Manual de educação ambiental vol 4

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1 Ananda Helena Nunes Cunha Fernanda Pereira Gomes TEMAS E DISCUSSÕES PARA INTRODUÇÃO DO MEIO AMBIENTE EM ESCOLAS VOLUME 4 - RESÍDUOS SÓLIDOS – COMO REDUZIR O LIXO Anápolis – GO 2014

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A presente proposta tem como tema auxiliar na compreensão do lixo e de como é importante cuidar do meio ambiente. Este volume faz parte de uma coletânea de 4 volumes. O volume 1 apresenta considerações teóricas e metodológicas sobre educação ambiental, para aprendizagem significativa; o volume 2 traz aspectos relevantes á conservação da natureza, em todas as suas frentes como a vegetação, água e animais; o volume 3 apresenta considerações gerais sobre a água, aborda conceitos, relatos teóricos e metodologias sobre como trabalhar a ferramenta água na educação ambiental. Pretende-se colocar o homem como sujeito, aquele que deve e pode agir por meio em que vive. O homem é parte desse meio,e, portanto aquele que deve interagir positivamente em relação a sua parte no meio ambiente reduzindo a produção do lixo. Nesse sentido, serão apresentados conceitos, leis e formas de como reduzir e reaproveitar o lixo.

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Ananda Helena Nunes Cunha

Fernanda Pereira Gomes

TEMAS E DISCUSSÕES PARA INTRODUÇÃO DO MEIO

AMBIENTE EM ESCOLAS

VOLUME 4 - RESÍDUOS SÓLIDOS – COMO REDUZIR O LIXO

Anápolis – GO

2014

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Resíduos sólidos – como reduzir o lixo

Apresentação:

A presente proposta tem como tema auxiliar na compreensão do lixo e de como é

importante cuidar do meio ambiente. Este volume faz parte de uma coletânea de 4

volumes. O volume 1 apresenta considerações teóricas e metodológicas sobre educação

ambiental, para aprendizagem significativa; o volume 2 traz aspectos relevantes á

conservação da natureza, em todas as suas frentes como a vegetação, água e animais; o

volume 3 apresenta considerações gerais sobre a água, aborda conceitos, relatos

teóricos e metodologias sobre como trabalhar a ferramenta água na educação

ambiental.

Pretende-se colocar o homem como sujeito, aquele que deve e pode agir por meio em

que vive. O homem é parte desse meio,e, portanto aquele que deve interagir

positivamente em relação a sua parte no meio ambiente reduzindo a produção do lixo.

Nesse sentido, serão apresentados conceitos, leis e formas de como reduzir e

reaproveitar o lixo.

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Sumário

1. O que é lixo.................................................................................................................................4

2. Geração de lixo..........................................................................................................................5

3. Política Nacional de Resíduos Sólidos ...............................................................................6

4. Tratamento de Resíduos Sólidos............................................................................................6

5. Alternativas para redução de resíduos...............................................................................7

6. Reaproveitamento do lixo.........................................................................................................9

6.1. Incinerador – geração de energia..................................................................................10

6.2. Compostagem - adubo........................................................................................................11

6.3. Aterros Sanitários..............................................................................................................11

6.4. Plasmas Térmicos.................................................................................................................12

7. Vantagens/desvantagens e argumentos para geração de energia.............................12

8. Exemplo prático - Projeto Boca do Lixo..........................................................................19

9. Considerações finais...............................................................................................................22

10. Referências.........................................................................................................................22

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1. O que é lixo

Conforme a Lei Federal no 12.305 de 2 de agosto de 2010, lixo é material, substância,

objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas (Figura 1) em sociedade,

a cuja destinação final se procede, se propõe proceder ou se está obrigado a

proceder, nos estados sólido ou semissólido, bem como gases contidos em recipientes

e líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de

esgotos ou em corpos d'água, ou exijam para isso soluções técnica ou economicamente

inviáveis em face da melhor tecnologia disponível.

Figura 1 - Lixo descartado resultante de atividades humanas. Fonte: COSTA, 2014.

O destino final do lixo, geralmente é o local de tratamento do mesmo, ou seja, aterro

sanitário controlado. Quando o lixo não é administrado da forma correta, o destino

são os rios (Figura 2), pois, sem controle, os resíduos acabam chegando aos leitos.

Pereira Neto (1989) afirma que o equacionamento do lixo urbano no nosso país, na

maioria dos casos, restringe-se apenas á coleta, seguida da destinação final a céu

aberto “gerando as lixeiras, lixões ou monturos de lixo, que se constituem no hábitat

propício de vetores biológicos (moscas, mosquitos, baratas, roedores, etc.)

responsáveis pela transmissão de doenças infecciosas, como febre tifóide, salmonelas,

amebíase, malária, dengue, cólera, leptospirose, etc., além de contribuir sobremaneira

com a poluição do solo, do ar e das águas”.

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Figura 2 - Lixo contaminando o rio. Fonte: COSTA, 2014.

2. Geração de lixo

Os geradores de resíduos sólidos são pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou

privado, que geram resíduos sólidos por meio de suas atividades, nelas incluído o

consumo (BRASIL, 2010); Gerenciamento de resíduos sólidos (Figura 3): conjunto de

ações exercidas, direta ou indiretamente, nas etapas de coleta, transporte,

transbordo, tratamento e destinação final ambientalmente adequada dos resíduos

sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos, de acordo com plano

municipal de gestão integrada de resíduos sólidos ou com plano de gerenciamento de

resíduos sólidos; Gestão integrada de resíduos sólidos (Figura 4): conjunto de ações

voltadas para a busca de soluções para os resíduos sólidos, de forma a considerar as

dimensões política, econômica, ambiental, cultural e social, com controle social e sob a

premissa do desenvolvimento sustentável.

Figura 3 – Gerenciamento de resíduos sólidos (COSTA, 2014).

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Figura 4 – Gestão integrada de resíduos sólidos (COSTA, 2014).

3. Política Nacional de Resíduos Sólidos (BRASIL, 2012)

Essa política procura organizar a forma como o país trata o lixo, incentivando a

reciclagem e a sustentabilidade. Com a aprovação da política, foi elaborado o Plano

Nacional de Resíduos Sólidos, cujo texto passou por um processo de consulta pública.

São três os principais pontos da política:

- fechamento de lixões até 2014: até 2014 não devem mais existir lixões a céu

aberto no Brasil.

- só rejeitos poderão ser encaminhados aos aterros sanitários: Os rejeitos são

aquela parte do lixo que não tem como ser reciclado.

Elaboração de planos de resíduos sólidos nos municípios: os planos municipais serão

elaborados para ajudar prefeitos e cidadãos a descartar de forma correta o lixo.

4. Tratamento de resíduos sólidos

A crescente urbanização e industrialização das sociedades modernas têm originado uma

produção exponencial de resíduos sólidos, problema que urge encarar com frontalidade

no sentido de encontrarem as melhores soluções técnicas para o minimizar (RUSSO,

2003). Neste caso seria de grande valia estratégias em que fosse eficaz a adoção de

sistemas integrados, como:

• Redução e Reutilização de resíduos;

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• Reciclagem;

• Compostagem;

• Incineração energética;

• Aterro energético;

•Aterro de rejeitos.

• Programas de Educação Ambiental

• Programas de Participação Comunitária.

Essas estratégias de adoção de sistemas integrados são muito importantes quando o

principal objetivo é proporcionar o descarte de cada tipo de resíduos em seu

respectivo lugar apropriado, e sempre de acordo com a característica de cada tipo

deste, ou seja, garrafas pets e lixos orgânicos têm características diferentes

consequentemente necessitam de sistemas integrados diferentes.

A coleta seletiva, assim como a reciclagem é um método muito importante para o meio

ambiente, o qual procura recolher materiais recicláveis, proporcionando organização e a

reutilização do mesmo.

A coleta seletiva funciona, também, como um processo de educação ambiental na

medida em que sensibiliza a comunidade sobre os problemas do desperdício de recursos

naturais e da poluição causada pelo lixo.

5. Alternativas para redução de resíduos

Controle social: conjunto de mecanismos e procedimentos que garantam à sociedade

informações e participação nos processos de formulação, implantação e avaliação das

políticas públicas relacionadas aos resíduos sólidos;

Algumas ações podem ser realizadas para a redução da disposição final dos resíduos

sólidos, como construção de galpões para separação de materiais ; apoio a Programas de

Coleta Seletiva, como caminhões para a coleta.

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As Figuras 5 e 6 apresentam a construção de centros de reciclagem e aterros

sanitários, que se apresentam como alternativas viáveis para estimular a coleta seletiva

e reforçar a atividade dos catadores.

Figura 5 – Construção de Centros de Reciclagem. Figura 6 – Construção de Aterros Sanitários.

As Figuras 7 e 8 apresentam a coleta seletiva e as triagens de reciclados como

atitudes para reduzir a disposição inadequada dos resíduos sólidos e rejeitos em geral.

Figura 7 – Coleta Seletiva. Figura 8 – Triagens de

reciclados.

Auxílio a associações de catadores e pontos de entrega voluntária se apresenta como

atividades sociais em desenvolvimento voltadas à preocupação com o meio ambiente

(Figuras 9 e 10).

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Figura 9 – Associações de

catadores.

Figura 10 – Pontos de Entrega

Voluntária.

Para a destinação final dos resíduos orgânicos podemos observar a compostagem, que é

a transformação das cascas de vegetais, restos alimentares e outros que não são

recicláveis, como forma de reaproveitamento da forma de adubo (Figura 11). Assim

como a transferência de conhecimento para auxiliar a coleta seletiva (Figura 12).

Figura 11 – Compostagem. Figura 12 – Transferência de

recursos.

6. Reaproveitamento do lixo

A situação do lixo no Brasil é crítica pois a maioria do lixo é descartada

incorretamente. A cada 4 sacos de lixo em São Paulo, 1 vai para locais impróprios, tais

como lixões a céu aberto ou aterros precários que além de contaminar o ambiente,

apresentam riscos para a saúde da população (SILVA E GROTTI, 2014). A ABRELPE

(Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais) afirma

que 11.800 toneladas de resíduos por dia não recebem o tratamento adequado. O

destino final dado ao lixo nas cidades brasileiras apresenta um quadro preocupante:

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segundo o Ministério do Meio Ambiente, das 150 mil toneladas de lixo produzidas

diariamente no Brasil, apenas 13% são destinadas aos aterros sanitários.

Na tentativa de reverter situações como essa e regulamentar o problema do lixo,

existe um projeto de lei chamado Plano Nacional de Resíduos Sólidos. Um dos

princípios desse Plano é que o lixo seja responsabilidade do poder público, dos

consumidores e dos produtores, em todas as fases do ciclo de vida do produto. Essa

lei também pretende garantir incentivos à indústria da reciclagem e educar a

população no sentido de reduzir o lixo e tratá-lo adequadamente.

Foram feitas quatro propostas: incineradores, compostagem, aterro sanitário e plasma

térmico, com finalidade de geração de energia através do lixo urbano.

6.1. Incinerador – geração de energia;

É a destruição térmica de materiais em alta temperatura por um determinado

tempo,na qual o peso e o volume do lixo são reduzidos (Figura 13). Além disso, a

periculosidade e patogenicidade do material também são diminuídas, o que explica

seu uso para o descarte de materiais hospitalares, por exemplo. Os subprodutos são

cinzas, por vezes tóxicas, que necessitam de disposição específica de acordo com o

grau de periculosidade, e energia, que pode ser transformada em eletricidade.

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6.2. Compostagem – adubo.

A compostagem é um processo de decomposição aeróbia controlada de lixo orgânico

por microorganismos. As usinas de compostagem geram como subproduto do

processo o composto de lixo urbano (CLU), que pode ser aplicado para correção do

pH do solo e adubo.

6.3. Aterros Sanitários (SILVA E GROTTI, 2014).

Consiste na deposição de lixo em uma área impermeabilizada e preparada para a

eliminação dos gases expelidos no processo de decomposição (Figura 14).

Atualmente, os aterros têm lona ou argila de proteção, captação de chorume para

tratamento, geração de energia pelo biogás. O vazamento pode ocorrer mesmo com as

impermeabilizações de argila, como mostrado por Henken-Mellies e Gartung (2004).

No Brasil, mesmo com geotêxtil (manta impermeável), é possível que ocorram

vazamentos e infiltrações. Segundo os estudos de Erickson et al (2002) é o método de

disposição final de resíduos que mais elimina CO2.

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6.4. Plasma Térmico

Um equipamento elétrico chamado tocha de plasma provê calor extremamente alto

para que seja feito o tratamento do lixo (Figura 15). Nesse equipamento, um gás passa

por um arco elétrico de altíssima temperatura (1.700 a 10.000 ºC) e dessa forma

permite que o tempo de transformação do lixo seja inferior a 1 segundo. O material a

ser processado na tocha de plasma pode estar sob a forma de um produto uniforme

picado ou produto densificado (briquete).

Diante dos quatro tipos de reaproveitamento do lixo, o mais importante, porém, é

considerar que cada um deles é mais adequado a determinados tipos de lixo, e dessa

forma, não existe um processo melhor que os outros: a combinação de todos é que

permite o tratamento do lixo da melhor forma, inclusive com maior aproveitamento

energético. Não se pode esquecer que esses processos só devem ser colocados em

prática após reutilizar e reciclar a maior quantidade de lixo possível.

7. Vantagens/desvantagens e argumentos para geração de energia

Foi feito um levantamento das vantagens e desvantagens, bem como argumentos a

favor e contrários ao uso de incineradores (Quadros 1 e 2), compostagem (Quadros 3

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e 4), aterros sanitários (Quadros 5 e 6) e plasma térmico (Quadros 7 e 8), na geração

de energia apresentados a seguir.

Quadro 1 - Vantagens e desvantagens ao uso de incineradores.

Fonte: SILVA E GROTTI (2014).

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Quadro 2 - Argumentos contrários e a favor ao uso de incineradores.

Fonte: SILVA E GROTTI (2014).

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Quadro 3 - Vantagens e desvantagens ao uso da compostagem.

Fonte: SILVA E GROTTI (2014).

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Quadro 4 - Argumentos contrários e a favor ao uso da compostagem.

Fonte: SILVA E GROTTI (2014).

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Quadro 5 – Vantagens e desvantagens ao uso de aterros sanitários.

Fonte: SILVA E GROTTI (2014).

Quadro 6 – Argumentos contrários e a favor ao uso de aterros sanitários.

Fonte: SILVA E GROTTI (2014).

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Quadro 7 - Vantagens e desvantagens ao uso de plasma térmico.

Fonte: SILVA E GROTTI (2014).

Quadro 8 - Argumentos contrários e a favor ao uso de plasma térmico.

Fonte: SILVA E GROTTI (2014).

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8. Exemplo prático- “Projeto Boca do Lixo”

O projeto Boca do Lixo é um grupo atuante no Brasil que existe desde 2007, o

qual busca incentivar a educação ambiental de uma maneira mais socializável,

proporcionando atividades criativas e atrativas, resgatando as culturas tradicionais.

São organizadas atividades desenvolvidas em redes municipais de educação.

Nelas se encontram palestras, shows com palhaços e personagens do próprio projeto e

espetáculos culturais assim como oficinas e brinquedos populares, tudo com o objetivo

de aprender educando a grande ideia do aproveitamento do lixo. As Figuras 16 e 17

foram tiradas do site do projeto Boca do lixo: http://www.projetobocadolixo.org/.

Figura 16 - Turnês pelo interior de Goiás

e Brasil.

Figura 17 – Espetáculo do projeto.

Olhando bem a fundo do projeto, veremos que a todo lugar do país existe uma

mobilização com seu grande trabalho, onde estão a todo momento querendo expor à

sociedade a importância da Educação Ambiental, assim como da reutilização, e do

aproveitamento do lixo, isso é o mais importante. No entanto, o projeto baseia-se em

oficinas para fortalecer essa ideia, como:

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Músicas: Iniciando a percussão e construção de instrumentos não

convencionais e formação de blocos musicais.

Brinquedos populares: Confecção coletiva de berra-boi, bilboquê, traca-

traca, currupio e mané-gostoso.

Reutilizando o lixo doméstico: Confecção coletiva de puffs, carrinhos,

helicópteros, vai-vem, porta treco e carteiras.

Cinema: Exibições de vídeos ambientais, seguidas de rodas de conversas para

discussão e debates.

Palestras show: São trabalhadas de acordo com a demanda do solicitante e

aborda os assuntos ambientais solicitados com intervenções artísticas.

Consultorias: Prestação de serviços em produção de eventos, feiras,

seminários, atividades culturais e projetos socioambientais.

O Grupo Cultural do Projeto Boca do Lixo trabalha como ferramenta na produção

dos espetáculos o Circo, a Música, o Teatro e os Bonecos, tendo como pano de fundo

em suas concepções a sustentabilidade. Os espetáculos proporcionam uma viagem pela

cultura tradicional brasileira.

A viola caipira, a percussão não convencional (confeccionados por meio da

reutilização do lixo), os bonecos, brinquedos populares, danças folclóricas

e poesias são elementos utilizados para abordar temas relevantes.

O espetáculo CERRADO DAS ANTAS - Circo e Sustentabilidade consiste em uma

apresentação que abarca a musica, o teatro e o circo. Na figura 18, mostra que o

objetivo é disseminar a cultura socioambiental de forma diferente através deste

espetáculo, de forma criativa e ecológica a fim de provar que o lixo é matéria-prima e

mostrando as pessoas que a arte é algo nato do ser humano, cabendo a todos

descobri-la e utilizá-la.

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Figura 18: espetáculo do grupo de desenvolvimento sustentável boca do lixo.

Na figura 18, vê-se que as roupas dos integrantes, assim como seus instrumentos

musicais são todos feitos de materiais oriundos da reutilização de resíduos, que

promovem a identidade visual da produção.

Na figura 19, contém mais um espetáculo, tudo com o intuito de globalizar o excelente

trabalho que os integrantes do Projeto Boca do Lixo mostram à sociedade brasileira.

Figura 19: espetáculo Cerrado Sustentável. Fonte: http://www.projetobocadolixo.org

O espetáculo é tecido na linguagem cênica e lúdica do Circo, no entanto a denominação

de Cerrado e Sustentabilidade se fez presente neste trabalho em função da

preocupação com os problemas ambientais pelos quais o mundo passa.

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9. Considerações finais

Assim como a redução de produção de lixo deve passar a ser pensada como uma forma

de contribuir para a sustentabilidade do meio ambiente, cada indivíduo deve se sentir

parte deste. Sendo assim, a redução e a reutilização poderão auxiliar a recuperação

do meio ambiente, pois diminuindo os resíduos depositados no solo, este poderá se

recuperar rapidamente.

O pensamento de que todos fazemos parte do meio ambiente auxilia o

desenvolvimento do sujeito ecológico, que passa a motivar a mudança de atitude e cada

um pode contribuir para melhorias no âmbito social.

10. Referências

BRASIL, Lei Federal no 12.305 de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional

de Resíduos Sólidos; altera a Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras

providências. Diário Oficial da União, 3 de agosto de 2010.

BRASIL, Política Nacional de Resíduos Sólidos. 2012. Disponível em:

http://www.saude.rs.gov.br/upload/1346166430_Lei%2012.305_02082010_politica_r

esiduos_solidos.pdf Acesso em: 19-06-14.

COSTA, S. S. Política Nacional de Resíduos Sólidos. 2014. Disponível em:

http://www.mma.gov.br/estruturas/a3p/_arquivos/1__poltica_nacional_de_resduos_

slidos___silvano_silvrio_36.pdf Acesso em: 19-04-14.

PEREIRA NETO, J. T. Compostagem: A Grande Solução ao Equacionamento do Lixo

Doméstico. Brasil, nº 1, 1989, p.5-6. REVISTA ÉPOCA.

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Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro. Prós e Contras da Incineração do Lixo.

Série Estudos, nº 62. Julho de 2002.

Projeto Boca do Lixo. Disponível em: www.projetobocadolixo.org. Acesso em 31-08-

14.

Russo, M. A. T. (2003). Tratamento dos Resíduos Sólidos. Universidade de Coimbra

Faculdade de Ciências e Tecnologia. Departamento de Engenharia Civil.

SILVA, M. S.; GROTTI, T. M. Geração de energia através do lixo. 2014. Disponível

em:

http://www.usp.br/fau/cursos/graduacao/arq_urbanismo/disciplinas/aut0221/Trabal

hos_Finais_2010/Geracao_de_Energia_Atraves_do_Lixo.pdf. Acesso em: 11-09-14.