MANUAL DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA
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VERSÃO 1.0 • AGOSTO/2021
MANUALDE DIVULGAÇÃO
CIENTÍFICA
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MANUAL DE DIVULGAÇÃO CIÊNTÍFICA
APRESENTAÇÃOEm decorrência do rápido desenvolvimento da ciência e pela facilitação das
Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC), no cenário atual, a
Divulgação Científica assumiu um papel relevante nas instituições educacionais.
Para o cientista/pesquisador, é muito importante obter a validação de suas ideias
por meio do reconhecimento de sua competência. Assim, os divulgadores de
ciência assumiram a missão de estabelecer a ponte entre escola e sociedade,
completando as lacunas deixadas pelo ensino formal e ajudando os cidadãos a
entenderem o processo científico e sua influência sobre a sociedade.
Desse modo, a divulgação científica busca levar os conhecimentos científicos e
facilitar a compreensão do público leigo, por meio de linguagem sem jargões e
termos técnicos próprios dos textos científicos. Logo, o conteúdo precisa ser
adaptado de modo que as conexões com assuntos de relevância para o grande
público estejam visíveis, com um cuidado extremo em não distorcer o
conteúdo original ao apresentá-lo com linguagem familiar aos cidadãos.
Nesse cenário, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo
Mineiro (IFTM), por meio de discussões coletivas, procura o aperfeiçoamento da
estratégia de distribuição das publicações e outros materiais que concentram o
conhecimento e as discussões produzidas pela instituição e por seus pares.
Dentre as finalidades, objetiva construir coletivamente formas de maior
reconhecimento, identificação e integração de temas relacionados à
comunicação e informação com as pautas que versem sobre educação,
tecnologias, ciência e trabalho que orientam a produção científica no IFTM.
Nesse sentido, a Diretoria de Comunicação Social e Eventos (DCSE) e as
comissões de Comunicação dos campi do IFTM propõem este Manual de
Divulgação Científica, a fim de orientar as ações de comunicação e informação
socializadas no âmbito do IFTM. Além de refletir sobre a comunicação como
campo estratégico para políticas públicas em termos de produção de
conhecimento nas áreas abrangidas por esta instituição de educação, intentam
atribuir maior grau de institucionalidade às divulgações científicas.
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SUMÁRIOClique no item desejado para ver as informações correspondentes
1 • COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA ................................................................................. 03
2 • DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA E JORNALISMO CIENTÍFICO .......................... 03
3 • DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NO IFTM .................................................................. 04
4 • LINGUAGEM EM DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA .................................................. 05
4.1 • Uma boa pauta – Como saber? ...................................................................................... 06
4.2 • Dicas para redigir matéria científica ............................................................................ 07
4.3 • Dicas para cientistas/pesquisadores ......................................................................... 07
4.4 • Dicas para divulgação científica no IFTM ............................................................... 08
5 • A PESQUISA E A COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA NO IFTM ........................... 09
5.1 • Editora IFTM ................................................................................................................................... 09
5.2 • Periódicos do IFTM ................................................................................................................... 10
5.3 • Livros do IFTM .............................................................................................................................. 10
5.4 • Anais de eventos do IFTM..................................................................................................... 10
6 • OUTROS TRABALHOS CIENTÍFICOS NO IFTM .............................................. 11
7 • EVENTOS CIENTÍFICOS DO IFTM ........................................................................ 13
8 • TIPOS DE PESQUISA ................................................................................................. 14
GLOSSÁRIO ......................................................................................................................... 16
REFERÊNCIAS .................................................................................................................... 17
Entende-se por comunicação científica aquela que incorpora as atividades
de produção, disseminação e uso da informação, a partir da concepção da
ideia para pesquisa pelo cientista até a informação sobre os resultados finais.
Assim, a comunicação científica, por suas características acadêmicas, é
essencial aos pesquisadores, sejam eles ligados a qualquer área do saber.
É a comunicação científica que favorece a necessária visibilidade e possível
credibilidade no meio social em que produção científica e pesquisadores se
inserem. Por meio dela, ocorre a publicização de esforços individuais dos
membros das comunidades científicas, permitindo-lhes trocar e/ou partilhar
informações com seus pares.
Ocorre a validação da pesquisa e dos resultados quando estes são publicados,
visto que tornam-se conhecidos pela sociedade. É também uma forma de
monitorar o que foi produzido e socializado. Para serem conhecidos, os resulta-
dos de uma pesquisa devem ser publicados e amplamente divulgados, pois
seu valor é reconhecido quando há o compartilhamento dos conhecimentos
com a sociedade. Tal comunicação quase sempre fica restrita aos cientistas
diretamente responsáveis pelas pesquisas, abrangendo os contatos mais
informais até o registro em veículos formais.
1 • COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA
03
A princípio divulgação científica e jornalismo científico parecem a mesma coisa,
pois a finalidade de ambos é divulgar o que está sendo feito em relação aos
conhecimentos científicos e democratizar as pesquisas, inovações, conceitos e
2 • DIVULGAÇÃO CIENTÍFICAE JORNALISMO CIENTÍFICO
tecnologias. Assim, o ponto de interseção é a propagação da produção
científica. No entanto, as diferenças entre os dois são sutis, mas existem.
Divulgação científica consiste em mostrar que a ciência faz parte do dia a dia
das pessoas, por meio de uma linguagem que aproxima sociedade e ciência,
com vistas a tornar o conhecimento científico melhor compreendido por
todos. Ela tem o papel de mostrar ao público como a ciência pode ser
interessante e relevante para a sociedade – tem um compromisso com a
própria ciência. Pode-se imaginar a divulgação científica como um grande
guarda-chuva que abriga formas amplas da informação científica.
Essa divulgação pode ocorrer de formas variadas, mas é necessário sempre
ser em parceria com pesquisadores e cientistas para que a informação tenha
conteúdo e credibilidade. As formas mais tradicionais de divulgação
científica são: textos, vídeos, feiras, palestras, peças de teatro, museus,
fascículos, aulas e livros, mas também o conhecimento científico pode ser
disseminado por meio de outras plataformas, como blogs, sites, portais de
conteúdo, mídias sociais, dentre outros.
Tradicionalmente, são os próprios pesquisadores que divulgam os avanços
científicos. Fazer com que as ações científicas tenham maior visibilidade e
sejam mais facilmente assimiladas é uma missão que exige desses
profissionais bom senso, paciência e uma boa estratégia de comunicação.
Assim, muitos jornalistas têm atuado na área a fim de transmitir os
conhecimentos desenvolvidos aos leitores de forma clara e atrativa.
Já Jornalismo Científico refere-se à divulgação da ciência, seguindo os
critérios e o sistema de produção jornalísticos. É a ciência enquanto notícia,
que pode ser divulgada pelos meios de comunicação de massa, mas
também pode ser praticado na produção jornalística para os próprios canais
institucionais, os quais divulgam notícias, a exemplo, o site do IFTM. Com o
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desenvolvimento de pesquisas e novas tecnologias, a ciência conquista um
espaço cada vez maior nos meios midiáticos, portanto, em primeiro lugar, é
jornalismo, sendo seu compromisso maior com o público, a sociedade.
O Jornalismo Científico é uma das técnicas a serviço da Divulgação Científica:
é uma forma de divulgação endereçada ao público leigo, mas que obedece
ao padrão de produção jornalística. O papel desse profissional é “traduzir” as
pesquisas desenvolvidas numa linguagem técnica e acadêmica para uma
linguagem simples, clara e universal, levando fatos e informações corretas,
em linguagem acessível à sociedade. Assim, há uma necessidade
considerável de indivíduos que possam atuar como mediadores entre
cientistas e o público em geral.
Revistas como Super Interessante, Mundo Estranho e Galileu, por exemplo, fazem
Divulgação Científica por meio do o Jornalismo Científico, uma vez que transformam
pesquisas acadêmicas em matérias jornalísticas, traduzindo-as para uma
linguagem acessível. O famoso livro Sapiens é outro exemplo de Divulgação
Científica, mas sob a forma de livro, já que recorre ao conhecimento científico para
criar um livro com linguagem simplificada sobre a história da humanidade.
Assim, a ciência deve ser tratada como notícia pelo jornalismo científico, ou
seja, como um fato social relevante que merece espaço na mídia. Esse
tratamento deve ser dado especialmente por suas relações políticas,
econômicas, cotidianas e com a sociedade. O jornalista não tem apenas o
objetivo de divulgar ou de “tornar conhecido” um assunto, e sim de analisá-lo
dentro de um contexto, fazer contrapontos e acompanhar os desdobramentos
que ele pode trazer para a sociedade.
Nesse caminho, como a ciência não é um campo estático e novos
conhecimentos são gerados diariamente, o IFTM, em suas atribuições como
instituto de educação, ciência e tecnologia, é campo fértil.
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Os Institutos Federais oferecem uma opção de ensino voltado de maneira mais
direta para a qualificação dos indivíduos em tecnologia e inovação, sem,
contudo, negligenciar a ciência. Dentre os objetivos dispostos na Lei nº 11.892,
de 29 de dezembro de 2008 que os criou, destaca-se que os professores
vinculados à instituição educacional assumem responsabilidades com ensino,
pesquisa e extensão. Além de obterem promoções, concessão de bolsas e
auxílios, também são expostos a avaliações que levam em consideração seu
desempenho nessas atividades.
Nesse sentido, comunicar o que foi produzido faz parte do desenvolvimento da
ciência, da tecnologia e da inovação; logo, as atividades de pesquisa e de projetos
devem ser divulgadas. No IFTM, a circulação dos conhecimentos científicos ocorre,
principalmente, por meio de notícias no site institucional e imprensas locais, publi-
cação e edição de materiais como livros, vídeos, periódicos, mídias sociais,
consolidando a instituição como geradora de conhecimentos e informações.
Muitas notícias de ciência no IFTM estão ali, esperando para serem identifi-
cadas e transformadas numa reportagem. Entretanto, ainda é preciso
estreitar as relações entre a comunidade acadêmica e a comunicação
institucional. É uma área de atuação em expansão na instituição e, embora
o número de jornalistas seja insuficiente no âmbito do IFTM, há uma equipe
altamente qualificada nos setores de comunicação em cada campus, cheia
de vontade e que tem produzido grande quantidade de matérias jornalísti-
cas nos meios disponíveis na instituição.
Cabe ressaltar que, para fazer divulgação científica e jornalismo científico no
IFTM e garantir que essa comunicação esteja finalizada para publicação e
3 • DIVULGAÇÃO CIENTÍFICANO IFTM
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distribuição, é necessário estabelecer as rotinas em um planejamento ou
plano mínimo, o que, evidentemente, envolve diferentes segmentos e atores
institucionais. Cada profissional ou equipe, seja na gestão, na comunicação
ou na pesquisa, possui um papel importante no ciclo da divulgação da
ciência. Com a finalidade de se efetivar esse trabalho, da pré-produção até a
distribuição das informações, do produto ou da comunicação, é preciso que
o papel de cada um dos envolvidos esteja claro: pesquisadores, gestores,
jornalistas e comunicadores. É um papel de todos, inclusive da gestão
institucional, divulgar a ciência.
As formas de divulgação mais utilizadas, até por terem um esquema de
produção mais ágil, são as notícias. O profissional que atua com redação de
textos jornalísticos no IFTM está apto a produzir esses textos, a partir de
contato com os pesquisadores, e traduzir as pesquisas para a linguagem
adequada. Esse canal atinge tanto o público interno, quanto externo. Outra
estratégia também bastante utilizada é tentar despertar o interesse da
imprensa para a divulgação de temas de caráter científico, por meio do press
release, ferramenta utilizada para sugerir uma pauta para um ou mais veículos
jornalísticos. Trata-se de um texto, formatado na linguagem jornalística, que
sugere como pauta para a imprensa um assunto que o assessor de imprensa
considera relevante para se tornar uma reportagem. Assessorias de imprensa
normalmente enviam press releases diariamente para uma lista de veículos.
Entretanto, se não houver um assessor de imprensa disponível na sua
unidade para fazer isso, é possível ao próprio professor-pesquisador ou
alguém responsável pela área de comunicação adaptar-se à “fórmula” deste
tipo de comunicação, para enviá-la a jornalistas.
No contato com a imprensa, a divulgação deve sempre ser mediada pelas
comissões de Comunicação dos campi, já que existe um relacionamento
constante com a imprensa nessas comissões e o modus operandi de contato
05
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já está consolidado. Outras peças de divulgação, como livros e podcasts,
podem ser desenvolvidas pelos próprios pesquisadores, mas recomenda-se
que seja em conjunto também com a Diretoria de Comunicação Social e
Eventos (DCSE), para que tais produtos sejam destacados nos canais institu-
cionais de comunicação do IFTM.
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Mais informações
Para saber mais sobre Press Release, consulte o Manual de Produção de
Conteúdo e Assessoria de Imprensa do IFTM.
Cabe ressaltar que o jornalista ou o redator de notícias científicas no IFTM é
um agente social, um intérprete que ressignifica o conhecimento científico a
ser abordado. E os setores de comunicação no IFTM tentam desenvolver
ações e divulgações que tenham continuidade, mantêm os canais abertos
para que as pessoas se inscrevam e façam o envio de informações, estabele-
cem parcerias, dentre outras. A produção científica desta instituição de
ensino é muito rica e traz diversas experiências!
A linguagem utilizada na divulgação científica deve buscar uma aproximação
do tema com a realidade do público a que se destina, uma vez que visa a
interagir os espaços de ciências e sociedade de forma geral. A informação
precisa se integrar ao cotidiano das pessoas e fazer sentido para elas. É
necessário que o assunto seja tratado como notícia e as características de
linguagem assemelhem-se a um texto jornalístico.
4 • LINGUAGEM EMDIVULGAÇÃO CIENTÍFICA
06
Ÿ A linguagem de um texto de divulgação científica é diferente da
linguagem de um artigo científico.
Ÿ A atenção do leitor deve ser atraída no primeiro parágrafo, logo comece
com uma imagem de impacto.
Ÿ Usar sempre linguagem simples, direta e concisa.
Ÿ As analogias são essenciais para aproximar os conceitos científicos de
fenômenos do dia a dia do leitor.
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Inteligência Artificial da Universidade do Reino Unido, publicou um artigo
sobre nanorrobôs no ‘Journal of Robotics’ (vol. 20, n. 456, p. 457)[...]’’ em vez
de “Segundo Olmi (J. of Rob. 1998)[...]’’.
Ÿ Não usar nem rodapés nem agradecimentos. Evitar também citações
bibliográficas e, se for necessário citar algum texto, procure usar algo
como “[...] publicado na revista norte-americana ‘Science’ (vol. 43, n. 6.543,
1992, p. 53).’’
Ÿ Parágrafos curtos são preferíveis a longos por oferecerem uma pausa
para o leitor pensar sobre o que leu.
Ÿ Enviar imagens, ilustrações ou fotos com boa resolução ou indicar onde
podem ser encontradas. Importante dar os créditos ao autor da foto, citar a
fonte sempre nas legendas. Não utilizar fotos de terceiros sem a devida
autorização. Em fotos meramente ilustrativas, buscar opções em bancos
de imagem gratuitos.
Ÿ Se possível, incluir outro ponto de vista sobre o tema, visto que não são
assuntos finalizados.
Exemplo
A quantidade de água abordada neste ponto da pesquisa seria suficiente para
encher três piscinas olímpicas.
Ÿ Precisão nas informações e divulgação de resultados, deve-se, pois,
evitar especulações.
Ÿ Incluir os significados de termos utilizados. Jargões, fórmulas e equações
devem ser explicadas da forma mais simples possível.
Ÿ Se for necessário descrever algo que é muito complicado ou técnico, uma
opção é utilizar um boxe ou texto à parte.
Ÿ O leitor pode se divertir ao ler o texto, mas, se utilizar construções
humorísticas, use-as com parcimônia.
Ÿ As siglas devem vir sempre por extenso em sua primeira aparição no texto.
Mais informações
Para saber mais sobre siglas, consulte o Manual de Redação e Estilo do IFTM.
Ÿ Prefira ‘‘o físico dinamarquês Niels Bohr (1885-1962)’’ em vez de “Bohr’’.
Empregue “em 1998, o físico britânico Joe Olmi, do Departamento de
4.1 • Uma boa pauta – Como saber?
A elaboração da pauta é uma constante construção e renovação de repertóri-
os, contextualizando fenômenos e desenvolvendo conexões. Assim, a pauta
para a divulgação científica deve partir de um planejamento da informação,
uma vez que ela é uma preparação para narrativas. Logo, o comunicador deve
buscar conhecer a temática que pretende trabalhar, levantando os dados e
escolher a abordagem a ser dada à informação.
Com o advento da internet, as notícias e reportagens têm adquirido um
caráter mais sintético, porém é preciso cuidar da qualidade, permitir ao público
informações polissêmicas, com várias vozes e angulações diferentes, mas
confiáveis e pertinentes. Para tanto, usando de vários recursos linguísticos para
explicar a seu público os dados que vão além do fenômeno em si, o divulgador
irá contextualizar, fazer conexões, utilizar metáforas, criar pontes.
No IFTM, as pautas devem abordar temas/pesquisas interessantes de seu
campus e para a comunidade na qual está inserido: um artigo publicado por
um professor sobre temática relevante; utilizar o conhecimento de algum
docente-pesquisador e valorizar as próprias fontes; algum projeto
desenvolvido por docentes, técnicos-administrativos e alunos; eventos
culturais e científicos; temas com possibilidades de desenvolvimento a
médio e longo prazos. Enfim, informações baseadas em assuntos que
podem interferir no cotidiano dos leitores e em informações curiosas, que
atraiam audiência dos públicos do IFTM pela originalidade.
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ativa, usar linguagem simples, evitar (ou explicar) termos técnicos e siglas
são algumas regras. É importante apresentar os resultados e as conclusões,
mas também o histórico, metodologia, informações institucionais etc.
Ÿ Perguntas norteadoras: Quem (está envolvido ou fez a pesquisa)? O quê (é
novo ou relevante)? Por quê (é novo ou relevante)? Onde (foi feita a pesquisa
ou será publicada)? Quando (será publicada ou haverá algum evento
importante relacionado)? Quem o jornalista/redator deve entrevistar a
respeito, além do pesquisador? (fornecer os contatos completos e de
outras possíveis fontes, quando houver).
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Mais informações
Para saber mais sobre assessoria de imprensa em pautas de divulgação
científica, consulte o Manual de Produção de Conteúdo e Assessoria de
Imprensa do IFTM.
É preciso destacar que não existe um caminho definido para o jornalismo
científico, mas, a seguir, há algumas dicas para auxiliá-lo.
Ÿ A fórmula para um bom redator de ciência é 80% um bom jornalismo mais 20%
de atitude para aprender e comunicar ciência – requer que o jornalista saiba um
pouco mais do assunto para poder explicar de uma maneira convincente.
Ÿ Ter um apetite insaciável pela leitura, memória parecida com a de arquivo e
uma curiosidade infantil sobre o mundo que o cerca e como ele funciona.
Ÿ Ser um entusiasta dos textos de ciência e possuir a capacidade de redigir
reportagens de ciência de uma maneira que o público geral consiga entender.
Ÿ Oferecer uma cobertura de qualidade, com papel ativo no desenvolvi-
mento da ciência na sociedade.
Ÿ Apresentar as coisas mais interessantes no início do texto, escrever na voz
4.2 • Dicas para redigir matéria científica
Mais informações
Para saber mais sobre como redigir uma notícia ou reportagem científica,
consulte o Manual de Produção de Conteúdo e Assessoria de Imprensa do IFTM.
A relação entre o pesquisador e o divulgador da ciência nem sempre é livre de
percalços. Os pesquisadores se debruçam nos seus estudos de forma muito
aprofundada e, como as peças de divulgação científica tendem a sumarizar a
pesquisa e traduzi-la para uma linguagem mais acessível, pode haver certa
resistência. É preciso saber, contudo, que essa forma de divulgação visa justa-
mente levar a produção científica ao público não-acadêmico e, assim, algumas
posturas do pesquisador podem contribuir para esse processo.
Ÿ Responder às perguntas de maneira clara e pausadamente e, quando
possível, fazer comparações didáticas usando exemplos do cotidiano.
Ÿ Colocar em evidência os resultados do trabalho. Ao explicar “como” aquilo
foi alcançado, continuar se orientando pelos valores da simplicidade e
objetividade. E ter à mão materiais ilustrativos didáticos.
Ÿ Sobretudo em entrevistas para a imprensa ou canais externos do IFTM, o
4.3 • Dicas para cientistas/pesquisadores
pesquisador deve procurar citar, sempre que possível, o nome da instituição
nas respostas, principalmente em gravações ou entrevistas ao vivo de rádio
e TV. Isso garante que o crédito institucional do trabalho seja dado ao IFTM.
Ÿ Se notar que alguma informação relevante não foi questionada pelo
repórter, dar um jeito de mencionar o assunto na entrevista. O entrevistado
pode, por exemplo, inseri-lo ao terminar de responder uma outra pergunta
dizendo: “Também é importante dizer que[…]”.
Ÿ Se for uma pesquisa aplicada, certificar-se de não estar fornecendo
informações que, se divulgadas na mídia, inviabilizarão um eventual
pedido de patente para aquela ideia ou produto. Isso não impede o
entrevistado de falar sobre seu trabalho – é preciso apenas estudar quais
pontos podem ser abordados.
Ÿ É absolutamente normal que um tema denso e que rendeu uma extensa
conversa seja tratado em poucas linhas ou segundos. Espaço vale muito,
seja em linhas ou em tempo de áudio/vídeo. E, afinal, é isso que o
consumidor de notícias espera do jornalista: que resuma os pontos mais
importantes.
Ÿ Enviar material de referência, imagens dos laboratórios, da equipe, do
protótipo, do trabalho de campo, da pesquisa em si acontecendo.
Ÿ Não há problema em perguntar ao jornalista se existe previsão da publica-
ção da reportagem. Entretanto, muitas vezes essa previsão poderá não
ser cumprida.
Ÿ Evitar fazer críticas improdutivas a outros jornalistas ou mesmo à mídia em
geral. Procurar extrair o que há de bom na relação com a mídia e colocá-la
a favor do seu trabalho, da instituição de que faz parte e, principalmente,
do público que será atingido.
Ÿ Ao final, dar ao jornalista seu cartão para ter certeza de que ele pegou o
seu nome, instituição e departamento corretamente. Se não tiver um
disponível, ou se estiver ao telefone, soletrar seu nome, dizendo também
sua profissão e função e/ou cargo.
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Ÿ Mapeie todos os grupos de pesquisa e canais de divulgação no seu
campus, no intuito de acompanhar a produção científica e avaliar
possíveis pautas interessantes.
Ÿ Esteja sempre atento(a) à participação de estudantes em eventos
acadêmicos nos quais eles apresentam suas pesquisas.
Ÿ No IFTM, valorizamos o protagonismo dos nossos estudantes, portanto, a
divulgação de artigos e pesquisas científicas produzidas por estudantes e
seus professores pode render pautas de divulgação científica. É
importante não só para mostrar o desenvolvimento da produção
científica, como para demonstrar para o público interno e externo que a
pesquisa acadêmica é parte do IFTM desde o ensino médio.
Ÿ Elabore pautas especiais: você pode reunir pesquisas com temáticas
semelhantes e fazer uma matéria sobre o tema.
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4.4 • Dicas para divulgação científica noIFTM
Observação
A construção de uma matéria científica é um trabalho conjunto de repórter e
entrevistado. Portanto, é preciso ter em mente que uma matéria jornalística tem
um formato próprio, muito diferente de um texto acadêmico. Logo, inviabiliza
inclusão de citações, referências, listagem por extenso do nome de todos os
profissionais envolvidos num determinado projeto, agradecimentos aos
financiadores, entre outras coisas.
Exemplo
IFTM Campus Uberlândia se destaca com pesquisas sobre preservação ambiental
Ÿ Via de regra, não são publicadas nas mídias institucionais pesquisas
desenvolvidas apenas por professores, sem ligação com o IFTM. Exceções
são avaliadas caso a caso, se a pauta tiver valor notícia para o Instituto.
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O IFTM, por meio da Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação
(PROPI) e da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (PROEXT), formula, estimula,
fomenta e acompanha as atividades de pesquisa, envolvendo docentes,
técnicos administrativos e discentes, visando à produção técnica, científica,
tecnológica e inovadora, com ênfase no atendimento às demandas regionais,
observando-se aspectos técnicos, políticos, sociais, ambientais e econômicos,
além de incluir as parcerias com empresas e outras instituições.
Fortalecendo um dos eixos basilares desta instituição de ensino – a pesqui-
sa, que é concebida como fonte inesgotável de desenvolvimento científi-
co, tecnológico e social –, o IFTM tem suas conquistas divulgadas aos seus
públicos internos e externos. A Editora IFTM responsabiliza-se por editar,
coeditar e divulgar trabalhos julgados de interesse das atividades de
ensino, pesquisa e extensão, nos diversos campos do conhecimento.
Também atua na publicação de livros e periódicos dos resultados de
pesquisas e das atividades de extensão realizadas pela instituição, numa
interação com a sociedade.
Visando garantir a qualidade do conteúdo científico veiculado e assegurar que
ele corresponda ao pensamento da comunidade científica da área, os textos
submetidos à publicação na Editora IFTM passam por três etapas: análise
preliminar do conteúdo da publicação; elaboração de um parecer por especia-
listas no assunto; e, após, avaliação da publicação pelo Conselho Editorial.
Ressalta-se que, para o processo de submissão e avaliação de trabalhos, os
periódicos e livros do IFTM utilizam o sistema Open Journal Systems/Sistema
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Mais informações
Para saber mais sobre valores-notícia, consulte o Manual de Produção de
Conteúdo e Assessoria de Imprensa do IFTM.
Ÿ Fique atento a temas relevantes no âmbito local, regional ou nacional e
prepare pautas especiais utilizando as fontes do Instituto.
5 • PESQUISA E COMUNICAÇÃOCIENTÍFICA NO IFTM
Ÿ Atenção para os editais de pesquisa publicados nos campi e Reitoria – se
seu campus tiver projetos aprovados, tente acompanhar o desenvolvi-
mento e produzir material para divulgação dos resultados ou momentos
relevantes dos estudos.
Ÿ Outras mídias: a divulgação científica não acontece apenas por meio do
jornalismo. É possível criar podcast, livro, revista, entre outros produtos. Essas
iniciativas demandam mais tempo e cuidado, mas podem ser desenvolvi-
das em parceria com servidores e alunos em forma de projetos especiais.
Ÿ Tente manter periodicidade na publicação de temas sobre divulgação
científica. É interessante que o tema seja recorrente, pois divulgar a produção
científica é um dos compromissos do IFTM.
Exemplo
Se houver divulgação dos resultados do Ideb e houver um professor
especialista no IFTM, podemos divulgar, citar a pesquisa e entrevistá-lo como
especialista sobre o tema.
5.1 • Editora IFTM
Eletrônico de Editoração de Revistas (OJS/SEER), software livre projetado
para edição de revistas de livre acesso, disponível no site da instituição.
5.2 • Periódicos do IFTM
Periódicos científicos são publicações seriadas, editadas em fascículos, com
designação cronológica ou numérica, publicadas em intervalos pré-fixados.
Podem incluir revistas, boletins, anuários ou outros formatos.
A seguir, os principais periódicos publicados pelo IFTM.
Revista Inova Ciência & Tecnologia
Tem por missão divulgar o conhecimento produzido pela comunidade científi-
ca das áreas de Ciências Agrárias, Ciências Exatas e da Terra e Ciências
Humanas. A revista objetiva publicar artigos originais e inéditos, elaborados em
Português e Inglês, nas áreas de Agronomia, Zootecnia, Ciência e Tecnologia
de Alimentos, Ciência da Computação e Educação. São aceitos para publica-
ção os trabalhos em formatos de artigos ou notas científicas/técnicas e
revisões de literatura sobre tema específico e a convite do editor.
Boletim Técnico IFTM
É um periódico na forma eletrônica, de divulgação de trabalhos técnicos
originais e inéditos, elaborados em Português. O Boletim objetiva publicar
trabalhos técnicos das áreas de Agronomia, Zootecnia, Ciência e Tecnologia
de Alimentos, Ciências Ambientais aplicadas, Ciência da Computação e
Educação, a fim de divulgar o conhecimento produzido pela comunidade geral.
5.3 • Livros do IFTM
O IFTM realiza anualmente editais do Programa Institucional de Incentivo à
Publicação de Livros, por meio da Pró-Reitoria de Ensino (PROEN) e da Pró-
Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação (PROPI). Esse recurso
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apoia os servidores e alunos interessados em publicar os resultados de
pesquisas científicas e tecnológicas voltadas para a realidade da educação
profissional, científica e tecnológica. Além de publicados em edição
impressa, esses materiais são também disponibilizados em versão digital,
acessíveis por meio do site.
A seguir, as principais coleções de livros publicadas pelo IFTM.
Relatos de Experiências dos Projetos de Extensão do IFTM
Desenvolvido pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (PROEXT) para divulgar
os projetos de extensão desenvolvidos por servidores e estudantes do IFTM.
Processos e Práticas de Ensino no IFTM
É uma publicação anual e aborda uma determinada temática a cada
edição. Visa a socialização de atividades de ensino e de sua gestão, desen-
volvidas exclusivamente pela comunidade acadêmica do IFTM, cujo
enfoque esteja alinhado com a melhoria da qualidade da educação
profissional e tecnológica, a inovação didático-pedagógica, assim como
novos processos e modelos de gestão acadêmica, a inclusão e a perma-
nência e o êxito dos estudantes. O objetivo é publicar, de forma física e
virtual, os processos e as práticas de ensino desenvolvidas no IFTM,
enquanto política institucional, do instituto ou dos campi, seguindo o
princípio de que disponibilizar o conhecimento científico ao público
proporciona maior democratização do conhecimento.
5.4 • Anais de eventos do IFTM
Anais são uma coleção de trabalhos científicos produzidos por pesquisadores
diferentes e com assuntos que normalmente não possuem continuidade entre
si, publicados em determinado evento científico. Podem incluir resumos,
artigos, pôsteres ou outros formatos, de acordo com o tipo de evento.
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A seguir, as principais coletâneas de anais de eventos realizados pelo IFTM.
Anais do Seminário de Iniciação Científica e Inovação Tecnológica (SIN)
Reúne trabalhos de iniciação científica e inovação tecnológica desenvolvi-
dos no âmbito dos diversos campi do IFTM, incluindo pesquisas com apoio
de agências de fomento e programas institucionais de bolsas de iniciação
científica e tecnológica, além de trabalhos desenvolvidos por meio de
iniciação científica voluntária.
Anais do Seminário de Pesquisa e Inovação Tecnológica (SEPIT)
É uma das ações propostas pela Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação e
Inovação (PROPI) do IFTM, cujo objetivo é oportunizar a divulgação e a
socialização dos resultados de projetos e programas de pesquisa das áreas
de ciências humanas e sociais, ciências agrárias e de ciências exatas e da
terra. As inscrições são abertas a estudantes e professores do IFTM e de
outras Instituições de Ensino Superior.
Anais do Simpósio de Pós-Graduação (SIMPÓS)
É resultado de um esforço conjunto dos programas de pós-graduação
lato sensu e stricto sensu, vinculados à Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação
e Inovação (PROPI). Oportuniza a divulgação, socialização e avaliação
dos resultados de pesquisas desenvolvidas pela comunidade acadêmi-
ca do IFTM e comunidade externa. Ainda traz importantes debates acerca
das abordagens e perspectivas epistemológicas da pesquisa na realida-
de brasileira.
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6 • OUTROS TRABALHOSCIENTÍFICOS NO IFTM
dos diversos processos ligados à produção e transmissão de conhecimen-
to executados na instituição, vinculados ao ensino, à pesquisa ou à exten-
são. Nesta seção, são apresentadas as características dos principais tipos
de trabalhos acadêmicos produzidos no IFTM.
Trabalho acadêmico-científico no âmbito do IFTM é resultado de algum
Mais informações
Para saber mais sobre normas específicas para elaboração de trabalhos
científicos no IFTM, consulte a Resolução 50/2014 sobre o Manual de Trabalho
de Conclusão de Curso lato sensu e a Resolução Ad Referendum nº 22/2017
sobre normas de dissertações dos programas de pós-graduação stricto sensu.
Artigo científico ou paper
Texto publicado em revista científica que apresenta conhecimento novo a
partir de base empírica. Baseia-se em evidências, seguindo uma organiza-
ção lógica do pensamento científico. A composição estrutural deste texto
quase sempre é: introdução, materiais e métodos, resultados e discussão.
Por meio da descrição dos materiais e métodos utilizados no experimento,
uma das partes de maior importância, chega-se às conclusões da pesquisa,
facilitando a outros pesquisadores a reprodução e a verificação dos resulta-
dos. Assim, a pesquisa passa a ser reconhecida pela comunidade acadêmica
e valida o conhecimento científico ao torná-lo público.
Artigo de divulgação
É um artigo que divulga fatos e ideias em revistas de divulgação científica, de
acesso ao público leigo (que não pertence ao meio acadêmico). Esse tipo de
artigo pode ser baseado em artigos científicos, mas deve ser apresentado em
linguagem clara e mais compreensível para as pessoas fora das ciências ou
mesmo de áreas científicas mais distantes. É avaliado por um editor e não por
pares. O material de divulgação que assume o papel de atrair investimentos
públicos e privados para a pesquisa, pois as pesquisas se tornam inteligíveis
para que políticos e donos de empresas tenham conhecimento sobre o que
está sendo feito nos laboratórios e analisam os investimentos. Talvez, por isso,
têm crescido o interesse e a conscientização da importância da divulgação
entre os próprios cientistas.
Artigo de revisão
Texto que apresenta um conhecimento novo a partir de estudos disponíveis
na literatura. Não se trata apenas de uma compilação de dados existentes,
mas da utilização de conhecimentos publicados para fundamentar a
geração de conhecimentos novos. Portanto, apresenta conclusões inéditas,
de elevada qualidade conceitual e, geralmente, escrito por cientistas com
grande experiência em determinada área de investigação. Não deve ser
confundido com revisão de literatura, texto incorporado a outros trabalhos
acadêmicos.
Cartilha técnica
Apresentação de informações técnicas importantes de forma sintética,
didática, clara e simples, contendo um conjunto de recomendações e/ou
informações baseadas em resultados experimentais consolidados ou
observações de interesse da população local; regional ou nacional.
Dissertação
Trabalho que se refere ao término de um curso de mestrado. Trata-se de um
estudo científico, de escrita individual, cuja finalidade é contribuir com a
ciência. Apresenta o resultado de um trabalho de pesquisa sobre determina-
do tema, com o objetivo de reunir, analisar e interpretar informações. Deve
evidenciar o conhecimento de literatura existente sobre o assunto e a
capacidade de sistematização do aluno, por meio de discussão crítica acerca
de determinado tema.
Nota científica
Artigo científico de pequena extensão que possui também, em geral, poucas
figuras e/ou tabelas. Traz a divulgação de um fenômeno científico mais
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pontual. Em algumas revistas, a nota científica não apresenta divisão do texto
em introdução, métodos, resultados e discussão, embora essas partes
estejam conceitualmente no texto. As bases da informação podem não ser
tão sólidas.
Recomendação técnica
Breve comunicação técnica, tratando-se da opinião do autor, com base no
resultado de seu estudo para alguma ação que possa ser implementada por se
tratar de fato de importância ou observações de interesse da população local,
regional ou nacional. Considerando-se as conclusões do estudo, então se
recomenda alguma atitude ou postura prática. É mais comum em algumas
áreas, sendo recomendada sua inclusão no item discussão, ou mesmo em
tópico destacado após a discussão. Essa informação não é necessária num
texto científico, devendo ficar restrita às situações em que essa recomendação
se torne necessária e bastante plausível. A recomendação tem base sólida.
Relatos de experiência
Documento em que deve estar registrado todo o percurso desenvolvido
pelo professor, técnico administrativo e/ou em sua experiência de pesquisa
de iniciação científica, projeto de extensão ou participação em movimento
estudantil/associativo.
Relatório científico
Conjunto de informações utilizado para reportar resultados parciais ou totais
de determinada atividade, seja experimento, projeto de pesquisa, atividades
desenvolvidas nos campi e pesquisa, terminada ou em andamento. Possui
em sua estrutura: introdução, métodos e materiais, resultados e discussão e
conclusão. O relatório deve detalhar os progressos realizados, resultados
obtidos, justificativas de eventuais alterações do projeto e discussão de
atividades surgidas ou esperadas no projeto. Deve, ainda, prever uma
avaliação sobre os resultados em relação às expectativas da proposta inicial
e uma prospecção do projeto de pesquisa.
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Resenha
Produção textual, por meio da qual o resenhista realiza a comparação do
assunto ou avaliação crítica a respeito de obras literárias ou de acontecimentos
culturais (cinematográficas, musicais, teatrais). A resenha pode ser descritiva,
em que apenas se narram de forma sintética os principais dados do livro ou da
obra crítica, em que o resenhista analisa os aspectos relevantes da obra.
Resumo
É uma miniatura de texto maior. Comumente, inclui-se uma breve descrição
do contexto da pesquisa (pergunta) e seu objetivo, da metodologia (delinea-
mento), dos resultados mais evidentes e as principais conclusões. Essas
informações podem ser apresentadas de forma estruturada ou num texto
corrido. Esse resumo é adequado nas situações em que o leitor não tem
condições de obter mais informações sobre o estudo.
Resumo expandido
Formato de texto geralmente até quatro laudas, decorrente de trabalho
submetido para congresso científico e avaliado por comissão desse evento.
O termo resumo sugere que haja, depois dele, um texto mais completo,
embora na prática muitos considerem o resumo expandido como um artigo
em si. Tais situações ocorrem em resumos publicados em anais de congresso.
Trabalho de conclusão de curso (TCC)
Produção desenvolvida para a obtenção de grau ou título em cursos de
graduação, especialização ou aperfeiçoamento. O objetivo é a divulgação
dos dados técnicos obtidos, analisados e registrados em caráter permanen-
te, proporcionando a outros pesquisadores fontes de pesquisas fiéis,
capazes de nortear futuros trabalhos de pesquisa e facilitar sua recuperação
nos diversos sistemas de informação utilizados. O escopo e o formato do TCC
variam entre os diferentes cursos e entre diferentes instituições, podendo ser
um trabalho científico original (monografia, artigo científico, relatório, relato
de experiência, relato técnico de pesquisa, de desenvolvimento de pesquisa,
de desenvolvimento de projeto de pesquisa ou produto).
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Eventos são acontecimentos planejados em torno de determinada temáti-
ca que ocorrem em um período de tempo delimitado e em espaço comum,
que pode ser físico, caso dos eventos presenciais, ou digital, caso dos eventos
on-line.
Os eventos científicos são instrumentos para a propagação de conhecimen-
tos e fortalecimento da identidade da instituição. Normalmente, estão associa-
dos à publicação de trabalhos científicos.
No IFTM, os eventos científicos normalmente acontecem em frequência
permanente, ou seja, com periodicidade regular. São os casos de seminários,
fóruns, congressos e outros formatos que, geralmente, ganham novas
edições todos os anos. Alguns abrangem todas as unidades da instituição,
enquanto outros são realizados localmente.
A organização, elaboração de protocolos e cerimonial de eventos científicos
é de responsabilidade de seus realizadores junto às equipes de cerimonial
das unidades do IFTM. As equipes de Comunicação do IFTM devem estar
envolvidas desde o planejamento dos eventos, para a produção de campa-
nhas de divulgação, incluindo materiais gráficos e digitais, releases para a
imprensa, cobertura jornalística e outros produtos que forem necessários.
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7 • EVENTOS CIENTÍFICOS DOIFTM
Mais informações
Para saber mais sobre trabalhos científicos, consulte a seção Pesquisa e
comunicação científica no IFTM, na página 09 deste manual.
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A pesquisa é uma atividade voltada para a investigação de problemas
teóricos e práticos por meio de emprego de processos científicos. Ela parte
de uma dúvida ou problema e, com o uso do método científico, busca uma
resposta ou solução. Cada abordagem admite níveis diferentes de aprofun-
damento e enfoques específicos conforme o objeto de estudo, os objetivos
visados e a qualificação do pesquisador.
As finalidades da pesquisa abrangem: institucionais; prestação de serviços a
órgãos públicos ou privados e trabalhos acadêmicos científicos. É natural, pois, a
existência de vários tipos de pesquisas. Cada tipo de pesquisa possui, além do
núcleo comum de procedimento, suas próprias particularidades. É importante
compreender como as pesquisas funcionam para aplicá-las devidamente e,
posteriormente, apresentar os resultados aos públicos. Pensando nisso, a seguir,
tem-se a exposição de alguns tipos de pesquisas mais empregados nos traba-
lhos acadêmicos e em produções científicas.
Pesquisação (ou pesquisa-ação)
Neste tipo de pesquisa, o investigador se envolve diretamente com o objeto
de estudo. Há a interferência do pesquisador para que ocorra uma mudança
no meio. Para isso, o autor da pesquisa precisa identificar um problema
(prático), criar um plano de ações para solucionar essa questão. A pesquisa-
ção tem como ponto de partida a articulação entre a produção de conheci-
mentos para a conscientização dos sujeitos e solução de problemas social-
mente significativos.
Pesquisa bibliográfica
Procura explicar um problema a partir de referências teóricas publicadas –
artigos, livros, textos e outros materiais de divulgação científica. Ela é aplicada
em praticamente todos os trabalhos de caráter científico. Os dados são
apresentados em formas de citações, diretas ou indiretas, e servem para
desenvolver o conteúdo do assunto analisado.
Pesquisa de campo
A pesquisa de campo tem a fonte de dados no próprio espaço em que os
sujeitos estão inseridos. Portanto, caracteriza-se pela ida do pesquisador ao
campo, aos espaços onde ocorrem os fenômenos para coleta de dados, com
o objetivo de compreendê-los. A pesquisa poderá contribuir para a constru-
ção do saber e o avanço dos processos investigativos.
Pesquisa experimental
A pesquisa experimental consiste em determinar um objeto de estudo,
selecionar as variáveis que seriam capazes de influenciá-lo e definir as
formas de controle e de observação dos efeitos que a variável produz no
objeto. A manipulação das variáveis proporciona ao estudo relacionar as
causas e os efeitos de determinado fenômeno.
Pesquisa descritiva
A pesquisa descritiva observa, registra, analisa e correlaciona fatos ou
fenômenos (variáveis) sem manipulá-los. O investigador procura descobrir,
com a maior precisão possível, a frequência com que um fenômeno ocorre,
sua relação e conexão com outros, sua natureza e suas características.
Também busca conhecer as diversas situações e relações que ocorrem na
vida social, política, econômica e demais aspectos do comportamento
humano, tanto individuais quanto coletivas.
Pesquisa documental
A principal característica da pesquisa documental é o fato de que a fonte
de dados são os documentos (histórico, institucional, associativo, oficial etc.).
8 • TIPOS DE PESQUISA
Para saber mais sobre organização de eventos, consulte o Guia de Eventos,
Cerimonial e Protocolo para a Rede Federal de Educação Profissional, Científica
e Tecnológica.
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MANUAL DE DIVULGAÇÃO CIÊNTÍFICA
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Isso significa dizer que a busca de informações sobre os fenômenos
investigados é realizada nos documentos. Nessa modalidade de pesquisa,
atas, catálogos, fotos, jornais, revistas, anais, regulamentos, memorandos,
balancetes, diários e cartas pessoais, dentre outros, são utilizados como
fonte de estudo.
Pesquisa explicativa
Esse tipo de pesquisa visa identificar fatores e suas relações com a ocorrên-
cia de fenômenos. Essa pesquisa tem por finalidade explicar a razão das coisas
e, por isso, pode ser situada como uma das instâncias mais aprofundadas do
conhecimento científico, pois se propõe a fornecer explicações fundamentadas
para determinados fenômenos.
Pesquisa exploratória
O foco da pesquisa exploratória é realizar descrições precisas da situação e
descobrir as relações existentes entre seus elementos componentes. Para sua
realização, é necessário um planejamento flexível para possibilitar a
consideração dos mais diversos aspectos de um problema ou de uma situação.
Além disso, prioriza aproximar a comunidade científica de algo desconhecido
que precisa ser mais bem explorado. Logo, a pesquisa exploratória é muito
utilizada quando há pouco conhecimento sobre o assunto investigado.
Tipos de abordagem: qualitativa e quantitativa
A pesquisa pode ser de abordagem qualitativa ou quantitativa. Na aborda-
gem qualitativa não emprega procedimentos estatísticos na pesquisa e é
utilizada para investigar um determinado problema de pesquisa, cujos
procedimentos estatísticos não podem alcançar devido à complexidade do
problema como: opiniões, comportamentos, atitudes dos indivíduos ou
grupo. Já a abordagem quantitativa está relacionada à quantificação de
dados obtidos mediante pesquisa. Utiliza-se na pesquisa de recursos e
técnicas estatísticas como: percentagem, média, moda, mediana, desvio
padrão, coeficiente de correlação, análise de regressão etc.
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MANUAL DE DIVULGAÇÃO CIÊNTÍFICA
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GLOSSÁRIO
Canais de divulgação
Em todas as atividades científicas e de pesquisa, a comunicação científica
deve estar presente com vistas a monitorar o que é produzido e deve ser
divulgado. Para este fim, são utilizados canais formais (aqueles cujas fontes
de informação podem ser utilizadas como documentos, como artigos e
patentes) e informais (aqueles cujas principais fontes de informação são as
pessoas, isto é, usam a comunicação interpessoal, como congressos,
seminários etc.).
Mailing
É uma lista de contatos com e-mail, nome, telefone etc., de jornalistas,
veículos de comunicação ou outros segmentos que se relacionam com a
instituição.
Release
É um material informativo distribuído entre jornalistas para divulgação de
eventos, entrevistas, lançamentos de produtos e serviços etc., com informa-
ções e dados específicos que facilitem o trabalho jornalístico.
Teaser
Recurso de propaganda utilizado para novos produtos, omitindo-se a
identificação do produto com o objetivo de provocar a curiosidade do
público em torno de seu lançamento iminente (a comunicação de anúncio
da ação, para chamar a atenção. O famoso “Vem aí!”).
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BRASIL. Lei nº 11.892, de 29 de dezembro de 2008 que institui a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, cria os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, e dá outras providências. Disponível em:
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CAMPOS, Carlos Roberto Pires (org.). Divulgação científica e ensino de
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CERVO, Amado L.; BERVIAN, Pedro A.; SILVA, Roberto da. Metodologia
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VOLPATO, Gilson. Método Lógico para Redação Científica. 2. ed. Botucatu:
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VOLPATO, Gilson et al. Dicionário Crítico para Redação Científica. Botucatu:
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Triângulo Mineiro
INSTITUTOFEDERAL