MANUAL DE MÉTODOS ANALÍTICOS

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    Ministrio da Agricultura Pecuria e Abastecimento

    Secretaria de Defesa Agropecuria

    Coordenao-Geral de Apoio Laboratorial

    MANUAL DE MTODOS ANALTICOS OFICIAIS PARA FERTILIZANTES E

    CORRETIVOS

    Braslia

    2013

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    APRESENTAO O Ministrio da Agricultura Pecuria e Abastecimento (MAPA) apresenta, neste Manual de Mtodos Oficiais, em edio revisada, a ntegra dos mtodos para as anlises fsicas e fsico-qumicas de fertilizantes e corretivos adotados nos controles oficiais dos principais insumos agrcolas consumidos no pas. Os mtodos reunidos esto em conformidade com o Decreto 4.954 de 14.01.2004 e atualizaes do Decreto n 8.059, de 26 de julho de 2013, sendo adotados pelos laboratrios da Rede Nacional de Laboratrios, incluindo os Lanagros e Laboratrios credenciados pela Coordenao Geral de Apoio Laboratorial CGAL, da Secretaria de Defesa Agropecuria SDA.

    Reconhecendo a dinmica do setor produtivo, o MAPA, com seus tcnicos e colaboradores externos de reconhecida competncia, mantem um Grupo de Trabalho voltado para a permanente avaliao, atualizao e melhoria das metodologias analticas. Conta, ademais, com a imprescindvel participao dos tcnicos de empresas produtoras e associaes, bem como dos pesquisadores e cientistas do setor agropecurio. A transparncia deste processo , sem dvida, requisito indispensvel para se atingir o objetivo comum, de harmonizar as prticas de controle de qualidade nas reas de produo, fiscalizao e consumo dos fertilizantes e corretivos consumidos no pas. Nesta reviso, o Manual foi reestruturado de forma a facilitar o acesso aos mtodos destinados avaliao da qualidade dos insumos, dividido em captulos conforme a destinao dos produtos, quanto sua aplicao pelo consumidor. Desta forma, contem a metodologia para as anlises fiscais e periciais de amostras coletadas pela fiscalizao do MAPA, podendo ser marco referencial para os mtodos a serem utilizados e desenvolvidos pelos laboratrios de monitoramento e controle de qualidade da indstria de fertilizantes e corretivos nos parmetros de conformidade, qualidade e inocuidade. Entrementes, no pretende ser marco definitivo, devendo ser atualizado de acordo com o crescimento do agronegcio, a inovao tecnolgica, as boas prticas laboratoriais e a dinmica de qualificao do insumo agrcola brasileiro. A equipe tcnica contou, mais uma vez, com a participao extraordinria do Dr. Jos Carlos Alcarde, Professor emrito da ESALQ/USP, falecido em maio de 2012, cujas contribuies diretas edio original e aos compndios que a seguiram j foram por si imprescindveis, sem mencionar a sua grandiosa contribuio a todo o setor agropecurio brasileiro atravs do ensino, pesquisa, ensaios, empenho e acuidade cientifica e profissional, atestados tambm por sua extensa produo cientifica e literria. Ao Professor Alcarde este trabalho dedicado.

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    Equipe Tcnica Murilo Carlos Muniz Veras, Eng Agr, MSc. CGAL/SDA/MAPA - organizador Luiz Svio Medeiros Teixeira, Bel. Qumica LANAGO/GO Jos Carlos Alcarde, Eng Agr, DSc., Professor ESALQ/USP, consultor, im memorian. Waldir Vieira, Eng Agr - LANAGRO/GO Colaboradores do MAPA - Arisson Siqueira Viana, Eng Agr, MSc LANAGRO/MG - Carlos Magno Wonghan , Eng Agr LANAGRO/PA - Flvia Consolini, Eng Agr., DSc LANAGRO/SP - Eliezer Augusto Baeta de Oliveira, Eng Agr, MSc LANAGRO/SP - Hideraldo Coelho , Eng Agr CFIC/DAS/MAPA - Lindomrio Barro de Oliveira, Eng Agr., DSc LANAGRO/PE - Maria Mriam Borges de Abreu, Eng Agr LANAGRO/SP - Marshal Biscaino , Eng Agr LANAGRO/RS - Paulo Arton Lopes, Eng Agr - CGAL/SDA/MAPA Colaboradores externos - Aline Rene Conscione, Qumica, DSc IAC/SP - Mnica Ferreira de Abreu, Qumica, DSc IAC/SP - Antnio Arnaldo Rodella, Eng Agr, DSc ESALQ/USP - Gaspar H. Korndorfer, Eng Agr, DSc- UFU/MG permitida a reproduo desde que citada a fonte.

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    SUMRIO Introduo ................................................................................................................................................................................................... 7 Captulo I ANLISE DE FERTILIZANTES MINERAIS DESTINADOS APLICAO VIA SOLO .......................................... 10 A PREPARO DA AMOSTRA PARA ANLISE ................................................................................................................................ 10 A.1. Fertilizantes slidos .......................................................................................................................................................................... 10 A.2. Fertilizantes fludos .......................................................................................................................................................................... 10 B ANLISE GRANULOMTRICA .................................................................................................................................................... 10 C ANLISES QUMICAS - MTODOS ............................................................................................................................................. 12 1. NITROGNIO TOTAL ............................................................................................................................................................... 12 1.1. Macromtodo da liga de Raney ......................................................................................................................................................... 12 1.2. Procedimentos alternativos para matrias-primas ou misturas contendo o nitrognio apenas na forma amoniacal ou amoniacal e amdica da uria. ....................................................................................................................................................................................... 14 1.2.1. Mtodo da destilao com hidrxido de sdio. .............................................................................................................................. 14 1.2.2. Mtodo da digesto com cido sulfrico para produtos com uria. ............................................................................................... 15 1.3 Micromtodo da liga de Raney .......................................................................................................................................................... 16 1.4 Mtodo do cido saliclico .................................................................................................................................................................. 18 2. FSFORO TOTAL .............................................................................................................................................................................. 20 2.1. Mtodo Gravimtrico do Quimociac ................................................................................................................................................. 20 2.2. Mtodo espectrofotomtrico do cido molibdovanadofosfrico ....................................................................................................... 21 3. FSFORO SOLVEL EM GUA ..................................................................................................................................................... 22 3.1. Mtodo Gravimtrico do Quimociac ................................................................................................................................................. 22 3.2. Mtodo espectrofotomtrico do cido molibdovanadofosfrico. ...................................................................................................... 23 4. FSFORO SOLVEL EM CITRATO NEUTRO DE AMNIO MAIS GUA ............................................................................... 23 4.1. Mtodo gravimtrico do Quimociac. ................................................................................................................................................. 24 4.2. Mtodo espectrofotomtrico do cido molibdovanadofosfrico ....................................................................................................... 25 5. FSFORO SOLVEL EM CIDO CTRICO A 2% ......................................................................................................................... 26 5.1. Mtodo gravimtrico do quimociac ................................................................................................................................................... 26 5.2. Mtodo espectrofotomtrico do cido molibdovanadofosfrico ....................................................................................................... 27 6. FSFORO EM AMOSTRAS CONTENDO FOSFITO. ..................................................................................................................... 28 7. POTSSIO (K2O) SOLVEL EM GUA ......................................................................................................................................... 30 7.1. Mtodo volumtrico do tetrafenilborato de sdio (TFBS) ................................................................................................................ 30 7.2 Mtodo por fotometria de chama ....................................................................................................................................................... 32 8. CLCIO e MAGNSIO ...................................................................................................................................................................... 34 8.1 Mtodo volumtrico do EDTA ........................................................................................................................................................... 34 8.2. CLCIO - Mtodo espectromtrico por absoro atmica ............................................................................................................... 36 8.3. MAGNSIO - Mtodo espectromtrico por absoro atmica......................................................................................................... 38 8.4. CLCIO - Mtodo volumtrico do permanganato de potssio ......................................................................................................... 39 8.5. MAGNSIO - Mtodo gravimtrico do pirofosfato ......................................................................................................................... 41 9. ENXOFRE mtodo gravimtrico do sulfato de brio ....................................................................................................................... 42 10. BORO ................................................................................................................................................................................................. 44 10.1. Mtodo volumtrico do D-manitol (D-sorbitol) .............................................................................................................................. 44 10.2. Mtodo espectrofotomtrico da azomethinaH ............................................................................................................................... 46 11. ZINCO mtodo espectromtrico por absoro atmica .................................................................................................................. 48 12. COBRE ............................................................................................................................................................................................... 49 12.1. Mtodo espectromtrico por absoro atmica ............................................................................................................................... 49 12.2. Mtodo volumtrico do tiossulfato de sdio ................................................................................................................................... 50 13. MANGANS ..................................................................................................................................................................................... 51 13.1. Mtodo espectromtrico por absoro atmica ............................................................................................................................... 51 13.2. Mtodo espectrofotomtrico do permanganato de potssio ............................................................................................................ 52 14. FERRO ............................................................................................................................................................................................... 54 14.1. Mtodo espectromtrico por absoro atmica. .............................................................................................................................. 54 14.2. Mtodo volumtrico do dicromato de potssio ............................................................................................................................... 55 15. MOLIBDNIO ................................................................................................................................................................................... 56 15.1. Mtodo espectromtrico por absoro atmica ............................................................................................................................... 56 15.2. Mtodo espectrofotomtrico do tiocianato de sdio........................................................................................................................ 59 16. COBALTO ......................................................................................................................................................................................... 60 16.1. Mtodo espectromtrico por absoro atmica ............................................................................................................................... 60 16.2. Mtodo espectrofotomtrico do sal nitroso-R ................................................................................................................................. 61 17. NQUEL ............................................................................................................................................................................................. 63 17.1. Mtodo espectromtrico por absoro atmica ............................................................................................................................... 63 17.2. Mtodo gravimtrico da dimetil glioxima ....................................................................................................................................... 64 18. MICRONUTRIENTES SOLVEIS EM CIDO CTRICO E CITRATO NEUTRO DE AMNIO .............................................. 65 19. MICRONUTRIENTES SOLVEIS EM GUA .............................................................................................................................. 67 20. CLORO SOLVEL EM GUA mtodo de Mohr ......................................................................................................................... 68 21. SILCIO mtodo espectrofotomtrico do molibdato de amnio ..................................................................................................... 69 22. BIURETO ..................................................................................................................................................................................... 71 22.1. Biureto em uria mtodo espectrofotomrico do tartarato de sdio e potssio. ........................................................................... 71 22.2 Biureto mtodo espectromtrico por absoro atmica ................................................................................................................ 72 CAPTULO II ANLISE DE FERTILIZANTES MINERAIS DESTINADOS APLICAO FOLIAR, AO CULTIVO HIDROPNICO, FERTIRRIGAO, aplicao via semente E DAS SOLUES PARA PRONTO USO ................................. 73 A PREPARO DA AMOSTRA PARA ANLISE ................................................................................................................................ 73 A.1. Fertilizantes slidos .......................................................................................................................................................................... 73 A.2. Fertilizantes fludos .......................................................................................................................................................................... 74

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    B PROPRIEDADE FSICO-QUMICA REQUERIDA DOS FERTILIZANTES DESTINADOS APLICAO FOLIAR, HIDROPONIA, FERTIRRIGAO E SOLUES PARA PRONTO USO. ....................................................................................... 74 C SOLUBILIZAO ........................................................................................................................................................................... 74 D ANLISES QUMICAS MTODOS ............................................................................................................................................ 75 1. NITROGNIO SOLVEL EM GUA ............................................................................................................................................... 75 1.1. Macromtodo da liga de Raney ......................................................................................................................................................... 75 1.2. Micromtodo da liga de Raney .......................................................................................................................................................... 76 2. FSFORO SOLVEL EM GUA ..................................................................................................................................................... 77 2.1 Mtodo gravimtrico do Quimociac ................................................................................................................................................... 77 2.2. Mtodo espectrofotomtrico do cido molibdovanadofosfrico ....................................................................................................... 77 3. FSFORO EM AMOSTRAS CONTENDO FOSFITO. ..................................................................................................................... 77 3.1. Mtodo gravimtrico do Quimociac. ................................................................................................................................................. 77 3.2 Mtodo espectrofotomtrico do cido molibdovanadofosfrico ........................................................................................................ 78 4. POTSSIO SOLVEL EM GUA .................................................................................................................................................... 78 4.1. Mtodo volumtrico do tetrafenilborato de sdio ............................................................................................................................. 78 4.2. Mtodo por fotometria de chama ...................................................................................................................................................... 78 5. CLCIO E MAGNSIO SOLVEIS EM GUA .............................................................................................................................. 79 5.1. Mtodo volumtrico do EDTA para clcio e magnsio .................................................................................................................... 79 5.2. Clcio - Mtodo espectromtrico por absoro atmica ................................................................................................................... 80 5.3. Magnsio - Mtodo espectromtrico por absoro atmica .............................................................................................................. 81 6. ENXOFRE SOLVEL EM GUA ..................................................................................................................................................... 82 7. BORO SOLVEL EM GUA ............................................................................................................................................................ 83 8. MICRONUTRIENTES SOLVEIS EM GUA: Co, Cu, Fe, Mn, Mo, Ni e Zn ................................................................................ 83 9. CLORO SOLVEL EM GUA mtodo de Mohr ........................................................................................................................... 84 10. SILCIO SOLVEL EM GUA mtodo espectrofotomtrico do molibdato de amnio .............................................................. 85 11. RESDUO SLIDO ........................................................................................................................................................................... 86 12. SOLUBILIDADE A 20 C ................................................................................................................................................................. 87 13. CONDUTIVIDADE ELTRICA A 25 C ......................................................................................................................................... 88 14. NDICE SALINO ............................................................................................................................................................................... 89 15. pH 89 16. DENSIDADE ABSOLUTA DE FERTILIZANTES FLUIDOS Mtodo do picnmetro ............................................................... 90 Captulo III ANLISE DOS FERTILIZANTES ORGNICOS E ORGANOMINERAIS DESTINADOS APLICAO VIA SOLO 91 A PREPARO DA AMOSTRA PARA ANLISE ................................................................................................................................ 91 A.1. Fertilizantes slidos .......................................................................................................................................................................... 91 A.2. Fertilizantes fludos .......................................................................................................................................................................... 91 B ANLISE GRANULOMTRICA .................................................................................................................................................... 91 C UMIDADE e pH ................................................................................................................................................................................ 92 C.1. Determinao da umidade a 65C (U65) .......................................................................................................................................... 92 C.2. Determinao do pH ......................................................................................................................................................................... 92 D ANLISES QUMICAS - MTODOS ............................................................................................................................................ 93 1. NITROGNIO TOTAL ....................................................................................................................................................................... 93 1.1 Macromtodo da liga de Raney .......................................................................................................................................................... 93 1.2 Mtodo do cido saliclico .................................................................................................................................................................. 94 2. FSFORO TOTAL .............................................................................................................................................................................. 95 3. FSFORO SOLVEL EM CITRATO NEUTRO DE AMNIO MAIS GUA mtodo gravimtrico do Quimociac .................. 97 4. FSFORO SOLVEL EM CIDO CTRICO A 2% - mtodo gravimtrico do Quimociac ............................................................. 97 5. FSFORO TOTAL OU PARCIALMENTE NA FORMA DE FOSFITO .......................................................................................... 97 6. POTSSIO SOLVEL EM GUA .................................................................................................................................................... 98 7. CLCIO e MAGNSIO .................................................................................................................................................................... 101 8. ENXOFRE mtodo gravimtrico do sulfato de brio ..................................................................................................................... 103 9. BORO mtodo espectrofotomtrico da azomethina-H .................................................................................................................... 104 10. MICRONUTRIENTES Co, Cu, Fe, Mn, Mo, Ni, Zn determinao por espectrometria de absoro atmica ......................... 105 11. CLORO SOLVEL EM GUA ...................................................................................................................................................... 107 11.1. Mtodo de Mohr ............................................................................................................................................................................ 107 11.2. Mtodo alternativo ......................................................................................................................................................................... 108 12. SILCIO mtodo espectrofotomtrico do molibdato de amnio ................................................................................................... 110 13. CARBONO ORGNICO mtodo volumtrico do dicromato de potssio ................................................................................... 111 14. EXTRATO HMICO TOTAL (EHT), CIDOS HMICOS E CIDOS FLVICOS mtodo do dicromato de potssio ....... 114 15. CAPACIDADE DE TROCA DE CTIONS (CTC) ....................................................................................................................... 116 E - CLCULO DA RELAO CTC/C ................................................................................................................................................ 118 F CLCULO DA RELAO C/N ..................................................................................................................................................... 118 CAPTULO IV ANLISE DOS FERTILIZANTES ORGNICOS OU ORGANOMINERAIS DESTINADOS APLICAO FOLIAR, AO CULTIVO HIDROPNICO, FERTIRRIGAO, APLICAO VIA SEMENTE E DAS SOLUES PARA PRONTO USO ....................................................................................................................................................................................... 119 A PREPARO DA AMOSTRA PARA ANLISE .............................................................................................................................. 119 A.1. Fertilizantes slidos ........................................................................................................................................................................ 119 A.2. Fertilizantes fluidos ........................................................................................................................................................................ 119 B PROPRIEDADE FSICO-QUMICA REQUERIDA DOS FERTILIZANTES DESTINADOS APLICAO FOLIAR, HIDROPONIA, FERTIRRIGAO E SOLUES PARA PRONTO USO. ..................................................................................... 119 C SOLUBILIZAO ......................................................................................................................................................................... 119 D ANLISES QUMICAS - MTODOS .......................................................................................................................................... 120 1. NITROGNIO SOLVEL EM GUA ............................................................................................................................................. 120 1.1 Macromtodo da liga de Raney ........................................................................................................................................................ 120 1.2 Micromtodo da liga de Raney ......................................................................................................................................................... 122 2. FSFORO SOLVEL EM GUA ................................................................................................................................................... 124

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    3. FSFORO MTODOS PARA AMOSTRAS CONTENDO FSFORO TOTAL OU PARCIALMENTE NA FORMA DE FOSFITO (PO3)-3. ................................................................................................................................................................................. 124 4. POTSSIO SOLVEL EM GUA .................................................................................................................................................. 125 4.1. Mtodo volumtrico do tetrafenilborato de sdio ........................................................................................................................... 125 4.2. Mtodo para determinao do potssio por fotometria de chama ................................................................................................... 126 5. CLCIO E MAGNSIO SOLVEIS EM GUA ............................................................................................................................ 127 5.1. Mtodo volumtrico do EDTA ........................................................................................................................................................ 127 5.2. Mtodo espectromtrico para a determinao de clcio e magnsio por absoro atmica ........................................................... 128 6. ENXOFRE SOLVEL EM GUA ................................................................................................................................................... 129 7. BORO SOLVEL EM GUA .......................................................................................................................................................... 131 8. MICRONUTRIENTES SOLVEIS EM GUA: Co, Cu, Fe, Mn, Mo, Ni e Zn .............................................................................. 131 9. CLORO SOLVEL EM GUA ........................................................................................................................................................ 133 9.1. Mtodo de Mohr .............................................................................................................................................................................. 133 9.2. Mtodo alternativo ........................................................................................................................................................................... 133 10. SILCIO SOLVEL EM GUA ..................................................................................................................................................... 133 11. RESDUO SLIDO ......................................................................................................................................................................... 133 12. SOLUBILIDADE A 20 C ............................................................................................................................................................... 133 13. CONDUTIVIDADE ELTRICA A 25 C ....................................................................................................................................... 134 14. NDICE SALINO ............................................................................................................................................................................. 134 15. pH 134 16. CARBONO ORGNICO ................................................................................................................................................................ 134 17. EXTRATO HMICO TOTAL (EHT), CIDOS HMICOS E CIDOS FLVICOS ................................................................ 134 Captulo V ANLISE DOS CORRETIVOS DE ACIDEZ ................................................................................................................ 134 A PREPARO DA AMOSTRA PARA ANLISE .............................................................................................................................. 134 B ANLISE GRANULOMTRICA .................................................................................................................................................. 135 C ANLISES QUMICAS - MTODOS ........................................................................................................................................... 136 1. PODER DE NEUTRALIZAO (PN) ............................................................................................................................................. 136 2. XIDO DE CLCIO (CaO) E XIDO DE MAGNSIO (MgO) mtodo complexomtrico do EDTA ...................................... 138 3. XIDO DE MAGNSIO (MgO) mtodo por espectrometria de absoro atmica ...................................................................... 140 4. OUTROS MTODOS ........................................................................................................................................................................ 141 4.1 XIDO DE CLCIO (CaO): mtodo volumtrico do permanganato de potssio .......................................................................... 141 4.2. XIDO DE MAGNSIO (MgO): mtodo gravimtrico do pirofosfato ......................................................................................... 143 4.3 XIDO DE CLCIO (CaO): mtodo por espectrometria de absoro atmica ............................................................................ 145 5. DETERMINAO DE CONTAMINANTES INORGNICOS: CDMIO (Cd) e CHUMBO (Pb) .............................................. 146 D CLCULO DO PODER RELATIVO DE NEUTRALIZAO TOTAL (PRNT) ....................................................................... 148 REFERNCIAS DOS MTODOS ........................................................................................................................................................ 148

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    INTRODUO

    O Ministrio da Agricultura apresentou mtodos oficiais para o controle de qualidade dos insumos agrcolas

    pela primeira vez em 1983 Anlises de corretivos, fertilizantes e inoculantes: Mtodos oficiais. Braslia,

    Laboratrio Nacional de Defesa Agropecuria, 1983, 104p a partir do trabalho do Professor Doutor Jos Carlos

    Alcarde, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queirz / Universidade de So Paulo. Este compndio de

    mtodos foi reeditado em 1988.

    Em 2007, a metodologia foi revisada, ampliada e oficializada pela Instruo Normativa n 28, de 27 de junho

    de 2007. Este trabalho, agora, representa a primeira reviso, ampliao e atualizao do Manual de Mtodos

    apresentado pela IN 28.

    O objetivo do Manual o de reunir os mtodos analticos a serem utilizados na verificao da conformidade

    dos fertilizantes e corretivos agrcolas quanto aos teores de nutrientes e quanto presena de contaminantes

    qumicos, nas anlises realizadas para fiscalizao destes produtos pelos Laboratrios do Ministrio da

    Agricultura, Pecuria e Abastecimento (MAPA) ou credenciados por este. Seu uso em laboratrios de controle de

    qualidade de empresas produtoras, laboratrios privados e outros facultativo. Outros mtodos podem ser

    empregados nas anlises de controle de qualidade realizadas por estes Laboratrios, desde que sejam

    comprovadamente equivalentes e validados, quando a finalidade de comparao com os resultados obtidos pelos

    mtodos oficiais aqui descritos.

    De modo geral, esto apresentados mtodos internacionalmente aceitos, alguns deles mtodos clssicos da

    Qumica Analtica, propostos com o suporte da instrumentao necessria e na medida da preciso e exatido

    exigida pela Legislao brasileira. So basicamente os mesmos empregados por outras entidades reguladoras e

    fiscalizadoras ao redor do mundo, que os empregam com o mesmo objetivo, como poder ser verificado nas

    referncias bibliogrficas enumeradas ao final. Esto divididos em cinco captulos, aplicados de acordo com a

    classificao e composio dos insumos, a saber:

    I. Anlise de fertilizantes minerais destinados aplicao via solo.

    II. Anlise de fertilizantes minerais destinados aplicao foliar, ao cultivo hidropnico, fertirrigao,

    aplicao via semente e das solues para pronto uso.

    III. Anlise dos fertilizantes orgnicos e organominerais destinados aplicao via solo.

    IV. Anlise dos fertilizantes orgnicos e organominerais destinados aplicao foliar, ao cultivo hidropnico,

    fertirrigao, aplicao via semente e das solues para pronto uso.

    V. Anlise dos corretivos de acidez.

    Alguns cuidados operacionais e recomendaes de trabalho no foram repetidos de forma sistemtica no

    texto dos mtodos analticos, pois esto compreendidos nas BOAS PRTICAS ANALTICAS as quais so

    requisitos indispensveis para o correto desenvolvimento dos trabalhos e devem sempre ser atendidas. A seguir

    so listados alguns pontos essenciais que devem ser observados, alguns deles visando dar flexibilidade ao trabalho

    do analista, sem prejuzo da preciso, exatido e consistncia de seu trabalho e confiabilidade de seus resultados:

    a) Uso de material de proteo individual: Neste Manual no feita referencia ao uso de equipamentos de

    proteo individual (EPIs) embora o seu uso seja fortemente encorajado. Luvas adequadas, jalecos, sapatos

    fechados e culos de segurana devem ser empregados durante a realizao de todas as atividades realizadas no

    laboratrio. Manipular cidos concentrados e produtos volteis de qualquer natureza somente em capela. Manter

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    uma disposio de permanente ateno e cuidado com a operao que se est desenvolvendo.

    b) Qualidade da gua a utilizar: A qualidade mnima da gua a ser empregada ser a da gua

    desmineralizada ou destilada. Toda e qualquer referncia simples a gua nas descries dos mtodos pressupe

    esta pureza mnima. Em casos especiais, que sero indicados no mtodo de anlise, esta gua dever ser submetida

    a processos especficos de purificao, que implicam melhor qualidade. Caso o laboratrio tenha recursos

    disponveis, gua de qualidade superior explicitada acima pode ser empregada em todas as operaes.

    Nas operaes de dissoluo, diluio, enxague ou lavagens mencionadas nos mtodos de anlise, sem

    especificao da natureza dos solventes ou diluentes, est implcita a utilizao de GUA.

    c) Material empregado nos mtodos analticos: O material corrente de Laboratrio no est especificado

    quando da descrio dos mtodos, salvo quanto sua capacidade. A descrio dos itens includa nos mtodos

    analticos limita-se a aparelhos e utenslios especiais ou queles que requerem exigncias especficas.

    Relativamente ao material de vidro graduado, o Laboratrio dever assegurar-se de seu grau de preciso, tomando

    como referncia as normas metrolgicas apropriadas.

    d) Limpeza do material: O material deve estar bastante limpo, podendo requerer uma limpeza especial (que

    nestes casos ser descrita), sobretudo quando as determinaes incidem sobre quantidades muito pequenas do

    elemento a analisar.

    e) Qualidade dos reagentes: Salvo disposies contrrias claramente mencionadas nos mtodos de anlise,

    todos os reagentes devero ser de pureza analtica (p.a.). Em casos especficos, que sero igualmente ressaltados,

    poder ser exigida uma pureza maior.

    f) Calibrao e manuteno de equipamentos e vidraria: Os Laboratrios podero definir prazos e

    polticas prprias de manuteno e calibrao de equipamentos e vidraria, atentando s regras previstas em seu

    sistema de controle da qualidade e na Norma adotada.

    g) Medidas de massa, volume, tempo e temperatura: Para os mtodos analticos apresentados neste

    Manual por vezes sero solicitadas medidas que no necessitam ter, rigorosamente, o valor expresso, exceto

    quando especificado no mtodo, como, por exemplo, em casos de padronizao, preparao de solues de

    referncia e outros. Na ausncia de uma referncia clara a uma pesagem exata ou ao uso de vidraria volumtrica

    especfica, no necessrio usar equipamento de maior preciso do que a solicitada e vidraria de volumes

    prximos pode ser utilizada conforme a disponibilidade e convenincia do Laboratrio. Desta forma, tambm

    permitido flexibilizar as massas pesadas das amostras, de acordo com o teor especificado ou esperado, desde que

    registrado o valor exato para uso nos clculos finais.

    h) Procedimentos de extrao: Em algumas anlises, a extrao emprica e poder no ser quantitativa,

    dependendo do produto e seus diversos componentes. Por exemplo, no caso de alguns xidos de mangans a

    quantidade extrada (extrao cida) poder no traduzir a quantidade total de mangans do produto. Cabe ao

    fabricante providenciar para que o teor declarado corresponda de fato quantidade extrada nas condies

    previstas no mtodo. Assim, em algumas situaes, o chamado teor total corresponde, na verdade, ao teor

    extrado nas condies enrgicas descritas pelo mtodo.

    i) Uso de materiais de referncia e amostras de controle: O emprego de compostos qumicos padres,

    estveis e de composio bem definida, de amostras-controle (amostras com teores conhecidos, mas obtidas sem

    processos formais de certificao) e de materiais de referncia certificados (MRC) deve ser uma prtica rotineira

    do Laboratrio, para verificar o funcionamento dos equipamentos e a execuo correta das tcnicas analticas. As

    amostras de controle podem ser preparadas no prprio Laboratrio, a partir de amostras homogneas, analisadas

    repetidas vezes para obter uma estimativa razovel dos valores verdadeiros e dos intervalos de confiana para os

    resultados dos elementos ou ndices desejados. Seu uso, bem como o de materiais de referncia certificados,

    possibilita a avaliao da conformidade das atividades de rotina e a consequente garantia da qualidade dos

    resultados obtidos.

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    j) Preparo de curvas de calibrao: As curvas de calibrao recomendadas neste Manual so sugestes,

    podendo sofrer alteraes conforme a caractersticas de cada equipamento empregado. Podem-se tomar solues-

    padres de concentraes diferentes, desde que obedecidas as faixas lineares de trabalho, bem como variar o

    nmero de pontos na curva, desde que se empregue o mnimo de trs pontos mais o zero (quando este faz parte

    da curva de calibrao; caso no faa parte, devem ser usados no mnimo quatro padres para a construo da

    curva), e desde que o principio do mtodo analtico empregado no seja alterado. Observar com cautela as

    alteraes feitas de modo a manter o padro no ambiente qumico relativo ao mtodo empregado e que o pH e a

    viscosidade da soluo no interfiram nas determinaes em mtodos espectrofotomtricos ou instrumentais.

    k) Uso de solues padro multielementares: O uso de padres multielementares, especialmente para as

    determinaes por espectrometria de absoro atmica, permitido, devendo ser ressalvados os casos de

    interferncias.

    l) Tratamento de resduos de laboratrio: De modo geral, no se faz referencia separao e destinao

    dos resduos gerados. Porm nenhum resduo do laboratrio qumico deve ser descartado no esgoto normal ou no

    ambiente sem prvia avaliao e definio da forma de disposio e tratamento adequados.

    A par de toda a evoluo tcnico-instrumental e dos recursos disponibilizados aos Laboratrios cabe lembrar

    que o principal agente do trabalho analtico o tcnico responsvel pela sua execuo. fundamental a sua

    capacitao, habilidade e atitude profissional, que devem ser priorizadas e valorizadas na medida de sua

    relevncia.

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    CAPTULO I ANLISE DE FERTILIZANTES MINERAIS DESTINADOS APLICAO VIA SOLO

    A PREPARO DA AMOSTRA PARA ANLISE A.1. Fertilizantes slidos

    Homogeneizar toda a amostra e reduzir por quarteao at obter uma quantidade de aproximadamente 250 g.

    Dividir esta quantidade, por quarteao, em duas fraes iguais. Uma delas ser utilizada na anlise granulomtrica e outra na anlise qumica.

    Para fertilizantes simples ou higroscpicos, a frao destinada anlise qumica deve ser moda e passada totalmente em peneira com abertura de malha de 0,84 mm.

    Para fosfatos reativos, fritas e materiais que as contenham, moer e passar em peneira com abertura de malha de 0,15 mm. Para estes ltimos pode-se, tambm, tomar, por quarteao, uma frao menor destes materiais j modos, passados na peneira de 0,42 mm e homogeneizados e submet-los a uma moagem adicional de modo a passar na peneira de abertura de malha de 0,15 mm.

    Farinha de ossos, fosfatos naturais modos, termofosfatos e escrias de desfosforao no devem sofrer qualquer preparo.

    Para os demais fertilizantes, a frao destinada anlise qumica deve ser moda e passada em peneira com abertura de malha de 0,42 mm.

    Amostras coletadas com massa menor que 100 g devem ter sua anlise cancelada. Para aquelas com massa entre 100 e 200 g, executar apenas as anlises qumicas, suspendendo a anlise granulomtrica.

    A.2. Fertilizantes fludos

    Amostras fluidas devem ser submetidas a agitao de maneira a promover sua completa homogeneizao, no

    momento da retirada da alquota para anlise.

    B ANLISE GRANULOMTRICA

    B.1. Fertilizantes farelado grosso, farelado, farelado fino, microgranulado, p, granulado, mistura de grnulos, mistura granulada, termosfosfatos e escrias de desfosforao, fosfato natural, fosfato natural reativo, termofosfato magnesiano, termofosfato magnesiano grosso e multifosfato. 1. Equipamentos a) Peneiras com abertura de malha de: 4,8 mm - 4,0 mm - 3,36 mm - 2,8 mm - 2 mm - 1,0 mm - 0,84 mm - 0,5 mm - 0,3 mm - 0,15 mm e 0,075 mm, limpas, secas e taradas com preciso de 0,01 g, com fundo tarado e tampa. b) Agitador mecnico de peneiras. 2. Procedimento a) Pesar integralmente a frao da amostra reservada para tal, com preciso de 0,01 g, e transferi-la para o conjunto de peneiras, encaixadas umas sobre as outras, em ordem crescente de abertura de malha, ficando a de malha maior acima. Utillizar as aberturas de malha de acordo com a natureza fsica do produto:

    Natureza fsica do fertilizante Peneiras (abertura da malha)

    Farelado grosso 4,8 mm e 1,0 mm Farelado e farelado fino 3,36 mm e 0,5 mm

    Granulado, mistura de grnulos, mistura granulada

    4,0 mm e 1,0 mm

    Microgranulado 2,8 mm e 1,0 mm P 2,0 mm, 0,84 mm e 0,3 mm

    [m1] Comentrio: Pela ABNT = 4,76 mm, definir numero de casas decimais em todas.

    [m2] Comentrio: Grau de preciso bem menor do que a ofertada pela fabricantes de peneira, segundo Hideraldo e Adriana

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    Termosfosfatos e escrias de desfosforao 0,15 mm Termofosfato magnesiano grosso 0,84 mm

    Fosfato natural reativo 4,8 mm e 2,8 mm Multifosfato magnesiano 2,8mm e 0,5 mm

    b) Tampar, fixar as peneiras no agitador mecnico e agitar durante 10 minutos. Pesar cada peneira e o fundo, e calcular a frao neles retida; em seguida, calcular o percentual em massa do material passante em cada peneira pelas expresses, de acordo com cada caso:

    , onde: G = massa da amostra analisada, em gramas. R1 = massa da frao retida na 1a ou nica peneira especificada, em gramas. R2 = massa da frao retida na 2a peneira especificada, em gramas. R3 = massa da frao retida na 3 peneira especificada, em gramas. B.2. Fosfatos naturais modos 1. Equipamento - Peneira com abertura de malha de 0,075 mm, limpa, seca e tarada com preciso de 0,01 g. 2. Procedimento a) Pesar integralmente a frao da amostra reservada para tal, com preciso de 0,01 g, e transferir para a peneira com a abertura de malha de 0,075 mm. Se a amostra in natura apresentar umidade, reservar uma pequena poro da mesma (10 a 20 g) para a determinao da umidade por secagem em estufa regulada a 65 5C, at peso constante. b) Lavar com gua de torneira com um fluxo moderado, at que a gua que passa atravs da peneira esteja lmpida. Tomar cuidado para evitar perda da amostra por respingos. c) Secar a peneira com o retido a 105-110 C, at peso constante, deixar esfriar e pesar. Calcular o percentual em massa de material passante na peneira pela expresso:

    , onde: R = massa da frao retida na peneira, em gramas. G = massa da amostra analisada, em gramas. Caso parte da amostra tenha sido seca em estufa devido umidade, a massa G constante da frmula de clculo dever ser substituda por G(s), sendo:

    , onde: G(s) = massa seca da amostra, em gramas U = porcentagem de umidade a 65 5C. B.3. Fosfatos naturais modos contendo argila coloidal e para fosfatos naturais modos e granulados 1. Reagentes

    - Soluo do agente dispersante : dissolver 36 g de hexametafosfato de sdio (NaPO3)n p.a. e 8 g de carbonato de sdio (Na2CO3) p.a. em gua e completar o volume a 1 litro. 2. Equipamentos a) Peneira com abertura de malha de 0,075 mm, limpa, seca e tarada com preciso de 0,01 g. b) Agitador de haste ou magntico.

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    3. Procedimento a) Pesar integralmente a frao da amostra reservada para tal, com preciso de 0,01 g. Transferir para um bquer contendo 50 mL de soluo do agente dispersante e 450 mL de gua. Se a amostra in natura apresentar umidade, reservar uma pequena poro da mesma (10 a 20 g) para a determinao da umidade por secagem em estufa regulada a 65 5C, at peso constante. b) Agitar, durante 5 minutos, evitando que o material fique retido na haste do agitador ou nas paredes do bquer. Transferir a soluo para a peneira especificada. c) Lavar com um fluxo moderado de gua de torneira, at que a gua que passa atravs da peneira esteja lmpida. Tomar cuidado para evitar perda da amostra por respingos. d) Secar a frao retida na peneira, a 105-110 C, at peso constante, deixar esfriar e pesar. Calcular o percentual em massa de material passante na peneira pela expresso:

    , onde: R = massa da frao retida na peneira, em gramas. G = massa inicial da amostra, em gramas. Caso parte da amostra tenha sido seca em estufa devido umidade, a massa G constante da frmula de clculo dever ser substituda por G(s), sendo:

    , onde: G(s) = massa seca da amostra, em gramas U = porcentagem de umidade a 65 5C.

    C ANLISES QUMICAS - MTODOS

    1. NITROGNIO TOTAL 1.1. Macromtodo da liga de Raney 1.1.1. Princpio e aplicao Este mtodo fundamenta-se na amonificao de todas as formas no amoniacais de nitrognio, seguida da destilao alcalina da amnia, que recebida em uma soluo de cido brico. O borato de amnio formado titulado com soluo cida padronizada. Aplicvel aos fertilizantes minerais, exceto a nitrofosfatos contendo enxofre no sulfato.

    1.1.2. Equipamento

    - Conjunto macrodigestor e destilador tipo Kjeldhal equipados com reguladores de potncia.

    1.1.3. Reagentes a) P cataltico (ou liga) de Raney p.a. (50% de Ni e 50% de Al, em massa). b) cido sulfrico, p.a., H2SO4. c) cido clordrico, p.a., HCl. d) Sulfato de cobre pentahidratado, p.a., CuSO4 . 5H2O. e) Selenito de sdio, p.a., Na2SeO3 f) Sulfato de potssio, p.a., K2SO4. g) Zinco granulado p.a, 8 mesh. h) Soluo de cido sulfrico sulfato de potssio: acrescentar, vagarosamente e com cuidado, 200 mL de H2SO4 a 625 mL de gua e misturar. Sem esfriar, juntar 106,7 g de K2SO4 e continuar a agitao at dissolver todo o sal. Diluir a quase 1 litro e agitar. Esfriar, completar a diluio a 1 litro com gua e homogeneizar. i) Soluo de sulfeto de potssio ou tiossulfato de sdio: dissolver em gua 40 g de K2S ou 80 g de Na2S2O3.5H2O e completar o volume a 1 litro. j) Soluo de hidrxido de sdio(NaOH) com 450 gL-1. k) Indicador verde de bromocresol 1 gL-1: pesar 0,25 g do indicador, triturar em almofariz com 7 a 8 mL de uma

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    soluo aquosa de hidrxido de sdio (NaOH) 4 gL-1, transferir para balo volumtrico de 250 mL e completar o volume com gua. l) Indicador vermelho de metila 1 gL-1: dissolver 0,1 g de vermelho de metila em lcool etlico,p.a., e transferir para um balo volumtrico de 100 mL. Completar o volume com lcool etlico. m) Mistura de indicadores: misturar 1 volume da soluo de vermelho de metila 1 gL-1 e 10 volumes da soluo de verde de bromocresol 1 gL-1. n) cido brico, H3BO3, 40 gL-1 com indicadores: pesar 40 g de H3BO3 p.a. e dissolver em gua morna. Esfriar e transferir para um balo volumtrico de 1.000 mL. Acrescentar 20 mL da mistura de indicadores, completar o volume com gua e homogeneizar. o) Carbonato de sdio (Na2CO3), p.a., padro primrio, secado a 270 300 C at peso constante e conservado em dessecador. p) Indicador alaranjado de metila 1 gL-1: dissolver 0,1 g do indicador em gua e completar o volume a 100 mL. q) Soluo de cido sulfrico aproximadamente 0,25 molL-1: transferir 14 mL de H2SO4 concentrado p.a. para balo volumtrico de 1 litro contendo aproximadamente 800 mL de gua. Esfriar e completar o volume com gua. Homogeneizar e padronizar. r) Soluo de cido clordrico aproximadamente 0,5 molL-1: transferir 42 mL de HCl concentrado p.a. para balo volumtrico de 1 litro contendo aproximadamente 800 mL de gua. Esfriar e completar o volume com gua. Homogeneizar e padronizar. Padronizao das solues de H2SO4 0,25 molL-1 ou HCl 0,5 molL-1: a) Pesar uma massa (G) de 0,5 g de Na2CO3 com preciso de 0,1 mg e transferir para erlenmeyer de 250 300 mL. Adicionar 50 70 mL de gua, agitar com cuidado at a completa dissoluo do sal e adicionar 4 a 5 gotas da soluo de alaranjado de metila. b) Transferir a soluo de cido para uma bureta de 25 ou 50 mL e titular a soluo do erlenmeyer at esta comear a apresentar variao de cor. c) Ferver suavemente a soluo do erlenmeyer por 2 minutos (para eliminao do CO2), esfriar em gua corrente at a temperatura ambiente e prosseguir a titulao at a soluo apresentar a colorao levemente avermelhada, diferenciada da colorao de uma soluo de referncia preparada com 80 mL de gua fervida e a mesma quantidade em gotas do indicador. d) Anotar o volume gasto. Repetir mais duas vezes e calcular a concentrao pelas expresses abaixo, utilizando as massas pesadas de carbonato de sdio. Fazer a mdia das concentraes encontradas.

    , ou

    , onde: M = concentrao da soluo cida em molL-1; V = volume da soluo cida gasto na titulao, em mL; P = pureza do reagente padro (Na2CO3) utilizado, em porcentagem em massa; G = massa exata de carbonato de sdio que foi pesada, em g. Observaes: 1. A padronizao destas solues pode ser feita contra outros reagentes padres. 2. Na anlise de amostras com baixo teor de nitrognio, solues padronizadas mais diludas de H2SO4 ou HCl podero ser utilizadas. 1.1.4. Extrao e digesto a) Pesar uma quantidade de amostra (G) de 0,2 a 2 g, com preciso de 0,1 mg, e transferir para frasco Kjeldahl de 800 mL. Conduzir, em paralelo, uma prova em branco. Observao: a massa inicial da amostra no deve conter mais de 42 mg de nitrognio na forma ntrica. b) Juntar 1,7 g de p cataltico de Raney e 150 mL de soluo de H2SO4 K2SO4. c) Misturar o contedo, imprimindo rotaes ao frasco Kjeldahl e coloc-lo sobre o aquecedor frio ou que esteja desligado a 10 minutos, no mnimo. Ligar o aquecedor previamente regulado para o teste de 5 minutos. Quando iniciar a fervura, reduzir o aquecimento, regulando o digestor para teste de digesto de 10 minutos. Observao: Testes de 5 e 10 minutos equivalem a uma intensidade de aquecimento necessria para levar

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    ebulio 250 mL de gua em balo de Kjeldahl de 800 mL, respectivamente, em 5 e 10 minutos. d) Depois de 10 minutos, suspender o frasco na posio vertical e juntar 1,0 g de CuSO4.5H2O ou de Na2SeO3 e mais 15 g de K2SO4 . e) Recolocar o frasco Kjeldahl na posio inclinada e aumentar o aquecimento regulando para o teste de digesto de 5 minutos (caso haja formao de espuma, suspender o Kjeldahl ou diminuir a intensidade de aquecimento at cessar). Aquecer, com o aquecedor regulado para teste de digesto de 5 minutos, at os densos fumos brancos de H2SO4 tornarem o bulbo do frasco lmpido. A digesto estar completa para amostras contendo somente N amoniacal, ntrico e amdico. Para outras formas de nitrognio, agitar, por rotao, o frasco e continuar a digesto por mais 30 minutos. f) Esfriar, juntar com cuidado 200 mL de gua e 25 mL de soluo de tiossulfato de sdio ou de sulfeto de potssio, e homogeneizar. Deixar esfriar. 1.1.5. Destilao e clculo a) Acrescentar 3-4 grnulos de zinco, inclinar o frasco Kjeldahl e adicionar, escorrendo pelas paredes do frasco e sem agitao, 110 mL da soluo de NaOH a 450 gL-1. Junto com os grnulos de zinco, podem-se acrescentar, tambm, prolas de vidro para homogeneizar o processo de ebulio. b) Ligar imediatamente o frasco Kjeldahl ao conjunto de destilao. O destilado dever ser recebido em um erlenmeyer de 400-500 mL contendo 50 mL da soluo de cido brico a 40 gL-1 com a mistura de indicadores e a ponta do condensador dever estar mergulhada nesta soluo. c) Agitar o contedo, imprimindo rotaes ao frasco Kjeldahl e aquecer para destilar, recebendo, no mnimo, 150 mL do destilado no erlenmeyer. d) Retirar o erlenmeyer e lavar a ponta do condensador com gua. e) Titular com soluo de H2SO4 padronizada 0,25 molL-1 ou de HCl 0,5 molL-1 e anotar o volume (V). f) Titular a prova em branco (Vb). g) Calcular o teor de nitrognio na amostra pela expresso:

    , quando utilizar a soluo de H2SO4 padronizada, onde: V = volume da soluo de H2SO4 gasto na titulao da amostra, em mL. Vb = volume da soluo de H2SO4 gasto na titulao da prova em branco, em mL. M = concentrao da soluo padronizada de H2SO4, em molL-1. G = massa inicial da amostra, em g. Na titulao final pode-se usar soluo de HCl 0,5 molL-1 padronizada, por se tratar de um cido de mais fcil e mais seguro manuseio. Neste caso, a frmula de clculo ser:

    , onde: V = volume da soluo de HCl gasto na titulao da amostra, em mL. Vb = volume da soluo de HCl gasto na titulao da prova em branco, em mL. M = concentrao da soluo padronizada de HCl, em molL-1. G = massa inicial da amostra, em g. 1.1.6. Cuidados especiais a) O p cataltico de Raney reage vagarosamente com gua ou umidade do ar formando alumina; evitar contato prolongado com gua ou umidade durante a estocagem ou uso. b) Proceder s adies de acido sulfrico cuidadosamente, para evitar reao violenta. No adicionar hidrxido de sdio a solues cidas ainda quentes. c) Vistoriar periodicamente o destilador visando evitar perdas de amnia e eventuais vazamentos de solues reagentes. d) Manusear todos os cidos fortes com auxlio de EPIs. 1.2. Procedimentos alternativos para matrias-primas ou misturas contendo o nitrognio apenas na forma amoniacal ou amoniacal e amdica da uria. 1.2.1. Mtodo da destilao com hidrxido de sdio. Mtodo aplicvel a amostras contendo o nitrognio somente na forma amoniacal. A fase de digesto desnecessria. 1. Equipamento

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    - Conjunto macrodigestor-destilador tipo Kjeldhal equipado com regulador de potncia.

    2. Reagentes

    a) Soluo de cido sulfrico aproximadamente 0,10 mol/L: transferir 3 mL de H2SO4 concentrado p.a. para balo volumtrico de 500 mL contendo aproximadamente 400 mL de gua. Deixar esfriar e completar o volume com gua. Homogeneizar e padronizar conforme descrito no item 1.1.3, utilizando 0,20 g de Na2CO3 pesado com aproximao de 0,1 mg. b) Soluo de cido clordrico aproximadamente 0,20 mol/L: transferir 8,5 mL de HCl concentrado p.a. para balo volumtrico de 500 mL contendo aproximadamente 400 mL de gua. Esfriar e completar o volume com gua. Homogeneizar e padronizar conforme descrito no item 1.1.3, utilizando 0,20 g de Na2CO3 pesado com aproximao de 0,1 mg.

    Obs.: As solues de H2SO4 0,10 mol/L e HCl 0,20 mol/L podem ser preparadas a partir das solues de H2SO4 0,25 mol/L e HCl 0,5 mol/L padronizadas, por diluio cuidadosa de 100 mL das respectivas solues para 250 mL, com gua, dividindo-se a concentrao original encontrada na padronizao por 2,5. 3. Extrao a) Pesar uma massa (G) de 1 g da amostra com preciso de 0,1 mg, transferir para balo volumtrico de 250 mL e completar o volume com gua. b) Agitar vigorosamente e deixar em repouso por 30 minutos. Em seguida, filtrar em papel de filtro de porosidade mdia, ou de filtrao lenta, se necessrio. 4. Determinao e clculo a) Transferir uma alquota A da soluo da amostra que contenha entre 20 e 40 mg de nitrognio provvel para o frasco Kjeldahl de 800 mL. Conduzir, em paralelo, uma prova em branco. b) Adicionar 200 mL de gua, 3-4 grnulos de zinco, misturar e acrescentar 10 mL da soluo de NaOH 450 gL-1, escorrendo pelas paredes do frasco, sem agitao. Junto com os grnulos de zinco, podem-se acrescentar, tambm, prolas de vidro para homogeneizar o processo de ebulio. c) Ligar imediatamente o frasco Kjeldahl ao conjunto de destilao. O destilado dever ser recebido em um erlenmeyer de 400-500 mL contendo 25 mL da soluo de cido brico a 40 gL-1 com a mistura de indicadores, mais 25 mL de gua e a ponta do condensador dever estar mergulhada nesta soluo. d) Agitar o contedo, imprimindo rotaes ao frasco Kjeldahl e aquecer para destilar, recebendo, no mnimo, 100 mL do destilado no erlenmeyer. e) Retirar o erlenmeyer e lavar a ponta do condensador com gua. f) Titular com soluo de H2SO4 0,10 molL-1 ou HCl 0,20 molL-1 e anotar o volume (V). g) Titular a prova em branco (Vb). h) Calcular o teor de nitrognio na amostra pelas expresses:

    , usando-se a soluo de H2SO4 0,10 molL-1. ou

    , usando-se a soluo de HCl 0,20 molL-1, onde: M = concentrao da soluo cida padronizada, em molL-1. V = volume da soluo de H2SO4 ou HCl gasto na titulao da amostra, em mL. Vb = volume da soluo cida gasto na titulao da prova em branco, em mL. G = massa inicial da amostra, em g. A = alquota da soluo da amostra, em mL. 1.2.2. Mtodo da digesto com cido sulfrico para produtos com uria. Aplicvel a amostras contendo o nitrognio somente na forma amdica da uria ou nas formas amdica e amoniacal. O uso de liga de Raney dispensvel. 1. Extrao

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    Seguir o procedimento descrito em 1.1.7.1- Mtodo da destilao com hidrxido de sdio. 2. Determinao e clculo a) Transferir uma alquota A da soluo da amostra que contenha entre 20 e 40 mg de nitrognio provvel para o frasco Kjeldahl de 800 mL e acrescentar 5 mL de cido sulfrico concentrado. Em paralelo, preparar uma prova em branco. b) Agitar para misturar o contedo do frasco e coloc-lo no digestor regulado para o teste de 5 minutos. Aquecer at a liberao de densos fumos brancos de cido sulfrico. c) Esfriar o frasco at a temperatura ambiente e adicionar cuidadosamente 300 mL de gua. Agitar para homogeneizar o contedo. d) Acrescentar 3-4 grnulos de zinco, inclinar o frasco e adicionar 25 mL da soluo de NaOH 450 gL-1, escorrendo pelas paredes do frasco, sem agitao. Junto com os grnulos de zinco, podem-se acrescentar, tambm, prolas de vidro para homogeneizar o processo de ebulio. e) Ligar imediatamente o frasco Kjeldahl ao conjunto de destilao. O destilado dever ser recebido em um erlenmeyer de 400-500 mL contendo 25 mL da soluo de cido brico a 40 gL-1 com a mistura de indicadores, mais 25 mL de gua e a ponta do condensador dever estar mergulhada nesta soluo. f) Agitar o contedo, imprimindo rotaes ao frasco Kjeldahl e aquecer para destilar, recebendo, no mnimo, 150 mL do destilado no erlenmeyer. g) Retirar o erlenmeyer e lavar a ponta do condensador com gua. h) Titular com soluo de cido sulfrico 0,10 molL-1 ou cido clordrico 0,20 molL-1 e anotar o volume (V). i) Titular a prova em branco (Vb). j) Calcular o teor de nitrognio (porcentagem em massa) na amostra pelas expresses:

    , usando-se H2SO4 0,10 molL-1 ou

    , usando-se HCl 0,20 molL-1 , onde: M = concentrao da soluo cida padronizada, em molL-1. V = volume da soluo cida gasto na titulao da amostra, em mL. Vb = volume da soluo cida gasto na titulao da prova em branco, em mL. G = massa inicial da amostra, em g. A = alquota da soluo da amostra, em mL. 1.3 Micromtodo da liga de Raney 1.3.1 Princpio e aplicao Este mtodo fundamenta-se na amonificao de todas as formas no amoniacais de nitrognio, seguida da destilao alcalina da amnia, que recebida em soluo de cido brico. O borato formado titulado com cido padronizado. Aplicvel a fertilizantes contendo formas minerais de nitrognio solveis em gua, como a amoniacal e ntrica e, tambm, a amdica da uria, que so as mais comumente utilizadas nas formulaes de fertilizantes minerais. No aplicvel a produtos contendo formas insolveis em gua como ureiaformaldedo. 1.3.2. Equipamento - Conjunto microdigestor e microdestilador para nitrognio, com reguladores de potncia.

    1.3.3. Reagentes a) P cataltico ou liga de Raney (50% Al 50% Ni) b) cido sulfrico concentrado, H2SO4, p.a. c) cido clordrico concentrado, HCl, p.a. d) Soluo de hidrxido de sdio (NaOH) 450 gL-1. e) Indicador verde de bromocresol 1 gL-1: pesar 0,25 g do indicador, triturar em almofariz com 7 a 8 mL de uma soluo aquosa de NaOH 4 gL-1, transferir para um balo volumtrico de 250 mL e completar o volume com gua. f) Indicador vermelho de metila 1 gL-1: dissolver 0,1 g de vermelho de metila em lcool etlico e transferir para um balo volumtrico de 100 mL. Completar o volume com lcool etlico. g) Mistura de indicadores: misturar 1 volume da soluo de vermelho de metila 1 gL-1 e 10 volumes da soluo de verde de bromocresol 1 gL-1. h) cido brico, H3BO3, 20 gL-1 com mistura de indicadores: pesar 20 g de cido brico p.a. dissolver em gua morna. Esfriar e transferir para um balo volumtrico de 1 litro. Acrescentar 20 mL da mistura de indicadores,

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    completar o volume com gua e homogeneizar. i) Carbonato de sdio, Na2CO3, p.a., padro primrio, secado a 270-300 C at peso constante, resfriado e mantido em dessecador. j) Indicador alaranjado de metila 1 gL-1: dissolver 0,1 g de alaranjado de metila em gua e completar o volume a 100 mL. k) Soluo de cido sulfrico, H2SO4, aproximadamente 0,025 molL-1: transferir 14 mL de cido sulfrico concentrado para balo volumtrico de 1 litro contendo aproximadamente 800 mL de gua. Esfriar e completar o volume com gua (esta soluo tem aproximadamente 0,25 molL-1). Homogeneizar. Tomar 100 mL desta soluo e diluir com gua para 1000 mL, em balo volumtrico. Homogeneizar e padronizar. l) Soluo de cido clordrico aproximadamente 0,05 mol L-1: transferir 42 mL de cido clordrico concentrado para balo volumtrico de 1000 mL contendo aproximadamente 800 mL de gua. Esfriar e completar o volume com gua (esta soluo tem aproximadamente 0,5 molL-1). Homogeneizar. Tomar 100 mL desta soluo e diluir com gua para 1000 mL, em balo volumtrico. Homogeneizar e padronizar. Padronizao das solues de H2SO4 0,025 molL-1 ou HCl 0,05 molL-1: a) Tomar uma massa (G) de 0,5 g de carbonato de sdio, com preciso de 0,1 mg, transferir para um balo volumtrico de 250 mL, completar o volume com gua e agitar at completa solubilizao. b) Transferir 25 mL da soluo de carbonato de sdio para erlenmeyer de 250 mL. c) Adicionar 50 mL de gua e 4 a 5 gotas do indicador alaranjado de metila 1 gL-1. d) Titular com a soluo de cido at comear a variar a cor do indicador em relao a uma soluo de referncia (usar uma soluo com 80 mL de gua fervida por dois minutos acrescidos de 3 gotas de alaranjado de metila). e) Interromper a titulao, ferver por 2 a 3 minutos, esfriar e prosseguir a titulao at variao definitiva da cor do indicador para um tom laranja-avermelhado; anotar o volume final, em mililitros. f) Repetir este procedimento de titulao por mais duas vezes e calcular a concentrao pelas expresses abaixo, utilizando as massas pesadas de carbonato de sdio. Fazer a mdia das concentraes encontradas.

    ou

    , onde: M = concentrao da soluo, em molL-1; V = volume da soluo cida gasto na titulao, em mL; P = pureza do reagente padro (Na2CO3) utilizado, em porcentagem em massa; G = massa exata de carbonato de sdio que foi pesada, em g. 1.3.4. Extrao e digesto a) Pesar uma massa (G) da amostra de 1,0 a 2,5 g, com preciso de 0,1 mg, e transferir para balo volumtrico de 250 mL ou de volume (VA) adequado ao teor de nitrognio especificado para o produto. Completar o volume com gua e homogeneizar. Conduzir, em paralelo, uma prova em branco. Obs.: VA 250 mL. b) Agitar manualmente por 5 minutos e deixar em repouso por mais 30 minutos. Filtrar em papel de filtro de porosidade mdia ou de filtrao lenta, se necessrio. c) Tomar uma alquota (A) da soluo da amostra que contenha de 2,5 a 15 mg de N e colocar no tubo de vidro do microdigestor. d) Acrescentar 0,7 g de liga de Raney, elevar o volume a 25 mL com gua quando for necessrio e adicionar 5 mL de H2SO4 concentrado, nessa ordem. e) Aquecer no microdigestor at o aparecimento de densos fumos brancos do H2SO4. Esfriar em ambiente com exausto. Adicionar 20 mL de gua e aquecer novamente at suspender todo o contedo. f) Esfriar e levar ao microdestilador. Digesto alternativa, em bquer: a) Tomar uma alquota (A) da soluo da amostra que contenha de 2,5 a 15 mg de N provvel e transferir para um bquer de 100-150 mL. Conduzir, em paralelo, uma prova em branco. b) Acrescentar 0,7 g de liga de Raney, elevar o volume a 25 mL com gua quando for necessrio e adicionar 5 mL de H2SO4 concentrado, nessa ordem. c) Aquecer em placa ou chapa aquecedora at o aparecimento de densos fumos brancos do H2SO4, prximo da secura da amostra. Deixar esfriar em capela. d) Adicionar 20 mL de gua e aquecer novamente at suspender todo o contedo. e) Esfriar e transferir para o tubo do microdestilador.

  • 18

    Observao 1: Para matrias-primas e misturas contendo o nitrognio apenas na forma amoniacal, a etapa de digesto dispensvel. Neste caso, tomar a alquota A e transferir diretamente para o tubo do microdestilador. Seguir o procedimento da destilao, devendo-se adicionar apenas 10 mL da soluo de NaOH 450 gL-1. Observao 2: Para a anlise de uria ou misturas contendo apenas a uria ou esta e amnio como fontes de nitrognio, pode-se dispensar o uso de liga de Raney no processo de digesto da amostra, utilizando-se apenas 5 mL de H2SO4 concentrado. 1.3.5. Destilao e clculo a) Adaptar ao microdestilador o tubo contendo a amostra digerida, com a ponta do condensador j mergulhada na soluo contida em um erlenmeyer de 250 mL, com 10 mL da soluo de H3BO3 20 gL-1 com indicadores, mais 40 mL de gua. b) Adicionar 25 mL da soluo de NaOH 450 gL-1 ao tubo de destilao. c) Imediatamente, colocar o microdestilador em funcionamento e aguardar que o mesmo promova a destilao da amostra at a obteno de um volume total de aproximadamente 100 mL no erlenmeyer de recepo. d) Retirar e titular o destilado recebido no erlenmeyer com a soluo de H2SO4 0,025 molL-1 ou de HCl 0,5 molL-1 padronizadas. Anotar o volume gasto (V). e) Titular a prova em branco (Vb). j) Calcular o teor de nitrognio na amostra pelas expresses:

    , usando-se H2SO4 0,025 molL-1, ou

    , usando-se HCl 0,050 molL-1, onde: M = concentrao da soluo cida padronizada, em molL-1. VA = volume do balo volumtrico usado no preparo da soluo da amostra. V = volume da soluo cida gasto na titulao da amostra, em mL. Vb = volume da soluo cida gasto na titulao da prova em branco, em mL. A = alquota da soluo da amostra, em mL. G = massa inicial da amostra, em g. 1.3.6. Cuidados especiais a) O p cataltico de Raney reage vagarosamente com gua ou umidade do ar formando alumina; evitar contato prolongado com gua ou umidade durante a estocagem ou uso. b) Proceder s adies de acido sulfrico cuidadosamente, para evitar reao violenta. No adicionar hidrxido de sdio a solues cidas ainda quentes. 1.4 Mtodo do cido saliclico 1.4.1. Princpio e aplicao Este mtodo fundamenta-se na amonificao de todas as formas no amoniacais de nitrognio, seguida da destilao alcalina da amnia, que recebida em soluo de cido brico. O borato de amnio formado titulado com soluo cida padronizada. No se aplica a produtos lquidos. 1.4.2. Equipamento - Conjunto macro digestor e destilador tipo Kjeldahl, equipados com reguladores de potncia. 1.4.3. Reagentes a) cido sulfrico (H2SO4) concentrado, p.a. b) cido clordrico (HCl) concentrado, p.a. c) Sulfato de cobre pentahidratado (CuSO4.5H2O), p.a. d) Selenito de sdio, p.a., Na2SeO3. e) Sulfato de potssio (K2SO4) ou sulfato de sdio (Na2SO4) anidro, p.a.

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    f) cido saliclico (C7H6O3), p.a. g) Soluo de sulfeto de potssio ou tiossulfato de sdio: dissolver em gua 40 g de K2S ou 80 g de Na2S2O3.5H2O e completar a 1 litro com gua. h) Soluo de hidrxido de sdio (NaOH) 450 gL-1. i) Zinco em p (p fino, impalpvel). j) Zinco granulado, 8 mesh, p.a. k) Indicador verde de bromocresol 1 gL-1: pesar 0,25 g de verde de bromocresol, triturar em almofariz com 7-8 mL de soluo aquosa de NaOH 4 gL-1, transferir para um balo volumtrico de 250 mL e completar o volume com gua. l) Indicador vermelho de metila 1 gL-1: dissolver 0,1 g de vermelho de metila em lcool etlico e transferir para um balo volumtrico de 100 mL. Completar o volume com lcool etlico. m) Mistura de indicadores: misturar 1 volume da soluo de vermelho de metila 1 gL-1 e 10 volumes da soluo de verde de bromocresol 1 gL-1. n) cido brico, H3BO3, 40 gL-1 com indicadores: pesar 40 g de H3BO3 p.a. e dissolver em gua morna. Esfriar e transferir para um balo volumtrico de 1 litro. Acrescentar 20 mL da mistura de indicadores, completar o volume com gua e homogeneizar. o) Carbonato de sdio (Na2CO3), p.a., padro primrio, secado a 270 300 C at peso constante e conservado em dessecador. p) Indicador alaranjado de metila 1 gL-1: dissolver 0,1 g de alaranjado de metila em gua e completar o volume a 100 mL. q) Soluo de cido sulfrico aproximadamente 0,25 molL-1: transferir 14 mL de cido sulfrico concentrado para balo volumtrico de 1 L contendo aproximadamente 800 mL de gua. Esfriar e completar o volume com gua. Homogeneizar e padronizar. r) Soluo de cido clordrico aproximadamente 0,5 mol L-1: transferir 42 mL de HCl concentrado para balo volumtrico de 1 L contendo aproximadamente 800 mL de gua. Esfriar e completar o volume com gua. Homogeneizar e padronizar. Padronizao das solues de H2SO4 0,25 molL-1 ou HCl 0,5 molL-1.

    Proceder como descrito no mtodo 1.1 (Macromtodo da liga de Raney), tem 1.1.3. 1.4.4 Extrao e digesto a) Pesar uma quantidade da amostra (G) de 0,2 a 2 g, com preciso de 0,1 mg, e transferir para um balo Kjeldahl de 800 mL. Juntar 40 mL de cido sulfrico concentrado em que foram dissolvidos 2 g de cido saliclico, agitar para misturar perfeitamente e deixar por, pelo menos, 30 minutos, agitando a intervalos. Conduzir, em paralelo, uma prova em branco. Obs.: O balo Kjeldahl deve estar seco. No usar gua para arrastar partculas da amostra que porventura fiquem aderidas ao gargalo; fazer isto ao adicionar a soluo de H2SO4 + cido saliclico, que deve ser recm preparada. O perodo de, pelo menos, 30 minutos e a agitao a intervalos devem ser cumpridos com rigor. b) Acrescentar 5 g de Na2S2O3.5H2O ou 2 g de zinco em p, agitar, esperar 5 minutos e aquecer moderadamente at cessar a espuma. c) Interromper o aquecimento, juntar 1 g de CuSO4.5H2O ou 1 g de Na2SeO3 e mais 15 g de K2SO4 ou 15 g de Na2SO4 em p, e levar ebulio at a soluo tornar-se clara, continuando por, no mnimo, mais 30 minutos. d) Esfriar, juntar 200 mL de gua, homogeneizar e esperar esfriar novamente. Adicionar 25 mL da soluo de tiossulfato de sdio ou sulfeto de potssio e misturar. 1.4.5. Destilao e clculo a) Acrescentar 3-4 grnulos de zinco, inclinar o frasco Kjeldahl e adicionar 140 mL da soluo de NaOH 450 gL-1. Junto com os grnulos de zinco, podem-se acrescentar, tambm, prolas de vidro para homogeneizar o processo de ebulio. b) Ligar imediatamente o frasco Kjeldahl ao conjunto de destilao. O destilado dever ser recebido em um erlenmeyer de 400-500 mL contendo 50 mL da soluo de cido brico a 40 gL-1 com a mistura de indicadores e a ponta do condensador dever estar mergulhada nesta soluo. c) Misturar o contedo, imprimindo rotaes ao frasco Kjeldahl e aquecer para destilar, recebendo, no mnimo, 150 mL de destilado no erlenmeyer com a soluo de cido brico. d) Retirar o erlenmeyer, lavar a ponta do condensador e titular com a soluo cida padronizada de H2SO4 ou de HCl. Anotar o volume (V). e) Titular a prova em branco (Vb). j) Calcular o teor de nitrognio na amostra pelas expresses:

    , usando-se H2SO4 0,25 molL-1,

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    ou

    , usando-se HCl 0,50 molL-1, onde: M = concentrao da soluo cida padronizada, em molL-1. V = volume da soluo cida gasto na titulao da amostra, em mL. Vb = volume da soluo cida gasto na titulao da prova em branco, em mL. G = massa inicial da amostra, em g. 1.4.6. Cuidados Especiais a) Proceder s adies de acido sulfrico cuidadosamente, para evitar reao violenta. b) No adicionar hidrxido de sdio a solues cidas ainda quentes. 2. FSFORO TOTAL

    2.1. Mtodo Gravimtrico do Quimociac 2.1.1. Princpio e aplicao Consiste na solubilizao do fsforo da amostra por extrao fortemente cida e posterior precipitao do on ortofosfato como fosfomolibdato de quinolina (C9H7N)3H3[PO4.12 MoO3] o qual filtrado, secado e pesado. 2.1.2. Equipamentos a) Cadinho de 30-50 mL, com placa de vidro sinterizado de porosidade mdia a fina (16 a 40 m). b) Frasco kitasato de 1.000 mL. c) Bomba de vcuo. d) Mufla. 2.1.3. Reagentes a) cido ntrico, HNO3, p.a. b) cido clordrico, HCl, p.a. c) Reagente "Quimociac": dissolver 70 g de molibdato de sdio di-hidratado, Na2MoO4.2H2O, em 150 mL de gua. Dissolver 60 g de cido ctrico cristalizado, C6H8O7.H2O, em uma mistura de 85 mL de cido ntrico concentrado e 150 mL de gua. Esfriar e adicionar aos poucos, com agitao, a soluo de molibdato mistura de cido ctrico e ntrico. Dissolver 5 mL de quinolina sinttica, C9H7N, em uma mistura de 35 mL de cido ntrico e 100 mL de gua. Adicionar esta soluo, aos poucos, soluo de molibdato, cido ctrico e ntrico; homogeneizar e deixar em repouso durante 24 horas. Filtrar, juntar 280 mL de acetona, completar a 1 L com gua e homogeneizar. Guardar esta soluo em frasco de polietileno. 2.1.4. Extrao a) Pesar uma massa (G) de 1 g da amostra, com preciso de 0,1 mg, e transferir para bquer de 250 mL; adicionar 30 mL de cido ntrico e 5 mL de cido clordrico concentrados. Ferver at cessar o desprendimento de vapores castanhos (NO2) e a soluo clarear. b) Adicionar 50 mL de gua e ferver por 5 minutos. Deixar esfriar. c) Transferir para balo volumtrico de 250 mL, completar o volume com gua e homogeneizar. d) Filtrar atravs de papel de filtro de porosidade mdia, seco. e) Desprezar os primeiros 20 a 30 mL e separar um volume de filtrado lmpido, suficiente para a determinao. 2.1.5. Determinao a) Pipetar uma alquota (A) do extrato contendo de 10 a 25 mg de P2O5 e transferir para bquer de 400 mL; ajustar o volume a 100 mL com gua e aquecer at o incio de fervura. b) Adicionar 50 mL do reagente "Quimociac" e ferver durante 1 minuto, dentro da capela. c) Deixar esfriar at a temperatura ambiente, agitando cuidadosamente 3 a 4 vezes durante o resfriamento. d) Filtrar, sob a ao de vcuo, em cadinho de placa porosa, previamente secado a 240 - 250C e tarado; lavar o precipitado com 5 pores de 25 mL de gua, tendo o cuidado de adicionar cada poro aps a anterior ter passado completamente. e) Secar durante 30 minutos a 24010 C. Deixar esfriar em dessecador por 30 minutos e pesar. f) Calcular a concentrao de P2O5 na amostra pela expresso:

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    , onde: mp = massa do precipitado, em g. G = massa inicial da amostra, em g. A = volume da alquota tomada do extrato, em mL. 2.2. Mtodo espectrofotomtrico do cido molibdovanadofosfrico 2.2.1.Princpio e aplicao Fundamenta-se no ataque qumico fortemente cido e a quente da amostra, visando extrair o seu contedo de fsforo. Em seguida procede-se formao de um complexo colorido entre o fosfato e os reagentes vanadato e molibdato de amnio, de cor amarela, cuja absorbncia medida a 400-420 nm. Aplica-se aos fertilizantes minerais, com exceo de escrias bsicas, devido presena significativa de ferro. 2.2.2. Equipamento - Espectrofotmetro digital. 2.2.3. Reagentes a) Soluo vanadomolbdica: dissolver 20 g de molibdato de amnio [(NH4)6Mo7O24.4 H2O], p.a., em 200-250 mL de gua a 80-90C e deixar esfriar. Dissolver 1g de metavanadato de amnio (NH4VO3), p.a., em 120-140 mL de gua a 80-90C, esperar esfriar e adicionar 180 mL de HNO3 concentrado. Adicionar a soluo de molibdato de metavanadato, aos poucos e agitando. Transferir para um balo volumtrico de 1 L, completar o volume com gua e homogeneizar. b) Soluo padro de P2O5 com 500 mgL-1: transferir 0,9635 g de dihidrogenofosfato de potssio (KH2PO4, p.a., padro primrio), secado por 2h a 100-105C, para um balo volumtrico de 1 L. Dissolver com gua, completar o volume e homogeneizar. A massa de KH2PO4 est calculada para um reagente com 99,5 % de pureza. Se esta condio for diferente, recalcular a massa. CONSERVAR EM GELADEIRA. 2.2.4. Extrao Proceder como descrito no procedimento anterior, em 2.1.4. Extrao. 2.2.5. Determinao Preparo das solues de leitura: a) Pipetar 2,0 - 2,5 - 3,0 - 3,5 e 4,0 mL da soluo estoque de KH2PO4, que contm 500 mgL-1 de P2O5, para bales volumtricos de 50 mL. b) Adicionar a todos os bales: 20 mL de gua e 15 mL da soluo vanadomolbdica. c) Agitar, completar o volume com gua e homogeneizar. Estas solues contm respectivamente 20, 25, 30, 35 e 40 mgL-1 de P2O5. d) Deixar em repouso por 10 minutos para completar o desenvolvimento da cor e determinar a absorbncia das solues a 400-420 nm, empregando como branco a soluo que contm 20 mgL-1 de P2O5 (zerar o aparelho com essa soluo). Obs.: H referncias aos comprimentos de onda de 400 e/ou 420 nm. Deve ser escolhido aquele para o qual o espectrofotmetro utilizado apresente a melhor resposta. e) A partir dos dados obtidos, calcular a equao de regresso linear da curva de calibrao. Determinao e clculo a) Transferir, para balo volumtrico de 50 mL, um volume (A) do extrato que contenha de 1,0 a 2,0 mg de P2O5. Deve-se tomar uma alquota tal que a massa de P2O5 provvel esteja na parte mdia desta faixa. b) Adicionar a todos os bales: 20 mL de gua e 15 mL da soluo vanadomolbdica. c) Completar o volume com gua e agitar. d) Aguardar 10 minutos e ler a absorbncia das solues, no espectrofotmetro a 400-420 nm, empregando como prova em branco a soluo que contm 20 mgL-1 de P2O5 (zerar o aparelho com essa soluo). f) e) Calcular a concentrao (C) em mgL-1 de P2O5 na soluo de leitura atravs da equao de regresso linear da curva de calibrao.

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    f) Calcular a porcentagem em massa de fsforo total, expresso na amostra como P2O5, pela expresso:

    , onde: C = concentrao de P2O5 na soluo de leitura, em mgL-1. A = volume da alquota tomada do extrato, em mL. G = massa inicial da amostra, em g. Observao: Pode-se, alternativamente, utilizar uma curva de zero a 30 mgL-1 de P2O5. Neste caso o branco contm apenas gua e soluo vanadomolbdica e a curva passa pela origem. Esta uma boa opo para amostras com teores de P2O5 menores que 5%. Deve-se adequar a equao de regresso linear da curva de calibrao. 3. FSFORO SOLVEL EM GUA

    3.1. Mtodo Gravimtrico do Quimociac 3.1.1. Princpio e aplicao Consiste na extrao do fsforo da amostra em meio aquoso, precipitao do on ortofostato como fosfomolibdato de quinolina (C9H7N)3H3[PO4.12 MoO3] o qual filtrado, secado e pesado. 3.1.2. Equipamentos a) Cadinho de 30-50 mL, com placa de vidro sinterizado de porosidade mdia a fina (16 a 40 m). b) Frasco kitasato de 1.000 mL. c) Bomba de vcuo. d) Mufla 3.1.3. Reagentes a) cido ntrico (HNO3) p.a b) Soluo de cido ntrico (1+1): Juntar volumes iguais de gua e cido ntrico concentrado, p.a. c) Reagente "Quimociac": preparo conforme descrito em 2.1- Mtodo gravimtrico do fsforo total, tem 2.1.3.c Reagentes. 3.1.4. Extrao a) Pesar uma massa (G) de 1 g da amostra, com preciso de 0,1 mg, e transferir para papel de filtro de porosidade mdia, adaptado a um funil e colocado sobre um balo volumtrico de 250 mL. b) Lavar com pequenas pores sucessivas de gua tendo o cuidado de promover a suspenso da amostra e de adicionar nova poro somente aps a anterior ter passado completamente; proceder extrao at obter um volume de quase 250 mL. A extrao deve estar completa em 1 hora, caso contrrio, usar vcuo no final da extrao. Se o filtrado apresentar turbidez, adicionar ao mesmo 1 a 2 mL de HNO3 concentrado. c) Completar o volume com gua e homogeneizar. 3.1.5. Determinao e clculo a) Pipetar uma alquota (A) do extrato contendo de 10 a 25 mg de P2O5 e transferir para bquer de 400 mL. Diluir se necessrio, a 50 mL com gua. b) Acrescentar 10 mL de cido ntrico (1+1) e ferver por 10 minutos; c) Diluir a 100 mL com gua, adicionar 50 mL do reagente "Quimociac" e ferver durante 1 minuto, dentro da capela. d) Deixar esfriar at a temperatura ambiente, agitando cuidadosamente 3 a 4 vezes durante o resfriamento. e) Filtrar, sob a ao de vcuo, em cadinho de placa porosa, previamente secado a 240-250C e tarado. Lavar com 5 pores de 25 mL de gua, tendo o cuidado de adicionar cada poro aps a anterior ter passado completamente. f) Secar durante 30 minutos a 240 10C. Deixar esfriar em dessecador por 30 minutos e pesar. g) Calcular o percentual em massa de fsforo total da amostra, expresso como P2O5:

    , onde: A = alquota tomada do extrato, em mL

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    mp = massa do precipitado, em g. G = massa inicial da amostra, em g. 3.2. Mtodo espectrofotomtrico do cido molibdovanadofosfrico. 3.2.1. Princpio e aplicao Fundamenta-se na extrao com gua do fsforo presente na amostra. Em seguida procede-se formao de um complexo colorido entre o fosfato e os reagentes vanadato e molibdato de amnio, de cor amarela, cuja absorbncia medida a 400-420 nm. No se aplica a escrias bsicas. 3.2.2. Equipamento a) Espectrofotmetro digital. 3.2.3. Reagentes a) Soluo vanadomolbdica: preparo conforme descrito em 2.2- Mtodo espectrofotomtrico do fsforo total, no item 2.2.3.a Reagentes. b) Soluo padro de P2O5 com 500 mgL-1: preparo conforme descrito em 2.2- Mtodo espectrofotomtrico do fsforo total, no item 2.2.3.b Reagentes. 3.2.4. Extrao Proceder como descrito no mtodo anterior, 3.1- Mtodo gravimtrico do Quimociac, item 3.1.4. Extrao. 3.2.5. Determinao Preparo das solues de leitura a) Pipetar 2,0 - 2,5 - 3,0 - 3,5 e 4,0 mL da soluo padro de P2O5 para bales volumtricos de 50 mL. b) Adicionar a todos os bales: 20 mL de gua e 15 mL da soluo vanadomolbdica. c) Agitar, completar o volume com gua e homogeneizar. Estas solues contm respectivamente 20, 25, 30, 35 e 40 mgL-1 de P2O5 . c) Deixar em repouso por 10 minutos para completar o desenvolvimento da cor e determinar a absorbncia das solues a 400-420 nm, empregando como branco a soluo que contm 20 mg L-1 de P2O5 (zerar o aparelho com essa soluo). d) A partir dos dados obtidos, calcular a equao de regresso linear da curva de calibrao. Determinao e clculo a) Transferir, para balo volumtrico de 50 mL, uma alquota do extrato (A) que contenha de 1,0 a 2,0 mg de P2O5. b) Adicionar a todos os bales: 20 mL de gua e 15 mL da soluo vanadomolbdica. a) Completar o volume com gua e agitar. b) Aguardar 10 minutos e determinar a absorbncia das solues, no espectrofotmetro a 400-420 nm, empregando como prova em branco a soluo que contm 20 mgL-1 de P2O5 (zerar o aparelho com essa soluo). c) Calcular a concentrao (C) em mgL-1 de P2O5 na amostra de fertilizante atravs da equao de regresso linear obtida para a curva de calibrao. d) Calcular a porcentagem em massa de fosforo solvel em gua na amostra, expresso como P2O5:

    , onde: C = concentrao de P2O5 na soluo de leitura, em mgL-1. G = massa inicial da amostra, em g. A = volume da alquota tomada do extrato, em mL. Observao: Pode-se, alternativamente, utilizar uma curva de zero a 30 mgL-1 de P2O5. Neste caso o branco contm apenas gua e soluo vanadomolbdica e a curva passa pela origem. Esta uma boa opo para amostras com teores de P2O5 menores que 5%. Deve-se adequar a equao de regresso linear da curva de calibrao. 4. FSFORO SOLVEL EM CITRATO NEUTRO DE AMNIO MAIS GUA

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    4.1. Mtodo gravimtrico do Quimociac. 4.1.1. Princpio e aplicao Fundamenta-se na extrao do fsforo com gua e citrato neutro de amnio a 65C, seguida de precipitao do fsforo extrado como fosfomolibdato de quinolina (C9H7N)3H3[PO4.12 MoO3] filtrao, secagem e pesagem desse precipitado. 4.1.2. Equipamentos a) Cadinho de 30-50 mL, com placa de vidro sinterizado de porosidade mdia a fina (16 a 40 m). b) Frasco kitasato de 1.000 mL. c) Bomba de vcuo. d) Mufla. e) Estufa com agitador e controle de temperatura. f) Banho-maria com agitador. 4.1.3. Reagentes a) cido ntrico,