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MANUAL DE GERENCIAMENTO DE ÁREAS CONTAMINADAS Elaboração Revisão Data Página Março 2014 00 - i SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 2 2 OBJETIVOS ................................................................................................................. 5 3 PROCEDIMENTOS PARA DIAGNÓSTICO AMBIENTAL ........................................... 6 3.1 Levantamento de Dados Históricos .......................................................................... 6 3.2 Inspeção para Reconhecimento da Área .................................................................. 8 3.3 Caracterização do Uso e Ocupação do Solo .......................................................... 10 3.4 Elaboração de Modelos Conceituais (MC) .............................................................. 11 3.4.1 Fontes de Contaminação ..................................................................................... 12 3.4.2 Substâncias Químicas de Interesse (SQI) ........................................................... 13 3.4.3 Receptores Potenciais ......................................................................................... 13 3.4.4 Pontos de Exposição (PDE)................................................................................. 13 3.4.5 Caminhos de Exposição ...................................................................................... 14 3.4.6 Vias de Ingresso .................................................................................................. 15 3.4.7 Composição do Modelo Conceitual...................................................................... 15 3.5 Caracterização Geológica ....................................................................................... 16 3.6 Mapeamento da Contaminação .............................................................................. 17 4.5.1. Fase Livre ........................................................................................................... 19 4.5.2. Fase Retida......................................................................................................... 21 4.5.3. Água Subterrânea ............................................................................................... 22 3.7 Investigação de Vapores de Solo ........................................................................... 23 3.8 Execução de Sondagens Ambientais...................................................................... 24 3.9 Instalação de Poços de Monitoramento .................................................................. 26 3.10 Amostragem e Análises Químicas ....................................................................... 28 3.10.1 Água subterrânea............................................................................................... 28 3.10.1.1 Amostragem com Amostrador descartável tipo Beiler ...................................... 28 3.10.1.2 Micro Purga com Coleta de Baixa Vazão ......................................................... 29 3.10.1.3 Análises Químicas ............................................................................................ 31 3.11 Tamponamento de Poços ..................................................................................... 34

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MANUAL DE GERENCIAMENTO DE ÁREAS CONTAMINADAS

Elaboração Revisão Data Página

Março 2014 00 - i

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 2

2 OBJETIVOS ................................................................................................................. 5

3 PROCEDIMENTOS PARA DIAGNÓSTICO AMBIENTAL ........................................... 6

3.1 Levantamento de Dados Históricos .......................................................................... 6

3.2 Inspeção para Reconhecimento da Área .................................................................. 8

3.3 Caracterização do Uso e Ocupação do Solo .......................................................... 10

3.4 Elaboração de Modelos Conceituais (MC) .............................................................. 11

3.4.1 Fontes de Contaminação ..................................................................................... 12

3.4.2 Substâncias Químicas de Interesse (SQI) ........................................................... 13

3.4.3 Receptores Potenciais ......................................................................................... 13

3.4.4 Pontos de Exposição (PDE) ................................................................................. 13

3.4.5 Caminhos de Exposição ...................................................................................... 14

3.4.6 Vias de Ingresso .................................................................................................. 15

3.4.7 Composição do Modelo Conceitual...................................................................... 15

3.5 Caracterização Geológica ....................................................................................... 16

3.6 Mapeamento da Contaminação .............................................................................. 17

4.5.1. Fase Livre ........................................................................................................... 19

4.5.2. Fase Retida ......................................................................................................... 21

4.5.3. Água Subterrânea ............................................................................................... 22

3.7 Investigação de Vapores de Solo ........................................................................... 23

3.8 Execução de Sondagens Ambientais...................................................................... 24

3.9 Instalação de Poços de Monitoramento .................................................................. 26

3.10 Amostragem e Análises Químicas ....................................................................... 28

3.10.1 Água subterrânea............................................................................................... 28

3.10.1.1 Amostragem com Amostrador descartável tipo Beiler ...................................... 28

3.10.1.2 Micro Purga com Coleta de Baixa Vazão ......................................................... 29

3.10.1.3 Análises Químicas ............................................................................................ 31

3.11 Tamponamento de Poços ..................................................................................... 34

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MANUAL DE GERENCIAMENTO DE ÁREAS CONTAMINADAS

Elaboração Revisão Data Página

Março 2014 00 - ii

3.12 Execução de Ensaiosdotipo Slug Test .................................................................. 34

3.13 Teste de Bombeamento ........................................................................................ 36

3.14 Levantamento Topográfico ................................................................................... 37

3.15 Determinação de Parâmetros Físico-Químicos .................................................... 37

3.16 Monitoramento de Explosividade e Compostos Organicos Voláteis (COV). ......... 38

4 PROCEDIMENTOS PARA REMEDIAÇÃO AMBIENTAL .......................................... 40

4.1 Ensaio Piloto e Projeto de Remediação .................................................................. 40

4.1.1 Ensaio Piloto ........................................................................................................ 40

4.1.1.1 Ensaio piloto para sistema fixo de Remediação por Extração Multi-Fásica: ..... 40

4.1.1.2 Ensaio piloto para sistema de remediação por extração de vapores (SVE) ..... 42

4.1.1.3 Ensaio piloto para o sistema de remediação por injeção de ar (IAS) ................ 43

4.1.1.4 Ensaio piloto para sistema de bombeamento para recuperação de produto sobrenadante ................................................................................................................... 45

4.1.1.5 Ensaio Piloto de Aplicabilidade para Oxidação Química: Aquisição de Dados . 47

4.1.1.6 Ensaio Piloto de Aplicabilidade para Oxidação Química: Testes de Bancada .. 48

4.1.2 Projeto Executivo de Remediação ....................................................................... 49

4.2 Instalação e Operação de Bombas Submersas ...................................................... 53

4.3 Instalação e Operação de Sistema de Extração Multifásica (MPE) Portátil ou Fixo 54

4.4 Implantação e Operação de Sistema de Extração de Vapores (SVE) .................... 56

4.5 Sistema de Injeção de Ar (SIA) ............................................................................... 58

4.6 Construção de Trincheiras ...................................................................................... 60

5 Serviços e Equipamentos Complementares .............................................................. 63

5.1 Sistema de separação de óleo e água com placas coalescentes (SAO) ................ 63

5.2 Sistema de Carvão Ativado para tratamento de água contaminada ....................... 64

5.3 Redes e linhas de Bombeamento, Extração e Injeção ........................................... 65

5.4 Destinação de Resíduos Oleosos Líquidos ............................................................ 66

5.5 Destinação de Resíduos Sólidos ............................................................................ 67

6 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ................................................................................. 70

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MANUAL DE GERENCIAMENTO DE ÁREAS CONTAMINADAS

Elaboração Revisão Data Página

Março 2014 00 - 2

1 INTRODUÇÃO

O manual apresenta os procedimentos técnicos e boas práticas de campo utilizadas

para o diagnóstico e remediação ambiental de áreas contaminadas, bem como

estratégias para avaliação e interpretação de dados ambientais para elaboração de

relatórios técnicos para o gerenciamento de áreas contaminadas por hidrocarbonetos

derivados do petróleo.

A avaliação e recuperação da qualidade ambiental em áreas contaminadas (solo e

água subterrânea) pela presença de hidrocarbonetos derivados do petróleo, deve ser

efetuada com base no processo de gerenciamento descrito na resolução CONAMA 420 e

em Valores Orientadores de Referência de Qualidade, de Prevenção e de Investigação

recomendados na resolução supramencionada. Caso o órgão ambiental estadual

competente possuir Valores Orientadores Estaduais, devem ser estes utilizados.

Foram escolhidas para serem descritas no presente manual, as principais tarefas de

campo a serem executadas nas etapas de avaliação preliminar, investigação

confirmatória, investigação detalhada, avaliação de risco e remediação de áreas

contaminadas.

Os seguintes procedimentos, normas e protocolos foram adotados:

• AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIAL - ASTM E 2081-00. Standard

Guide for Risk-Based Corrective Action;

• AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIAL - ASTM PS104 (2002)

Standard Guide for Risk-Based Corrective Action for Chemical Releases. EUA.

• CONAMA (2009) – CONAMA 420. Gerenciamento de Áreas Contaminadas.

• CETESB (2001) – Manual de gerenciamento de áreas contaminadas. São Paulo, SP.

• CETESB (2014) – DD 045/2014/E/C/I. Valores Orientadores para Solos e Águas

Subterrâneas no Estado de São Paulo. São Paulo, SP.

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Março 2014 00 - 3

• CETESB (2006) – Procedimento para identificação de passivos ambientais em

estabelecimentos com sistema de armazenamento subterrâneo de combustíveis

(SASC).

• CETESB (2007) – DD 103/2007. Gerenciamento de Áreas Contaminadas em SP.

• CETESB (2009) – DD 263/2009. Investigação Detalhada e Plano de Intervenção para

Postos de Serviço e Sistemas Retalhistas.

• U.S. Environmental Protection Agency (U.S.EPA). (1989). Risk Assessment

Guidance for Superfund, Volume I, Human Health Evaluation Manual (Part A), Interim

Final. EPA/ 540/1-89/003. Washington, D.C. December .

• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT, 1987. Norma NBR

10.004 (Revisão PN 1.603.06-008) - Resíduos Sólidos, Classificação.

• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT/NBR 15.495 – Poços

de monitoramento de águas subterrâneas em aqüíferos granulares – Parte 1: Projeto e

Construção e Parte 2: Desenvolvimento.

• BRASIL. Ministério da Saúde. Procedimentos de controle e de vigilância da qualidade

da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade, Portaria N° 2914 de 12

de dezembro de 2011. Brasília.

• ABNT, NBR 15492 – Sondagem de reconhecimento para fins de qualidade ambiental

– Procedimento (Jun/07).

• ABNT, NBR 15495-1 – Poços de monitoramento de água subterrânea em aquíferos

granulados. Parte 1: Projeto e Construção (Mai/05).

• ABNT, NBR 15495-2 – Poços de monitoramento de águas subterrâneas em aquíferos

granulares. Parte 2: Desenvolvimento (Jul/08);

• ABNT NBR 15515-1:2007 Errata 1:2011- Passivo ambiental em solo e água

subterrânea Parte 1: Avaliação Preliminar;

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Março 2014 00 - 4

• ABNT NBR 15515-2:2011 - Passivo ambiental em solo e água subterrânea Parte 2:

Investigação confirmatória. Publicação em 22/03/11.

• ABNT NBR 15515-3:2013 - Avaliação de passivo ambiental em solo e água

subterrânea Parte 3 — Investigação detalhada.

• ABNT NBR 16209:2013 - Avaliação de risco a saúde humana para fins de

gerenciamento de áreas contaminadas.

• ABNT NBR 16210:2013 - Modelo conceitual no gerenciamento de áreas contaminadas

— Procedimento.

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2 OBJETIVOS

O presente documento tem como objetivo apresentar uma orientação técnica para

tarefas executadas em campo e em escritório para o desenvolvimento de projetos de

gerenciamento de áreas contaminadas (GAC), a fim de promover a recuperação de áreas

comprovadamente contaminadas por compostos derivados de hidrocarbonetos.

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Março 2014 00 - 6

3 PROCEDIMENTOS PARA DIAGNÓSTICO AMBIENTAL

3.1 Levantamento de Dados Históricos

Deverão ser verificados os documentos pré-existentes, por vezes disponíveis no local,

que possibilitem a identificação do histórico das instalações, operações, bem como de

eventos de acidentes, derrames e/ou vazamentos ocorridos na área em estudo. Para isso

devesse levantar:

• Dados disponíveis sobre as atividades ocorridas na área de estudo e arredores

antes da implantação do empreendimento, devendo considerar a interpretação de

fotos aéreas históricas da área;

• Histórico das unidades operacionais, desde o inicio de sua operação, com

descrição das instalações;

• Planta atualizada do local, com identificação de todas as unidades operacionais

(Exemplo: plataformas de carregamento, balanças, tanques aéreos, bacias de

conteção, tanques, bombas de abastecimento, área de lavagem de veículos, caixa

separadora, área de abastecimento, área de carregamento, área de

descarregamento, área de troca de óleo, filtro de diesel e tubulações);

• Relatórios de investigações ambientais realizadas anteriormente na área com

breve resumo sobre os resultados referentes a passivo ambiental no solo e água

subterrânea, se disponível.

Realizar a descrição cronológica dos fatos ocorridos na área relativos a:

• Instalação e operação de equipamentos;

• Reformas e manutenções realizadas;

• Tipos e volumes de produtos armazenados na área;

• Geração, armazenamento temporário e destinação de resíduos;

• Outras atividades desenvolvidas na área, como lavagem de veículos, troca de óleo

no caso de postos de serviço; outros processos produtivos no caso de bases e

terminais;

• Evolução do uso e ocupação do solo na vizinhança;

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Março 2014 00 - 7

• Posicionamento de receptor e bens a proteger.

A identificação da área deve conter as seguintes informações:

• Bases e Terminais: Razão social, bandeira operadora, data em que passou a operar

a base;

• Postos de Serviço: Razão social e nome fantasia da empresa, atual e histórico e

respectiva bandeira fornecedora de combustível, informando-se a data em que

passou a fornecer combustível ao posto;

• Localização, com endereço completo da empresa, coordenadas geográficas em

projeção UTM e respectivos datum, assim como planta de localização com

orientação espacial, escala gráfica e indicação da fonte do mapa-base e fonte de

dados, legenda e convenções cartográficas;

• Zoneamento da área/uso do solo com referência a fonte de consulta;

• Apresentação das principais vias de acesso (ruas, avenidas etc.), em planta;

• Indicação da existência de rede de esgoto, de água tratada e de águas pluviais e de

outras utilidades subterrâneas, como bueiros e boca de lobo, com localização em

planta;

• Identificação e descrição em texto e mapa da geologia regional, hidrogeologia

regional, geomorfologia, meteorologia e bacia hidrográfica (BH), na qual está

inserida a área.

A Tabela 1 apresenta sugestão de tipos de informações a serem levantadas nesta

etapa de identificação da contaminação. Não devem ser descartadas outras informações

sobre a área que não estejam listadas nesta tabela.

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Março 2014 00 - 8

Tabela 1 – Sugestões de tipos de informações a pesquisar sobre o histórico da área.

TIPOS DE INFORMAÇÃO DOCUMENTOS A CONSULTAR

Histórico operacional Entrevistas

Tipos e quantidades de tanques, filtros e bombas instaladas na área

Entrevistas, plantas das instalações, contratação de terceiros

Tipos de produtos comercializados Entrevistas, documentos de compra e venda de combustível

Tipos e locais das atividades realizadas (ex.: lavagem de veículos, troca de óleo, borracharia, etc.) Entrevistas, plantas das instalações

Realização e tipo de reformas Entrevistas, plantas das instalações, contratação de terceiros

Local de instalação dos equipamentos Entrevistas, plantas das instalações

Captação e uso água subterrânea Inspeção da área, outorgas de poços, entrevistas

Tipo, volume e destinação de resíduo Certificados de Destinação e Manifesto de Resíduos

Notificações de Órgão Ambiental Documentos do posto

Reclamações de vizinhos Entrevista

Histórico ambiental e operacional Processos, licenças, notificações, relatórios,

cadastros, plantas do posto Dados sobre o meio físico

Histórico sobre os equipamentos e instalações

Informações sobre a situação legal do posto de serviço Processos

Histórico ambiental e operacional Processos, licenças, notificações, relatórios,

cadastros, plano diretor, plantas da área Dados sobre o meio físico

Histórico sobre os equipamentos e instalações

Histórico das instalações do posto Relatórios, plantas, notas de serviços

Histórico das manutenções e reformas Relatórios, plantas, notas de serviços

Tipo, volume e destinação de resíduo. Notas de serviços

Tipos de emergências ocorridas Relatórios, notas de serviços

Ocorrência de fatos marcantes relacionados ao posto Jornais, revistas

Histórico ambiental e operacional Registro de entrevistas realizadas

3.2 Inspeção para Reconhecimento da Área

A inspeção para reconhecimento da área deverá possibilitar a identificação e avaliação

das instalações atualmente operadas na área de estudo, seus vizinhos, bem como

determinaros caminhos potenciais de transporte de contaminantes, além da localização e

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caracterização dos receptores e bens a proteger. Além da inspeção da área, devem ser

realizadas entrevistas com funcionários, vizinhos da área. Para isso:

• Identificar o tipo e locação dos equipamentos instalados na área, no caso de

postos de abastecimento instalações como tanques, bombas de abastecimento,

área de lavagem de veículos, caixa separadora, área de abastecimento, área de

carregamento, área de descarga, área de troca de óleo, filtro de diesel, tubulações,

etc. No caso de bases e terminais plataformas de carregamento, balanças, tanques

aéreos, bacias de conteção, transformadores;

• Caracterizar e avaliar as condições de operação de cada equipamento, piso e

canaletas;

• Descrever as atividades desenvolvidas;

• Identificar a geração, locais e modo de armazenamento temporário de resíduos;

• Relatar acidentes ocorridos, incluindo perda de produto, vazamentos e acidentes;

• Informar sobre manuseio e armazenamento de substânciasqu;imicas.

Nas entrevistas, devem, no mínimo, serem questionados:

• Ocorrência de acidentes e vazamentos;

• Locais de disposição de resíduos;

• Reclamações;

• Problemas com a qualidade do ar, água e solo;

• Obras realizadas.

• Presença de Captação de Água Subterrânea (Poço de Abastecimento, Poço

Cacimba, Cisternas e Poços Artesianos).

Realizar, o levantamento de uso do solo para um raio de 200 metros a partir do limite

do posto de serviço, conforme proposto na DD 263/2009 CETESB, considerando:

• O levantamento das atividades realizadas ao norte, sul, leste e oeste do local, por

nome e tipologia;

• A identificação, em imagem de satélite, de receptores potenciais ou bens a

proteger, como por exemplo, áreas residenciais, áreas comerciais, áreas

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industriais, áreas de lazer, áreas de produção agropecuária, piscicultura, hortas,

escolas, hospitais, creches, etc.;

• A representação na imagem de satélite da localização e a classificação de corpos

hídricos superficiais (vereda/brejo, córrego/rio, mar, lago/laguna/lagoa), Áreas de

Preservação Permanente (APP), Unidade de Conservação (UC) e áreas com

tombamento histórico;

• A pesquisa e localização de poços de abastecimento ou poços cacimba,

cadastrados e não cadastrados no órgão ambiental;

• A localização de Área com Potencial de Contaminação (AP), Área Suspeita de

Contaminação (AS), Área Contaminada sob Investigação (AI), Área Contaminada

sob Intervenção (ACI), Área em Processo de Monitoramento para Reabilitação

(AMR) e Área Reabilitada para o Uso Declarado (AR), eventualmente existentes na

região, conforme registro do órgão ambiental competente (CONAMA 420).

As instalações e áreas representadas na imagem de satélite devem ser referendadas

em texto, sendo informado sobre o bem identificado e o modo de pesquisa onde se

obteve a informação.

Na impossibilidade de se obter informações sobre o histórico de operação da área e

de alterações no layout, todos os locais da área em estudo onde exista a possibilidade de

terem sido desenvolvidas atividades de armazenamento e manejo de combustíveis,

lubrificantes ou outras substâncias deverão ser investigadas.

3.3 Caracterização do Uso e Ocupação do Solo

A caracterização do uso e ocupação do solo visa identificar os potenciais receptores

expostos à contaminação detectada na área de interesse. O levantamento das

informações sobre o uso e ocupação do solo deverá ser realizado com raio de no mínimo

200 metros em relação aos limites da área investigada, contendo os seguintes itens:

• Identificação de área industrial, residencial e comercial, bem como, escola,

creche, igreja, asilo, restaurantes, hospitais, parques, plantações, criações de

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gado, entre outros. Destacando a existência de edificações com piso ou

garagem subterrânea;

• Identificação de instalações subterrâneas como gás, esgoto, rede de

distribuição de águas, redes elétricas, telefonia, entres outros;

• Localização de Áreas Contaminadas cadastradas no órgão ambiental

responsável;

• Localização de corpos de águas superficiais e sua classificação;

Deverá ser considerado um raio de 500 metros em relação aos limites da área

investigada para a localização de poços de rebaixamento do lençol freático, poços

de captação de água subterrânea, cadastrados e/ou outorgados em órgão

competente, quando possível e disponível os não cadastrados, destacando sua

profundidade, perfil construtivo, aquífero explorado e uso.

Ao final desta tarefa deverão ser apresentados:

• Texto explicativo e mapas explicativos sobre o uso e ocupação da área e sua

distribuição;

• Mapa de uso e ocupação contendo a localização dos poços de rebaixamento

e captação de água subterrânea (georreferenciados), bem como todos os

elementos descritos acima.

3.4 Elaboração de Modelos Conceituais (MC)

A elaboração dos cenários de exposição deverá representar todos os caminhos que

permitem a evolução do contaminante partindo da origem da contaminação (fonte de

contaminação) até chegar aos receptores potenciais. Os cenários de exposição são

divididos em cenários de exposição direta e cenários de exposição indireta.

• Exposição Direta: quando o receptor está diretamente em contato com o

compartimento do meio físico contaminado, ou com a fonte de

contaminação.

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• Exposição Indireta: quando as SQIs atingem o receptor por meio de outros

compartimentos do meio físico, que não estão contaminados, mas que

poderá afetá-los em decorrência do transporte da SQI.

Os cenários de exposição devem ser sempre relacionados aos seguintes elementos:

• Fonte de Contaminação;

• Substância Química de Interesse (SQI);

• Receptores Potenciais;

• Ponto de Exposição (PDE);

• Caminho de Exposição;

• Via de Ingresso.

Estes elementos devem ser identificados e caracterizados para que um cenário de

exposição seja considerado completo. A caracterização de cada um desses elementos

servirá como base para identificação de eventos de exposição atuais e futuros

relacionados ao posto de serviço. Caso um ou mais destes elementos estejam ausentes,

o cenário será incompleto e não será considerado na avaliação de risco.

3.4.1 Fontes de Contaminação

A fonte de contaminação (Área Fonte) esta relacionada a um determinado processo

operacional que ocasionou a origem da contaminação, liberando a SQI no meio físico.

A caracterização da fonte de contaminação deve permitir avaliar quais compartimentos

do meio físico podem ser impactados e como as SQIs chegarão aos receptores

potencialmente expostos. Cada área fonte compreende um ponto ou área onde ocorre ou

ocorreu à liberação da SQI para o meio físico. Para esta etapa é necessária a

identificação e relação das fontes de contaminação

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3.4.2 Substâncias Químicas de Interesse (SQI)

As substâncias químicas de interesse (SQI) que devem ser consideradas na Avaliação

de Risco a Saúde Humana são todas aquelas identificadas nas amostras de solo e água

subterrânea em concentrações superiores aos VIs.

A SQI será selecionada desde que ocorra pelo menos em uma única vez em

concentração superior ao VI adotado. Para esta etapa deve ser relacionadas às SQIs

consideradas na avaliação de risco.

3.4.3 Receptores Potenciais

A identificação de receptores potenciais a serem considerados na avaliação de

risco visa representar indivíduos humanos expostos as SQIs, considerando situações

atuais e futuras de exposição, sendo classificados em:

• Receptores Residenciais: todo residente que possa estar potencialmente

exposto direta ou indiretamente às SQIs identificadas nos compartimentos do

meio físico, localizados na área investigada ou em suas proximidades.

• Receptores Trabalhadores (Comercial/Industrial) : todo funcionário que

possa estar potencialmente exposto direta ou indiretamente às SQIs

identificadas nos compartimentos do meio físico, localizados na área

investigada ou em suas proximidades.

Para esta etapa devem ser relacionados os receptores potenciais consideradas na

avaliação de risco.

3.4.4 Pontos de Exposição (PDE)

Os pontos de exposição (PDE) são pontos onde ocorre a exposição do receptor à SQI.

Os PDEs devem ser identificados para cada compartimento do meio físico impactado ou

potencialmente impactado, considerando os cenários atuais e futuros de uso e ocupação

do solo.

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Março 2014 00 - 14

Os seguintes compartimentos devem ser considerados para a identificação de PDEs:

• Água Subterrânea: se ocorrer a utilização de poços e nascentes para

abastecimento municipal, industrial, doméstico e agrícola, bem como para

atividades recreacionais.

• Solo: se ocorrer contato com as SQIs presentes no solo superficial e

subsuperficial.

• Água superficial: se ocorrer sua utilização para abastecimento municipal,

industrial, doméstico e agrícola, bem como para atividades recreacionais e de

pesca.

• Ar: na ocorrência de cenários de exposição em ambientes abertos e espaços

fechados contemplando todos os potenciais receptores.

Para esta etapa devem ser relacionados os PDEs considerados na avaliação de risco.

3.4.5 Caminhos de Exposição

Um caminho de exposição descreve o curso de uma SQI, desde a área fonte até o

receptor, no ponto de exposição (PDE). São considerados caminhos de exposição às

seguintes situações:

• Emissão de vapores e partículas a partir do solo superficial;

• Lixiviação do solo para água subterrânea;

• Transporte em meio saturado de água subterrânea contaminada;

• Transporte em meio não saturado de vapores a partir do solo subsuperficial;

• Transporte em meio não saturado de vapores a partir da água subterrânea;

As seguintes informações deverão ser consideradas na análise dos caminhos de

exposição:

• Os compartimentos do meio físico que estão impactados (ar, água e solo);

• Os mecanismos de transporte das SQIs desde a área fonte até os PDEs;

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• A localização dos PDEs;

• Os receptores potencialmente expostos.

Para esta etapa devem ser relacionados os caminhos de exposição considerados na

avaliação de risco.

3.4.6 Vias de Ingresso

Os potenciais receptores identificados podem entrar em contato com as SQIs por meio

de determinadas vias de ingresso, que são:

• Ingestão de contaminantes presentes na água subterrânea, água superficial,

solo.

• Inalação de contaminantes presentes no ar, incluindo vapores emitidos a partir

da água subterrânea, água superficial, solo superficial e solo subsuperficial.

• Contato dérmico com contaminantes presentes na água subterrânea, água

superficial e solo.

Para esta etapa devem ser relacionadas às vias de ingresso consideradas na

avaliação de risco.

3.4.7 Composição do Modelo Conceitual

O Modelo Conceitual (MC) deverá ser elaborado, objetivando a apresentação de uma

síntese das informações relativas à área de interesse, incluindo a localização da

contaminação, o transporte e distribuição das SQIs desde as fontes primárias até os PDE

e a relação com a exposição dos receptores existentes, representando o conjunto de

cenários de exposição presentes na área de interesse. O MC deverá ser desenvolvido

para a área de interesse considerando suas características específicas.

A consolidação do MC deverá ser apresentada por meio de fluxograma ou texto

explicativo.

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3.5 Caracterização Geológica

A caracterização geológica do local deverá ser realizada com base na execução das

sondagens ambientais de acordo com a norma ABNT/NBR 15.492, incluindo registros

existentes nos relatórios, considerando os seguintes objetivos:

• Descrição do solo, sedimento, rocha e/ou aterro de todas as sondagens

executadas;

• Coleta de amostras do material perfurado, para determinação de granulometria,

porosidade total, porosidade efetiva, densidade do solo, umidade do solo e fração

de carbono orgânico. Estas amostras devem ser coletadas em diferentes pontos de

sondagem e diferentes profundidades, considerando as camadas litológicas

importantes para a distribuição dos contaminates em subsuperfície, previstas do

Modelo Conceitual da Área;

• Validação da geologia regional.

Ao final desta tarefa deverão ser apresentados:

• Mapa em escala apropriada com locação e identificação das sondagens e dos

pontos de coleta de amostras de solo;

• Perfis das sondagens realizadas e no mínimo duas seções geológicas para

representar o entendimento da geologia do local. Deve ser destacada a descrição

do material identificado, sua cor, textura e granulometria;

• Tabela com a identificação das amostras, coordenadas geográficas UTM,

elevação, perfil de sondagem, profundidade da coleta de amostra, data e hora de

amostragem, numero da cadeia de custódia, entre outros;

• Texto explicativo com resumo da geologia local e relação com o contexto geológico

regional.

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3.6 Mapeamento da Contaminação

O mapeamento da contaminação deverá ser desenvolvido com o objetivo de:

• Promover a completa delimitação vertical e horizontal da contaminação por fase

retida (solo superficial e subsuperficial), fase dissolvida e fase livre;

• Possibilitar o entendimento da distribuição espacial da contaminação.

Para cumprimento dos objetivos supramencionados deverão ser executadas as

tarefas:

• Coletar as amostras de solo e água subterrânea conforme item 4.10 deste manual;

• Realizar análise química laboratorial para Benzeno, Tolueno, Etilbenzeno e

isômeros de Xilenos (BTEX); Hidrocarbonetos Aromáticos Policíclicos (HAP), em

todas as amostras coletadas. Caso o Modelo Conceitual da Área em estudo

indique a possível ocorrência de outros substância químicas associadas a

potenciais fontes de contaminação, estas também deverão ser analisadas em

laboratório;

• Realizar análise química laboratorialpara Hidrocarbonetos Totais de Petróleo

(TPH), somente em amostras coletadas em potenciais áreas fonte de

contaminação identificadas no modelo conceitual da área que indiquem a

ncessiade desta quantificação;

• Promover a delimitação das plumas de contaminação (fase retida e fase dissolvida)

considerando os Valores de Investigação (VI), mesmo que para isto tenha que ser

executada mais de uma etapa de coleta de amostras. Para o mapeamento das

plumas dissolvidas os parâmetros a serem determinados são os BTEX e HAP.

• Promover a delimitação da pluma de fase livre, por meio da instalação de poços de

monitoramento com seção plena, considerando os procedimentos técnicos

descritos na NBR/ABNT 15495: Poços de monitoramento de águas subterrâneas

em aquíferos granulados parte 1: projeto e construção; e na NBR/ABNT 15495:

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Poços de monitoramento de águas subterrâneas em aquíferos granulares parte 2:

desenvolvimento.

As amostras da etapa de investigação da contaminação devem, preferencialmente, ser

coletadas em uma única campanha de amostragem. Se após a avaliação dos resultados

analíticos se verificar que as plumas de contaminação estão abertas, deve ser realizada

nova etapa de campo e consequentemente, nova coleta de amostras. Neste caso,

amostras coletadas em campanhas distintas podem ser utilizadas em uma mesma etapa

de investigação ambiental, se a coleta for realizada em um intervalo de no máximo 90

dias corridos contados da data da primeira amostra, comprovados pelo adequado

preenchimento da Cadeia de Custódia.

Para esta etapa é necessária a apresentação dos seguintes itens:

• Cadeia de Custódia devidamente preenchida e assinada pelo responsável pela

coleta das amostras, bem como funcionário do laboratório responsável pelo

recebimento das amostras;

• Ficha de recebimento das amostras (checklist), devidamente preenchida e

assinada pelo responsável, no laboratório, pela verificação das condições de

recebimento e acondicionamento das amostras;

• Laudos analíticos laboratoriais originais, assinados pelo responsável técnico do

laboratório emitidos de acordo com o especificado na ABNT NBR ISO/IEC 17025;

• Tabelas comparativas entre os resultados analíticos para as analises realizadas e

os Valores de Intervenção Estadual ou Conama;

• Representação das plumas de contaminação em fase retida (horizontal e vertical);

• Representação das plumasde contaminação em fase dissolvida (horizontal e

vertical);

• Representação da pluma de contaminação em fase livre;

• Texto explicativo com resumo do mapeamento da contaminação, sua relação com

as fontes primárias de contaminação identificadas no modelo conceitual da área.

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Março 2014 00 - 19

4.5.1. Fase Livre

Realizar o mapeamento da fase livre a partir dos poços de monitoramento onde foi

verificada sua ocorrência, considerando os seguintes itens:

• O mapeamento da fase livre deverá ser realizado por meio da instalação de poços

de monitoramentos com seção plena, locados estrategicamente em função do

modelo conceitual da área.

• Os poços de monitoramento onde foram verificadas a ocorrência de fase livre não

devem ser desenvolvidos.

• As medidas do nível de produto em fase livre, tomadas com o equipamento

interface de óleo e água, representam a espessura aparente de fase livre

sobrenadante ao aquífero local.

• Será considerada película de produto em fase livre, espessura aparente menor ou

igual a 5,00 milímetros.

• A pluma de produto em fase livre será considerada, delimitada horizontalmente, se

tiver poços de monitoramento instalados na borda da pluma, sem a ocorrência

produto.

• A delimitação da pluma em fase livre no plano horizontal será definida

considerando a metade da distância entre o poço de monitoramento que

apresentar presença de produto em fase livre e o poço de monitoramento onde for

observada a ausência de fase livre.

• O mapeamento de fase livre em plano vertical deverá ser apresentado em seções

hidrogeológicas, onde o limite superior da pluma será referente a cota superior do

nível de fase livre medido no poço de monitoramento e o limite inferior será a cota

do nível de água local medido no poço de monitoramento. Deve ser gerado a

espessura real e aparente, usada para a etapa seguinte.

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Para esta etapa é necessária a apresentação dos seguintes itens:

• Cálculo do volume de produto em fase livre mapeado, considerando as espessuras

aparente e real.

• Cálculo da espessura real de produto em fase livre, a partir da espessura aparente

medida em área, por meio da formula empírica do método de Pastrovich:

( )dadottg /1−=

onde: tg – Espessura real de fase livre t – Espessura aparente do – Densidade do produto da – Densidade da água

Detalhe de Fase Livre em Bailer Detalhe de Fase Livre em Bailer

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Março 2014 00 - 21

Detalhe de Fase Livre em Bailer Detalhe de Ausencia de Fase Livre em Bailer

4.5.2. Fase Retida

Realizar o mapeamento da fase retida no solo a partir das sondagens onde foi

verificada a SQI acima dos VIs, considerando os seguintes itens:

• No plano horizontal a partir da sondagem onde foi identificada a

contaminação,executar sondagens em malha aproximada de 5 x 5 metros com

distanciamento máximo de 10 metros, podendo estasdistaânciasserem alteradas a

critério do responsável técnico e em função do modelo conceitual da área;

• No plano vertical coletar pelo menos 03 (três) amostras de solo, sendo uma entre

0,0 e 0,5 metros de profundidade, outra na franja capilar ea última na maior

medição de COV. Caso a medição de COV seja nula justificar tecnicamente a

escolha da profundidade da amostra de solo coletada;

• O mapeamento horizontal deve ser realizado para cada SQI, onde o limite da

pluma será interpolado na metade da distância entre o ponto de amostragem que

apresentar concentração acima de VI e o ponto de amostragem que apresentar

concentração abaixo de VI;

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• Para o mapeamento de fase retida no solo em plano vertical, o ponto limite será a

metade da distância entre a amostra em profundidade que apresentar

concentração acima de VI e a amostra que apresentar concentração abaixo de VI.

Quando a amostra de solo coletada na franja capilar apresentar concentrações

acima dos VIs para as SQIs, considerar como delimitação da contaminação a

profundidade do nível de água do local. Na ausência de amostras superficiais com

concentração inferior a VI, o limite superior deve ser a fonte primária mais próxima.

4.5.3. Água Subterrânea

Realizar o mapeamento da fase dissolvida a partir dos poços de monitoramento onde

foi verificada a SQI acima dos VIs, considerando os seguintes itens:

• No plano horizontal instalar poços de monitoramento a partir do poço onde foi

identificada a contaminação, conforme o modelo conceitual da área;

• Caso o modelo conceitual da área justifique a delimitação da pluma de

contaminação no plano vertical, esta poderá ser realizada com a instalação de

poços multiniveis. Quando assim definido, deverão ser instalados ao mínimo

dois conjuntos de poços multiníveis, localizados internamente aos limites da

área de interesse, dispostos no centro de massa da pluma de contaminação da

pluma em fase dissolvida, ou seja, onde forem verificadas as maiores

concentrações das substâncias químicas de interesse, considerando a direção

do fluxo de água subterrânea. A instalação de poços simples ou multiníveis

externos aos limites da área de interesse deve ser realizado quando a pluma de

contaminação em fase dissolvida ultrapassar os limites da área ou quando

ocorrer fluxo vertical descendente.

• O mapeamento horizontal deve ser realizado para cada SQI, onde o limite da

pluma será interpolado a ¾ da distância entre o ponto de amostragem que

apresentar concentração acima de VI e o ponto de amostragem que apresentar

concentração abaixo de VI;

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• Caso o modelo conceitual da área justifique a delimitação da pluma de

contaminação no plano vertical,esta deverá ser realizada para cada SQI, onde o

limite da pluma será interpolado na metade da distância entre a base da seção

filtrante do poço que apresente concentração abaixo do VI e a base da seção

filtrante do poço adjacente que apresente concentração da SQI acima de VI.

3.7 Investigação de Vapores de Solo

Os trabalhos de avaliação de vapores no solo deverão obedecer ao procedimento

específico do Órgão Ambiental Regulador local. Quando não houver, será adotado o

Procedimento “Identificação de Passivos Ambientais em Estabelecimentos com Sistema

de Armazenamento Subterrâneo de Combustíveis - SASC” da CETESB e as

considerações deste manual.

Deverá ser feita a avaliação da presença destes vaporesem malha regular com

execução de sondagensde 1,5 metros de profundidade,com diâmetro de 25 a 50 mm, no

qual será introduzida uma sonda para a medição de concentrações de vapores a cada 0,5

metros, por sucção, do ar de seu interior, contemplando toda a área do empreendimento,

e com a apresentação dos perfis litológicos das sondagens, caso julgue necessário.

Adicionalmente, deverá ser realizada medição de explosividade e vapores

orgânicos, bem como avaliação quanto à presença de produto (Combustíveis) em

tubulações, redes (pluvial, esgoto, água, energia e telecomunicações, etc.), câmaras de

contenção e poços (PIs, PMs, PEs, PBs) existentes no empreendimento e em seu

entorno, num raio de 200 metros. Deve-se indicar no croqui e listar em tabela os pontos

medidos. Também serão alvo deste levantamento os pontos de captação de água (cursos

d’água, poços) do entorno imediato do estabelecimento e a verificação dos mesmos

quanto à presença de produto. No caso de poço tubular, informar dados construtivos, uso

da água, vazão captada e perfil litológico do poço.

Caso o levantamento estaja sendo desenvolvido em área de posto de serviço,

deverá ser realizada a sua classificação (com justificativas) conforme ABNT NBR 13.786,

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Março 2014 00 - 24

apresentando mapa de ocupação do entorno, no raio de 100 metros (ou conforme

definição do órgão ambiental local), em escala compatível, detalhando adequadamente o

entorno, indicando: elementos constantes na ABNT NBR 13786, uso e ocupação das

áreas e empreendimentos potencialmente poluidores (postos, oficinas, etc).

O empreendimento deverá ser georreferenciado por meio do levantamento das

coordenadas UTM do empreendimento, com a utilização de GPS, estação total e

levantamento topográfico.

Deverá ser apresentadoum relatório conclusivo contendo os resultados das

avaliações descritas acima, e a caracterização da extensão da ocorrência de vapores

orgânicos derivados de combustíveis no solo (por meio inclusive de desenho da pluma de

contaminação com curvas de iso-concentração a 0,5, 1,0 e 1,5 metros), considerando-se,

sempre que possível, o tipo de contaminante, as condições do meio e as limitações

técnicas do local, tais como solo, edificações, espaço físico para instalação de

equipamentos, dentre outras.

3.8 Execução de Sondagens Ambientais

As perfurações a serem realizadas, têm por objetivo a descrição da

litologia/pedologia/geologia em subsuperfície, coleta de amostras de solo, instalação de

poços demonitoramento de seção plena (PM) ou multiníveis (PMN), bombeamento (PB),

extração (PE)e/ou de injeção (PI), bem como a coleta de amostras para análise química.

As sondagens devem ser realizadas em conformidade com a Norma ABNT

NBR15492 – Sondagem de Reconhecimento Para Fins de Qualidade Ambiental –

Procedimento.

O material perfurado deve ser descrito e amostrado, a cada metro ou a

cadamudança pedológica / litológica / Geológica. A concentração de COVs deve ser

medida a cada 0,5 metro perfurado. Deve ser feita a identificação e a descrição do

solo,sedimento, rocha e/ou aterro de acordo com as recomendações do Manual

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deDescrição Coleta de Solos no Campo, da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, e

outros documentos aplicáveis à descrição de materiais em subsuperfície;

As perfurações devem penetrar no máximo 4,0 metros abaixo do nível d’água ou, a

profundidades maiores em função do Modelo Conceitual da Área. Caso haja

impedimentode ordem da natureza do substrato investigado a perfuração poderá ser

finalizada fora das condições descritas acima.Ao término das perfurações, os furos devem

ser limpos através de caçamba/balde. Devido à constituição pedológica / litológica da

área, caso haja necessidade, deveráser revestido o furo, a fim de atender às condições

de perfuração descritas acima.

Não será permitida a utilização de fluídos de perfuração para a completação

dofuro, após atingir o nível d’água.Para a completação do furo após atingir o nível d’água

pode ser utilizado o sistemade caçamba/balde ou lavagem com água para aprofundar o

furo até a profundidadeexigida, desde que o mesmo esteja revestido.

A definição dos equipamentos a serem utilizados para realização das sondagens

deverá ser feita com base no Modelo Conceitual da Área, previamente desenvolvido pelo

Responsável Técnico.

Caso seja indicado no Modelo conceitual da Área, serão coletadas amostras de

solodurante a execução das sondagens para análises químicas laboratoriais.O

amostrador e o material de sondagem devem ser lavados com sabão neutro eágua

desmineralizada, antes e após cada amostragem de solo.

Em cada sondagem deverão ser obtidas pelo menos 03 (três) amostras de solo,

sendo uma entre 0,0 e 0,5 metros de profundidade, outra na franja capilar e a última na

maior medição de COV. Caso a medição de COV seja nula justificar tecnicamente a

escolha da profundidade da amostra de solo coletada, devendo todas serem

encaminhadas para análise química.

Todos os pontos onde ocorrerem sondagens deverão ser georeferenciados.

Ascoordenadas dos pontos medidos no site deverão ser vinculadas ao Sistema

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GeodésicoBrasileiro (SGB).Todas as medições devem ser realizadas por meio de

Estação Total.

Elaborar modelo hidrogeológico conceitual em conformidade com a ABNT NBR

15495-1 – Poços de Monitoramento de águas subterrâneas em aqüíferos granulares –

Parte 1: Projeto e construção.

3.9 Instalação de Poços de Monitoramento

Os poços devem ser construídos e instalados em total conformidade com a

NormaABNT NBR 15495-1 – Poços de Monitoramento de águas subterrâneas em

aqüíferosgranulares – Parte 1: Projeto e construção. O desenvolvimento dos poços

deverá serrealizado em conformidade com a Norma ABNT NBR 15495-2 – Poços de

Monitoramento de águas subterrâneas em aqüíferos granulares – Parte

2:Desenvolvimento.

Os poços serão instalados nos furos de sondagem com diâmetros de 2”, 4 “ou 6”

aserem executados conforme exposto no item 4.7 (Execução de Sondagens Ambientais).

Os poços serão construídos com tubos do tipo geomecânico/PVC (liso e/ou filtro)

ousimilar, nos diâmetros de 2” ou 4”, ou se forem piezômetros no diâmetro de 1”. Os

poços de monitoramento devem ser instalados com:(1) seção filtrante plena, com

comprimento máximo de 3 metros, sendo 1metro na zona não saturada e 2 metros na

zona saturada; (2) seção filtrante afogada com comprimento máximo de 1 metroabaixo do

nível d’água estabilizado(cerca de 25 cm). O Modelo Conceitual da Área deverá ser

utilizado para escolha entre a seção plena ou afogada.

O espaço anular entre o filtro e a parede de perfuração deve ser preenchido por um

pré-filtro definido de acordo com a Norma ABNT NBR 15495-1.O espaço anular superior

ao pré-filtro deve ser preenchido por bentonita ou por mistura de bentonita com cimento.O

acabamento final dos poços deverá constar de proteção sanitária em concreto ecolocação

de câmara de calçada construída ao nível da superfície do terreno.O cap superior dos

poços será móvel, acoplado ao tubo e deve ter a sua tampatrancada com trava via

cadeado (segredo único), e o cap inferior do tubo deve ser

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fixado. O cap superior deve garantir a perfeita vedação do poço.

Deve ser garantida a identificação, vedação e inviolabilidade dos PMs, PBs, PEs e

PIs instalados. As tampas e câmaras de calçada para proteção sanitária devem suportaro

tráfego de veículos pesados, serem estanques, possuir fixação que evite

seudeslocamento, e identificação de poço de monitoramento. Tais câmaras decalçada

deverão ter diâmetro mínimo de 12”.

Todos os detalhes da instalação dos poços e execução das sondagens,bem como

informações sobre o perfil construtivo, pedológico e litológico dospoços, profundidade do

NA, cota altmétrica, coordenadas UTM (medidas por EstaçãoTotal e vinculadas ao

Sistema Geodésico Brasileiro - SGB) e informação sobre a existência ou não de fase livre

nos poços, deve constar do relatório técnico de investigação ambiental (confirmatória,

detalhada).

Os piezômetros deverão ser compostos por um tubo de PVC rígido com

diâmetrode 1”, devendo sua extremidade inferior ser vedada com um cap, e o tubo

perfuradonum trecho que esteja limitado a uma única unidade estratigráfica, limitado

aocomprimento máximo de 100 cm a partir da extremidade inferior. Os furos do

trechoperfurado deverão apresentar diâmetro de 3 mm distribuídos aleatoriamente entre

sicom distância circular de no máximo de 10 cm. O trecho do tubo perfurado deve

serenvolto por, no mínimo, duas camadas de tela de nylon de malha nominal de 2 mm.O

espaço anelar entre o tubo de PVC e o furo deve ser preenchido com areia somenteno

trecho onde o tubo foi perfurado e envolto com tela; o restante deve ser preenchidocom

bentonita na forma de calda. Para servir de vedação, quanto à entrada de águaspluviais,

a parte superior de 50 cm do espaço anelar será preenchida por umaargamassa de

cimento e areia. Deve ser previsto cap de pressão para a extremidadesuperior do

tubo(boca).

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Março 2014 00 - 28

Detalhe de Acabamento de Poços Detalhe de Acabamento de Câmara de Calçada

3.10 Amostragem e Análises Químicas

O procedimento para a coleta de amostras de água e solo deve seguir o

estabelecido neste escopo, nas normas brasileiras aplicáveis ou, na ausência destas, a

EPA SW-846, Test Methods for EvaluatingSolidWastes.

3.10.1 Água subterrânea

A coleta das amostras de água deverá ser realizada por um dos métodos a seguir:

(1) Amostragem com Amostrador descartável tipo Beiler; (2) Micro Purga com Baixa

Vazão.

3.10.1.1 Amostragem com Amostrador descartável tipo Beiler

Deverá ser utilizado amostrador de água manual tipo bailer nos poços de

monitoramento. O material constituinte do bailer deverá possuir as seguintes

características: não adsorver, absorver ou liberar constituintes das ou para as amostras,

serem resistente a ataque químico (deterioração de parte plástica) e ataque biológico, ser

transparente, descartável, longilíneo (90cm) e de diâmetro compatível com o ponto de

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Março 2014 00 - 29

coleta, permitir estimar a espessura e coloração de fases formadas na solução dentro do

bailer, principalmente a espessura de produto dentro dos poços.

A amostragem através de bailer deverá ser sempre precedida por purga, a qual

consistirá no esgotamento de 3 a 5 vezes o volume do poço, devendo seu efluente ser

devidamente acondicionado e descartado.

A coleta deve ocorrer, no mínimo, após 24 horas da conclusão da purga, sendo que a

introdução do bailer no poço nào provoque distúrbio na coluna d’água (misturar, aerar ou

aumentar sua turbidez). O bailer utilizado para purga do poço não poderá ser utilizado

para sua coleta.

Todos os bailers utilizados para coleta e purga, devem ser identificados, quantificados,

fotografados agrupados e cortados transversalmente (de forma a permitir sua contagem)

e corretamente destinados, devendo ter seus certificados de destinação serem

apresentados em anexo ao relatório técnico de serviços. Preferencialmente, os materiais

plásticos devem ser destinados à reciclagem.

3.10.1.2 Micro Purga com Coleta de Baixa Vazão

O responsável deverá utilizar equipamentos que sejam compostos por materiais que

não adsorvam, absorvam ou liberem constituintes das ou para as amostras, sejam

resistentes a ataques químicos (corrosão das partes metálicas e deterioração das partes

plásticas) e ataques biológicos e sejam resistentes aos procedimentos de limpeza

(produtos de limpeza específicos sucedidos por limpeza com sabão neutro e água

deionizada).

A amostragem por equipamento de baixa vazão deve ser precedida por purga de

baixa vazão que permita a coleta de amostras representativas. O procedimento de coleta

da amostra deve ser iniciado somente após a purga apresentar estáveis os parâmetros

monitorados (em tempo real) de turbidez, condutividade, pH, oxigênio dissolvido (OD) e

potencial de óxido redução (Redox Potencial) da água. Três leituras consecutivas devem

apresentar variações máximas de ±0,1 para o pH, ±3% para a condutividade, ±10mv no

potencial de redox e ±10% para oxigênio dissolvido e turbidez. O intervalo de tempo entre

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Março 2014 00 - 30

as leituras deve variar em função da velocidade de bombeamento e podem ocorrer, no

mínimo, a cada 1 minuto.

O equipamento deverá ter vazão de coleta máxima de 100ml/min e rebaixamento

máximo de 10cm na coluna d’água estabilizada (monitorada por equipamento

denominado como Interface) durante o bombeamento de coleta e purga. Durante o

processo, não deverá haver distúrbio na coluna d’água de forma a misturá-la

(homogeneizar as zonas distintas) e provocar aumento de turbidez. A amostra deverá ser

coletada na metade da seção filtrante do poço, ou seja, a captação da bomba deve ser

posicionada nesse ponto indicado. As partes do equipamento (ex. mangueiras), anteriores

a bomba, que entrarem em contato direto com o líquido amostrado, devem ser sempre

substituídas para cada ponto de coleta durante o processo de amostragem. O frasco de

coleta da amostra deve estar sempre em posição anterior à bomba. Durante a coleta de

amostra de água devem-se obter os valores de turbidez, condutividade, potencial

hidrogeniônico (pH), oxigênio dissolvido (OD) e potencial de óxido redução (Redox

Potencial) para cada amostra, devendo os dados ser inseridos no relatório.

Os resíduos gerados pela coleta devem ser identificados e corretamente destinados.

Todas as partes do equipamento (ex. mangueiras), anteriores a bomba, que entrarem em

contato direto com o líquido amostrado, utilizados para coleta e purga, devem ser

identificados, quantificados, fotografados agrupados, destruídos e corretamente

acondicionados e destinados, devendo ter seus certificados de destinação serem

apresentados em anexo ao relatório técnico de serviços. Preferencialmente, os materiais

plásticos devem ser destinados à reciclagem.

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Março 2014 00 - 31

Equipamentos para Amostragem de Baixa Vazão Equipamentos para Amostragem de Baixa Vazão

Equipamentos para Amostragem de Baixa Vazão Equipament os para Amostragem de Baixa Vazão

3.10.1.3 Análises Químicas

Para as amostras de água subterrânea e solo, destinadas ao mapeamento de plumas

de contaminação originadas nas fontes de contaminação identificadas no modelo

conceitual da área em estudo, deverá ser realizada análises químicas para a

determinação das concentrações de BTEX (benzeno, tolueno, etilbenzeno e isômeros de

xilenos) porcromatografia gasosa e HPA (Hidrocarbonetos Aromáticos Policíclicos). Em

função do modelo conceitual da área, poderão ser realizadas também amostras de

Hidrocarbonetos Totais de Petróleo (TPH) fingerprint, DRO ou GRO.

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Março 2014 00 - 32

Os limites de quantificação deverão ser inferiores aosvalores mais restritivos de

referência estabelecidos (devem ser considerados oCONAMA 420/2009, as listas da

CETESB, Lista Holandesa e a lista de órgão ambientallocal, se existir).

As amostras de água e solo deverão ser remetidas ao laboratório de análisesquímicas

no prazo máximo de 24 horas após a coleta. Durante o período dearmazenamento e

transporte das amostras do campo para o laboratório, as mesmasdeverão ser mantidas

em recipientes térmicos, acondicionadas com gelo, à temperaturade no máximo 4 graus

Celsius.

Serãocoletados padrões brancos inicial e final, para cada dia de amostragem, antes do

inícioe após o término da amostragem de água. Tambem deverá ser coletada eanalisada

uma amostra réplica de água subterrânea em ponto definido pelo responsável técnico em

campo, visando avaliar a confiabilidade do laboratório.

O laboratório deverá apresentar os resultados das análise de “surrogatescompounds”.

O critério de aceitação e a taxa de recuperação dos “surrogates” deverãoser

apresentados e interpretados pelo responsável técnico. Os resultados das análises

deverão estar acompanhados dosrespectivos cromatogramas. Todos os laudos analíticos

deverão estar de acordo com o definido na norma ISSO – IEC 17025, devendo

necessariamente ser identificado o local onde foi coletada aamostra, acompanhados da

ficha de recebimento de amostras (checklist) emitida pelolaboratório no ato de

recebimento das mesmas e da cadeia de custódia referente àsamostras coletadas,

devidamente preenchidas e assinadas.Os resultados de ensaios somente serão aceitos

quando realizados porlaboratórios de ensaio acreditados, nos parâmetros determinados,

segundo a NormaABNT NBR ISO/IEC 17025, pelo Instituto Nacional de Metrologia,

Normalização eQualidade Industrial - INMETRO, ou outro organismo reconhecido por ele.

Os certificados de acreditação devem ser apresentados previamente ao inicio das

atividades do presente contrato. Taiscertificados devem ser apresentados sempre que

revalidados.

Para as análises químicas de POTABILIDADE, deverão ser realizadas análisesdos

seguintes parâmetros: Al, Amônia, cloreto, dureza, Fe, Mn, Na, Sólidos Dissolvidostotais,

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sulfato, sulfeto de hidrogênio, surfactantes, Zn, pH, temperatura, OD,

turbidez,condutividade elétrica, coliformes totais e fecais.

Para as análises químicas de EFLUENTES deverão ser realizadas análises

dosseguintes parâmetros: pH, temperatura, Sólidos Suspensos, Sólidos

Sedimentáveis,DQO, DBO5, Surfactantes e O&G (óleos e graxas).

Para as análises de Metais em solo e água deverão ser realizadas análises

dosseguintes metais: Alumínio, Antimônio, Arsênio, Bário, Boro, Cádmio, Chumbo

(Total,Orgânico e Inorgânico), Cobalto, Cobre, Cromo (Total e Hexavalente), Ferro,

Manganês,Mercúrio (Total, Orgânico, Inorgânico), Molibdênio, Níquel, Prata, Selênio,

Vanádio eZinco.

Se após o desenvolvimento dos poços for detectado produto em fase livre, o cliente

deve ser comunicada imediatamente. Devem ser inseridos, como anexos, as cadeias de

custódia, completamentepreenchidas, bem como as fichas de recebimento das amostras

pelos laboratórios. Casohaja exigência, devem ser informados os cadastramentos dos

laboratórios nos órgãosambientais, bem como apresentar documento de responsabilidade

técnica do órgão declasse competente dos responsáveis técnicos pelos laboratórios (ART

ou equivalente).Devem ser entregues junto aos relatórios as vias originais dos laudos. O

responsável deverá obter junto aos laboratórios que usar e fornecer osdossiês de

validação para cada parâmetro analisado.

Os laudos devem apresentar os limites de detecção e quantificação dosparâmetros

analisados, bem como o método analítico utilizado. Quando as análises se destinarem

aos serviços de investigação confirmatória,conforme DDs 103/2007 e 263/2009 da

CETESB, a contratada deverá informar, em no máximo 2 dias úteis após a data de

emissão dolaudo, a existência de resultados com concentrações acima dos padrões

legaisaplicáveis.

Em função do Modelo Conceitual da Área o responsável técnico deverá coletar

amostras para análises qu;imicasde todas assubstâncias descritas nos sub-grupos

existentes na Resolução CONAMA 420/2009,para cada item específico. Por exemplo,

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deverãoser realizadas análises químicas na água das seguintes substâncias: Cloreto

demetileno, clorofórmio e tetracloreto de carbono.

Todos os pontos onde ocorrerem medições (coleta de amostras diversas, leituradireta

de dados, etc) deverão ser georeferenciados. As coordenadas dos pontosmedidos no site

deverão ser vinculadas ao Sistema Geodésico Brasileiro (SGB).Todas as medições

devem ser realizadas por meio de Estação Total.Especial atenção deve ser dado aos

pontos de medição tais como: coleta de amostrasem águas superficiais, efluentes e

outros similares onde ocorram coleta dadados/amostragens.

3.11 Tamponamento de Poços

O poço de monitoramento ou de remediação deverá ser preenchido com material

inerte de baixa permeabilidade (bentonita umedecida ou calda de cimento). Deverá ser

contemplado a remoção da câmara de calçada e o preenchimento com concreto, na

espessura mínima de 50 cm abaixo do piso, o qual deverá ser reconstituído de acordo

com o existente no local.

3.12 Execução de Ensaiosdotipo Slug Test

Os ensaios de permeabilidade serão executados nos furos de sondagens e/ou nos

PMs, PBs, PEs e PIs e em conformidade com as diretrizes da ABGE (Associação

Brasileira de Geologia de Engenharia) contidas no boletim vigente.

Nas sondagens revestidas, sem a instalação dos poços, o trecho de ensaio

corresponderá ao intervalo entre o final do revestimento e o fundo do furo, e no caso de

ser executado em PMs, PBs, PEs e/ou PIs, o trecho de ensaio corresponderá ao

comprimento do filtro.

Procedimento para execução de ensaios de infiltração à carga constante:

• Enche-se o furo com água até a boca, tomando-se este instante como tempo zero.

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• O nível de água no furo deve ser mantido constante, alimentado por uma fonte

apropriada, medindo-se o volume de água introduzido durante um certo intervalo

de tempo (vazão).

• É aconselhável a elaboração de um gráfico onde sejam lançados na abscissa o

tempo, e na ordenada o volume acumulado ou vazão. Tal gráfico possibilita a

observação da estabilização da vazão, que é caracterizada por uma reta. Essa é a

vazão que será utilizada no cálculo da permeabilidade (vazão constante).

• Pode-se estimar um tempo médio de 30 minutos por ensaio, não ultrapassando 60

minutos.

Procedimento para execução dos ensaios de rebaixamento à carga variável:

• Enche-se o furo até a boca, tomando-se este instante como tempo zero. Nos

ensaios realizados tanto acima e abaixo do nível d’água do terreno, o nível d’água

do furo deve ser mantido na boca, estável por cerca de 10 minutos para saturação.

• Interrompe-se o fornecimento d’água, e a intervalos curtos no início e mais longos

em seguida, por exemplo, 15”, 30”, 1’, 2’, 3’, 4’, 5’, etc., acompanha-se o

rebaixamento do nível d’água no furo. O ensaio será dado por concluído quando o

rebaixamento atingir 20% da carga inicial aplicada ou 30 minutos de ensaio, não

ultrapassando 120 minutos.

Procedimento para execução dos ensaios de recuperação:

• Os ensaios serão executados mediante a extração de água e posterior

monitoramento da recuperação do nível de água em intervalos de tempo pré-

definidos. Para o tratamento dos dados pode ser utilizada a Equação de Hvorslev

ou por outro método definido.

• O ensaio será considerado concluído quando a coluna de água do poço atingir

80% de recuperação em relação ao nível estático medido no início da extração de

água do poço.

Execução e acompanhamento dos ensaios no campo:

• Para o acompanhamento adequado dos ensaios, os dados de campo devem ser

lançados em uma tabela, conforme modelo da ABGE.

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• As medições da variação do nível d’água, quando da realização dos ensaios,

devem ser necessariamente, efetuadas com medidor de nível d’água elétrico.

Ao final deverá ser calculado o coeficiente de permeabilidade.

3.13 Teste de Bombeamento

Os testes de bombeamento escalonado serão executados em 4(quatro) etapas com

duração de 3(três) horas em cada etapa, podendo ter uma duração de até 24 horas à

vazão máxima.Será realizada a determinação das características hidráulicas do poço e

das condições de explotação do aqüífero (Vazão Ótima de Explotação, Equação de

Rebaixamento e Equação do Poço). Ao término do ensaio de bombeamento escalonado

deve se proceder a execução do ensaio de recuperação do poço de bombeamento, para

o cálculo do coeficiente de permeabilidade. O relatório de testes de bombeamento deverá

conter, no mínimo: os resultados obtidos e a metodologia aplicada.

Ensaio de aquífero deve ser realizado à vazão constante. As medidas de

rebaixamento devem ser efetuadasnos PIs (Poços de injeção), PBs (Poços de

bombeamento) e PMs (Poços de Monitoramento) próximos, em número mínimo de 02

poços de observação.Os dados do ensaio devem ser interpretados pelo método bi-

logarítmico, em regime de não equilíbrio de Theis e, pela aproximação logarítmica de

Jacob

Será realizada a determinação das características hidráulicas e hidrodinâmicas do

aqüífero, a saber:

• Coeficiente de Transmissividade (T);

• Coeficiente de Armazenamento (S); e

• Raio de Influência R.

Ao término do ensaio de aqüífero, deve se proceder a execução do ensaio de

recuperação do poço de bombeamento, para o cálculo do coeficiente de permeabilidade.

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3.14 Levantamento Topográfico

Os serviços topográficos devem contemplar o levantamento planialtimétrico com

locação e determinação das cotas altimétricas das sondagens, poços de

monitoramento/bombeio/injeção, pontos de captação de água, rede de interferências

elétrica água, esgoto, telefonia e gás etc.), equipamentos, edificações, vias de acesso,

vizinhanças, cursos d’água, áreas sensíveis, tancagemaérea e subterrânea, redes de

extração, caixas separadoras, canaletas perimetrais, etc. Também devem ser indicados

os níveis topográficos de interesse.

A escala a ser utilizada para a confecção das plantas planialtimétricas e a área a ser

levantada serão definidas pela contratante, em comum acordo com a empresa contratada.

Deverá ser apresentada planilha contendo os dados de campo obtidos no levantamento.

Este tópico deve estar claramente indicado na ART do relatório, quando realizado.

Deverá ser considerado o georeferenciamento, em coordenadas UTM. Os

levantamentos devem ser realizados com Estação Total ou Teodolito, com precisão de

até 20“, régua graduada e balizas. Não será permitida a utilização de GPS para o

levantamento topográfico.

3.15 Determinação de Parâmetros Físico-Químicos

As amostras de água devem ser analisadas para determinação dos parâmetros Fe++

e Fe+++. Sempre que possível os parâmetros devem ser avaliados em campo.

Devem ser feitas no mínimo 3 amostras por local investigado.

Deve ser determinado o parâmetro fração de Carbono Orgânico através de no mínimo

2 amostras. Devem ainda ser coletadas amostras do material que compõe as camadas

representativas do solo/rocha/sedimento/aterro para determinação de granulometria,

densidade, umidade, porosidade total e porosidade efetiva, num total de 4 amostras. Os

dados obtidos devem ser avaliados em relação à literatura para cada tipo de solo.

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Devem ser também coletadas amostras em horizontes distintos de solo para a

quantificação da fração de carbono orgânico, contemplando a área contaminada e ponto

de “background” da área.

Os procedimentos de coleta, manuseio, preservação, armazenamento e transporte,

serão determinados pelo responsável conforme normalização nacional e internacional

aplicável.

Todos os laudos analíticos deverão estar de acordo com o definido na norma ISO –

IEC 17025, devendo necessariamente ser identificado o local onde foi coletada a amostra,

acompanhados da ficha de recebimento de amostras (checklist) emitida pelo laboratório

no ato de recebimento das mesmas e da cadeia de custódia referente às amostras

coletadas, devidamente preenchidas e assinadas.

Os resultados de ensaios somente serão aceitos quando realizados por laboratórios

de ensaio acreditados, nos parâmetros determinados, segundo a Norma ABNT NBR

ISO/IEC 17025, pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial

- INMETRO, ou outro organismo reconhecido por ele.

Todos os pontos onde ocorrerem coleta de amostras e medições deverão ser

georeferenciados. As coordenadas dos pontos medidos no site deverão ser vinculadas ao

Sistema Geodésico Brasileiro (SGB). Todas as medições devem ser realizadas por meio

de Estação Total.

3.16 Monitoramento de Explosividade e Compostos Org anicos Voláteis (COV).

Os trabalhos de Monitoramento de Explosividade e COV deverão obedecer ao

procedimento específico do Órgão de Controle local. Quando não houver, será adotado o

Procedimento “Identificação de Passivos Ambientais em Estabelecimentos com Sistema

de Armazenamento Subterrâneo de Combustíveis - SASC” da CETESB, considerando as

determinações mais restritivas contidas nesta Especificação de Serviços, ou atender a

norma técnica específica vigente.

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No caso da medição de explosividade, de COV e avaliação quanto à presença de

produto (Combustíveis) e água em tubulações, redes (pluvial, esgoto, água, energia e

telecomunicações, etc.), câmaras de contenção e poços (PIs, PMs, PEs, PBs) existentes

no empreendimento e em seu entorno, num raio de 100 metros. Deve-se indicar no croqui

e listar em tabela os pontos medidos.Identificação dos pontos de captação de água

(cursos d’água, poços) do entorno imediato do estabelecimento e a verificação dos

mesmos quanto à presença de produto. No caso de poço tubular, informar dados

construtivos, uso da água, vazão captada e perfil litológico do poço.

Classificação (com justificativas) do local conforme ABNT NBR 13.786, apresentando

mapa de ocupação do entorno, no raio de 100m (ou conforme definição do órgão

ambiental local), em escala compatível, detalhando adequadamente o entorno, indicando:

elementos constantes na ABNT NBR 13786, uso e ocupação das áreas e

empreendimentos potencialmente poluidores (postos, oficinas, etc).

Todos os pontos monitorados deverão sergeoreferenciados. As coordenadas dos

pontos medidos no site deverão ser vinculadasao Sistema Geodésico Brasileiro (SGB).

Todas as medições devem ser realizadas pormeio de Estação Total.Apresentação de

relatório conclusivo contendo os resultados das avaliações acima e a caracterização da

extensão da contaminação considerando-se, sempre que possível, o tipo de

contaminante, as condições do meio e as limitações técnicas do local, tais como solo,

edificações, espaço físico para instalação de equipamentos, dentre outras.

O equipamento a ser utilizado para medição das concentrações dos compostos

orgânicos voláteis deve ter condições de medir, no mínimo, até a concentração de 10.000

ppm e realizar as medições com eliminação de metano. Tais equipamentos deverão

possuir certificado de calibração emitido por laboratório credenciado pela Rede Brasileira

de Calibração. O certificado deve acompanhar o equipamento com as equipes de campo

e estar dentro do prazo de validade quando da execução de cada um dos serviços.O

equipamento de medição dos COVs deve ser totalmente limpo e descontaminado ao

término de cada medição de concentrações(Figura 8).

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4 PROCEDIMENTOS PARA REMEDIAÇÃO AMBIENTAL

4.1 Ensaio Piloto e Projeto de Remediação

4.1.1 Ensaio Piloto

Os Ensaios Piloto terão por objetivo avaliar, por meio de simulação no local a ser

remediado, as técnicas de remediação previamente à sua implantação. O evento do

ensaio piloto deverá servir também para que sejam feitos todos os levantamentos de

infra-estrutura necessários à adequada elaboração do projeto executivo.

4.1.1.1 Ensaio piloto para sistema fixo de Remediaç ão por Extração Multi-Fásica:

Deverá ser instalado, um poço de extração e no mínimo, três poços de verificação, a

uma distância de 1m, 3m e 10m do poços de extração, não alinhados, para determinação

da viabilidade de aplicação e dos parâmetros de operação da técnica de remediação por

MPE para remediação da água subterrânea e solo até que sejam atingidas as metas

estabelecidas para o caso em questão. Também deverá dimensionar a unidade de

Extração Multifásica, assim como unidades de tratamento de água e vapor.

Para a execução do ensaio piloto de remediação, serão necessários uma unidade

móvel de MPE, equipada de bomba a vácuo de no mínimo 10 HP, uma unidade

separadora de água e óleo com placas coalescentes, uma unidade de tratamento de água

com carvão ativado e uma unidade de tratamento de ar, assim que os medidores de nível

d’água, medidores de vazão de vapores, detector de gases combustíveis, manômetro(s),

vacuômetro(s), mangueiras, fiação elétrica, disjuntores, conexões e demais acessórios

necessários à execução dos ensaios.

A primeira etapa do piloto consiste em um teste inicial para a determinação

dosparâmetros de funcionamento ou seja, para a determinação da sucção máxima

deoperação, que é possível obter na parte superior do tubo de aspiração (e não na

cabeçado poço). A duração mínima desta etapa é de 4 horas. A segunda etapa do piloto

consiste em um ensaio em patamares, visando a determinação da vazão ótima de sucção

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do sistema.O ensaio deverá ser executado em três patamares até que as condições

deequilíbrio sejam estabelecidas, com duração mínima de 8 horas para cada patamar. Em

cada patamar deverá ser aplicada os seguintes valores de sucção: (1) no primeiropatamar

deverá ser aplicada ¼ da sucção máxima,(2) no segundo patamar deverá seraplicada ½

da sucção máxima e (3) no terceiro patamar deverá ser aplicada ¾ dasucção máxima. O

sistema deve ser interrompido entre cada patamar para que ascondições iniciais sejam

restabelecidas, ou 80% do nível d’água tenha sido recuperado.

A partir desta etapa será determinada a sucção otimizada do sistema, queconsiste

em: (1) que não haja perda de sucção devido à formação de uma colunad’água

estagnante no tubo de aspiração; (2) uma recuperação máxima do produto emfase livre;

(3) que não ocorra uma recuperação importante de água no poço; (4) que nãopromova o

carreamento de partículas finas no poço no tubo de aspiração. A etapa final do teste

consiste na execução de um teste pneumático de longaduração, utilizando a sucção

otimizada do sistema, conforme determinado na etapaanterior, e posicionando o tubo de

aspiração na zona não saturada. A duração mínimadesta etapa é de 12 horas.

Medidas de nível d’água, espessura da lâmina de produto (eventuais) e vácuo

devem ser efetuadas nos PMs envolvidos no ensaio antes e durante o mesmo. Medidas

de vácuo devem ser efetuadas nos tubos de aspiração e nacabeça do tubo do poço nos

Poços de Extração Muntifásica (PEMs) envolvidos no ensaio, antes e durante o mesmo.

Medidas de vácuo, vazão de ar, concentrações de gases combustíveis,taxa de

recuperação e volume cumulativo de água recuperada, assim como taxa derecuperação e

volume cumulativo de produto recuperado, devem ser efetuadas naunidade de MPE antes

e durante o ensaio.As medições devem ser executadas na seguinte freqüência: a cada 30

minutosnas quatro primeiras horas (0 - 4 hs) de ensaio e a cada hora a partir de então.

As medições devem ser executadas através de conexões seladas, de maneira

anão permitir a troca de ar entre o interior dos poços e a atmosfera durante a execuçãodo

monitoramento. Os poços devem permanecer totalmente fechados durante o ensaio,de

maneira a evitar entrada de ar atmosférico para o sistema.

Deverão ser determinadas as características do aqüífero (permeabilidade, raiode

influência, vazão de extração de água subterrânea, vazão de extração de vapores,taxa de

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remoção de produto sobrenadante (eventual), taxa de remoção de vaporesorgânicos,

etc.). Deverá ser emitido um relatório contendo as planilhas dos dadosobtidos, cálculos,

resultados e conclusões do ensaio. Deverá ser incluído um sistema de tratamento de

vapores provenientes daextração durante o ensaio piloto, bem como o monitoramento da

eficiência destesistema. Deverão ser apresentados critérios baseados em legislação

aplicávelpara as emissões atmosféricas. Na ausência de referências nacionais do órgão

vigente, deve-se usarreferências internacionais.

O efluente proveniente do bombeamento durante o ensaio, será direcionadopara a

unidade separadora de água e óleo com placas coalescentes e posteriormentepara a

unidade de tratamento com carvão ativado, e então descartadopreferencialmente na rede

de esgotos. Este resíduo deverá atenderaos limites estabelecidos pelo órgão ambiental

local na saída do sistema.

O acabamento final dos PEMs terá proteção sanitária em concreto armado,caixa de

alvenaria quadrada, com aro e tampa metálicas de dimensões 0,60 metros x0,60 metros,

ou em manilha de concreto com tampa metálicas circulares, ambasreforçadas para

suportar tráfego de veículos pesados.

4.1.1.2 Ensaio piloto para sistema de remediação po r extração de vapores (SVE)

Deverá ser instalado, no mínimo três poços de verificação, a uma distância de1, 3 e

10metros do poço de extração, não alinhados, para determinação da viabilidade

deaplicação e dos parâmetros de operação da técnica de remediação por SVE

pararemediação de solo até que sejam atingidas as metas estabelecidas para o caso

emquestão. Também deverá ser dimensionada a unidade de Extração de vapores,

assimcomo unidades de tratamento.

Para a execução do ensaio piloto de remediação, serão necessários uma

unidademóvel de SVE construída para este fim, equipada de um soprador de, no mínimo,

2 HP,condensador, uma unidade de tratamento de ar com carvão ativado, assim que

osmedidores de nível d’água, medidores de vazão de vapores, detector de

gasescombustíveis, manômetro(s), vacuômetro(s), mangueiras, fiação elétrica,

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disjuntores,conexões e demais acessórios necessários à execução dos ensaios. O ensaio

deverá ser executado até que as condições de equilíbrio sejamestabelecidas, com

duração mínima do ensaio de 6 horas.

O ensaio deverá ser executado em três estágios de vazão e pressão, devendo

serestabelecidas condições de equilíbrio nos três estágios. São sugeridas as vazões de

15m3/h, 30 m3/h e 45 m3/h, respeitando-se o vácuo máximo de 1,0 mca (metros de

colunad’água) no Poço de Extração de Vapores.Deverão ser executadas as medidas de

vácuo, concentração de vapores e deoxigênio gasoso no Poço de Extração de Vapor

(PEV) e adicionalmente a esses parâmetros, o nível d’água nos PM,antes do início do

ensaio e a cada 30 minutos após o início deste.

As medições deverão ser executadas através de conexões seladas, de forma anão

permitir a troca de ar entre o interior dos Poços e a atmosfera durante a execuçãodas

determinações. Portanto, durante a execução do ensaio, os Poços deverão permanecer

totalmente fechados, evitando a entrada de ar atmosférico para interior dosistema de

ensaio. Durante a execução do ensaio, não será permitida a captação de água

doaqüífero, bem como deverá ser evitada a elevação excessiva do nível d’água no

PEV,ficando estabelecidas as elevações máximas de 0,5 metro.

Deverá ser incluído um sistema de tratamento de vapores provenientes daextração

durante o ensaio piloto, bem como o monitoramento da eficiência destesistema.

Deveráser emitido um Relatório do ensaio de extração de vapores contendo asplanilhas,

cálculos, resultados e conclusões do teste.

4.1.1.3 Ensaio piloto para o sistema de remediação por injeção de ar (IAS)

Deverá sempre ser realizado em conjunto com SVE, por considerações de

segurança. O Ensaio piloto de SVE deve ser efetuado, visando a determinação da

viabilidade de aplicação e dos parâmetros de operação da técnica de remediação por IAS

para a remediação da água subterrânea até que sejam atingidas as metas estabelecidas

para o caso em questão.

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Deverão ser instalados, no mínimo, um poço de injeção de ar (PIA), 3 poços

demonitoramento com o filtro instalado na zona saturada e não saturada (poço

nãoafogado), assim como três sondas multiníveis (3 níveis cada) para medição de gás

epressão na zona vadosa. Também deverá ser dimensionada a unidade de Injeção de ar.

O ensaio de injeção de ar deverá ser executado em três estágioscorrespondentes a

três condições de vazão e pressão, devendo ser estabelecidascondições de equilíbrio nos

três estágios. O ensaio de Injeção de ar deverá ser realizado até que as condições de

equilíbrio sejam estabelecidas.

Para a execução do ensaio piloto será necessário uma unidade de injeção de

arequipada com um compressor de ar, capaz de fornecer uma capacidade mínima

devazão de injeção de ar de 20 SCFM (34Nm3/h), respeitando-se a pressão máxima de

15psi no Poço de Injeção de Ar. Durante a execução do ensaio piloto de injeção de ar,

deverão ser executadas para a 1ª hora a cada 30 minutos, e depois a cada hora, as

seguintes medidas: (1) nos PMs: as medidas de nível d’água, pressão, vazão de entrada

passiva de ar no poço, oxigênio dissolvido; (2) nas sondas multiníveis: pressão,

concentração de vapores e oxigênio gasoso; e (3) nos poços de extração de ar:

concentração de vapores e vazão de ar. Estas medidas devem ser realizadas antes do

início do ensaio e após o início,conforme acima.Deverão ser executadas medições de

vazão de injeção de ar e pressão no PIA acada 15 minutos até a estabilização da vazão e

a cada hora depois durante o ensaio.As medições deverão ser executadas através de

conexões seladas, de forma anão permitir a troca de ar entre o interior dos Poços e a

atmosfera durante a execuçãodas determinações. Portanto, durante a execução do

ensaio, os Poços deverão

permanecer totalmente fechados, evitando o vazamento de ar comprimido para

aatmosfera.

O sistema de extração de vapores ou de extração multifásica, caso exista nolocal,

deverá permanecer em operação durante todo o ensaio piloto de injeção de arpara

promover a captação do ar injetado no aqüífero. Caso nenhum sistema de extraçãode

vapores exista no local, um sistema de SVE temporário deverá ser operado durante a

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realização do ensaio.Deverão ser determinadas as características do aqüífero, como o

raio deinfluência e decorrente taxa de injeção de ar, pressão de injeção de ar,

concentração deCOVs nos vapores oriundos da injeção de ar, alterações na concentração

de oxigêniodissolvido na água subterrânea, influência no nível d’água subterrâneo, etc.

Deverá ser emitido um Relatório do ensaio piloto contendo as planilhas,

cálculos,resultados e conclusões do teste.

Detalhe de Cabeçote para Ensaio Piloto Detalhe de Teste Piloto de sistema de Remediação

4.1.1.4 Ensaio piloto para sistema de bombeamento p ara recuperação de

produtosobrenadante

Um poço de bombeamento com no mínimo 4” de diâmetro (sondagem de no

mínimo 8”) será necessário para a realização do ensaio. Esse poço deverá ter umaseção

filtrante, com no máximo 4m abaixo do nível d’água.

Para a execução do ensaio piloto de bombeamento, é possível a utilização dos

poços existentes na área como poços de bombeamento e de monitoramento. Deverá ser

observado o seu perfil construtivo e posicionamento relativo.Caso não existam poços já

instalados que viabilizem a adequada execução doensaio, deverá ser instalado, no

mínimo, 1 (um) poço de bombeamento e no mínimo 1(um) poço de monitoramento.

Para a execução do ensaio piloto de remediação, serão necessários

osequipamentos medidores de nível d’água, medidores de vazão,

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manômetros,mangueiras, fiação elétrica, disjuntores, conexões e demais acessórios

necessários à execução dos ensaios. O ensaio deverá ser executado em regime de carga

constante, em duas etapas.Na primeira etapa são sugeridos três estágios de

rebaixamento, de 0,5 m, 1,0 m e 2,0 mnos Poços de Bombeamento, e correspondentes

condições de vazão, devendo serestabelecidas condições de equilíbrio nos três estágios.

De acordo com as condições doaqüífero, estes parâmetros podem ser alterados.

A segunda etapa é o ensaio de longa duração. Este deve ser realizado com

umavazão de operação constante (vazão ótima), determinada durante a primeira etapa

doensaio. O ensaio deverá ser executado até que as condições de equilíbrio

sejamestabelecidas, com duração mínima de 12 horas. O tempo de ensaio será

determinadode acordo com as condições do aqüífero.

Medidas de nível d’água, espessura aparente da lâmina de produto

(eventuais),devem ser efetuadas no Poço de Bombeamento (PB) e nos Poços de

Monitoramentoenvolvidos no ensaio antes do início do ensaio. Após o início do teste, a

vazão e o níveld’água devem ser medidos nos poços de Bombeamento a cada 15

minutos até que sejaatingida a estabilização e a cada hora nas horas a partir de então. O

nível d’água deveráser medido continuamente nos Poços de Monitoramento (PMs), com a

utilização demedidores eletrônicos de nível.

Deverá ser incluído um sistema de tratamento de água durante o ensaio piloto,bem

como o monitoramento da eficiência deste sistema. O efluente proveniente do

bombeamento durante o ensaio, será direcionadopara a unidade separadora de água e

óleo com placas coalescentes e posteriormentepara a unidade de tratamento com carvão

ativado, e então descartadopreferencialmente na rede de esgotos. O descarte em rede

pluvial ou infiltração no solo. Este resíduo deverá atenderaos limites estabelecidos pelo

órgão ambiental local na saída do sistema.

O acabamento final dos poços terá proteção sanitária em concreto armado,caixa de

alvenaria quadrada, com aro e tampa metálicas de dimensões 0,60 metros x0,60 metros,

ou em manilha de concreto com tampa metálicas circulares, ambasreforçadas para

suportar tráfego pesado.

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Deverão ser determinadas as características do aqüífero: raio de influência,vazão

de extração de água subterrânea, taxa de remoção de eventual produtosobrenadante

etc.). Caso não existam dados relativos de permeabilidade, um ensaiotambém deve ser

realizado. Deverá ser emitido um relatório contendo as planilhas dosdados obtidos,

cálculos, resultados e conclusões do ensaio.

4.1.1.5 Ensaio Piloto de Aplicabilidade para Oxidaç ão Química: Aquisição de Dados

A tabela abaixo apresenta a compilação dos dados necessários a serem obtidos

para subsidiar a realização do Ensaio Piloto para Oxidação Química e a aplicação de

agente oxidante.

Parâmetro Qualidade Critério de

Medição Observação

Solo Água

TOC

6

6

Por item específico

2 análises por sondagem, 3

sondagens por site (sondagem

também por item específico).

DQO 0 3 Incluso no Item Eh e OD 0 TODOS PMs Por item específico

pH 6 TODOS PMs Incluso no Item Condutividade

elétrica 0 TODOS PMs Incluso no Item

COV, LIE

0

0

Por item específico

Item Monitoramento de Explosividade e

COV Fe²+, Fe³+, Fe

Total, Mn²+ 3 3 Por item específico

Alcalinidade

0 3 Incluso no Item

Classificação

Granulométrica, Físicoquímica

e mineralógica, incluindo

Porosidade Total e Efetiva

3

0

Incluso no Item

A ser efetuado no material

extraído em cada sondagem realizada,

efetuando um tratamento

estatístico que represente o site

da melhor forma

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Visando garantir a segurança da aplicação do agente oxidante, deverão ser

considerados entre outros: a presença e localização de interferências subterrâneas e

aéreas,poços de captação de água subterrâneas, fossas e sumidouros, entre outros.

Todos os dados obtidos neste item deverão compor um relatório de ensaio piloto de

remediação por oxidação química, o qual deverá desenvolver análise integrada de todos

os parâmetros, concluir sobre a possibilidade de aplicação da técnica e direcionar a

execução do Ensaio Piloto de Oxidação Química.

4.1.1.6 Ensaio Piloto de Aplicabilidade para Oxidaç ão Química: Testes deBancada

O serviço consiste em realizar um ensaio laboratorial (de bancada), no qual deverá

definir a aplicabilidade da técnica oxidação química ao caso em questão.

Com base nos dados obtidos no ensaio de bancada e dos dados de

caracterização, caso a técnica seja aplicável, deverão ser definidos: o agente oxidante a

ser utilizado; eventuais co-produtos; forma de aplicação (por gravidade ou sob pressão);

concentrações de aplicação; estado físico do produto; as formulações; a(s) massa de

produto(s) aplicado(s); os pontos de aplicação; o número de campanhas e demais

parâmetros necessários para a aplicação.

Sendo aplicável, deverá serdesenvolvido o Projeto Executivo de Remediaçãopor

oxidação química. O Projeto Executivo deverá desenvolver análise integrada dos

resultados do ensaio a aplicação destatécnica, parâmetros e cronograma de execução da

remediação por oxidação química.

Os ensaios deverão se basear em normas brasileiras. Quando não

disponíveis,deve-se usar internacionais. O Relatório de Ensaio Piloto, contemplando o

memorial descritivo da remediação ambiental (critérios e padrões pertinentes ao projeto

executado; descrição detalhada das medidas de remediação e da tecnologia a ser

adotada; plano de operação e manutenção, monitoramento e contingência; plano de

saúde e segurança), deverá ser submetido à aprovação, previamente à implantação do

sistema.

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4.1.2 Projeto Executivo de Remediação

O Projeto Executivo deverá ser elaborado para cada local deverá ser feito

umprojeto específico de implantação, incluindo uma planta de classificação de

áreas,considerando o layout da instalação existente e os equipamentos que serão

instalados.

No que diz respeito à infra-estrutura, o projeto do Sistema de Remediação,

deverácontemplar o seguinte:

• Projeto elétrico com as ARTs da fabricação e da instalação do sistema,

atendendo as normas e legislações vigentes (ver listagem de referência).

Neste projeto deverá constar a classificação das áreas (devido à atmosfera

explosiva de gás) do local em questão, considerando também a

classificação gerada pelos componentes dos sistemas de remediação

ambiental. Para os sistemas móveis, deverá ser apresentado o projeto

executivo de elétrica e ART da fabricação e montagem do mesmo. Observar

que estas ARTs deverão ser assinadas por profissional habilitado para tal

atividade.

• Deve-se atentar para a instalação dos equipamentos em área já classificada

poroutros elementos existentes no local, e também para os elementos

integrantes dosistema que movimentem ou armazenem produto, os quais

também classificam áreas(CSAO, Bombas, Poços, Filtros de Carvão,

reservatórios, carrinhos, abrigos, etc).

• Não serão permitidos equipamentos elétricos de uso geral para uso em

áreasclassificadas (tomadas, fios, quadros, conduítes, painéis, medidores,

etc). Devem seraplicadas unidades seladoras nas caixas de ligação dos

equipamentos, ou mesmo natransição entre áreas classificadas e não

classificadas.

• Os equipamentos e materiais que compõem o sistema deverão ser

devidamenteaterrados. Preferencialmente, interligando a malha de

aterramento existente na base, terminal ou posto de serviço a ser

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implantado o sistema.Para os sistemas que utilizem o vácuo, o vaso de

expansão deverá ser construídopara atender a faixa de operação requerida,

o que deverá ser comprovado por placa defabricação. Não será permitido o

uso de recipientes inadequados para esse uso, ouseja, que não tenham sido

projetados e construídos para este fim. Deverá serapresentado o certificado

de teste conforme requerido pelas normas, notadamente a NR13 do MTE.

• As tubulações deverão atender a esta especificação, não sendo aceitável o

usode mangueiras de plástico, tubos e válvulas de PVC (água ou esgoto)

para uso comprodutos inflamáveis e/ou combustíveis.Os abrigos (container

ou estruturas de alvenaria) onde ficam os sistemas deremediação devem ser

instalados em bacias de contenção estanques e com capacidadeadequada

para conter eventuais vazamentos, devendo possuir sensores para

evitartransbordamento da mesma (desligar o sistema em caso de

enchimento da bacia).

• Os abrigos e bacias devem considerar em seu projeto a correta estocagem

dosmateriais utilizados no processo bem como na estocagem de resíduos,

atendendo àsnormas e legislações vigentes. Deve ser avaliado e previsto no

projeto a capacidademáxima de estocagem dos resíduos e materiais para o

correto dimensionamento dosabrigos e bacias de contenção. Deve ser

considerado também a correta estocagem dosresíduos gerados durante a

operação do sistema (carvão ativado, plásticos, bailers, etc),em

conformidade com as normas e legislações vigentes, devendo os recipientes

para talserem devidamente identificados e pintados.

• Os pontos de lançamento de gases dos equipamentos devem ser instalados

emárea aberta, em altura adequada, que não cause incômodo às pessoas e

à vizinhança,e devem possuir filtro de carvão ativado que garanta a redução

de odores e a emissãode compostos conforme escopo de contrato (e

atendimento à legislação local). Deveráconstar no projeto a classificação da

área em torno dos pontos de lançamentos degases.

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• Deve ser observado, quando da definição do local de instalação dos

sistemas, otipo de rede elétrica no entorno e o uso da mesma. Idem para a

questão da iluminaçãona área. Havendo necessidade de iluminação nos

abrigos dos sistemas, deve-seconsiderar a necessidade desta ser adequada

para ambientes classificados.

Material a ser utilizado nas instalações:

• Hidráulica:Tubos NBR 5590 SCH80 extremidade em rosca NPT conforme

NBR 12912, paradiâmetros de 1/2" até 1.1/2", acima deste tamanho SCH

40. Para tubulações aéreas,usar pintura. Para tubulações subterrâneas,

galvanizado usar revestimento externo àbase CoalTar Epóxi ou PEAD com

revestimento de nylon, conforme recomenda a NBR-14722.

• Conexões em Ferro Maleável preto ou galvanizado, conforme NBR 6925

classe 300libras, com rosca NPT conforme NBR 12912, para diâmetros de

1/2" até 1.1/2", acimadeste tamanho classe 150 libras.Válvulas de

gaveta/esfera/retenção em aço forjado NBR 13182 corpo, tampa e

casteloem aço ASTM A105 e internos em ASTM A182-F6a, classe 300 ou

150. conforme atubulação aplicada (ver acima).As mangueiras deverão ser

apropriadas para uso em derivados de petróleo epreparadas para uso em

pressão e vácuo.

• Elétrica:

o Em área não classificada:

eletroduto de aço carbono conforme NBR 5624 (eletrodutos rígidos de

aço-carbono,com rosca NBR 8133, fabricados com tubos com costura, com

revestimento protetor,que têm a finalidade de proteger os condutores

elétricos).

o Em área classificada:

eletroduto de aço carbono galvanizado conforme NBR 5597, rosca

NPT (eletrodutos deaço-carbono, fabricados com tubos com ou sem solda

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longitudinal, com revestimentoprotetor, utilizados para proteção de

condutores elétricos, cabos de comunicação,transmissão de dados e

similares e seus acessórios (luvas, curvas e niples).

o caixas de passagem em zona 1 devem ser a prova de explosão

conforme NBR IEC60079-14 e em zona 2 grau de proteção mínimo IP

54 conforme NBR 6146

o eletrodutos flexíveis a prova de explosão devem atender NBR IEC

60079-14

o os quadros e painéis situados em áreas classificadas (zona 1) devem

ser a prova deexplosão conforme NBR IEC 60079-14

o tomadas devem ser a prova de explosão ou com segurança

aumentada em áreas zona1 ou zona 2 conforme NBR IEC 60079-14

Obs: O uso de unidades seladoras deverá atender ao previsto em norma,

isto é, uso emtransição de áreas ou nas chegadas a invólucros a prova de

explosão contendo chaves,disjuntores, relês, fusíveis, resistores ou outros

equipamentos que possam produzirarcos, centelhas ou altas temperaturas.

Legislação Aplicável e Normas de Referência (em última versão):

- NR10 - Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade

- NR 13 - Caldeiras e Vasos sob pressão

- Portaria INMETRO 83-2006-Avaliação de Conformidade de Equipamentos

Elétricos para atmosferas potencialmente explosivas

- ABNT NBR 14639 - Posto de Serviço - Instalações Elétricas

- Norma Petrobras N-2167 - Classificação de áreas para instalações elétricas

em unidades

- ABNT NBR 5410 - Instalações Elétricas

- ABNT NBR 5419 - Proteção de estruturas contra descarga atmosférica

- ABNT NBR IEC 60079

- ABNT NBR IEC 60079-2

- ABNT NBR IEC 60079-10

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- ABNT NBR IEC 60079-14

- ABNT NBR 5590

- ABNT NBR 12912

- ABNT NBR 6925

- ABNT NBR 6925

- ABNT NBR 12912

- ABNT NBR 5624

- ABNT NBR 5597

- ABNT NBR 6146

- ABNT NBR ISO 16528-1 - Caldeiras e vasos de pressão - Parte 1:

Requisitos de desempenho

- ABNT NBR 12235/92 - Armazenamento de resíduos sólidos perigosos -

procedimento

- ABNT NBR 11174/90 - Armazenamento de resíduos classes II - não inertes

e III - inertes – procedimento.

4.2 Instalação e Operação de Bombas Submersas

Para a instalação e operação da bomba automática para rebaixamento e sistema

associado devem ser considerados os acessórios, constituídos por mangueiras

apropriadas, conexões, compressor e demais equipamentos necessários.

Os equipamentos devem ser instalados de forma a não causar transtorno à

movimentação de veículos, transeuntes e impacto visual que despertem a atenção de

pessoas em trânsito pelo local. Os equipamentos, acessórios e redes hidráulica/elétrica

devem estar devidamente acondicionados e protegidos. Se necessário, a critério da

contratante, os equipamentos e redes serão instaladas sob o piso.

Os equipamentos automáticos para bombeamento e rebaixamento do aqüífero

podem ser instalados e operados em conjunto com o sistema de separação de água e

óleo por placas coalescentes.Deverão ser determinadas as características do aqüífero

(permeabilidade, raio de influência, vazão de extração de água subterrânea, taxa de

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remoção de produto sobrenadante (eventuais), etc.), apresentando-as no relatório de

implantação do sistema.

Durante a execução dos serviços de remediação deverão ser realizadas 2 (duas)

medições diárias (manhã e tarde) dos níveis de água e eventual espessura de lâmina de

hidrocarbonetos da rede de PMs instalados. Caso as medições sejam realizadas por meio

de amostrador (bailer), este deve ser individual por PM. Deverá ser realizada medição

diária dos volumes de água bombeada pelo sistema e o eventual volume de produto

recuperado na CSAO. Mediante análise o monitoramento dos PMs poderá ser realizado

com freqüência semanal.

4.3 Instalação e Operação de Sistema de Extração Mu ltifásica (MPE) Portátil ou

Fixo

Sistema detinado a extração de fases livre, dissolvida, vapor, residual e adsorvida da

pluma de contaminação, através da aplicação de vácuo em poços de extração.

O equipamento deverá ser constituído de uma Unidade de Bombeamento de Alto

Vácuo para a Extração Multi-Fases com tanque de armazenamento e Separação de Fase

Líquida-Vapor acoplado. O sistema deverá possuir uma unidade de abatimento de

voláteis. O equipamento deve possuir bomba de alto vácuo, à prova de explosão em

capacidade e qualidade adequadas ao pleno funcionamento do sistema, devendo ser

compacta e portátil, de forma a permitir o deslocamento de um Poço para outro.

O sistema deverá ser dotado de Painéis de controle e comando de operação, se

necessário com a colocação de “timer”, assim como de acessórios constituídos de dutos

plásticos reforçados, válvulas, disjuntores, conexões, vacuômetros, horímetro, medidores

de vazão de vapores e líquidos. Os equipamentos devem ser instalados de forma a não

causar transtorno à movimentação de veículos e transeuntes, assim como minimizar

impacto visual, olfativo e sonoro que despertem a atenção de pessoas em trânsito pelo

local ou causem incômodos à população em geral, em qualquer horário de operação.

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A operação do sistema deverá ser reportada mensalmente por meio de relatório

mensal de operação de serviços de remediação, contemplando medições diárias (manhã

e tarde) dos níveis d’água e lâminas de produto sobrenadantes em todos poços

existentes, incluindo fatos notáveis como derrames, vazamentos, períodos de chuvas,

paralisações, etc. Os relatórios deverão conter ainda: desenho esquemático dos

equipamentos e redes de bombeamento, plumas de contaminação em fase livre e gráfico

mensal da evolução da operação do sistema de saneamento da lâmina de fase livre e de

recuperação de hidrocarbonetos, volume de produto recuperado, laudos de disposição

dos resíduos líquidos. Os relatórios mensais devem incluir uma discussão e

recomendações sobre as medidas de otimização do sistema a fim de um melhoramento

contínuo do sistema.

O produto em fase livre, caso venha a ser recuperado, deverá ser armazenado

provisoriamente em recipientes de 200 litros, para posterior retirada. No caso da utilização

de um sistema de monitoramento remoto, o recipiente de armazenamento de produto

deverá ter uma capacidade maior e deverá ser instalada sonda de nível alto para a

paralisação do sistema, em caso de enchimento do recipiente.

O sistema de extração multifásica fixo (MPE Fixo) deverá atender o especificado

abaixo e deverá operar simultaneamente em Poços de ExtraçãoMultifásica (PEMs):

• Unidade de bombeamento de alto vácuo para extração multifásica.

• Unidade de monitoramento e controle de entrada de fases.

• Unidade de armazenamento e separação de fase líquida-vapor.

• Unidade de tratamento de fase vapor.

Os sistemas de MPE fixo deverão estar aptos a operar com no mínimo 12 poços de

extração, contemplando todos os registros, conexões etubulação/mangueira de extração

(“slurper”).

O ajustamento e calibração do sistema deverá atender ao exposto abaixo:

• O ajustamento e calibração hidrogeológica do sistema consistirão nadeterminação

dos parâmetros de funcionamento e controle hidrogeológico sob o qualdeverá

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operar o sistema necessário à execução dos serviços de recuperação da

áreacontaminada.Revisões periódicas, ajustamento dos equipamentos e calibração

do sistemaocorrerão em função da evolução dos serviços de remediação.

• Para o tratamento dos vapores que serão resultantes do processo de remediação,

os mesmos serãodirecionados para a unidade de carvão ativado. Deverão ser

realizadas medições deconcentração de vapores na entrada e na saída do sistema

de tratamentoquinzenalmente para verificação da eficácia do processo. Deverão

ser apresentados critérios baseados em legislação nacional para as emissões

atmosféricas.

Para o dimensionamento do sistema de tratamento de vapores deverão

serconsiderados os parâmetros (concentrações de voláteis, pressões, vazões, massa

decontaminante removida) definidos no projeto de remediação.

4.4 Implantação e Operação de Sistema de Extração d e Vapores (SVE)

Sistema detinado a extração de vapores, residual e adsorvida da pluma de

contaminação, através da aplicação de vácuo em poços de extração. O equipamento

deve possuir bomba de vácuo, à prova de explosão em capacidade e qualidade

adequadas ao pleno funcionamento do sistema.

O sistema deverá ser dotado de Painéis de controle e comando de operação, se

necessário com a colocação de “timer”, assim como de acessórios constituídos de dutos

plásticos reforçados, válvulas, disjuntores, conexões, vacuômetros, horímetro, medidores

de vazão de vapores. Os equipamentos devem ser instalados de forma a não causar

transtorno à movimentação de veículos e transeuntes, assim como minimizar impacto

visual, olfativo e sonoro que despertem a atenção de pessoas em trânsito pelo local ou

causem incômodos à população em geral, em qualquer horário de operação.Deverão ser

determinadas as características de operação (raio de influência, vazão de extração de

vapores, taxa de remoção de vapores orgânicos, etc.), apresentando-as no relatório.

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Março 2014 00 - 57

O sistema de remediação deverá operar 24 horas por dia, inclusive sábados,domingos

e feriados, devendo seroperado por trabalhador com no mínimo um ano de experiência

em serviços afins,comprovado em carteira de trabalho. Dentre outros aspectos, o uso

desistemas de operação automatizada com monitoramento remoto dependerá

daapresentação de um cronograma de vistorias semanais ao site para a realização

demanutenção preventiva, ajustes do sistema, bem como da medição do nível d’água

eespessura de fase livre.

A operação do sistema deverá ser reportada mensalmente por meio de relatório

mensais de operação de serviços de remediação, contemplando medições diárias (manhã

e tarde) dos níveisd’água e lâminas de produto sobrenadantes em todos poços existentes,

incluindo fatosnotáveis como derrames, vazamentos, períodos de chuvas, paralisações,

etc. Osrelatórios deverão conter ainda: desenho esquemático dos equipamentos e redes

debombeamento, plumas de contaminação em fase livre e gráfico mensal da evolução da

operação do sistema de remediação. Osrelatórios mensais devem incluir uma discussão e

recomendações sobre as medidas deotimização do sistema a fim de um melhoramento

contínuo do sistema.

O Sistema de Extração de Vapores do solo na zona não saturada deverá sereficaz

em no mínimo 10 Poços de Extração (PEV). Deve ser constituído dos

seguinteselementos: unidade de monitoramento e controle de entrada de vapores,

unidade devácuo para extração de vapores, e demais acessórios constituídos de dutos

reforçados, válvulas, disjuntores, conexões,vacuômetros, em capacidade, quantidade e

qualidade adequadas ao plenofuncionamento das unidades.

Nos poços de extração de vapores deverão ser instalados caps

superiores(cabeçotes) para a instalação da tubulação de extração, vacuômetros e

extremidadeamostradora de gases.

O ajustamento e calibração do sistema deverá atender ao exposto abaixo:

• O ajustamento e calibração hidrogeológica do sistema consistirão

nadeterminação dos parâmetros de funcionamento e controle hidrogeológico

sob o qualdeverá operar o sistema necessário à execução dos serviços de

recuperação da áreacontaminada.

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Março 2014 00 - 58

• Revisões periódicas, ajustamento dos equipamentos e calibração do

sistemaocorrerão em função da evolução dos serviços de remediação.

Deverãoser realizados os ajustes necessários para garantir aoperação

adequada e eficiente do sistema.

• Detalhes adicionais em relação à instalação e operação do sistema devem

serdiscutidos previamente à entrada em operação do sistema. Para o

dimensionamento do sistema de tratamento de vapores deverão

serconsiderados os parâmetros (concentrações de voláteis, pressões, vazões,

massa decontaminante removida) definidos no projeto de remediação.

• Os vapores provenientes da extração de vapores deverão ser tratados

emUnidade de tratamento de vapores, através de filtro de carvão ativado, e

enviados à atmosfera. Deverá ser executado o controle diário da eficiência do

tratamento de vaporesatravés do monitoramento de Compostos Orgânicos

Voláteis na entrada e na saída domesmo por meio de um detector de gás tipo

PID.

Deverão ser realizadas medições de concentração de vapores na entrada e

nasaída do sistema de tratamento quinzenalmente para verificação da eficácia

doprocesso e a emissão deverá obedecer aos critérios baseados na legislação

pertinentevigente para o local. Em casos onde seja requerido maior detalhamento do

controle daeficiência, a freqüência de medição poderá ser aumentada.Devem se

apresentar critérios baseados em legislaçãonacional para as emissões atmosféricas.

4.5 Sistema de Injeção de Ar (SIA)

Sistema detinado a injeção de ar na zona saturada (air sparging), aplicada a

remediação ambiental das fases dissolvida, vapor, residual e adsorvida da pluma de

contaminação. promovendo a volatilização de compostos de hidrocarbonetos, bem como

auxiliando na biorremediação através do acréscimo na concentração de oxigênio no meio

aplicado. O equipamento deverá ser constituído de uma Unidade de Injeção de Ar,

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Março 2014 00 - 59

compressor à prova de explosão em capacidade e qualidade adequadas ao pleno

funcionamento do sistema.

O sistema deverá ser dotado de Painéis de controle e comando de operação,

senecessário com a colocação de “timer”, assim como de acessórios constituídos de

dutosplásticos reforçados, válvulas, disjuntores, conexões, vacuômetros,

horímetro,medidores de vazão de vapores e líquidos.

O equipamento, deverá permanecer devidamente sinalizado e isolado.

Seusacessórios e rede elétrica/hidráulica deverão estar adequadamente instalados,

devendoser previamente avaliadas as condições de segurança da operação do sistema.

A operação do sistema deverá ser reportada mensalmente por meio de relatório

mensal de operação de serviços de remediação, contemplando medições diárias (manhã

e tarde) dos níveisd’água e lâminas de produto sobrenadantes em todos poços existentes,

incluindo fatosnotáveis como derrames, vazamentos, períodos de chuvas, paralisações,

etc. Osrelatórios deverão conter ainda: desenho esquemático dos equipamentos e redes

deinjeção, plumas de contaminação em fase livre e gráfico mensal da evolução

daoperação do sistema de remediação. Osrelatórios mensais devem incluir uma

discussão e recomendações sobre as medidas deotimização do sistema a fim de um

melhoramento contínuo do sistema.

O Sistema de injeção de ar deverá ser eficaz em no mínimo 12 Poços de Injeçãode Ar

(PIA), com capacidade mínima de 240 SCFM (408 Nm3/h) e ser constituído dosseguintes

elementos: unidade de compressão a prova de explosão e demais acessóriosconstituídos

de dutos plásticos reforçados, válvulas, disjuntores, conexões, manômetros,em

capacidade, quantidade e qualidade adequadas ao pleno funcionamento dasunidades.

Deverão ser determinadas as características do aqüífero, como o raio de influência e

decorrente taxa de injeção de ar, pressão de injeção de ar, concentração de COVs nos

vapores oriundos da injeção de ar, alterações na concentração de oxigênio dissolvido na

água subterrânea, influência no nível da água subterrânea, etc., apresentando-as no

relatório. Durante a execução dos serviços de remediação deverá ser realizada 1 medição

diária de oxigênio dissolvido, pH e temperatura nos Poços de Monitoramento (PMs), e

vazão de injeção e pressão em cada Poço de Injeção (PIAs).

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Março 2014 00 - 60

Todos os PIs deverão possuir ponto para medição de pressão, de modo quepermita a

pronta instalação de manômetro. No local onde operar cada sistema, deveráser

disponibilizado um manômetro que possa ser instalado nestes pontos, a

qualquermomento, em qualquer um dos PIs, para medição momentânea da pressão

aplicadapelo sistema. Deverá estar disponível no local certificado válido de calibração

doequipamento. A escala deste instrumento deverá ser compatível com a

pressãoesperada nos poços, isto é, a pressão esperada deverá estar no terço central da

escalado manômetro.

4.6 Construção de Trincheiras

Sistema detinado a implantação de barreira hidráulica e bombeamento de combustível

sobrenadante ao lençol freático e/ou água contaminada.As cavas devem ser locadas

conforme as distâncias indicadas em relação aos pontos de referência estabelecidos no

croqui. As cavas devem manter distância mínima de 1,50m entre as bordas e fundações

vizinhas, a menos que seja feito estudo específico para garantir a estabilidade das

mesmas.

Após a locação da cava, se necessário, deve ser executado um sistema de drenagem

provisório para proteger a cava das águas de chuva. Esse sistema de drenagem pode ser

constituído por pequenas valas escavadas no solo, que conduzam a água para o sistema

de drenagem pluvial local ou pelo simples direcionamento da declividade do terreno

adjacente. Devem ser observadas as seguintes profundidades mínimas para as cavas em

relação ao piso acabado:

• Até 2,5m para escavação manual (quando a profundidade de escavação atingir

1,4 m, as cavas deverão receber escoramento durante o restante da

escavação).

• Até 4,0m para escavação mecanizada.

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Março 2014 00 - 61

O solo escavado, a ser reaproveitado, deve permanecer estocado a uma distância da

borda da cava suficiente para garantir o acesso à mesma. Sempre que possível essa

distância deve ser de 2,0 (dois) m.

Antes do início da execução dos serviços de escavação devem ser atendidas as

seguintes condições:

• instalar uma faixa de segurança com tarjas pretas e amarelas, em todo o

perímetro da mesma, a 0,60m de altura do solo e durante a noite devem ser

colocados sinais luminosos;

• emitir AST – Análise de Segurança do Trabalho ou Permissão para Trabalho

para os serviços de escavação manual e escavação mecânica por trator e retro-

escavadeira;

• inspecionar visualmente o local a ser escavado, definindo seus limites;

• consultar os órgãos responsáveis pela documentação para verificar presença

de equipamentos, linhas ou cabos elétricos no local. Caso presentes, bloquear,

trancar, desligar e colocar etiquetas de advertência nos locais onde existam

linhas e cabos elétricos enterrados;

• durante a execução de uma escavação pode-se encontrar obstáculos tais como

árvores, raízes, blocos de rocha, fundações antigas. A retirada destes

obstáculos deve ser efetuada com precaução para evitar acidentes;

• os acessos para permitir a entrada, circulação e saída de operários devem ser

amplos e permanentemente desobstruídos, para permitir um fluxo contínuo de

pessoas em casos de emergência;

• as passarelas provisórias e rampas que se fizerem necessárias para a circulação

de pessoas devem ser resistentes e ter guarda-corpo de ambos os lados;

Devem ser usados os seguintes equipamentos de proteção individual:

• capacete de segurança, todos os operários;

• cinto de segurança, nos trabalhos em que houver perigo de queda;

• óculos de segurança, nos trabalhos com talhadeira;

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Março 2014 00 - 62

• luva de couro ou raspa, para a proteção das mãos no manuseio de materiais

abrasivos ou cortantes;

• botas impermeáveis, para trabalho em terrenos encharcados;

• sapatos adequados que ofereçam proteção contra pregos.

Imediatamente após a abertura deve ser instalado o poço de bombeio/injeção,

preenchida a cava com brita, recoberta com solo escavado e recomposto o pavimento

e/ou terreno.No caso de barreiras para água subterrânea a escavação deve ser

executada até no mínimo 1,0 (hum) m abaixo do nível d’água. Em casos especiais, essa

profundidade pode variar entre 0,5 (meio) m a 3,0 (três) m.

Durante a execução dos serviços de remediação deverão ser realizadas 2 (duas)

medições diárias (manhã e tarde) dos níveis de água e eventual espessura de lâmina de

hidrocarbonetos na trincheira e na rede de PMs instalados. Caso as medições sejam

realizadas por meio de amostrador (bailer), este deve ser individual para a trincheira e por

PM. Deverá ser realizada medição diária dos volumes de água bombeada pelo sistema

instalado na trincheira e o eventual volume de produto recuperado na CSAO. Mediante

análise o monitoramento dos PMs poderá ser realizado com freqüência semanal.

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5 Serviços e Equipamentos Complementares

5.1 Sistema de separação de óleo e água com placas coalescentes (SAO)

As caixas separadoras de água e óleo (SAO) deverão receber o efluentebombeado

dos aquíferos a partir dos sistemas de remediação e separar desta mistura o conteúdo de

água e oconteúdo de óleo. Todo produto separado nos dispositivos deverá ser

armazenado e disposto conforme item 5.4 deste manual.O efluente da caixa separadora

de água e óleo deverá estar em conformidade e serdisposto de acordo com a legislação

aplicável. No relatório operacional mensal do sistema de remediação, deve constar

afreqüência de limpeza do equipamento, o volume e a documentação de destinação dos

resíduos gerados.

A água será considerada tratada quando tiver enquadrada nos limites

estabelecidospela Resolução CONAMA 357 e demais legislações aplicáveis

vigentes.Caso seja possível e legal lançar a água separada em rede de esgoto, deverão

ainda serseguidas as determinações do Órgão de Controle e da Concessionária de

ServiçoPúblico local.

Para o parâmetro Óleos Graxas (O&G), a análise deverá ser mensal ocorrendo ou

não produto em fase livre na área onde está sendo operado o sistema de remediação.

Antes da instalação da SAO, deverá serapresentado especificações técnicas que

comprovem a eficiência do equipamento,emitido por laboratório credenciado junto ao

INMETRO, baseado em normas brasileiras,e em sua ausência, em normas

internacionais.Os dispositivos a serem utilizados deverão necessariamente contar com

placascoalescentes e ser mantidos limpos e em condições de operação.

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Março 2014 00 - 64

Detalhe de Caixa Separadora de água e óleo

5.2 Sistema de Carvão Ativado para tratamento de ág ua contaminada

O sistema de carvão ativado para tratamento de água contaminada deverá ser

dimensionado de tal forma a receber a água bombeada a partir do sistema de remediação

e ser capaz de reduzir as concentrações de BTEX e HPA a níveis aceitáveis pelo órgão

ambiental local e atender a legislação vigente para emissão de efluentes líquidos.

Deve ser realizado o ajustamento e calibração hidroquímica do sistema, que consistirá

na determinação dos parâmetros de funcionamento e controle hidrológico e hidroquímico,

sob os quais devem operar os sistemas necessários à execução da recuperação da área

contaminada.

Deverão ser realizadas análises químicas de BTEX, HPA e TPH fingerprint no efluente

tratado comperiodicidade mensal, afim de constatar a eficiência do sistema de carvão

ativado. A coleta das amostras deverá ser realizada na entrada e saída do sistema.

A água será considerada tratada quando tiver enquadrada nos limites estabelecidos

pela Resolução CONAMA 357 e demais legislações aplicáveis vigentes. Se o lançamento

da água for realizado em rede de esgoto, deverão ainda ser seguidas as determinações

do Órgão de Controle e da Concessionária de Serviço Público local.A seleção e o

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Março 2014 00 - 65

dimensionamento dos filtros e a substituição dos mesmos devem assegurar o lançamento

do efluente em conformidade com a legislação vigente.

Os resíduos gerados e carvão ativado contaminado deverão ser acondicionados e

destinados adequadamente em conformidade com a legislação ambiental vigente e

aplicada pelo órgão ambiental local, devendo ser apresentados em relatório técnico os

devidos certificados de destinação.

5.3 Redes e linhas de Bombeamento, Extração e Injeç ão

Para a instalação da rede subterrânea, deverão ser abertas canaletas na pista

deconcreto e adjacências, com utilização de serra cliper e posteriormente

seremreconstituídas em sua forma original. A especificação técnica das linhas de

bombeamento, extração e injeção deverão constar do Projeto Executivo do sistema de

Remediação.

Deverá ser garantida a estanqueidade das instalações, com a execução de teste

deestanqueidade nas tubulações e apresentação do respectivo laudo, antes do início

daoperação do sistema.

As tubulações não poderão ser construídas com a utilização de mangueiras de

plástico, tubos e válvulas de PVC (água ou esgoto) para uso comprodutos inflamáveis

e/ou combustíveis. As tubulações subterrâneas devem ser dispostas dentro de dutos

reforçados. Astubulaçõesaéreas devem serprotegidas por cantoneiras perfil U ou

tubulação de aço galvanizado.

Havendo a necessidade de utilização de placas de aço para a proteção

dascanaletas, câmaras de calçada ou outros acessórios, estas deverão ser

providenciadascom dimensões e espessura que atendam às condições na área onde

estão serão instaladas (bases, terminais e postos de serviço).

Material a ser utilizado nas instalações:

• Tubos NBR 5590 SCH80 extremidade em rosca NPT conforme NBR 12912,

para diâmetros de 1/2" até 1.1/2", acima deste tamanho SCH 40.

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• Para tubulações aéreas, usar pintura. Para tubulações subterrâneas, em aço

galvanizado, usar revestimento externo à base CoalTar Epóxi ou PEAD com

revestimento de nylon, conforme recomenda a NBR-14722.

• Conexões em Ferro Maleável preto ou galvanizado, conforme NBR 6925 classe

300 libras, com rosca NPT conforme NBR 12912, para diâmetros de 1/2" até

1.1/2", acimadeste tamanho classe 150 libras.

• Válvulas de gaveta/esfera/retenção em aço forjado NBR 13182 corpo, tampa e

castelo em aço ASTM A105 e internos em ASTM A182-F6a, classe 300 ou 150.

conforme a tubulação aplicada.

• As tubulações deverão ser apropriadas para uso em derivados de petróleo e

preparadas para uso em pressão e vácuo.

5.4 Destinação de Resíduos Oleosos Líquidos

Deverão serutilizados recipientes para armazenamento dos resíduos (os quais devem

atender às exigências legais), em quantidade necessária para acondicionar o efluente

oleoso retirado do lençol freático nas ações de remediação. Estes recipientes devem ser

identificados adequadamente.

Será permitida a armazenagem máxima de até 600 L de produto na área onde ocorre

a remediação, em local sinalizado, seguro, coberto e com contenção para possíveis

vazamentos/derramamentos, em conformidade com a legislação e normas técnicas.

Quando da desativação do sistema, os recipientes armazenados devem ser removidos no

ato da desmobilização. Em situações excepcionais, poderá vir a ser permitida a

estocagem de um volume maior.

Deverá ser destinado de forma ambientalmente segura, com validação do órgão

ambiental, todo o produto recuperado e armazenado nos recipientes e apresentar àos

responsáveis os certificados exigíveis pela legislação para todo o volume destinado e as

respectivas licenças, inclusive as de transporte e disposição.

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O relatório final de remediação deverá conter, no mínimo: o volume de resíduos

oleosos destinados, as Licenças Ambientais exigidas (destinação e transporte) e os

certificados cabíveis emitidos no processo.

Detalhe de acondicionamento de Resíduos Liquidos Detalhe de acondicionamento de Resíduos Liquidos

5.5 Destinação de Resíduos Sólidos

Os recipientes, containers ou sacos (“big-bags”),devem estar em conformidade com a

legislação vigente, em número suficiente para acondicionar osolo contaminado e demais

resíduos gerados nas ações de remediação, inclusivedurante a execução de serviços de

sondagem para instalação de, poços e de aberturade trincheiras. Os conteiners utilizados

para o armazenamento do solo devem reter aágua proveniente do solo escavado,

permitindo sua recuperação visando o tratamento ea disposição adequada.

Para efeito deste manual, considera-se solo contaminado aquele que

apresentarconcentração igual ou superior a 1.000 ppm de COVs, salvo outra orientação

do ÓrgãoAmbiental Local.

Caberá ao responsável técnico a avaliação em campo do solo escavado/sondado,

a separação do solo contaminadoconforme definido acima, seu armazenamento

temporário e destinação final, incluindo aamostragem de resíduos e as análises químicas

em laboratório, em função dalegislação vigente.

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Será permitida a armazenagem máxima de 2 toneladas de solo contaminado

nosítio onde estejam sendo realizados serviços, em localsinalizado, seguro, coberto e

com contenção,em conformidade com a legislação e normas técnicas. Este solo deverá

ser removidoem no máximo 30 dias após a conclusão dos serviços de perfuração ou

escavação dastrincheiras.

Todo o solo ou resíduo sólido gerado que for classificado como contaminadodeverá

ser destinado de forma adequada, obedecendo a Legislação vigente. Deverá

serapresentado relatório sobre a destinação do solo ou demais resíduosnão

contaminados, a qual deverá ser feita em local apropriado, segundo a legislaçãolocal.

O solo contaminado deverá ser transportado e destinado de forma ambientalmente

segura,conforme legislação aceita pelo orgão ambiental local, todo o material

contaminado e o recipiente utilizadopara armazenagem e transporte deve garantir que

não irá gerar poeira nem vazamentode água durante o transporte e apresentaros

certificados pertinentespara toda a massa retirada e as respectivas licenças de operação

(transporte edestinação). O relatório de destinação de resíduos deverá declarar

minimamente:

• número do pedido de serviço;

• nome do cliente;

• número de identificação e data de emissão do relatório de serviço;

• massa de resíduo destinada;

• data da coleta;

• números e cópia autenticada das licenças de transporte e operação;

• número e cópia do certificado de destinação.

• técnica de destinação

• identificação (razão social e CNPJ) da empresa responsável pela destinação

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Detalhe de identificação de Resíduos Sólido Detalhe de acondicionamento de Resíduos Sólido

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Março 2014 00 - 70

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Março 2014 00 - 71

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