do foco luminoso do farol através da análise da concentração e da nitidez.

• Levar o regloscópio para o outro farol do veículo deslocando-o sobre o rodado da base mas mantendo o grupo óptico exactamente nas mesmas regulações anteriormente efectuadas.

• Proceder como já atrás descrito para analisar o segundo farol médio não esquecendo de levar em conta a comparação relativa entre os dois.

• Comutar os faróis de médio para máximo e observar a coincidência da zona de disper-são do feixe luminoso com as linhas de referência existentes no alvo, ou os indicadores luminosos no caso dos regloscópios electrónicos.

• Deslocar de novo o regloscópio para o primeiro farol e fazer agora o ensaio do farol máximo.

• Efectuar as mesmas operações para os faróis adicionais de nevoeiro ou faróis de ber-ma.

• Retirar o regloscópio da frente do veículo e anotar na ficha de inspecção as eventuais anomalias.

regloscópio

A - 9.2

Page 55: manual de procedimentos de inspecção

b - PONTOS A VErIfICAr

Page 56: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros B - 0.1

B.0 - InsPecçãO

De acordo com o disposto no artigo 116º do Código da Estrada, os veículos a motor e seus reboques podem ser sujeitos a vários tipos de inspecções, de entre as quais importa salientar as inspecções periódicas para verificação das suas características e condições de segurança.

As inspecções técnicas periódicas visam confirmar, com regularidade, a manutenção das boas condições de funcionamento e de segurança de todo o equipamento e das condições de segurança dos automóveis ligeiros, pesados e reboques, de acordo com as suas características originais homologadas ou as resultantes de transformação autorizada nos termos do Regulamento do Código da Estrada.

estão sujeitos às inspecções técnicas periódicas os seguintes veículos:

1 - Automóveis Pesados de Passageiros2 - Automóveis Pesados de Mercadorias3 - Reboques e Semi-reboques com peso bruto superior a 3500kg (com excepção dos re-

boques agrícolas)4 - Automóveis ligeiros licenciados para transporte público de passageiros e ambulâncias5 - Automóveis Ligeiros de Mercadorias6 - Automóveis Ligeiros de Passageiros7 - Automóveis utilizados no transporte escolar e automóveis ligeiros licenciados para a

instrução8 - Restantes automóveis ligeiros9 - Automóveis pesados e reboques com peso bruto superior a 3500kg utilizados por corpo-

rações de bombeiros e suas associações e outros que raramente utilizam a via pública, designadamente os destinados a transporte de material de circo ou de feira, reconheci-dos pela Direcção-Geral de Viação.

Os automóveis construídos e matriculados antes de 1 de Janeiro de 1960 e considerados de interesse histórico não ficam sujeitos a inspecções técnicas periódicas.

Podem ser dispensados destas inspecções os veículos destinados a fins especiais, que raramente utilizam a via pública e cuja circulação esteja dependente de autorização especial (prevista no artigo 58º do Código da Estrada e regulamentada no artigo 5º do Regulamento do Código da Estrada) por apresentarem pesos brutos, pesos por eixo ou dimensões que excedam os limites gerais fixados legalmente.

Os veículos devem apresentar-se à inspecção em normais condições de circulação, podendo transportar carga, e em perfeito estado de limpeza que não prejudique a observação da estrutura, sistemas, componentes e elementos de identificação, nem ponha em causa a higiene e saúde do inspector, devendo esta situação, sempre que possível, ser verificada antes do veículo entrar na linha de inspecção. Os inspectores não poderão, mesmo com a autorização do cliente, raspar, decapar, limar ou desbastar o número de quadro do veículo, podendo limitar-se a limpar sujidades que se encontrem sobre o mesmo.

Inspecção

Page 57: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos LigeirosB - 0.2

Sempre que as condições de limpeza do veículo não possibilitem a inspecção de determinado órgão ou item, o veículo será reprovado sendo atribuída deficiência no respectivo órgão, anotando-se em observações os componentes não inspeccionados.

B.0.1. PerIOdIcIdade de InsPecçãO

Os veículos devem ser apresentados à primeira inspecção anual e às subsequentes durante o mês correspondente ao da matrícula inicial, devendo ser apresentados às inspecções semestrais (nos casos em que se aplica) no 6º mês após a correspondente inspecção anual e de acordo com a periodicidade estabelecida.

A pedido do interessado, a inspecção periódica pode ser antecipada pelo período máximo de dois meses em relação ao mês previsto. Poderá o utente por questões legais ou interesse próprio pedir uma inspecção ou reinspecção ao veículo sem que a periodicidade da mesma seja alterada, com o objectivo de obter uma ficha de inspecção sem anomalias (por exemplo veículos de transporte de mercadorias perigosas).

Veículos Periodicidade

1 - Automóveis Pesados de Passageiros Um ano após a data da primeira matrícula e, em seguida, anualmente até perfazerem sete anos; no 8º ano e seguintes, semestralmente.

2 - Automóveis Pesados de Mercadorias3 - Reboques e Semi-reboques com peso bruto

superior a 3500kg (com excepção dos reboques agrícolas)

4 - Automóveis ligeiros licenciados para transporte público de passageiros e ambulâncias

5 - Automóveis Ligeiros de MercadoriasDois anos após a data da primeira matrícula e, em seguida, anualmente.

6 - Automóveis Ligeiros de PassageirosQuatro anos após a data da primeira matrícula e, em seguida, de dois em dois anos, até perfazerem oito anos, e, depois, anualmente.

7 - Automóveis utilizados no transporte escolar e automóveis ligeiros licenciados para a instrução

Um ano após a data da primeira matrícula e, em seguida, anualmente até perfazerem sete anos; no 8º ano e seguintes, semestralmente.

8 - Restante automóveis ligeiros Dois anos após a data da primeira matrícula e, em seguida, anualmente.

9 - Automóveis pesados e reboques com peso bruto superior a 3500kg utilizados por corporações de bombeiros e suas associações e outros que raramente utilizam a via pública, designadamente os destinados a transporte de material de circo ou de feira, reconhecidos pela Direcção-Geral de Viação.

Um ano após a data da primeira matrícula e, em seguida, anualmente.

Inspecção

Page 58: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros B - 0.3

Nota: Sempre que for realizada uma Inspecção Extraordinária ou para Atribuição de Matrícula ao veículo dentro do período estabelecido para a Inspecção Periódica, a primeira é válida como periódica e não é alterada a periodicidade de inspecção.

B.0.2. dOcumentOs a aPresentar

No acto da inspecção periódica deve o apresentante do veículo apresentar os seguintes documentos:

– Livrete do veículo ou documento de substituição (Impresso 1402 ou print do impresso DGV correctamente preenchido com a indicação que substitui o livrete)

– Documentos particulares (substitutos do livrete) relacionados com veículos das Forças Armadas e Forças de Segurança

– Título de registo de propriedade ou guias emitidas pela Conservatória do Registo Automóvel, desde que válidas

– Ficha da última inspecção realizada ou 2ª via da mesma.

No caso de o veículo não ter sido submetido a inspecção periódica anterior, devendo tê-lo sido, a inspecção deve ser realizada e o responsável do centro deve comunicar, de imediato, tal facto à Direcção-Geral de Viação através de documento assinado pelo mesmo responsável e pelo apresentante.

B.0.3. OBserVações e VerIfIcações

Nas inspecções periódicas procede-se às observações e verificações dos elementos de todos os sistemas, componentes, acessórios e unidades técnicas dos veículos, sem desmontagem, e aos sistemas de controlo de perturbação ambiental e dos equipamentos suplementares de instalação obrigatória em veículos de transporte público, nos termos dos anexos II e III do Decreto-Lei 554/99, onde são descritos os pontos de controlo obrigatório e que serão detalhados neste manual.

O inspector é responsável por seleccionar a linha de inspecção de acordo com o tipo e categoria do veículo, da seguinte forma:

• Linha de ligeiros:

– Veículos ligeiros autorizados para transporte público de passageiros– Ambulâncias– Veículos utilizados no transporte escolar– Veículos automóveis licenciados para instrução– Veículos automóveis ligeiros de passageiros– Restantes veículos automóveis ligeiros

Inspecção

Page 59: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos LigeirosB - 0.4

Os veículos ligeiros com peso bruto superior a 2800kg podem fazer o ensaio no frenómetro de ligeiros desde que o equipamento assegure o rigor do ensaio.

• Linha de pesados

– Veículos automóveis pesados– Reboques e semi-reboques com peso bruto superior a 3500kg– Ligeiros com peso bruto superior a 2800kg

Os centros com linhas de inspecção simultaneamente para veículos ligeiros e pesados aprovadas (chamadas mistas), utilizarão as referidas linhas indistintamente para veículos ligeiros (peso medido no banco de suspensão) e pesados (peso medido no frenómetro) e ainda para veículos ligeiros com peso bruto superior a 2800kg e inferior a 3500kg (peso medido no frenómetro).

Os inspectores não podem executar ou mandar executar manobras que ponham em causa a sequência normal de inspecção. Sendo necessário repetir algum testem o veículo deverá ser reposicionado no equipamento através da realização de manobras que não ponham em causa a segurança de pessoas, veículos e equipamentos.

O inspector é responsável por conduzir a viatura, após autorização prévia do cliente, em todos os testes realizados com equipamento, com excepção da verificação das folgas e utilização do regloscópio. Exceptua-se o caso de veículos transformados para deficientes motores, os quais poderão ser conduzidos pelo proprietário.

Após a realização da inspecção, o cliente deve estacionar o veículo em local previsto e indicado pelo inspector. Em caso de intempéries ou dificuldades inesperadas, para comodidade do utente, o veículo poderá ser estacionado na área coberta do centro por indicação do inspector.

B.0.4. cLassIfIcaçãO de defIcIêncIas

As deficiências encontradas nas observações e verificações dos pontos de controlo obrigatórios, são graduadas em três tipos:

tipo 1 — deficiência que não afecta gravemente as condições de funcionamento do veículo nem directamente as suas condições de segurança, não implicando, por isso, nova apresentação do veículo a inspecção para verificação da reparação efectuada;

tipo 2 — deficiência que afecta gravemente as condições de funcionamento do veículo ou directamente as suas condições de segurança, ou que põe em dúvida a sua identificação, devendo o mesmo, consoante o caso, ser apresentado:

a) No centro de inspecção, para verificação da reparação efectuada; ou

b) Nos serviços competentes da Direcção-Geral de Viação, para o completo esclarecimento das dúvidas respeitantes à respectiva identificação;

Inspecção

Page 60: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros B - 0.5

Tipo 3 — deficiência muito grave que implica a paralisação do veículo ou permite somente a sua deslocação até ao local de reparação, devendo esta ser confirmada em posterior inspecção.

Os quadros relativos à classificação das deficiências previstas encontram-se no Despacho 5392/99 (2º série) estando também transcritos no presente manual.

Sempre que sejam observadas deficiências no veículo, devem os inspectores delas dar conhecimento ao seu apresentante, anotando-as devidamente na ficha.

B.0.5. dOcumentOs a emItIr Para cOmPrOVar a reaLIzaçãO da InsPecçãO

Para comprovar a realização das inspecções periódicas são emitidas pela entidade titular do centro de inspecção, por cada veículo inspeccionado, uma ficha de inspecção que apresenta no canto inferior esquerdo uma vinheta destacável correspondente, modelo exclusivo da Imprensa Nacional - Casa da Moeda.

A entrega da ficha de inspecção e a devolução do livrete e do título de registo de propriedade é feita pelo inspector, o qual descreve de forma clara o conteúdo da ficha de inspecção, esclarecendo o cliente de todos os aspectos técnicos relacionados com as potenciais deficiências observadas. Deve ser realizada no posto de fim de linha ou em local específico reservado, de forma a garantir a confidencialidade do processo.

O documento que comprova a realização das inspecções periódicas dos veículos matriculados noutro Estado membro da União Europeia, a circular legalmente em Portugal, é reconhecido, para todos os efeitos, pelas autoridades fiscalizadoras competentes.

Nas inspecções facultativas é emitida uma ficha de inspecção com o mesmo conteúdo da ficha de inspecção periódica, mas em papel timbrado da empresa e com numeração sequencial.

A ficha de inspecção é baseada num relatório de inspecção que pode ter duas formas:

- Modelo de relatório de inspecção (lista de verificação), preenchido e assinado pelos inspectores que intervieram na inspecção

- Sistema de consulta e registo informatizados com acesso directo (PDA/Organizer)

O centro emite um relatório para cada veículo inspeccionado. No relatório encontram-se devidamente identificadas as observações/verificações a efectuar por categoria de veículo e todas as apreciações e tomadas de decisão individuais ou colegiais.

Em caso de engano no preenchimento dos diversos campos do relatório de inspecção, deve o inspector responsável pela inspecção corrigir o erro e inserir a sua rubrica ao lado da rasura.

Inspecção

Page 61: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos LigeirosB - 0.6

Caso se verifique a impossibilidade de se realizar a totalidade da inspecção por motivos relacionados com os aspectos construtivos do veículo, deve esse facto ficar devidamente registado no campo “Observações” do relatório de inspecção.

Os registos emitidos automaticamente pelos equipamentos, nomeadamente os do regloscópio, frenómetro ou desacelerógrafo, banco de suspensão, ripómetro, analisador de gases ou opacímetro são anexados ao relatório de inspecção. No caso de utilização do desacelerógrafo em substituição do frenómetro, deve ser apresentada a justificação no relatório.

O centro processa informaticamente toda a informação relativa às inspecções e mantém actualizados todos os dados relativos aos veículos inspeccionados, sendo o processo de inspecção constituído pelo relatório e respectivos registos emitidos pelos equipamentos.

Os processos de inspecção serão arquivados segundo a legislação em vigor por um período não inferior a 5 anos.

B.0.6. rePrOVaçãO dO VeícuLO

Os veículos são reprovados sempre que:

– Se verifiquem mais de cinco deficiências do tipo 1– Se verifiquem uma ou mais deficiências dos tipos 2 ou 3– Não seja efectuada a correcção da deficiência ou deficiências anteriormente anotadas, salvo as

relativas ao livrete.

Os veículos que apresentem deficiências do tipo 2 nos sistemas de direcção, suspensão ou travagem não podem transportar passageiros nem carga enquanto não forem aprovados.

Os veículos que apresentem deficiências do tipo 3 podem circular apenas para deslocação até ao local de reparação e posterior regresso ao centro de inspecção para confirmar a correcção das anomalias.Sempre que o veículo tenha sido reprovado em inspecção, pode o mesmo, no prazo de 30 dias, voltar ao centro de inspecção para confirmar a correcção das deficiências anotadas.

O prazo referido no número anterior será reduzido para 15 dias sempre que as deficiências constatadas na inspecção ou reinspecção precedente não tenham sido atempadamente corrigidas.

Sempre que o último dia do prazo de 30 ou 15 dias relativo à correcção das deficiências termine num domingo, dia feriado ou dia em que o centro não se encontre aberto ao público, deve considerar-se como data limite, na emissão da ficha de inspecção, o primeiro dia útil seguinte (Circular ITVA nº21/2005)

Caso tenha sido realizada a inspecção ou reinspecção antecedente noutro centro, deve ser efectuada uma nova inspecção.

Inspecção

Page 62: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

B.1 - sIstemas de traVaGem

B.1.1 - estadO mecÂnIcO de funcIOnamentO

B.1.1.1 - VeIOs de eXcêntrIcOs dOs traVões e aLaVanca de traVãO (Pedal de travão)

Esta verificação aplica-se aos veículos das categorias M e N.

Com o condutor sentado na posição de condução verificar o estado do pedal. Confirmar se está preso se tem folgas ou qualquer outro problema

Consequências das Deficiências

• Falta de precisão no esforço de travagem

• Redução de segurança

B.1.1.2 - estadO e cursO dO PedaL de traVãO

Esta verificação aplica-se aos veículos das categorias M e N.

O curso excessivo do pedal motivado por fuga do fluído de travagem, desgaste dos calços ou bomba central com defeito, conduz a uma reserva de curso insuficiente e consequentemente a riscos de res-posta deficiente de travagem.

Se o travão não recupera facilmente (o pedal não acompanha o pé) pode haver problemas de servo-freio ou da mola de retorno (o servo-freio pode ter problemas no filtro de ar ou nas válvulas interiores).

B - 1.1

sistemas de travagem

Deficiência tipo

Difíceis de movimentar 2

Desvio da sede 2

Forte desgaste ou com folga 2

Page 63: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

Consequências das Deficiências

• Tempo de reacção do sistema de travagem elevado.

B.1.1.3 - BOmBa de VÁcuO Ou cOmPressOr e dePÓsItO

Esta verificação aplica-se aos veículos das categorias M, N (veículo O só para os depósitos).

Caso haja bloqueamento dos travões por baixa pressão, verificar se o tempo para o sistema recuperar é demasiado elevado (bloqueamento sucessivo durante o ensaio).

No teste do frenómetro se surgir indicação de pressão baixa (avisador luminoso), deverá ser possivel efectuar mais duas travagens sem que o sistema bloqueie.

Verificar perdas de óleo no compressor ou fugas de ar nos circuitos.

Consequências das Deficiências

• Perda rápida de poder de travagem.

B - 1.2

Deficiência tipo

Curso excessivo, reserva de curso insuficiente 2

O travão recupera com dificuldade 2

Superfície antiescorregamento do pedal inexistente, mal fixa ou gasta

1

Deficiência tipo

Tempo demasiado longo para atingir a pressão de serviço e asse-gurar uma travagem eficaz

2

Pressão insuficiente para assegurar uma travagem repetida (pelo menos duas aplicações de travão) após indicação de pressão bai-xa (situação de perigo)

2

Fuga de ar causadora de uma queda de pressão significativa ou fugas de ar perceptíveis 2

Perdas de óleo excessivas no compressor 2

sistemas de travagem

Page 64: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

B.1.1.4 - IndIcaçãO de PressãO (manÓmetrO) Ou IndIcadOr

Esta verificação aplica-se aos veículos das categorias M e N.

Na posição activa de condução com o motor em marcha verificar o correcto funcionamento do manó-metro, do avisador (actua em caso de perdas de pressão) ou de ambos quando for o caso.

Consequências das Deficiências

• Indicação incorrecta da pressão da qual pode resultar uma falha do sistema de travões por não se reagir em tempo útil

B.1.1.5 - VÁLVuLa manuaL de traVaGem

Esta verificação aplica-se aos veículos das categorias M, N e O.

Visualmente, verificar, com o motor a trabalhar, o estado da válvula, o seu funcionamento e a existência de fugas de ar.

Consequências das Deficiências

• Fugas de ar no circuito, dificuldade ou impossibilidade de actuar o travão.

B - 1. 3

Deficiência tipo

Funcionamento defeituoso do indicador ou do manómetro 2

Deficiência tipo

Fissurada ou danificada, forte desgaste 2

Funcionamento defeituoso da válvula de comando 2

Pouca fiabilidade no accionamento da válvula ou da haste respecti-va

2

Fugas nos sistemas, ligações mal fixadas 2

Mau funcionamento 2

sistemas de travagem

Page 65: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

B.1.1.6 - traVãO de estacIOnamentO, aLaVanca de cOmandO, e dIsPO- sItIVO de BLOQueIO

Esta verificação aplica-se aos veículos das categorias M, N e O.

Com o veículo colocado no frenómetro verificar o funcionamento do sistema.

Verificar se o desequilíbrio de travagem é superior a 70% (afinação incorrecta).

Consequências das Deficiências

• Riscos de não manter imobilizado o veículo

B.1.1.7 - VÁLVuLas de traVaGem (de cOmandO, de descarGa rÁPIda, re- GuLadOras de PressãO, etc.)

Esta verificação aplica-se aos veículos das categorias M, N e O.

Feito normalmente na fossa com o motor em funcionamento e accionando os sistemas de travagem

Consequências das Deficiências

• Perdas rápidas de pressão

• Comunicação deficiente

• Travagem irregular ou insuficiente

B - 1.4

Deficiência tipo

Fixação de posição da alavanca insuficiente 2

Desgaste excessivo no pivot da alavanca ou no mecanismo da cremalheira

2

Curso excessivo ou afinação incorrecta 1

Deficiência tipo

Danificadas, descarga excessiva, estanquecidade insuficiente (fu-gas de ar)

2

Fixação ou suporte defeituoso 2

Perdas de fluido de travões 2

sistemas de travagem

Page 66: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

B.1.1.8 - caBeças de acOPLamentO Para Os traVões de reBOQue e semI-reBOQue

Esta verificação aplica-se aos veículos das categorias M, N e O.

Com o veículo em funcionamento verificar o estado da cabeça de acoplamento e mangueiras assim como a respectiva fixação. Verificar a existência de fugas.

Consequências das Deficiências

• A ligação defeituosa além de provocar perda de pressão e consequentemente consu-mos desnecessários pode provocar o bloqueamento do sistema de travagem do rebo-que/semi-reboque ou falhas de travagem por faltas de pressão

B.1.1.9 - dePÓsItOs de PressãO

Esta verificação aplica-se aos veículos das categorias M, N e O.

A inspecção é realizada normalmente na fossa verificando o estado e fixação dos depósitos, fugas, assim como a operacionalidade do sistema de purga.

Consequências das Deficiências

• Consumo desnecessário de ar

• Risco de resposta à travagem lenta ou bloqueamento do sistema

• Redução da reserva de ar disponível no caso de purga não efectuada

Deficiência tipo

Torneiras ou válvulas autovedantes defeituosas 2

Fixação ou montagem defeituosa 2

Estanquecidade insuficiente 3

Deficiência tipo

Danificado, corroído ou com fugas 2

Dispositivo de purga inoperativo 1

Fixação inoperativa ou incorrecta 2

sistemas de travagem

B - 1. 5

Page 67: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

B.1.1.10 - dIsPOsItIVO de assIstêncIa À traVaGem e BOmBa centraL (sIstemas HIdrÁuLIcOs)

Esta verificação aplica-se aos veículos das categorias M e N.

Verificar o estado da bomba, verificar o nível do óleo do reservatório da bomba e verificar, aquando do teste de travagem, a luz indicadora do nível de fluído de travões. Verificar o estado da vedação da tampa do reservatório.

Verificar a existência de fugas assim como a eficiência do dispositivo. Para verificar a eficiência do dis-positivo acciona-se o pedal repetidamente até ficar rijo (motor parado) mantendo de seguida o pé em cima do pedal colocar o motor em funcionamento - o pedal deve começar a descer .

Verificar o estado dos componentes e a respectiva fixação.

Consequências das Deficiências

• Esforço elevado no pedal de travão

• Falta de eficiência de travagem

• Curso excessivo

Deficiência tipo

Dispositivo de assistência à travagem deficiente 2

Dispositivo de assistência à travagem ineficaz 3

Bomba central com fugas 3

Bomba central defeituosa 2

Bomba central solta 3

Quantidade insuficiente de fluído de travões 1

Tampão do reservatório da bomba central em falta 1

Luz indicadora do nível de fluído de travões acesa ou defeituosa 1

Funcionamento defeituoso do dispositivo indicador do nível de fluído dos travões

1

sistemas de travagem

B - 1.6

Page 68: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

B.1.1.11 - tuBaGem ríGIda dOs traVões

Esta verificação aplica-se aos veículos das categorias M, N e O.

A verificação é realizada normalmente na fossa com o veículo em funcionamento e quando da abertura do capot. Deve-se ter em atenção o estado dos tubos (corrosão, rotura ou amolgamentos) assim como os componentes de ligação aos equipamentos ou aos tubos flexíveis.

Consequências das Deficiências

• Risco de redução da eficiência de travagem

• Perda total da capacidade da travagem

B.1.1.12 - tuBaGem fLeXíVeL dOs traVões

Esta verificação aplica-se aos veículos das categorias M, N e O.

A verificação é feita normalmente na fossa devendo ser verificado o estado dos tubos (danificados, muito ressequidos, curtos, deformados ou torcidos) e a existência de fugas.

Consequências das Deficiências

• Fugas de fluído hidráulico ou de ar

• Perda de eficiência de travagem

Deficiência tipo

Risco de falha ou de rotura 2

Fugas nos tubos ou acoplamentos 3

Danificada ou excessivamente corroída 2

Deficientemente apertada 2

Deficiência tipo

Risco de falha ou de rotura 2

Danificada, demasiado curta ou torcida 2

Fugas nos tubos ou nas ligações 3

Deformação dos tubos sob pressão 2

sistemas de travagem

B - 1. 7

Page 69: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

B.1.1.13 - cIntas / caLçOs dOs traVões

Esta verificação aplica-se aos veículos das categorias M, N e O.

Se a luz indicadora de aviso se encontra acesa deve procurar-se se possivel, verificar o desgaste das pastilhas de travão.

Sendo possivel verificar, deve considerar-se desgaste excessivo, sempre que haja contacto entre o suporte do calço ou pastilha e a polia ou disco (metal/metal).

Consequências das Deficiências

• Redução ou perda total do poder de travagem

B.1.1.14 - tamBOres e dIscOs dOs traVões

Esta verificação aplica-se aos veículos das categorias M, N e O.

Deve ser verificado a existência de gorduras, fixação da chapa de protecção e quando possível o des-gaste dos tambores ou discos dos travões.

Deficiência tipo

Ausência de calços 3

Desgaste excessivo 2

Atacados por óleo ou gorduras 2

sistemas de travagem

B - 1.8

Deficiência tipo

Desgaste excessivo, fissuras, fracturas ou outros defeitos que afectem a segurança

2

Tambores ou discos engordurados por óleo, gorduras, etc. 2

Chapa mal fixada (protecção) 1

Page 70: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

Consequências das Deficiências

• Perda do poder de travagem

• Travagem irregular

• Ruído na travagem

• Vibração na chapa de protecção e insuficiente refrigeração

• Perigo para terceiros se a chapa de protecção se soltar

B.1.1.15 - caBOs dOs traVões e cOmandOs

Esta verificação aplica-se aos veículos das categorias M, N e O.

Na fossa verificar o estado mecânico dos cabos assim como dos elementos de fixação. Verificar o fun-cionamento do conjunto.

Consequências das Deficiências

• Má afinação ou não funcionamento do sistema com risco de não actuação do travão de estacionamento.

Deficiência tipo

Cabos danificados 2

Desgaste ou corrosão excessivos dos cabos e comandos 2

Falta de dispositivo de segurança nas juntas dos cabos ou has-tes

2

Guias dos cabos defeituosas ou mal fixadas 2

Fixação insuficiente dos cabos 2

Entrave ao movimento do sistema de travagem 3

Movimento anormal das alavancas, tirantes ou articulações que revelem afinação incorrecta ou desgaste excessivo

2

sistemas de travagem

B - 1. 9

Page 71: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

B.1.1.16 - cILIndrOs dOs traVões (IncLuIndO traVões de mOLas e cILIn- drOs HIdrÁuLIcOs)

Esta verificação aplica-se aos veículos das categorias M, N e O.

Visualmente, verificar a montagem, fugas, curso, estado e protecções antipoeira.

Consequências das Deficiências

• Curso excessivo, perdas de ar ou fluído.

• Perda de eficiência de travagem

B.1.1.17 - cOmPensadOr autOmÁtIcO de traVaGem em funçãO da carGa

Esta verificação aplica-se aos veículos das categorias M, N e O.

Verificar a montagem dos componentes quando possível e o estado das ligações e respectivo funcio-namento.

Deficiência tipo

Fissurados ou danificados 3

Com fugas 3

Montagem inadequada ou deficiente 2

Corrosão excessiva 2

Curso excessivo do mecanismo do diafragma 2

Curso excessivo do êmbolo 2

Protecção antipoeira inexistente ou danificada 2

sistemas de travagem

B - 1.10

Deficiência tipo

Montagem ou ligações defeituosas 2

Afinação incorrecta 2

Mecanismo gripado ou inoperativo 2

Inexistente 2

Page 72: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

Consequências das Deficiências

• Bloqueio das rodas traseiras com carga reduzida.

• Falta de eficiência de travagem em função da carga

B.1.1.18 - aLaVancas eXcêntrIcas de afInaçãO autOmÁtIca

Esta verificação aplica-se aos veículos das categorias M, N e O.

Verificar o estado do mecanismo, quando possível, assim como o seu funcionamento normal.

Consequências das Deficiências

• Perda de eficiência de poder de travagem.

• Perda de reacção

B.1.1.19 - sIstemas retardadOres ( Para Os VeícuLOs eQuIPadOs cOm este tIPO de dIsPOsItIVO)

Esta verificação aplica-se aos veículos das categorias M, N e O.

Verificar o estado de montagem do equipamento e revestimentos térmicos de protecção

Deficiência tipo

Mecanismo gripado 3

Movimento anormal indicando desgaste excessivo ou má afina-ção

2

Funcionamento defeituoso 2

sistemas de travagem

B - 1.11

Deficiência tipo

Mal montado ou ligação deficiente 2

Funcionamento defeituoso 2

Ausência de revestimentos térmicos 2

Posicionamento inadequado 2

Page 73: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

Consequências das Deficiências

• Funcionamento deficiente, com desgaste anormal de pneus e calços

• Aquecimento excessivo do chassis no caso da falta de revestimentos térmicos.

B.1.1.20 - sIstema aBs (sIstema de traVaGem antIBLOQueIO)

Esta verificação aplica-se aos veículos das categorias M, N e O.

O sistema ABS funciona normalmente com velocidades superiores à velocidade de ensaio no frenó-metro.

Verificar o indicador luminoso e ligações aos sensores das rodas quando possivel

A luz indicadora de ABS poderá ficar sempre acesa. Este facto poderá ter origem no funcionamento deficiente do ABS ou simplesmente por uma avaria já reparada, memorizada mas não apagada. Como não podemos saber qual a realidade o veículo terá que ser reprovado atribuindo-se a deficiência “fun-cionamento deficiente”

Consequências das Deficiências

• Bloqueio de rodas durante a travagem

• Travagem deficiente

Deficiência tipo

Funcionamento deficiente 2

Montagem incorrecta 2

Mau funcionamento do indicador luminoso 1

sistemas de travagem

B - 1.12

Page 74: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

B.1.2 - desemPenHO e efIcIêncIa dO traVãO de serVIçO

Esta verificação aplica-se aos veículos das categorias M,N e O.

Verificar se o peso por eixo do veículo não ultrapassa a capacidade do equipamento.

Verificar se o veículo é dotado de tracção integral e nesse caso, se for possível, desligar o diferencial traseiro do dianteiro. Não o sendo haverá que recorrer à utilização de rolos loucos ou ao uso do desa-celarógrafo.

Avaliar se os pneus mantêm uma pressão correcta.

Com o veículo no frenómetro deve-se iniciar a travagem de forma lenta e uniforme até ao bloqueio das rodas ou até atingir o esforço máximo de travagem.

Para verificar uma eventual ovalização dos tambores ou empeno dos discos, manter estável a pressão do pedal do travão pelo menos uma volta completa do rodado. O momento em que tal ensaio deve ser efectuado e a sua duração são em alguns modelos dos equipamentos, indicados ao operador por mensagem disponível no monitor ou indicadores luminosos existentes na consola.

Se durante a travagem o inspector detectar que a força máxima é atingida com o pedal no fim de curso o teste deve ser repetido após carregar várias vezes no pedal (ar no circuito ou deficiência na bomba central).

Se o pedal após comprimido, continuar a deslocar-se lentamente até ao fim de curso, a bomba central pode estar defeituosa.

Se durante a travagem for necessário exercer um esforço exagerado no pedal, o servofreio pode estar a funcionar mal.

Quando se inicia o teste a um sistema pneumático deve-se verificar a pressão no manómetro. Uma diminuição demasiado rápida dessa pressão pode ser indicativa de fugas ou mau funcionamento do compressor.

A eficiência de travagem deve estar relacionada com a massa máxima autorizada, pelo que os veículos podem ser ensaiados carregados especialmente os pesados.

O manuseamento do frenómetro deve ser efectuado de acordo com o manual do equipamento.

sistemas de travagem

B - 1.13

Page 75: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

B.1.2.1 cOmPOrtamentO funcIOnaL (aumentandO a fOrça de traVa- Gem PrOGressIVamente atÉ aO VaLOr mÁXImO)

B.1.2.2 - efIcIêncIa

Consequências das Deficiências

• Impossibilidade ou dificuldade de imobilização do veículo

• Redução das condições de segurança

sistemas de travagem

B - 1.14

Deficiência tipo

Força de travagem inadequada de uma ou mais rodas 2

Força de travagem de qualquer roda inferior a 70% da registada na outra roda do mesmo eixo

2

Desvio do veículo em relação a uma linha recta excessivo (teste realizado em estrada)

2

Inexistência de variação gradual da força de travagem (trepidação ou bloqueamento brusco)

2

Tempo resposta anormal na operação travagem de qualquer roda

2

Flutuação excessiva da força de travagem devido à existência de discos empenados/ tambores ovalizados

2

Deficiência tipo

Para ligeiros

inferior a 25% 3

entre 25% e 50% (exclusive) 2

Page 76: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

B.1.3 - desemPenHO e efIcIêncIa dOs traVões de emerGên- cIa (se eXIstIr um sIstema em seParadO)

O sistema de travagem de emergência deve permitir parar o veículo numa distância razoável, no caso de avaria do sistema de travagem de serviço, devendo a sua acção ser regulável e o condutor conse-guir actuar no lugar de condução. Há veículos cuja actuação deste travão é automática.

O sistema poderá ser autónomo do sistema de travagem de serviço ou integrado no mesmo.

O ensaio deverá ser feito através da simulação das condições reais de avaria no sistema o que não é possível no acto de inspecção periódica.

Quando o sistema de emergência existir em separado do sistema de travões de serviço o método de inspecção será o mesmo previsto para o sistema de travões de serviço.

O manuseamento do Frenómetro deve ser efectuado de acordo com o manual do equipamento.

B.1.3.1 - desemPenHO

B.1.3.2 - efIcIêncIa

Consequências das Deficiências

• Perda de segurança no caso de utilização do travão em situações de emergência

sistemas de travagem

B - 1.15

Deficiência tipo

Travão de emergência inoperativo num dos lados 2

Força de travagem na roda menos travada do eixo, inferior a 70% do esforço máximo da outra roda

2

Progressividade irregular na travagem (bloqueamento) 2

Sistema automático de travagem do reboque inoperativo 2

Deficiência tipo

Inferior a 25% (ligeiros e pesados de passageiros) 2

Page 77: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

B.1.4 - desemPenHO e efIcIêncIa dO traVãO de estacIOna- mentO

O travão de estacionamento permite manter um veículo imobilizado após actuação do travão de serviço e é sempre um equipamento mecânico. O teste para verificação da eficiência deve, no caso dos veículos ligeiros, ser feito actuando de forma lenta (dente a dente) até atingir a força de travagem máxima.

No caso dos travões pneumáticos, o manípulo será igualmente accionado devagar até se atingir o bloqueio.

Quando o ensaio acusar o esforço nulo numa das rodas o problema poderá ser devido a uma má afinação e não travão inoperativo. Para se comprovar repete-se o ensaio accionando apenas o rolo do frenómetro relativo à roda que acusa esforço nulo, conseguindo deste modo verificar se há ou não esforço de travagem. Havendo esforço de travagem a anomalia a assinalar não será de travão inope-rativo mas afinação incorrecta.

Existe uma patilha no interior do veículo que permite accionar o sistema em caso de necessidade per-mitindo assim a realização do ensaio no frenómetro.

O manuseamento do Frenómetro deve ser efectuado de acordo com o manual do equipamento.

B.1.4.1 - desemPenHO

B.1.4.2 - efIcIêncIa

Consequências das Deficiências

• Impossibilidade de se imobilizar o veículo quando estacionado.

Deficiência tipo

Travão inoperativo num dos lados 2

Deficiência tipo

Inferior a 16% (registo automatizado dos valores) 2

B - 1.16

Page 78: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

B.1.5 - desemPenHO dO retardadOr Ou dO traVãO de escaPe

Para veículos equipados com retardador eléctrico ou hidráulico de acção independente, o seu funciona-mento pode ser verificado quando o veículo está instalado no frenómetro, desde que o comando deste equipamento seja independente limitando-se esta verificação à confirmação da existência de esforço de travagem.

Para veículos equipados com retardador de escape não é possivel verificar o seu funcionamento no decorrer da inspecção.

Consequências das Deficiências

• Desgaste anormal de pneus e material de fricção.

B.1.6 - ensaIO cOm desaceLerÓGrafO

É apenas justificado o uso do desacelerógrafo nos casos em que devido às características dos veículos não seja exequível o ensaio no frenómetro, devendo a justificação do ensaio constar do relatório de inspecção.

Com a utilização dos rolos loucos, o ensaio com o desacelarógrafo ficará limitado a alguns pesados. Este ensaio deverá ser realizado em local que não coloque em risco a segurança do veículo em teste, assim como a segurança de terceiros, devendo ser realizado nas instalações do Centro ou num outro local não público.

O veículo não deve ser sujeito a qualquer tipo de vibração, deve arrancar lentamente e rolar alguns segundos até atingir a velocidade de 40 Km/h, após o que se deve efectuar uma travagem progressiva sem derrapar.

Devem ser verificados os valores da desaceleração e os desvios do veículo ao travar relativamente ao eixo da via.

O ensaio da eficiência do travão de estacionamento não deve ser realizado por este método uma vez que o mesmo para este caso não permite resultados fiáveis assim como a repetibilidade dos mesmos.

O manuseamento do desacelarógrafo deve ser efectuado de acordo com o manual do equipamento.

sistemas de travagem

B - 1.17

Deficiência tipo

Não modulável 2

Funcionamento defeituoso 2

Page 79: manual de procedimentos de inspecção
Page 80: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

B.2 - dIrecçãO e VOLante

B.2.1 - aLInHamentO da dIrecçãO

Esta verificação aplica-se a todos os veículos das categorias M e N.

O ensaio é realizado no ripómetro com a pressão correcta nos pneus, o volante solto e o veículo en-gatado.

Colocar o veículo de maneira a que este siga uma linha recta, fazendo passar de maneira lenta e cons-tante a roda dianteira esquerda por cima do tapete do ripómetro. Durante a passagem é imprescindível que o condutor mantenha o volante livre, para que o veículo possa seguir o seu trajecto natural.

Apenas os valores das rodas direccionais são considerados para a atribuição de deficiências. Os valo-res das rodas não direccionais, servem apenas de orientação e de alerta para possíveis deficiências a detectar na fossa.

Consequências das Deficiências

Condução difícil e perigosa. Desgaste irregular dos pneus e de outros componentes do sistema de direcção.

B.2.2 - VOLante e cOLuna de dIrecçãO

Esta verificação aplica-se a todos os veículos das categorias M e N.

Com o motor a funcionar, rodar o volante para a esquerda e para a direita, com movimentos curtos, até se detectar resistência. As rodas do veículo devem acompanhar o movimento do volante. Desta forma o Inspector verifica a existência de folgas radiais e quantifica-as.

Com o motor a funcionar, ao rodar o volante verifica-se se existe resistência ao movimento assim como batimentos e ruídos anormais que serão indícios de folgas nas uniões elásticas.

Verificar se o volante corresponde ao volante original ou se é um volante com diâmetro diferente que causará o endurecimento da manobra.

B - 2.1

Deficiência tipo

Desvio superior a 10 m/km 2

Desvio superior a 5 m/km e inferior ou igual a 10 m/km 1

direcção e Volante

Page 81: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

Puxar e empurrar o volante axialmente. Desta forma o inspector verifica se existe folga axial no volante com batimento ou má fixação do sistema do volante e coluna.

Na fossa, verificar as uniões, cardans e possíveis deformações.

Consequências das Deficiências

• No caso de folgas (axiais e/ou radiais) ou deficientes reparações, haverá um risco de aumento de esforço (direcções duras), bloqueamento de direcção, perda de eficácia com aumento do tempo de reacção e perda de funções com o veículo descomandado.

B.2.3 - caIXa de dIrecçãO

Esta verificação aplica-se a todos os veículos das categorias M e N.

Colocar as rodas do veículo, sobre as placas detectoras de folgas, tendo o cuidado de garantir que o veículo está centrado em relação ao eixo da fossa.

Efectuar sucessivas e rápidas rotações do volante, para poder avaliar o estado dos diferentes com-ponentes da direcção, verificando a fixação da caixa, folgas, fugas de fluído. Verificar igualmente a existência de batimentos anormais.

Com o veículo travado e o motor a trabalhar, oscilar os pratos individualmente ou em conjunto, em movimentos sucessivos longitudinais e transversais de maneira a que as folgas dos elementos da sus-pensão e da direcção sejam mais evidentes.

B - 2.2

Deficiência tipo

Folga radial do volante, superior a 1/8 de volta (45º) 2

Folga axial no volante com batimento 2

Resistência ao movimento 2

Existência de deformações, soldaduras ou fissuras 2

Folgas nos cardans 2

Uniões elásticas deterioradas 2

Má fixação do sistema de volante e coluna 2

direcção e Volante

Page 82: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

Consequências das Deficiências

• Em todos os casos, uma direcção deficiente provoca um aumento de dificuldade de manobra, viatura instável, direcção dura.

• Risco de bloqueamento e perda de controlo

• Perda de segurança activa e redução do agrado de condução

B.2.4 - Barras de dIrecçãO, tIrantes e rÓtuLas

Esta verificação aplica-se a todos os veículos das categorias M e N.

Colocar as rodas do veículo sobre as placas deslizantes do detector de folgas, tendo o cuidado de ga-rantir que o veículo está centrado em relação ao eixo da fossa.

É indiferente realizar o ensaio com o veículo destravado ou travado.

Devem-se efectuar sucessivas e rápidas rotações do volante, para poder avaliar os órgãos da direcção. Rodar também o volante totalmente para um lado e para o outro para verificar os limitadores.

O Inspector deve verificar se há contacto das rodas ou das barras com partes fixas do veículo.

Verificar alterações ao movimento dos braços de direcção que indiciem folgas na ligação à caixa de direcção.

B - 2.3

Deficiência tipo

Fixação deficiente 2

Fuga de fluído 1

Guarda - pós ausentes 1

Guarda - pós em mau estado 1

Mau estado geral exterior, nomeadamente fissuras 2

direcção e Volante

Page 83: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

Consequências das Deficiências

• Vibração nas rodas

• Condução insegura

• Risco de bloqueamento ou perda de controlo

• Desgaste de pneus

B.2.5 - dIrecçãO assIstIda

Esta verificação aplica-se a todos os veículos das categorias M e N.

Com o motor parado rodar ou tentar rodar o volante para um dos lados. Colocar o motor em funciona-mento e verificar a redução do esforço no volante.

Controlar visualmente a existência de fugas de fluído.

Consequência das Deficiências

• Direcção dura e pesada com maiores dificuldades de manobra.

Deficiência tipo

Deformações, soldaduras ou fissuras 2

Folgas exageradas nas rótulas 2

Ausência de guarda-pós 2

Mau estado dos guarda-pós 1

Limitador de direcção inexistente ou mal regulado (quando espe-cificado) 2

Deficiência tipo

Funcionamento incorrecto 2

Fuga de fluído 1

direcção e Volante

B - 2.4

Page 84: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros B - 3.1

Visibilidade

B.3 - VIsIBILIdade

B.3.1 - VIsIBILIdade Esta verificação aplica-se a todos os veículos das categorias M e N.

Verificar a existência e o bom funcionamento das palas do sol.

Verificar a inexistência de autocolantes na área de varrimento das escovas do limpa pára-brisas.

Verificar a existência de autocolantes não regulamentares nos vidros.

Verificar a existência de alterações no vidro pára-brisas que reduzam a visibilidade do condutor.

Consideram-se 3 zonas distintas no vidro pára-brisas nas quais a existência de riscos, fissuras ou ou-tras deformações provocam redução de visibilidade com diferentes consequências.

zona a Zona de varrimento das escovas no lado do condutor

zona B Zona de varrimento das escovas no lado do passageiro

zona c Zona exterior ao varrimento das escovas

Deve-se ter em atenção que fissuras simples ou múltiplas serão sempre causadoras de redução de visibilidade, especialmente devido a fenómenos de reflexão quando o vidro está molhado, de noite ou com má visibilidade durante o dia.

zona a Não são aceites nesta zona fissuras, riscos, deformações com excepção de pequenos picos motivados pela projecção de gravilhas.

zona B São aceites fissuras simples, múltiplas ou riscos, desde que e por julgamento do ins-pector não provoquem perda de visibilidade.

zona c São aceites fissuras simples, múltiplas ou riscos desde que não esteja em causa a segurança estrutural do vidro.

O julgamento das situações a, B ou c é da responsabilidade da apreciação técnica do inspector que em caso de dúvida deverá tomar uma decisão colegial com o apoio de outro inspector ou do Respon-sável Técnico do Centro.

Page 85: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

Consequências das Deficiências

• Diminuição do campo de visibilidade devido ao mau estado dos vidros ou existência de pelí-culas ou autocolantes indevidos.

• Encadeamento no caso de palas de sol ausentes ou defeituosas.

B.3.2 - VIdrOs

Esta verificação aplica-se a todos os veículos das categorias M e N.

A marca de homologação deve normalmente compreender os campos exemplificados na tabela se-guinte:

Verificar a existência dos vidros, a homologação bem como o seu estado.

Um vidro pára-brisas devidamente reparado deverá ser aceite.

B - 3.2

Deficiência tipo

Autocolantes na área de varrimento das escovas do limpa pára-brisas

2

Alterações no vidro que reduzam, deformem ou interfiram com a visibilidade para o condutor

2

Objectos ou autocolantes não regulamentares no pára-brisas ou em qualquer outro componente que interfira com a visibilidade

1

Ausência de palas de sol 2

Funcionamento deficiente das palas do sol 1

Gravação

Fabricante do veículo Seat

Fabricante do vidro Saint Gobain

Tipo de vidro II (laminado)

Norma americana DOT 211 M109 AS1

País de homologação E9 (Espanha)

Norma europeia 43R-000451

Data de fabrico 0... (ano 2000, mês de Setembro)

Visibilidade

Page 86: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros B - 3.3

Deficiência tipo

Vidros inexistentes 2

Vidros partidos 2

Vidros não homologados 2

Vidros com películas não regulamentares 2

Visibilidade

Não é permitida a colocação de películas autocolantes nos vidros dos veículos destinadas a escurecê-los.

São permitidas películas opacas na caixa de carga dos veículos automóveis de mercadorias, devendo-se entender que a opacidade destas películas deverá verificar-se do exterior para o interior e não no sentido inverso.

Considera-se como não aceitável as seguintes fissuras ou fracturas:

- Vidros laminados com fissuras em ambas as faces ou com perfuração total;

- Vidros laminados com fissuras extensas em apenas uma das faces que passem de um lado ao outro do vidro;

- Vidros laminados em que a fissura, sendo extensa numa das faces, passa para além do meio do lado adjacente

- Fissuras múltiplas

- Fissuras que pela sua dimensão e aspecto põem em causa a visibilidade ou resistência do vi-dro

São permitidos segundo o Regulamento 43 ECE, vidros escuros ou escurecidos, nos veículos automó-veis, desde que a percentagem de absorção de luminosidade não exceda os seguintes valores:

Vidro pára-brisas 25%, Vidro Porta da frente 30%, Outros vidros superior a 30%

Assim, desde que os vidros possuam marca de homologação e na qual é prevista a verificação destes valores poderemos ter um veículo com vidros nas portas da frente mais claros que os vidros das portas traseiras ou óculo.

Consequências das Deficiências

• Redução do campo de visibilidade do condutor.

• Diminuição da resistência do vidro, podendo provocar riscos na condução nos casos de fractura inesperada.

Page 87: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

Deficiência tipo

Ausência de retrovisores 2

Retrovisores não homologados 2

Espelhos deteriorados ou com visão deficiente 2

Sistema de regulação deficiente 2

B.3.3 - esPeLHOs retrOVIsOres

Esta verificação aplica-se a todos os veículos das categorias M e N.

Verificar a existência, a homologação, o estado e o sistema de regulação dos espelhos retrovisores.

Todos os veículos automóveis devem dispor de pelo menos um espelho retrovisor interior e um exterior colocado no lado esquerdo do veículo.

Sempre que se verifique a redução ou eliminação do campo de visão do espelho retrovisor interior, deve existir um espelho retrovisor exterior instalado no lado direito do veículo.

excepções:

a. Nos veículos ligeiros de passageiros é dispensada a colocação do espelho exterior do lado direito, desde que a carga, o reboque ou as dimensões do vidro da retaguarda não prejudiquem a visibilidade do condutor através do retrovisor interior.

b. Em qualquer tipo de veículo, a instalação do espelho interior é dispensada, desde que as características do veículo anulem permanentemente o seu campo visual.

Todos os espelhos retrovisores do veículo devem conter a marca de homologação, ou seja, a letra “E” - envolvida num círculo (regulamento UNCE), ou a letra “e” (aprovação comunitária). Em certos espelhos retrovisores exteriores a marca de homologação, encontra-se na parte inferior do retrovisor.

Consequências das Deficiências

• Redução da visibilidade com aumento de risco durante manobras perigosas, ultrapas-sagem, mudança de direcção, etc..

Visibilidade

B - 3.4

Page 88: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

Deficiência tipo

Ausência ou não funcionamento de qualquer elemento 2

Funcionamento deficiente ou escovas em mau estado 1

Limpa pára-brisas com dimensões ou características não regula-mentares

2

Deficiência tipo

Funcionamento deficiente 1

Visibilidade

B - 3.5

B.3.4 - sIstema de LImPa VIdrOs

Esta verificação aplica-se a todos os veículos das categorias M e N.

Verificar o funcionamento das diversas velocidades do limpa pára-brisas.

Consequências das Deficiências

• Visão insuficiente da estrada

• Condução perigosa

B.3.5 - LaVa-VIdrOs

Esta verificação aplica-se a todos os veículos das categorias M e N.

Verificar o funcionamento do sistema lava-vidros.

Consequência das Deficiências

• Visão deficiente.

Page 89: manual de procedimentos de inspecção
Page 90: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

B.4 - eQuIPamentOs de ILumInaçãO, Luzes, refLec- tOres e eQuIPamentOs eLÉctrIcOs

B.4.1 - Luzes de estrada (mÁXImOs) e de cruzamentO (mÉdIOs)

Estas verificações aplicam-se a todos os veículos das categorias M e N.

Cores Regulamentares

O veículo autorizado a usar faróis amarelos, pode circular com faróis de médios brancos e máximos amarelos ou vice-versa.

Verificar o correcto funcionamento e estado das luzes de máximos e médios, estado e fixação das ópticas ou vidros dos faróis ou ainda o estado do material reflector.

Verificar se o número de faróis, colocação, posição e cor obedecem às prescrições constantes da legislação.

Verificar a homologação dos projectores quando aplicável.

Verificar a existência de avisador que será de cor azul para os máximos (obrigatório) e da cor verde para os médios quando existir.

Verificar se a pressão dos pneus está correcta (para veículos com suspensão a ar, deve ligar-se o motor de modo a estabilizar a altura do veículo).

O Inspector deverá colocar o veículo com o motor a trabalhar, sobre a superfície lisa e horizontal destinada ao ensaio.

Verificar se o regulador dos faróis pelo interior (se existente) está na posição normal (posição zero).

Colocar o regloscópio diante do farol a focar, a uma distância de 20 a 50 cm (de acordo com o equi-pamento instalado) e paralelamente à linha definida pelos 2 faróis.

Equipamento de Iluminação, Luzes, Reflectores e Equipamentos Eléctricos

B - 4.1

Homologação até 31-12-1995 desde 1-1-1996

matrícula até 31-12-1997 (1.ª matrícula) desde 1-1-1998

amarelo Branco amarelo Branco

Cruzamento Sim Sim Não Sim

estrada Sim Sim Não Sim

Page 91: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

Colocar a câmara do regloscópio ao nível do farol.

Acender os médios e os máximos em sequência e projectar o foco luminoso no painel do interior do grupo óptico.

Comparar a inclinação do feixe luminoso em percentagem, com o valor declarado pelo fabricante do veículo. Caso se utilize um regloscópio sem impressão de resultados, comparar o feixe luminoso projectado no equipamento

Verificar a diferença de intensidade luminosa entre os faróis máximos e os médios.

A eficácia dos feixes luminosos e orientação será verificada com o Regloscópio, sendo o procedimen-to de manuseamento do mesmo de acordo com o Manual do Equipamento.

A instalação de luzes anormais em veículos deverá ser motivo de reprovação (azuis, fluorescentes e outras)

Consequências das Deficiências

• Coima

• Redução das condições de segurança, a orientação alta provoca encandeamento e a orientação baixa provoca visão deficiente.

B - 4.2

Deficiência tipo

Deteriorados, ausência ou não funcionamento 2

Funcionamento incorrecto 2

Montagem ou cor não regulamentar 2

Projectores não homologados 2

Má fixação ou deficiente regulação 1

Alinhamento incorrecto (orientação alta) 2

Alinhamento incorrecto (orientação baixa) 1

Diferença entre intensidade luminosa de luzes do mesmo tipo superior a 50%

2

Não homologadas ou sem marca de homologação, quando obri-gatória

2

Equipamento de Iluminação, Luzes, Reflectores e Equipamentos Eléctricos

Page 92: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

B - 4.3

B.4.2 - Luzes de Presença, deLImItadOras, de mudança de dIrecçãO, de cHaPa de matrícuLa, de traVaGem, aVI- sadOres de PerIGO e sInaLIzaçãO LateraL

Esta verificação aplica-se a todos os veículos das categorias M, N e O.

• Luzes de presença - as luzes que servem para indicar a presença e a largura do veículo quando visto de frente e da retaguarda. As luzes de presença da frente tomam a designação de “mínimos”, devendo apresentar uma intensidade tal, que sejam visíveis de noite e por tem-po claro a uma distancia mínima de 150 m.

• Luzes delimitadoras - a luz destinada a indicar a largura total do veículo, destinando-se a completar, para determinados veículos automóveis e reboques, as luzes de presença e da re-taguarda dos veículos, chamando especial atenção para as suas dimensões. São obrigatórias para veículos com larguras superiores a 2,10 m.

• Luzes indicadoras de mudança de direcção - a luz que serve para indicar aos outros uten-tes da estrada que o condutor tem a intenção de mudar de direcção para a direita ou para a esquerda.

A luz emitida deve ser intermitente (90 ± 30 ciclos /minuto), devendo existir um avisador óptico ou acústico.

• Luz de chapa de matrícula - o número de matrícula inscrita à retaguarda deve ser iluminado com luz de cor branca e por forma a ser visível pelo menos a 20 m. Deve possuir uma ligação funcional com as luzes de presença devendo ser accionado com estas.

• Luz de travagem – indica aos utentes da estrada que circulam atrás do veículo que o condu-tor deste accionou o travão de serviço.

De acordo com a Directiva 97/28 CEE para os veículos matriculados a partir de 1-10-2000, passa a ser obrigatória a 3ª luz de travagem para os veículos M1 e facultativa nos restantes. De acordo com a Directiva 91/663/CEE para os veículos matriculados a partir de 1-1-1998, a cor da luz de travagem passa a ser obrigatoriamente vermelha e com uma intensidade supe-rior à das luzes de presença (Directiva 91/663 CEE).

• Luzes avisadoras de perigo – os sinais luminosos destinados a indicar mudanças de direc-ção poderão ser utilizados em funcionamento simultâneo como luzes avisadoras de perigo. O accionamento deve ser feito através de comando distinto que deverá possuir um avisador de cor vermelha e intermitente, podendo funcionar em conjunto com o ou os avisadores das luzes indicadoras de mudança de direcção, ou seja se funcionarem simultaneamente os dois avisadores de mudança de direcção pode ser dispensado o avisador de cor vermelha.

As luzes de perigo têm que poder funcionar mesmo com o motor parado.

Equipamento de Iluminação, Luzes, Reflectores e Equipamentos Eléctricos

Page 93: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

• Luzes de presença lateral – Todos os veículos com um comprimento superior a 6 metros devem estar equipados com um dispositivo de sinalização lateral (luzes e ou re-flectores não triangulares) destinados a indicar a sua presença quando vistos de lado.

Verificar a existência, funcionamento, eficácia, estado, montagem, cor, fixação e homologação das luzes e reflectores.

nota:Havendo mais que uma luz (ou reflector) do mesmo tipo, ao não funcionamento de uma delas é atribu-ído o grau de deficiência 1.

Consequências das Deficiências

• Redução das condições de segurança

• Coima

B.4.3 - Luzes de neVOeIrO À frente e retaGuarda

Esta verificação aplica-se a todos os veículos das categorias M, N e O.

As luzes de nevoeiro devem estar orientadas para a frente do veículo sem provocar encadeamento para os condutores que circulem em sentido oposto e montadas segundo a legislação em vigor à data da homologação

Deficiência tipo

Ausência ou não funcionamento 2

Montagem ou cor não regulamentares 2

Mau estado ou partidos 1

Fixação deficiente 1

Eficácia reduzida ou nula 2

Funcionamento deficiente 2

Terceira luz de travagem não homologada ou mal colocada 1

Não homologados ou sem marca de homologação quando obrigatória 2

Equipamento de Iluminação, Luzes, Reflectores e Equipamentos Eléctricos

B - 4.4

Page 94: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

Devem ser ligadas ou apagadas separadamente das luzes de cruzamento e estrada ou em combina-ção com uma destas.

Para ligar os faróis de nevoeiro da frente terão que estar ligadas as luzes de presença

Os faróis de nevoeiro traseiros são obrigatórios para os veículos matriculados a partir de 27-5-1990.

Deverão existir 1 ou 2 luzes de cor vermelha, devendo no caso de existir apenas uma luz, esta estar colocada no lado esquerdo do veículo, ou ao centro do mesmo para veículos homologados a partir de 1996-01-01 ou matriculados a partir de 1998-01-01. As luzes só podem ligar-se quando as luzes de cruzamento estrada ou nevoeiro da frente estiverem em serviço.

Podem ficar ligadas com as luzes de presença não podendo no entanto ser ligados com estas.

Deve existir um avisador de accionamento de luz de cor âmbar

Verificar o estado, funcionamento, fixação, cor e eficiência visual.

Deve verificar-se a dependência de ligação com as outras luzes e de acordo com a legislação em vi-gor.

A orientação das luzes de nevoeiro à frente deverá ser verificada com auxílio do regloscópio

Consequências das Deficiências

• Segurança do Condutor e terceiros

• Coima.

Deficiência tipo

Deteriorado, ausência ou não funcionamento 2

Montagem ou cor não regulamentar 2

Mau estado, partidos ou fixação deficiente 1

Funcionamento incorrecto ou eficácia nula à rectaguarda 2

Dependência de funcionamento não regulamentar 2

Orientação alta 2

Não homologados ou sem marca de homologação quando obrigatória 2

Equipamento de Iluminação, Luzes, Reflectores e Equipamentos Eléctricos

B - 4.5

Page 95: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

B.4.4 - Luzes de marcHa-atrÁs

Aplica-se a todos os veículos das categorias M, N e O.

São obrigatórias para os veículos das categorias M e N matriculados a partir de 1-1-1998 e facultativa para os veículos da categoria O.

São luzes de cor branca podendo existir uma ou duas. Não podem provocar encadeamento pelo que o seu alcance não deve ser superior a 10 metros.

Só devem poder ligar-se com a marcha-atrás engrenada e com o motor em funcionamento.

Para veículos matriculados até 30-09-1994, os faróis de marcha-atrás poderão ter a cor amarela

Verificar a existência, eficácia, estado, cor, fixação, montagem e homologação das luzes.

Consequências das Deficiências

• Dificuldade de manobra

• Segurança

• Coima

Deficiência tipo

Funcionamento incorrecto 1

Colocação não regulamentar 1

Cor não regulamentar 1

Orientação incorrecta, provocando encandeamento 2

Funcionamento não dependente da marcha atrás 2

Não homologados ou sem marca de homologação quando obrigatório 2

Equipamento de Iluminação, Luzes, Reflectores e Equipamentos Eléctricos

B - 4.6

Page 96: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

B.4.5 - Luzes dO PaIneL de InstrumentOs

Esta verificação aplica-se a todos os veículos das categorias M e N.

Ligar a chave na ignição, ligar os interruptores e verificar se as luzes do painel de instrumentos funcio-nam.

Consequência das Deficiências

• A falta de informação ao condutor poderá colocar em risco o funcionamento do veículo e a sua segurança.

B.4.6 - refLectOres e PLacas refLectOras

Esta verificação aplica-se a todos os veículos das categorias M, N e O. A aplicação dos diferentes tipos de reflectores difere de acordo com a categoria de veículos.

Tipo de Reflectores

• Reflectores não triangulares, de cor vermelha colocados na traseira de veículos auto-móveis (categorias M e N, na quantidade 2)

Sempre que por construção os veículos não permitam a montagem dos reflectores, podem os mesmos ser colocados em dispositivo amovível fixado à estrutura do veículo.

Verificar a existência, estado, montagem, fixação e homologação dos reflectores e placas reflectoras.

Deficiência tipo

Não funcionamento luzes indicadoras de máximos 2

Não funcionamento de luzes indicadoras 1

Equipamento de Iluminação, Luzes, Reflectores e Equipamentos Eléctricos

B - 4.7

Deficiência tipo

Ausência ou deteriorados 2

Colocação não regulamentar 2

Não homologados ou sem marca de homologação quando obrigatória 2

Page 97: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

Consequências das Deficiências

• Segurança

• Coima

B.4.7 - HOmOLOGações (tOdas as Luzes e refLectOres IncLu- IndO as PLacas refLectOras)

Esta verificação aplica-se a todos os veículos das categorias M, N e O

Verificar as marcas de homologação quando obrigatórias.

Classificação de deficiências referenciada nos quadros anteriores

Consequências das Deficiências

• Coima

B.4.8 - InstaLaçãO eLÉctrIca

Esta verificação aplica-se a todos os veículos das categorias M, N e O.

Verificar o estado, fixação e montagem das cablagens e respectivas ligações eléctricas do veículo.

Verificar a fixação e o estado das ligações da bateria.

Consequências das Deficiências

• Curto-circuito,

• Risco de incêndio.

• Avaria no veículo

Deficiência tipo

Mau estado da cablagem 2

Fixação deficiente da cablagem 1

Bateria e ligações em mau estado 1

Equipamento de Iluminação, Luzes, Reflectores e Equipamentos Eléctricos

B - 4.8

Page 98: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

B.4.9 - Luzes de traBaLHO

Esta verificação é aplicável a veículos que devido às suas condições gerais de utilização estão autori-zados a utilizar luzes específicas (tractores, veículos pronto-socorro, veículos especiais para limpeza urbana e bombeiros).

Faróis Rotativos Azuis – utilizados em veículos que fazem serviço de emergência

faróis rotativos amarelos – utilizados em veículos que podem circular em marcha lenta ou com cargas de grandes dimensões

Faróis auxiliares para engate de semi-reboque – faróis utilizados para auxiliar a mano-bra de engate ou desengate dum semi-reboque durante a noite

• O comando para ligar e desligar deve estar localizado no exterior da cabina do veículo.

ou

• No painel de bordo existe luz avisadora claramente visível a partir da posição de condução, sempre que a luz de trabalho estiver ligada.

Faróis utilizados para o serviço de limpeza urbana – faróis direccionais de cor branca utilizados como auxiliares de serviço e que não podem provocar o encadeamen-to de outros veículos (superior a 5 m).

• O comando para ligar e desligar deve estar localizado no exterior da cabina do veículo.

ou

• No painel de bordo existe luz avisadora claramente visível a partir da posição de condução, sempre que a luz de trabalho estiver ligada.

Verificar a existência, funcionamento, eficácia, estado, montagem, cor e fixação

Não está prevista na legislação actual nenhuma classificação específica para este conjunto de faróis.

Consequências das Deficiências

• Encadeamento

Equipamento de Iluminação, Luzes, Reflectores e Equipamentos Eléctricos

B - 4.9

Page 99: manual de procedimentos de inspecção
Page 100: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

B.5 - eIXOs, susPensãO, rOdas e Pneus, transmIssãO

B.5.1 - eIXOs traseIrO e dIanteIrO

Este procedimento aplica-se aos veículos das categorias M, N e O.

Utilizar o detector de folgas. Verificar fixações, recorrendo quando necessário ao uso do travão. Verifi-car a existência de deformações, soldaduras ou fissuras, reparações incorrectas ou fixações deficien-tes ao chassis.

Consequências das Deficiências

• Acidente

• Imobilização do veículo

B.5.2 - mOLas e Barras de tOrçãO

Este procedimento aplica-se aos veículos das categorias M, N e O.

As molas ou as barras de torção num sistema de suspensão destinam-se a absorver as irregularidades do pavimento e suportar o peso do veículo.

Assim, para molas de rigidez elevada a frequência de oscilação aumenta e para veículos pesados diminui.

Tipos de molas ou equipamentos alternativos

• Molas de lâminas

• Molas helicoidais

• Barras de torção

• Suspensão pneumática

Utilizar as placas detectoras de folgas. Com o veículo travado ou destravado, provocar deslocações longitudinais e transversais dos pratos, afim de analisar o estado das molas, a sua manutenção e res-pectivas fixações (casquilhos, apoios, braçadeiras, etc.) e possíveis alterações da suspensão.

eixos, suspensão, rodas e Pneus, transmissão

B - 5.1

Deficiência tipo

Deformações, soldaduras ou fissuras 2

Fixação deficiente ao chassis 2

Page 101: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

Verificar visualmente o estado geral das molas (braçadeiras, brincos, olhais, etc.)

Uma mola de lâminas pasmada tem normalmente o brinco de fixação na posição horizontal com a viatura descarregada.

B - 5.2

Deficiênciamolas de Lâminas

tipo

Braçadeiras desapertadas ou partidas 2

Ponto de mola desapertado ou partido 2

Brincos ou apoios partidos, fissurados ou desapertados 2

Olhais, casquilhos ou cavilhas com desgaste 2

Olhais, casquilhos ou cavilhas com desgaste ligeiro 1

Lâminas partidas, soldadas ou fortemente oxidadas 2

Lâminas pasmadas (com inversão da curvatura) 2

Lâminas pasmadas (sem inversão da curvatura) 1

Batentes em falta, partidos ou em mau estado 2

Deficiênciamolas Helicoidais

tipo

Mola partida ou soldada 2

Molas do mesmo eixo com diâmetro de arame diferente 2

Molas pasmadas 2

Montagem ou fixação incorrecta 2

Batentes ou apoios em falta ou mau estado 2

eixos, suspensão, rodas e Pneus, transmissão

Page 102: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

Consequências das Deficiências

• Veículo instável e desalinhado.

B.5.3 - amOrtecedOres

Este procedimento aplica-se aos veículos das categorias M, N e O.

O amortecedor reduz a amplitude e a frequência de oscilação das molas, dissipando a energia acumu-lada pelas mesmas. A força de amortecimento é maior na extensão do que na compressão.

tipos de amortecedores – Monotubo, bitubo e hidropneumático.

Utilizar o detector de folgas movimentando-os longitudinal e transversalmente. Verificar a montagem, fugas de óleo, indícios de falta de eficiência, montagem e estado das fixações (suportes, casquilhos).

Consequências das Deficiências

• Perda de aderência à estrada, consumo de pneus. • Redução de conforto do utilizador • Redução de segurança

B - 5.3

Deficiência tipo

Ausência 2

Fuga de óleo 2

Suporte partido ou fissurado 2

Montagem incorrecta 2

Danos exteriores 1

eixos, suspensão, rodas e Pneus, transmissão

DeficiênciaBarras de torção

tipo

Elementos de fixação partidos 2

Barra partida ou soldada 2

Montagem incorrecta 2

Page 103: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

B.5.4 - BraçOs de susPensãO, Barras estaBILIzadOras

Este procedimento aplica-se aos veículos das categorias M, N e O.

Com o veículo travado ou destravado, movimentar os pratos do detector de folgas de forma a potenciar eventuais folgas.

Esta verificação é feita parte na fossa e em casos específicos pela parte superior do veículo.

Consequências das Deficiências

• Mau comportamento do veículo em curva

DeficiênciaBarras Estabilizadoras

tipo

Ausência quando prevista 2

Elementos ou casquilhos de fixação de fixação da barra estabilizado-ra com folga ou fissurados

2

Barra estabilizadora soldada ou fissurada 2

Montagem incorrecta da barra estabilizadora 2

Guarda-pós da barra estabilizadora inexistentes ou em mau estado 1

DeficiênciaBraços de suspensão

tipo

Braços de suspensão danificados ou fissurados 2

Rótulas dos braços de suspensão com folgas 2

Veios ou casquilhos dos braços de suspensão com folgas 2

Deficiente fixação dos braços de suspensão à carroçaria 2

Guarda-pós em mau estado ou inexistentes 1

Braços esticadores com folga (tensores) 2

eixos, suspensão, rodas e Pneus, transmissão

B - 5.4

Page 104: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

B.5.5 - sIstemas PneumÁtIcOs e HIdrOeLÁstIcOs

Este procedimento aplica-se aos veículos das categorias M, N e O.

Colocar as rodas do veículo sobre as placas deslizantes do detector de folgas.

Com o veículo travado ou destravado e o motor a trabalhar, oscilar os pratos individualmente ou em conjunto, em movimentos sucessivos longitudinais e transversais de forma a garantir que as folgas dos elementos da suspensão sejam evidenciadas.

Verificar a existência de fugas de ar ou óleo no sistema.

Consequências das Deficiências

• Redução do nível de conforto

• Condução instável

Deficiênciasistemas Pneumáticos

tipo

Ligação à carroçaria ou ao eixo deficiente 2

Fugas de ar 2

Veículo desnivelado 2

Componentes em mau estado ou defeituosos 2

Pressão de funcionamento insuficiente 2

Deficiênciasistemas Hidroelásticos

tipo

Fugas de óleo 2

Incorrecto funcionamento do comando manual 2

Montagem incorrecta de componentes 2

eixos, suspensão, rodas e Pneus, transmissão

B - 5.5

Page 105: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

B.5.6 - ensaIO de efIcIêncIa Para VeícuLOs LIGeIrOs

Esta verificação aplica-se aos veículos das categorias M1, N1 dos quais o peso bruto não ultrapasse 2800 kg.

Colocar as rodas do primeiro eixo do veículo de forma lenta e precisa sobre os pratos do banco de suspensão.

Para os veículos em que a distância entre eixos é diferente do lado esquerdo para o lado direito (ex: Renault 4L), deve-se ter o cuidado com a colocação das rodas nos pratos de forma a ficarem correc-tamente centradas.

Se for um veículo com a suspensão regulável deve haver o cuidado de o ajustar na posição normal de estrada.

Iniciar o teste a uma roda de cada vez.

Os resultados do ensaio são impressos automaticamente (eficiência por roda e diferença de eficiência entre 2 rodas do mesmo eixo).

A forma de proceder com o equipamento será de acordo com o manual de instruções.

Consequências das Deficiências

• Má aderência à estrada

• Redução de eficiência de travagem

• Redução do conforto dos ocupantes

B.5.7 - Jantes

Esta verificação aplica-se aos veículos das categorias M, N e O.

Verificar o tipo da jante, o estado, se é compatível com o pneu e a uniformidade de jantes em cada eixo do veículo. Verificar a fixação da jante.

Deficiência tipo

Diferença de eficiência entre duas rodas do mesmo eixo superior a 30%

2

Suspensão anormalmente ruidosa 1

eixos, suspensão, rodas e Pneus, transmissão

B - 5.6

Page 106: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

A falta de uma porca ou parafuso de aperto deverá ser considerada uma “deficiência de carácter per-manente”

Quando se detectam espaçadores (bolachas) montados com a finalidade de aumentar a distância entre vias, deverá ser assinalada a deficiência “Fixação com deficiência de carácter permanente”.

As distâncias entre vias podem ser igualmente alteradas com a utilização de jantes não homologadas ou devido à alteração do posicionamento jante/disco, no caso de jantes de ferro alterando o “Deport” da jante D (distância entre o plano de rolamento e a face do disco que se apoia ao cubo).

Por vezes este tipo de alteração torna-se visível por a roda sair para fora da carroçaria.

Consequências das Deficiências

• Redução da eficiência de direcção

• Direcção pesada

• Perda de ar no caso de jantes empenadas ou danificadas

Deficiência tipo

Mais de um tipo de jantes no mesmo eixo 2

Deformações localizadas que não põem em causa o equilíbrio da roda nem a montagem do pneu

1

Deformações localizadas que põem em causa o equilíbrio da roda ou a montagem do pneu

2

Empeno 2

Fissuras 2

Soldaduras de recuperação 2

Corrosão excessiva 2

Fixação com deficiência de carácter permanente (ex. furos ovali-zados)

2

Dimensão (largura e ou diâmetro) não de acordo com o pneu 2

eixos, suspensão, rodas e Pneus, transmissão

B - 5.7

Page 107: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

B.5.8 - Pneus

Esta verificação aplica-se aos veículos das categorias M, N e O.

Exemplos de inscrições e marcas de homologação:

Esquema das inscrições de um pneu novo Esquema da marca de homologação

185 / 70 R 14 89 T Tubeless M + S E 4 253 2439

4. País que homologou 2439. Número de homologação

Verificar visualmente se existem diferenças de pressão substanciais entre pneus e corrigir caso neces-sário.

Verificar se as características dos pneus montados correspondem às indicadas no livrete (Dimensão, estrutura, velocidade, índice de carga).

Verificar marcações regulamentares, incluindo a da homologação.

Verificar se no mesmo eixo os pneus montados são do mesmo tipo e se no veículo têm todos a mesma estrutura.

Verificar o desgaste dos pneus utilizando as marcas indicadoras existentes no piso (altura mínima de 1,6 mm - veículos ligeiros).

Verificar se existem cortes, fissuras ou outras deficiências que coloquem em causa a segurança do veículo.

Verificar o sentido de rodagem quando for o caso.

eixos, suspensão, rodas e Pneus, transmissão

B - 5.8

a. largura nominal da secção de 185 mm

b. índice de aparência nominal, neste caso é 70 % de

185 mm

c. estrutura radial - rd. diâmetro nominal da jante de 356 mm = 14’’e. capacidade de carga de 580 kg = 89f. velocidade máxima de 190 Km/h = tg. tubeless - pode ser montado sem câmara de ar

h. m + s - de neve

i. fabricado na 25ª semana de 1993 - 253

Page 108: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

Verificar se no piso do pneu existem sinais de reabertura de ranhuras quando não for permitido para este tipo de pneus (apenas o sendo possível para os pneus regroovable).

Se no livrete estiver contemplada mais que uma dimensão, deve o inspector escolher qual a medida do livrete que lhe serve de referência e utilizar essa referência para o controlo.

Quando o pneu montado não corresponder ao previsto no livrete, o inspector deve comparar o pe-rímetro do pneu montado e do pneu previsto no livrete utilizando a seguinte fórmula (para pneus de estrutura radial).

P = p x (2 x a + d)

P - Perímetro do pneuA - Altura do flancod - Diâmetro interior (diâmetro da jante)

Por exemplo, se o pneu montado tiver a inscrição 175/70 R13, o perímetro P é

P = p x (2 x (0,70 x 175) + (13 x 25,4)) = 1807 mm

D = 2 x 0,01 x (Ln x Ra) + d (Ex.: 145/80 R13 - D = 2 x 0,01 x (145 x 80) + 25,4 x 13 = 562 mm).

O pneu será aceite com o grau de deficiência 1 se a diferença para o perímetro do pneu previsto no livrete for igual ou inferior a 5% e recusado se for superior a 5%.

eixos, suspensão, rodas e Pneus, transmissão

B - 5.9

Deficiência tipo

Mais de um tipo de estrutura dos pneus 2

No mesmo eixo, mais de um tipo de pneu 2

Profundidade das ranhuras do piso inferior aos valores mínimos legais

2

Cortes ou fissuras que põem à vista ou alcançam a carcaça 2

Pisos com sinais de reabertura de ranhuras salvo em pneus re-grovable

2

Deformações convexas (salientes) na superfície das paredes la-terais

2

Page 109: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

Consequências das Deficiências

• Mau comportamento do veículo em estrada

• Diminuição de eficiência de travagem

• Diminuição de conforto e aderência à estrada

• Risco de rebentamento e consequente acidente

B.5.9 - rOLamentOs das rOdas

Esta verificação aplica-se aos veículos das categorias M, N e O.

Colocar as rodas do veículo sobre as placas detectoras de folgas.

Com o veículo destravado, oscilar os pratos individualmente ou em conjunto, em movimentos sucessi-vos transversais de maneira a que as folgas dos rolamentos sejam mais salientes.

Verificar a existência de fugas de lubrificante.

Deficiência tipo

Falta das marcações regulamentares, incluindo a de homologa-ção

2

Dimensão não contemplada no livrete e diâmetro exterior diferen-te em mais de 5%

2

Largura inferior à que consta no livrete 2

Capacidade de carga incorrecta 2

Categoria de velocidade incorrecta 2

Sentido ou posição de montagem incorrecto 2

Impossibilidade de manutenção da pressão correcta do ar 2

Deficiência tipo

Folga excessiva 2

Fuga de lubrificante 1

eixos, suspensão, rodas e Pneus, transmissão

B - 5.10

Page 110: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

Consequências das Deficiências

• Instabilidade de direcção

• Desgaste irregular nos pneus.

B.5.10 - transmIssãO

Esta verificação aplica-se aos veículos das categorias M e N.

Colocar as rodas do veículo sobre as placas deslizantes do detector de folgas.

Oscilar os pratos individualmente ou em conjunto, em movimentos sucessivos longitudinais e transver-sais de maneira a que as folgas da transmissão sejam mais salientes.

Verificar, quando do arranque do veículo, alguma situação indicadora de folgas na transmissão.

Verificar se os elementos de fixação ou protecções estão deficientes.

Verificar a existência de fugas de lubrificante na transmissão e caixa de velocidades.

Verificar, quando do arranque do veículo, o funcionamento do sistema de transmissão.

Consequências das Deficiências

• Existência de ruído metálico (componentes gripados)

• Vibrações

eixos, suspensão, rodas e Pneus, transmissão

B - 5.11

Deficiência tipo

Guarda pós em mau estado 1

Rolamentos ou uniões com folga exagerada 2

Elementos de fixação ou protecções deficientes 2

Fuga de fluído de lubrificante 1

Page 111: manual de procedimentos de inspecção
Page 112: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

B.6 - QuadrO e acessÓrIOs dO QuadrO

B.6.1 - QuadrO e cHassIs

B.6.1.1 - estadO GeraL

Esta verificação aplica-se a todos os veículos das categorias M, N e O.

Verificar a existência de deformações, empenos, corrosão ou ligações deficientes. Com o veículo nas placas do detector de folgas, verificar a existência de fracturas, fissuras ou más ligações.

Verificar a existência de palas anti-projecção quando obrigatórias.

Consequências das Deficiências

• Acidentes

• Coimas

• Desgaste irregular dos pneus.

Quadro e acessórios do Quadro

B - 6.1

Deficiência tipo

Deformação ou empeno no quadro (longarina ou monobloco) 2

Longarina fendida 3

Ligação deficiente em longarina ou travessas (soldadura, parafusos, etc)

2

Corrosão profunda em longarina ou travessa ou em elementos de fixação 2

Corrosão média em quadro de estrutura simples (chassis) 1

Corrosão média em quadro monobloco 2

Corrosão superficial em quadro monobloco 1

Palas antiprojecção inexistentes (quando obrigatórias) ou ineficien-tes

2

Limpeza insuficiente que dificulta as observações e verificações do inspector

2

Page 113: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

B.6.1.2 - reserVatÓrIOs e tuBaGens de cOmBustíVeL

Esta verificação aplica-se aos veículos das categorias M e N.

Inspecção visual verificando o estado do reservatório e tubagens assim como a sua identificação quan-do necessário.

No caso de veículos a GPL, de acordo com o Decreto-Lei 195/91 é obrigatório a utilização de um dís-tico “GPL” colocado na traseira do veículo de forma visível e que respeite as características referidas na Port. 350/96.

Consequências das Deficiências

• Perigo de incêndio ou explosão e derrame de combustível para o pavimento.

• Consumo de combustível anormal.

B.6.1.3 - dIsPOsItIVOs antIencastramentO (LateraL e retaGuarda)

Esta verificação aplica-se a veículos das categorias M, N e O, quando obrigatório.

Qualquer veículo deve ser fabricado ou equipado de forma a oferecer em toda a sua largura protecção eficaz contra o encaixe, de forma a cumprir os seguintes requisitos:

B - 6.2

Deficiência tipo

Fugas de combustível 3

Tampão inadequado 1

Tampão ausente 2

Reservatório danificado 2

Montagens ou fixações não regulamentares 2

Tubagem ou elementos de fixação deformados, partidos ou deterio-rados

1

Ausência de dístico identificativo GPL 2

Reservatório de GPL não regulamentar nomeadamente ausência de chapa de características

2

Quadro e acessórios do Quadro

Page 114: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

• Perfil de pelo menos 0,1 m de largura

• Extremidades laterais do perfil curvadas para a frente e sem rebordos cortantes no ex-terior

• Espessura do perfil de modo a oferecer resistência suficiente contra o encaixe de outros veículos

• Deve ser colocado a menos de 0,45 m da extremidade traseira do veículo

• O rebordo inferior do perfil não deve distar do solo mais de 0,55 m quando o veículo se encontra sem carga

• As extremidades laterais do perfil não devem ultrapassar a largura do rodado da reta-guarda nem estar recolhidos relativamente ao mesmo, mais de 0,1 m de cada lado.

Qualquer veículo das categorias M1, M2, M3 e N1 preenche os requisitos acima definidos se a altura ao solo relativa a toda a sua largura não exceda 55 cm. Esta prescrição deve ser respeitada a partir de uma distância de 45 cm, medida desde a extremidade da retaguarda do veículo.

Verificar a existência, estado, fixação, a forma e dimensões dos dispositivos de antiencastramento.

Consequências das Deficiências

• Diminuição da segurança de terceiros em caso de acidente

• Coimas

B.6.1.4 - suPOrte da rOda de reserVa

Esta verificação aplica-se a veículos das categorias M, N e O

A roda de reserva é obrigatória nos veículos de transporte público com excepção dos pesados de passageiros Categoria I. Quando existente, a roda e o respectivo suporte deverão estar em boas con-dições funcionais.

Verificar a fixação do suporte existência de fissuras, corrosão ou mau estado dos elementos de fixação e a ausência da roda de reserva quando obrigatória.

B - 6.3

Deficiência tipo

Ausência ou forma, dimensões ou fixação não regulamentares 2

Empenado, soldaduras deficientes ou fendas 1

Quadro e acessórios do Quadro

Page 115: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

No caso de veículos ligeiros de passageiros (táxis), a falta ou o mau estado do suporte da roda de reserva deverá ser classificado como “elemento de ligação ou fixação deteriorado”, no grupo cabina e carroçaria. Esta situação deve-se a não estar prevista esta deficiência nos códigos informáticos para veículos ligeiros.

Consequências das Deficiências

• A roda suplente mal fixada ou em risco de cair pode provocar acidentes.

B.6.1.5 - dIsPOsItIVO de reBOQue Esta verificação aplica-se a veículos das categorias M, N e O. Para os veículos matriculados ou homo-logados a partir de 30-11-1995 é obrigatória a homologação do dispositivo de reboque.

Verificar o estado do dispositivo de engate e fixação ao quadro (apertos, fissuras, empenos), eficácia do dispositivo de segurança, estado das ligações eléctricas e homologações.

Caso existam componentes do sistema de engate montados, mesmo que parcialmente, terá que ser comprovada a sua homologação assim como indicação no livrete do seu peso bruto rebocável.

Consequência das Deficiências

• Deficiente engate do atrelado e correspondente risco de se soltar

• Sinalização eléctrica deficiente

• Acidentes

Deficiência tipo

Ausência ou fixação deficiente 2

Deficiência tipo

Montagem ou dispositivo não regulamentar ou com folgas, desgaste ou reparações precárias

2

Ligação deficiente ao quadro (aperto, fissuras, empeno, reforço, etc) 2

Dispositivo de ligação eléctrica ausente ou defeituoso 2

Dispositivo de ligação eléctrica mal colocado ou mal fixado 1

Quadro e acessórios do Quadro

B - 6.4

Page 116: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

B.6.2 - caBIna e carrOçarIa

B.6.2.1 - estadO GeraL

Esta verificação aplica-se a veículos das categorias M, N e O

Verificar o estado geral da cabina/carroçaria verificando deformações ou alterações relativas à geome-tria original do veículo.

Verificar:

- Existência de roturas nos elementos de fixação

- Saliências cortantes ou agressivas

- Corrosão ou estrutura deficiente

- Comando e funcionamento da abertura e fecho dos vidros

- Estado e forma dos pára-choques

Consequência das Deficiências

• Destruição precoce da carroçaria

• Risco de acidentes com terceiros

Quadro e acessórios do Quadro

B - 6.5

Deficiência tipo

Corrosão média ou profunda em elemento resistente 2

Corrosão superficial em elemento resistente 1

Deformação num elemento resistente 2

Deformação com arestas vivas 2

Saliências agressivas não regulamentares (frisos, ou outros aces-sórios) exteriores ou interiores

2

Pára-choques em mau estado (sem saliências agressivas) 1

Comando ou funcionamento deficiente para abertura e fecho dos vidros

1

Protecção (pintura) deficiente ou incompleta 1

Page 117: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

B.6.2.2 - fIXaçãO

Esta verificação aplica-se a veículos das categorias M, N e O.

Verificar a existência de ligações não originais que possam provocar falta de segurança do conjunto, como por exemplo cordões de soldadura defeituosos.

Verificar a fixação da cabina ao quadro (dispositivo trancamento no caso de cabinas basculantes) e a fixação da caixa de carga ao chassis.

Com o veículo travado, oscilar os pratos detectores de folgas individualmente ou em conjunto, em mo-vimentos transversais e longitudinais para verificar o estado das fixações.

Consequência das Deficiências

• Má estabilidade do veículo.

• Risco de acidentes

B.6.2.3 - POrtas e fecHOs

Esta verificação aplica-se a veículos das categorias M, N e O

O Inspector deve abrir todas as portas e capots para verificar o estado de funcionamento dos fechos e respectivas dobradiças. Deve verificar o funcionamento do sistema de segurança.

Sendo o veículo inspeccionado de categoria “O” e havendo problemas com portas, haverá que clas-sificar a deficiência como “elemento de ligação ou fixação deteriorado ou incorrecto” no grupo cabina-carroçaria. Este problema deve-se à falta de código informático para esta deficiência nesta classe de veículos

Deficiência tipo

Elementos de ligação ou fixação deteriorados ou incorrectos 2

Deficiência tipo

Dificuldade de abertura ou fecho 1

Mau funcionamento que ponha em causa a segurança 2

Quadro e acessórios do Quadro

B - 6.6

Page 118: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

Consequência das Deficiências

• Abertura acidental das portas em movimento

• Abertura do exterior quando trancadas

• Acidente

B.6.2.4 - fIXaçãO da BaterIa

Esta verificação aplica-se a veículos das categorias M, N e O

Verificar os suportes e respectivos apertos

Consequência das Deficiências

• Falta de energia

• Derrame de ácido

• Curto-circuito

B.6.2.5 - fIXaçãO dO mOtOr

Esta verificação aplica-se a veículos das categorias M e N.

Para verificar o estado dos apoios do motor, deve ser feita uma análise visual na fossa. Em caso de dúvida e com o apoio de outro inspector poderá a inspecção ser completada fazendo ponto de em-braiagem com o travão de estacionamento accionado de forma a forçar os apoios do grupo moto-pro-pulsor.

Quadro e acessórios do Quadro

B - 6.7

Deficiência tipo

Aperto deficiente 1

Fixação deficiente ou suporte corroído 2

Deficiência tipo

Apoio deteriorado ou ineficiente 2

Page 119: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

Consequência das Deficiências

• Vibração nos arranques ou em andamento

• Deterioração de componentes

• Risco de queda do motor

B.6.2.6 - PIsO dO HaBItÁcuLO e dO cOmPartImentO de carGa

Esta verificação aplica-se a veículos das categorias M, N e O.

Verificar se o material utilizado no pavimento está em boas condições, ver a sua fixação observando possíveis danos, deformações ou sintomas de corrosão, nomeadamente nas zonas de maiores esfor-ços.

Consequência das Deficiências

• Perigo da queda do piso,

• Má fixação dos bancos com risco para passageiros

• No caso da caixa de carga, má fixação ou possibilidade de perda da carga.

B.6.2.7 - antePara

Esta verificação aplica-se a veículos da categoria N1.

antepara – Estrutura destinada a evitar a projecção de mercadorias para a zona do condu-tor e passageiros. A antepara pode ser de material vidro/acrílico ou de rede.

Nos veículos ligeiros de mercadorias em que os lugares dos passageiros se situem no interior da caixa do veículo, deverão os mesmos ser eficientemente protegidos contra qualquer deslocação da carga através de uma antepara que delimita totalmente o compartimento destinado às mercadorias.

A antepara dos veículos matriculados pela primeira vez a partir de 03/03/97 deve obedecer às seguin-tes características:

• Não deve permitir a passagem de um elemento cúbico com aresta superior a 5 cm;

Deficiência tipo

Mau estado sem perigo 1

Mau estado com perigo 2

Quadro e acessórios do Quadro

B - 6.8

Page 120: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

• Deve ocupar toda a largura da caixa da carga, sem prejuízo do normal funcionamento das portas laterais;

• Em altura, deve atingir pelo menos, a altura máxima interior dos painéis laterais.

• As anteparas de vidro/acrílico deverão ser homologadas

Os veículos matriculados anteriormente a 19/05/1982 estão dispensados do uso de anteparas.

Estão dispensados do uso de anteparas os veículos da categoria N1, com caixa aberta com ou sem cobertura em que a cabine e a caixa integram um espaço comum (tipo Jeep) ou em veículos de caixa aberta com a cabine separada.

Verificar a existência quando obrigatória, o tipo, estado e fixação da antepara.

Consequência das Deficiências

• Projecção da carga para a zona do condutor com risco de lesões graves dos ocupan-tes.

B.6.2.8 - BancOs

Esta verificação aplica-se a veículos das categorias M e N.

Verificar toda a funcionalidade e estado geral do banco do condutor

Quadro e acessórios do Quadro

B - 6.9

Deficiência tipo

Ausente ou não regulamentar 2

Fixação deficiente ou deteriorada 1

Deficiência tipo

Mecanismo de regulação do banco do condutor não funcional ou com revestimento em mau estado

1

Fixação deficiente ou estrutura deformada 2

Page 121: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

Consequência das Deficiências

• Má posição de condução.

• Fadiga precoce do condutor

• Risco de acidente no caso de deficiente fixação

B.6.2.9 - deGraus e estrIBOs

Esta verificação aplica-se a veículos das categorias M e N.

Verificar a existência, quando obrigatória, e o estado de fixação e superfície de revestimento do estri-bo.

Consequência das Deficiências

• Dificuldade de acesso ao habitáculo

• Risco de queda

Deficiência tipo

Danificados ou com superfície do revestimento pouco aderente 1

Ausência 2

Quadro e acessórios do Quadro

B - 6.10

Page 122: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

B.7 - eQuIPamentOs dIVersOs

B.7.1 - cIntOs de seGurança

Esta verificação aplica-se a veículos das categorias M e N.

2 pontos de fixação

3 pontos de fixação

JP É admitido um cinto subabdonimal se o banco estiver junto a uma passagemnP Só é obrigatório nos lugares “não protegidos” (Directiva 90/628/CEE). ce Em condições particulares pode ser instalado conto subabdominalBf Em determinadas condições pode ser instalado cinto subabdominal, nomeadamente quando haja um banco directamente à frentePB Em condições particulares (posicionamento do párabrisas) pode ser instalado cinto subabdominal

Equipamentos Diversos

B - 7.1

categoria Bancos 1.1.66 27.5.90 1.1.98 1.10.99 1.10.01 1.10.04 Observações

M1

Frente Lateral 2 3 3 3 3 3

Frente Central 2 2 2 2 2 3

Retaguarda Lateral 2 3/2JP 3/2JP 3/2JP 3/2JP

Retaguarda Central 2 2 2 2 3

Virado Retaguarda 2 2 2 2 2

M2≤ 3,5 Ton

Frente Lateral 3 3 3 3

Frente Central 2 2 3 3

Retaguarda Lateral 2NP 2NP 3 3

Retaguarda Central 2NP 2NP 3 3

Virado Retaguarda 2 2

M2> 3,5 Ton

M3

Frente Lateral 2 3/2CE 3/2CE 3/2CE

Frente Central 2 3/2CE 3/2CE 3/2CE

Retaguarda Lateral 2NP 3/2BF 3/2BF 3/2BF

Retaguarda Central 2NP 3/2BF 3/2BF 3/2BF

Virado Retaguarda 2 2 2

MISTOS

Frente Lateral 2 3 3 3 3 3

Frente Central 2 2 2 2 2 2

Retaguarda Lateral 2 2 2 2 2

Retaguarda Central 2 2 2 2 2

Virado Retaguarda Não é obrigatório

N1

Frente Lateral 3 3 3 3 3

Frente Central 2 2 2 2 2

Retaguarda Lateral 2 2 2 2 2NP

Retaguarda Central 2 2 2 2 2NP

Virado Retaguarda Não é obrigatório

N2N3

Condutor 2 3PB 3PB 3PB

Frente Central/Lateral 3PB 3PB 3PB 3PB

Retaguarda Lateral 2NP 2NP 2NP 2NP

Retaguarda Central 2NP 2NP 2NP 2NP

Virado Retaguarda Não é obrigatório

Page 123: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

• Cinto de três pontos “A”Provido de absorvedor de energia “e”Homologa-ção dos Países Baixos “e4”Nº de Homologação “2439”

• Cinto de três pontos “A””Provido de retractor de bloqueio de emergência de sensibilidade múltipla “r4m”Provido de pré-tensor “p”Homologação de Espanha “e9”Nº de Homologação “1568”

• Cinto subabdominal “B” Provido de retractor de bloqueio demergên-ciade sensibilidade múltipla “r4m”Homologação de França “e2”Nº de Homologação “2140”

A marcação compreende 3 identificações, tipo de cinto, país onde foi homologado e número de homo-logação.

Quanto a tipos de cinto tem-se:

• a. Cinto de três pontos

B. Cinto subabdominal

s. Cinto especial

• Cinto com absorvedor de energia é identificado com a letra “e”

• Cintos com retractor são identificados com uma letra “r”, seguida de um número que identifica o tipo de retractor

• Cinto com pretensor é identificado com a letra “p”

Equipamentos Diversos

B - 7.2

ae

e4

2439

ar4mp

e9

1568

Br4m

e2

2140

Page 124: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

As indicações referidas à homologação dos cintos devem ser ostentadas por meio de uma etiqueta ou uma marcação directa de modo a resultarem nitidamente legíveis e indeléveis. A etiqueta ou a marca-ção devem poder resistir ao desgaste.

Verificar a fixação, funcionamento, ausência, homologação e encaixe de todos os cintos de seguran-ça.

Para os veículos importados da USA e Canadá, são aceites os cintos com homologação dos países de origem.

Verificar se o pré-tensor ou absorvedor de energia estão activados. Quando activados, alguns pré-ten-sores apresentam uma patilha de cor forte saliente. Noutros, apenas se verifica que o conjunto está recolhido, podendo eventualmente acender-se uma luz no painel de instrumentos,

Consequências das Deficiências

• Redução das condições de segurança

• Risco grave para os ocupantes

B.7.2 - eXtIntOr

É obrigatório o uso de extintores nos seguintes tipos de veículos:

• Ambulâncias

• Veículos de transporte de mercadorias perigosas

• Veículos de transporte publico de passageiros

Deficiência tipo

Falta de um ou mais cintos de segurança 2

Fixações deficientes ou precintas deformadas ou gastas ou mau funcionamento dos fechos

2

Mau funcionamento do sistema de recuperação automático 2

Pretensor ou absorvedor de energia activado 2

Equipamentos Diversos

B - 7.3

Page 125: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

Classes de fogos – os extintores utilizados nos veículos automóveis devem estar prepa-rados para actuar em fogos das classes A, B, C.

• classe a – Combustíveis sólidos que formam resíduos incandescentes (madeiras, borrachas, etc)

• classe B – Combustíveis líquidos (gasolina, gasóleo)

• classe c – Gases (butano, GPL, etc.)

• classe d – Metais (alumínio, magnésio, etc.)

Os extintores devem estar selados, ostentar uma marca de conformidade reconhecida pelo I.P.Q., os-tentar uma inscrição que indique a data em que deve ser realizada a próxima inspecção ao extintor e possuir agentes de extinção do fogo que não libertem gases tóxicos.

categoria e tipo de veículo

n.º de extinto-res obrigató-

rios

capacidade do extintor

classes de fogos

Localização do extintor

Pesados de passa-geiros de transporte publico

1 4 kg A, B, e Cpróximo do banco do condutor

Pesados de passagei-ros de transporte publi-co, categorias II e III, só com lugares sentados

2 4 kg A, B c Cpróximo do ban-co do condutor e metade posterior do veículo

Pesados de passa-geiros de transporte publico de dois pisos

3 4 kg A, B e Cpróximo do banco do condutor, metade posterior do veículo e zona central no 2º piso

Ligeiros de passageiros de transporte público

1 2 kg A, B e Chabitáculo ou baga-geira

Ambulâncias1 1 kg -------------

-----------

Veículos de transporte de matérias perigosas 1+1

2 kg A, B e C Cabine/Local aces-sível

6Kg (PB>3500kg)

ou 2 Kg(PB<3500 Kg)

A, B e CLocal acessível

Equipamentos Diversos

B - 7.4

Page 126: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

Os extintores devem estar colocados de forma claramente visível e a sua localização estar assinalada através de setas indicadoras adequadas ou pictogramas.

Os extintores não podem apresentar qualquer dano físico, devendo encontrar-se completamente carre-gados e em condições de imediata utilização. Devem ser pintados na cor vermelha

Todas as instruções de utilização dos extintores, bem como as marcas e inscrições relativas às suas características, devem apresentar-se perfeitamente legíveis, em língua portuguesa e em bom estado de conservação.

Devem apresentar indicação da data da verificação e respectiva validade, estabelecida pelo seu fabri-cante ou pela entidade responsável pela sua manutenção.

Não são admitidos extintores que contenham hidrocarbonetos halogenados (Halon).

Consequências das Deficiências

• Incapacidade de actuação em caso de acidente com fogo

• Coima

B.7.3 - dIsPOsItIVOs antI - rOuBO

Veículos das categorias M1 e N1 matriculados a partir de 01-01-1998.

dispositivo anti-roubo – é um equipamento destinado a impedir a utilização não autorizada do veículo. Deve ser concebido de forma que seja necessário desactivá-lo para que possa ser possível o arranque do motor e conduzir o veículo em condições normais. Devem igualmente ser concebidos de forma a excluir quaisquer riscos de accionamento aci-dental durante a marcha do veículo, comprometendo assim as condições de segurança do mesmo

tipo de dispositivos – existem 4 tipos de dispositivos aprovados:

• direcção - bloqueamento da direcção e impedimento do contacto de ignição, ou arranque no caso diesel.

• comando mudança de velocidades – impede a mudança de velocidades. Nas caixas mecânicas o bloqueamento só pode ser feito em ponto morto ou marcha-atrás, nas caixas automáticas na posição de “parque”.

Deficiência tipo

Ausência, não adequado ou com prazo de validade ultrapassado 2

Fixação deficiente ou local de fixação inadequado (bem visível e de fácil acesso)

1

Equipamentos Diversos

B - 7.5

Page 127: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

• transmissão – impede a rotação das rodas motoras

• Impedimento de funcionamento do motor – necessita do reconhecimento do uti-lizador (código, fecho e abertura de portas, etc.)

Verificar a operacionalidade do dispositivo montado, procurando arrancar com o veículo sem reconhe-cimento prévio.

Para o caso de bloqueamento de direcção, parar o motor, tirar a chave da ignição, rodar ligeiramente o volante para a esquerda ou direita, verificar se a direcção ficou trancada, colocar a chave na ignição e rodar a chave até à última posição, rodar ligeiramente o volante para a esquerda ou direita, verificar se a direcção ficou livre.

Para o caso de bloqueamento ao comando de velocidades deve-se retirar a chave da posição de mar-cha a trás ou ponto morto conforme os modelos e verificar se é possível desbloquear a caixa sem voltar a utilizar a chave de ignição.

Consequências das Deficiências

• Roubo da viatura

B.7.4 - trIÂnGuLO de PrÉ - sInaLIzaçãO

Aplica-se a todos os veículos das categorias M e N. A aplicação dos diferentes modelos de triângulo difere de acordo com o ano da primeira matrícula do veículo.

O Inspector pode solicitar ao cliente a montagem do triângulo.

Verificar a existência, funcionalidade (proceder à montagem), estado e homologação.

Deficiência tipo

Ausência quando obrigatório 2

Funcionamento deficiente 1

Deficiência tipo

Ausência ou não funcionalidade 2

Não homologado ou não aprovado 2

Mau estado geral 2

Equipamentos Diversos

B - 7.6

Page 128: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

Consequências das Deficiências

• Risco de acidente por má utilização

• Funcionamento deficiente ao vento

• Pouco visível à noite por má reflexão

• Coima

B.7.5 - caIXa de PrImeIrOs sOcOrrOs

Esta verificação aplica-se a veículos utilizados no transporte de crianças.

As características da caixa de primeiros socorros são as seguintes (de acordo com o despacho DGV nº 25879/2006):

a) A caixa deve ser resistente ao choque e o seu material não deve afectar o respectivo conteúdo;b) Não deve possuir arestas cortantes que possam provocar ferimentos;c) Deve ser de cor viva e contrastante;d) Deve estar devidamente identificada através da inscrição «Caixa de primeiros socorros» e possuir indicações sobre o seu conteúdo em língua portuguesa e validade do respectivo conteúdo quando aplicável;e) Deve possuir sistema de fecho;f) Deve ser hermética;g) O respectivo conteúdo não deve cair quando a caixa é inclinada a um ângulo de 30 ° relativamente a um plano horizontal.

O conteúdo mínimo da caixa de primeiros socorros apresenta-se de seguida:

a) Um rolo adesivo (para manter as compressas fixas sobre o ferimento);b) Vários pensos rápidos (para pequenos ferimentos);c) Vários pensos de compressão (gaze) de diversos tamanhos (para compressão ou para manter os ferimentos protegidos);d) Várias compressas para queimaduras de diversos tamanhos (para ferimentos de maior dimensão);e) Várias ligaduras elásticas de diversos tamanhos (para manter as compressas fixas sobre o ferimen-to);f) Uma manta de primeiros socorros de tamanho mínimo de 2100 mm×1600 mm, em poliéster metaliza-do ou outro material de características equivalentes, em embalagem fechada (para protecçãocontra o frio e o calor);g) Várias compressas para feridas (para proteger ferimentos abertos);h) Várias ligaduras triangulares (para imobilizar zonas corporais fracturadas);i) Uma tesoura (para cortar roupa);j) Vários pares de luvas descartáveis, em embalagem fechada (para protecção contra infecções);l) Um manual de primeiros socorros;m) Uma lista do conteúdo da caixa de primeiros socorros com indicação da matrícula do veículo.

Equipamentos Diversos

B - 7.7

Page 129: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

É admitida a utilização de caixas de primeiros socorros de modelo e conteúdo conforme com a regula-mentação em vigor em qualquer outro Estado-Membro da Comunidade Europeia, da Turquia ou país integrante do Acordo Europeu de Comércio Livre, signatários do Acordo sobre o Espaço Económico Europeu.

Verificar se está colocada em local bem visível, no interior do habitáculo do veículo.

B.7.6 - caLçOs de rOda

Aplica-se a veículos das categorias N e O, equipados para o transporte de matérias perigosas.

Qualquer veículo que transporte mercadorias perigosas deve estar equipado com um calço de rodas de dimensões apropriadas ao peso do veículo e dimensões das rodas de acordo com ADR/RPE.

Verificar a existência do calço e se as dimensões são as adequadas.

Consequências das Deficiências

• Potenciais acidentes nas cargas e descargas do veículo

• Riscos de não imobilizar o veículo em situação de avaria

• Coima

B.7.7 - caIXa de ferramentas

Não estando definido pela entidade competente o conteúdo de uma caixa de ferramentas não se pode proceder a esta verificação.

Equipamentos Diversos

B - 7.8

Deficiência tipo

Ausência, quando regulamentada 2

Deficiência tipo

Ausência quando obrigatório 1

Page 130: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

B.7.8 - aVIsadOr sOnOrO

Esta verificação aplica-se aos veículos das categorias M e N.

Os veículos matriculados ou homologados a partir de 1-1-1998 terão que ter os avisadores sonoros homologados.

Os veículos automóveis devem possuir o avisador acústico homologado susceptível de emitir um som contínuo.

O avisador está montado de maneira rígida por intermédio de peça ou peças previstas pelo fabricante num suporte com massa, que seja pelo menos, 10 vezes maior que a do avisador e no mínimo com o peso de 15 Kg.

Os avisadores pneumáticos ou electropneumáticos devem possuir as mesmas características acústi-cas que as requeridas para os avisadores accionados electricamente.

Verificar a ausência ou falta de funcionalidade do avisador e respectiva homologação.

Verificar se o avisador pneumático tem comutação para avisador de utilização urbana.

Consequências das Deficiências

• Redução da segurança do veículo pela impossibilidade de comunicar com terceiros

• Coima

B.7.9 - VeLOcímetrO e cOnta-QuILÓmetrOs

Esta verificação aplica-se a todos os veículos das categorias M e N.

Verificar a existência, tipo de escala, (Km ou milhas) e funcionamento. Quer o conta quilómetros, quer o velocímetro terão que ter obrigatoriamente a escala em Km e Km/hora, independentemente de também poderem ter em milhas.

Deficiência tipo

Ausência ou não funcionamento 2

Avisador pneumático sem comutação para avisador de utilização urbana

2

Funcionamento deficiente 1

Equipamentos Diversos

B - 7.9

Page 131: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

Para verificar o funcionamento do conta-quilómetros poderá comparar-se o número de quilómetros re-gistados com os da última inspecção. Em caso de dúvida circular um pouco com o veículo no parque.

Caso o veículo esteja equipado com um velocímetro digital deve o inspector verificar no teste do frenó-metro se o velocímetro apresenta o valor da velocidade de ensaio (+- 5 Km/h).

Consequências das deficiências

• Situação de riscos por poder circular a velocidades não permitidas

• Coima

B.7.10 - tacÓGrafO

Esta verificação aplica-se apenas aos veículos das categorias M2, M3, N2 e N3.

B.7.11 - LImItadOr de VeLOcIdade

Esta verificação aplica-se apenas aos veículos das categorias M3 e N3 matriculados depois de 1/1/88.

B.7.12 - HOmOLOGaçãO de tOdOs Os eQuIPamentO e acessÓ- rIOs

Os componentes e acessórios de homologação obrigatória são:

• Cintos de segurança

• Triangulo de pré-sinalização

• Avisador sonoro

• Tacógrafo

Equipamentos Diversos

B - 7.10

Deficiência tipo

Ausência ou escala em milhas 2

Funcionamento deficiente 1

Page 132: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

Verificar as marcas de homologação nos equipamentos de homologação obrigatórios

Consequências das Deficiências

• Coimas

Equipamentos Diversos

B - 7.11

Deficiência tipo

Não homologados ou sem marca de homologação quando obri-gatória

2

Page 133: manual de procedimentos de inspecção
Page 134: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

B.8 - PerturBações

B.8.1 - defIcIêncIas GeraIs (dIsPOsItIVOs de escaPe e sILen- cIadOres)

Este procedimento aplica-se aos veículos das categorias M e N

Inspecção visual do sistema de escape para a verificação da presença e condições de montagem do tubo de escape, existência de possíveis fugas, estado das fixações e protectores térmicos.

Se aplicável, inspecção visual do sistema de controlo de emissões para verificar se os equipamentos exigidos estão instalados.

Montagem deficiente (artº 16 RCE).

• O tubo de escape deve estar dirigido para a retaguarda ou para a esquerda do veículo, devendo nos automóveis de passageiros ser prolongado até à extremidade da caixa.

• O silencioso e o tubo de escape devem estar afastados pelo menos 10 cm de qualquer material combustível

• Nos automóveis empregues exclusivamente no transporte de explosivos ou de substân-cias facilmente inflamáveis, o tubo de escape deve estar dirigido para a esquerda sob a cabine do condutor e ter a extremidade protegida com um tapa-chamas.

As saídas de escape não devem estar dirigidas para as rodas incluindo a roda de reserva, nem para a tubagem ou depósito de combustível.

Veículos homologados a partir de 1988 ou matriculados a partir de 01-01-1990, podem ter a saída do sistema de escape direccionada para o lado direito do veículo de acordo com a directiva 70/157CE.

Todos os veículos com motor de ignição por faísca matriculados a partir de 1 de Janeiro de 1993 que não tenham, à data da inspecção, o sistema de controlo de emissões poluentes (vulgo catalisador) e tal facto não esteja anotado no respectivo livrete devem apresentar justificação emitida pelo fabricante, ou pelo seu representante, devendo tal ser anotado na ficha de inspecção para que essa justificação venha a ser apresentada à direcção de serviços de viação, a fim de ser anotada no livrete.

Tais justificações só são aceites quando fundamentadas em bases legais, nomeadamente os casos dos veículos que, por indicação do construtor, estejam ao abrigo de quaisquer das disposições transitó-rias consignadas no nº 8 do anexo I da Directiva nº 91/441/CEE ou na sua modificação consignada no anexo da directiva nº 93/59/CEE, transpostas na Portaria nº 489-A/97, DE 15 DE Julho.

São considerados justificados os casos em que a DGV certifique que as condições de matrícula do veículo cumprem os requisitos legais relativos a emissões poluentes.

Perturbações

B - 8.1

Page 135: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

Estão isentos de apresentar as justificações referidas anteriormente os veículos ligeiros de mercado-rias equipados com motor de ignição comandada que embora matriculados a partir de 1 de Janeiro de 1993 foram matriculados antes de 1 de Outubro de 1995 com homologação anterior a 1 de Outubro de 1994.

Consequências das Deficiências

• Aumento da poluição sonora.

• Alteração dos resultados da análise de gases

• Risco de incêndio

• Agressão aos transeuntes e passageiros

B.8.2 - emIssões de escaPe Para mOtOres de IGnIçãO POr faísca (motor OttO)

Este procedimento aplica-se aos veículos das categorias M e N.

Esta verificação deverá ser realizada de acordo com os procedimentos propostos pelos fabricantes pela ocasião da homologação ou, na falta destas, de acordo com os procedimentos seguintes:

• O motor deve estar à temperatura normal de funcionamento e com a velocidade em marcha lenta estabilizada.

• Desligar todos os opcionais do veículo que possam provocar alterações no regime do motor du-rante o ensaio, excepto quando existir informação contrária do fabricante. Deve-se ainda ter em atenção e não tocar no volante dos veículos que possuam direcção assistida, já que a entrada em carga da bomba de direcção assistida provoca alterações no regime do motor.

• Ligar ao veículo a sonda captadora do regime de rotação do motor. Para motores equipados com certos tipos de ignição poderá ser necessário utilizar um adaptador externo.

B - 8.2

Perturbações

Deficiência tipo

Fugas nas condutas ou silenciador 2

Ausência de silenciador 2

Reparações precárias ou suportes deficientes 1

Montagem deficiente 2

Page 136: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

• Introduzir a sonda metálica do analisador de gases (cerca de 15 a 20 cm conforme o tipo) na ex-tremidade de saída do sistema de escape do veículo. Nos casos em que o veículo possua mais do que uma saída do sistema de escape o inspector deverá verificar o modo como estas estão dispostas. Se as diferentes saídas tiverem ao longo do sistema de escape, pelo menos um ponto comum, é indiferente qual a saída escolhida. No caso de o veículo possuir dois sistemas de es-cape completamente separados (por exemplo motores em V ou de cilindros opostos) o inspector deverá executar a análise de gases a cada um dos sistemas.

• Uma vez introduzida e fixa a sonda metálica de captação, o analisador inicia de imediato as leituras. Deixar estabilizar o fluxo de gases de escape captado, ou seja, esperar cerca de 15 segundos até que as leituras se tornem estáveis para o regime do motor em análise.

• Efectuar a leitura (rotações e CO), pressionar a tecla que permite fixar os resultados e imprimi-los.

• Para veículos equipados com sistema avançado de controlo de emissões, fazer nova medição com o motor moderadamente acelerado. Para tal, elevar lentamente o regime do motor até ao valor mínimo de 2000rpm. Estabilizar a rotação do motor e esperar cerca de 20 segundos para que o fluxo normal de gás seja captado pelo analisador e as leituras estabilizem.

• Efectuar a leitura (rotações, CO e valor lambda calculado) e imprimir.

• Desacelerar o veículo até ao regime de ralenti e retirar a sonda metálica do escape.

• Para cada leitura efectuada e impressa, o inspector obterá no respectivo relatório não só os va-lores lidos como os calculados.

• Embora a legislação só preveja limites (e sanções) para os valores de CO e lambda, a análise dos restantes pode auxiliar o inspector na procura e justificação de anomalias detectadas em outras fases da inspecção.

• Se existir uma fuga excessiva no sistema de escape que não permita a verificação do valor de CO, deve o inspector registar essa informação no relatório de inspecção e certificado de ins-pecção (Exemplo: “Na reinspecção realizar teste de gases.”). O objectivo deste procedimento é garantir que na reinspecção seja verificado o valor de CO de forma satisfatória.

O manuseamento do equipamento será realizado de acordo com o respectivo manual de instruções.Todos os veículos com motor de ignição por faísca equipados com catalisador de três vias controlado por sonda lambda devem ser submetidos aos ensaios acima descritos, independentemente da data de matrícula.

Os veículos com motor de ignição por faísca não equipados com catalisador de três vias controlado por sonda lambda devem confinar-se ao ensaio inicial (motor em marcha lenta).

B - 8.3

Perturbações

Page 137: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

Deficiência tipo

emissões não controladas, teor de cO:

Para veículos matriculados antes de 1-10-86:

Teor CO superior a 7% (vol.) 2

Teor CO superior a 5,5% (vol.) e inferior a 7% (vol.) inclusive 1

Para veículos matriculados a partir de 1-10-86:

Teor CO superior a 5,5% (vol.) 2

Teor CO superior a 3,5% (vol.) e inferior a 5,5% (vol.) inclusive 1

Para veículos matriculados a partir de 1-1-93

Teor CO superior a 3,5% (vol.) 2

emissões controladas – teor cO e medições l:

Para veículos matriculados antes de 1-1-93:

Com o motor em marcha lenta

Teor CO superior a 1% (vol.) 2

Teor CO superior a vol.% 0,5 e inferior a 1 vol. % inclusive 1

com o motor moderadamente acelerado (rotações > 2000 rpm)

Teor CO superior a 0,6% (vol.) 2

Teor CO superior a 0,3% (vol.) e inferior a 0,6% (vol.) inclusive 1

Valor de l fora do intervalo 1 + 0,03 (excepto quando indicação em con-trário do construtor)

2

Para veículos matriculados a partir de 1-1-93

Com motor em marcha lenta

Teor CO superior a 0,5% (vol.) 2

com o motor moderadamente acelerado (rotações > 2000 r.p.m.)

Teor CO superior a 0,3% (vol.) 2

Valor de l fora do intervalo 1 + 0,03 (excepto quando indicação em con-trário do construtor)

2

Perturbações

B - 8.4

Page 138: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

Consequências das Deficiências

• Emissão de gases nocivos para o meio ambiente e ser humano.

• Consumo anormal de combustível

B.8.3 - emIssões de escaPe Para mOtOres cOm IGnIçãO POr cOmPressãO (GasÓLeO)

Este procedimento aplica-se aos veículos das categorias M e N.

Esta verificação deverá ser realizada de acordo com os procedimentos seguintes:

• Embora o veículo possa ser controlado sem pré-condicionamento, este é recomendado, uma vez que um veículo não pode ser reprovado sem o mesmo.

• O pré-condicionamento consiste em:

– Ter o motor à temperatura normal de funcionamento:

- Pode medir-se a temperatura do óleo do cárter com uma sonda introduzida no tubo da haste de medição do nível do óleo e deve ser de, pelo menos, 80ºC, ou a tempe-ratura normal de funcionamento, caso seja inferior;

- Pode medir-se a temperatura do bloco do motor pelo nível de radiação infravermelha que deve ser pelo menos uma temperatura equivalente;

- Pode avaliar-se a temperatura verificando se a ventoinha de arrefecimento entra em funcionamento;

- Pode verificar-se a temperatura no equipamento de bordo do veículo.

– O sistema de escape deve ser purgado pelo menos durante três ciclos de aceleração livre ou por um método equivalente;

• Para dar início a cada ciclo de aceleração livre, o pedal do acelerador deve ser premido até ao fim rápida e continuamente (em menos de um segundo) mas não de modo violento, para se obter o débito máximo da bomba de injecção.

• Durante cada ciclo de aceleração livre, o motor deve atingir a velocidade de corte ou, no que diz respeito a veículos com transmissões automáticas, a velocidade especificada pelo fabrican-te ou, se tal dado não estiver disponível, dos terços da velocidade de corte, antes de libertar o acelerador. Isto pode ser verificado, por exemplo, por monitorização da velocidade do motor ou deixando que passe um intervalo de tempo suficiente entre a depressão inicial e a libertação do acelerador.

• Os veículos não devem ser aprovados se a média aritmética de pelo menos os três últimos ciclos de aceleração livre for superior ao valor limite. Este pode ser calculado ignorando quaisquer me-dições que se afastem significativamente da média medida ou pode ser o resultado de qualquer cálculo estatístico que tome em consideração a dispersão das medições.

Perturbações

B - 8.5

Page 139: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

• Os ciclos de aceleração livre de purga podem ser consideradas para o cálculo da opacidade, dis-pensando novas acelerações, desde que os resultados obtidos sejam inferiores ao limite legal.

Consequências das Deficiências

• Emissão de gases nocivos para o meio ambiente e ser humano.

• Consumo anormal de combustível.

Perturbações

B - 8.6

Deficiência tipo

Para veículos matriculados antes de 1-1-80:

motores de aspiração natural

Opacidade superior a 4,5 m-1 2

Opacidade superior a 4m-1 e inferior a 4,5m-1 inclusive 1

motores sobrealimentados

Opacidade superior a 5,0 m-1 2

Opacidade superior a 4,5 m-1 e inferior a 5,0 m-1 inclusive 1

Para veículos matriculados a partir de 1-1-80:

motores de aspiração natural

Opacidade superior a 3,0 m-1 2

Opacidade superior a 2,5 m-1 e inferior a 3,0 m-1 inclusive 1

motores sobrealimentados

Opacidade superior a 3,5 m-1 2

Opacidade superior a 3,0 m-1 e inferior a 3,5 m-1 inclusive 1

Para veículos matriculados a partir de 1-1-93

motores de aspiração natural

Opacidade superior a 2,5 m-1 2

motores sobrealimentados

Opacidade superior a 3,0 m-1 2

Page 140: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

B.8.4 - emIssões reLatIVas aO ÓLeO de LuBrIfIcaçãO

Este procedimento aplica-se aos veículos das categorias M, N e O

A emissão de óleos verifica-se por duas formas:

• Emissão de óleos devido à má estanquecidade de componentes (motor ou outro órgão mecânico babado).

• Emissão de óleo através de gases de escape (fumos azulados) devido a folgas nos componentes mecânicos no interior do motor.

Com o motor parado e posteriormente em funcionamento, verificar por controlo visual se existem emis-sões de óleo ou vapor de óleo em excesso do motor e respectivas juntas, e zona dos tubos de purga.

Consequências das Deficiências

• Poluição do meio ambiente • Consumo anormal de lubrificantes

B.8.5 - ruídO

Esta verificação aplica-se aos veículos das categorias M e N.

As medições devem ser efectuadas com um sonómetro de precisão, conforme definido no DL 49/2001.

Não se encontra definido nenhum grau de deficiência para este requisito, devendo caso se notem va-lores anormais ser o veículo penalizado ao nível de sistema de escape.

O veículo é considerado não conforme se apresentar um valor que exceda 5 dB em relação ao valor indicado no livrete.

Aplicáveis as deficiências previstas para o tubo de escape e silenciador.

Consequências das Deficiências

• Poluição sonora.

Deficiência tipo

Emissões generalizadas de óleo (“ motor babado “) 2

Emissões pequenas de óleo em juntas secundárias 1

Emissões de óleo do carter em juntas a ele associadas directa-mente, ou grandes emissões localizadas

2

Emissões de vapores de óleo do carter provenientes do carter ou do reservatório de óleo

2

Perturbações

B - 8.7

Page 141: manual de procedimentos de inspecção
Page 142: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

B.9 - cOntrOLO suPLementar de VeícuLOs de trans- POrte PÚBLIcO

B.9.1 - saídas de emerGêncIa

Este conjunto de verificações aplica-se apenas aos veículos das categorias M2, M3 (pesados de pas-sageiros).

B.9.2 - VentILaçãO e aQuecImentO

Esta verificação aplica-se apenas a veículos das categorias M2 e M3 utilizadas no transporte público de passageiros.

B.9.3 - BancOs

Esta verificação aplica-se a veículos das categorias M1, M2 e M3, incluindo portanto táxis e transportes pesados das categorias I, II, III.

Verificar a montagem, estado e fixação dos bancos assim como se o seu número corresponde à lotação do veículo.

Caso o número de lugares não corresponda à lotação indicada no livrete deverá ser assinalada uma deficiência de livrete “outras deficiências”, indicando em observações na ficha de Inspecção o motivo.

Consequências das Deficiências

• Segurança

• Conforto

• Coima

controlo suplementar de Veículos de transporte Público

B - 9.1

Deficiência tipo

Disposição não regulamentar ou fixação deficiente dos bancos 2

Mau estado de conservação da estrutura ou revestimento dos bancos

2

Page 143: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

B.9.4 - ILumInaçãO InterIOr

Esta verificação aplica-se a veículos das categorias M1, M2 e M3 utilizados no transporte público de passageiros.

Os veículos pesados de passageiros devem possuir um sistema de iluminação permanente que permi-ta fácil leitura em todos os lugares sem prejudicar a boa visibilidade do condutor. Os degraus de acesso deverão ser convenientemente iluminados.

Os veículos ligeiros deverão ter iluminação interior não permanente.

Verificar o estado e funcionamento do sistema de iluminação interior

Consequências das Deficiências

• Segurança

• Falta de condições de conforto para o passageiro

B.9.5 - PuBLIcIdade

Esta verificação aplica-se a veículos das categorias M1, M2 e M3 utilizados no transporte público de passageiros.

• Publicidade em veículos ligeiros (táxis)

A afixação de publicidade nos táxis só pode ocupar os guardas lamas da retaguarda e as portas laterais do veículo, excluindo os vidros.

Não é permitido o uso de luzes ou material retroflector para fins publicitários;

Não é permitida a afixação de publicidade nos vidros, salvo no da retaguarda;

A afixação de publicidade não deve afectar a sinalização nem a identificação do veículo;

É obrigatória a colocação do logótipo ou da designação da empresa a que o veículo está afecto nos painéis da frente e laterais do veículo.

Verificar se a publicidade instalada, quando for o caso cumpre as normas definidas.

B - 9.2

controlo suplementar de Veículos de transporte Público

Deficiência tipo

Deficiências em elementos do sistema de iluminação interior 1

Page 144: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

Consequência das Deficiências

• Redução da visibilidade do interior para o exterior.

• Identificação dos órgãos de sinalização

• Coima

B.9.6 - LImPeza

Esta verificação aplica-se a veículos das categorias M1, M2 e M3, utilizados no transporte público de passageiros

Verificar o estado geral de limpeza do veículo.

Consequências das Deficiências

• Redução de conforto do utilizador

B.9.7 - rOda de reserVa

Esta verificação aplica-se a veículos pesados das categorias II e III e veículos ligeiros utilizados no transporte público de passageiros. Os veículos da categoria I estão dispensados.

A roda de reserva deve estar em condições de imediata e perfeita utilização.

Verificar a existência e o estado funcional da roda de reserva. Uma roda furada ou deficiente deve ser considerada como não existente uma vez que não está em condições de imediata utilização.

B - 9.3

controlo suplementar de Veículos de transporte Público

Deficiência tipo

Colocação não regulamentar de painéis publicitários 2

Painéis publicitários que interfiram com a visibilidade do condutor 2

Deficiência tipo

Falta de asseio ou conservação de elementos no interior ou exterior 2

Page 145: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

Consequências das Deficiências

• Em caso de avaria o veículo ficará imobilizado

B.9.8 - cOrtInas Ou dIsPOsItIVOs eQuIVaLentes

Esta verificação aplica-se apenas a veículos das categorias M2 e M3 utilizados no transporte público de passageiros.

B.9.9 - sInaLIzaçãO acÚstIca Ou LumInOsa Para ParaGem

Esta verificação aplica-se apenas a veículos das categorias M2 e M3 utilizados no transporte público de passageiros.

B.9.10 - sInaLIzaçãO InfOrmatIVa InterIOr

Esta verificação aplica-se a veículos das categorias M1, M2 e M3 utilizados no transporte público de passageiros.

No caso dos veículos da categoria M1 (táxis), deve existir um autocolante afixado no vidro traseiro lateral esquerdo do veículo, virado para o interior, com a informação relativa às tarifas e suplementos em vigor e suas condições de aplicação.

Verificar a existência da sinalização imposta e o seu estado de conservação

Consequências das deficiências

• Falta de informação para o utente

controlo suplementar de Veículos de transporte Público

B - 9.4

Deficiência tipo

Ausência ou mau estado de conservação 1

Deficiência tipo

Ausência ou indicação em local não regulamentar da lotação 1

Ausência ou indicação não regulamentar dos lugares cativos 1

Page 146: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

Identificação do Veículo

B - 10.1

B.10 - IdentIfIcaçãO dO VeícuLO

O veículo deve encontrar-se no interior das instalações e no início da linha com o compartimento do motor aberto.

Na identificação do veículo devem ser considerados os seguintes aspectos:

• Número de quadro e chapa de matrícula • Modelo e cilindrada do motor • Tipo de combustível • Outros aspectos relativos à identificação

B.10.1 - cHaPas de matrícuLa

Esta verificação aplica-se a todos os veículos das categorias M, N e O. A aplicação dos diferentes mo-delos de chapas de matrícula difere de acordo com o ano de matrícula do veículo.

Comparar o número da chapa de matrícula mencionado no livrete com o inscrito na chapa de matrícula na frente e retaguarda do veículo.

Verificar se as chapas de matrícula que o veículo apresenta no momento da inspecção cumprem as regras definidas legalmente.

Verificar se a chapa de matrícula se encontra na posição vertical, perpendicular e centrada relativa-mente ao plano longitudinal médio do veículo ou, se tal não for possível, à esquerda deste plano de tal forma que o bordo inferior não diste do solo menos de 30 cm e o bordo superior mais de 120 cm (Podem existir excepções definidas nas circulares ITVA).

Verificar se a chapa não está total ou parcialmente encoberta e, salvo disposição legal em contrário, se não estão colocados sobre ela quaisquer emblemas ou insígnias.

O Inspector deve comparar se os caracteres das chapas de matrícula correspondem aos caracteres definidos legalmente pela legislação em vigor (dimensões e formato).

O Inspector deve realizar um exame visual ao estado e fixação das chapas de matrícula colocadas à frente e na retaguarda e verificar se os materiais de construção das chapas não se encontram defor-mados ou/e com arestas vivas ou deterioradas.

Deve ser igualmente verificada a marca de homologação da chapa de matrícula (com excepção das chapas de matrícula de fundo preto com caracteres brancos) e verificar se a chapa obedece à regula-mentação em vigor.

Page 147: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

Deficiência tipo

Número ou data não correspondente ao livrete 2

Sem marca de homologação (obrigatória a partir de 2/1/1992) 2

Dimensões não regulamentares 2

Com arestas agressivas 2

Fixação incorrecta 2

Materiais deformados, sem arestas vivas ou deteriorados 1

Consequências das Deficiências

• Coima

B.10.2 - nÚmerO de QuadrO

Esta verificação aplica-se a todos os veículos das categorias M, N e O.

Número de quadro - é o número de identificação do veículo, constituído por uma com-binação estruturada de 17 caracteres, atribuída a cada veículo pelo fabricante. Tem por objectivo permitir (sem ser necessário recorrer a outras indicações) durante um período de tempo de 30 anos, identificar o país de origem do veículo e o fabricante.

XXX.YYYYYY.zzzzzzzz

“WmI”(X) - Identificação mundial do fabricante (World Manufacturer Identifier) - identifica o construtor, código constituído por três caracteres (letras ou números). O pri-meiro carácter designa uma zona geográfica, o segundo carácter designa um país no interior de uma zona geográfica e o terceiro carácter designa um deter-minado fabricante.

“Vds” (Y) - Secção descritiva do veículo (vehicle description section) - identifica as ca-racterísticas gerais do veículo, código constituído por seis caracteres (letras ou números).

“VIs”(z) - Secção informativa do veículo (vehicle indicator section) - identifica o número de série do veículo, código constituído por oito caracteres, dos quais os quatro últimos são obrigatoriamente numéricos.

Identificação do Veículo

B - 10.2

Page 148: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros B - 10.3

Identificação do Veículo

O número de quadro deve ser colocado num local bem visível e acessível, por um processo tal como caneta eléctrica ou punção, de modo a evitar que se apague ou se altere.

Chapa do construtor - é a chapa de identificação colocada pelo fabricante ou seu man-datário fixada numa peça não susceptível de ser substituída durante a normal utilização do veículo. Os veículos matriculados após 1 de Janeiro de 1998 ou novas homologações após 1 de Janeiro de 1988 devem ter chapas de construtor de acordo com o referido na Directiva Comunitária 78/507/CEE, de 19 de Maio de 1978

O inspector deve localizar a gravação a frio do número de quadro e a chapa do construtor. Deve ter em atenção a qualidade e uniformidade das marcações da gravação, as condições de fixação e originali-dade da chapa do construtor.

O inspector deve confirmar o número do quadro com o número constante no livrete do veículo.

Verificar se o número de quadro que o veículo apresenta no momento da inspecção cumpre as regras definidas legalmente.

O número de quadro deve ser sempre verificado pelo inspector, quer em inspecção, quer em reinspec-ção. Esta verificação deve ser feita com o motor do veículo parado, por razões de segurança.

Veículos com dois números de quadro:

• No caso dos veículos provenientes de países terceiros (nomeadamente EUA e Canadá) que apresentem dois números de quadro (diferindo entre si parcialmente), um atribuído pelo fabricante do veículo e outro pela administração do país de proveniência, ambos devem ser anotados no livrete.

• O veículo deve ser identificado através do número do quadro atribuído pelo fabricante e gravado na estrutura do veículo, que deve ser registado no campo próprio do livrete.

• O número de quadro atribuído pela administração do país de origem deve ser inscrito em anotações especiais, mediante a indicação:

«Possui também gravado o n.º quadro: XXXYYYYYYZZZZZZZZ»

As anomalias relativas à identificação dos veículos (com excepção das deficiências identificadas nas chapas de matrícula) devem ser comunicadas à Direcção de Serviços de Viação no prazo de quarenta e oito horas, depois de convenientemente anotadas no certificado de inspecção. No campo das obser-vações do certificado de inspecção deve inscrever-se:

“É necessário regularizar a identificação do veículo na Direcção de Serviços de Viação”.

Page 149: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

Consequências das Deficiências

• Coima

• Apreensão do veículo

B.10.3 - LIVrete

Esta verificação aplica-se a todos os veículos das categorias M, N e O.

Comparar as características mencionadas no livrete com as que o veículo apresenta no momento da inspecção.

Verificar se o livrete que o veículo apresenta no momento da inspecção cumpre as regras definidas legalmente.

O inspector deve verificar pelo livrete se o tipo de combustível da viatura se encontra correcto com o indicado no livrete. Caso haja dúvida o inspector deve verificar visualmente o sistema de ignição e injecção do veículo.

Caso o combustível seja GPL, deverá o inspector confirmar se o tipo de combustível vem averbado no livrete e se as características do reservatório de GPL em relação às apresentadas no livrete são semelhantes.

Sempre que a deficiência levante dúvida o centro deve comunicar ao IMTT que existe indícios de alte-ração da cilindrada ou modelo do motor.

A aprovação de um veículo anteriormente reprovado por razões de identificação fica condicionada à apresentação de documento emitido por uma Direcção de Serviços de Viação que permita a circulação do veículo. O documento de substituição do livrete apresentado deve-se apresentar totalmente pre-enchido no tocante às características do veículo, contendo a sua identificação completa, incluindo o respectivo número de quadro, carimbado e com a indicação que substitui o livrete.

Deficiência tipo

Ausência de gravação no quadro e na chapa do construtor 2

Ausência de gravação com identificação na chapa do construtor 1

Divergência ou impossibilidade de leitura de qualquer caracter 1

Divergência ou impossibilidade de leitura do número de série 2

Indícios de alteração ou viciação 2

Identificação do Veículo

B - 10.4

Page 150: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

Deficiência tipo

Indícios de alteração ou viciação de qualquer elemento 2

Deterioração que impossibilita a leitura 2

Deterioração que não dificulta a leitura 1

Falta de indicação de P.B.R. (com dispositivo de reboque) 1

Divergência de dimensões dos pneumáticos 1

Tipo de veículo divergente 2

Tipo de caixa divergente do indicado no livrete 2

Divergência do combustível indicado no livrete 2

Modelo ou cilindrada de motor diferente do indicado no livrete 2

Divergência do reservatório de GPL do indicado no livrete 2

Outras divergências, nomeadamente a cor 1

Identificação do Veículo

B - 10.5

Consequências das Deficiências

• Coima

• Apreensão do veículo

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Page 152: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

Bibliografia

c.1

BIBLIOGrafIa

Decreto-Lei nº 554/99 de 16 de Dezembro

Despacho nº 5392/99 de 16 de Março

Manual de instruções da linha de inspecções Eurosystem para carros de passeio e transporte (vans), MAHA, 1999

Crypton – Analisadores de emissões - Instruções de funcionamento e manutenção; Lucas Automotive, Lda; 1993

Frenómetro DBE-400 – Manual do Operador, 1998

Ripómetro AP-585 – Manual do Operador, 1998

Manual del usuario – BDE-4000; Mapro, S.A.; 2000

Manual do utilizador do opacímetro MDO2, v0.02/0, MAHA, 2000

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Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

dOcumentOsde

saída

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Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

Pós-teste

PÓs-teste

Em relação a cada um dos exercícios seguintes, são apresentadas 4 (quatro) respostas das quais apenas 1 (uma) está correcta. Para cada exercício indique a resposta que considera correcta, colocando uma cruz (X) no quadradinho respectivo.

1. Aquando da verificação do número de quadro do veículo, qual o procedimento que NÃO se aplica?

a) Verificar a correspondência do número gravado no veículo e o do livrete ou documento único .............................................................................................................................................

b) Verificar se os três primeiros caracteres são do país onde se está a efectuar a inspecção ........

c) Verificar se não há dígitos imperceptíveis ....................................................................................

d) Verificar indícios de alteração ou viciação ...................................................................................

2. A impossibilidade de leitura de um caracter do número de quadro:

a) É sempre uma deficiência tipo 1 .................................................................................................

b) É sempre uma deficiência tipo 2 .................................................................................................

c) Nunca é deficiência .....................................................................................................................

d) Não é deficiência, desde que seja um dos caracteres de identificação do fabricante ................

3. O frenómetro usa como base para o cálculo da eficiência de travagem:

a) A força média medida em cada roda e a massa do veículo medida em cada roda ....................

b) A soma das massas mínimas medidas em cada roda e a massa total do veículo .....................

c) A força mínima medida em cada roda e a massa medida em cada roda ...................................

d) A soma das forças máximas medidas em cada roda e a massa do veículo ...............................

s.1

Page 157: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

4. A função do frenómetro é:

a) Medir a eficiência de travagem do veículo ..................................................................................

b) Medir a eficiência da suspensão do veículo ...............................................................................

c) Verificar se a diferença de eficiência de travagem entre rodas do mesmo eixo é superior a 50% .........................................................................................................................................

d) Medir a diferença de eficiência de travagem entre rodas de eixos diferentes ............................

5. Quanto aos procedimentos de utilização do frenómetro, qual a afirmação correcta?

a) Quando se liga o frenómetro, o veículo deve estar em cima dos rolos para avaliação correcta da sua massa ..............................................................................................................................

b) Assim que os rolos do frenómetro iniciam a rotação, deve actuar-se o travão do veículo para que a medição seja correcta .......................................................................................................

c) Depois de ligar o frenómetro, deve-se esperar que este execute o seu procedimento de auto-verificação antes de colocar o veículo nos rolos.................................................................

d) Tipicamente, o frenómetro assume que a primeira medição é realizada ao eixo traseiro e a segunda ao eixo dianteiro ...........................................................................................................

6. O desacelerógrafo é um equipamento que:

a) Mede exclusivamente a desaceleração do veículo durante uma travagem real ........................

b) Simula uma travagem e mede a eficiência da travagem ............................................................

c) Mede exclusivamente a força de travagem durante uma travagem real ....................................

d) Mede exclusivamente a eficiência de travagem durante uma travagem real .............................

7. O desacelerógrafo deve ser utilizado:

a) Sempre que o apresentante do veículo o solicitar ......................................................................

b) Na inspecção de todos os veículos .............................................................................................

c) Na inspecção de veículos com tracção traseira ..........................................................................

d) Na inspecção de veículos com tracção integral permanente ......................................................

s.2

Pós-teste

Page 158: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

8. Qual a afirmação correcta sobre a utilização do desacelerógrafo?

a) O desacelerógrafo deve ser colocado no chão do veículo e com a seta orientada no sentido do movimento do veículo .............................................................................................................

b) O desacelerógrafo deve ser colocado na estrada, junto ao local onde se irá realizar a travagem, com a seta orientada para o veículo

c) O desacelerógrafo deve ser levado dentro do veículo, preferencialmente em cima do banco do passageiro ...............................................................................................................................

d) O desacelerógrafo é colocado junto dos pés do condutor, sobre a protecção de borracha ou material sintético existente debaixo do tapete .............................................................................

9. Considere o registo do frenómetro apresentado na figura abaixo.

O que pode concluir quanto às deficiências de eficiência de travagem do veículo ensaiado?

a) O veículo apresenta uma deficiência tipo 1 porque a eficiência do travão de estacionamento é inferior a 30 % ...........................................................................................................................

b) O veículo não apresenta deficiências na eficiência de travagem ................................................

c) O veículo apresenta uma deficiência tipo 1 porque a eficiência do travão de estacionamento inferior a 30% mas superior a 16% ..............................................................................................

d) O veículo apresenta uma deficiência tipo 2 porque a eficiência do travão de estacionamento é inferior a 30 % ...........................................................................................................................

s.3

Pós-teste

Page 159: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

10. O ensaio para determinação da eficiência de travagem do veículo foi realizado com o desacelerógrafo e o valor de desaceleração obtido foi de 5,6 m.s-2.

a) O veículo apresenta uma deficiência do tipo 1 porque a eficiência global é inferior a 70 % ......

b) O veículo apresenta uma deficiência do tipo 1 porque a eficiência global é inferior a 50%

c) O veículo não apresenta deficiência porque a eficiência é superior a 50% ................................

d) O veículo apresenta uma deficiência tipo 2 porque o valor de desaceleração obtido é inferior a 10 m.s-2 ....................................................................................................................................

11. O ripómetro serve para:

a) Medir a geometria de direcção do veículo ..................................................................................

b) Medir a convergência das rodas do veículo ................................................................................

c) Medir a eficiência de direcção do veículo ...................................................................................

d) Medir a tendência de desvio do veículo em relação à trajectória teórica do mesmo ..................

12. ao passar no ripómetro, deve-se:

a) Passar com velocidade constante e o volante preso ...................................................................

b) Alinhar o veículo com a placa do ripómetro, passar com velocidade constante e o volante preso ............................................................................................................................................

c) Passar de maneira estável e precisa com a roda sobre a placa do ripómetro e o volante livre ......

d) Garantir que a velocidade do veículo é elevada e estável, com a 2ª velocidade engatada. .......

13. O detector de folgas tem com função:

a) Verificar a eficiência das juntas e articulações ............................................................................

b) Facilitar a verificação do estado das juntas e articulações .........................................................

c) Verificar a eficiência dos amortecedores .....................................................................................

d) Verificar a eficiência dos silent blocks .........................................................................................

s.4

Pós-teste

Page 160: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

14. O detector de folgas origina:

a) Forças longitudinais e transversais nas rodas do veículo, evidenciando eventuais folgas nas juntas e articulações .....................................................................................................................

b) Movimentos oscilatórios verticais do veículo evidenciando eventuais folgas nos componentes da suspensão ........................................................................................................

c) Forças longitudinais e transversais nas rodas do veículo que danificam juntas e articulações ...

d) Forças verticais e longitudinais nas rodas do veículo evidenciando eventuais folgas nos componentes ................................................................................................................................

15. O veículo ensaiado no ripómetro apresentou um resultado de 6 m/km. Qual a afirmação correcta?

a) O veículo não apresenta deficiência porque o desvio é inferior a 10 m/km .................................

b) O veículo apresenta uma deficiência tipo 2 porque o desvio é superior a 5 m/km ......................

c) O veículo apresenta uma deficiência tipo 1 porque o desvio é superior a 5 m/km mas inferior a 10 m/km .....................................................................................................................................

d) O veículo apresenta uma deficiência tipo 2 porque o desvio é superior a 5 m/km mas inferior a 10 m/km .....................................................................................................................................

16. Um veículo apresenta-se à inspecção com o espelho retrovisor do lado do condutor com o sistema de regulação avariado.

a) O veículo não apresenta deficiência porque tem o espelho retrovisor ........................................

b) O veículo apresenta uma deficiência tipo 2 porque o sistema de regulação está inoperativo ....

c) O veículo apresenta uma deficiência tipo 1 porque o sistema de regulação está inoperativo .....

d) O veículo apresenta uma deficiência tipo 1, desde que o espelho se encontre convenientemente regulado .......................................................................................................................................

s.5

Pós-teste

Page 161: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

17. O regloscópio é usado para:

a) Verificar o alinhamento e intensidade luminosa das luzes de médios, máximos e de nevoeiro ........

b) Verificar o alinhamento de todos os faróis e farolins do veículo .................................................

c) Verificar a intensidade luminosa de todos os faróis e farolins do veículo ...................................

d) Verificar o alinhamento e intensidade luminosa de todos os faróis e farolins do veículo ...........

18. Qual a afirmação incorrecta sobre a utilização do regloscópio?

a) O veículo deve estar parado numa zona lisa e horizontal ..........................................................

b) Os pneus do veículo devem estar com a pressão correcta de enchimento ...............................

c) O regloscópio deve ser alinhado com o veículo ..........................................................................

d) O regloscópio deve ser deslocado longitudinalmente ao veículo ...............................................

19. Uma luz de mudança de direcção partida ou em mau estado:

a) É uma deficiência tipo 1 ..............................................................................................................

b) É uma deficiência tipo 2 ..............................................................................................................

c) É uma deficiência tipo 3 ..............................................................................................................

d) Não é deficiência .........................................................................................................................

20. Quanto a reflectores e placas reflectoras, os veículos das categorias M e N devem ter:

a) 2 reflectores não triangulares, de cor branca colocados na frente do veículo ............................

b) 2 reflectores triangulares, de cor branca colocados na frente do veículo ...................................

c) 2 reflectores não triangulares, de cor vermelha colocados na traseira do veículo .....................

d) 2 reflectores triangulares, de cor vermelha colocados na traseira do veículo ............................

s.6

Pós-teste

Page 162: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

21. O banco de teste de suspensões permite:

a) Evidenciar folgas de articulações e juntas de componentes da suspensão ...............................

b) Determinar a eficiência do sistema de suspensão ......................................................................

c) Medir o conforto do veículo .........................................................................................................

d) Medir a altura da suspensão e o nível de conforto do veículo ....................................................

22. Qual a afirmação incorrecta sobre o ensaio no banco de suspensão?

a) Os pneus do veículo devem ter a pressão correcta e estar centrados nas plataformas .............

b) Deve-se garantir que o peso máximo suportado pelo equipamento é superior ao peso do veí-culo ...............................................................................................................................................

c) O veículo deverá estar destravado e em ponto morto ou neutro .................................................

d) Deve-se aguardar que os amortecedores atinjam a temperatura correcta de funcionamento ....

23. considere o resultado do ensaio no banco de suspensão abaixo apresentado:

a) O veículo apresenta uma deficiência tipo 1 porque a eficiência do eixo dianteiro é inferior a 70% ..............................................................................................................................................

b) O veículo apresenta uma deficiência tipo 2 porque a eficiência do eixo dianteiro é inferior a 70% ..............................................................................................................................................

c) O veículo não apresenta deficiência ao nível da eficiência da suspensão ..................................

d) O veículo apresenta uma deficiência tipo 1 porque a eficiência do eixo dianteiro é inferior a 75% mas superior a 50% .............................................................................................................

s.7

Pós-teste

Page 163: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

24. Um veículo apresenta corrosão superficial no quadro monobloco numa extensão limitada.

a) Não é deficiência .........................................................................................................................

b) É uma deficiência tipo 1 ..............................................................................................................

c) É uma deficiência tipo 2 ..............................................................................................................

d) É uma deficiência tipo 3 ..............................................................................................................

25. um veículo ligeiro de passageiros de transporte público apresenta-se à inspecção com um extintor com o prazo de validade ultrapassado.

a) Não é deficiência porque o extintor não é obrigatório neste tipo de veículos .............................

b) Não é deficiência porque o extintor não é obrigatório em veículos ligeiros ................................

c) É uma deficiência tipo 1 ..............................................................................................................

d) É uma deficiência tipo 2 ..............................................................................................................

26. O analisador de gases mede directamente:

a) As quantidades de CO, HC, CO2 e O2 existentes nos gases de escape .....................................

b) As quantidades de lambda, CO corrigido e NOx existentes nos gases de escape ......................

c) O valor de lambda e as quantidades de CO, CO2 e O2 existentes nos gases de escape ...........

d) O valor de lambda, de CO corrigido e as quantidades de HC, CO2 e O2 existentes nos gases de escape .....................................................................................................................................

27. Num veículo equipado com sistema avançado de controlo de emissões, a análise de gases de escape deve ser realizada:

a) Em dois ensaios, um com o motor em marcha lenta (ao ralenti) e outro moderadamente acelerado, no mínimo, a 2000 rpm ...............................................................................................

b) Num ensaio com o motor em marcha lenta (ao ralenti) ...............................................................

c) Durante três ciclos de aceleração livre ........................................................................................

d) Não é necessária a análise de gases de escape porque o veículo tem controlo de emissões .......

s.8

Pós-teste

Page 164: manual de procedimentos de inspecção

Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

28. O opacímetro mede:

a) O estado do motor e seus componentes ....................................................................................

b) O coeficiente característico de absorção ....................................................................................

c) O valor de opacidade ..................................................................................................................

d) A quantidade de fumos emitidos pelo veículo .............................................................................

29. Qual a alínea que não completa correctamente a frase: “No ensaio com o opacímetro...”:

a) Fazem-se pelo menos 3 ensaios por veículo para garantir o mínimo de influência das condições de execução do ensaio ...............................................................................................

b) Acelera-se rápida e continuamente até ao fim de curso do pedal do acelerador de modo a obter o débito máximo da bomba injectora ..................................................................................

c) Deve-se ter cuidado para não esforçar demasiado o motor, libertando o acelerador assim que for atingido o regime máximo do motor .................................................................................

d) É indispensável, em todos os veículos, ter um sensor do equipamento que meça as rotações do motor e registe a sua evolução ao longo do ensaio ................................................................

30. No centro de inspecções, o sonómetro serve para medir o ruído tendo como objectivo final:

a) A análise das condições do isolamento sonoro do centro de inspecções ..................................

b) A análise do correcto funcionamento do silenciador do veículo ..................................................

c) A análise da poluição sonora para efeitos de estatísticas nacionais ...........................................

d) A análise do nível de ruído a que os inspectores e utentes do centro estão expostos ...............

31. considere o seguinte resultado do analisador de gases de escape:

s.9

Pós-teste

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Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

Quanto a este resultado:

a) Não há deficiências a assinalar ...................................................................................................

b) Deve ser considerada uma deficiência tipo 1 desde que o veículo não esteja equipado com sistema de controlo de emissões .................................................................................................

c) Deve ser considerada uma deficiência tipo 2 ...............................................................................

d) Deve ser considerada uma deficiência tipo 1 desde que o veículo esteja equipado com sistema de controlo de emissões .................................................................................................

32. a publicidade em veículos ligeiros (táxis):

a) Pode ocupar os guarda lamas da retaguarda e portas laterais do veículo, incluindo os vidros ......

b) Pode ocupar os guarda lamas e portas laterais, incluindo os vidros do veículo ..........................

c) Pode ocupar os guarda lamas da retaguarda e as portas laterais do veículo, excluindo os vidros ............................................................................................................................................

d) Pode ocupar os guarda lamas e portas laterais do veículo, excluindo os vidros .........................

s.10

Pós-teste

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Procedimentos de Inspecção Periódica Obrigatória em Veículos Ligeiros

corrigenda do Pós-teste

cOrrIGenda dO PÓs-teste

nº da QuestãO resPOsta cOrrecta

1 b)

2 a)

3 d)

4 a))

5 c))

6 a))

7 d))

8 a))

9 b))

10 c))

11 d))

12 c))

13 b))

14 a))

15 c))

16 b))

17 a))

18 d))

19 a))

20 c))

21 b))

22 d))

23 c))

24 b))

25 d))

26 a))

27 a))

28 b))

29 d))

30 b))

31 a))

32 c))

s.11

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