MANUAL DE ELABORACAO DE PROJETODE PESQUISA - …atenas.edu.br/faculdade/arquivos/MANUAL DE...
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MANUAL
ELABORAÇÃO DE PROJETO DE PESQUISA
PARACATU – MG 2009
5ª Edição
Revisada
& Ampliada
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 2
1 ESTRUTURA BÁSICA DO PROJETO DE PESQUISA ................................................. 3
2 COMO APRESENTAR O PROJETO? ......................................................................... 4
2.1 MODELO DE ELABORAÇÃO DE PROJETOS DE PESQUISA ACADÊMICA ................ 4
2.1.1 CAPA .............................................................................................................. 4
2.1.2 FOLHA DE ROSTO ........................................................................................... 6
2.1.3 EPÍGRAFE ...................................................................................................... 8
2.1.4 SUMÁRIO ....................................................................................................... 9
2.1.5 OBJETIVOS .................................................................................................... 10
2.1.6 JUSTIFICATIVA .............................................................................................. 10
2.1.7 HIPÓTESE DA PESQUISA ................................................................................ 10
2.1.8 DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA ........................................................................ 11
2.1.9 SISTEMA CONCEITUAL ................................................................................... 11
2.1.10 TEORIAS DE BASE ........................................................................................ 11
2.1.11 METODOLOGIA............................................................................................. 11
2.1.12 SUPRIMENTOS E EQUIPAMENTOS ................................................................ 12
2.1.13 CUSTO DO PROJETO E ORIGEM DOS RECURSOS ........................................... 12
2.1.14 CRONOGRAMA ............................................................................................. 14
2.1.15 REFERÊNCIAS .............................................................................................. 14
2.1.16 APÊNDICES E ANEXOS ................................................................................. 15
2.2 MODELO DE ELABORAÇÃO DE PROJETOS DE PESQUISA DE NATUREZA PRÁ-
TICA ....................................................................................................................... 17
2.2.1 IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO ........................................................................ 18
2.2.2 OBJETIVOS .................................................................................................... 18
2.2.3 DELIMITAÇÃO DO UNIVERSO DE PESQUISA .................................................. 18
2.2.4 METODOLOGIA .............................................................................................. 18
2.2.5 ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DA PESQUISA ........................................... 18
2.2.6 SUPRIMENTOS E EQUIPAMENTOS .................................................................. 19
2.2.7 APÊNDICE E ANEXOS ..................................................................................... 21
2.3 REGRAS GERAIS DE APRESENTAÇÃO DOS PROJETOS DE PESQUISA ................. 21
2.3.1 MODELO DE MARGEM PARA DIGITAÇÃO ........................................................ 25
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 26
2
INTRODUÇÃO
A ciência é definida como um conjunto de conhecimentos racional, sistemati-
zado, objetivo, analítico e explicativo, que busca compreender e desvendar o mundo em-
pírico no qual o homem vive. A ciência é um método de abordagem do mundo empírico,
sustentável de ser experimentado pelo ser humano.
Portanto, a relação entre teoria e o fenômeno é o contexto essencial da ciência
moderna. Na falsa concepção popular, a ciência se refere somente a fatos e fenômenos.
A teoria é considerada como um conjunto de fatos acumulados sobre determi-
nado assunto. Toda teoria dotada de certa complexidade que pode ser conservada à cus-
ta de recriação intelectual permanente, ou seja, dúvida perene. A teoria é vista como um
conjunto de hipóteses e estruturada por uma relação de implicação, em que teoria impli-
ca em problema.
Desta forma, a pesquisa inicia da dúvida ou problema, que embasará o seu
tema. O problema a ser pesquisado deve ser claro e preciso, passivo de solução e deli-
mitado, em nível mais específico.
O projeto de pesquisa surge como proposta da solução do problema, ou seja,
da dúvida e da identificação de uma necessidade a ser satisfeita. É o resultado do plane-
jamento para a solução do problema, onde devem constar todas as etapas que serão
desenvolvidas respondendo a seguinte pergunta: como redigir o projeto de pesquisa?
3
1 ESTRUTURA BÁSICA DO PROJETO DE PESQUISA
A estrutura básica de um projeto de pesquisa acadêmico compõe das seguin-
tes partes:
a) capa – obrigatória;
b) folha de rosto – obrigatória;
c) epígrafe – opcional;
d) sumário – obrigatório;
e) objetivos;
f) justificativa;
g) hipóteses da pesquisa;
h) delimitação do problema;
i) sistema conceitual;
j) teorias de base;
k) metodologia;
l) suprimentos e equipamentos
m) custo do projeto e origem dos recursos
o) cronograma;
p) referência;
q) apêndice e Anexo.
4
2 COMO APRESENTAR O PROJETO?
A forma de apresentação de um projeto varia de pesquisador para pesquisa-
dor. Os institutos de pesquisa, entretanto, tendem a adotar fórmulas padronizadas para
apresentação de projetos de pesquisa. Isto facilita os trabalhos de elaboração, discussão
e aprovação do projeto. Todavia, a excessiva padronização em muitas situações pode ser
prejudicial. É o caso, por exemplo, dos projetos de pesquisa de cunho exploratório, em
que não se torna possível, a priori, determinar como se processará a pesquisa.
Pode ser ainda, o caso de certos projetos de natureza estritamente científica
que se revestem de características tão específicas que, qualquer tentativa de enquadrá-
los num modelo rígido, servirá para torná-los menos esclarecidos.
A despeito, porém, da flexibilidade quanto à apresentação de projetos, a ela-
boração de modelos torna-se bastante útil. Por essa razão, são apresentados dois mode-
los de elaboração de projetos. O primeiro aplicável a pesquisas acadêmicas (doutoramen-
to, mestrado, conclusão de curso etc.) e o segundo, às pesquisas de natureza prática,
notadamente de opinião e de mercado.
A escolha desses dois modelos deve-se ao fato de referirem-se às pesquisas
que mais habitualmente são desenvolvidas. E também porque, ainda que de modo bem
geral, podem ser considerados como tipos extremos num contínuo de complexidade.
2.1 MODELO DE ELABORAÇÃO DE PROJETOS DE PESQUISA ACADÊMICA 2.1.1 CAPA
Elemento obrigatório, onde as informações são transcritas na seguinte ordem:
a) nome do autor;
b) título;
c) subtítulo, se houver;
d) local (cidade) da instituição onde deve ser apresentado;
e) ano de depósito.
5
MARCOS ANTÔNIO GONÇALVES
AS TEORIAS DA REGULAÇÃO SOCIAL: uma visão introdutória
Paracatu – MG 2007
FIGURA 1 – Modelo de capa para Projeto de Pesquisa Acadêmica
6
2.1.2 FOLHA DE ROSTO
Elemento obrigatório. Página que contém os elementos necessários para a i-
dentificação do projeto, devendo ser apresentada conforme segue:
a) nome do autor: responsável intelectual do trabalho;
b) título principal do trabalho: deve ser claro e preciso,identificando o seu
conteúdo e possibilitando a indexação e recuperação da informação;
c) subtítulo: se houver, deve ser evidenciada a sua subordinação ao título
principal, precedido de dois-pontos;
d) número de volumes (se houver mais de um, deve constar em cada folha de
rosto a especificação do respectivo volume);
e) natureza:
- projeto de pesquisa, tese, dissertação, trabalho de conclusão de curso e
outros,
- objetivo (aprovação em disciplina, grau pretendido e outros),
- o nome da instituição a que é submetido,
f) nome do orientador e, se houver, do co-orientador;
g) local (cidade) da instituição onde deve ser apresentado;
h) ano de depósito (da entrega).
7
MARCOS ANTÔNIO GONÇALVES
AS TEORIAS DA REGULAÇÃO SOCIAL: uma visão introdutória
Projeto de pesquisa apresentado como requisito para a elaboração de monogra-fia na disciplina de Monografia I, da Fa-culdade de Direito Atenas. Orientador: Prof. Dr. Carlos Alberto
Mendes.
Paracatu – MG Faculdade de Direito Atenas
2007
FIGURA 2 – Frente da folha de rosto – Projeto de Pesquisa.
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2.1.3 EPÍGRAFE
Elemento opcional. Podem também constar epígrafes nas folhas de abertura
das seções primárias.
Sempre que nos recusamos ser vencidos por alguma nova concep-ção impressionante, nascida das pro-fundezas da nossa imaginação pelo impacto de um símbolo eterno, esta-mos privando a nós mesmos dos fru-tos de um encontro com a sabedoria dos milênios.
Heinrich Zimmer(s.d.).
FIGURA 3 – Modelo de Epígrafe.
9
2.1.4 SUMÁRIO
Elemento obrigatório, cujas partes são acompanhadas do (s) respectivo (s)
número (s) da (s) página(s).
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO....................................................................13
2 CONTEXTO HISTÓRICO......................................................21
3 A REVISTA.........................................................................33
3.1 CONCILIAÇÃO E CHOQUE................................................33
3.2 PROJETO IDEOLÓGICO...................................................39
3.2.1 OS MODERNISTAS MINEIROS E O PODER POLÍTICO....41
3.2.2 OS EDITORIAIS DE A REVISTA.....................................44
3.3 OS TEXTOS E A RETÓRICA...............................................51
3.3.1 RETÓRICA PASSADISTA ORTODOXA............................53
3.3.2 RETÓRICA PASSADISTA DE TRANSIÇÃO......................60
3.3.3 RETÓRICA MODERNISTA DE RENOVAÇÃO....................64
4 LEITE CRIÔLO...................................................................99
4.1 MEXERICA SE CONHECE PELO CHEIRO............................99
4.2 A IDEOLOGIA CRIOLISTA..............................................107
4.2.1 O RACISMO CIENTÍFICO............................................109
4.3 A RETÓRICA CRIOLIST..................................................131
4.3.1 A METÁFORA DO CRIOLISMO.....................................133
5 CONCLUSÃO.....................................................................179
REFERÊNCIAS.....................................................................187
FIGURA 4 – Modelo de Sumário.
10
2.1.5 OBJETIVOS
Indica-se o que é pretendido com o desenvolvimento da pesquisa e quais os
resultados que se procura alcançar.
A apresentação dos objetivos varia significativamente em função da natureza
do projeto. Nos projetos de pesquisa rigidamente científica, assim como naqueles elabo-
rados para fins acadêmicos, cabe identificar claramente o problema, apresentar sua de-
limitação (em termos conceituais, espaciais e temporais), bem como apresentar as hipó-
teses a serem testadas (quando for o caso).
Nos projetos destinados à resolução de problemas mais práticos, geralmente
procede-se a apresentação do objetivo geral e dos objetivos específicos. Isto é bastante
comum nos projetos de pesquisas caracterizadas como levantamentos.
2.1.6 JUSTIFICATIVA
A Justificativa consiste na apresentação, de forma clara e sucinta, das razões
de ordem teórica e/ou prática que justificam a realização da pesquisa, ou seja, responder
a pergunta “por que” fazer a pesquisa.
No caso de pesquisas de natureza científica ou acadêmica, a justificativa deve
indicar:
a) o estágio de desenvolvimento dos conhecimentos referentes ao tema;
b) as contribuições que a pesquisa pode trazer com vistas a proporcionar res-
postas aos problemas propostos ou a ampliar as formulações teóricas a esse respeito;
c) a relevância social do problema a ser investigado;
d) a possibilidade de sugerir modificações no âmbito da realidade abarcada
pelo tema.
No caso de pesquisas de natureza prática, a justificativa deve considerar os
objetivos da instituição e os benefícios que os resultados da pesquisa poderão proporcio-
nar.
Os cuidados com a elaboração da justificativa devem ser redobrados no caso
de pesquisas para as quais se solicita algum tipo de financiamento, já que a entidade
financiadora necessita de boas razões para justificar o investimento.
2.1.7 HIPÓTESE DA PESQUISA
A hipótese é uma resposta provisória que guiará a condução da investigação.
Oferece uma solução possível para o problema em forma de proposição. As hipóteses
podem ser apresentadas na justificativa, em vez de serem destacadas em um item espe-
cífico.
11
2.1.8 DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA
Nesta etapa, o problema será claramente identificado e delimitado em termos
conceituais, espaciais e temporais.
2.1.9 SISTEMA CONCEITUAL
O estabelecimento do sistema conceitual é exigido em projetos de pesquisa
que tratam de temas complexos.
Nestes casos, torna-se necessária a definição, de forma clara e precisa, dos
conceitos contidos no problema e nas hipóteses. Em muitos casos, convém ainda escla-
recer acerca do sistema que determinou a classificação conceitual adotada.
Deve ficar claro, porém, que muitos projetos de pesquisa não exigem o deta-
lhamento do sistema conceitual, por se referirem a problemas e hipóteses cujas referên-
cias empíricas são imediatas. É o caso, por exemplo, de uma pesquisa que tenha por
objetivo verificar como se distribuem, num grupo, as seguintes características: sexo,
idade, estado civil, naturalidade, nível de escolaridade, ocupação e salário.
2.1.10 TEORIAS DE BASE
Boa parte das pesquisas científicas no campo da Psicologia, Sociologia, Antro-
pologia, Ciência Política e Economia apóiam-se em certos supostos teóricos. Nestes ca-
sos, torna-se conveniente indicar a teoria ou as teorias que fornecem a orientação geral
da pesquisa.
Há que se considerar, no entanto, que nem sempre a elaboração de um proje-
to de pesquisa científica é possível definir com clareza qual a teoria que lhe dará susten-
tação. Muitas outras pesquisas são desenvolvidas sem que se possa identificar uma teo-
ria que as sustente. Por essa razão, este item não aparece em muitos projetos de pes-
quisa.
2.1.11 METODOLOGIA
A parte mais complexa na redação de um projeto de pesquisa é constituída,
geralmente, pela especificação da metodologia a ser adotada. Diversos itens podem aqui
ser considerados, conforme a extensão e a complexidade da pesquisa. De maneira bem
abrangente, podem ser considerados os seguintes componentes:
a) tipo de delineamento;
b) operacionalização das variáveis;
c) amostragem;
12
d) técnicas de coleta de dados;
e) tabulação;
f) análise dos dados; e
g) forma do relatório.
2.1.12 SUPRIMENTOS E EQUIPAMENTOS
Neste momento, devem ser indicados, de maneira detalhada, os suprimentos
e equipamentos necessários para a realização da pesquisa. Estes equipamentos e supri-
mentos variam consideravelmente de acordo com o tipo de pesquisa. Dentre os diversos
itens que podem ser considerados, citam-se:
a) questionários;
b) formulários;
c) impressos especiais para registro;
d) manuais de instrução para os pesquisadores;
e) manuais de tabulação;
f) equipamentos de registro (lápis, canetas etc.);
g) pastas;
h) brindes para os entrevistados.
2.1.13 CUSTO DO PROJETO E ORIGEM DOS RECURSOS
O projeto deve apresentar uma estimativa dos custos da pesquisa. Uma forma
prática consiste em reunir os gastos previstos em vários itens, que, por sua vez, são a-
grupados em duas categorias: gastos com pessoal e gastos com material.
Será conveniente, ainda, indicar a proveniência dos recursos, se são próprios
ou de origem externa. Nesta hipótese, convém, ainda, indicar o nome da instituição pa-
trocinadora e a natureza do crédito ou do financiamento.
TABELA1 – ESTIMATIVA DE CUSTO1
FASES CUSTO (R$)
PESSOAL MATERIAL TOTAL
Planejamento
Coleta de dados
Análise e interpretação
Redação do relatório
TOTAL GERAL
1 Discriminar conforme a conveniência
13
TABELA 2 – DISCRIMINAÇÃO DOS CUSTOS DE PESSOAL (R$)
ITENS DE CUSTO
PESQUISADO-
RES
CONSULTORES
DIGITADORES
ENTREVISTA-
DORES
PROC.DE DA-
DOS
OUTROS
1 PLANEJAMENTO - - - - - - 1.1 Salários 1.2 Honorários 2 COLETA DE DADOS - - - - - - 2.1 Salários 2.2 Honorários 2.3 Diárias e transporte 3 ANÁLISE, INTERPRE-TAÇÃO E APRESENTA-ÇÃO
- - - - - -
3.1 Salários 3.2 Honorários
TOTAL
TABELA 3 – DISCRIMINAÇÃO DOS CUSTOS DE MATERIAL
FASES VALOR (em R$) 1 PLANEJAMENTO - 1.1 Material de escritório 1.2 Livros 1.3 Mapas 1.4 Xerocópias 1.5 Telefone, cartas etc. 2 COLETA DE DADOS - 2.1 Material para impressão 2.2 Fitas para gravação 2.3 Filmes 2.4 Xerocópias 2.5 Taxas para correio, telefones, fretes etc. 2.6 Cartões, fichas 2.7 Serviços de impressão 2.8 Transportes e diárias 3 ANÁLISE, INTERPRETAÇÃO E APRESENTAÇÃO - 3.1Material para impressão 3.2 Capas 3.3 Gravações
14
Observação: Indicar a origem dos recursos (próprios ou externos, na totali-
dade ou em parte). Indicar a instituição e a natureza do financiamento ou do crédito.
2.1.14 CRONOGRAMA
O projeto deve esclarecer acerca do tempo necessário ao desenvolvimento da
pesquisa. Convém que seja indicado o tempo correspondente a cada uma das fases da
pesquisa. E não se pode esquecer que muitas das atividades são desempenhadas simul-
taneamente pelos membros da equipe.
Uma maneira prática de representar o tempo a ser despendido no desenvol-
vimento da pesquisa é mediante a elaboração de um cronograma.
TABELA 4 – CRONOGRAMA DA PESQUISA
FASES DATAS
INÍCIO FIM Planejamento
Coleta de dados
Análise e interpretação
Redação do relatório
TABELA 5 – DISCRIMINAÇÃO DO CRONOGRAMA DA PESQUISA
Nº.
ETAPAS DO LEVANTAMENTO
MESES E OU DIAS JUL. AGO. SET. OUT. NOV. DEZ.
1 Especificação dos objetivos 2 Operacionalização dos conceitos
3 Elaboração do questionário
4 Pré-teste do questionário
5 Seleção da amostra
6 Impressão dos questionários
7 Seleção dos pesquisadores
8 Treinamento dos pesquisadores
9 Coletas de dados
10 Análise e interpretação dos dados
11 Redação do relatório
2.1.15 REFERÊNCIAS
Nos projetos de pesquisa científica ou acadêmica, devem ser relacionados os
livros, artigos e outras publicações consultadas, bem como todas as fontes bibliográficas
de potencial interesse para o desenvolvimento da pesquisa. Nas pesquisas orientadas
15
para fins práticos, pode também ser conveniente a apresentação das referências e biblio-
grafias, sobretudo quando o tema considerado for complexo. Já nas pesquisas desenvol-
vidas a partir de rotinas preestabelecidas, o item referência e bibliografia pode ser dis-
pensado.
2.1.16 APÊNDICE E ANEXOS
Devem ser anexados ao projeto de pesquisa, modelos dos instrumentos a se-
rem utilizados para a coleta de dados, tais como: formulários, questionários e escalas de
atitudes. Dispensam-se da observação deste requisito, as pesquisas que utilizam testes
psicológicos ou instrumentos não padronizados de coleta de dados.
Devem ainda ser anexados modelos de outros materiais impressos, tais como:
apêndice que constitui de matéria elaborada pelo próprio autor, a fim de complementar
sua argumentação, manuais de instrução, mapas das áreas de investigação, material
estatístico utilizado como base para seleção de amostras etc.
Deve conter a indicação APÊNDICE ou ANEXO, seguida da letra de ordem, tra-
vessão e do respectivo título. Quando esgotadas as 23 letras do alfabeto, utilizam-se
letras maiúsculas dobrada.
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ANEXO A – DATILOGRAFIA / DIGITAÇÃO DO TEXTO
Os trabalhos devem ser datilografados ou digitados em
papel branco, de boa qualidade, formato A-4 (210mm x 297 mm),
com fita preta, em uma só face, usando-se espaço duplo entre as li-
nhas, fonte tamanho 12. Deve-se evitar as rasuras ou emendas e
obedecer às seguintes margens: margens superior e esquerda – 3,5
cm; margens inferior e direita – 2,5 cm. A NBR-12256 sugere uma
margem de 3 cm para todos os lados da folha.
Modernamente, a forma de parágrafo recuado foi abolida.
Adota-se a mesma margem esquerda para todo o texto destacando-
se os parágrafos pelo espaçamento duplo entre eles. Entretanto, a
NBR-12256 recomenda o parágrafo a seis toques a partir da margem
esquerda e, para as transcrições, 12 toques. Alguns autores prefe-
rem adotar o parágrafo tradicional e formal, a 2 cm da margem es-
querda, nos textos técnicos. O importante é que, ao se adotar um
formato, este seja mantido em todo o trabalho.
Devem ser adotados caracteres do mesmo tipo para todo
o trabalho, de forma a permitir uma melhor legibilidade. Variações
tipográficas são permitidas apenas para notas de rodapé, citações
textuais e titulações.
Os símbolos, sinais e letras gregas podem ser inseridos a
mão, quando se fizer necessário.
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FIGURA 5 – Modelo de Anexo. 2.2 MODELO DE ELABORAÇÃO DE PROJETOS DE PESQUISA DE NATUREZA PRÁ-TICA
NOME INSTITUIÇÃO Endereço: Telefone:
TÍTULO DO PROJETO
Agência de Pesquisa Data da Proposta Gerente do Projeto
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FIGURA 6 – Modelo de capa para Projeto de Pesquisa de natureza prática.
2.2.1 IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO
a) Título;
b) Cliente;
c) Natureza do projeto;
d) Agência;
e) Data;
f) Gerente do projeto.
2.2.2 OBJETIVOS
a) Objetivos gerais;
b) Objetivos específicos
2.2.3 DELIMITAÇÃO DO UNIVERSO DE PESQUISA
a) Área geográfica em que será executado o projeto;
b) Determinação da população a ser pesquisada.
2.2.4 METODOLOGIA
a) Tipo de pesquisa (levantamento, experimento etc.);
b) Técnica de coleta de dados;
c) Amostragem:
- Tipo de amostragem,
- Tamanho da amostra,
- Controle da amostra.
d) Tabulação e análise dos dados:
- Processo de tabulação,
- Lista das tabulações cruzadas,
- Procedimentos estatísticos de análise dos dados.
e) Especificação do tipo de relatório a ser elaborado
2.2.5 ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DA PESQUISA
19
a) Estabelecimento de contatos;
b) Alocação de pesquisadores;
c) Supervisão da equipe de pesquisadores;
d) Supervisão dos trabalhos de tabulação e análise dos dados;
e) Preparação e impressão do relatório.
2.2.6 SUPRIMENTOS E EQUIPAMENTOS
a) Questionários;
b) Formulários;
c) Impressos especiais para registro;
d) Cartazes;
e) Manuais de instrução para pesquisadores;
f) Manuais de instrução para supervisores de campo;
g) Manuais de tabulação;
h) Equipamentos de registro (lápis, canetas etc.);
i) Pastas especiais;
j) Brindes para os pesquisados.
TABELA 1 – ESTIMATIVA DE CUSTO2
FASES CUSTO (R$)
PESSOAL MATERIAL TOTAL Planejamento
Coleta de dados
Análise e interpretação
Redação do relatório
TOTAL GERAL
2 Discriminar conforme a conveniência.
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TABELA 2 – DISCRIMINAÇÃO DOS CUSTOS DE PESSOAL (R$)
ITENS DE CUSTO
PESQUISADO-
RES
CONSULTORES
DIGITADORES
ENTREVISTA-
DORES
PROC.DE DA-
DOS
OUTROS
1 PLANEJAMENTO - - - - - - 1.1 Salários 1.2 Honorários 2 COLETA DE DADOS - - - - - - 2.1 Salários 2.2 Honorários 2.3 Diárias e transporte 3 ANÁLISE, INTERPRE-TAÇÃO E APRESENTA-ÇÃO
- - - - - -
3.1 Salários 3.2 Honorários
TOTAL
TABELA 3 – DISCRIMINAÇÃO DOS CUSTOS DE MATERIAL
FASES VALOR (em R$) 1 PLANEJAMENTO - 1.1 Material de escritório 1.2 Livros 1.3 Mapas 1.4 Xerocópias 1.5 Telefone, cartas etc.
2 COLETA DE DADOS - 2.1 Material para impressão 2.2 Fitas para gravação 2.3 Filmes 2.4 Xerocópias 2.5 Taxas para correio, telefones, fretes etc. 2.6 Cartões, fichas 2.7 Serviços de impressão 2.8 Transportes e diárias
3 ANÁLISE, INTERPRETAÇÃO E APRESENTAÇÃO - 3.1 Material para impressão
21
3.2 Capas 3.3 Gravações
TABELA 4 – CRONOGRAMA DA PESQUISA
FASES DATAS
INÍCIO FIM Planejamento
Coleta de dados
Análise e interpretação
Redação do relatório
TABELA 5 – DISCRIMINAÇÃO DO CRONOGRAMA DA PESQUISA
Nº.
ETAPAS DO LEVANTAMENTO
MESES E OU DIAS
JUL. AGO. SET. OUT. NOV. DEZ.
1 Especificação dos objetivos 2 Operacionalização dos conceitos
3 Elaboração do questionário
4 Pré-teste do questionário
5 Seleção da amostra
6 Impressão dos questionários
7 Seleção dos pesquisadores
8 Treinamento dos pesquisadores
9 Coletas de dados
10 Análise e interpretação dos dados
11 Redação do relatório
2.2.7 APÊNDICE E ANEXOS
a) Formulários;
b) Questionários;
c) Mapas, etc.
2.3 REGRAS GERAIS DE APRESENTAÇÃO DOS PROJETOS DE PESQUISA
a) FORMATO: os textos devem ser apresentados:
- em papel branco;
- formato A4 (21 cm x 29,7cm);
- digitados ou datilografados na cor preta, com exceção das ilustrações, no
anverso das folhas, exceto a folha de rosto.
O projeto gráfico é de responsabilidade do autor do trabalho.
22
Recomenda-se, para digitação:
- a utilização de fonte tamanho 12 para o texto e;
- tamanho menor para citações de mais de três linhas; notas de rodapé, pa-
ginação e legendas das ilustrações e tabelas.
No caso de texto digitado ou datilografado de mais de três linhas, deve-se ob-
servar apenas o recuo de 4 cm da margem esquerda.
b) MARGEM: as folhas devem apresentar margem:
- esquerda e superior de 3 cm e;
- direita e inferior 2 cm.
c) ESPACEJAMENTO: todo o texto deve ser digitado ou datilografado, com
espaço duplo.
As citações de mais de três linhas, as notas, as referencias, as legendas das
ilustrações e tabelas, a ficha catalográfica, a natureza do trabalho, o objetivo, o nome da
instituição a que é submetida e a área de concentração devem ser digitados ou datilogra-
fados em espaço simples.
As referências, ao final do trabalho, devem ser separadas entre si por espaço
duplo.
Os títulos das subseções devem ser separados do texto que os sucede por dois
espaços duplos.
Na folha de rosto e na folha da separação, a natureza do trabalho, o objetivo,
o nome da instituição a que é submetida e a área de concentração devem ser alinhados
do meio da mancha para a margem direita.
d) NOTAS DE RODAPÉ: as notas devem ser digitadas ou datilografadas:
- dentro das margens;
- ficando separadas do texto por um espaço simples de entrelinhas e;
- por filete de 3 cm, a partir da margem esquerda.
e) INDICATIVOS DE SEÇÃO: o indicativo numérico de uma seção precede
seu título, alinhado à esquerda, separado por um espaço de caractere.
f) TÍTULO SEM INDICATIVO NUMÉRICO: os títulos sem indicativo numéri-
co – errata, agradecimentos, lista de ilustrações, lista de abreviaturas e siglas, lista de
símbolos, resumos, sumário, referências, glossário, apêndice(s), anexo(s) e índice(s) –
devem ser centralizados, conforme a NBR 6024.
g) ELEMENTOS SEM TÍTULO E SEM INDICATIVO NUMÉRICO: fazem par-
te desses elementos:
- a folha de aprovação;
- a dedicatória e;
- a epígrafe.
h) PAGINAÇÃO: todas as folhas do trabalho, a partir da folha de rosto, de-
vem ser contadas seqüencialmente, mas não numeradas.
23
i) NUMERAÇÃO PROGRESSIVA: a numeração é colocada, a partir da primei-
ra folha da parte textual, em algarismo arábico, no canto superior direito da folha, a 2
cm da borda superior, ficando o último algarismo a 2 cm da borda direita da folha.
Havendo apêndice e anexo, as suas folhas devem ser numeradas de maneira
contínua e sua paginação deve dar seguimento à do texto principal.
Para evidencia a sistematização do conteúdo do trabalho, deve-se adotar a
numeração progressiva para as seções do texto.
Os títulos das seções primárias, por serem as principais divisões de um texto,
devem iniciar em folha distinta.
Destacam-se gradativamente os títulos das seções, utilizando-se os recursos
de negrito, itálico ou grifo e redondo, caixa alta ou versal, e outro, conforme a NBR
6024.
No sumário, é de forma idêntica ao texto.
j) CITAÇÕES: as citações devem ser apresentadas conforme a NBR 10520.
l) SIGLAS: quando aparece pela primeira vez no texto, a forma completa do
nome precede a sigla, colocada entre parênteses.
Exemplo: Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
m) EQUAÇÕES E FÓRMULAS: aparecem destacadas no texto de modo a fa-
cilitar sua leitura.
Na sequência normal do texto, é permitido o uso de uma entrelinha maior que
comporte seus elementos (expoentes, índice e outros).
Quando destacadas do parágrafo são centralizadas e, se necessário, deve-se
numerá-las.
Quando fragmentadas em mais de uma linha, por falta de espaço, devem ser
interrompidas antes do sinal de igualdade ou depois dos sinais de adição, subtração,
multiplicação e divisão.
Exemplo:
X² + Y² = Z² (1)
(X ²+ Y²)/5 = n (2)
n) ILUSTRAÇÕES: qualquer que seja seu tipo (desenho, esquemas, fluxo-
grama, fotografias, gráficos, mapas, organogramas, plantas, quadros, retratos e outros)
sua identificação:
- aparece na parte inferior, precedida da palavra designativa;
- seguida de seu número de ordem de ocorrência no texto, em algarismos a-
rábicos, do respectivo título e/ou legenda explicativa de forma breve e clara, dispensando
consulta ao texto, e da fonte.
A ilustração deve ser inserida o mais próximo possível do trecho a que se refe-
re, conforme o projeto gráfico.
24
o) TABELAS: As tabelas apresentam informações tratadas estatisticamente,
conforme IBGE (1993).
25
2.3.1 MODELO DE MARGEM PARA DIGITAÇÃO
3 CM
3 C
M
4 CM
2 CM
2CM
MARGEM DE CITAÇÃO LONGA
MARGEM DIREITA
MARGEM ESQUERDA
MARGEM DE INÍCIO DE PARÁGRAFO
MARGEM INFERIOR
2 C
M
FIGURA 7 – Modelo de folha: margem para digitação.
26
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICA. Normas ABNT sobre documenta-ção. Rio de Janeiro, 2003. Coletânea de normas. FRANÇA, Júnia Lessa et al. Manual para normatização de publicações técnico-científicas.5.ed. Belo Horizonte: UFMG, 2001. GALLIANO, Alfredo Guilherme. O Método Científico: Tória e Prática. São Paulo: Harbras Ltda, 1986. GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projeto de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002. LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Maria de Andrade. Fundamentos de metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2003. MACEDO, Manuel Moacir Costa. Metodologia Aplicada. Brasília: Scala Gráfica e editora, 2005. RHUDIO, Franz Victor. Introdução a Projeto de Pesquisa. 31. ed. Petrópolis: Vozes, 2002. SILVA, Ângela Maria; PINHEIRO, Maria Salete de Freitas; FREITAS, Nara Eugênia de. Guia para Normatização de Trabalhos Técnicos-Científicos: Projetos de Pesquisa, Monografias, Dissertações, Teses. 6.ed.rev.e ampl. Uberlândia: Edufu, 2006.